Cães e gatos fazem parte da família, sim!

Cães e gatos fazem parte da família, sim!

Gosto de gente que ama, que se entrega, que é verdadeira e transparente, sem meias verdades. Gosto de gente que se importa, que se dedica, que se entrega. Gente que faz valer a pena cada minuto ao seu lado, que fica ali junto, haja o que houver, faça sol ou pairem nuvens sobre nossas cabeças. É por isso que prezo tanto a companhia de cães e gatos.

Somente quem possui animais de estimação é capaz de compreender o que significa receber um amor tão puro, incondicional e verdadeiro, sem cobranças, sem impor condições, a qualquer hora, em qualquer lugar. Trata-se de uma ligação inexplicável, de um entendimento sem precedentes, porque somos amados por eles sem precisarmos fazer nada além de existir.

Não importa a maneira como chegamos a nossas casas, se sorrindo ou não, nossos queridos estarão nos esperando, sempre, sem dúvida alguma, esfuziantes e felizes, como se não nos vissem há anos. Somos a pessoa mais importante na vida deles, fazemos uma falta tremenda e não nos sentiremos invisíveis ao seu lado, jamais. Na solidão e nos momentos de dor, poderemos ao menos contar com seus olhares, seu silêncio, sua compreensão muda.

Muitas pessoas criticam esse amor aos animais, como se ele nos tornasse cegos às carências dos seres humanos. Bobagem. O amor é infinito, nele cabe todo mundo, ou seja, amar os animais não significa que se ignoram as mazelas dos seres humanos, muito pelo contrário. Os animais nos ensinam, com o seu exemplo, a amar e a olhar além de si mesmo, a quem quer que seja, sem distinção. É perfeitamente possível conciliar gente e bichos em nossas vidas.

A vida já é dura demais, para procurarmos problemas em tudo, para questionarmos até o tipo de amor que os outros sentem e por quem. Deixem-nos amá-los, mimá-los, permitir que subam nos sofás, na cama, ocupando todos os espaços em nossas casas e em nossos corações. Cães e gatos nos salvam da solidão, da angústia, da tristeza, tornando-nos melhores, mais felizes, aumentando nossa fé.

Porque quem convive com esse amor tem a certeza de que nossos bichinhos estarão nos esperando na eternidade. Porque não há morte que seja mais forte do que esse sentimento que nos une aos nossos familiares peludos.

O declínio do afeto começa no desprezo pelas coisas pequenas.

O declínio do afeto começa no desprezo pelas coisas pequenas.

Depois de passarmos muito tempo ao lado de outra pessoa, começamos a achar que os pequenos detalhes são dispensáveis. Não são.

Quantos relacionamentos poderiam ter sido salvos se as bocas continuassem a dizer frases simples como: “ei, você está bonita”, ou “você é importante pra mim”. Todo relacionamento, assim como uma casa, precisa de manutenções regulares. E manter, nesse caso, nada mais é do que ser capaz de dizer e também ouvir coisas aparentemente desgastadas.

Não é à toa que dizem por aí que a prática leva à perfeição. Ninguém pode ser bom de fato em algo sem se dedicar àquilo de corpo e alma.

O casal que não prima pela repetição, erra. Erra feio, erra rude. A busca incessante pelo novo, o anseio incontrolável por novidade muitas vezes nos leva ao total esquecimento daquilo que é essencial.

A saudação de bom dia, o agradecimento, o elogio, as demonstrações de apoio e de afeto fazem parte de um ritual complexo. Renegar a urgência disso é antecipar a cerimônia de adeus. Reforças os laços é mais do que ir ao cinema ou ao restaurante juntos. É também restabelecer o diálogo, o prazer da companhia através da palavra, da conversa mesmo que banal.

A intimidade se quebra quando não há conversa. Mesmo a intimidade dos corpos é afetada com a distância verbal. Não há tesão que resista à degeneração do diálogo. Ainda é e sempre será importante não reprimir o impulso de falar com o outro sobre o brilho no olhar, sobre o sabor do beijo, sobre a sensação confortável de uma mão aquecendo a outra numa noite fria na volta pra casa ou sobre o prazer de dividir o cobertor no sofá em tarde de chuva.

O declínio do afeto começa no desprezo pelas coisas pequenas. O silêncio só vira ouro quando a palavra que escolhemos não dizer for de chumbo. Caso contrário, cada sílaba importa.

Obras de Gabriel García Márquez são disponibilizadas de graça na internet

Obras de Gabriel García Márquez são disponibilizadas de graça na internet

As obras de Gabriel García Márquez estão disponíveis no portal digital La Gaboteca, em referência ao apelido do escritor, conhecido como Gabo. O catálogo virtual foi apresentado em Bogotá, na ocasião do segundo aniversário de morte do autor de Cem anos de solidão, falecido em abril de 2014.

La Gaboteca foi dividida em quatro categorias: as obras de Gabo, as traduções, os livros publicados sobre ele e uma seção sobre a vida e as viagens do Nobel de Literatura colombiano. O portal é subdividido nas categorias romance, conto, jornalismo, cinema, memórias, poesia, teatro, prólogos, discursos, ensaios, entrevistas e diálogos.

A plataforma está disponível no site da Biblioteca Nacional (BN) e apresenta o vasto material bibliográfico de García Márquez, composta por mais de 1,5 mil materiais e 600 livros traduzidos em 36 idiomas.

