Professor: uma espécie em extinção

Professor: uma espécie em extinção

Ser professor é ter uma estranha mania de acreditar que o impossível não existe!

Para ser professor é preciso nascer professor. Qualquer um é capaz de aprender inúmeras teorias, conceitos e estratégias. Mas não se aprende a ser professor. Não há neste mundo, e desconfio que em nenhum outro, curso de formação que dê conta de transformar uma pessoa comum em professor. Nasce-se com a alma pronta para ser professor. Trata-se de uma mistura estranha de coragem com doçura; de responsabilidade com leveza; de sabedoria com humildade; de curiosidade sem fim com capacidade de se entregar ao silêncio; de achar beleza no erro e entender que o acerto é absolutamente relativo; de acordar acreditando que é possível cooperar com a evolução de todos e de adormecer sonhando em como fazer isso.

Ser professor é pensar todos os dias na missão social diante deste seríssimo trabalho que se escolheu abraçar. É estar disposto a entender que as pessoas, em sua maioria, acostumam-se facilmente a TER, sabem muito pouco sobre SER e têm experiências distorcidas com o SENTIR. Ser professor é não permitir-se desvincular a missão de instruir, oferecer e nutrir almas com conhecimentos significativos para a vida, da missão política de ajudar a pensar sobre o mundo que nos cerca, dentro do qual estamos inseridos e pelo qual somos responsáveis.

Todos os dias passam pela vida de cada professor inúmeras vidas tão diversas e, justamente por isso, tão interessantes! Quanta responsabilidade! São as suas ações que vão influenciar as ações deles e, não as suas palavras. Mais do que vigiar o que faz, é preciso ser fiel ao que pensa e revela. Caso contrário esse professor será uma fraude absoluta e correrá o risco de não significar nada no processo de formação de seus alunos, ou pior, torná-los insensíveis ao que é verdadeiro ou ilusório.

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Professores e alunos formam um poema de estrofes entrelaçadas; cada sucesso merece a comemoração de todos e cada insucesso merece a reflexão daquele que assumiu a tarefa de educar, sua auto-avaliação, postura humilde e maior dedicação. As experiências vividas em conjunto tecem o futuro. O contato pleno entre alunos e professores garante que ninguém permanecerá hoje o que era ontem e certamente será amanhã uma nova pessoa. É isso a vida: desafios, transformação e possibilidades! Cada grupo de alunos seja formado por crianças; adolescentes ou adultos representa a essência da esperança numa vida diferente desta que temos hoje como modelo: falta de esperança no compromisso dos dirigentes; frustração diante da desvalorização do saber; banalização da violência. São tantos os motivos que podem fazer o mais idealista dos professores desistir.

Mas a essência daquele que já nasceu professor vê em cada um dos pares de olhos à sua frente um motivo a mais para levantar tão cedo, acreditar que a evolução do ser humano ainda é possível e reforçar o que eu há muito tempo já sabia: Nasce-se professor! Existe alguma força dentro de quem nasce assim que vive inquieta e nutrida de esperança! Há a consciência de que haverá sempre o que descobrir; retomar; reconstruir; comemorar! Afinal cada vida que se toca passa a ser parte da vida de quem a tocou. Aqueles que nasceram professores sentem no centro de suas almas que precisam tirar de si o substrato de vida mais puro e honesto para fazer pelo outro se não tudo, porque tudo pode soar como soberba, a parte que lhes cabe com a mais profunda reverência e o mais verdadeiro amor.

Entrevista ao pediatra Mário Cordeiro: “Os pais têm que deixar de ter tanto medo de tudo”

Entrevista ao pediatra Mário Cordeiro: “Os pais têm que deixar de ter tanto medo de tudo”

Por Catarina Fonseca

É um dos mais respeitados pediatras portugueses e afirma que, embora sejamos melhores pais agora, ainda há muito para melhorar. Aqui falamos de culpa, TPCs e stresse, mas também de fins de semana e da mudança.

Somos melhores pais agora?

Somos melhores pessoas, em geral. Tenho fé na humanidade. Acredito que a maioria das pessoas tem coisas muito boas para dar, e a evolução em relação ao bem-estar, aos direitos humanos, às desigualdades, tem evoluído muito. Não é preciso recuarmos séculos. Em 1900 a média de vida em Portugal era de 40 anos. Havia bolo nos dias de festa e no resto do tempo era pão seco.

Vivemos no terror de sermos maus pais, mas nunca se falou tanto em parentalidade nem as pessoas se preocuparam tanto com isso…

Sim, às vezes até demais… (risos) Andamos demasiado preocupados com a nossa ‘performance’ enquanto pais e pelo caminho perdemos espontaneidade, naturalidade e bom senso, que são qualidades muitíssimo importantes. A naturalidade significa não andarmos sempre a pensar no que estamos a fazer ou no que o médico manda.
Quando as pessoas me dizem ‘Eu sigo-o’ dá-me sempre vontade de dizer ‘Não faça isso, que eu não sou um pregador evangélico!’. A espontaneidade é deixar as coisas correr e não ter obrigação de sermos pais ou mães iguais todos os dias. O bom senso é aquilo que nos rege sem regras nem obrigações.

Por que é que temos tanto medo de sermos maus pais?

Porque somos inseguros e estamos sempre preocupados com aquilo que os outros acham de nós. E muitas vezes essa censura social não existe. Às vezes pensamos ‘os outros vão achar que…’ e os outros não acham nada. São mecanismos projetivos: pomos na cabeça dos outros o que se passa na nossa. Outra das razões é por que a ciência nos ensinou que o que nós somos hoje radica na infância. Dantes, antes dos 18 anos a criança andava às ordens dos outros e não havia a noção de uma criança triste ou deprimida. Se estava triste era porque não tinha nada que fazer. Hoje sabemos que as crianças têm emoções e sentimentos, e que o ser humano se constrói desde que nasce.
E nós temos medo de os estragar para sempre e que a culpa seja nossa…
Sim, sim. Às vezes isso para nós, portugueses, também é um sentimento de autoflagelação e culpa, são muitos anos de moral judaico-cristã.

Para que serve a culpa?

Serve para nos redimir de algumas ações. Se eu der uma bofetada ao meu filho e achar que fui injusto, pergunto-me se, de cada vez que olhar para ele, não vou sentir-me mal. A necessidade de reparação é muito importante. É fundamental, quando se é injusto, perceber por que é que exageramos. Nós ainda temos muito a ideia de poder para com as crianças. Como não podemos bater no chefe, ralhamos ao filho. Quando uma pessoa sente que foi injustiçada, arranja um bode expiatório. E não podendo bater no S. Pedro, no governo ou no chefe, mantemos uma raiva latente que nos faz ter de mandar em alguém. E esses poderzinhos são aplicados em quem é mais frágil e mais desprotegido.

Confundimos poder com autoridade?

E autoridade com autoritarismo. Numa família, há um triângulo pai-mãe-filho, em que o filho ocupa o vértice inferior. E qualquer inversão deste esquema dá asneira. Agora, o ter de haver esta hierarquia não quer dizer que a amizade e a compreensão não dominem. Mas há de facto uma autoridade, que não se baseia no autoritarismo. Pais e filhos devem ser educados, saber argumentar, saber escutar e chegar a um consenso. Mas se não se conseguir um consenso, quem tem a última palavra são os pais.

