Descobrir-se um ansioso

Descobrir-se um ansioso

“Mas onde se deve procurar a liberdade é nos sentimentos.
Esses é que são a essência viva da alma.”
Johann Goethe

Geralmente pensamos que ansiosas, de fato, são aquelas pessoas que vivem roendo as unhas com os olhos arregalados e uma cara de expectativa não se sabe do quê. Ou aquela que tem palpitações ou mal-estares que a fazem verificar a pressão arterial ou, até mesmo, ir parar no pronto-socorro. Mas não é bem assim.

De repente você, que se achava “minimamente ansioso e em questões muito pontuais e esporádicas”, para e presta atenção. Vê que não consegue fazer apenas uma coisa por vez. Que mil ideias, tarefas, desgostos e necessidades vivem passeando pela sua mente, não lhe dão sossego.

Tenta, enfim, meditar – dizem fazer muito bem! – e percebe que não consegue ficar um minuto sequer tentando “esvaziar a mente”, que já lhe dá uma agonia. Constata que passa o tempo todo planejando, mentalmente, o que vai fazer (no resto do dia, da semana, do mês, da vida), assim como o que vão fazer os que estão ao seu redor (especialmente o filho, o marido e a empregada), procurando manter o controle integral de tudo.

Verifica que a sua respiração costuma ser curta e um tanto acelerada. Que os seus ombros e pescoço endurecidos entregam a constante tensão. Que não aguenta ficar esperando uma pessoa que se atrasa 5 minutos, logo tem que ligar para ver se está tudo bem (se é que não liga 5 minutos antes!). Que se surpreende tremendo quando está fazendo uma tarefa com várias outras por fazer. Que, sob o pretexto de ser “prático”, acaba atropelando as escolhas e atividades que possui, mas, no fundo, age assim só para se livrar logo de algo que, de alguma forma, o angustia. Que acorda pela manhã cansado demais, que volta das férias sem ter descansado e que vive exausto. É, meu caro, provavelmente você seja um ansioso! E crônico!

O diagnóstico, certamente, lhe foi um choque. Imagina, logo você, uma pessoa esclarecida, equilibrada e, de um modo geral, sem grandes problemas que pudessem ensejar tamanha apreensão. Não há razão ou justificativa, eu sei. É assim mesmo. Mas, ao mesmo tempo, certamente lhe é esclarecedor. Tantas coisas agora fazem sentido, não é?! Parece que um quebra-cabeça começa a ser encaixado.

E então, o que fazer? Correr a um psiquiatra, uma igreja, um terapeuta holístico, um centro espírita? Certamente todo apoio é bem vindo. Mas é só um apoio. Sinto lhe informar, mas você vai ter que AGIR se quiser melhorar. E é um trabalho constante, em turno integral, e que só o próprio ansioso pode fazer.

Começar se descobrindo e se compreendendo é uma boa pedida. O autoconhecimento é, realmente, libertador. Leia a respeito, tente reconhecer suas posturas, prestar atenção no seu comportamento. Irá, certamente, se dar conta de muitas coisas que jamais imaginou.
Entender-se (ao menos em parte, já que o ser humano é um oceano de emoções) irá ajudar a se controlar. Perceberá, por exemplo, quais atitudes o desviam da magnética rota da ansiedade, como respirar fundo, ouvir uma música, admirar a natureza, ler determinado texto… Você achará o que funciona melhor para si. Só precisa se dispor a, efetivamente, livrar-se dela que, em altas doses, é bem mais prejudicial do que pode parecer.

Você precisa dominar a ansiedade, e não ser dominado por ela. Certamente não é um caminho fácil e rápido de se percorrer, do tipo 7 passos, alguns dias e pronto, livrou-se da danada. Quem dera! Necessita se conscientizar de que viver assim não é legal. Não vale a pena. E que se gasta menos energia tentando mudar, melhorar e superar a ansiedade, do que vivê-la, de fato. Pode acreditar!

É, sem dúvida, um vigiar contínuo. É tomar conhecimento dos gatilhos que a acionam e tentar desviá-los. É procurar desacelerar quando se der conta de que a respiração (e a mente) está a mil. É buscar, continuamente, novas formas de encontrar a paz interior. É não parar de se informar a respeito. É adotar uma nova postura perante a vida. E, evidentemente, procurar ajuda quando sentir necessário.

Contribui, também, se convencer de que você não tem o controle de tudo (e que nem seria bom que tivesse, afinal, é legal de vez em quando receber uma surpresinha do destino!). Que não vai conseguir fazer tudo o que planeja para um dia (considerando que ele só tem 24 horas!), algumas coisas eventualmente ficarão pendentes, e isso não é o fim do mundo, portanto, escolha as prioritárias.

Que, quando as coisas saírem diferente do que planejou, pode ser que elas sejam até melhores. Que os outros têm vontades próprias e, de um modo geral, não precisam que você seja sua bússola (eles sobrevivem – e crescem – sozinhos). Que, independentemente de qualquer fato, o mundo segue girando e tudo, ora ou outra, de alguma forma, se acerta. Que de vez em quando é necessário dar uma parada para processar os acontecimentos (ficar em silêncio, nesse aspecto, ajuda demais). E que faz um bem danado estar com a cabeça mais vazia e o coração mais leve.

É uma liberdade imensurável sentir-se em paz, ainda que, volta e meia, ela – a ansiedade – vá aparecer para te importunar. Mas, já a conhecendo profundamente e sabendo o que funciona consigo, será mais fácil expulsá-la da sua vida de novo. E quantas vezes forem necessárias.

Definitivamente, ninguém deve se acostumar – ou se acomodar – com um viver angustiante.

Pisaram no meu castelo de areia. E agora?

Pisaram no meu castelo de areia. E agora?

Sabe aquele sonho que a gente alimenta e acalenta, muitas vezes durante toda a vida, acrescentando elementos, alterando personagens, dando vida e emoções a todos os detalhes cuidadosamente pensados? A nossa novela pessoal onde tudo acontece como achamos que deve ser? Esse sonho é o nosso castelo de areia que onda nenhuma desmancha e chuva alguma leva, porque é muito bem protegido e escondido dos perigos que a realidade oferece.

