Como encontrar seu propósito de vida

Como encontrar seu propósito de vida

“Eu não faço a menor ideia do que eu tô fazendo com a minha vida”.

Você provavelmente já pensou, falou ou ouviu alguém dizendo essa frase ou alguma variação dela. Essa exata citação é o título de uma excelente comédia nacional dirigida pelo meu xará Matheus Souza. O filme conta a história de Clara (Clarice Falcão), que está indecisa em relação às suas escolhas. A jovem está cursando a faculdade de Medicina por pressão familiar e não por vocação. Sem contar para ninguém o que está sentindo, ela passa a matar aulas no período da manhã. Durante essas aventuras matutinas, Clara conhece um rapaz que a ajuda a encontrar um norte para sua vida. Quem nunca, né?

A verdade é que a maioria de nós não faz a menor ideia do que está fazendo com a sua vida! Vivemos a maior parte do tempo no piloto automático. Mesmo depois de terminar a escola. Mesmo depois de conseguir um emprego. Mesmo depois de quando começamos a ganhar dinheiro! Seguimos fielmente as convenções sociais sem nos questionarmos o que de fato queremos. Sem nos questionarmos qual o nosso propósito de vida.

Entre meus 18 e 25 anos eu troquei minhas aspirações profissionais mais do que minhas cuecas. E, mesmo depois de tirar alguns projetos do papel, apenas aos 26 — depois de me formar na faculdade, fazer uma pós-graduação, ler uma dezena de livros e conhecer 7 países — que defini claramente o que queria para a minha vida.

Essa é uma luta enfrentada por 99% dos adultos. A escola e a faculdade não nos preparam para a vida. Elas nos preparam para executarmos tarefas. Toda aquela criatividade infantil é suprimida no colégio e trocada por coisas que você tem e não quer necessariamente fazer.

“O que eu quero fazer da minha vida?”, “eu não sei o meu propósito”, “não há nada em que eu seja bom”. Tenho recebido muitos e-mails de pessoas entre 40 e 50 anos que viveram uma vida inteira no modo automático e ainda não sabem seu propósito. Parte do problema é o conceito de “propósito de vida” em si. Essa ideia de que temos dons e cada um de nós nasce com um propósito maior e é nossa missão cósmica ir atrás disso. Bullshit. Esse é o mesmo tipo de balela usado na frase “não aconteceu porque não era pra acontecer”. Não aconteceu por culpa de alguém. Será que foi sua?

A verdade é que nossa vida aqui na Terra é limitada. Não sabemos o dia de amanhã, não sabemos quantos anos vamos durar. Então, a pergunta que deve ser feita internamente é: Qual o objetivo de tudo o que eu estou fazendo atualmente? Pense em tudo o que importa pra você. De prontidão eu diria que gostaria de passar mais tempo com as pessoas que amo, ter mais flexibilidade e liberdade com o meu trabalho. Ah, e viajar mais. Opa, quem sabe ter a liberdade de levar meu trabalho dentro de uma mochila para qualquer lugar do mundo. Um computador e acesso a internet. É tudo o que preciso. Pronto, quero ser um nômade digital. E foi aí que aos 26 anos eu me toquei do que de fato queria fazer com a minha vida. E nessa jornada teve um livro que mudou a minha vida. Pesquise por “Trabalhe 4 Horas por Semana”, do Tim Ferriss. Mas não se iluda com o título…

Vamos dizer que você está se sentindo desmotivado, inseguro de si mesmo, sem rumo, sem paixões e não tem claro em sua mente qual o seu propósito de vida.

Não há nenhuma razão para você contemplar o significado cósmico de sua vida enquanto está sentado em seu sofá assistindo algo no Netflix e comendo Doritos. Em vez disso, levante a bunda do sofá e tente descobrir o que realmente é importante para você. Uma das perguntas mais comuns que recebo por e-mail é sobre o que as pessoas devem fazer com suas vidas, quais seus “propósitos de vida”. Esta é uma pergunta impossível de eu responder. Eu não tenho ideia. Quem sou eu para dizer o que é certo, errado ou importante para eles? Não sou um guru, não tenho fórmula mágica, sou apenas um cara de 27 anos que escreve sobre coisas que percebe em seu dia a dia. Ou que aprendeu em algum livro. Acredite: você é o único que pode responder essas perguntas. Nesse caminho você pode encontrar facilitadores como escritores, autores de livros, vlogueiros, coaches, mentores ou professores. Esses caras, como eu, podem te ajudar, mas nenhum deles te dará essas respostas — e se alguém te prometer isso estará mentindo. Você é exclusivamente responsável pelo seu destino.

Se eu tenho um conselho? Saia da sua bolha — o termo pensar fora da caixa já está muito batido e clichê.

Quando estamos em nossa bolha, estamos preocupados exclusivamente em não nos sentirmos desconfortáveis. Por isso muitos tem dificuldades com mudanças. É muito mais fácil ficar na zona de conforto. Esse medo de ficar desconfortável nos torna ansiosos com o pensamento de fazer algo que não nos é conhecido. Aí surge o pavor do fracasso. E se eu largar meu emprego, tentar empreender e tudo der errado? Cara, mas e se der certo?

O medo de falhar nos leva para o buraco negro da procrastinação. Ficamos sentados esperando que o mundo — ou que alguma força cósmica — nos dê o que queremos e, quando isso não acontece, ficamos frustrados.