Dê-me um exemplo de um bom castigo e de um mau castigo…

Um bom castigo é justo, equilibrado, e visa o comportamento e não a pessoa. O mau castigo é o contrário disto: pretende valorizar o castigador em vez de ensinar o castigado, e acima de tudo humilha a pessoa em vez de corrigir o comportamento. Por isso é que eu insisto muito que, antes de um castigo, devemos sempre dizer à criança ‘Eu amo-te muito’. Porque assim lhe dizemos duas coisas: não está aqui em causa o meu amor por ti e faço isto porque te amo. Ou seja, temos de passar à criança que o amor por ela nunca está em causa, apesar de eu poder estar zangado naquela altura. Porque a criança é literal, acha que vai ser deitada fora, como acontece quando não queremos qualquer coisa. O castigo deve ser acima de tudo pedagógico. Deve explicar-se o que a criança fez mal, não descarregar a nossa fúria.

Como dantes se davam reguadas na escola, na esperança de que por milagre a criança de repente ‘se lembrasse’ do que não sabia…

(risos) Totalmente. É um exemplo de um castigo absurdo. Felizmente que isso já passou. Mas repare que o que se passa com as crianças passa-se com qualquer um de nós. Se o seu chefe lhe disser ‘Olhe, ó Catarina, neste seu artigo há aqui umas coisas que gostaria que abordasse com mais pormenor, veja lá se eu não tenho razão, você faz isso tão bem”, você vai-se embora toda motivada para emendar o artigo. Agora se eu lhe disser ‘Este seu texto está uma verdadeira porcaria, você acha que eu vou publicar essa porcaria?’, isso só vai gerar ressentimento.

Mas já estamos a educar melhor, não?

Sem dúvida. Houve uma mudança geracional muito grande e muitíssimo repentina, que apanhou a era da internet e a evolução da ciência. As mudanças de paradigma nestes 20 anos foram uma explosão brutal, e é normal que por vezes se ande um bocado confuso com tudo o que nos chega.

O que é que estamos a fazer mal e a fazer bem?

De bem, aprendemos a valorizar as crianças, a estimular a autonomia, o esforço, o rigor (isto quando os miúdos não são abebezados). O que se faz de mau corresponde a um grande paradoxo na nossa sociedade: por um lado, infantiliza-se muito as crianças, por outro, dá-se-lhes um estatuto de ‘crescido’ e de opinativo que não condiz. Mas o pior, para mim, é o stresse diário em que mergulhamos os nossos filhos.

As crianças estão a ter cada vez mais uma vida muito parecida com a nossa, não é? Chama-lhe ‘vida mais-do-mesmo’: levanta, vai à escola, volta, banho, tpcs, cama…

Há duas coisas terríveis: eles trabalham demais na escola e submetemo-los a deslocações enormes. Um estudo provou que se uma pessoa for a caminhar o cérebro vai registando e descodificando as imagens à sua volta. Mas se for à velocidade de um automóvel, as imagens passam tão depressa que fazem o mesmo efeito de uma lâmpada a piscar, e essas imagens são lixo que ocupa o cérebro. A criança quando chega à escola já vai cheia de informação que não é nada. Tudo o que tem na cabeça são vertigens sem sentido, e este ‘lixo informativo’ é altamente stressante e tóxico porque o cérebro tem de se esforçar para perceber onde é que o vai ‘arrumar’… É por isso que muitas crianças chegam estoiradas ao meio da manhã. E depois os pais queixam-se de que elas estão desatentas. Elas não estão desatentas. Elas estão entupidas de informação inútil.

Como se quebra o ciclo do cansaço?

Além de se tentar que as crianças durmam mais e melhor (já agora, repare que investimos balúrdios num carro e ninguém investe num bom colchão) temos de perceber que nós não podemos ter tudo. Estamos habituados a ter o mundo na ponta dos dedos, e o acesso à informação imediata dá-nos uma sensação de omnipotência, de que podemos saber tudo e dominar tudo e ter tudo. Mas não podemos. Portanto, há que fazer concessões e escolhas.

E o que é que podemos fazer?

Por exemplo, podemos organizar-nos num estilo de vida em que as crianças possam ir para a escola de transportes. A partir dos 11, 12 anos podem perfeitamente andar de transportes. Nós é que somos bombardeados todos os dias por medos absurdos. Claro que o ideal é irem a pé para escola. Uma cidade é para se observar, para fruir. Os meus filhos sempre foram a pé. Mas eu dizia-lhes: ‘Se alguma vez vos apanhar a atravessar fora da passadeira, acaba-se logo isto.’ Não há autonomia sem responsabilidade.

O que acha da quantidade de TPCs que muitas crianças levam para casa?

Acho um perfeito disparate. Aceito alguns trabalhos, mas esta história de mais do mesmo é um atestado de menoridade à escola, que não soube ensinar-lhes o que eles precisavam de saber durante o tempo de aulas. Os pais devem proteger as crianças, e se necessário escrever ao professor: ‘O Manel hoje não teve tempo de fazer os TPCs’.

Mas os pais têm medo de que as crianças fiquem para trás…

Ai mas têm de deixar de ter tanto medo de tudo. Temos de ter uma voz mais ativa na educação das crianças. E são esses medos, mais do que o desinteresse, que desapoiam a criança. Devíamos ter associações de pais mais participativas.

Fazia os TPCs com os seus filhos?

Não os fazia com eles, mas sempre estive disponível para fazer revisões ou para tirar dúvidas. Eles sempre andaram e andam numa escola pública, e só tinham trabalhos aos fins de semana, o que eu apoiava. O que eu fazia era revisões antes dos testes. Mas fazer os TPCs com eles, nem pensar. As crianças têm de ser responsáveis pelo que têm de fazer, e os pais têm de estar disponíveis para uma dúvida ou outra, ou por exemplo para ensinar a investigar no Google.

Muitas pessoas querem filhos-troféu?

Querem um filho como um processo narcísico. Em vez de ‘que lindo filho que eu tenho’, pensam ‘que lindo pai que eu sou, que tenho um filho tão lindo’ (risos). Há pessoas que planeiam um filho como parte das ‘coisas’ que querem: uma casa, uma carreira, um carro, um emprego, um filho. Ora isto são domínios completamente diferentes em termos de realização. Um filho não é um bem, como um frigorífico, um filho dá trabalho, e as pessoas têm de se capacitar disso. Temos é de arranjar um equilíbrio entre as ‘peças’ do puzzle da nossa vida. Tanto é mau aquelas pessoas que acham que podem continuar a fazer tudo o que faziam quando não tinham um bebé, como as que se me vêm queixar: ‘Nunca mais fui ao cinema desde que o João nasceu.’ Isso é ser um bom pai ou mãe? Não, não é.

E depois o casamento ressente-se?

Claro. Porque deixamos de ser o Zé e a Maria e passamos a ser o pai e a mãe do João. E a relação conjugal não é a relação parental. Na relação conjugal, os filhos não devem entrar. Mas quando o INE nos diz que mais de metade das mães só terão um filho, as mães agarram-se àquele ser e infantilizam-no para lá do natural.

Por que é que gostamos tanto de manter os filhos bebés?