Isso é o que a gente pensa e quer, a imunidade que também completa o sonho perfeito. Mas de verdade, essa praia é muito mais perigosa e habitada por todos os tipos de intenções e sentimentos. Alguns são cuidadosos, carinhosos, amáveis. Desviam com delicadeza do nosso castelo para não derrubar um grão de areia sequer. Outros, de tão amistosos e parceiros, trazem enfeites e cores para a nossa construção. Chegam a adivinhar o que estamos querendo ou necessitando.

Outros contudo, pouco se importam, ou, de propósito mesmo, passam arrastando os chinelos e derrubando o que estiver na frente. Esses são os insensíveis, os endurecidos, orgulhosos, durões para destruir, covardes só para aparecer.

E o castelinho, embora frágil e temporário, fruto do nosso esforço e capricho, é alvo fácil para quem não tem intenção alguma de construir junto. É presa indefesa para aquela intenção predadora que sente fome de destruição.

E um dia, de fato pisam nele, não só desmontam uma torre, uma ala, mas sim a estrutura toda. Como faz para recomeçar um sonho, um projeto, uma ideologia tão pessoal? Como conviver com duras e magoadas lembranças dessa destruição? Melhor que a onda tivesse levado, que o vento tivesse derrubado, porque assim seria um acidente, a gente pensa. Ruim é saber que há uma culpa, uma intenção oculta.

O bom senso aconselha que a vida sempre segue e a praia é grande e areia não falta. Bora começar novamente, talvez com a lição de que um castelo é coisa demais para vigiar por toda uma vida, com detalhes e tesouros demais para proteger.

Bora buscar um sonho mais simples, mais espontâneo, que inclusive possa ir mudando de forma, de lugar e de importância, à medida que as conquistas forem chegando!

E dessa forma, não haverá pé que chute ou pise o que não consegue alcançar!

Relacionamentos hipócritas e onde habitam

Relacionamentos hipócritas e onde habitam

É muito fácil falar de amor. É muito fácil opinar e descrever suas nuances e resultados desejados. Mas, quando o encontramos, quando o recebemos de mãos beijadas em nossa porta, não sabemos lidar com. Numa comparação estapafúrdia, mas realista, é como um cão que persegue por quilômetros um automóvel e, ao conquistar a difícil tarefa de alcançá-lo, simplesmente abana o rabo e não sabe a reposta e pensa – o que faço agora?

Os relacionamentos atuais são hipócritas demais, esse é o problema. É o chamado mimimi tão repetido em conversas de bar adentro. E isso não é um problema entregue somente aos homens, mas também para as mulheres. Existe pouco autoconhecimento de ambas as partes. As pessoas não sabem o que querem, mas querem. É possível dar vazão para algo assim? Pede-se mais amor, uma atenção do crush que visualiza e não responde e tudo mais de reconhecível nessas relações líquidas e triviais dos tempos atuais. Covardes, excluímos qualquer aceno de afeição em caso de desinteresse. Logo, por que não assumir encontrar-se num período casual? Entenda, não é cafajestice – seja do gênero que for, entregar-se por um sexo único naquela noite ou, ainda, distribuir beijos no melhor estilo saldão. A problemática nos relacionamentos reside quando, fingindo ser quem não somos, almejamos colher algo que sequer oferecemos. Também não é questão de reciprocidade, mas de um alto grau de honestidade e humildade para reconhecer e confessar para quem quer que seja, o seu momento de vida no instante vivido.

Ninguém é obrigado a estar com alguém. A conversa fictícia do amor resiliente, do amor superlativo e aconchegante, não importando o dia e hora, cá pra nós, nem precisaria existir. Porque o amor é algo a ser construído beijo por vez, diálogo por dia. Mas ficamos excitados diante da oportunidade de viver um romance extraordinário e ornamentado por carícias incontáveis e fofuras provenientes dessas narrativas à lá Disney. Talvez, o significado da palavra trouxa venha disso. Inconsequentes e imaturos, depositamos cada carência no primeiro peito quente que aparece. O que está acontecendo? Inventaram alguma bebida anestesiante que ignora o nosso benquerer?

O amor é, quase sempre, um estudo de caso. Obviamente, existe regra para toda exceção. Infelizmente, em tempos de memes e piadas prontas, o amor termina sendo banalizado pela nossa cegueira em compreendê-lo e sê-lo. Porque o amor é a cada instante. Agir com sinceridade é um indício de amor, sim. Por você e pela companhia partilhada. Ou, você imagina a empatia sendo meramente um conceito criado para vender camisetas? Empatia é gota de amor.

E prevendo os ditosos de injúrias sobre o texto acima, propunham-se ouvir, dentro dos pequenos universos paralelos das suas couraças emocionais, onde habitam os relacionamentos hipócritas. Às vezes, eles residem nos encontros e partidas dessa corrida sem sentido que insistimos dizer não nos importarmos, mas que estamos sempre pleiteando. É do amor que refiro-me, em caso de dúvidas. O amor por você.

O que é bonito faz da vida mais leve

O que é bonito faz da vida mais leve

Vamos nos ater aos fatos, o mundo anda cansado demais. Cansado de admirar, reconhecer e nutrir, pelas pequenas belezas, algo além dos elogios clichês e das homenagens encomendadas. É justamente por isso que cabe-nos, sonhadores e sentimentais, darmos as mãos em prol dessa caminhada. Mais poesias e coragens para dizermos, sem meias palavras, o que é bonito. A vida certamente será mais leve se deixarmos o coração tomar conta.

O jogo de estica e puxa sobre o que podemos contemplar como belo, sinceramente, já não passa a mínima graça. Sequer teve, algum dia. Medir sentimentos e importâncias sempre pareceu-me sem sentido, tornando o viver um jogo de tabuleiro ausente das principais peças: nós. As coisas que levamos aqui dentro, como vivências e características ímpares das nossas personalidades, fracionadas nos corações. Não é meramente uma questão acerca de qualidades e defeitos, mas da sinceridade com a qual somos lançados nesses instantes diários onde, encarando preocupações demais, abandonamos os versos que elevaram todo e qualquer relacionamento a um patamar grandioso e sereno. Precisamos nos perder mais. Troquemos vocabulários e sentenças por um novo linguajar, o da transparência. Chega disso de ficarmos postergando confessarmos o que é bonito. Qual o problema de assumirmos uma postura ativa? Por que esperar descuido se podemos escolher cuidar?

Às vezes, ressonamos no automático. Estamos tão acostumados ao olhar de uma única direção que, na melhor das intenções, controlamos gestos e gostos da nossa própria jornada. Não dizemos o que nos incomoda, deixamos de lado o que nos aquece e, quando questionados, até mentimos num movimento estúpido e sem valor.

