Precisamos olhar mais para o céu!

Precisamos olhar mais para o céu!

Sim, talvez uma das causas deste caos interno e externo que o ser humano vive hoje seja o fato de ter perdido, aos poucos e cada vez mais, o costume de olhar para o céu.

Não olhando para o céu, ele se esquece da sua origem divina. Não olhando para o céu, ele se desconecta do sagrado que há em si. Não olhando para o céu, olvida da grandeza da qual faz parte.

O céu, durante o dia, é algo tão infinito e tão maravilhoso de se contemplar, especialmente se tiver os raios solares luminosos e trazendo energia a toda a existência.

Contemplar demoradamente o céu num pôr do sol de um dia ensolarado é uma das coisas mais apaziguantes que pode existir.

Agora, deslumbrante mesmo, profundo, sereno e encantador é apreciar um céu estrelado numa noite de luar… Há poucas coisas que podem dar ao homem uma noção tão clara do milagre da existência quanto essa visão.

Olhar para o céu é voltar a sentir a liberdade que lhe é inerente, é se reconectar com os sonhos, é sentir que a magia é possível e é real.

O problema é que o ser humano anda muito atarefado, correndo atrás do tempo, sem poder se dar ao luxo de parar um momento e, simplesmente, olhar para o céu.

Além disso, a maioria vive em cidades de concreto, em moradias empilhadas, amontoadas e amplificadas, que bloqueiam a sua visão além. Acostumam-se, então, a ficar trancafiados no tempo que lhes sobra da correria, muitas vezes sufocando emocionalmente, sofrendo sem saber direito o porquê.

Parar e olhar para o céu significa dar um fôlego para a vida. Tal como os golfinhos que vivem submersos na água e vêm à superfície, vez ou outra, para tomar um ar. É necessário. É vital.

Olhar para o céu é dar um tempo na loucura e se reconectar. Faz o homem lembrar que não é daqui, que está de passagem e que o seu lar verdadeiro é algo muito maior, mais lindo, mais livre, mais sereno e mais amoroso…

Imagem de capa: khlongwangchao/shutterstock

Como se manter jovem quando se é velho

Como se manter jovem quando se é velho

Nos primeiros vinte anos da existência, não é preciso criar aforismos para explicar a juventude. Cada parte do corpo explica o que ela é – e nem pensamos no que significa. Porque na verdade, ser jovem, significa ser portador de um estado natural de ser o que se é.

Tal como o fruto de uma árvore, ser, pensar, viver, agir, e reagir, segundo esse impulso ordinário de vida não requer nenhuma explicação. O problema vem depois.

Conforme os anos passam nos detemos para examinar melhor essa tal de juventude e gastamos tempo conferindo se ainda somos jovens, tendo como parâmetro alguma atividade ou algum desempenho.

Os caracteres físicos são excelentes indicadores, e paralelamente a eles, descobrimos o nosso processo de seleção natural para fazer escolhas que, antes, não fazíamos. Tornamo-nos seletivos para estabelecer aonde vamos e com quem vamos.

O tempo parece ser breve para fazer aquilo que a gente gosta de fazer, mas parece extraordinariamente longo para aquilo que a gente NÃO gosta.

Outra característica levemente estranha: os dias são longos, e os anos são curtos. Pela primeira vez o tempo se torna relativo. Então, nos perguntamos: o que está acontecendo?

Ainda não somos velhos, estamos apenas naquele período que vai dos 30 aos 40, talvez um pouco menos, talvez um pouco mais, que nos define como levemente maduros. Observamos uma espécie de acomodação e sossego que quase nos leva ao sedentarismo.

No auge da juventude topamos qualquer parada: acompanhar o amigo numa viagem, ajudar numa mudança, fazer uma pescaria, consertar o telhado da casa, de forma que estamos sempre indo, ou voltando, de algum lugar.

-Fazemos porque gostamos?
-Fazemos porque nem passa na nossa cabeça NÃO fazer.
Fazemos porque não custa nada. Nada além do tempo.

O tempo, na juventude, é um tesouro inextinguível: quanto mais você saca, mais parece aumentar. Temos todo o tempo do mundo para o que o OUTRO precisa, e ainda sobra, para o que NÓS precisamos.