Porque as mães são o pólo regressivo e os pais o pólo de crescimento. Quando trabalhamos, por exemplo, estamos numa postura de crescimento. Em casa, estamos em ‘regressão’, relaxamos. As mães representam a segurança e proteção, os pais, o desenvolvimento e a progressão, o que não significa que muitas vezes as mães não façam de pais e vice-versa. Por isso, quando um filho cresce, dirige-se para o pai. E a mãe sente isso como uma traição. ‘Olha aquele agora só quer o pai’. Antigamente, quando a criança se dirigia para o pai, a mãe já tinha outro bebé na barriga. Hoje, isso deixa um grande vazio na mãe. E num país com uma das mais baixas taxa de natalidade do mundo, isto é dramático.

E depois culpabilizamo-nos por passarmos pouco tempo com eles…

E comparamo-nos com uma utopia que nunca existiu. Dizemos que as nossas mães passavam mais tempo em casa, mas as portuguesas sempre trabalharam imenso. Elas trabalhavam, tinham vida social, tinham hobbies, só que era tudo feito de modo contínuo. Um bocadinho com os filhos, depois apanhar couves, depois ir à loja, eram ‘bocadinhos’, o que dava uma sensação de continuidade. Não se vivia em ‘blocos’ de 8 horas. Mas a vida mudou radicalmente em pouquíssimo tempo. Tudo estava próximo, mesmo dentro das cidades a vida organizava-se em ‘aldeias’. Hoje isso perdeu-se.

O que podemos fazer?

Aproveitar as férias e os fins de semana para sair do esquema quotidiano, por exemplo. Deixar esse exibicionismo dos automóveis e das roupas e preocuparmo-nos mais com o que é verdadeiramente importante, porque não é isso que nos faz felizes. Mesmo as crianças já valorizam muito as coisas não pelo seu valor em si, mas pelo que custaram. Isto é espantoso! É mesmo isto que queremos passar-lhes? A cultura das marcas? Podíamos conversar mais com eles, discutir ideias e valores, coisa que não estão nada habituados a fazer.

Eles hoje é mais ecrãs?

Eles e nós. A ideia da tecnologia é poupar-nos esforços e libertar-nos. Mas não nos devia libertar para mais do mesmo! Devíamos usar esse tempo que ganhámos para qualquer coisa mais humana, ir passear, conversar, ir a uma esplanada, estar olhos nos olhos. Ou seja, devíamos pensar de vez em quando no que é que queremos da vida e no que pretendemos dos próximos anos. E o que é que podemos fazer para lá chegar. De certeza que haverá uma ou mais coisas que podemos mudar. E ter essa coragem de mudar. Temos muito medo da mudança. Às vezes vejo pais aflitíssimos porque a Rita vai mudar de escola e vai ter professores novos e colegas novos e ai ai ai. Mas qual é o problema? Mudar é saudável, cria-nos aptidões novas. Traz pessoas novas às nossas vidas, em vez de passarmos anos a fio no mesmo sítio, todos iguais uns aos outros e a debitar as mesmas banalidades. Isto é um desperdício da condição humana.

Fonte: ACTIVA

Baixa a bola que eu não sou qualquer uma!

Baixa a bola que eu não sou qualquer uma!

Olá, muito prazer. Eu sou, muito provavelmente, aquela que poderia ser a mulher da tua vida. Aquela que está exatamente do teu lado agora, mas que você é covarde ou tapado demais para convidar para sair.

Não sou de chorar pelo leite derramado, prefiro conseguir uma nova caixa ou, quem sabe, até uma vaca novinha em folha. Sim, sou toda cheia de si, como dizem por aí, e porque é que deveria ser diferente? Se for só para agradar aos outros, prefiro nem sair de casa.

Foi-se o tempo em que eu brigava por coisas banais e hoje só me interessa o que me faz melhor. Você pode me conduzir numa dança ou no carro, mas da minha vida só eu tomo o volante, combinado? Sou meiga, tenho sorriso largo e jeito zen, mas se pisar no meu calo, amigo, a coisa fica feia.

Faço café, levo na cama, dou carinho e tudo mais. Isso só quando eu quiser, não por alguma falsa obrigação que a vida de casal exige. Ah, também gosto de massagem nos pés, de beijo na nuca e de cerveja. Às vezes o meu coração é de manteiga, mas posso ser uma geleira quando preciso.

Se você aprontou, não deu valor e perdeu, lamento informar mas é esse o ciclo natural da vida. Eu escolho o que quero e, mais importante que isso, escolho o que eu não quero.
Eu posso até acreditar em amor verdadeiro, mas não em príncipe encantado. Não sou mulher de joguinhos, não tenho tempo a perder e muito menos paciência. Quer brincar? A gente brinca, mas esteja pronto para perder.

Quem me conhece sabe, não sou de meias palavras e também não gosto que sejam assim comigo. Quer mandar-me ir à merda? Manda, bota para fora, só não me venha com meias palavras, caso contrário eu é que te vou mandar para aquele lugar.

Não precisas ter medo, não. Não sou um bicho. Mas também não sou uma qualquer, não sou uma dessas com as quais está habituado. Por isso baixa a bola.

Dever de casa prejudica crianças pequenas

Dever de casa prejudica crianças pequenas
Girl With a Rag Doll

Da Redação do Blog Tudo Sobre Minha Mãe

“Não há nenhuma evidência de que o dever de casa melhora o desempenho acadêmico de crianças na escola primária.” Essa declaração foi feita pelo pesquisador americano Harris Cooper, da Duke University, no Estado americano da Carolina do Norte. Cooper é um especialista neste campo de pesquisa e escreveu o livro “The Battle Over Homework: Common Ground for Administrators, Teachers, and Parents . Ele é categórico quando afirma que todo tempo que os pequenos deixam de brincar e todo nosso esforço em fazer com que eles façam seus deveres depois da escola é em vão. E agora? Será que é assim mesmo? Ter tarefas para fazer em casa é uma pratica tão difundida que a maioria de nós nem se questiona se isso traz realmente benefícios ou não.

Bem, pois aqui vão os fatos, em versão resumida: dever de casa, tem sim seus benefícios, mas isso está diretamente ligado a idade das crianças.

Pesquisas sugerem que para alunos de escola primária, o trabalho em sala de aula é muito mais eficiente do que aquele depois das aulas. O dever de casa não faz com que as crianças aprendam mais: é apenas mais trabalho. Até para alunos um pouco maiores, a relação entre dever de casa e desempenho acadêmico não é das melhores. No ensino médio, o dever de casa pode sim melhorar o desempenho acadêmico, mas deve ser feito com moderação. Duas horas por noite é o limite, acima disso o trabalho de casa começa a ser contra-produtivo, garantem os especialistas.

E antes de continuarmos, que pesquisas são essas? São resultados realmente confiáveis? Bom, parecem que sim. Não se trata de um estudo isolado sobre o tema, mas sim de vários.  Harris Cooper compilou 120 estudos em 1989, e outros 60 estudos em 2006. A análise abrangente de todos os resultados sugere que não apenas o dever de casa para alunos da ensino primário é ineficiente, como pode até causar uma atitude negativa das crianças em relação a escola.