Entenda, não precisamos de absolutamente nada disso. Tomemos o amanhã na ponta dos dedos e façamos o bonito ser encantador, mais uma vez. Criemos laços a serem facilmente reconhecidos, admirados e que despertem, em cada um de nós, um desejo ardente pela vida. Por relações mais honestas e por belezas que, de pequenas, sejam apenas na configuração do nosso olhar naquele dia, naquela hora. O que é bonito faz da vida mais leve.

Nós somos imperfeitos um pro outro!

Nós somos imperfeitos um pro outro!

Casais improváveis me encantam. Não é que eu seja romântica. Ou melhor, não é apenas porque eu sou romântica. O fato é que essa gente que destoa do óbvio e descabe dos modelos têm o poder de tirar sorrisos de mim. A mais bonita verdade sobre o amor, me arrisco a dizer, é que ele não pode ser mensurável, controlável ou razoável.

Quando a gente começa a achar muita explicação para amar alguém… Ai, ai, ai… temo que não seja amor o que nos vai por dentro. Explicam-se teorias, fórmulas, fatos históricos. Amor não tem explicação. E se tiver, perde a graça. Amor é para dar formigamento, por fora e por dentro. Amor desorganiza, descabela, descortina.

E não há nenhuma dúvida de que são as situações e experiências desafiadoras que fazem a gente ficar mais sabido, mais maduro, mais flexível. Mas o amor… Ahhhh, o amor desencrava lá do fundo da gente a melhor coisa que formos capazes de ser. O amor desencarde as ranhuras causadas pelas perdas, frustrações e solidões.

Amor bom é aquele que vaza da gente para o outro, não em gotas, mas em enxurradas de vontade de acreditar nas bonitezas que envolvem a aventura de estar vivo. Amor bom é quando faz florir o peito da gente em cores desconhecidas. Amor bom é amor que liberta que empresta asas para quem a gente ama voar por aí, sem que tenhamos que conhecer seus planos de voo.

Foi esse amor que eu vi ali. Numa tarde de garoa miudinha fazendo desenhos na janela. Os gatos dormiam preguiçosos. O silêncio era um conforto doce. Um bolo de maçã com canela crescia no forno e esparramava seus sabores feitos em ares perfumados. Alguém dedilhava um piano sem compromisso, dedos indolentes deslizando nas teclas de marfim.

Nenhum cenário seria capaz de competir com a cena. Cenas de amor, enfim, não carecem de cenários. Naquele instante, eram apenas dois corações a procurar o caminho um do outro. Naquele instante, a felicidade era desenhada numa lista de desejos para um futuro que se sonha junto.

Ele queria demais se perder nos olhos dela. Ela queria demais encontrar-se nos olhos dele. Ele desamarrou, um a um, os nós de temor que as histórias malfadadas de romance haviam instalado em suas ilusões. Ela, transformou seus nós em laços, soltos, frouxos, lindos.

Eles ousaram subverter a lógica do impossível e marcaram um encontro sem data certa, iam ver as luzes de mil cores no céu gelado de um lugar de sonhos. Ele não podia acreditar na sorte que tivera de, entre bilhões de pessoas perdidas ter encontrado justo ela!

Eles não eram perfeitos. Nunca sonharam em sê-lo. Mas foram corajosos para acreditar que podiam ser imperfeitos um para o outro. Ela aprendeu a ler os silêncios dele. Ele aprendeu a interpretar os sorrisos dela. Seu amor não cabia em nenhum buquê. Então… ele deu a ela todo o jardim!

Para que serve a culpa?

Para que serve a culpa?

A culpa só tem alguma serventia nos momentos iniciais pós-desastre. Nesse espaço de tempo, no momento em que o seu malfeito é flagrado, ou assumido, a culpa tem uma função excepcionalmente importante. Ela precisa ser a mola no fundo do poço. A força capaz de tirar você desse lugar miserável onde vão parar aqueles que erram.

Uma vez arremessado lá dos cafundós do fim do mundo – porque às vezes a gente se sente como se o mundo fosse acabar mesmo -, uma vez de volta à superfície, a culpa não fará mais nenhum sentido. Nessas alturas, sentir-se culpado só vai trazer à boca aquele gosto azedo de ressaca, aquele efeito paralisante da crença de que as coisas são definitivas.

Nada é definitivo. Nem seus maiores, nem seus medíocres, nem os seus piores feitos. Sendo assim, rasgue a culpa em milhares de pedacinhos. Rasgue com vontade, igual a gente fazia na época em que era obrigado a mandar revelar TODAS as benditas 389 fotos que tirávamos com nossas câmeras. Câmeras cujo interior abrigava um rolinho de negativo, que caso aberto acidentalmente, apagava tudo definitivamente.

Na época dos negativos revelados, não havia esse poder mágico de DELETAR as fotos nas quais a gente sai horrorosa, mais gorda do que é, junto com um “ex-my-love”, ou com cara de quem comeu e não gostou.

Agora, na era digital, que maravilha! Parece que a gente ganhou o poder de escolher só os bons momentos. Ninguém precisa ver as nossas imperfeições. A menos, é claro, que você tenha feito a besteira de salvar TODAS AS SUAS IMAGENS na nuvem. Aí, meu amigo, não tem muito jeito, não. Alguém, em algum momento vai descobrir seus segredos visuais.

Acontece, que ainda não inventaram um jeito de deletar de dentro da gente o que machuca, dói ou incomoda. A Ciência afirma que a coceira é o tipo mais brando de dor. Eu discordo! Há dias que a coceira é insuportável! Coçam-me tantas ideias, e vontades, e desejos, e arrependimentos, que não há meios de achar alívio.

A culpa é uma coceira nas costas, bem naquele lugarzinho que a gente não alcança. Há que se pedir ajuda. Baixar a bola. Entregar as armas. Reconhecer a própria fragilidade diante das reviravoltas da vida. Para expurgar a culpa, é preciso revelar ao outro o que se fez, ou revelar a si mesmo, o que é ainda mais difícil.

A culpa tem cura! E a sua cura passa por reconhecer que o erro é o processo: escorregar, cair, levantar e começar tudo outra vez.  Errar nos ajuda a lembrar que de vez em quando – bem de vez em quando mesmo-, a gente gabarita os testes a que a vida vive a nos submeter.

