O problema não é ser conservador. É conservar porcaria.

O problema não é ser conservador. É conservar porcaria.

Não, nem todo conservador é um babaca, reacionário, antiliberal e essas coisas que só atrasam a vida. Acredite. Tem um monte de gente boa por aí conservando o que é preciso conservar.

Eu mesmo encontrei dois deles agorinha. Um casal. Estão juntos há uma década. Não se casaram no papel, mas têm uma relação estável e monogâmica. São dois belos conservadores! Os dois trabalham, guardam os dias santos, respeitam pai e mãe, almoçam em família, trocam presentes no Natal e nos aniversários. São felizes, se amam de verdade e agora estão na fila para adotar uma criança. Ah! Os dois são homens.

Sim, porque “conservar” e “renovar” não têm de ser ideais antagônicos e incompatíveis em lugar nenhum. Todos temos o direito de conservar o que quisermos, inclusive a nossa mais sagrada liberdade de sermos quem quisermos ser. Porque todos somos livres para ser quem somos de fato.

Confesso. Eu sou um sujeito conservador! Conservo mesmo, sem culpa e sem medo, um caminhão de coisas. Lembranças e amigos, figurinhas e gibis. O que há de mau nisso? Conservo medos, saudades, tristezas e esperanças. Eu conservo, sim!

Guardo comigo as lembranças da minha família como pequenas joias. Conservo minha bisavó no coração e não abro mão. Agora, isso não quer dizer que eu deseje viver como ela vivia na primeira metade do século passado. Nem que eu pense exatamente como ela pensava ou tome as mesmas decisões que ela tomava. São coisas diferentes, épocas diversas. E o fato de eu conservar o que bem entender do tempo da minha bisavó não faz de mim um retrógrado, não.

Francamente, conservadores somos todos. A questão é pensar bem no que estamos conservando. Há pessoas que conservam o que só é bom para elas mesmas e ruim para os outros: preconceitos, favorecimentos pessoais, tradições duvidosas, privilégios de classe, tabus medonhos e outras antiguidades no mau sentido. São espécies que param no tempo.

Por outro lado, tem gente que conserva seus valores e respeita os dos outros. Gente que mantém suas próprias preferências e deixa o outro preservar as dele. O que há de errado com isso?

Ruim é conservar coisa inútil e se recusar a seguir adiante. É não admitir que os costumes mudam, que o mundo evolui, que dois homens ou duas mulheres podem, sim, ter filhos e formar famílias lindas, felizes, admiráveis! Maus conservadores são horríveis, péssimos, intragáveis.

Mas ahh… quem conserva o que vale a pena merece uma medalha, um prêmio, um título honoris causa. Essa gente, ainda que vez ou outra pareça conservadora, é quem deixa a vida novinha todos os dias.

Será que “ser ou não ser” ainda é a questão?

Será que “ser ou não ser” ainda é a questão?

Hoje eu acordei meio parede sem acabamento, cinza, acimentada, rígida e áspera, como uma dessas paredes em construção. Ao meu lado outras paredes, quase todas em processo, outras deterioradas, porém, todas imóveis. Abaixo de mim mais paredes, acima também, um peso sobre outro, concreto, físico, material. Haja força para suportar!

Senti saudade de quando acreditei que era massa de modelar, macia, colorida, maleável. Eu era uma artista! Criava-me flor, pássaro, e até menina, me tornava o sonho lúdico em que vivia, misturava-me com outras cores e adquiria minha própria cor, e mesmo que me pisassem, esmagassem, perfurassem, eu sabia que seria capaz de voltar a ser flor, ou qualquer outra coisa que eu imaginasse; sonhar era livre.

Fui preparada dentro de uma betoneira, a ilusão de maleabilidade vinha da mistura ali feita, era cimento, água e areia. Girava, ficava tonta, fantasiava; o mundo lá fora era novo, era outro, não senti o processo acontecer, apenas dormi e acordei parede. Nada como dizem por aí, de sonhar voando e cair da cama, era pior, bem pior, algo como dormir viva, e acordar dormindo, só que pra sempre.

Hoje eu acordei meio parede, que é quase muro; acordei presa em mim mesma, seca, esgotada, desejando alguma ordem de demolição, desejando desmoronar, mesmo sabendo que isso comprometeria toda essa estrutura da qual eu nunca quis fazer parte, mesmo sabendo que isso afetaria outras paredes, que talvez, também quisessem ser outra coisa. Voltaríamos ao pó, nos misturaríamos a terra, e nos conduziríamos com o vento.

Descubro então que mesmo petrificada, os meus sonhos voam, eles vivem sob essa névoa empoeirada dessa construção morta. Os sonhos ainda vivem, e isso me traz a tranquilidade de acreditar no movimento.

5 lições de “Como Eu Era Antes de Você” que fazem o filme ser inesquecível

5 lições de “Como Eu Era Antes de Você” que fazem o filme ser inesquecível

Se você é fã de filmes de romance, é melhor já separar o lencinho! Baseado no livro homônimo da autora inglesa Jojo Moyes e dirigido pela também londrina Thea Sharrock, Como Eu Era Antes de Você, filme que estreou no último dia 16, conta com um elenco de peso. Emilia Clarke, da série Game Of Thrones, e Sam Claflin, dos filmes Jogos Vorazes e Simplesmente Acontece, vivem os protagonistas Louisa Clark e Will Traynor. Outros nomes que você provavelmente já conhece são Matthew Lewis (Harry Potter), Charles Dance (Game Of Thrones) e Jenna Coleman (Doctor Who).

No entanto, não são apenas os rostos conhecidos que fazem o filme valer a pena. A história de Louisa e Will é tão delicada e cheia de significados que, certamente, vai te fazer refletir sobre vários aspectos da sua vida. Por isso, separamos algumas das lições do drama romântico que vão mexer com você.