A partir do momento que você conseguir responder aquelas perguntas, perceberá que a vida é um presente. Vai aprender que nosso bem mais valioso é o tempo. Não é o carro do ano, não é um apartamento na beira da praia. E não digo isso de forma generalista. Quando falo em tempo, me refiro ao tempo que você perde fazendo coisas inúteis e sem sentido. Aquele tempo perdido no trânsito durante o deslocamento para o emprego que você detesta. Coisas que não o levarão a lugar nenhum. Nesse processo você também aprenderá o quão é gratificante fazer a vida das pessoas ao seu redor um pouco melhor. E ficará viciado nisso. Escreverá sobre isso, influenciará outras pessoas. Achará, de fato, seu propósito de vida. Aí, champs, tudo fará sentido.

Por um mundo de sentimentos livres

Por um mundo de sentimentos livres

Sentimento é muito diferente de sentimentalidade.

Será que pouco sentimos? Será que sentimos o que vivemos? Será que apenas sobrevivemos na sentimentalidade? Sentimentalidade, de acordo com o dicionário, é “qualidade ou caráter sentimental”, enquanto sentimento é “o ato de ou efeito de sentir. Concepções completamente distintas, mas que nos levam a crer em perspectivas e práticas, muitas vezes, obtusas. Quando deixamos o medo de expor os nossos anseios sob a desculpa corriqueira da verdade e da honestidade, estamos, de alguma forma, nutrindo condições nocivas ao coração. Porque veja bem, dizer a verdade nem sempre implica honestidade. Verdades são construídas a partir dos nossos próprios argumentos e crenças. Carregar honestidade no peito e nos lábios é nada mais do que abraçar o autoconhecimento que é viver. E como deixamos de viver ao confundirmos o caminhar.

O tempo e as experiências adquiridas deveriam pavimentar afeto nos eus, e não obscurecer, dolorosamente, a nossa capacidade de demonstrar os sentires para o próximo. Mas o egoísmo e a arrogância emocional, dia após dia, tomam conta, adoecem e constroem um pouco mais de frieza para os corações que, no passado, plenos e aquecidos viviam. Isso não pode continuar. O querer pela metade não é assertivo, mas inerte. Seguindo dessa forma, perderemos não somente a oportunidade das mais grandiosas carícias, como também entraremos num estado absoluto de falácias e pouco caso das coisas. Sonhar não é tolice. Querer inteiros não é ingenuidade. Praticar o intenso não é burrice.

Inviável é o coração que, sedento, atende por vaidades. Sentimos pouco quando, covardemente, a escolha é do não viver. Vivamos. Sobreviver é uma prisão sem grades. Por mundo de sentimentos livres, por favor.

5 sinais que o útero dá quando algo não vai bem

5 sinais que o útero dá quando algo não vai bem

Por Stael F. Pedrosa Metzger

O útero é composto de duas partes principais:

A parte saliente, superior, chamada corpo do útero. A parte estreita, mais baixa, chamada colo ou cérvice.

As paredes do útero contêm três camadas: O recobrimento interno, chamado endométrio. A camada muscular média, chamada miométrio. A camada externa serosa, chamada peritônio.

Este órgão fica muito bem escondido, então qualquer problema que surge não é facilmente detectável. Temos que estar atentas aos sinais que ele dá quando algo não vai bem. Visitar o ginecologista pelo menos uma vez por ano e fazer os exames preventivos é importante para a saúde de toda mulher.

Caso sinta algum tipo de desconforto, procure o médico. Não espere muito, pois todos os problemas são mais bem tratados no começo. Fique atenta, observe sempre a roupa íntima, dores ou secreções estranhas, são sinais de que algo não vai bem. Os sinais principais de problemas são:

1. Dor

A dor das cólicas até certo ponto é normal, pois são devidas às contrações uterinas para expulsar o sangue menstrual. Dores fora do período menstrual ou cólicas muito intensas que provocam vômito e prostração é motivo para procurar um médico. Pode ser endometriose (crescimento ou migração de tecido uterino para fora do útero), miomas ou câncer.

Dor (ou ardência) durante a relação sexual também deve ser investigada. Pode significar infecções genitais, endometriose ou doenças sexualmente transmissíveis.

2. Secreções

Ter corrimento vaginal é normal, principalmente para as mulheres em idade fértil. Durante a ovulação há a liberação do muco cervical. Este é límpido, transparente e gelatinoso. Geralmente as secreções normais são assim: límpidas, transparentes e incolores. Só será motivo de preocupação se houver cheiro forte, mudança na consistência e na cor, com rajas de sangue e se forem acompanhadas de dor ou febre, que pode denunciar algum tipo de inflamação cervical. Mulheres na menopausa diminuem as secreções vaginais e crianças antes da primeira ovulação não as têm.

3. Hemorragia ou amenorreia

Se o fluxo menstrual aumentar muito ou diminuir a ponto de não menstruar, é um importante sinal de alerta. Sangramento após a relação sexual pode ser câncer. Procure o ginecologista.

4. Dificuldade para engravidar

Pode ser endometriose, Síndrome dos Ovários Policísticos, disfunções na tireoide ou nas glândulas suprarrenais, DST-Doenças Sexualmente Transmissíveis ou tabagismo. São necessários exames e acompanhamento médico para correto diagnóstico.

5. Hipertrofia uterina

Aumento do volume do útero. O tamanho normal varia para as mulheres que nunca tiveram filhos e as que já têm um filho ou mais. É aceitável entre 40 cm³ como tamanho mínimo e 160 cm³ como tamanho máximo dentro da normalidade. Desconfie de hipertrofia se:

– Aumentar o volume do fluxo menstrual
– Presença de coágulos
– Aumento da frequência urinária
– Retenção da urina
– Prisão de ventre
– Inchaços nas pernas e varizes

O que causa hipertrofia?