Não espere que outro diga a ela o que ela quer ouvir de você

Não espere que outro diga a ela o que ela quer ouvir de você

Perder tempo é algo que todos fazemos, seja com pessoas, com coisas, com esperanças, sonhos, seja com nada. É inevitável investirmos parte da gente em quem não nos merece, em lugares que nunca nos recebem, em sonhos impossíveis. O futuro é incerto, só temos o hoje com que lidar e essa sempre será a nossa tarefa mais difícil: agir corretamente, para que o amanhã não nos traga colheitas desagradáveis.

Talvez esse terreno incerto e arenoso em que vivemos, em que nada parece ser controlado por nós, em que tudo pode mudar de uma hora para outra, acabe nos tornando inseguros quanto às tomadas de decisão que encaramos a todo momento. Nesse ritmo de dúvidas e temores, infelizmente acabamos nos afastando de muita coisa que nos faz bem, de muita gente que nos ama de verdade, de muitos sonhos que estavam prestes a acontecer.

E como dói vermos escorrer por entre nossos dedos aquilo que poderia ter permanecido junto, quem era a pessoa certa para nos amar com verdade, quem viria ao nosso encontro com vontade, mas que cansou de esperar nossa demora insegura, nosso egoísmo silencioso, nossa relutância em avançar, em olhar, em dar as mãos, em mergulhar nas águas do amor que seria recíproco. Como dói remoer as consequências de nossa própria covardia.

Infelizmente, muitas vezes relutamos em enxergar o óbvio, presos entre as grades de nossas próprias inseguranças, paralisados e atados aos temores insustentáveis, por medos tolos, enquanto nos mantemos frios justamente perto de quem traz calor e intensidade. Mostramo-nos incompletos justamente junto de quem se mostra inteiro, desnudado, pronto para nos acolher com verdade.

Resta, então, somente arrependimento e remorso, enquanto assistimos ao que podia ser parte da nossa vida partindo junto a outras vidas que tiveram a coragem e a decência de estenderem as mãos, ainda que trêmulas, mas estendidas. Não podemos, portanto, deixar de viver o que nos cabe, perdendo pessoas e amores por conta das dúvidas que fazem parte de qualquer ser humano. Felizes os que se lançam, os que tentam, os que se entregam, porque, caso a investida não dê certo, ao menos atitudes foram tomadas. Porque sofrer por algo que nem foi demonstrado ou tentado é peso que se leva para a vida toda.

Perdoar da boca para fora é muito fácil. Difícil é perdoar do peito para dentro

Perdoar da boca para fora é muito fácil. Difícil é perdoar do peito para dentro

Não há como escapar. Em determinado momento da vida, alguém vai dizer coisas que você não queria/deveria ouvir ou fazer algo que você jamais esperava. Palavras duras, pesadas, que magoarão e farão sangrar. Atitudes marcantes, que atormentarão o sono e desencadearão noites de insônia. Mais do que isso. Essas palavras serão ditas por pessoas queridas por você e das quais você jamais imaginava. Sendo assim, como proceder?

Falando a verdade, a maioria de nós sente enorme dificuldade em lidar com situações desse tipo. Guardamos mágoa, ficamos ressentidos, deixamos o coração penar. Perdoar da boca para fora é muito fácil. Difícil é perdoar do peito para dentro. Entretanto, que tipo de benefício guardar rancor traz?

Ficamos pesados, tristes, perturbados com um pesadelo que sempre se repete. Escutando, sempre que o silêncio se instala, o eco do sofrimento percorrendo a mente e o coração. Passamos a alimentar um monstro dentro de nós, o qual nos sufoca, porque se nutre do ódio que carregamos. Um fardo incômodo que nos impede de seguir em frente.

Dessa forma, o ódio acaba se tornando uma espécie de grilhão que nos prende ao passado, retirando de nós a capacidade de viver o presente e perceber o que acontece de positivo na nossa vida. Há, inclusive, a criação de uma visão totalmente negativa do ser humano, em que se realçam tão somente os aspectos negativos presentes nas pessoas, impedindo, por conseguinte, a capacidade de ver as belezas que também permeiam estas.

Em outras palavras, o ódio nos torna cegos e, ainda que este tenha se desencadeado por um mal causado por outrem, não devemos alimentá-lo, porque, no fim das contas, nós nos tornamos os principais prejudicados, já que ele rouba completamente a nossa energia e como é dito no filme “A Outra História Americana” – “A vida é muito curta para se estar o tempo todo com raiva”.

Sei que muitas coisas que nos acontecem são difíceis de serem perdoadas, porque a verdade é que toda vez que confiamos em alguém, nunca esperamos que aquela pessoa quebre o sentimento que depositamos nela. Não importa se você nunca quebrou a cara ou já se arrebentou mil vezes. Toda relação que se cria, toda conexão que se estabelece, é uma nova comunicação de almas, bem como, é a renovação da humanidade que havíamos desacreditado.

Por isso, dói tanto quando uma pessoa nos machuca, porque esperávamos que dessa vez fosse diferente. Entretanto, isso sempre vai acontecer. Seja com pessoas novas em nossas vidas, seja, como disse, com as pessoas que mais amamos, de maneira que o ódio sempre estará à espreita, pronto para retornar, como a seca que atormenta o sertanejo.

No entanto, guardar mágoa, rancor, ódio, nunca será a melhor opção, uma vez que depois que o alimentamos, torna-se difícil fugir das suas amarras e, assim, tudo se torna inferno e nós queremos apenas que ele queime e queime, sem expurgar a nossa dor, uma autoflagelação ininterrupta, a qual renova o sangue das marcas deixadas.

Eu acho que por mais que as pessoas nos machuquem, se soubermos olhar, sempre haverá alguém nos abraçando, procurando curar cada ferida no nosso corpo. Às vezes, as coisas dependem de um olhar em perspectiva, para que possamos perceber que o perdão não é uma forma de ser trouxa ou de livrar a barra de quem nos fez mal, e sim, de que perdoar é dizer que mesmo estando machucado, ainda somos capazes de ser luz no meio da escuridão e que não vamos desperdiçar a nossa energia com ódio, até porque de ódio o mundo já está cheio, o que ele anda precisando mesmo é de amor.