1. Uma primeira impressão ruim não significa falta de compatibilidade.
Quando Louisa Clark e Will Traynor se conhecem, nenhum dos dois vai com a cara do outro. Lou chega para ser cuidadora e acompanhante de Will, um banqueiro jovem e rico que há dois anos se tornou cadeirante, e ele faz questão de ser desagradável com a garota. Ela até pensa em largar o emprego depois de aturar tanta grosseria. Ainda bem que Lou precisa do dinheiro e não vai embora! Com o tempo, eles passam a se abrir tão profundamente um com o outro que suas personalidades são positivamente transformadas pela convivência. Vem daí o nome do filme!

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2. Faz bem se vestir de uma forma que agrade a si mesma.
O estilo de Lou é um dos grandes destaques do filme. A inglesinha gosta de roupas com cores e estampas marcantes, além de criar looks incríveis com peças cheias de informação. Algumas pessoas a olham torto por isso? Sim. Mas ela está sempre tão confiante com suas roupas coloridas que isso acaba encantando quem convive com ela. Na entrevista de emprego, Lou tenta usar uma roupa mais formal emprestada de sua mãe. Resultado? A saia rasga na lateral causando muito desconforto. Se tivesse vestida como gosta, possivelmente isso não aconteceria.

3. Demonstrar que você realmente presta atenção nas coisas que a pessoa fala é o melhor presente. 
Em uma conversa casual no início da convivência, Louisa comenta com Will que sua roupa favorita na infância era uma meia calça de abelhinha com listras amarelas e pretas. O tempo passa e, no aniversário da cuidadora, o namorado dela a presenteia com um objeto caro que não tem nada a ver com seus gostos pessoais. Já Will, acerta em cheio. Ele a surpreende com uma meia calça de abelhinha em tamanho adulto. Os gritinhos de alegria da moça deixam clara a sua felicidade com a lembrança do rapaz.

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4. Não diga “não gosto” se nunca experimentou. Você pode se surpreender.
Will percebe que Louisa tem uma rotina bem monótona na cidadezinha em que vivem e tenta de tudo para estimulá-la a viver novas experiências. No começo, a jovem tende a hesitar tudo que ele propõe. Exemplo disso é quando Will a convida para assistir a um clássico francês e ela diz que não curte filmes legendados, mas fica boquiaberta de encanto quando o filme termina. Lou pega tanto gosto pelas novidades que, em certo momento, é ela quem começa a propor novas atividades para ele.

5. Respeite as escolhas individuais de cada um.
Talvez essa seja a mensagem principal de Como Eu Era Antes de Você. Não vamos entrar em detalhes para não estragar a surpresa de quem não leu o livro. No entanto, ao assistir ao filme, você vai perceber que, muitas vezes, as decisões de quem amamos não significam que  a pessoa não gosta da gente ou que não a fazemos feliz, outros aspectos pessoais também influenciam. Você pode até opinar, porém jamais tentar escolher pelo outro contra a vontade dele. Ninguém melhor do que a própria pessoa para saber o que é melhor para a vida dela.

Imagem de capa: Reprodução

Sobre a hegemonia do princípio de Nirvana

Sobre a hegemonia do princípio de Nirvana

A ideia que melhor define o conceito “pulsão”, tal como nos foi proposto por Freud, é a ideia de um retorno a um estado anterior. Esta, contudo, passa predominantemente desapercebida na generalidade das utilizações que se fazem do conceito. Na verdade a pulsão é predominantemente entendida como um ímpeto inconsciente para um movimento dinâmico que nos propõe o avanço no sentido de um determinado alvo; e raramente como uma força-movimento de retorno a um estado de coisas anterior. Contudo, a força da pulsão reside precisamente nesta última tendência, sendo que, uma vez levada ao limite da sua finalidade (ou à condição mais remota a que se pode recuar), este estado para o qual a pulsão tende, é um estado anterior à vida, ou seja, é um estado eminentemente anorgânico. A morte é, por assim dizer, coincidente com um retorno. Existirá, portanto, nesta perspetiva, uma tendência para um retorno ao nada, que é o ímpeto da pulsão de morte, que se traduz, do ponto de vista psíquico, na tendência inconsciente para um estado cada vez mais pleno de ausência de tensões.

Hoje em dia, ocupando cada vez mais espaço nas emergências culturais do mundo ocidental (e não só), assim como um lugar de relevo antagónico, relativamente às tensões da vida mundana, assistimos ao advento ocidentalizado do budismo hinduísta (um género de avanço que não deixa de nos evocar um retorno), patente na afirmação da sua radical essência, contraposta ao ruido consumista-individualista de uma perturbadora pós-modernidade: a procura de quietude, cujo fim último resultaria numa infinita felicidade, atingida pela fusão com a alma coletiva, através do aniquilamento da individualidade e das manifestações do desejo próprio. Neste ponto, tendo em conta que, como espero ter ficado claro, proponho o recurso a duas interpretações do Nirvana, fundamentadamente distintas – a psicanalítica (de Freud) e, por último, a hinduísta-budista (a original) –, são contudo as incontornáveis similaridades existentes entre elas, que nos remetem para um campo de reflexão eminentemente atual, que na verdade é intemporal.

Voltando então à interpretação freudiana eu diria mesmo que, com legitimo fundamento, surpreendentemente para muitos, reconhecidamente para outros, o princípio de Nirvana, que subscreve a tendência do organismo para a ausência total de tensões, não veio à obra de Freud para pouca coisa, veio sim para partilhar o trono com o princípio do prazer, para não dizer destroná-lo, pois no fundo passou a ser este outro princípio (o princípio de Nirvana), o que melhor representa a mais irredutível das forças pulsionais atuantes no organismo vivo, não fora ela a que no fim (no limite do movimento de retorno), sempre vence: a pulsão de morte. Na verdade, como saberão, Freud assimilou o prazer à redução das tensões penosas e, finalmente, à redução das tensões ao nível zero, ponto em que a teoria da dualidade pulsional se harmoniza finalmente, na assimilação do prazer ao princípio de Nirvana.