E é exatamente essa a pior notícia dessa história. O dever de casa está sim impactando as crianças pequenas, mas muito mais de forma negativa do que positiva. Uma criança que está apenas começando seu caminho acadêmico deveria ter a chance de poder desenvolver curiosidade e paixão genuína pelo aprendizado, em vez de desde muito pequeno se confrontar com imposições que lhe roube tempo livre.  Além disso, quando aplicado prematuramente, o dever de casa também é uma fonte de conflito entre pais e filhos. À noite, em um momento que as famílias deveria relaxar a aproveitar a companhia um do outro, o que se vê em muitas famílias é a seguinte cena: pais cansados cobrando de crianças também cansadas – “Já fez o dever de casa?”  E o que se vê é uma criança desmotivada debruçada em cima de um livro.

Os defensores das tarefas de casa argumentam que além de ensinar responsabilidade, os deveres reforçam o que foi aprendido na sala de aula e criam um link entre a escola e casa. Mas existem muitas outras maneiras de ensinar responsabilidade para as crianças, cuidar do cachorrinho ou ajudar com alguma tarefa doméstica, por exemplo.  Pais interessados em se conectar com a escola, podem simplesmente abrir os cadernos dos seus filhos e conversar com eles sobre o que eles estão aprendendo na escola, sem terem que necessariamente cumprir tarefas obrigatórias. Reforçar o que se aprendeu é um aspecto importante no ensino, mas não é o único. Dormir bem,  ter boas relações familiares e ter bastante tempo para brincar são exemplos de fatores que contribuem para um bom desempenho acadêmico.

Ler, por exemplo, funciona muito melhor do que dever de casa para apoiar o aprendizado de crianças pequenas. Tanto a criança ler para os pais, como os pais lerem para as crianças. O importante é que as atividades, que reforçam o que se aprende na sala de aula, sejam prazeirosas, feitas com amor e despertando curiosidade em aprender. Afinal essa é uma longa caminhada. E ninguém quer queimar na largada, né?

Este texto é uma adaptação livre do texto “Homework is wrecking our kids: The research is clear, let’s ban elementary homework”. Clique aqui para ler o artigo original em inglês no site salon.com

Entendendo o processo de compulsão alimentar

Entendendo o processo de compulsão alimentar

Por que será que a nossa mente teima em nos levar para a comida quando as coisas não vão bem?

Não é novidade para ninguém que a compulsão alimentar é filha da ansiedade. Mas por que será que quando ela bate, nunca queremos um prato de salada?

Porque, em geral, a compulsão alimentar é casada com o “pensamento gordo”.

Leia os tópicos abaixo e registre, sinceramente, quantos deles representam sua maneira de pensar.

1. Se você compartilha memes e textos que enaltecem o prazer de comer besteiras e a falta de vontade de fazer atividade física

2. Se toda vez que acontece algo positivo, você pensa em comemorar comendo alguma coisa gostosa (e nada saudável) para “se presentear”

3. Se toda vez que acontece algo negativo, você pensa em comer um docinho ou algo gorduroso para “se mimar”

4. Se acredita que todas as pessoas que se alimentam de forma saudável são neuróticas e vez ou outra faz piada sobre o assunto

5. Se você malha somente para poder comer mais

6. Se você decide fechar a boca, mas continua ingerindo bebida alcoólica, sabotando, assim, sua dieta

7. Se você come os restos (de batata frita, por exemplo) que seus amigos, namorados (as) ou filhos deixam no prato

8. Se você faz dieta, mas no dia liberado (o famoso dia do lixo) se entope de todas as porcarias que não comeu durante a semana de uma só vez

9. Se a privação de algum alimento (como massas refinadas e doces) representa tortura e punição

10. Se você culpa alguém ou alguma situação (que não seja alguma disfunção fisiológica) pelo fato de ter engordado

Se você assinalou mais de três das alternativas acima, isso quer dizer que sua compulsão alimentar pode estar casada com o pensamento gordo. Aliás, você pode ser magérrimo e alimentar pensamentos gordos, sabia? A boa notícia é que é possível mudar esse padrão de condicionamento.

Tendemos a “pensar gordo”, quando aprendemos que a comida é uma recompensa, um cobertor quentinho para onde podemos correr quando as coisas não vão bem.

Quando aprendemos que a única fonte de satisfação imediata possível – portanto, anuladora de frustração – é a comida.

Se nós criamos a nossa realidade a partir dos nossos pensamentos, antes de mudarmos nossos corpos precisamos mudar nossos pensamentos, pois ao mudarmos nossos pensamentos conseguimos mudar nossas atitudes. Não se trata de magia, tampouco de lei da atração, trata-se de um processo mental de condicionamento, largamente estudado pela Psicologia Comportamental.

Antes de fazer dieta ou se matricular numa academia, é preciso repensar a relação que estabelecemos com os alimentos.

Se a comida (ou a bebida alcoólica) for a única fonte de conforto emocional que conhecemos – ou seja, que a nossa mente aprendeu -, dificilmente vamos deixar de ser vítimas do efeito sanfona, por exemplo.

Será preciso testar, com paciência e perseverança, novas fontes de conforto emocional para que a nossa mente aprenda novos caminhos para onde correr quando a frustração e/ou a ansiedade baterem.

Ao compartilhar memes e textos que enaltecem o prazer de comer mal, por exemplo, estamos enviando, sem perceber, um reforço positivo para a nossa mente, dizendo “continue assim, tamu junto”. Ao comprar um bolo de chocolate para comemorar uma nova conquista, estamos reforçando o padrão de recompensa em nossa mente. Ao comer uma pizza inteira somente porque estamos tristes e precisando de colo, idem.

Existem situações (ou pessoas) que nos desestabilizam, nos fragilizam, mas a escolha de usar a comida como conforto, como antidepressivo, como recompensa, é nossa. Ninguém colocou o pote de sorvete em nossas mãos. Culpar o outro não vai resolver o nosso problema, até porque ele não poderá emagrecer por nós.

Treinar a mente é mais importante do que correr numa esteira quando se quer perder peso e/ou vencer a compulsão alimentar.

Uma dica bacana é tentar observar o que estamos sentindo, o que estávamos fazendo e pensando quando tivemos o impulso de abrir a geladeira ou sair para comprar um milkshake.

Esse exercício simples nos fará observar quais emoções nos levam à comida.

Medo? Raiva? Rejeição? Frustração? Culpa? E conhecendo nossas emoções, podemos fazer contato com elas e enfrentá-las, além, claro, de descobrirmos novas formas de lidar com elas.

O próximo passo seria perceber o gatilho e questionar: “Estou com fome ou com medo”? “Estou com fome ou com raiva”? “Há quanto tempo fiz minha última refeição”? Se a resposta for “medo” ou “raiva”, optar por não comer.

Quanto mais nos conhecemos e estamos conscientes das nossas emoções, necessidades e motivações, mais temos a chance de mudar nossos comportamentos, atingindo, assim, nossos objetivos – isso vale para tudo, não apenas para a perda de peso ou compulsão alimentar.

Desconfio, logo, sofro

Desconfio, logo, sofro

Já foi a época que a criatura desconfiada corria para abrir cartas alheias na boca da chaleira, para aplacar seus medos ou confirmar suas desconfianças.