Não tenho medo de ficar sozinho

Não tenho medo de ficar sozinho

Não tenho medo de ficar sozinho. Não me vejo mais acompanhado simplesmente para ter uma mudança no status de relacionamento, para ir naquela reunião dos amigos, fazer viagens em famílias e expor fotos românticas em lugares paradisíacos. Não, isso não me interessa. Porque quando as portas se fecham, muitos amores acabam resumidos em desafetos, egos e solidões.

Normalmente, quando você conhece alguém é natural que, dadas algumas afinidades, do desejo transformar-se em euforia. A pessoa certa que chegou, o amor que estava à espera. O coração bate acelerado, os planos vão tomando forma e, mais adiante, juntam-se escovas de dente, pernas debaixo das cobertas e todo um aparato necessário para que nos sintamos naquilo conhecido como um relacionamento sério. Mas existe toda uma legitimidade esquecida ou ignorada por muitos. No caso, o diálogo. Deixar de adentrar no universo do outro, conhecendo suas nuances, qualidades e defeitos, implica, meses depois, naquelas inúmeras discussões e cobranças sem sentido. Você não era assim no início – você diz no primeiro ruído. É o começo do fim. Do respeito, carinho e qualquer outro sentimento complacente.

Infelizmente, esses resultados pertencem aos corações preguiçosos. Daqueles que preferem nublar a própria personalidade na esperança da conquista. Os motivos podem ser variados, indo da carência até alguma necessidade manipuladora. Mas em comum, praticamente o mesmo destino; o medo da solidão. Então estar com alguém sempre significa vislumbrar a possibilidade de escapar desse abismo solitário? Não. Acredite, nem todos os amantes caminham através de um querer tão simplório. Alguns definitivamente ocorrem pela soma, bom senso e por uma admiração mútua da companhia. Talvez, a escolha mais urgente, seja a de reconhecer que nem sempre estar acompanhado é garantia de êxito no amor. Você pode passar uma vida inteira sem adentrar nos abraços cálidos de um amar e, ainda assim, permitir-se nada menos que o seu próprio cuidado.

Não tenho medo de ficar sozinho, sinceramente. A solidão não me incomoda. O que entristece são os que escolhem uma companhia para permanecerem solitários. Reféns de si, algemam o outro. Recordemos por um segundo que, amar, é ir de encontro ao avesso.

Quando olhamos para ele(a) e pensamos: como é que eu pude?

Quando olhamos para ele(a) e pensamos: como é que eu pude?

“Como é que eu pude?” Eis a pergunta que nos fazemos toda vez que o encanto de uma paixão se desfaz e acordamos de um sono profundo, sono este que pode durar mais tempo do que a sesta da Cinderela.

Existe o “tempo da delicadeza”, cantado por Chico Buarque, e, existe o tempo do “como é que eu pude?” – para alcançar o primeiro é necessário sentir o segundo.

O tempo do “como é que eu pude?” só acontece quando decidimos enxergar o objeto de nossa paixão exatamente como ele é, quando paramos de atribuir-lhe qualidades que nunca existiram.

Só se desilude quem se iludiu. Quem se enganou. Quem criou uma realidade que não existe. Quem se relacionou com um personagem – que teimou em não seguir o roteiro – e não com a pessoa real.

Quando nos perguntamos “como Fulano(a) pôde fazer isso comigo?”, no fundo estamos falando do nosso personagem, não do fulano(a) em si, pois se observarmos com cuidado e atenção, sem julgamento de valor, perceberemos que a atitude de Fulano(a) é extremamente compatível com o que ele(a) é de fato.

“Fulano(a) foi cruel, frio(a), indiferente, desumano(a), perverso(a)”. Estes são os adjetivos que costumamos usar quando nossos sonhos de um relacionamento perfeito vão por água abaixo e/ou quando nos sentimos abandonados.

Mas será mesmo que Fulano(a) foi  frio(a), indiferente, perverso(a), desumano(a), ou fomos nós que não quisemos enxergar que ele(a) provavelmente age dessa forma com ele(a) mesmo(a) e com todos que o(a) cercam? Que no fundo ele(a) nunca foi aquela pessoa sensível, delicada, doce, acolhedora e romântica que pintamos?!

Geralmente demoramos para chegar no tempo do “como é que eu pude?” porque não suportamos a ideia do vazio e do engano. Preferimos seguir entoando o hino brega de Peninha, “saudade até que é bom / é melhor que caminhar vazio” do que admitir para nós mesmos que nosso roteiro particular foi fracasso de bilheteria.

É claro que sem um bocado de imaginação, projeção e idealização não existiria a paixão. Porém, quando as coisas não vão bem e a personagem da nossa trama secreta abandona o set de filmagens (ou é demitida por mau comportamento) precisamos deixar de idealizá-la. Precisamos tirá-la do pedestal de estrela com direito a cem toalhas brancas num camarim privativo. Precisamos aceitar que Fulano(a) não era compatível com o papel e… abrir novos testes.

Toda vez em que deixamos Fulano(a) ser exatamente o que ele(a) é – e não o que imaginamos- acabamos chegando à pergunta: como é que eu pude? É batata! – como diria o saudoso Nelson Rodrigues. E é tão libertador! Experimente!

“Não agrade os ingratos, nem sirva aos folgados”

“Não agrade os ingratos, nem sirva aos folgados”

Passamos muito tempo fazendo a coisa certa para as pessoas erradas, sofrendo as consequências das péssimas escolhas pelo caminho, sofrendo à toa por coisas inúteis e gente sem conteúdo, alimentando vãs esperanças em relação ao que não tem a menor chance de vir a acontecer. Perdemos muito tempo investindo no vazio, esperando retorno do que não volta, aguardando sorrisos de quem nem nos olha direito. É preciso focar no que é real, pois, mesmo que não haja muito de verdadeiro nesses terrenos, esse pouco bastará.

Precisamos parar de tentar agradar aos ingratos, às pessoas descontentes e incapazes de receber algo de fora. Existem indivíduos que se encontram por demais fechados ao acolhimento do que não se encontra dentro deles, do que não faz parte daquele mundinho em que eles se fecham, presos a crenças e sentimentos que não mudam, não são repensados, não saem do lugar. Tentar alcançá-los é inútil.

É necessário evitar a servidão aos folgados, aos aproveitadores, a quem não sai do lugar por si só, a quem foge a qualquer tipo de responsabilidade, pois sabe que alguém sempre fará por ele. Temos que ter clareza quanto ao que realmente devemos e poderemos tomar para nós, ou acumularemos cargas de bagagens que não são, nem de longe, relacionadas às nossas vidas. Muita gente precisa de ajuda, sim, mas muitos precisam é de vergonha na cara.