Qualquer academia nos proporciona essa observação e aprendizado: os jovens cumprem as séries do seu treino de exercícios sempre em dupla, gastando o dobro do tempo que qualquer ser maduro dedica àquele ambiente, feliz da vida de ir embora o mais rápido possível, depois de ter completado a obrigação diária.

Mas um dia, esse jovem já não tão jovem, se descobre mais lento e menos disponível. As “paradas” passam a ser rigorosamente ESCOLHIDAS porque a energia – que já não é mais a mesma – deve ser canalizada para as coisas que realmente importam a cada um, e não ao coletivo.

A natureza das pessoas e das coisas que se distinguem pela inclinação de temperamento, antes que para a utilidade, começam a se estabelecer.

Alguns gostam disso, outros gostam daquilo, e quem gosta disso NÃO quer mais fazer aquilo, já que, na maior parte do tempo, as atividades da vida adulta terão que ser cumpridas COM ou SEM o nosso querer.

Já não há mais um estoque tão grande de disposição para a demanda do outro, a menos que elas sejam absolutamente necessárias. É o período em que o final de semana demora a chegar, e QUANDO CHEGA, PASSA, e é preciso aproveita-lo com as cores mais bonitas da paleta do nosso arco-íris.

A juventude vive intensamente todos as horas, de segunda a sexta, até as últimas badaladas do domingo, mas não interpreta o final de semana com individualidade, porque vive gostosamente qualquer situação, com o estoque máximo de energia, e a disposição de ser feliz, com o que der e vier pela frente.

Mas um dia, chega o segundo estágio, e a pessoa já não tão jovem, precisa criar mecanismos que lhe garantam um pouco de felicidade nas horas de folga.

Nessa fase que se instala após os 40, um pouco mais, um pouco menos, adquirir filosofia, como quem compra remédio na farmácia, parece ser um caminho natural.

A FILOSOFIA NÃO É GARANTIA DE FELICIDADE, MAS É UM MANUAL QUE CADA PESSOA CRIA PARA SI A FIM DE NORTEAR AS SUAS ESCOLHAS E APAZIGUAR OS SEUS CONFLITOS.

A filosofia FEZ e FAZ muitas pessoas se salvarem da decadência da alma, não permitindo que a resistência diminua, que a busca se encerre, ou que a esperança se acabe.

Pablo Casals, foi um músico catalão, que também buscou na filosofia uma interpretação menos óbvia para o conceito de juventude: “Enquanto você conseguir admirar e amar, será jovem para sempre.”

Eis aqui um conceito filosófico que ele criou e compartilhou com a humanidade. É composto por dois pilares: a admiração e o amor. A admiração é prerrogativa da infância – que ainda se conserva na juventude. A criança admira a flor e a teia de aranha com a mesma intensidade.

O mundo se apresenta novo a cada amanhecer e todos os sons, todos os cheiros, todas as cores, e tudo o que os sentidos conseguem substantificar são objeto da sua admiração. Uma criança admirada é uma criança normal.

Um jovem admirado também é um jovem normal, embora na juventude ele gaste mais tempo se auto-admirando, ou dirigindo a sua admiração para as coisas que gostaria de adquirir. O amor parece ser uma prerrogativa mais adequada à juventude.

Eu diria que é mais fácil amar na juventude do que na infância, por conta do egoísmo natural da criança que disputa sempre o mesmo brinquedo. O jovem “normal” normalmente pratica o amor. Ele quer e deseja um mundo melhor e para isso, se inspira em seus heróis e em seus modelos, para ser chamado de “cara legal.”

Pablo Casals recorre às raízes da infância, e aos anos dourados, para definir as âncoras que o manteriam jovem para sempre. Eu diria que ele está certo, mas não totalmente.

Ninguém está totalmente certo nessa tarefa impossível: estabelecer uma ação, reação, pensamento, ou disposição que o mantenha jovem para sempre. Se fosse possível faze-lo e acertar na mosca, não seria uma teoria, seria a fonte da juventude.

Como de filósofo e de louco todo mundo tem um pouco, eu também tenho a minha filosofia:
– enquanto você conseguir manter a sua independência física, mental e financeira, envolvendo aspectos como trabalho, domínio do corpo, da mente, e da conta bancária;
– enquanto você usufruir da sexualidade, fazendo dela uma fonte de prazer;
– enquanto cultiva ruma íntima comunhão com a Origem de toda sabedoria, será um velho feliz.