Hoje o martírio de um desconfiado está em outro nível, uma verdadeira caça de tirar o fôlego e a razão. As opções que um desconfiado precisa identificar, formam um jogo perigoso que pode consumir tanto mais tempo quanto maior for a presença do seu alvo nas redes e aplicativos sociais.

Desconfiar de alguém e viver uma constante caça, é sofrer com conclusões de uma lógica única, particular, tendenciosa e pessoal.

Mapear os movimentos de alguém, utilizar o tempo disponível com esse propósito, é dar um tiro no próprio pé, é ferir-se espontaneamente, é se desrespeitarem alto e nocivo grau.

O ouvido na porta, o olho na fresta, a armadilha jogada, a senha roubada, tudo isso revela um alto grau de sofrimento, de detrimento, de enfraquecimento.

Desconfiança não é curiosidade. Desconfiança é muito pior. É buscar desesperadamente estar dentro da vida privada do outro, ser a mosquinha que tudo assiste, ter a fofoca em primeira mão, às vezes o alívio, outras, a decepção.

Desconfiar é meter a mão no formigueiro e culpar o outro pelas feridas da própria decisão.

Se eu desconfio, não confio. Se não confio, não faço revelações, não contabilizo promessas, não faço planos nem sonhos.

Se eu desconfio e não confio e ainda assim eu fico, sofro. Sofro porque preciso provar que estou errada, que minha desconfiança é loucura, que meus instintos me traem, que minha razão falha.

Se provo, depois me culpo.
Se não provo, me decepciono.
E sofro pelas duas razões.

Que eu possa ser livre o suficiente para deixar, livre, dar corda, confiar e ser de confiança!

A grosseria é uma droga pesada e estamos todos viciados.

A grosseria é uma droga pesada e estamos todos viciados.

No consultório médico, um paciente se aproxima da recepcionista e dá início ao seguinte diálogo.

– Bom dia! – diz o paciente.
– Pois não. – ela responde secamente.
– Tenho uma consulta às oito horas.
– Empresta a carteirinha.

Faltam dez minutos para o horário da consulta. O homem lhe entrega a carteirinha do convênio médico e a moça encerra a conversa:

– Só aguardar.

Resistente, o homem tenta mais uma vez:

– Obrigado, moça.

Mas ela não responde. Quarenta minutos depois, às oito horas e trinta minutos – com meia hora de atraso – o homem tem seu nome chamado e é atendido pelo médico.

A recepcionista não foi capaz de um único “bom dia”, nem um só “por favor”, “obrigado”, “de nada” e coisas assim. Por sua vez, ao atender seu paciente com meia hora de atraso, o doutor foi incapaz de uma frase simples: “o senhor me desculpe o atraso, eu tive um contratempo”.

Sem notar, todos eles – a recepcionista, o médico e o paciente – afundaram-se mais um pouquinho no vício da grosseria, essa droga pesada e maldita que nos destrói aos poucos.

Cada um dos três se comporta como quem já não vive sem a tal substância. A recepcionista, inapta para o mínimo gesto de gentileza, é antipática e insensível a ponto de parecer sequer compreender o que está fazendo. É um zumbi, um robô, uma alma fria e indiferente.

Já o paciente ainda tenta um “bom dia” e um “obrigado”, mas acaba vencido e se torna permissivo, deixa-se subjugar sem resistência, aceita não ouvir a resposta a seu “bom dia” e não reclama de ser atendido com meia hora de atraso.

O médico, aquele que deveria dar o exemplo à funcionária da recepção, perde a chance, confirma o descaso, atesta a incompetência de sua estrutura: ao não se desculpar pelo atraso, perpetua um erro grosseiro. Piora ainda mais um quadro já tão sério.

Como todas as drogas pesadas do mundo, a grosseria arranca de nós uma série de qualidades. Observe. Estamos perdendo a capacidade para a gentileza, os bons modos, o cuidado com o outro. Nossos valores estão se debilitando e adoecendo como o organismo de um viciado em crack. Nossa sensibilidade se curva, nossa inteligência se achaca, nosso discernimento se prostra. Feroz e implacável, o vício na grosseria nos transforma em monstros desumanos e entorpecidos sem sequer percebermos. O mundo, por sua vez, vai se perdendo e destruindo tal qual as famílias abatidas pelo vício de um ou mais de seus membros.

contioutra.com - A grosseria é uma droga pesada e estamos todos viciados.

A febre se alastra por todos os cantos. Nas escolas, nas empresas, nas casas, nos programas de televisão, nas redes sociais, nas ruas, nos supermercados há cada vez menos gente pedindo licença e agradecendo, cedendo passagem e oferecendo ajuda. “Bom dia”, “boa tarde” e “boa noite” são expressões raras que logo só vão existir nas aulas de história, enquanto restarem professores de história. Em breve, a delicadeza será vista apenas como mesura inútil, falsidade ou “coisa de quem quer alguma coisa em troca”. Porque estamos todos, em algum grau, de alguma forma, tocados pela droga da estupidez.

Crianças de quatro anos dão ordens a garçons em restaurantes: “traz uma coca-cola!”, sem sequer um tímido “por favor”. E os pais os olham divertidos, como quem diz “olha que graça… já sabe pedir!”. Casais, pais e filhos, amigos e colegas se tratam sem economias de “cala a boca”, “sai da frente”, “faz o que eu mando” e outras patadas quase sempre expressas aos gritos. Toda relação que devia ser permeada de afeto e cuidado sofre pisoteada por grossuras, descuidos e crueldades.

Dia desses, um amigo querido me pediu um favor sem usar a expressão “por favor”. Ele simplesmente me mandou uma mensagem dizendo: “faz pra mim um texto assim?”. Eu fiz sem perguntar nada, como fazem os amigos. Enviei e ele não me respondeu. Uma semana mais tarde, mandei a ele outra mensagem para saber do trabalho. Ele me respondeu qualquer coisa, mas não me agradeceu pela ajuda. Nem um único “Valeu!”. Então eu provoquei e agradeci a gentileza da resposta, mas meu amigo não percebeu a ironia. E tudo ficou por isso mesmo. Por quê? Porque tanto ele quanto eu somos dependentes de grosseria e sequer pensamos no assunto.

Não nos enganemos. Quem aceita uma indelicadeza de qualquer tipo é tão viciado quanto quem a pratica. A grosseria é uma droga pesada e nós estamos todos viciados. E o pior, a exemplo do que acontece com os adictos a outras drogas, somos incapazes de assumir que estamos doentes e buscar ajuda.

Não vai ser fácil deixar o vício. A abstinência é dura, o tratamento é longo e os remédios são amargos. Para viciados em coices, apatias e descasos, um simples “por favor” arde na boca e desce rasgando a alma. Um mero “obrigado” provoca rejeição violenta, vômitos, desmaios e outros efeitos. Mas uma hora, com a força do doente e o apoio da família, a crise passa e o tratamento vai se tornando mais brando e eficaz.

Então nosso maior trabalho será como o de qualquer dependente em recuperação: evitar a primeira dose, desviar ao menor sinal de indelicadeza, fugir de qualquer grossura, recusar todo convite à rispidez. Só assim, quem sabe, viveremos com mais afeto, mais apreço e mais amor por toda gente tanto quanto por nós mesmos, um dia depois do outro, livres, leves e gentis.