Não podemos nutrir amizades duvidosas, com pessoas que não expressam a menor necessidade de nós, como se tanto nossa presença quanto nossa ausência fossem a mesma coisa, algo sem importância, invisível, dispensável. Nem todos de quem gostamos irão gostar de nós, o retorno da estima e da afeição nunca é uma certeza, portanto, há necessidade de que adentremos exclusivamente os encontros verdadeiros.

Não é fácil nem tranquilo conseguirmos acertar quanto ao que poderemos regar com a certeza de retorno e reciprocidade, uma vez que as pessoas, os acontecimentos, a vida, tudo é imprevisível. Embora muito do que acontecerá em nossas vidas não possa ser controlado, mantermos sob controle nossas verdades e a certeza de que merecemos ser felizes nos tornará mais fortes diante dos tombos, sem que desistamos de nossos sonhos.

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Texto também acessível pela página do Prof Marcel Camargo

Os filhos do quarto!- Cassiana Tardivo

Os filhos do quarto!- Cassiana Tardivo

Estou para escrever desde o dia que me peguei chorando por aquele garoto de 13 anos em São Vicente que por uma brincadeira, veio a falecer.

Não sejamos exageradas para dizer que só agora com advento da WWW temos perdido filhos. Eles faleciam também antes disso.

Mas antes perdíamos filhos nos rios, nos matos, nos mares, hoje temos perdido eles dentro do quarto!
Quando brincavam nos quintais ouvíamos suas vozes, escutávamos suas fantasias e ao ouvi-los, mesmo a distância, sabíamos o que se passava em suas mentes. Quando entravam em casa não existia uma TV em cada quarto, nem dispositivos eletrônicos em suas mãos. Quero deixar bem claro que não sou contra e nem capetizo tudo isso. Mas queridos, precisamos ser sinceros: temos perdido o equilíbrio.

Hoje não escutamos suas vozes, não ouvimos seus pensamentos e fantasias, as crianças estão ali, dentro de seus quartos, e por isso pensamos estarem em segurança. Quanta imaturidade a nossa.

Agora ficam com seus fones de ouvido, trancados em seus mundos, construindo seus saberes sem que saibamos o que é…
Alguns, como o garoto de São Vicente, perdem literalmente a vida, mas tantos outros aí, ainda vivos em corpos, mas mortos em seus relacionamentos com seus pais, fechados num mundo global de tanta informação e estímulos, de ídolos de youtube, de modismos passageiros, que em nada contribuem para formação de crianças seguras e fortes para tomarem decisões moralmente corretas e de acordo com seus valores familiares. Dentro de seus quartos perdemos os filhos pois não sabem nem mais quem são ou o que pensam suas famílias, já estão mortos de sua identidade familiar… Se tornam uma mistura de tudo aquilo pelo qual eles tem sido influenciados e país nem sempre já sabem o que seus filhos são.

Você hoje pode ler esse texto, amar, marcar os amigos. Pode enxergar nele verdades e refletir. Tudo isso será excelente. Mas como Psicopedagoga tenho visto tantas famílias doentes com filhos mortos dentro do quarto, então faço você um convite e, por favor aceite ! Convido você a tirar seu filho do quarto, do tablet, do fone de ouvido, convido você a comprar jogos de mesa, tabuleiros e ter filhos na sala, ao seu lado por no mínimo 2 dias estabelecidos na sua semana a noite (além do sábado e domingo). E jogue, divirta-se com eles, escute as vozes, as falas, os pensamentos e tenha a grande oportunidades de tê-los vivos, “dando trabalho” e que eles aprendem a viver em família e se sintam pertencentes no lar para que não precisem se aventurar nessas brincadeiras malucas para se sentirem alguém ou terem um pouco de adrenalina que antes tinham com as brincadeiras no quintal !

Cassiana Tardivo

Por trás de todo grande amor existe uma grande história

Por trás de todo grande amor existe uma grande história

Nada vem fácil, nada se consegue parado, tudo o que se conquista requer suor, dor, entrega e muita luta. É assim com coisas, é assim com pessoas e não poderia deixar de ser assim com o amor. A gente se apaixona, a gente acelera o coração e se joga e mergulha fundo. Daí vem o tempo – ah o tempo -, varrendo as ilusões e nos colocando frente a frente com a verdade do que ainda é e do que não mais é.

Todos os relacionamentos atravessam grandes tormentas, escuridões e dissabores, antes de se fortalecerem e se firmarem como verdadeiros. Não existem certezas absolutas, pois não existe o que não possa ser atravessado pela dúvida, pelo incerto, por questionamentos e por novas perspectivas. O dia-a-dia tende a tornar a convivência menos surpreendente, esfriando o calor que motiva os encontros que abrem sorrisos e roubam arrepios.

É preciso, pois, reinventar-se, adquirir novos olhares sobre o que já pensamos conhecer, mas sempre poderá nos trazer novas surpresas. As pessoas são múltiplas, têm muito dentro de si a doar e é isso que nos salvará da monotonia afetiva. Por essa razão é que não existe amor tranquilo que não seja entremeado por vendavais, reviravoltas, contendas, ou então não se renova.

O amor é fogo que varre, vento que leva e traz de volta, chuva que limpa e clareia, desanuvia, brilho que esclarece. Por essa razão é que os casais constroem as suas histórias por meio de momentos únicos e especiais, que incluem rompimentos demorados, desconfianças descabidas, distância forçada, noites em claro, insegurança, medo, lágrimas pesadas. E por essa razão é que os reencontros se tornam ainda mais grandiosos, pois a aventura amorosa tece a história de cada um de nós, que fica cada vez mais forte e verdadeira.

Mais do que sentir o amor, é preciso viver, respirar e trabalhar o amor, levando-o conosco aqui dentro, aonde formos, com quem estivermos, aceitando-o em todas as dores e alegrias de que se constituem as jornada afetivas que construirão nossas histórias de vida. Sempre será prazeroso podermos reviver tudo o que passamos junto a quem compartilhamos o nosso melhor e o nosso pior, pois é essa memória afetiva que nos sustentará quando estivermos terminando nossa jornada.

Nosso legado mais precioso ao mundo sempre será o que fomos enquanto amávamos com transparência e verdade. Nossos queridos merecem herdar e a eternidade merece receber o nosso amor. Amemos, enfim.