Adenomiose. Crescimento de tecido do próprio útero por dentro da parede uterina.
Cistos. Formações benignas que em alguns casos causam dor e atraso da menstruação.
Mioma. É o tumor benigno de maior incidência no sexo feminino. É mais comum em mulheres negras, obesas e as que nunca tiveram filhos. Mulheres que se alimentam com alto índice de proteína animal (carne vermelha) têm duas vezes mais chance de desenvolverem miomas uterinos. Uma alimentação composta de legumes e verduras diminui as chances. Também no grupo de risco estão as diabéticas e as que têm histórico familiar de miomas.
O corpo sabe se expressar quando algo não vai bem. De uma maneira ou outra ele envia sinais. Cabe a nós estarmos atentas. Faça os exames preventivos regularmente e se houver dor, desconforto, mau cheiro ou qualquer outra anormalidade relativa ao seu útero, procure o seu ginecologista.

As montanhas não são grandes, nós é que somos muito pequenos!

As montanhas não são grandes, nós é que somos muito pequenos!

A linha do horizonte nos convida à sensação de infinito, a ilusão do mar sem fim, da grandiosidade e terra que jamais conheceremos. Como visão romântica, é perfeita, talvez a melhor delas.

Mas até a linha do infinito esbarra em um porção de terra em algum momento. As distâncias podem ser imensas, mas alcançáveis e sujeitas à nossa conquista.

Somos pequenos diante de tanta matéria, por isso achamos tudo enorme e fabuloso. Nos assustamos com nossa fragilidade, e inventamos maneiras de nos fortalecer e superar as dificuldades.

Conquistamos montanhas, atravessamos mares, suportamos frio e tempestades, mas ainda não inventamos uma maneira de crescer perante as dificuldades da vida, as que não envolvem pedras nem marés, mas sim aquelas de efeito mais destruidor e poder de fogo mais envolvente e danoso.

Somos pequenos para pedir perdão, menores ainda para perdoar.
Somos mínimos para guardar um passado com lembranças enormes, então passamos a vida expelindo os efeitos desse passado nos outros, queiram eles ou não.

Somos enormes para julgar, monstruosos para condenar, inabaláveis para reconsiderar, inalcançáveis para nos retratar.
E as montanhas que são grandes? Pedras, somente pedras, alheias à nossa vaidade, seguem formando muralhas e desfiladeiros, mas sempre permitindo serem conquistadas.

Ah, se a sensação de fazer as pazes com alguém afastado trouxesse a mesma adrenalina de uma escalada ou da velocidade de um barca rasgando as ondas. Somos pequenos porque não sabemos o que é realmente grande na vida.

A linha do horizonte é realmente gigante, se buscamos as respostas para as questões que nos afligem no final dela.
As montanhas são intransponíveis se as encararmos somente na cara e na coragem.

Mas para tudo há meios e métodos. Até mesmo para as almas raquíticas e mal alimentadas de amor e compreensão.

As montanhas não são tão grandes assim, nós é que somos pequenos demais…

Nem todos que estão do seu lado estão com você

Nem todos que estão do seu lado estão com você

Num mundo de aparências e de segundas intenções, é muito difícil termos a certeza da sinceridade das pessoas ao nosso redor. Muitos procuram manter amizade com quem possa lhes oferecer algo em troca, enquanto outros procuram um parceiro que possa lhes prover economicamente, com conforto material e luxo. Nessa busca pelo glamour, infelizmente se perdem as reais chances de ocorrerem os encontros mágicos que a vida dispõe a todos.

Quem estiver com você vai se lembrar de mandar um bom dia, de vez em quando, importando-se com sua vida sem maldade. Será alguém em quem você confiará, com quem poderá realmente contar, tanto para comemorar as vitórias, quanto para chorar as derrotas.

Quem estiver com você irá saber o momento certo de falar, de se calar, de aconselhar, de opinar, sem que você se sinta ferido ou invadido em sua privacidade. Porque saberemos que ele quererá nada mais do que o nosso bem, sempre, seja nos sorrindo, seja nos alertando com firmeza, trazendo-nos de volta à realidade.

Quem estiver com você enxergará sua presença onde e com quem estiver, e será o mesmo de sempre, em todos os lugares, pois a verdade os unirá cada vez mais. Não se sentirão desconfortáveis, em hipótese alguma, estando sempre à vontade, tanto para se aproximarem, quanto para se afastarem, se necessário. E se respeitarão por isso.

Quem estiver com você entenderá o que está sentindo, ao se aproximar, pois o conhecerá em sua essência, jamais se fazendo de desentendido, para fugir ao compromisso de permanecer ali, nos dias de sol e nas noites demoradas da dor. Ele saberá como agir ao seu lado, de acordo com o que estiver sentindo, pois lerá nas entrelinhas das aparências, porque o conhecerá como gente de verdade.

Quem estiver com você ali ficou e ali permaneceu, mesmo após ter conhecido o seu melhor e o seu pior – isso é amizade incondicional, amor transparente, elo para a vida toda. Ele tolerará as suas falhas e mudanças de humor, pois a compreensão daquilo que você é reforçará, dia a dia, o amor que embasa o encontro entre vocês.

Termos a certeza de que haverá alguém ao nosso lado, com doação sincera e afeto certeiro, fará toda a diferença em nossa jornada. Mesmo que aqueles ao nosso lado se furtem de ali permanecer, quando mais nada pudermos lhes oferecer, quem então estiver conosco nos dará as mãos, mitigando as dores de nossa alma. Desprender-se da ilusão de que os amigos são muitos é o primeiro passo para escolher as pessoas certas e que tornam a vida tão bela de se viver.

Manipulações fotográficas brilhantes de Erik Johansson

Manipulações fotográficas brilhantes de Erik Johansson

O fotógrafo e artista sueco Erik Johansson criou um portfólio de fotografias incrivelmente surreais, usando uma combinação de recursos visuais, fotografias originais e edições no Photoshop.