Este princípio seria ainda um princípio para além do homem, pois estaria presente em todos os organismos vivos, mesmo nos mais primitivos. Por outro lado, seria sempre muito difícil fazer prova direta da sua ação, pois ela estaria predominantemente disfarçada pelas forças que conservam a vida. Esta conceção especulativa (sem possibilidade de provação cientifica, mas para a qual Freud considerou encontrar suficientes evidencias clínicas), acabou por ligar indissociavelmente qualquer desejo agressivo ou sexual, ao desejo de morte, na mesma medida em que o princípio de Nirvana, representado pela pulsão de morte, traduzia o que de mais irredutivelmente pulsional existia no organismo.

Esta é, de acordo com a segunda tópica freudiana, a grande questão do inconsciente (todas as outras orbitam necessariamente em torno dela), enquanto contido na noção “Id”. Mas, efetivamente, pouco se tem refletido sobre isto, pouca atenção se tem dado a este Freud especulativo, pelo menos na praça da “psicanálise suave e utilitária”. Neste âmbito, fica aqui esta minha leitura de Freud, sobre o mais radical princípio regente da vida psíquica, que expressa a silenciosa tendência da pulsão de morte, sempre dissimulada pelas forças que conservam a vida, que então de tantos modos nos envolve e alicia, até porque, para bem, a pulsão de vida é impelida e destinada a procurar dançar harmoniosamente com o seu par (a pulsão de morte). Mas, como é fácil observar, este é um par que nem sempre se afina, esta é uma dança que nem sempre sabemos dançar…

Casal em namoro à distância cria fotos para se aproximar

Casal em namoro à distância cria fotos para se aproximar

Danbi Shin e Seok Li são um casal coreano apaixonado que namora à distância. Shin mora em Nova York, nos EUA, enquanto Li reside em Seul, na Coréia do Sul. A viagem de avião entre os dois lugares dura, em média, 14 horas.

Os dois só podem se encontrar pessoalmente em intervalos de meses, razão pela qual resolveram criar um projeto fotográfico chamado Half & Half, em que eles tiram fotos simultaneamente e combinam os resultados em uma única fotografia composta de duas partes complementares. Dessa forma, eles se mantêm próximos, apesar de estarem a milhares de quilômetros um do outro.

Manter uma relação à distância é um desafio verdadeiramente complicado para qualquer casal. A ausência de contato físico não é algo de todo insuportável, embora seja uma limitação muita dura de aguentar.

Esse hiato entre um casal é frustrante. A única forma de se ver é através de uma tela. A troca de experiências é escrita, por vezes verbal, mas, por causa da falta de interação presencial, reina um sentimento de incerteza quanto ao que as duas pessoas estão fazendo (ou pensam em fazer) fora da comunicação restrita.

Muitos casais que namoram à distância mantêm seu relacionamento mesmo na base da provação, mas outros não aguentam e preferem dar um fim na relação, visto que o laço afetivo esfria com a falta de calor humano.

Alguns acreditam piamente em amor incondicional; outros dependem de garantias e demonstrações explícitas desse amor para poder experimentá-lo.

No mínimo, é surpreendente o fato de duas pessoas permanecerem juntas sem se olharem, beijarem, cheirarem e tocarem. A constante obliquidade de sensações desgasta a paixão e mina o desejo com o passar do tempo, mas alguns casais ignoram essa tentação e sustentam o amor, como se tivessem feito um pacto de sangue.

Se um relacionamento saudável à base de sexo já é, em partes, difícil de se viver, é imaginável a dura realidade de experimentar o outro apenas em pensamento, como fazem os coreanos Shin e Li.

Há um grupo de pessoas que leva um relacionamento à distância numa boa, e ainda tiram o melhor proveito da situação com humor e criatividade. Danbi Shin e Seok Li fazem parte desse grupo, que se contenta com pouco. A parede de separação que os envolve é quebrada por um simples, mas perspicaz projeto fotográfico.

Nas fotos a seguir, Shin e Li mostram como suas vidas são parecidas, apesar de terem estilos e hábitos distintos. Os dois compartilham momentos cotidianos de seu dia a dia. Veja:

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Até quando vale a pena lutar por um amor?

Até quando vale a pena lutar por um amor?

Muitas vezes, vivemos relacionamentos difíceis, que nos causam muito mais tristezas, decepções e dores do que alegrias e satisfação. Mas, por algum motivo que nem nós mesmos sabemos qual é, insistimos em manter essa relação. Teimamos em tentar de novo, nos agarramos em palavras que não correspondem com a realidade nem com as atitudes tomadas pela outra pessoa. E assim, confusos e perdidos nesta sensação entre o amor que gostaríamos de viver e o que realmente estamos vivendo,não sabemos o que fazer! 

Convencidos de que amamos a outra pessoa, nos enchemos de forças e coragem para lutar por ela. Mas, logo depois, percebemos que não há reciprocidade, que a pessoa não está disposta a lutar, a tentar de verdade, a cumprir o que promete e, então, vemos nossas esperanças se diluírem e a nossa dor aumentar ainda mais. Algumas pessoas adoecem, entram em depressão, sentem-se desmotivadas, afastam-se dos amigos, perdem até o emprego por causa de uma relação que mais parece uma tortura, esmagando sentimentos e desejos.

Neste momento, por mais que não queiramos ouvi-la, a pergunta se repete em nossa alma e exige uma resposta: vale a pena continuar? Vale a pena insistir? Será que existe a possibilidade de conquistar essa pessoa definitivamente?