“A obra do nosso querido Gabo é patrimônio de todos os colombianos. A melhor maneira de honrar sua memória é conhecendo seus livros, que sempre estarão à disposição de todos os que queiram se aproximar deles”, diz mensagem de apresentação da página. A plataforma ainda pretende coletar tudo o que for produzido sobre o autor ao longo dos anos.

Fotógrafo documenta sua depressão em retratos inquietantes

Fotógrafo documenta sua depressão em retratos inquietantes

O americano Edward Honaker, hoje com 23 anos de idade, foi diagnosticado com depressão em 2013. Como forma de expressar sua condição adversa, ele desenvolveu uma série de autorretratos nebulosos que revelam a angústia de conviver com a doença que representa a maior causa de incapacidade e morte em todo o mundo.

As fotos monocromáticas de Edward transformam a depressão em algo visualizável, esperançosamente compreensível. Além do mais, elas solidarizam outras pessoas que também sofrem dessa doença, formando uma rede de compartilhamento empática.

Após se ver aflito em subsequentes sensações de melancolia, procurar ajuda profissional e ser diagnosticado com depressão, muita coisa mudou na vida de Edward: para pior, quando compreendeu que teria que lidar com esse fantasma durante a vida toda; e para melhor, quando percebeu que não está sozinho e que há bons planos de combate à doença. Um desses planos envolve arte.

Essas fotos emblemáticas se destinam a retratar a impotência e insignificância sentidas por quem está lutando contra um transtorno depressivo. As fotografias incitam uma reação visceral.

Em entrevista para o jornal The Huffington Post, Edward disse:

“Tudo que eu soube é que me tornei ruim para as coisas que costumava ser bom, e eu não sabia porquê. Sua mente é quem você é e, quando ela não funciona adequadamente, assusta.”

Edward só pôde entender o que se passa em sua mente após receber o diagnóstico clínico de depressão. Foi então que ele resolveu se fiar a uma de suas paixões, a fotografia, pegando sua câmera para transformar suas emoções em algo tangível. O resultado é uma sequência de autorretratos que demonstram sua experiência pessoal com a depressão.

“É meio difícil sentir qualquer tipo de emoção quando você está deprimido, e eu acho que a arte pode, definitivamente, mover as pessoas.”

Enquanto está em uma crise depressiva, Edward – assim como a maioria dos depressivos – gosta de e precisa ser ouvido, não julgado.

O americano espera que suas imagens desconcertantes abram discussões solutivas sobre depressão e também sobre outras doenças mentais. De fato, não há uma só pessoa que não é (ou será) acometida por alguma desordem mental. Essa não é uma profecia pessimista, apenas uma projeção realista de algo que até hoje não foi desmentido.

Edward mantém a expectativa de que suas fotos possam ajudar outros depressivos não só a expressarr aspectos de sua doença mental, mas também que façam isso de forma a aceitá-la como parte de si mesmos.

“Quando estava fazendo esse meu portfólio, eu me perguntei se eu era o tipo de pessoa com quem os outros se sentiriam confortáveis de conversar se estivessem passando por um momento difícil. Na verdade, na época, eu acho que não era. Eu ainda tenho um bom caminho a percorrer, mas toda a experiência me fez muito mais paciente e compreensivo para com os outros.”

Essa iniciativa artística e terapêutica de Edward é um avanço significativo, visto que há um resistente estigma da depressão: nem todos os depressivos se sentem confortáveis em compartilhar emoções obscuras, tendências retroativas e pensamentos suicidas, por exemplo. O americano foi corajoso ao decidir não manter seus espectros malignos presos dentro de si.

“Eu acho que uma maneira realmente útil para acabar com o estigma em torno de uma doença mental como essas é estar presente para aqueles que podem estar sofrendo. Você nunca sabe o que os outros estão passando, então o que você realmente pode fazer é ser gentil, não julgador.”

A depressão é um mal que todos nós compartilhamos: em alguns ela se manifesta mais do que em outros.

Diferentes pessoas lidam com a depressão de formas diferentes, mas, em geral, todas elas experimentam uma espécie de subtração emocional que decorre, principalmente, da incapacidade de lidar com seu vazio existencial. Assim, depressivos se sentem temerosos e incompreendidos, pois estão, eles mesmos, presos em um vórtex de confusão e medo.

As pessoas acometidas pela depressão têm muitas percepções delirantes, assumem perspectivas muito mais do que péssimas; elas imaginam como se estivessem olhando para um precipício no qual, a qualquer momento, podem derrocar. Como dizia Nietzsche, “quando você olha muito tempo para o abismo, o abismo olha para você”.

Confira abaixo os autorretratos de Edward Honaker, os quais oferecem uma ótica simbólica acerca da depressão. Eles são um poderoso lembrete de que, embora a experiência de cada depressivo seja pessoal, há sentimentos oriundos dessa doença que são universais:

contioutra.com - Fotógrafo documenta sua depressão em retratos inquietantes

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O que aprendemos com a decepção?

O que aprendemos com a decepção?

Por Lingia Menezes de Araújo

Compreendemos mal o mundo e depois dizemos que ele nos decepciona.
~ Rabindranath Tagore

Viver por si só, já é uma imensa descoberta, pois a cada conquista nos descobrimos, a cada empenho, conversa, encontro e porque não dizer que podemos nos conhecer um pouco mais na decepção?