Johansson começou a pintar e desenhar desce muito cedo, influenciado por sua avó, que era pintora. Ele ganhou sua primeira câmera digital com 15 anos de idade, quando um mundo inteiramente novo se abriu em sua vida. Enquanto estudava fotografia, ele adquiriu forte interesse pelo surrealismo e, por meio de manipulações fotográficas, passou a criar cenários vívidos e surreais.

O sueco transforma paisagens naturais autênticas em fotos maravilhosamente genuínas e complexas, nas quais fantasia e realidade se complementam.

Cada imagem é criada a partir de várias partes de outras fotografias, e todas são manipuladas minuciosamente por Johansson em programas de edição e design (como o Photoshop). As composições do fotógrafo distorcem o mundo natural e desafiam as leis da física.

Por um lado, seu trabalho é inacreditável; por outro, os retoques fazem parecer que as fotos são de fato reais.

O processo de criação adotado por Johansson não é tão simples. Primeiramente, a imagem é desenhada a partir de uma ideia básica. Em seguida, ele planeja tudo o que é necessário para montar o cenário, e identifica quais são os locais adequados para fotografar. Estes locais formam a estrutura para a foto, o que ele chama de “matérias-primas”. Depois, ele adiciona e organiza os materiais que farão parte do cenário, tais como modelos de papelão e tintas, que também são fotografados. A parte final é mixar as fotos. Esse processo todo pode levar semanas ou meses, e funciona, mais ou menos, como a montagem de um quebra-cabeça. Segundo o fotógrafo, esse serviço é bastante divertido, embora ardiloso.

As imagens de Johansson são muitíssimo bem manipuladas. Veja:

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*Site de Erik Johansson

Que o passado nos sirva de impulso

Que o passado nos sirva de impulso

Chega um tempo em que é preciso sair desse discurso de que a vida nos fez isso ou aquilo. A vida não faz nada além de ser vivida, e quem vive essa vida fazedeira que tanto nos ocupa a boca? Como se fôssemos uma engrenagem no meio do mundo máquina o movimento nem sempre nos permite o próprio rumo, nem sempre nos leva aonde queremos, nem sempre vai pelo caminho que desejamos, nem sempre segue no ritmo que suportamos. Temos o movimento de dentro e o movimento de fora para lidar, temos as imperfeições em nossa matéria bruta e falta de manutenção, e mesmo quando funcionamos direitinhos podemos ser afetados pelas ferrugens e complicações da máquina que opera para além de nós – mas da qual inevitavelmente fazemos parte.

Não é fácil, não é simples, não é justo, mas é o que é. Sabidos das nossas possibilidades de encaixe e movimento, tudo o que podemos fazer e continuar nos movendo, continuar seguindo, continuar funcionando e tentando, sempre que necessário, um esforço a mais para mudar as rotas pelas quais somos obrigados a passar e que nos parecem seguir o caminho errado. Em alguns casos, também seremos levados, por fraqueza ou por leveza, ou ainda por maturidade em assumir que o certo que imaginávamos não era tão certo assim, ou que não era o único certo possível.

Certo ou errado, todo o ato se localiza no presente, e este é imprevisível, o olho do caos, mesmo que pareça calmo, se nos dermos conta de que não há nada nunca garantido – o presente é sempre o lugar do inesperado, do acontecimento, do fazer história do nosso passado. O presente é o lugar de todos os tempos, porque nele carregamos as experiências vividas e as expectativas futuras. O tempo, talvez nem seja tanto essa questão de tempo dividido em fazes – acreditamos nessa linha temporal para não enlouquecer. Mas quantas vezes nos pegamos fora da linha, sem ação no tempo, viajando entre suas dimensões do que já foi e do que não foi nunca, do que pode ser e do que será – ou talvez não? Particularmente nos episódios vulneráveis da nossa experiência, essas viagens no tempo podem ser uma fuga involuntária, um refúgio da alma para não perecer no soco seco do vazio ou nos destroços acidentados do pós-guerra entre as escolhas e os acasos que deram errado.

Sempre haverá quem nos diga para esquecer o passado, a aprender com as experiências e a permanecer no presente. Poderia ser se fosse fácil. Mas não é. Somos história, contada e recontada, esquecida e por vezes lembrada, sendo escrita, desenhada, ideia imatura ainda por fazer. Somos em todos os tempos, e não adianta a luta contra as memórias que nos perturbam ou nos acalentam, contra as projeções que nos distraem ou nos assustam. O que do futuro podemos esperar e no presente podemos construir, do passado podemos apenas aceitar, sim, mas não esquecer, não abandonar: o passado está em tudo o que somos. E essa consciência pode ser a salvação em muitas situações.

Em meio às tempestades tão pesadas que não nos permitem sair do lugar, às vezes tudo o que nos resta são as lembranças. Ter amizade pelas memórias não é deixar de viver e desejar reviver aqueles episódios perdidos, não é lamentar o que passou e ignorar o que passa, mas quando não passa o presente mesmo, já intoxicado de virar passado esquecido ou lamentável, as boas memórias podem nos lembrar do que somos, daquilo pelo qual passamos, do que superamos, dos erros que cometemos, dos bons momentos, da simplicidade de algumas alegrias e da alegria das grandes emoções, dos medos que vencemos, das pessoas que conhecemos… as memórias nos contam histórias sobre nós mesmos e nos apresentam como um estranho que podemos ter o prazer em conhecer. Há também ocasião para nos conhecermos com desconfiança e nem tanto prazer assim – e disso vem o desejo de mudança, por si mesmo, e por mais ninguém, para sentir mais prazer no futuro, quando voltando ao passado, voltar a ser apresentado para si.