Enfim, creio que a resposta não seja tão objetiva, especialmente porque não podemos prever o futuro com tamanha clareza. No entanto, esta é, sem dúvida, a hora de olhar para nós mesmos e nos respeitarmos, nos valorizarmos e, acima de tudo, nos amarmos. Não tenho dúvidas de que se não fizermos isso, a outra pessoa também não fará. Mas se, ao contrário, decidirmos nos reconquistar, lutar por nós mesmos, enxergarmos o que temos de bom e nos reerguermos, haverá uma saída. Ou seja, ganharemos força e discernimento para descobrirmos a resposta certa: se vale a pena ou não!
Se valer, estaremos prontos para exigirmos o que queremos desta relação, mostrando à pessoa que merecemos ser amados, respeitados e valorizados. E ela, se realmente nos amar, estará disposta a nos dar o que merecemos.
Mas se não valer, estaremos prontos para abrir mão deste relacionamento que não nos tem trazido nada de bom, que tem servido apenas para nos deixar angustiados e desesperados com tamanha indecisão, incerteza e incoerência. 
Então, se você estiver vivendo um relacionamento que tem lhe causado mais dor do que alegria, eu sugiro que você se faça algumas perguntas e seja sincero consigo mesmo. A primeira é: você realmente ama esta pessoa? Se a resposta for não, então nem precisa responder as próximas questões. Mas se for sim, então pergunte-se: tem dado o melhor de você para tentar salvar a relação? Depois, avalie: a pessoa amada está disposta a salvá-la também? As atitudes dela demonstram um verdadeiro amor ou expressam indiferença, incompreensão e desrespeito?

Caso ambas estejam dispostas a se reconquistarem, é bem provável que consigam. Mas se só você estiver disposto a isto, o melhor a fazer é colocar um ponto final nesta história, pois um relacionamento se compõe de dois corações e nunca de apenas um!

Talvez, um dia, esta pessoa esteja pronta para viver esta relação e volte a lhe procurar, mas por enquanto, os fatos estão mostrando que não dá mais! Lembre-se que uma pessoa se apaixona por outra por causa de suas qualidades e depois, com a convivência, aprende a aceitar os seus defeitos. Então, cuide de você, expresse mais as suas qualidades, melhore seus pontos fracos, supere suas limitações e torne-se uma pessoa apaixonante.

Não desperdice a sua vida insistindo numa relação que não lhe faz crescer, que não torna você uma pessoa mais consciente e mais inteira. E nunca se esqueça que o Universo lhe dá exatamente aquilo que você acredita que merece! Portanto, trate de se valorizar e, assim, terá certeza absoluta de que você merece muito mais…

Amor não é solidão compartilhada

Amor não é solidão compartilhada

A solidão é um monstro assustador. Mais cedo ou mais tarde, ele acaba nos assustando, sobretudo quando olhamos para a vida e encontramos um imenso vazio. Falamos, gritamos e, na maior parte das vezes, escutamos tão somente o nosso eco como reposta. Diante de um mundo que nos amedronta, estar só torna-se um problema que deve ser solucionado. E, assim, surgem muitas relações, não por amor, não por vontade de estar com alguém que enternece o coração, mas apenas pelo medo de ficar sozinho.

Vivemos em um mundo em que cada vez mais estamos isolados em nossas ilhas afetivas e, consequentemente, temos a solidão instalada. Além disso, não existem mais referências sólidas para que possamos nos apoiar. Tudo é fluído, está constantemente em movimento e muda a cada instante. Desse modo, estamos gradativamente mais necessitados de algo que nos ajude a suportar um mundo seco e duro, que parece ter sempre uma surpresa a apresentar.

Estranhamente, esse algo tem sido direcionado para as relações afetivas. Ou seja, a solidão, a carência e o medo de encarar a vida estando só têm sido o combustível de muitos relacionamentos. Mas será que vale a pena estar com alguém apenas por medo da solidão? Será que o amor é apenas algo que duas pessoas que não conseguem viver sozinhas inventam para ficarem juntas?

Embora existam inúmeras interpretações acerca do amor, não acredito que ele seja somente um subterfúgio de indivíduos incapazes de encarar seus medos e fobias. Do mesmo modo, também não acredito que valha a pena estar em uma relação dessa forma. O que consigo observar, sob meu prisma, são relacionamentos frios, sem brilho no olhar e risos sinceros compartilhados. Relacionamentos marcados por traições em todas suas possibilidades e sem qualquer tipo de profundidade.

Obviamente, todo tipo de relacionamento trará contrapesos e muito trabalho, entretanto, o que existem em relacionamentos fundados pela carência de duas pessoas que não conseguem assumir a sua singularidade é a comodidade e a preguiça que não lhes permitem ter relações vivas, marcadas pelo esforço de fazer a relação dar certo. Aliás, a singularidade do outro pouco importa, já que a única coisa importante é estar com qualquer pessoa, ainda que esta não me comunique nada.

Dessa maneira, como é possível dizer que esses tipos de relacionamentos são fundados em amor ou afirmar que o amor seja isso? Amor é intimidade, é ter interesse em conhecer os cantos mais longínquos de um coração. As suas dores mais ocultas, as suas alegrias mais gratuitas, os seus desejos mais ardentes. Amor é conhecer cada detalhe que forma o ser amado. O jeito como sorri, a forma como penteia os cabelos quando está com pressa, a piada que vai contar em determinada situação ou a maneira engraçada que canta enquanto está no chuveiro. Amor é ter profundidade, é saber de cada idiossincrasia que forma a singularidade daquele que amamos. É amar cada detalhe que torna essa pessoa única e insubstituível e que faz com que a amemos em cada suspiro da nossa alma.

Amor é quando, mesmo podendo voar, escolhemos ficar. Amor é jogar conversa fora enquanto os ponteiros dos relógios se juntam sem que possamos perceber. Amor é quando somos um, mas queremos ser dois. Amor é ir além da superficialidade e ter coragem de mergulhar em águas profundas. O que foge disso não é amor, é tão somente solidão compartilhada, que pode, em alguns dias, até afugentar o medo e a angústia, mas jamais trará a sensação de estar completamente vulnerável e, ainda assim, ter o seu coração terno, algo que só sentimos quando estabelecemos um espaço de conexão entre dois corações, onde há terra arada e adubada para que raízes de amor floresçam das sementes de coragem e poesia.