100 ótimos filmes para quem adora psicologia

100 ótimos filmes para quem adora psicologia

Não é preciso gostar de psicologia para se interessar por esses 100 filmes, mas aqueles que gostam certamente nutrem uma potente curiosidade pelos tópicos abordados no cinema sobre a psique humana, mesmo que os desconheçam.

Grande parte desses filmes psicológicos é formada por thrillers. O restante – a minoria – agrega um misto de ficção, não-ficção, suspense, terror, sci-fi, aventura, ação ou comédia com abordagem mais pacifista. Como é de se esperar, todos eles provocam múltiplos estímulos sensoriais, agradáveis ou não.

Muitas dessas obras foram criações meritosas do diretor e de sua equipe de produção, sem precedentes excepcionais, além da imaginação, criatividade e uma boa dose de inventividade. Mas pelo menos metade dos longas-metragens citados foi inspirado na literatura. Se não fosse pela indústria de livros, muitos filmes espetaculares não teriam sido lançados, nem suas histórias seriam conhecidas.

Centenas de outros ótimos filmes psicológicos não foram incluídos na lista, por questões de tempo, falhas de memória, critérios eliminatórios e também devido à limitação da amostra.

Listas são sempre polêmicas e controversas. Quanto menores forem, então, mais injustas parecerão aos olhos do público, pois há julgamentos contraditórios e subjetivos quando o tema é arte, o que provoca críticas variáveis e extremistas para o bem ou para o mal.

Mais de 80% da lista é constituída de filmes lançados a partir de 1990. Mas os cinéfilos que preferem a escola de cinema mais antiga  não se decepcionarão com os cerca de 20 filmes selecionados do período entre 1950 e 1989, salvo algumas exceções. Aqueles que curtem filmes cults de antes de 1950 talvez fiquem desapontados.

O diretor com mais filmes presentes nessa lista é o americano David Fincher (4), seguido de perto por Alfred Hitchcock, Lars von Trier, Martin Scorsese e Darren Aronofsky, com três cada um.

Os atores que mais aparecem aqui são Leonardo DiCaprio, Robin Williams, Jack Nicholson, Morgan Freeman, Anthony Hopkins, Charlotte Gainsbourg, Tom Hanks, Matt Damon, Jake Gyllenhaal, Natalie Portman e Edward Norton.

Há apenas dois filmes brasileiros listados entre os 100, e somente dois desenhos, o que não sugere nada tendencioso.

Algumas dessas obras se tornaram massivamente consagradas pelo público, bem como elogiadas pela crítica especializada, enquanto outras provêm do cenário underground e só são conhecidas por uma pequena fatia da população com acesso a esse tipo de cultura.

Profissionais, estudantes e adeptos de psicologia deveriam considerar a ideia de assistir, senão todos esses 100 filmes, uma porção deles, à seu bel prazer. Isso fará com que novas observações, reflexões e entendimentos sejam formados.

Como se trata de arte, não há unanimidade sobre qual desses filmes é melhor do que outro, por mais que haja uns mais populares do que outros.

É bom deixar claro que todos foram listados aleatoriamente, sem qualquer ordem qualitativa ou de preferência. São os seguintes:

100. Escritores da Liberdade (Freedom Writers, 2007) | Direção: Richard LaGravenese

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99. Tratamento de Choque (Anger Management, 2003) | Direção: Peter Segal

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98. As Duas Faces de um Crime (Primal Fear, 1996) | Direção: Gregory Hoblit

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97. O Nome da Rosa (Der Name Der Rose, 1986) | Direção: Jean-Jacques Annaud

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96. A Praia (The Beach, 2000) | Direção: Danny Boyle

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95. Garota, Interrompida (Girl, Interrupted, 1999) | Direção: James Mangold

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94. A Onda (Die Welle, 2008) | Direção: Dennis Gansel

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93. O Sétimo Selo (Det sjunde inseglet, 1957) | Direção: Ingmar Bergman

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92. As Virgens Suicidas (The Virgin Suicides, 1999) | Direção: Sofia Coppola

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91. Bicho de Sete Cabeças (Bicho de Sete Cabeças, 2000) | Direção: Laís Bodanzky

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90. Sybil (Sybil, 2007) | Direção: Joseph Sargent

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89. Boyhood: Da Infância à Juventude (Boyhood, 2014) | Direção: Richard Linklater

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88. O Lenhador (The Woodsman, 2004) | Direção: Nicole Kassell

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87. Terapia de Risco (Side Effects, 2013) | Direção: Steven Soderbergh

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86. Um Método Perigoso (A Dangerous Method, 2011) | Direção: David Cronenberg

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85. Tempo de Despertar (Awakenings, 1990) | Direção: Penny Marshall

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84. A.I. – Inteligência Artificial (Artificial Intelligence: AI, 2001) | Direção: Steven Spielberg

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83. Copycat – A Vida Imita a Morte (Copycat, 1995) | Direção: Jon Amiel

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82. Wall Street: Poder e Cobiça (Wall Street, 1987) | Direção: Oliver Stone

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81. Rocky: Um Lutador (Rocky, 1976) | Direção: John G. Avildsen

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80. Geração Prozac (Prozac Nation, 2001) | Direção: Erik Skjoldjærg 

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79. A Experiência (Das Experiment, 2001) | Direção: Oliver Hirschbiegel

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78. Elefante (Elephant, 2003) | Direção: Gus van Sant

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77. O Pescador de Ilusões (The Fisher King, 1991) | Direção: Terry Gilliam

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76. Millennium: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres (The Girl With The Dragon Tattoo, 2011) | Direção: David Fincher

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75. O Operário (The Machinist, 2004) | Direção Brad Anderson

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74. Edward Mãos de Tesoura (Edward Scissorhands, 1990) | Direção: Tim Burton

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73. Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994) | Direção: Frank Darabont

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72. O Corcunda de Notre Dame (The Hunchback Of Notre Dame, 1996) | Direção: Gary Trousdale e Kirk Wise

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71. O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada, 2006) | Direção: David Frankel

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70. A Outra História Americana (American History X, 1998) | Direção: Tony Kaye

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69. O Experimento de Aprisionamento de Stanford (The Stanford Prison Experiment, 2015) | Direção: Kyle Patrick Alvarez