A vida é permeada de diversos sentimentos, sejam eles bons, ruins, construtivos ou ameaçadores. A todo o tempo, estamos pensando, sentindo e desejando mais. Na lista de predileções humanas, a decepção sentimento rejeitado, é colocado entre aqueles cujo sentido sempre amarga a experiência do vivenciar.

Assim, a decepção se faz presente por si mesma, pois ela faz parte da vida. Então, sem pedir licença, ou marcar horário, ela simplesmente se apresenta e muitas vezes, vem acompanhada por alguns sentimentos também resignados, como a tristeza, melancolia, mau humor, e alguns outros que aproveitam a viagem. Portanto, a decepção mal administrada prejudica a qualidade de vida, podendo gerar quadros de ansiedade e depressão.

Mas como vivenciá-la de forma diferente e desviar-se de uma posição enfraquecida diante à vida?

A decepção pode ser encarada como um impulso para ação, um despertar de uma motivação, um olhar diferente para o desejo e o desafio, ela pode vir a ser uma força construtiva. Ela, no final da historia , faz com que o homem entre em sua própria “caverna”, ou seja, reconheça a si mesmo e assim enxergue suas inseguranças, precariedades e incertezas.

O desapontamento pode ser encarado como oportunidade e porque não como crescimento? Pois, se vivêssemos em um estado constante de plenitude pouco saberíamos de nós mesmos, pouco melhoraríamos e teríamos a motivação para conquistar algo. É exatamente essa discrepância que nos permite alcançar algo novo.

Sem frustação não existe necessidade, não existe razão para mobilizar os próprios recursos, para descobrir a própria capacidade para se fazer alguma coisa que se tenha vontade.

Para lidarmos com nossas emoções de uma forma funcional e positiva precisamos aprender a lidar com nossas frustações, pois quando mais tivermos um conhecimento sobre nós mesmos, mais vamos conhecer sobre aquilo que nos provoca dor.

A mudança de postura diante de uma frustação acontece quando percebemos que precisamos mudar nossa forma de lidar com ela. Como dizia Jean-Jacques Rousseau, (1712-1778) filósofo, teórico político e escritor suíço… “Pelos mesmos caminhos não se chega sempre aos mesmos fins.”

Referências:
DANTAS, J.B. Angústia e Existência na Contemporaneidade. Rio de Janeiro. Editora Rubio, 2011.

Lingia Menezes de Araújo- Psicóloga Clínica
Tel.: (31) 3150 -9950 / 9576-9032 / 8671-1127
Rua Miguel de Souza Arruda-233-Alvorada
CEP 32041-470 -Contagem/MG

Último encontro

Último encontro

Sabe aquela fração de segundos que se leva para tomar uma decisão? Ir ou ficar? Dormir mais um pouco ou levantar? Passear ou descansar? Seja qual for a escolha, em algum momento da vida, você vai desejar voltar no tempo e fazer diferente. E o sabor amargo do arrependimento vem e se instala sem ser convidado.

Para mim, esse momento aconteceu. Estou pagando com uma dor imensa por todas as vezes que decidi não visitar meus avós. Passo, diariamente, na frente da casa deles. É meu caminho. Várias vezes tive vontade de parar o carro e entrar, mas havia sempre algo a fazer. Acabei não descendo do carro com a frequência que gostaria. Acabei deixando minha visita para outro dia…

Felizmente, no dia em que meus avós embarcaram para sua última excursão, decidi fazer uma forcinha e ir me despedir. Foi por pouco! Meu filho estava reclamando de sono e eu cansada, só pensando em chegar em casa. Pedi a meus pais (que também viajariam) para mandar um abraço ao vô e à vó e explicar a situação.

Na volta da viagem, certamente, eu conversaria melhor com eles. Mas, na hora de ir embora, algo estranho aconteceu. Aquela fração de segundos me fez desviar o caminho. Resolvi dar tchau. Mal sabia eu que aquela seria a última vez que meu avô e eu nos veríamos. Nos abraçamos pela última vez. Desejei que fizessem boa viagem pela última vez. Ele me deu umas frutas pela última vez. Meu filho beijou os lábios do bisavô pela última vez.

E foi assim, em uma visita rápida, que o homem que me ajudou a crescer olhou para mim pela última vez. Eu ainda olharia para ele, mas a imagem não me agradaria. Meu avô foi de ônibus com minha avó e o grupo, mas voltou sozinho no carro da funerária. Foi alegre e voltou morto. Não era para ter sido assim. Se eu soubesse, teria feito tudo diferente na nossa última vez…

Como eu queria voltar aos momentos de dúvida e poder decidir entrar na casa deles e jogar conversa fora ao invés de ir embora. Queria tanto gastar meu tempo ouvindo os causos de mil novecentos e antigamente que o vô Darci tinha para contar ao invés de me deixar levar para casa, guiada pela rotina. Adoraria jogar carta com eles, sem pressa, mesmo que o vô desistisse de chegar ao fim se estivesse perdendo. Queria tanto ter dedicado mais tempo a ele. Meu consolo é saber que fui uma boa neta.