As memórias podem ter o potencial para nos apartar as dúvidas do presente, quando pensamos que não vamos conseguir, e nos lembramos que tantas outras vezes já conseguimos. Quando nos dizem que não somos capazes (inclusive aqueles que nem sequer nos conhecem) e lembramos que já fomos capazes outras vezes, e que outras vezes realmente não fomos, mas a simples tentativa serviu para nos fortalecer, e lembramos ainda de outras vozes que nos habitam, que já disseram tanto, disseram que sim, disseram que não, mas como disseram é o que importa, é o que nos marca, e há sempre vozes amigas ou sábias que habitam a memória também, vozes que na época podem não ter feito nenhum sentido, mas que no presente ecoam toda a clareza do mundo. Esclarecem a vida.

Vale a pena preservar o passado e resgatar o passado, em seus bons e maus momentos, para nos lembrarmos de quem somos, do que vivemos, de onde estamos e alguns porquês. Para engendrar outros porquês e não deixar a vida passar morna. Vale a pena resgatar o passado, mesmo que ele pareça não guardar nada de bom – para não repetir os mesmos trajetos e trejeitos. Para levar a vida em vez de deixar que ela nos leve, porque quem sabe por onde passou e onde está, não se perde em qualquer caminho.

Contra a cultura do estupro. Pela cultura do amor!

Contra a cultura do estupro. Pela cultura do amor!

Para pensar, sentir, dizer e repetir por aí:

Eu não aceito que o ódio me domine e escravize.

Eu repudio o estupro, a tortura, o fascismo, o racismo e a exploração.

Eu não tolero violência de qualquer tipo, contra quem quer que seja.

Eu rejeito a indiferença, a picuinha e a maldade gratuita.

Eu me recuso a acreditar que a humanidade não tem jeito.

Eu acredito na gente!

E a gente vai dar um jeito.

O AMOR é o único jeito!

E amor é atitude!

Amor se faz na prática.

Eu pratico gentilezas em todo lugar!

Eu respeito e quero respeito.

Eu digo “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, mesmo quando sei que não vou ouvir resposta.

Eu insisto!

Eu acredito na Educação que começa em casa, se estende na escola, se esparrama nas ruas e invade todos os cantos.

Eu assumo que também erro e encaro a luta de corrigir a mim mesmo primeiro.

Eu me disponho a encarar todo o trabalho que isso vai dar.

Porque eu amo a vida e a vida precisa de gente que ama!

Gente que ama gente.
Gente que ama bicho.
Gente que ama o que faz.
Gente que ama as boas causas.
Gente ama sentir amor.
Gente ama a vida!!!

Chega de velhos hábitos ruins. Chega de medo. Chega de ódio.

Eu tenho mais o que AMAR!

Vamos em frente e vamos juntos!

Sejamos todos pela CULTURA DO AMOR!!!

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As Melhores Frases do Cinema: Medianeras (2011)

As Melhores Frases do Cinema: Medianeras (2011)

“Buenos Aires cresce descontrolada e imperfeita. É uma cidade superpovoada num país deserto. Uma cidade onde se erguem milhares e milhares de prédios sem nenhum critério. Ao lado de um muito alto tem um muito baixo. Ao lado de um racionalista, tem um irracional. Ao lado de um em estilo francês, tem um sem estilo. Provavelmente essas irregularidades nos reflitam perfeitamente. Irregularidades estéticas e éticas. Esses edifícios que se sucedem sem nenhuma lógica demonstram falta total de planejamento. Exatamente assim é a nossa vida que construímos sem saber como queremos que fique. Vivemos como quem está de passagem por Buenos Aires. Somos os criadores da cultura do inquilino. (…) Os prédios, como todas as coisas pensadas pelo homem, servem para diferenciar uns dos outros. (…) O que se pode esperar de uma cidade que dá as costas ao seu rio? Estou convencido de que as separações e os divórcios, a violência familiar, o excesso de canais a cabo, a falta de comunicação, a falta de desejo, a apatia, a depressão, os suicídios, as neuroses, os ataques de pânico, a obesidade, a tensão muscular, a insegurança, a hipocondria, o estresse e o sedentarismo são culpa dos arquitetos e incorporadores. Esses males, exceto o suicídio, todos me acometem.”

“Concluí que esses encontros são como combos do McDonald´s. Nas fotos tudo é melhor, maior e mais apetitoso. Cada vez que vou a um encontro sofro a mesma decepção que tenho frente a um Big Mac.”

“Quando seremos uma cidade sem fios. Quem será que foram os gênios que taparam os rios com prédios e o céu com cabos? Tantos quilômetros de cabos servem para nos unir ou nos manter afastados? Cada um em seu lugar. A telefonia celular invadiu o mundo com a promessa de te deixar conectado sempre. Mensagens de texto. Uma nova linguagem adaptada para dez teclas que reduz nossas línguas mais belas a um vocabulário primitivo, limitado e sem cultura. O futuro está na fibra ótica e no céu limpo. Dentre tantas vantagens eles prometem que você vai conseguir ajustar a temperatura da sua casa mesmo estando no trabalho. É claro que eles já sabem que não tem ninguém te esperando com a casa quentinha. Bem vinda a era das relações virtuais.”

“A internet me aproximou do mundo, mas me distanciou da vida.”

A Cultura do Estupro

A Cultura do Estupro

A humanidade sempre criou leis e códigos para organizar-se em grupos sociais. A questão do estupro é antiga, desde o código de Hamurabi e passando pela Antiguidade, as mulheres deveriam permanecer virgens para seus futuros maridos escolhidos entre as castas. Passando pela idade Média, vemos uma perseguição maior à mulher a quem foi atribuído poderes de bruxa com instintos animais. Muitas foram queimadas por desobedecerem à ordem. A história da mulher ao longo do séculos é forte no sentido de uma ignorância por parte do homem e seu uso da força.