 

25 Conselhos de estilo de Coco Chanel

25 Conselhos de estilo de Coco Chanel

Coco Chanel (1883-1971) foi uma das mulheres mais influentes e revolucionárias do mundo da moda, além de criadora do lendário perfume ‘Chanel Nº5′. Ela sempre se diferenciou dos demais pela sua inteligência e maneira peculiar de encarar a vida. Por causa dessas qualidades, se transformou numa lenda. “Houve muitas duquesas de Westminster. Chanel, há apenas uma” — dizia ela, categórica.

1- Somente aqueles que não têm memória insistem em sua originalidade.

2- Inventei minha vida assumindo a ideia de que tudo que não me agradava teria um contrário que me agradaria.

3- A beleza deveria começar na alma e no coração; de outra forma os cosméticos são inúteis.

4- Elegância não consiste em vestir um novo vestido.

5- Se você sabe que a maioria dos homens são como meninos, você não precisa saber mais nada.

6- O luxo é uma necessidade que começa quando acaba a necessidade.

7- O requinte é o triunfo do espírito sobre os sentidos.

8- Não é a aparência, é a essência. Não é o dinheiro, é a educação. Não é a roupa, é a classe.

9- O perfume anuncia a chegada de uma mulher e adia a sua despedida…

10- Não perca tempo batendo contra uma parede com a esperança de transformá-la em uma porta.

11- Uma mulher deve usar perfume onde ela pretende ser beijada.

12- Para ser insubstituível, você deve ser sempre diferente.

13- Menos é mais.

14- Não existem mulheres feias; existem mulheres que não sabem se arrumar.

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15- Uma mulher pode perder tudo com um sorriso e em seguida recuperar com uma lágrima.

16- O bom gosto faz bem a certos valores espirituais autênticos, como o próprio gosto.

17- A moda é arquitetura: é uma questão de proporção.

18- Uma mulher tem a idade que merece.

19- Nós, mulheres, precisamos da beleza para que os homens nos amem, e da estupidez para que amemos os homens.

20- A culpa é, talvez, a companheira mais dolorosa da morte.

21- O luxo deve ser confortável. Senão não é luxo.

22- Não sou jovem, mas me sinto jovem. O dia em que me sentir velha, vou pra cama e ficarei ali. Sinto que a vida é algo maravilhoso.

23- O sucesso costuma ser alcançado por aqueles que não sabem que o fracasso é inevitável.

24- Vista-se hoje como se você fosse conhecer o seu pior inimigo.

25- A liberdade sempre é elegante.

Não sinto pena de mim, então, não ouse você

Não sinto pena de mim, então, não ouse você

Se dar bem ou não pode ser questão de sorte, de inteligência, de carisma, do acaso, do encontro, do destino. Se dar mal pode ser questão de tudo isso também, ou nenhuma das alternativas anteriores. Não importa, é tudo parte do jogo. É tudo o jogo em si.

A reação mais aceitável deveria sempre ser a de modéstia perante o êxito e coragem no caso de uma derrota. Mas não é assim que conseguimos digerir e comunicar nossos feitos.

A vaidade sai a berrar e se insinuar para o orgulho já exacerbado. A festa parece não ter fim quando se vence uma etapa.

Mas, no lado oposto, atrás do pódio, bem lá para dentro das entranhas da vergonha, quando tudo dá errado, quem se apresenta esfomeada é a pena, de sobrenome piedade e apelido dó.

Sentir pena é tentar inutilmente se sentir triste pelo outro, ou pior, por si mesmo. É sentar e chorar, lamentar a vitória alheia só porque não foi a sua própria.

Quando as coisas dão para trás é o justo momento de invocar a sabedoria, por mais magra e fraca que ainda aparente. Só dessa forma ela se fortalece e vai aos poucos barrando a entrada da pena, que só lamenta, serve o drama em taça de cristal mas nada faz para de fato consolar.

Por essa e por outras que eu não sinto pena de mim. Não sinto quando acontece uma decepção. Não sinto quando me meto em causa perdida. Não sinto se for injustiçada. Não sinto nem quando sou eu a culpada.

Não sinto pena porque não me acho merecedora de lamentos. Prefiro me ver apta a novas chances. Troco a pena pela lição aprendida.

E por favor, se nem eu sinto pena de mim, se me encontrar numa situação passível desse sentimento, nem ouse! Se o fizer, sentirei pena de você!

10 filmes para almas sensíveis

10 filmes para almas sensíveis

Por Julianna Steffens, do blog Lost in Chick-lit

Título original: 10 filmes para chorar litros

E como não são apenas os filmes românticos que nos fazem derramar lágrimas (ou soluçar compulsivamente), esta é uma lista bem eclética de TOP 10. Preparem a  caixa de lencinhos e o balde de pipoca!

Não vou tentar convencer vocês que esta lista é imparcial, pois não é! Nem acredito que qualquer lista do gênero seja, escolher os melhores de qualquer coisa é sempre algo muito subjetivo.

1-Diário de uma Paixão (The Notebook -2004)

Direção: Nick Cassavetes
Atores:  Ryan Gosling, Rachel McAdams Gena Rowlands
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Baseado no romance de Nicholas Sparks, o que automaticamente significa “preparem os lencinhos”. Pra mim esta é sua obra prima, muito bem adaptada para o cinema, que descreve a história  de Noah e Allie, no passado, sendo contada por Duke no presente para uma senhora que sofre de Alzheimer. Não sei se todos já viram (quem não  viu  deve ver). Com uma das mais belas cenas de beijo do cinema atual, e dois atores jovens perfeitamente escalados, corri pra comprar a versão literária assim que assisti o filme.

2- P.S.Eu te amo (P.S. I Love You -2008)

Direção: Richard LaGravenese
Atores: Hilary Swank, Gerard Butler, Lisa Kudrow
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Um filme que te leva das lágrimas às gargalhadas em instantes. Só de pensar em algumas frases do filme/livro já dá vontade de chorar . Acredito que Gerard Butler é um dos novos astros mais charmosos de Hollywood, principalmente interpretando este engraçado e fanfarão irlandês (que acho um charme – se não fosse casada, queria um irlandês pra mim!).