Nossa relação era baseada em amor, respeito e admiração mútuos. Não estávamos juntos sempre, mas, quando estávamos, era sempre muito bom. Mesmo assim, confesso, se eu soubesse a data da nossa última vez, faria tudo de um jeito ainda melhor…

A última vez não se anuncia. É silenciosa e traiçoeira como uma serpente prestes a dar o bote. A última vez é misteriosa, é mascarada. Ela se disfarça de dia comum. O último adeus se disfarça de até logo. E a gente não percebe… Não há como prever a última conversa, o último toque, a última despedida.

Nada está explícito, nem subentendido (nem entendido). O último encontro com alguém deixa gosto de quero mais, embora seja pra nunca mais. A solução é tratar todos os encontros como se fossem o último, pois um deles realmente será.

Na dúvida, visite. Na dúvida, fique um pouco mais. Na dúvida, faça! Na dúvida, esteja presente. A morte ensina que a ausência dói. Não seja ausente em vida. Não escolha deixar para outro dia. Talvez não amanheça da mesma forma para uma das partes. Talvez o dia seguinte não aconteça para todos.

Apaixone-se por alguém que saiba reconhecer o amor

Apaixone-se por alguém que saiba reconhecer o amor

Não dá mais para amar alguém que não saiba como é o amor. Cansa perceber que, diante tantos carinhos, o sentimento é medido numa espécie de termômetro quando, na verdade, ele deveria ser recebido de braços abertos e corações corajosos. Porque o amor não foi feito para os calculistas. Isso de ficar em cima do muro se vale a pena mergulhar ou não no amor, é coisa de gente que já não sabe a diferença entre querer e fazer. E o amor nascido da indecisão, não presta.

Apaixone-se por alguém que não dispute o amor. Que entenda não se tratar de um jogo com respostas certas e erradas, mas de um caminhar para personagens igualmente protagonistas de afeto.

Apaixone-se por alguém que não demore. Porque o amor não pode ser marcado no relógio, com minutos e segundos certos para acontecer. A sua imprecisão e espontaneidade é que fazem dele honesto.

Apaixone-se por alguém que não desista de mudar. Nenhum amor sobrevive à passividade. Ficar estacionado e com os pés fincados sobre si é a prepotência da qual nenhum relacionamento precisa.

Apaixone-se por alguém que não te ofereça mentiras. Ainda há quem defenda que o amor honesto é roteiro de filme da Disney. Que não é possível estar ao lado de alguém sem desviar o coração um pouco mais pro lado na hora do dar de mãos.

Apaixone-se por alguém que…

Apaixone-se por alguém que você enxerga soma. Que quer estar junto para construir algo mais além de saídas aos domingos e fotos editadas.

Apaixone-se por alguém que você possa ouvir. Mas ouvir com um sorriso no rosto, admirando e respeitando vivências diferentes das suas. O amor não é para inimigos do conhecimento.

Apaixone-se por alguém que você acredite. Alguém distante das obviedades e cartas marcadas dos amores comuns. O amor é ímpar mesmo a dois.

Apaixone-se por alguém que você tenha certeza. Você escolhe como o amor será distribuído. Então se for para andar com o coração pra frente e depois dar trocentos passos para trás, procure-se.

Apaixone-se por alguém que saiba reconhecer o amor. O amor que começa de dentro pra fora, mas que não é questão de múltipla escolha. O amor com espaço e sentimentos disponíveis para acolhimento. O amor combinado no coração e não no papel. O amor de quem sabe que, antes de ser amor para o outro, deve ser amor consigo.

Apaixone-se por alguém que…

Esqueça. Não se apaixone. Ame. Desde o início. Porque a paixão é essa sucessão de conselhos e direções, enquanto o amor não precisa ao menos ser dito. É tiro certo de vontade, cumplicidade e carinho. E o corpo pede por viveres assim, onde arrepios possam acontecer sem premeditações.

Não deixe que os outros o arrastem para suas próprias tempestades

Não deixe que os outros o arrastem para suas próprias tempestades

Antes de qualquer coisa, devemos distinguir entre problemas próprios e alheios. Além disso, devemos aprender a identificar os pensamentos negativos e buscar soluções que nos satisfaçam e proporcionem um sentimento de tranquilidade.

Há quem seja capaz de criar suas próprias tempestades e chorar quando chove.

Estamos certos de que você conhece alguém com este tipo de personalidade, que cria seus próprios problemas e mais tarde se lamenta dos labirintos onde colocou a si mesmo.

O mais perigoso nestes casos é que, na maioria das vezes, estas pessoas conseguem arrastar os outros para as suas próprias obsessões e dilemas morais e pessoais. Eles chegam a nos responsabilizar, e por isso acabamos somando à nossa mente problemas que não são nossos.

É algo muito comum, em especial em pessoas um pouco imaturas e dependentes. No entanto, este fato de criar tempestades onde só existe calma é algo que todos nós já fizemos em algum momento especifico da vida, devido também a um instante de insegurança.

Vale a pena refletir a respeito disso.

Quando criamos tempestades em dias de calmaria

Há dias em que ficamos obcecados pelas coisas sem saber muito bem a razão. “E se isso der errado? O que eu vou fazer? Eu não terei outra saída!” “Estou condenado a ser infeliz, nada dá certo para mim”.