Se além disso, aliar a essa autonomia, a receita de Casals, que é a capacidade de se admirar e de amar, você será um velho feliz, admirado, amoroso e amorável.

E a juventude que se dane.
Quem precisa dela para viver?
Se você tem VIDA, não precisa ter anos.

Imagem de capa: Ruslan Guzov/shutterstock

A sedução dos silenciosos

A sedução dos silenciosos

Sabe aquela pessoa mais introvertida? Aquela que fica mais na dela, no seu cantinho… fala menos que os demais, mas de repente, solta uma pérola ou um comentário super certeiro e ponderado no meio da confusão dos tagarelas? Pois é… Essa pessoa não é assim por acaso; este é um traço de personalidade que tanto pode ser um empecilho, quanto uma arma poderosa na arte de conviver.

A vida de todos nós, entretanto, pede alguns recolhimentos. Há momentos e situações em que o nosso silêncio e a quietude dos lábios – ou dos dedos, em se tratando de exposição nas redes sociais -, é um tesouro dos mais valiosos.

Grandes planos ou avanços eminentes em nossas trajetórias merecem ser saboreadas na intimidade com aqueles que privam da nossa mais dedicada amizade. Há fortes indícios de que propagandas exageradas de nossa felicidade ou vida próspera, trazem para perto de nós sentimentos danosos de inveja e desvalia.

Um pouco de preservação pode nos poupar de muitos mal-entendidos e, também, de gente demais tendo aquilo que nos diz respeito como pauta principal de conversinhas à toa em festas ou encontros por aí.

Além do mais, há um charme especial nas pessoas menos exibidas. Há uma aura de sabedoria naqueles que são capazes de ouvir, em detrimento de viver com respostas prontas a qualquer tipo de indagação ou assunto.

Aliás… saber ouvir é de uma elegância intelectual indiscutível. Sem falar que é uma raridade hoje em dia.

Todos parecem sentir-se como que dotados de uma rede de conhecimentos gerais, em virtude da facilidade com que se chega aos mais variados temas e assuntos, a um simples toque dos dedos numa tela de smartphone.

O fato é que de nada adianta ter acesso a tantas informações se não tivermos discernimento para avaliar a procedência daquilo que nos chega ao conhecimento, antes de passar adiante. Em verdade, o que mais se vê por aí é gente vomitando certezas, baseados em recortes do que é capaz de interpretar acerca do mundo e de suas intrincadas relações.

Os silenciosos, saem ganhando numa hora dessas. Porque uma boa reflexão, longe dos ruídos externos, faz com que nossos neurônios sejam capazes de realizar conexões interessantíssimas. Silenciar-se em alguns momentos, propicia à mente a oportunidade de sorver as informações, questioná-las, buscar referências para validá-las ou refutá-las.

Esses indivíduos mais quietos, têm mais chance de estabelecer em seu pensamento uma linha de raciocínio mais encadeada e coerente, do que aqueles muito impulsivos que acabam sempre reagindo impensadamente a todos os estímulos, correndo o risco de dizer enormes bobagens só pela necessidade urgente de ter algo a dizer.

Isso não quer dizer que toda pessoa calada é brilhante e que toda pessoa extrovertida é superficial. O lance nesse caso é a tal cobiçada busca pelo equilíbrio. Devemos entremear nossa vida com momentos intensos e alegres, durante os quais possamos cultivar a doçura de uma vida mais colorida e ruidosa. Mas o silêncio… Ahhhhh… é no silêncio que as maiores revoluções internas nascem e têm mais chance de prosperar lá fora de nós!

Imagem de capa meramente ilustrativa: “O fabuloso destino de Amélie Polain”

Eu não entendo como alguém pode falar de amor e ódio no mesmo coração

Eu não entendo como alguém pode falar de amor e ódio no mesmo coração

Eu não entendo. Não me desce essa gente que trata o amor e o ódio como se fossem dois lados da mesma moeda. Como se numa espécie de crise existencial – mais parecida com uma desculpa qualquer, alguém possa considerar o amor justificativa para o ódio e vice-versa.

Eu não entendo como alguém pode falar que ama os próprios filhos, mas que rapidamente se pronuncia sobre o desejo de punir com a morte os filhos de um outro alguém. Ou dessa gente que é capaz de amar da forma mais bonita um cônjuge, mas que prioriza o desejo de apagar da existência quem as decepciona ou trai.