Parece que não estou falando novidade alguma, mas se não formos aos primórdios, como refletir com o que está acontecendo agora em pleno século XXI com toda a emancipação feminina, sua atuação na sociedade e um mundo pleno de maravilhas tecnológicas, inovações e comportamentos em plena mutação.

Deparamo-nos de repente com um crime hediondo na cidade do Rio de Janeiro, onde 30 homens violentam euma menor de 16 anos para mostrar sua superioridade e bestialidade a todos, expondo a ferida secular do homem violento sobre a mulher frágil.

Cultura do Estupro é essa cultura que permite aos homens abusarem do corpo de mulheres, as abusarem moralmente e não serem culpados por isso. No fim, não se trata de estupro em si, mas de legitimar a violência à mulher, física, psicológica e moral.  Ou a culpa é da vítima. Eu creio que a gente pode chamar de cultura do estupro esse comportamento que justifica todo ato agressor contra o feminino. Desde palavras chulas nas ruas, pequenos e grandes assédios são vistos como oportunos e passíveis de acontecer.. Mas o machismo, implicado na estrutura da nossa sociedade, me parece que precisa de um detalhe a mais para definição.

A cultura do estupro soma ao machismo as imagens glamorizadas das propagandas fúteis de roupas, cervejas, e carros que expressam uma violência sublimada pelo desejo de poder. Todos os dias os canais de televisão e as redes sociais mostram mulheres sendo forçadas a ter uma aparência sensual exagerada e expressões de vulgaridade mascarada por objetos luxuosos. Desse modo a mulher objeto é fabricada e alimenta nos homens sua pulsão sexual que alcança em quase todos os casos, o estupro, como uma transgressão da lei, viabilizando sua banalidade. Não. Estupro é crime e a vítima nunca tem culpa.

Defender estupro não é inteligência, é só machismo e burrice mesmo

Defender estupro não é inteligência, é só machismo e burrice mesmo

O caso da jovem que circulou, há pouco tempo, na mídia, mostrou, mais uma vez, que o machismo está longe de ser superado, assim como as posições retrógradas que são defendidas por pessoas que se autointitulam “inteligentes” e “boas”.

Mesmo sendo extremamente triste e difícil ver determinadas reações machistas e reacionárias, uma coisa benéfica foi trazida por essa situação, qual seja, derrubar a cortina de hipocrisia do falso discurso de igualdade de gênero que estava posta.

Contrariando o senso comum, não sou capaz de dar um parecer definitivo sobre o caso, uma vez que não tive acesso a um conjunto substancial de provas que me permita dar um parecer final sobre a questão.

Contudo, antes de continuar em um tom meio “juridiquês”, parece-me, sim, que houve estupro, no entanto, por mais que a indignação em relação ao caso seja oportuna e necessária, vivemos sob um regime punitivo e não vingativo, de modo que o caso deve ser averiguado com maior cuidado, a fim de que a justiça seja alcançada sem arbitrariedades.

Entretanto, ainda que não haja um parecer definitivo, os fatos produzidos já são suficientes para que houvesse solidariedade em torno de uma bandeira que vai muito além de uma pessoa. O fato é que vivemos em uma cultura machista, que ainda vê a mulher como um objeto inferior e que deve ser subjugado. Posto isso, há de se considerar o porquê de o estupro, um crime tão violento, ser relativizado, criando circunstâncias atenuantes para o estuprador, transformando este quase que em vítima, ao passo que a verdadeira vítima acaba sendo culpabilizada por agir de determinado modo.

Andar com roupa curta, ser “fácil”, postar foto com armas, ser drogada, ser mãe aos 13 anos, ser “piriguete”, como dizem na Bahia, nada disso justifica um estupro, tampouco transforma a jovem, no caso em tela, ou seja lá quem for, em responsável por um crime tão degradante. Aliás, justificar significa tornar o ato justo, o que é, no mínimo, irracional, diante da brutalidade que configura um estupro.

O que mais me incomoda é perceber quão egoístas e medíocres muitas pessoas conseguem ser ao condenarem a jovem por algo sobre o que, como se disse, sequer possuem certeza, afinal, uma convicção tenho: nenhum dos que batem o martelo de que não houve estupro têm o poder da ubiquidade para estarem em dois locais ao mesmo tempo, de modo a saber concretamente o que aconteceu no caso.

Sendo assim, esse egoísmo revela apenas a incapacidade de as pessoas lutarem por bandeiras que não são propriamente suas, já que não se trata de defender ou de ter “pena” da garota, mas de perceber que existe uma cultura do estupro e da violência contra a mulher, não somente contra a garota, mas contra todas as mulheres, as quais sofrem enquanto gênero, todos os dias, com o machismo impregnado na nossa cultura.

O estupro é tão somente a última etapa de um machismo que se reverbera diariamente ou será que apenas eu escuto constantemente piadas de mulher no trânsito? Ou apenas eu percebo quão “putos” os homens ficam quando são subordinados a mulheres em seus empregos? A violência sexual, portanto, é a porta final de uma cadeia de machismo que é vista como normal ou, no mínimo, relativizada, como acontece exatamente agora.

É preciso, sim, lutar e defender a igualdade de gênero, pois milhares de mulheres são estupradas diariamente e/ou sofrem com os abusos do machismo canalha e covarde praticado por nós, homens, e, tristemente, por mulheres cegas, como as personagens de Saramago, que não conseguem enxergar um palmo à frente dos seus narizes, bem como não conseguem expurgar a segunda pele chamada egoísmo.