Estes pequenos exemplos são situações, pensamentos e ideias nas quais podemos cair em algum momento de nossas vidas. Não devemos vê-los como algo traumático ou perigoso.

As crises existenciais são instantes vitais que nos obrigam a tomar decisões igualmente importantes.

Todos nós podemos criar nossas próprias tempestades em algum momento, mas devem ser breves instantes de fraqueza, nos quais a nossa autoestima deve nos ajudar a nos reerguermos, a estabelecermos novos projetos.

Não se arrependa ou veja com maus olhos ter tido estes pensamentos. A autêntica valentia está em saber assumir que “não estamos bem” e que após a tempestade precisamos de calma e de luz. Precisamos reorganizar nossos pensamentos.

É necessário deixar de lado o que sentimos para nos lembrarmos do que realmente merecemos. Ninguém merece caminhar pela vida pensando que o mundo está contra si, e que o destino lhe fechou as portas para sempre.

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Reestruturação cognitiva

A reestruturação cognitiva é uma estratégia psicológica muito útil para acabar com estas tempestades mentais que todos sofremos ou podemos sofrer em algum momento.

Em algumas ocasiões, o mal-estar e estes pensamentos automáticos dos quais não somos conscientes se combinam em nossa mente e tendem a piorar o nosso estado. Assim, vale a pena ter em mente as seguintes estratégias:

  • Toda emoção, todo pensamento automático, tem uma forma em nosso cérebro. Assim, quando você notar que não está bem, pegue um caderno e descreva o que passa pela sua cabeça.
  • Utilize palavras ou frases curtas. Descreva o que você sente, o que vê, o que nota.
  • Depois disso, chega o momento de debater e confrontar estas ideias. Pergunte-se: “O que posso fazer para me sentir melhor?”
  • Uma vez que você tenha identificado a emoção e o pensamento negativo, é preciso priorizar a solução e, sobretudo, integrar na sua mente um estado positivo de liberação, de que você vai conseguir superar o problema.

Proteja-se de tempestades que não são suas

Acabamos de assumir que nós também somos capazes de criar nossas próprias tempestades. Assim, sabemos que este é um processo interno e pessoal, e que nós somos os únicos responsáveis por enfrentar o problema.

No entanto, uma realidade muito comum em nosso dia a dia é a de que existem pessoas capazes de nos arrastar para os seus próprios problemas, suas próprias tempestades.

Embora seja verdade que todos nós podemos ter estes momentos de crise, há quem pareça viver em um estado de crise crônica.

São personalidades muito inseguras que precisam ser reconhecidas, confirmadas e atendidas, porque se veem como incapazes de enfrentar problemas que, muitas vezes, eles mesmos criam.

Podemos ter amigos, familiares e até parceiros com este tipo de personalidade.

Nestas situações, ficamos envoltos em uma atmosfera de emoções negativas onde, além de tudo, soma-se uma “obrigação” de ter que atender e resolver problemas que não são nossos.

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A maneira mais adequada de agir nestes casos é mantendo o equilíbrio e estabelecendo limites. Iremos ajudá-los em tudo o que for possível, mas sempre deixando claro que as tempestades que cada um cria devem ser resolvidas na mente de quem as originou.

Apoie, anime, mas tente fazer com que sejam eles mesmos os que encontrem a solução de que realmente precisam. Se nós a facilitarmos, é muito possível que eles não fiquem completamente satisfeitos.

Mantenha uma distância emocional adequada. Você já tem os seus próprios problemas e responsabilidades para resolver. Não carregue pesos alheios nas suas costas, ou você limitará muito o seu crescimento pessoal.

Devemos tratar este assunto com muito cuidado.

Fonte: Melhor com Saude

Saudade do que não foi

Saudade do que não foi

Eram duas senhoras internadas em um hospital. Colegas de quarto. Ficaram amigas. Cantavam juntas para afugentar a dor. Uma sofria de infecção; a outra, câncer no cérebro. O filho de uma, conheceu a filha da outra e o amor teve início ali mesmo, num quarto hospitalar, no horário de visitas.

Está certo que o filho de uma pareceu um doutor aos olhos da filha da outra, mas, mesmo depois que a verdade apareceu, o amor continuou e cresceu. A doença de uma foi curada e ela voltou sã para casa; o câncer da outra, a devorou por completo depois de uns meses. A neta de uma é a neta de outra. Sou o primeiro fruto daquele amor nascido em meio à dor.

Para uma, sorte; para a outra, morte. Uma viu seus filhos crescerem; a outra deixou um pequeno e seis grandinhos. Uma foi à festa de casamento do filho; a outra, não teve tempo de ver a emoção da filha. Uma, conheço como a palma da minha mão; a outra habita meus pensamentos e me faz sentir saudades do que poderia ter sido, mas não foi.

Uma avó me viu nascer; a outra nem soube de mim. Ainda bem que eu sei dela. Não muito, mas o suficiente para carregá-la comigo. Uma foi avó em dobro porque a outra não teve a chance de ser. Uma avó ajudou a me criar; a outra foi criada por mim. Uma foi minha segunda mãe; a outra não pode ser. Uma, ofereceu-me colo, balas, sorrisos; a outra me ofereceu saudade e sua essência em minha mãe. Uma, amo porque conheço; a outra, amo porque deixei de conhecer.