Eu não entendo como uma parte da sociedade consegue sentir empatia pelo sofrimento daqueles atingidos por uma catástrofe qualquer e, simultaneamente, não esboçar afeto algum pelas milhares de pessoas que são brutalmente excluídas, unicamente por serem donas dos próprios destinos e cientes das escolhas afetivas ou religiosas que seguiram.

Eu não entendo o racismo. Não entendo como alguém pode querer liberdade, direitos iguais e um lugar ao sol quando tantos sofrem, descaradamente, pela cor da pele. Eu não entendo o amor dessas pessoas que dizem amar, mas que continuam propagando o ódio com vestimentas de justiça. Ou como muitos que brigam e defendem até última instância, tipos de privilégios sobrepostos aos semelhantes.

Eu não entendo como alguém pode vociferar tanto desgosto e desvios de humanidade. Porque fazer parte da humanidade não é argumento para complexos e interferências tão disformes e ríspidas.

Eu não entendo como alguém pode falar de amor e ódio no mesmo dia, semana e mês. Como alguém pode falar de paz e violência no mesmo discurso. E, para piorar, também não entendo como alguém pode falar em chegar e partir, tudo assim no mesmo coração.

O ódio transborda enquanto o amor encolhe. Eu não entendo essa gente.

Imagem de capa: O Circo (1928) – Dir. Charles Chaplin

Às vezes, é mais fácil dizermos que estamos bem do que tentar explicar todas as razões de nossa tristeza

Às vezes, é mais fácil dizermos que estamos bem do que tentar explicar todas as razões de nossa tristeza

Falta empatia, falta solidariedade, falta amor nessa penca de corações vazios. Falta enxergar a si próprio, falta parar de culpar o mundo, falta fugir do papel de vítima. E assim é que a gente se fecha, por medo de pedir ajuda e ser empurrado ainda mais para baixo.

A cada novo dia, novas surpresas, algumas boas, outras decepcionantes. Seremos, muitas vezes, acometidos de uma angústia que nos entristece, pesando nossos passos e martirizando os nossos corações. Nem sempre saberemos direito o que, de fato, está nos angustiando, porque há épocas, na vida da gente, em que se acumulam tristezas, uma atrás da outra.

Parece que vivemos em uma gangorra, tamanha é a variedade de emoções que nos preenchem, tudo ao mesmo tempo, como se estivéssemos sob testes da vida vinte e quatro horas por dia. Perdemos pessoas, perdemos emprego, perdemos a confiança, perdemos o sono. Até mesmo perdemos a esperança, quando nada mais parece capaz de nos animar. Quando nada à nossa frente parece iluminar. Quando tudo dói aqui dentro de nós.

Quantas vezes estamos felizes e realizados e, de repente, alguma coisa vem feito um furacão, retirando-nos o chão, levando para longe o que tanto era nosso? Quantas vezes a vida vira de cabeça para baixo, num piscar de olhos, fazendo-nos desacreditar de tudo e de todos? E então a gente sofre calado, sozinho, cabeça fervendo, lutando para não ficar preso à cama, sem nada mais por perto capaz de trazer um pingo de esperança. O sofrimento é nosso, ninguém irá sofrer em nosso lugar.

O pior de tudo é que, a cada dia, perdemos mais e mais a confiança nas pessoas, haja vista a falsidade que nos ronda por aí, através de gente que quer ferrar o outro, sem razão aparente. Gente que inveja o que o outro tem, o que o outro é, mas não move uma palha para melhorar a si mesmo. Mais fácil, na lógica doentia deles, destruir o outro do que tentar alcançá-lo. Falta empatia, falta solidariedade, falta amor nessa penca de corações vazios. Falta enxergar a si próprio, falta parar de culpar o mundo, falta fugir do papel de vítima. E assim é que a gente se fecha, por medo de pedir ajuda e ser empurrado ainda mais para baixo.

Ainda que o medo da maldade alheia nos deixe desesperançosos, mesmo que as pessoas passem por nós apressadas, parecendo nem nos enxergar, embora possamos confiar em quase ninguém, muitas vezes precisaremos nos abrir, dividir com alguém o que nos entristece e mina nossas esperanças, ou nossa alma ficará cada vez mais frágil e alquebrada. Sim, se olharmos com esperança, haverá alguém pronto para nos estender a mão e nos trazer aos poucos aos caminhos serenos desta vida. E é assim que a gente volta.