Seja uma boa pessoa, mas não perca tempo tentando provar isso

Seja uma boa pessoa, mas não perca tempo tentando provar isso

Desde pequenos, recebemos ensinamentos dos familiares, na escola, na religião, através das histórias que nos contam, dos livros que nos leem, no sentido de que possamos aprender que devemos ser gente do bem. Crescemos em meio a punições dos mais velhos e a castigos ditos divinos, para que possamos agir em favor de nosso bem estar, sem machucar ninguém.

E, apesar dos imensos esforços de nossos pais, professores, das doutrinas religiosas, das vertentes filosóficas, da mídia, de toda variedade de produtos voltados à autoajuda, o mundo se torna a cada dia mais violento e perigoso. O egocentrismo impera e a busca pelo sucesso e pela riqueza material cegam-nos quanto aos necessários cuidados para com a nossa essência humana.

Parece que, quanto mais se dissemina a necessidade de amor, compaixão, solidariedade e tolerância, mais acirra a convivência desarmônica entre as pessoas, que vêm se tornando a cada dia menos propensas a enxergar o outro, a enxergar-se a partir do olhar do outro. E assim vamos atropelando a tudo e a todos em busca de posição social, de cargo elevado, de bens, de grife, de dinheiro, enchendo os bolsos e esvaziando a nossa afetividade.

Com isso, somos muitas vezes tentados a pensar, de uma maneira pessimista, que de nada adiantará tentarmos fazer algo para melhorar as coisas, pois somos grãos de areia diante de um mar de gente maldosa. No entanto, o raio de nossas ações é infinito, pois o bem se espalha, contagia, ilumina, cura e salva. Podemos, assim, ajudar a tantas pessoas que nem podemos imaginar, além de nos sentirmos melhores e nos tornarmos de fato pessoas melhores.

Bom mesmo é praticarmos o bem de maneira natural, mantendo pensamentos positivos, sorrindo ao próximo, cumprimentando a todos, falando uma palavra amiga a quem precisar, silenciando, se necessário, buscando a felicidade, sem pisar ninguém pelo caminho. A gente pode – e deve – exercitar o comportamento positivo, diariamente, até que se torne parte de nós, para que possamos ajudar o próximo e manter nossa paz de espírito.

E, nesse percurso, será necessário nos desprendermos de certas vaidades inúteis, como a necessidade de reconhecimento. Besteira preocupar-se com a opinião alheia. Quem age com princípios éticos e pensa além do próprio umbigo sente-se tão bem, que nada lhe importará além de sua paz consigo mesmo, na certeza de que alimenta o amor, de que todos somos feitos, com bondade e transparência. E essa verdade ninguém nos tira, ninguém contesta, ninguém derruba.

Desculpe, mas um pouco de tristeza é fundamental

Desculpe, mas um pouco de tristeza é fundamental

Todos nós já passamos por alguma imersão melancólica. Daquelas onde falta ar, direção e propósito. Uma perda emocional engatilhada por um motivo qualquer, não importa. Não há uma resposta simples para se estar triste. Algumas vezes, o amanhecer não é aconchegante. Quem disse que precisamos esbanjar felicidade o tempo inteiro? Podem ser sortudos os que enxergam belezas nas perdas cotidianas, mas não são azarados aqueles que, diante um tombo, escolhem recolherem-se.

Você pode chamar de resiliência, caso queira. E talvez esse seja o sentimento a ser empossado. É quando nos deparamos com adversidades que temos os descaminhos para ir mais além. De sermos próprios, ávidos e pensantes. Imagine atravessar uma vida inteira sem provar de um gosto amargo? Não fraquejar? Por quê? Desculpe, mas um pouco de tristeza é fundamental. Longe de mim querer deixá-los tristes, ainda assim, olhar para esse texto e reconhecer apenas palavras poucas, lamento.

No mês passado perdi um amigo. Ano passado perdi amores. Até mesmo trabalhos entraram nessa ciranda imprevisível da vida. Anteontem, acredite, até assaltado fui. Poderia alimentar inúmeras raivas por instantes tão densos e injustos, mas resolveria? Fico espantado com a facilidade de algumas pessoas em propagarem raivas e ódios. Uma opinião diferente, raiva. Um desfecho contrário, ódio. Como podemos seguir?

Engraçado é que outros tantos diriam apenas para sorrir ou para não pensar dessa forma. Concordo serem janelas tentadores e positivas, mas, tenho que insistir, uns dias tristonho, há uma certa tranquilidade nisso. Sei que para você, esse não é o melhor texto para adentrar no meu coração. Mas é honesto e, por que não, legítimo? Afinal, combinei comigo desde início que escreveria sempre para transbordar e não para reter. A poesia começa aqui, mas não possui endereço certo.

Desculpe, mas um pouco de tristeza é fundamental. Escrevo com uma certa ponta de felicidade no canto do rosto e, também, acometido por umas poucas lágrimas. Estou bem. Estamos bem. Posso ter perdido muito ultimamente, mas nenhuma doença, desavença e desamor irão me tirar – mesmo que à mão armada, isso que nós temos. Isso que tenho.

A tristeza recolhe e também propicia novos impulsos. Na minha situação, sentir o que deixo transparecer nessas linhas é o melhor remédio. E precisei estar triste para abraçar o quanto já ganhei numa vida inteira. De repente, a sorte nada mais é do que uma perspectiva.

Quem mata o tempo não é um assassino. É um suicida.

Quem mata o tempo não é um assassino. É um suicida.

A frase de Millor Fernandes é famosa. O hábito que o ser humano tem em perder tempo com coisas inúteis também.

A perda de um amigo, a saudade dos pais e os gestos de carinho adiados são um dos muitos exemplos que o tempo leva e não traz de volta.

O tempo possui a mais poderosa influência em nossos pensamentos, sentimentos e ações, entretanto nós, geralmente, atribuímos a ele responsabilidades que não possui. Não cabe ao tempo o alívio da saudade ou a remissão dos erros. Cabe a você (e ao seu autocontrole) a cura para seus males.

É necessário entender que o tempo traz sabedoria, através de experiências pessoais, e somente isso. Acreditar que o tempo trará a cura para os males do século é inocência. Como dizia Mario Quintana, “o tempo é um ponto de vista”.

Seu hoje é o reflexo dos conhecimentos empíricos adquiridos com os anos. Então, aproveite e pare de achar que o futuro será melhor ou que o seu presente é conseqüência de seu passado. Sua chance é renovada todas as manhãs e viver o hoje é a única alternativa que você tem.

Shakespeare dizia que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. E, convenhamos, ele tinha razão. Não há tempo para lamentos intermináveis, frescuras de gente imatura e rancor de quem não sabe amar. Nosso pouco e precioso tempo exige postura diante da vida.

Em “O homem duplicado”, de 2002, Saramago faz uma referência ao tempo de forma emocionante: “todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais.” E ele tem toda a razão.

O seu ponto de vista sobre a vida trará a paz que tanto sonha. Assim como uma roupa feita sob medida, cada pessoa tem seu tempo e em cada tempo sua aprendizagem de vida. Se para um atleta um segundo vale um lugar no pódio, para outros o mesmo tempo corresponde a um piscar de olhos.