Eram duas senhoras internadas em um hospital. Hoje são duas avós minhas. Minhas e de mais gente. Uma conhece todos os netos e bisnetos. A outra, não sei dizer…Talvez os conheça de onde está. Uma, posso tocar, abraçar, beijar; a outra, posso só imaginar e querer bem. Uma me conta histórias de sua juventude em meio a gargalhadas; a outra morreu jovem e precisa que me contem sobre ela. Uma está ao meu lado; a outra, dentro de mim. Uma eu vejo quando quiser; a outra verei quando chegar a hora. Uma me fez companhia a vida inteira; espero que a outra me acompanhe na eternidade, porque uma é minha… E a outra também!

Ciência confirma: pai é insubstituível na formação da criança.

Ciência confirma: pai é insubstituível na formação da criança.

“O pai é fundamental na formação da personalidade da criança, e como ela desenvolverá diversas características até a idade adulta. As crianças sentem a rejeição como se ela realmente fosse uma dor física. As partes do cérebro ativadas quando um pequenino se sente rejeitado são as mesmas que se tornam ativas quando ele se machuca, com uma diferença: a dor psicológica pode ser revivida por anos, levando à insegurança, hostilidade e tendência à agressividade. Um pai presente e carinhoso tem exatamente o efeito contrário na formação da personalidade do filho: o pequeno cresce feliz, seguro e capaz de estabelecer ligações afetivas muito mais facilmente na vida adulta.”

Que o amor materno é fundamental para a vida de qualquer criança, não temos qualquer dúvida. Aliás, em pleno século XXI, nossa cultura ainda coloca sob responsabilidade (quase que exclusiva) da mãe os cuidados com os filhos (é uma criança que faz birra? Que bate no amiguinho? Que vai mal na escola? “A culpa é da mãe”, não é assim que ouvimos comumente por aí?).

Mas como fica o papel do pai nessa história? Pois um estudo recente mostrou que ele é fundamental na formação da personalidade da criança, e como ela desenvolverá diversas características até a idade adulta. Pesquisadores da Universidade de Connecticut, nos EUA, demonstraram que crianças de todo o mundo tendem a responder da mesma forma quando são rejeitados por seus cuidadores, ou por pessoas a quem são apegadas emocionalmente. E quando essa rejeição é do pai, diferentemente do que muitas pessoas acreditam, ela causa marcas profundas.

contioutra.com - Ciência confirma: pai é insubstituível na formação da criança.

Segundo os estudiosos, que avaliaram 36 trabalhos envolvendo mais de 10.000 pessoas, entre crianças e adultos, a rejeição paterna tem essa influência tão marcante porque, em primeiro lugar, é mais comum do que a materna. E também porque a figura do homem é associada a prestígio e poder – ou seja, para a criança, é como se ela tivesse sido esquecida ou preterida por alguém que todos consideram importante.

Agora vem a parte mais triste: o estudo mostrou que as crianças sentem a rejeição como se ela realmente fosse uma dor física. As partes do cérebro ativadas quando um pequenino se sente rejeitado são as mesmas que se tornam ativas quando ele se machuca, com uma diferença: a dor psicológica pode ser revivida por anos, levando à insegurança, hostilidade e tendência à agressividade.

A boa notícia é que um pai presente e carinhoso tem exatamente o efeito contrário na formação da personalidade do filho: o pequeno cresce feliz, seguro e capaz de estabelecer ligações afetivas muito mais facilmente na vida adulta.

Fonte: comshalom.org

Nota da Página: Mais do que o pai, acreditamos que o termo correto a ser usado seria “figura paterna”, pois outras pessoas podem assumir a função do pai.

Vive melhor quem sabe a hora de se afastar

Vive melhor quem sabe a hora de se afastar

E então o tempo passa e tudo começa a ficar diferente do que era antes. As pessoas mudam, outras vão embora, os ambientes tomam outras formas, o mundo renova-se e, ali no meio disso tudo, ficamos nós, tentando nos equilibrar nesta corda bamba que é a vida. Talvez por conta desse exterior em constante mudança, sempre imprevisível, tentamos manter as coisas em ordem perto de nós, como se precisássemos de alguma constância em meio a essa vida que chacoalha sem parar.

Infelizmente, se nos prendermos a coisas e pessoas, depositando-lhes toda carga de responsabilidade sobre nosso equilíbrio, necessitando de que tudo fique como e onde está, sempre, apesar de tudo, haja o que houver, muito provavelmente estaremos condenados a nos decepcionar fortemente. Haverá momentos em que tudo o que parecia certo se desmorona e nada volta a ser como antes nem ninguém será como já foi um dia. Para então sobrevivermos, teremos que ir, teremos que deixar ir, sejam os momentos, sejam as coisas, as pessoas, os sentimentos.

Teremos que perceber quando não formos mais parte de certos lugares, quando não mais precisarem de nós ali, quando nossa presença não for requisitada, quando nosso amor não mais encontrar terreno afetivo ao lado de quem foge ao nosso olhar. Porque haverá ambientes que ficarão melhor sem nossa presença, haverá pessoas que desejarão nossa distância, haverá vidas correndo com tranquilidade longe de nós. Ainda que não seja fácil, será preciso nos afastar do que e de quem já caminha longe da gente.