3-Um amor para recordar ( A Walk to Remember – 2003)

Direção: Adam Shankman
Atores: Shane West, Mandy Moore, Daryl Hannah
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Outro filme baseado na obra de Nicholas Sparks e que me fez obviamente chorar convulsionantemente. Conta a história de Landon, um bonitão da escola que aprontou e foi obrigado a participar de uma peça de teatro. Lá ele conhece Jammie,  que tem câncer em estágio terminal. Os dois se apaixonam e  a gente se mata de chorar!

4-Cidade dos Anjos (City of Angels – 1998)

Direção: Brad Silberling
Atores: Nicolas Cage, Meg Ryan, Andre Braugher

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Seth é um anjo que se apaixona pela cirurgia Maggie.  Seth abdica sua eternidade para viver uma linda história de amor.
Adoro o Nicolas desde que me conheço por gente ( acho que o primeiro filme que vi dele foi Peggie Sue-seu passado à espera). Já perdi as contas de quantas vezes vi 60 Segundos (culpa do meu marido viciado em carros). Já a Meg  pra mim é a rainha das comédias românticas (Quem vai substituí-la? Morro de medo só de pensar)

5-Encontro Marcado ( Meet Joe Black – 1998)

Direção:Martin Brest
Atores: Brad Pitt, Anthony Hopkins, Claire Forlani

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Brad Pit é a morte, que tem como objetivo levar consigo o magnata interpretado por Hopkins. Convencido a ficar um tempo na terra, ele passa convier com a família e entender os habito humanos. Então a morte se apaixona!
Pra mim é uma história perfeita, com ironia, humor negro e romance. Só não é o filme perfeito porque no elenco está a atriz blase que é a Clarie.  A cena do Brad sendo  atropelado é inesquecível…e o final é lindo *-*

6-Amor Além da vida ( What Dreams May Come – 1998)

Direção: Vincent Ward
Atores: Cuba Gooding Jr, Robin Williams, Annabella Sciorra
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Quando os filhos do casal morrem em um acidente de carro, Chris e Annie tem dificuldade de superar o luto. Quatro anos depois, chega  a hora de Chris partir e ele vai para sua versão do Paraíso. Annie não aguenta a solidão e se suicida, indo para uma especie de purgatório. Chris  parte numa jornada na tentativa de encontrar a esposa.
Apesar de não ser uma pessoa extremamente religiosa, fui criada e acredito nos preceitos do espiritismo kardecista, então este filme para mim tem uma dimensão imensa.  Uma história  de amor que ultrapassa as barreiras da morte, do céu, do purgatório. E só de pensar nela matando o cachorrinho já me  da vontade de chorar! E tenho que admitir, por causa deste filme, eu tenho um pavorzinho de pegar congestionamento em tuneis longos, sério!

7-Lado a Lado ( Stepmom -1998)

Direção: Chris Columbus
Atores: Julia Roberts, Susan Sarandon, Ed Harris
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Drama familiar em que Susan Saradon é a mãe divorciada de dois filhos pequenos, cujo câncer retornou e ela tem que preparar a “madrasta” para substitui-la a contra gosto. Acho simplesmente perfeito, me emocionada toda vez que vejo.
Principalmente as cenas que as duas mães cantam cada uma a seu jeito Ain’t no moutain High enough. O final então, nem comento!

8-Doce Novembro ( Sweet November – 2001)

Direção: Pat O’Connor
Atores:  Keanu Reeves, Charlize Theron, Jason Isaacs
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Nelson é um workaholic que encontra o amor nos braços da estranha Sara, que todo mês embarca em uma nova paixão. Sara faz de Nelson seu novembro, mas o mês termina e ela não sabe o que fazer. (sinopse simplista, eu sei, mas acho que o filme já está tão batido que todos os seres do planeta terra já devem ter visto). Mas enfim…
Não me crucifiquem, não sou muito fã do Keanu (que pra mim só funcionou em Matriz e olhe lá), mas não tem como negar que esta história é tocante. Apesar de já ter enjoado (ou seja, não é dos filmes que eu tenha vontade de assistir de vez em quando), lembro que me emocionei pra caramba quando vi a primeira vez. Melhor personagem: o vizinho gay de Charlise, interpretado por Jason Isaacs (Sr. Malfoy)

9-A espera de um milagre (The Green Mile -1999)

Direção:Frank Darabont

Atores:  Tom Hanks, Michael Clarke Duncan, David Morse, Michael Jeter

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Homem negro, simples e grandalhão é acusado de pena de morte pelo assassinato de duas meninas durante a recessão. Ele vai para a “milha verde” (o corredor da morte), e fica ao encargo de Tom Hanks. Mas aquela criatura simples e simpática não cometeu o crime pelo qual foi julgado, e possui um dom extraordinário de cura.
Sou simplesmente fã dos dramas do Stephen King. E a história de John Coffe (Como a Bebida, mas não se escreve igual) é tão linda no cinema quanto na versão literária. Me acabei de chorar nas duas, e super indico para quem ainda não leu o livro. Considero uma das melhores adaptações cinematográficas de obras literárias, porque conseguiu manter o mesmo tom, os mesmos sentimentos e as mesmas falas que me comoveram no livro. Sem contar o adorável papel do Tom Hanks, sem duvida meu ator preferido, sempre carismático e verdadeiro. É o que eu digo, não fazem mais atores como ele!