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68. Viagens Alucinantes (Altered States, 1980) | Direção: Ken Russell

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67. O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972) | Direção: Francis Ford Coppola

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66. Oliver Twist (Oliver Twist, 2005) | Direção: Roman Polanski

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65. O Enigma de Kaspar Hauser (Jeder für sich und Gott gegen alle, 1974) | Direção: Werner Herzog

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64. Instinto (Instinct, 1999) | Direção: Jon Turteltaub

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63. O Segundo Rosto (Seconds, 1966) | Direção: John Frankenheimer

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62. Freud, Além da Alma (Freud, 1962) | Direção: John Huston

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61. Patch Adams: O Amor é Contagioso (Patch Adams, 1998) | Direção: Tom Shadyac

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60. À Espera de um Milagre (The Green Mile, 1999) | Direção: Frank Darabont

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59. Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country For Old Men, 2007) | Direção: Ethan Coen e Joel Coen

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58. Quando Nietzsche Chorou (When Niezsche Wept, 2007) | Direção: Pinchas Perry

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57. Gênio Indomável (Good Will Hunting, 1997) | Direção: Gus van Sant

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56. Jogos Mortais (Saw, 2004) | Direção: James Wan

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55. O Retrato de Dorian Gray (Dorian Gray, 2009) | Direção: Oliver Parker

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54. Ela (Her, 2013) | Direção: Spike Jonze

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53. Zodíaco (Zodiac, 2007) | Direção: David Fincher

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52. Divertida Mente (Inside Out, 2015) | Direção: Pete Docter e Ronnie Del Carmen

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51. O Aviador (The Aviator, 2004) | Direção: Martin Scorsese

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50. Janela Indiscreta (Rear Window, 1954) | Direção: Alfred Hitchcock

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49. O Talentoso Ripley (The Talented Mr. Ripley, 1999) | Direção: Anthony Minghella

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48. A Órfã (Orphan, 2009) | Direção: Jaume Collet-Serra

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47. Os Irmãos Karamazov (The Brothers Karamazov, 1958) | Direção: Richard Brooks

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46. Melhor é Impossível (As Good As It Gets, 1997) | Direção: James L. Brooks

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45. Anticristo (Antichrist, 2009) | Direção: Lars von Trier

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44. O Grande Gatsby (The Great Gatsby, 2013) | Direção: Baz Luhrmann

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43. Tubarão (Jaws, 1975) | Direção: Steven Spielberg

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42. Um Corpo Que Cai (Vertigo, 1958) | Direção: Alfred Hitchcock

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41. Cidade dos Sonhos (Mulholland Dr., 2001) | Direção: David Lynch

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40. Tempestade de Gelo (The Ice Storm, 1997) | Direção: Ang Lee

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39. O Senhor das Moscas (Lord Of The Flies, 1990) | Direção: Harry Hook

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38. O Mestre (The Master, 2012) | Direção: Paul Thomas Anderson

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37. Dragão Vermelho (Red Dragon, 2002) | Direção: Brett Ratner

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36. Louca Obsessão (Misery, 1990) | Direção: Rob Reiner

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35. Beleza Americana (American Beauty, 1999) | Direção: Sam Mendes

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34. Forrest Gump: O Contador de Histórias (Forrest Gump, 1994) | Direção: Robert Zemeckis

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33. Dogville (Dogville, 2003) | Direção: Lars von Trier

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32. Precisamos Falar Sobre Kevin (We Need To Talk About Kevin, 2011) | Direção: Lynne Ramsay

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31. Cisne Negro (Black Swan, 2010) | Direção: Darren Aronofsky

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30. Pulp Fiction: Tempo de Violência (Pulp Fiction, 1994) | Direção: Quentin Tarantino

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29. Réquiem Para um Sonho (Requiem For a Dream, 2000) | Direção: Darren Aronofsky

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28. O Labirinto do Fauno (El laberinto del fauno, 2006) | Direção: Guillermo del Toro

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27. Uma Mente Brilhante (A Beautiful Mind, 2001) | Direção: Ron Howard

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26. Cidade de Deus (Cidade de Deus, 2002) | Direção: Fernando Meirelles e Kátia Lund

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25. A Origem (Inception, 2010) | Direção: Christopher Nolan

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24. Carrie, A Estranha (Carrie, 2013) | Direção: Kimberly Peirce

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23. V de Vingança (V For Vendetta, 2005) | Direção: James McTeigue

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22. Psicose (Psycho, 1960) | Direção: Alfred Hitchcock

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21. Amnésia (Memento, 2000) | Direção: Christopher Nolan

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20. Ilha do Medo (Shutter Island, 2010) | Direção: Martin Scorsese

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19. Efeito Borboleta (The Butterfly Effect, 2004) | Direção: Eric Bress e J. Mackye Gruber

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18. A Pele Que Habito (La piel que habito, 2011) | Direção: Pedro Almodóvar

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17. O Sexto Sentido (The Sixth Sense, 1999) | Direção: M. Night Shyamalan

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16. Platoon (Platoon, 1986) | Direção: Oliver Stone

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15. Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (Eternal Sunshine Of The Spotless Mind, 2004) | Direção: Michel Gondry

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14. O Iluminado (The Shining, 1980) | Direção: Stanley Kubrick

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13. Ninfomaníaca (Nymphomaniac, Vol. I e II, 2013) | Direção: Lars von Trier

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12. Taxi Driver (Taxi Driver, 1976) | Direção: Martin Scorsese

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11. Pi (Pi, 1998) | Direção: Darren Aronofsky

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10. O Silêncio dos Inocentes (The Silence Of The Lambs, 1991) | Direção: Jonathan Demme

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9. Seven: Os Sete Crimes Capitais (Se7en, 1995) | Direção: David Fincher

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8. Um Estranho no Ninho (One Flew Over The Cuckoo’s Nest, 1975) | Direção: Milos Forman

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7. Show de Truman (The Truman Show, 1998) | Direção: Peter Weir

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6. Trainspotting: Sem Limites (Trainspotting, 1996) | Direção: Danny Boyle

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5. Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society, 1989) | Direção: Peter Weir

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4. Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971) | Direção: Stanley Kubrick

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3. Clube da Luta (Fight Club, 1999) | Direção: David Fincher

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2. Donnie Darko (Donnie Darko, 2001) | Direção: Richard Kelly

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1. Matrix (The Matrix, 1999) | Direção: Lana Wachowski e Lilly Wachowski

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