Na verdade, mesmo que leve um tempo, acabaremos chegando à conclusão de que tudo o que não nos requer e todos que não nos chamam mais não nos farão falta alguma, pois o que não carrega reciprocidade não vinga, não floresce, nada oferta nem acrescenta. Ficaremos bem melhor longe do que não nos recebia com verdade. Muitas vezes, até, nosso afastamento será providencial para que nossa ausência traga clareza quanto à importância que temos, fazendo com que voltemos mais fortes junto ao que era incerto e já não é mais.

Como se vê, embora relutemos muito em nos desprender de algumas coisas e de certas pessoas que temos como imprescindíveis, tomarmos a atitude de nos afastar do que já transbordou para o lado errado, do que sufoca e apaga o nosso sorriso, de quem mal nos percebe e pouco se importa, acabará por nos poupar de machucados e dissabores, pois é assim que tomaremos de volta nosso amor-próprio, é assim que saberemos nos valorizar antes de tudo. Sofrer com as rupturas nos fortalece e passa; sofrer sem ter coragem de sair daquilo que causa dor nos diminui e não tem fim. A escolha é só nossa.

Gente folgada anda brotando feito “Gremlins”!

Gente folgada anda brotando feito “Gremlins”!

Você percebe que está sendo explorado em sua generosidade quando se toca que as pessoas vêm até você, se lembram de você, ou te procuram, apenas e tão somente quando você tem algo que seja do interesse delas ou quando elas precisam que você faça algo que qualquer outra pessoa se negaria a fazer.

Outro sintoma claro de que a sua tolerância anda beirando o infinito e revela falta de amor próprio, é a evidência de que todo mundo anda se sentindo demasiadamente confortável para colocar seus “adoráveis indicadores” na ponta de seu nariz, ora para colocar defeitos em tudo o que você faz, ora para transferir às suas costas pesos e responsabilidades que definitivamente não são seus.

As relações interpessoais são realmente um assunto delicado e cheio de nuances pouco objetivas para determinar limites e permissões. É na convivência que a gente vai estabelecendo códigos de acesso ou de delimitação de territórios. É na construção de uma relação baseada no respeito, na confiança e no afeto, que a gente pode relaxar diante do outro e o outro diante da gente, a ponto de não haver necessidade de tensões ou receios acerca de situações de abuso, seja por falta de compromisso, excesso de dependência ou o nascimento espontâneo de um “folgado de carteirinha”.

E, para falar a verdade, gente folgada anda brotando feito aqueles “Gremlins do Mal” saídos de um filme de Spielberg. Gente que acha que é melhor que os outros, gente que tem absoluta certeza de estar sempre certo, gente que cospe “verdades” na sua cara com tamanha desenvoltura, que você fica até meio desconfiado de que realmente a sua opinião, vontade ou necessidade não merece nenhum crédito ou oportunidade.

Infelizmente, parece que bom senso anda fazendo parte das coisas raras desse mundo. Infelizmente, a generosidade anda escassa e o individualismo parece ser a palavra de ordem do momento. Infelizmente, ninguém traz um aviso tatuado em neon na testa para nos prevenir de que por trás daquela aparência de suposta sabedoria, encontra-se um ser desprovido de sensatez, capacidade de enxergar ou ter empatia por outra pessoa.

Que a gente aprenda a compreender que quando nos anulamos em favor do outro, ninguém sai ganhando. Que a gente aproveite o tempo vivido para adquirir a sabedoria necessária, a fim de diferenciar convivências equilibradas baseadas em troca afetiva, das relações unilaterais que só nos esvaziam e enchem o outro de uma supremacia que serve de justificativa a recorrentes atitudes abusivas.

A linha que separa as relações de parceria, das relações de dependência ou prepotência são claras. No entanto, podem virar traços tênues, caso uma das partes esteja fragilizada física ou emocionalmente. É preciso exercitar habilidades de coexistência, por meio das quais se construa aprendizagens afetivas que nos permitam saber que às vezes cabe um “sim”, às vezes cabe um “talvez” e, às vezes é absolutamente necessário e saudável dizer “não”, livre de culpa ou remorso.

Aprender a dizer “não” é indispensável para a saúde emocional de qualquer relacionamento. Aprender a dizer “não” nos habilita a apenas dizer “sim”, quando nos for possível dizê-lo, quando esse “sim” não for fruto de nossa fraqueza, de nossa carência, nossa evidente incapacidade de estabelecer limites ou da manipulação de pessoas que fazem pouco da nossa boa vontade. Dizer “não” quando for preciso dizê-lo, é honesto, necessário e altamente libertador para ambas as partes.

Você não tem obrigação de agradar. Mas também não precisa agredir.

Você não tem obrigação de agradar. Mas também não precisa agredir.

É verdade. Ninguém tem a obrigação de fazer nada só para agradar o outro. A gente faz porque quer. Faz se quiser. Pelo menos devia ser assim. Se você agradar, muito bem. Se incomodar, paciência. Acontece. Há de ser sempre assim. Uns gostam de você, outros não. Fazer o quê?

Agora, a desobrigação de agradar quem quer que seja não dá a ninguém o direito de sair por aí agredindo de graça. Isso é feio, mesquinho, rasteiro. Próprio de quem confunde liberdade com libertinagem. Pura e simples falta do que fazer.