Usando roupa curta, sendo drogada, sendo “piriguete”, sendo pobre, sendo analfabeta, sendo PhD, sendo rica, sendo bela, recatada e do lar, sendo o que for e o que quiser ser, estupro é crime, tem que ser punido dentro da lei, obviamente, e não há circunstância que o atenue, muito menos que torne um crime algo justo.

Para os paladinos da justiça que já bateram o martelo e disseram que não houve estupro e que a mídia deveria se preocupar com o que realmente importa, apenas lamento pelo machismo ainda não ser crime, assim como a burrice. Pena que, nesse caso, configurar-se-ia um evidente “bis in idem”.

O Fantástico Clube dos Intensos

O Fantástico Clube dos Intensos

Prazer, nasci com a alma transbordante.

Sinto tudo derramando, e não sei explicar porquê acontece e se há algum remédio para isso.

Se houver cura, dispenso. As coisas normais não me atiçam. Não me aceleram. Não me continuam.

Preciso da sofisticação do que é aparentemente simples. Do abraço da brisa nos poros. Dos respingos do sol adornando a tarde. Da carícia na ponta dos dedos, da massagem demorada nas costas. Preciso sentir que há um outro. Preciso senti-lo existindo, respirando perto, pulsando, trocando ideias e experiências. Preciso desta vizinhança das almas que conversam até mesmo sem nada dizer.

O ritmo lento da normalidade não me empurra, não me anima. Não me agita. Não me faz querer voar para a voragem dos olhares que troco na rua, para os encontros que fazem com que as almas se encaminhem para dentro de si mesmas e se abracem por dentro.

Eu não nasci para o morno. Eu não nasci para a realidade pálida que não se oferece à ousadia. Eu não nasci para os dias parados e sem cores. Eu nasci para pintar. Eu nasci para amar intensamente, de dentro para fora! Por dentro e por fora, sem medo do não e do adeus repentino. O único medo é não avançar quando quero. Não amar quando posso. Quando o coração sinaliza que já não dá para desconversar e mudar a estrada.

Eu nasci para o fogo, para intimidade quente de um cobertor dividido. Para um sorriso que se abre sem procurar motivo. Para o café forte coado no coador de pano. Para o delírio de uma bela canção executada no violino.

Quem é intenso, é delicado, é esvoaçante. Tem renda no pensamento e mania de levitação.

Ser intenso é reconhecer-se em tudo, é colocar borda na alma dos outros. É retirar o tapume dos olhos quando a realidade ameaça a doçura.

Quem é intenso sabe o quanto pode ser considerado estranho por “sentir demais” num mundo de palavras e sentimentos tão mecânicos, onde qualquer demonstração de afeto é confundida com fraqueza.

Fraco é quem não sabe mais sentir. Quem não sabe abraçar com o olhar. Fraco é quem joga a toalha e vive no modo “automático”. Sentindo pouco, guardando emoções para usar depois, estocando sentimento para uma oportunidade especial.

Especial é ser intenso. E quem disse que não tem lágrimas?

O coração do intenso não é blindado. Vez ou outra, uma pancada forte o acerta em cheio, e ele, dolorido, reclama, arde, soluça no travesseiro e pede proteção. A tristeza às vezes bate à porta, maltrata, derruba algumas certezas, revira alguns sonhos, esculacha, mas não é capaz de matar a esperança.

A esperança nos intensos é como um membro primordial do corpo, não é possível arrancar. Não se desfaz à toa. A esperança nunca anda só. Quem tem esperança tem artimanha e carta na manga para reerguer o castelo depois da tragédia e ainda sobra disposição para fazer graça.

O grande trunfo do intenso é, sem dúvida, a sua capacidade de não saber disfarçar o que sente. Os sentimentos estão sempre falando alto, se espalhando pelos gestos, orquestrando as ações. O intenso nunca nega o que é. A alma não deixa…

Os 6 princípios da persuasão

Os 6 princípios da persuasão
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Poucas pessoas pesquisaram, estudaram e escreveram mais sobre o tema da persuasão do que Robert Cialdini, psicólogo social e professor na Universidade do Arizona. Na atualidade, talvez ele seja o autor mais referenciado quando se discute a ciência da persuasão.

A maioria das pessoas não pode explicar com detalhes porque tomou cada decisão em particular. Mas Cialdini pode. Ser capaz de identificar os fatores subjacentes que influenciam decisões significa que ele também entende como usá-los para conseguir respostas positivas.

Em artigo escrito para a revista Exame, o autor disse:

“Num mundo onde o autoritarismo vem sendo substituído por equipes multifuncionais e parcerias entre empresas, a habilidade de persuasão exerce muito mais influência sobre o comportamento das pessoas do que a típica estrutura autoritária.”

Persuasão não é uma habilidade útil apenas para comerciantes, políticos e vendedores. Ao aprender os princípios da persuasão, conseguimos identificar melhor as situações em que somos levados a agir contra a nossa própria vontade. Compreendendo esses mecanismos, podemos resistir mais facilmente a influências sociais indesejadas.

Em seu livro Influence: The Psychology Of Persuasion, Robert Cialdini faz uma abordagem interessante sobre os seis princípios psicológicos da persuasão.

Os seguintes princípios jogam com os instintos humanos e podem ser explorados intencionalmente por agentes sociais em busca de maior influência. Podem parecer táticas óbvias que as pessoas usam para influenciar opiniões e conquistar um público. No entanto, quando não estamos preparados para resistir a eles, tais princípios podem operar subliminarmente de forma poderosa. São eles:

1. Reciprocidade 

É a tendência universal do ser humano de tratar as pessoas da mesma forma como é tratado. Cialdini diz:

“As pessoas normalmente se sentem em dívida para com aqueles que lhe fizeram algum favor. Dê algo para as pessoas, e elas vão querer lhe dar algo em troca.”