10-À procura da felicidade ( The Pursuit of Happyness -2006)

Direção:Gabriele Muccino
Atores: Will Smith, Jaden Smith, Thandie Newton
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Chris é um chefe de família, que teve que lidar com o abandono da mulher, a perda do emprego, da casa. E que, mesmo assim, encontra forças para tentar mudar a vida horrível da qual ele e seu filho estão fazendo parte, entre eles dormirem em abrigos para “sem teto”, metrôs e banheiros públicos.
Acho que se alguém não se comoveu com esta história de vida, esta pessoa realmente tem coração de pedra. Saí do cinema com os olhos vermelhos, principalmente depois daquela cena dramática no banheiro, em que Will conta a história dos dinossauros tentado distrair o filho. Histórias assim nos fazem repensar que nossos problemas são mínimos, e que devemos ter esperança e perseverança apesar de tudo!

Paramos na idade em que nos falta amor

Paramos na idade em que nos falta amor

Com muita frequência, me encontro com pessoas que, por fora, parecem ter 20, 30 ou 40 anos, mas, lá no fundo, ficaram na infância e ainda precisam do amor que lhes faltou quando eram pequenas. Elas ficam assim até o momento em que aprendem a encontrar a satisfação nelas mesmas.

Paramos na idade em que falta amor.

Cada etapa se caracteriza por uma necessidade, ou seja, a maneira como precisamos de cuidado e de amor dos pais muda ano após ano.

No começo da infância se forma a confiança, por isso, nesse momento da vida o amor é expresso por meio dos cuidados da mãe e de sua atenção às necessidade do filho. Se, durante essa fase, o carinho da mãe é pouco constante, ou ela rejeita o seu filho, nele podem aparecer a desconfiança e o medo excessivo.

Na vida adulta, é difícil estabelecer contato com esse tipo de pessoa. Quando elas começam uma relação, é comum sentirem a necessidade de provar alguma coisa para a outra pessoa, colocando no outro a necessidade de mostrar fidelidade. Quando se tratam de relações interpessoais mais próximas, podem se sentir vulneráveis e indefesas.

Alguns anos depois, aos 2 ou 3 anos de idade, a criança aprende a ser independente e desenvolve o autocontrole. Se os pais dificultam o desenvolvimento destes aspectos, por exemplo fazendo sempre eles o que a criança poderia fazer sozinha e sem dificuldade, ou, pelo contrário, esperam que a criança faça coisas impossíveis, podem gerar a sensação de vergonha. Por outro lado, se os pais não param de corrigir os filhos, sem entender as necessidades naturais da idade, é provável que a criança tenha problemas para controlar o mundo à sua volta e, portanto, controlar a si mesma.

Quando são adultos, ao invés de se sentirem seguros de si mesmos, sentem que os outros sempre os estão analisando em detalhes e os tratam com desconfiança ou desaprovação. Também é possível que apresentem sintomas de transtornos obsessivos compulsivos e delírio de perseguição.

Entre 3 e 6 anos o amor se demonstra pelo incentivo à independência, apoiando a iniciativa, a curiosidade e a criatividade. Se os pais não permitem que o filho se comporte de maneira autônoma nesta fase, e respondem sempre com castigos, eles vão criar uma enorme sensação de culpa na criança.

A vida adulta de uma pessoa com este tipo de carência se caracteriza pela falta de foco para resolver problemas, colocar objetivos e metas e alcançá-los. Além disso, o constante sentimento de culpa pode ser a causa de passividade, impotência ou frigidez, além de comportamento psicótico.

Na idade escolar se desenvolvem a diligência e o amor ao trabalho. Se, nesta etapa, existem dúvidas sobre as capacidades da criança, o desejo de continuar estudando será ameaçado, dando lugar ao sentimento de inferioridade que, no futuro, acabará com a sua própria capacidade de ser uma pessoa ativa e produtiva dentro da sociedade.

Se as crianças percebem as vitórias escolares e o trabalho como os únicos critérios que determinam o sucesso, na vida adulta elas provavelmente se transformarão na chamada ‘massa trabalhadora’, caracterizada pela hierarquia preestabelecida.

Proponho, portanto, dar a mão à sua criança interior e ajudá-la a crescer. Para isso, procure uma foto sua de quando era criança, ou apenas pense na criança que vive dentro de você. Quantos anos ela tem? Como ela é? Em que pensa? Quem está ao lado dela? O que a preocupa?

Fale com ela.

Peque uma folha de papel e duas canetas de cores diferentes, uma com a mão esquerda e a outra com a direita. Se você é destro, a mão direita será o seu ‘eu’ adulto e a esquerda o ‘eu’ criança. Se você é canhoto, será ao contrário.

Agora, a conversa é apenas entre você e a sua criança interior. Quem fala primeiro? Como começa a conversa? As respostas podem ser inesperadas e surpreendentes.

Neste momento em que você encontrou a sua criança interior e está falando com ela, chegou a hora de começar uma relação. Converse o tempo que quiser, pergunte se ela precisa de alguma coisa e dê a ela o que ela pedir. Chame-a pelo nome (o seu), fale palavras doces e amorosas, expresse o seu amor e dê sugestões. Seja para ela o pai ou a mãe que você gostaria de ter com essa mesma idade.

Autor: Irina Parfénova — Psicóloga

Foto: Evgeniy Azarenok
Tradução e Adaptação: Incrível.club

Tom Jobim estava errado: é possível ser feliz sozinho, diz estudo

Tom Jobim estava errado: é possível ser feliz sozinho, diz estudo

Ao contrário do que cantou Tom Jobim, aparentemente é possível, sim, ser feliz sozinho — e isso quem diz é um estudo da Universidade de Auck­land, não algum sucesso qualquer de funk ou pagode. Feita com neozelandeses de 18 a 94 anos, a pesquisa revelou que, diferentemente das pessoas que buscam intimidade, aquelas que preferem evitar conflitos são mais felizes solteiras, independentemente do gênero ou do período da vida em que se encontram.

Até agora, estudos sobre relacionamentos costumavam indicar que os comprometidos são ligeiramente mais felizes e saudáveis que os solteiros. A lógica parece simples: o apoio de um parceiro ajudaria a lidar com o estresse cotidiano, o que provocaria maior sensação de bem-estar. “Mas mesmo as melhores relações podem ser difíceis e expor o indivíduo a mágoas e decepções”, explica a autora do estudo, a psicóloga Yuthika Girme. Em alguns casos, são motivo inclusive de ansiedade e depressão. E, para certas pessoas, passar por isso simplesmente não vale a pena.