Imagem de capa: Max4e Photo/shutterstock

Escuta, nem todo silêncio é falta do que dizer

Escuta, nem todo silêncio é falta do que dizer

Assim como nem todo discurso é importante, nem toda música emociona, nem toda buzina abre o caminho, nem todo grito é ouvido.

Nem todo silêncio é falta do que dizer. O silêncio é comunicação poderosa. Intriga quem aguarda a mensagem explícita, assusta quem não sabe interpretar, alivia quem não tinha intenção de dar retorno.

Meu silêncio não é estupidez, não é dúvida nem temor. Meu silêncio, na maioria da vezes, é cansaço, exaustão. É uma nítida sensação de que as palavras não alcançaram a intenção, e, no contexto, foram condenadas a repetirem-se eternamente, sem trazer mais nenhum sentido.

Meu silêncio é protesto. Contra as conversas vazias, contra as fofocas doentias, as críticas maliciosas, as conclusões passionais.
Meu silêncio é recusa. Recusa a repetir os assuntos do momento, as discussões de ódios e paixões políticas, os ataques e defesas individuais. Recusa também a compartilhar as notícias infelizes, as tragédias vizinhas, a insanidade em que o mundo mergulhou.

Meu silêncio é grito! Grito de rompimento com o que não me cabe mais. Grito de liberdade com o que não interessa mais. Grito de alívio com o ponto final de uma discussão.

Escuta o que cada silêncio quer dizer. O seu silêncio, o silêncio que chega até você. Se antes o barulho resolvia, e agora não resolve mais, faz silêncio.

Faz silêncio ainda que a insistência seja incansável. A razão não costuma acompanhar quem rompe o silêncio somente por provocação. Quem aparece, quase sempre, é o arrependimento.

Escuta o que o silêncio do outro quer te dizer. Pode até não ser o esperado, mas dito, poderia ser pior.

Escuta a resposta da vida que os silêncios trazem. No meio de várias negativas aos nossos pedidos e esperanças, estão misturados os aceites, as desculpas, os convites e inspirações que só se ouve quando tudo está em silêncio.

Uma pessoa pode sair com outra mesmo amando o seu companheiro, o problema é o que vai sobrar depois…

Uma pessoa pode sair com outra mesmo amando o seu companheiro, o problema é o que vai sobrar depois…

Sim, somos humanos. Temos desejos, vontades, carências, excitações. Podemos, eventualmente, nos sentir atraídos por uma pessoa de fora do nosso relacionamento. O mundo está aí, cheio de possibilidades e tentações. É possível dar uma “escapadinha” e continuar amando profundamente o seu namorado/marido. O problema é o que vai sobrar da relação depois desse acontecimento.

Trair implica desrespeitar. Ser desleal. Magoar. Quebrar um elo. Assumir o risco do fim.

Por mais que na hora da empolgação todas as possíveis drásticas consequências da traição percam um pouco a amplitude, é preciso ter consciência de tudo o que está se colocando a perder. Talvez anos de cumplicidade, de companheirismo, de compartilhamento de experiências e crescimento. Possivelmente muitos sonhos vividos, vários realizados, outros em vias de concretização. Um projeto de vida, um lar, uma família, filhos felizes, uma segurança reconfortante.

Para quem dá a “escapadinha”, a coisa pode parecer superficial, sem importância, afinal, no seu íntimo, nada mudou, o amor pelo companheiro continua intacto. Para o outro, porém, a traição do amado pode gerar uma dor incomensurável, a quebra do elo mais importante da sua vida, a perda do significado de tudo o que já foi vivido, uma sensação de ter sido iludido o tempo inteiro, do relacionamento nunca ter sido verdadeiro.

É claro que talvez nenhum dos extremos seja coerente, mas é indiscutível que “um cristal rachado nunca volta a ser o mesmo”. Na melhor das hipóteses, após a descoberta de uma traição, a relação irá continuar, mas o fantasma do desrespeito, da dor e da incerteza possivelmente dará as caras, volta e meia. E a angústia pela possível “reincidência” é provável que também apareça.