Em suma, nós gostamos de pagar com a mesma moeda.

2. Comprovação social

É uma forma de determinar o que é correto sabendo o que outras pessoas consideram como tal. Segundo Cialdini:

“Quando as pessoas estão incertas sobre um curso de ação, elas tendem a olhar para aqueles que estão em sua volta para orientar suas decisões e ações. Elas querem saber o que todo mundo está fazendo, especialmente os seus pares e semelhantes.”

Geralmente, somos mais influenciados por esse princípio quando estamos incertos ou inseguros de nós mesmos, ou quando alguma situação nos parece ambígua.

3. Consistência

As pessoas se esforçam para manter consistência nos seus compromissos, e elas preferem seguir valores, atitudes e comportamentos conhecidos e pré-existentes. Como diz Cialdini:

“Além de gostar de você, as pessoas precisam estar alinhadas com os seus objetivos. Uma maneira eficaz de conseguir isso é fazer com que elas se comprometam publicamente com seus compromissos. Há fortes evidências empíricas que mostram que uma escolha feita ativamente – ou seja, em voz alta, escrita ou de outra forma explícita – tem muito mais chance de guiar a conduta futura de uma pessoa do que uma escolha não declarada.”

A partir de uma perspectiva psicológica, isso pode ser explicado pelo fato de que as pessoas tendem a seguir um senso de conformidade, e normalmente elas estabelecem compromissos que sejam consistentes com sua autoimagem.

4. Afeição

O que é gostar de alguém? Para Cialdini, é algo de extrema significância, porque isso vai afetar as chances de você ser influenciado por essa pessoa. De acordo com ele, as pessoas são mais suscetíveis a favorecer aqueles que são fisicamente atraentes, semelhantes a si mesmas e que compartilham os mesmos gostos. O autor diz:

“Se você pretende influenciar pessoas, faça amigos. Dois fatores ajudam bastante nessa tarefa: a semelhança e o elogio.”

O princípio da afeição implica que as pessoas gostam mais de quem gosta delas.

5. Autoridade

Segundo Cialdini:

“Quando há uma figura de autoridade, é maior a probabilidade de as pessoas agirem de forma obediente, mesmo se essa autoridade for ilegítima.”

Estamos inclinados a obedecer a ordens de autoridades porque supomos que tais indivíduos possuem altos níveis de conhecimento e poder. Além disso, nós avaliamos os riscos da desobediência e acreditamos que é melhor ser condescendente do que sofrer possíveis consequências punitivas.

6. Escassez

Esse princípio está relacionado à teoria econômica da escassez. Como afirma Cialdini:

“Estudos após estudos demonstram que coisas e oportunidades se tornam mais valiosas conforme ficam mais escassas.”

Isso significa, via de regra, que as pessoas sempre querem mais daquilo que não podem ter.

O retrovisor

O retrovisor

O trânsito estava parado e aproveitei para olhar para o retrovisor e vi uma cena interessante. No carro de trás estava um casal idoso. Ele conversava e dirigia, ela ouvia e interagia. Ele parou de falar e projetou seus lábios em direção aos da companheira. Foi um rápido beijo.

Olhei para frente e o trânsito fluiu e não pude mais acompanhar a novela da vida real que me era apresentada. Não tenho nenhuma informação sobre o casal e para onde foi. Ficou a impressão de testemunhar um afeto a partir de um objeto que reproduz o que passou: o retrovisor.

O gesto amoroso é o principal ingrediente daquilo que eventualmente se chama amor. A ideia de amor é uma projeção de uma falta que queremos preencher, mas nem sempre sabemos pavimentar este caminho. O trajeto pode ser construído, mas o destino é incerto. Resta-nos trilharmos, mesmo sem sabermos se estamos indo na direção desejada; o caminho para o amor é incerto.

É possível que não consigamos chegar ao destino desejado, mas as estações no caminho valem à pena. Em cada parada poderemos sentar, tomar um café e se entregar aos desejos sinceros da companhia de alguém que corresponda ao que temos de valioso. Compartilhar angústias, sonhos e pesadelos fazem parte dessa jornada utópica, mas tão motivadora.

Na incerteza do caminhar reside uma certeza, uma salvação para nossa insegurança, seres desejantes e cindidos por natureza: o carinho. O retrovisor nos aponta para o passado, mas o beijo reflete uma realidade. Por momentos visualizamos reflexos que gostaríamos de consertar ou não ter experimentado, mas estão em algum lugar. Além do mais, olhar insistentemente para o que reflete, dependendo da luminosidade, poderá nos cegar.

Voltemos a caminhar em direção à perfeição inalcançável de um relacionamento, de mãos dadas, rindo de nossos erros do passado e tentando amaciar aquilo que nos foi pesado um dia. O passado assume formas animalescas, urra, ameaça e avança sobre a nossa noite tranquila ou embota a visualização durante o dia em seu reflexo intenso.

O animal ferido e agressivo pode ser tratado, não com medicamentos, mas com a redefinição do passado, aceitar e deixar ir, e saber para onde olhar sem se ferir. Não prometo que o animal se vá, mas ficará sociável, e talvez o convide para um chá. Entre um gole quente e outro, é possível que rosne, mas será apenas isso.

No retrovisor, o casal já não se encontra, mas ainda vejo o beijo que foi dado naquele carro em direção ao ser feliz, tão diferente de uma felicidade acabada, utópica. Mas é nesta utopia que nos movimentamos, sem rumo, ao aconchego de um amor sincero, e não de um desejo neurótico insaciável que prenuncia o vazio.

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