Segundo a psicóloga, existem duas maneiras de construir relacionamentos: buscando intimidade ou evitando conflitos. Enquanto pessoas do primeiro grupo buscam oportunidades de tornar os vínculos mais intensos e se sentem mais satisfeitas quando estão comprometidas, aquelas que preferem evitar desentendimentos ou brigas costumam ser mais felizes solteiras.

Em contrapartida, explica a autora, estar solteiro aumenta a possibilidade de melhorar a relação com parentes e amigos e de dedicar-se a hobbies, à carreira e a outras atividades que podem proporcionar bem-estar. “Embora ainda exista pressão para você namorar ou casar, a solteirice está se tornando cada vez mais comum e nem sempre é sinônimo de insatisfação ou tristeza”, diz Girme.

Você não colherá nada de novo enquanto continuar plantando as mesmas sementes

Você não colherá nada de novo enquanto continuar plantando as mesmas sementes

Necessitamos de certas rotinas em nossas vidas, para que consigamos nos equilibrar emocionalmente, em meio ao caos que nos rodeia nesse dia-a-dia célere e competitivo do cotidiano em geral. Quando nossas ações nos trazem benefícios, é preciso mantê-las, porém, ao percebermos que estamos desgostosos com algum aspecto de nossas vidas, é chegada certamente a hora de mudar de atitude.

Muitos vivem incomodados com o rumo que os acontecimentos vêm tomando, acordando e dormindo com a sensação de que se afastam cada vez mais dos objetivos que haviam caracterizado como prioritários em suas vidas. Parecem sempre estar desajustados, como se nada daquilo que têm fosse o que queriam, como se tudo o que planejaram tivesse se perdido por água abaixo.

Essas pessoas moram em lugares onde não se sentem bem, trabalham em ambiente onde veem suas capacidades desperdiçadas, convivem com indivíduos com quem não simpatizam, frequentando espaços que nada têm a ver com seu estilo de vida. E assim passam os dias deslocados de si mesmas, em uma fuga diária ao que realmente possuem dentro de si, conformando-se com o que incomoda.

Por isso, precisamos estar sempre atentos aos caminhos e descaminhos que compõem a nossa jornada, pois fomos nós mesmos que optamos por trilhá-los, por meio de nossas atitudes e escolhas. Analisar o que em nós contribuiu para estarmos onde nos encontramos hoje será essencial para que possamos mudar os rumos de nossas vidas, agindo de forma diferente, para que colhamos resultados outros.

Mudanças são necessárias e bem vindas, pois trazem novos desafios, e incertezas que nos motivam a pensar e repensar sobre o mundo, sobre nossas ações, sobre nossas vidas. Mantermos junto de nós o que e quem nos fazem bem é preciso, da mesma forma que é vital nos desvencilharmos de tudo e de todos que emperram a serenidade de nosso viver.

E isso só conseguiremos caso reflitamos continuamente sobre a forma como estamos agindo, direcionando nossos atos sempre em direção à felicidade, junto a quem nos provoca sorrisos sinceros

De que adianta falar quatro idiomas e não dizer “bom dia” no elevador?

De que adianta falar quatro idiomas e não dizer “bom dia” no elevador?

Em algum momento da vida, o mundo resolveu entender “competitividade” como alguma coisa parecida com o ditado antigo que diz “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Que pena.

Eu tenho a impressão de que esse engano é um dos grandes causadores da miséria em que nos enfiamos.

No meio desse equívoco, ser competitivo significa viver contra o outro, querer tudo e querer antes de todo mundo. Por aí, um batalhão competitivo espera sedento sua vez de partir para cima, de agarrar a chance com unhas e dentes, de provar seu valor, de fazer e acontecer. E tudo isso significa “passar por cima” de quem estiver na frente.

Em treinamentos e palestras, gurus de auto-ajuda repetem “você é especial porque foi o único espermatozoide a atingir o óvulo de sua mãe” e outras bobagens. Mas quase ninguém diz o essencial: “educação, respeito, ética e honestidade deixam o mundo melhor.”

Sem esses valores, ser competitivo é uma desgraça! O sujeito competitivo e mal-educado, desrespeitoso, antiético e desonesto é um monstro. Ponto! Não tem escrúpulos nem limites. Faz qualquer coisa em nome de suas metas.

Verdade é que competitividade sem educação está nos transformando em perigosas bestas. “Sai da frente ou eu atropelo” é o recado.

Nessa disputa estrábica, a gente aprende a falar inglês, alemão, espanhol, mandarim mas esquece como dizer “bom dia” no elevador!

“Fulano é poliglota!”, sabe pressionar, mentir, ofender e chantagear em quatro ou cinco idiomas! De que adianta?

Empatia, simpatia, fraternidade e outras joias são consideradas lixo entre os mal competitivos. Porque “abrem a guarda”. Ser gentil é mostrar fragilidade. O competidor matador fecha a cara e atropela. Aqui entre nós, tão ruim quanto os maus perdedores é o péssimo ganhador!

Dia desses, na festinha de aniversário do meu filho num bufê infantil, as moças que organizam a recreação fizeram lá pelas tantas a velha brincadeira da “dança das cadeiras” com as crianças. Na rodada final, disputando o último assento, restaram um menino e uma menina. Tal como um gladiador, para ganhar a peleja o garoto de nove anos empurrou a menina com tanta força que a machucou. A menina saiu chorando, os joelhos esfolados, e o menino foi festejado pelos amigos.

É triste mas é a verdade. A sanha de vencer a qualquer preço nos transforma, em qualquer idade, em perfeitos panacas. Cheios de motivação e energia, talhados em regras e chavões neurolinguísticos batidos mas tão esquecidos do óbvio: mais importante que ser melhor do que o outro é tratar o outro melhor.

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