Aprender com o tempo é aproveitar o que você tem e saber que, muitas vezes, a dor será maior que os sorrisos. Mas e daí? Você não vai aprender a levantar se não cair. Aprenda a esperar pelo certo, mas não a perder tempo com o errado. Aprenda que os dias passam na velocidade da luz e que você não poderá trazê-los de volta.

Como dizia Saramago: “é preciso esperar, dar tempo ao tempo, o tempo é que manda, o tempo é o parceiro que está a jogar do outro lado da mesa e tem na mão todas as cartas do baralho, a nós compete-nos inventar os encartes com a vida.”

Nos resta pouco tempo e muitos sonhos, então, esqueça os milindres pessoais, as dores do passado e foque no presente, afinal, “ o tempo é pouco para o Muito que Espero…” (Machado de Assis).

Imagem de capa: lassedesignen/shutterstock

Liberdade é poder escolher um mundo de opostos…e não sentir culpa por isso.

Liberdade é poder escolher um mundo de opostos…e não sentir culpa por isso.

Ah, o apego…Apegamo-nos a ideias, escolhas, status e projetos de vida que fizemos há décadas sem perceber que aquele que um dia fez essa escolha já não é a mesma pessoa.

Um mundo de opostos nos circunda e aguarda ansiosamente para ser visto e descoberto. Liberdade é poder escolher… e não sentir culpa por isso (ou lidar com ela, que seja!). Afinal, antes de provarmos ou conferirmos que há vida além desse nosso mundo, é nessa terrinha mesmo que ficaremos fadados a viver e construir nossos caminhos.

Exemplos não faltam de como mudanças, mesmo que radicais, podem ser necessárias e benéficas. Trocarmos de cidade é uma experiência ímpar na formação de qualquer pessoa, mudar de emprego ou terminar um relacionamento ruim são só alguns exemplos.

Tudo muda se permitirmos e trabalharmos para que a mudança aconteça.

Morei em algumas cidades: Itatiba, Campinas, Campo Mourão e Curitiba. Hoje estou de volta a Socorro, onde está minha família, mas amanhã poderei estar em outro lugar vivendo como nômade digital. O que me impediria, afinal, se preciso apenas da internet para trabalhar?

Fiz faculdade, pós-graduações e tudo o que se possa imaginar na área de Psicologia e Saúde do Trabalhador. Amava o que fazia e até acho que era boa naquilo. Um dos dias mais felizes da minha vida foi quando ingressei no serviço público (que clichê, né!). Pois acontece que exatos 6 anos depois, um dos outros dias mais felizes da minha listinha de grandes momentos foi quando pedi exoneração depois de conhecer a realidade da burocracia, interesses, jogos políticos, falta de reconhecimento e baixos salários.

Mudei de profissão, abri empresa, quebrei o paradigma de uma vida inteira. Antes, quando eu dizia que era psicóloga, havia um certo status e respeito em relação à minha escolha profissional – o que eu achava um pouco engraçado, confesso. Hoje, entretanto, quando digo que sou blogueira e trabalho com sites e outras mídias sociais, percebo caras curiosas que avaliam, por uma fração de segundo, se eu estou bem na vida ou se sou apenas “ferrada e mal paga”…. Quer saber? E daí? Estou muito mais feliz, ganho mais, viajo mais, dou emprego, trabalho segundo minhas regras e organização pessoal. De que importa se alguém acha que eu estou falida?

Mais um exemplo…

O dia em que tirei meu CRP foi um momento de orgulho, afinal, eu era alguma coisa, do ponto de vista do papel social, político e econômico; ser psicóloga me emprestava uma identidade (que a pouca idade não permitia ser completa). Depois de mais de 10 anos de profissão, cancelei o meu CRP e me enchi de orgulho da minha coragem. Não digo isso porque desvalorizo a profissão que acho nobre e transformadora, mas porque poder optar por não usar mais uma identidade, trabalhar em uma determinada área e seguir um novo caminho, para mim, foi mais uma grande e linda vitória. Eu não trabalhava mais diretamente com psicologia. Por que eu precisaria do título ou do registro? Cancelei sorrindo! Anos depois acabei reativando, mas essa liberdade de ir e vir é inestimável.

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Por nuvolanevicata/shutterstock

Existe uma maldição atrelada a nossas escolhas, aos lugares onde investimos dinheiro, tempo e afeto. É como se mudar fosse uma ofensa, um fracasso, um desserviço social.

O mesmo acontece quando a pessoa se separa, termina um relacionamento que trazia sofrimento, e tem queda na renda. Pensem, quanto mais feliz uma pessoa pode ser se abrir mão de alguns benefícios, mas tiver a sua estima e liberdade de volta? O contrário dessa escolha é apego. Permanecer com o que faz mal é validar uma dependência que vai muito além das desculpas usadas (dinheiro, filhos, 20 anos de relação). É um apego com a desgraça, com o sofrimento, com o que está velho e deteriorado em sua essência. Afinal, a pessoa pode ter vivido uma bela relação por muitos anos, mas, se hoje a beleza acabou, por que ficar? O resumo da história é só um, depois que conseguimos nos libertar da relação ruim (mesmo que seja na base da negação inicial, revolta e muito choro), vemos o quanto foi melhor.

Ruim é quando a pessoa não escolhe nada e quer tudo. Quer a esposa e a amante, quer ser psicanalista e jogar tarô, tem 50 anos e faz 50 plásticas porque quer rosto e corpinho de 25.

A mudança liberta, o sofrimento ensina, mas as nossas escolhas nos engrandecem.

E no final do dia, após toda a rotina que tivemos, deitamos nossas cabeças no travesseiro e somos nós mesmos. A questão é o que poderemos responder acerca de algumas questões como: Somos aquilo que queremos ser? Estamos trabalhando para sê-lo? Ou somos apenas o trapo, as migalhas do que deixamos que os outros fizessem de nossos sonhos, por não termos coragem de viver algo diferente?

Fique com quem vê beleza nos remendos do seu coração

Fique com quem vê beleza nos remendos do seu coração

O meu coração tem marcas e ranhuras profundas, nas quais bem poucos conseguem enxergar beleza. Mas eu não troco meu coração remendado por qualquer outro. Tão pouco me lamento pelos trincados profundos ou pelas fendas que um dia me doeram fundo na alma.

Coração remendado é artigo único. É artigo precioso em um tempo no qual se atribui um extraordinário valor ao novo.

Cada fenda do meu sentir conta uma história minha, conta um tempo, uma pessoa, uma lição e uma experiência particular. Fendas são cicatrizes que contam de uma vida experimentada, ousada, tentada e vivida.

No Japão, quando objetos de porcelana se quebram, eles são remendados com laca e pó de ouro. Os japoneses acreditam que quando um objeto sofre algum dano, certamente guarda uma bonita história e, por isso, merece ser reparado.

Quando alguns vasos se quebram, eles não perdem seu valor. Pelo contrário, ao serem reparados, eles se tornam únicos e especiais e passam a ter um valor inestimável.

O meu, e o seu coração, tem um valor inestimável. E o ouro que nos remenda, indica que adquirimos um punhado de sabedoria na vida, que desenvolvemos qualidades e superamos falhas. Que estamos, mais uma vez, prontos para recomeçar.