Falar com liberdade o que vai no pensamento é uma grande qualidade. Pessoas autênticas fazem isso muito bem. O problema é que muita gente se orgulha de possuir esse atributo quando na verdade só o tem pela metade: o sujeito possui uma disposição imensa para falar mas mantém uma preguiça enorme de pensar. Fala justamente o que não raciocina. Tagarela sem refletir. Discursa demais e pondera de menos. Repete insultos prontos. Fala sem pensar. E isso, cá entre nós, não é autenticidade. É burrice, ato proposital de estupidez, cretinice assumida.

Que as mulas não nos ouçam com suas orelhas enormes, pontudas, compridas, mas elas são ótimas em zurrar a todo canto que não são obrigadas a dizer “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”, que não devem doçura a ninguém, que preferem ser vistas como mal educadas do que como “hipócritas”, que isso e aquilo. Tudo sempre em um tom muito afetado, acusatório e generalizador, como se todas as pessoas gentis do mundo fossem falsas, enganadoras, dissimuladas e canalhas.

Aqui comigo eu tenho a impressão de que toda pessoa inteligente deve, sim, fazer um esforço para mudar os péssimos hábitos grosseiros que se instalaram entre nós. Lembrar-se todo dia de exercitar a sensibilidade e a gentileza, cumprimentar os outros, pedir licença, agradecer. Assim, como lição diária, até tudo isso se tornar espontâneo, habitual, e nos darmos conta do quanto se pode melhorar a nossa convivência geral a partir dos pequenos gestos de cada um. Mas tudo bem. Eu entendo que ninguém é obrigado a nada, inclusive a trabalhar um pouquinho mais para deixar o mundo menos pior.

No entanto, o fato de não sermos obrigados a fazer gentilezas não quer dizer que somos livres para fazer grosserias. Já que não temos o compromisso de agradar, também não temos o direito de agredir ninguém. Começando pela agressão de falar sem pensar. Falemos, então, o que pensamos. Mas, por favor, pensemos de fato. Se não vamos agradar, também não precisamos agredir.

5 filmes envolventes que estão esperando para te abraçar e segurar a sua atenção!

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Abaixo, separei 5 filmes que oferecem mais do que uma distração: eles nos fazem repensar a história, a sociedade e até mesmo nossas escolhas.

1- O Físico ( The Physician )

Inglaterra, século XI. Ainda criança, Rob vê sua mãe morrer em decorrência da “doença do lado”. O garoto cresce sob os cuidados de Bader (Stellan Sarsgard), o barbeiro local, que vende bebidas que prometem curar doenças. Ao crescer, Rob (Tom Payne) aprende tudo o que Bader sabe sobre cuidar de pessoas doentes, mas ele sonha em saber mais. Após Bader passar por uma operação nos olhos, Rob descobre que na Pérsia há um médico famoso, Ibn Sina (Ben Kingsley), que coordena um hospital, algo impensável na Inglaterra. Para aprender com ele, Rob aceita não apenas fazer uma longa viagem rumo à Ásia mas também esconde o fato de ser cristão, já que apenas judeus e árabes podem entrar na Pérsia.

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2- 12 anos de escravidão ( 12 Years a Slave)

1841. Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos ele passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços.

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3- A chave de Sarah (Elle s’appelait Sarah)

1942, durante a ocupação alemã na França, na 2ª Guerra Mundial. Sarah Starzynski (Mélusine Mayance) é uma jovem judia que vive em Paris com os pais (Natasha Mashkevich e Arben Bajraktaraj) e o irmão caçula Michel (Paul Mercier). Eles são expulsos do apartamento em que vivem por soldados nazistas, que os levam até um campo de concentração. Na intenção de salvar Michel, Sarah o tranca dentro de um armário escondido na parede de seu quarto e pede que ele não saia de lá até que ela retorne. A situação faz com que Sarah tente a todo custo retornar para casa, no intuito de salvá-lo. Décadas depois, a jornalista Julia Jarmond (Kristin Scott Thomas) é encarregada de preparar uma reportagem sobre o período em que Paris esteve dominada pelos nazistas. Ao investigar sobre o assunto, encontra um elo entre sua família e a história de Sarah.

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4- O Aluno (The First Grader)

Maruge lutou pela liberdade de seu país, foi preso e torturado. Aos 83 anos, se fazendo valer de um discurso do Presidente do Quênia que garante educação para todos, Maruge decide se matricular numa escola primária. Como a escola possui mais crianças do que sua estrutura precária suporta, sua matrícula é negada e ele precisa insistir muito até ser aceito. Porém, ao começar a estudar, a atitude de Maruge gera revolta e indignação na comunidade, colocando sua segurança em risco.

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5- Palmeiras na Neve ( Palmeras en la nieve)

Em 1953, os irmãos Jacobo (Alain Hernández) e Kilian (Mario Casas) viajam até a ilha da Guiné Equatorial para trabalhar em uma plantação de café. No local, Kilian se apaixona por uma nativa, um amor proibido na época. Meio século depois, Clarence (Adriana Ugarte) descobre acidentalmente uma carta esquecida por anos que a faz viajar até a ilha onde seu pai, Jacobo, e seu tio moraram durante anos. Em um território exuberante, sedutor e periogoso, ela descobre os segredos da família, turbulências passadas que atingem o presente.

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Com sinopses de Adoro Cinema.

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