Cuide de seguir em frente com serenidade, dando a si mesmo a chance de encontrar nas trilhas da vida pessoas que se remendaram, se refizeram e se amaram.

Refaça-se quantas vezes for preciso (assim é a vida) e permita-se ver que apenas quem entende a beleza de um coração remendado pode amar e aceitar o outro… bonito como é.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Cabe a cada um de nós

Cabe a cada um de nós

Uma coisa que sempre me intrigou, é como as pessoas reagem, como as pessoas funcionam quando não estão sendo olhadas, quando estão sozinhas. Nós, seres humanos, somos criaturas complicadas, complexas e por isso mesmo, nem sempre somos tão coerentes, mesmo sem nos darmos conta disso.

Explico melhor. Quero dizer que muitas das vezes, pensamos de uma forma, temos uma opinião bem fundamentada no campo das ideias, mas quando chega o momento de colocá-las em ação, colocá-las de fato em prática, deixamos a desejar.

Não se engane, isso acontece com os melhores de nós em algum momento das nossas vidas. Mas, uma vez que nos damos conta disso, é importante tentar coordenar de forma mais saudável aquilo que pensamos com aquilo que fazemos, buscar aquela famosa coerência que sempre perseguimos, o abismo que é desejar ser uma pessoa melhor e de fato sê-la. Mas é um caminho que cada um de nós deve trilhar, um caminho que é feito sozinho, afinal ninguém poderá fazê-lo pela gente.

Eu sei que isso não é tarefa fácil, apesar de ser simples. É simples, porque é possível colocar em prática, se nós quisermos e estivermos comprometidos, sempre é possível mudar. Mas esse processo é difícil, porque qualquer processo de mudança requer esforço e fazer uma mudança de hábitos, substituir um hábito negativo por um positivo, leva tempo, é uma maratona e não uma corrida.

Infelizmente, nem todas as pessoas estão interessadas ou querem de fato efetuar uma mudança substancial em suas vidas. Tem gente que pensa que está bem como está e não vê necessidade disso. Outras acham que os outros que devem se adequar a ela, ao seu temperamento e entender que elas são assim mesmo.

Sinceramente, qualquer coisa que funcione pra você. Porque esse tipo de decisão e responsabilidade de assumir o preço das suas próprias escolhas, sejam boas ou ruins, faz parte do processo de amadurecimento.

Crescer, não é só ficar grande, trabalhar, dirigir, morar sozinho e acordar a hora que quiser. Acredito que começamos a nos tornar realmente adultos quando começamos a assumir a responsabilidade dos nossos atos, do que a gente faz ou deixa de fazer e aceita os resultados com tranquilidade das nossas escolhas.

Ser adulto é assumir compromissos consigo mesmo e com os outros, é controlar as rédeas da própria vida e compreender que se há algo errado, cabe apenas a nós mudarmos. É parar de inventar desculpas pra si mesmo e para os outros, é parar de se colocar sempre como vítima da situação, o pobre coitado e aceitar a sua parcela de responsabilidade no processo.

Afinal, a colheita sempre vai ser proporcional e coerente ao plantio, ao que você dissemina por aí. E ela é sim o termômetro importante, porque se achamos que estamos fazendo tudo certo, mas as coisas continuam a dar errado uma atrás da outra, sem dúvida estamos fazendo algo errado também.

A vida não erra e traz de volta pra gente o que colocamos no mundo, a mesma energia, o que a gente faz e o que desejamos para o outro. Eu sei que tem gente que não pensa sim e tudo bem também.

Mas acho no mínimo ingênuo centralizar as coisas em si mesmo e achar que se algo está errado, o problema é do mundo, é do outro, do vizinho, do amigo, do namorado, mas menos seu. Tá todo mundo errado e só a gente que tá certo? Tá rolando um complô da humanidade contra gente, uma perseguição cármica?

Não acho que a vida funciona assim, dessa forma injusta, punitiva, parcial. Não mesmo. Eu sempre acho que as coisas que acontecem são para o meu benefício, meu aprendizado, mesmo que eu não goste ou, sejam difíceis.

Às vezes, até demais da conta do suportável. Já fui testada mais vezes do que gostaria de contar, já passei por situações que pensei que não conseguiria sobrepô-las, que não conseguiria seguir em frente.

Mas por mais doessem e algumas doeram demais, mantive esse pensamento em mente, que tudo acontece para o meu bem, que não há nenhuma conspiração cósmica contra mim e ninguém querendo me derrubar.

Às vezes, a vida é mais difícil mesmo e temos que criar mecanismos de defesa, ferramentas para conseguir administrar essas situações de uma forma melhor quando se apresentam.

Senão, ficamos presos no lugar de vítimas, correndo atrás do próprio rabo e não achamos culpados nessa busca improdutiva.

Devemos sim, procurar um espelho, porque quando tomamos as rédeas da situação, vemos que cabe apenas a cada um de nós mudarmos o que dá pra ser mudado, aceitar o que não podemos controlar e sabermos interpretar a diferença entre um e outro.

No mais, só nos resta seguir.

19 gírias antigas que precisam voltar pra boca do povo urgentemente

19 gírias antigas que precisam voltar pra boca do povo urgentemente

Hoje nós vamos tomar uns birinaits do balacobaco. Putz grila!!!

Perguntamos no Facebook de quais gírias antigas as pessoas mais gostam. Separamos as melhores no intuito de botar todas elas de volta em circulação.

1. Pra uma coisa muito boa, as pessoas diziam.

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2. Pensa numa imagem extremamente muito antiga.

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Se uma arca já é algo muito velho, imagine só o quanto é velho o arco de uma velha!!!

3. Quando queriam dizer que um cara era bonitão, as pessoas falavam…

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4. Antes do “porra” ou do “caralho” existiu o bom e velho…

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5. E antes do “foda, isso aí”, a gente falava:

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6. Pra falar de coisas muito, mas muito legais, a galerinha usava:

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7. Sabe quando você tinha que improvisar algo ou fazer uma gambiarra?

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A expressão ficou muito popular com o personagem Sambarilove, da “Escolinha do Professor Raimundo”.

8. Quando você tinha esperança de um dia entender uma coisa, pensava…

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9. Pra dar 100% de certeza que uma coisa é muito óbvia as pessoas diziam:

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10. Sabe uma ideia completamente errada que alguém te deu?

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11. Tomar uma bebidinha no fim do dia também podia ser chamada de:

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12. Em vez de mandar alguém à merda, as pessoas gritavam o seguinte:

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13. Sabe aquela pessoa que não fica um minuto sem conversar? Ela era a pessoa que…

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14. Quando uma coisa não custa nada é assim.

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Isso porque entre 1918 e 1935 a moeda de 100 réis valia um tostão no Brasil. E um tostão furado nunca valeu é nada.

15. Um dia um sujeito muito, mas muito burocrático, também foi chamado assim.

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16. Um negócio muito, mas muito sem graça era…

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17. A boa e velha pinga também podia ser chamada assim:

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18. Quem entrava no meio da conversa e queria entender tudo, dar opinião ou polemizar era o tipico.

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19. Você podia pedir para a pessoa repetir alguma coisa usando a seguinte expressão.

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Fonte: Buzzfeed

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