Para que todo esse drama não se torne real, é interessante que o casal, não importa há quanto tempo esteja junto, mantenha sempre um clima de FLERTE, de necessidade da CONQUISTA.

Aquela sensação gostosa de querer seduzir. Aquele gostinho de estar sendo desejado. Aquela urgência, vez ou outra, do encontro dos corpos. Aquela incerteza quanto à estabilidade, quanto ao futuro. Aquela vontade de descobrir o outro, de desvendar o mistério que é a sua existência. Um eventual sentimento de novidade, em algum aspecto.

Claro, tudo isso dá trabalho. Exige dedicação, planejamento, atitudes efetivas. Nada de comodismo. Nada de “felizes para sempre e fim”.

É aprender a lidar de modo positivo com as incertezas da vida e, consequentemente, dos relacionamentos. É não deixar esfriar muito em nenhum aspecto. É aceitar ter que estar em constante movimento. E saber com isso numa boa, sem neuras, de forma que venha a beneficiar o casal, não a afligir.

E podemos ter certeza que isso dá bem menos trabalho do que tentar remendar o cristal – ou o coração – partido.

Imagem de capa: Stokkete/shutterstock

Melhor levar a vida cantando do que xingando

Melhor levar a vida cantando do que xingando

A vida sempre apresenta impasses. Direita ou esquerda, confiar ou desconfiar, esperar ou mandar passear…

Muita, mas muita coisa nos irrita. Esperar por decisões alheias é uma delas. Aceitar decisões alheias, das quais não concordamos, outra. Conviver com decisões alheias que nos afetam diretamente, nossa!

Mas o novelo precisa ser desenrolado. A vida segue, e como sempre, com pressa. Nessa hora, a escolha é nossa: De que forma resolver a vida? Eu, particularmente, vejo mais vantagem em resolver a vida cantando do que xingando.

O jogo sempre será de “ganha e perde”, e a gente precisa ser flexível. Tentar resolver tudo no grito, não dá. Na manha, não funciona. No choro, menos ainda. O que já deu certo uma vez ou outra, não dará certo para sempre, isso é fato.

Como faz, então? A expectativa era uma, a realidade veio e bagunçou tudo. A vida acontece em dominó e a gente não resolve nada sozinho. Não adiantar chegar de voadora na porta. É hora de chamar a inteligência e bolar uma boa estratégia para resolver a vida.

Separar o que é possível resolver; conformar-se com o que ainda não dá nem para mexer; Apressar-se no que já é projeto para realizar. E fazer tudo isso, na boa disposição, contornando sempre as dificuldades, pedindo ajuda, se preciso, mudando a rota, quando necessário.

Para lidar com gênios difíceis, muita educação e firmeza. Se, na hora de um embate, a gente cisma de evocar o nosso pavio curto também, a explosão é certa, e o resultado, todo mundo com a cara queimada.

Se o que atravanca é falta de atitude, é sempre bom dar uma revisada no traçado. Se estivermos parados por muito tempo no mesmo lugar, a vida não está funcionando. Melhor dar a partida de novo, e seguir, ainda que em outra direção e deixando coisas para trás.

É para frente que se anda, sempre. E o tempo não perdoa, empurra. Melhor então, sempre, levar a vida cantando, do que xingando.

Imagem de capa: Africa Studio/shutterstock

Se você esperar até se sentir pronto, vai esperar pelo resto da vida

Se você esperar até se sentir pronto, vai esperar pelo resto da vida

A vida não espera a gente ficar pronto para nada, parece que ela nunca tem tempo, o nosso tempo. Tudo é imprevisível, nada é seguro, e a todo instante nos deparamos com o que não queríamos, não gostaríamos, jamais esperávamos.

Nós nos preparamos todos os dias para o amanhã, estudando, planejando, economizando, na esperança de que o futuro sempre seja melhor do que o hoje. Vamos, assim, nutrindo sonhos de desfrutar o que desejamos no momento certo, quando estivermos preparados para aproveitar o que queremos, junto a quem amamos. É assim que conseguimos lutar e levantar a cada manhã.

Juntamos dinheiro para a tão sonhada viagem a Paris. Economizamos, trocando os shoppings pelas lojas de construção, lutando por cada tijolo da casa que abrigará o nosso lar. Investimos o que podemos e não podemos em nossos filhos, dispondo-lhes inúmeras chances de vencerem na vida. Estudamos, fazemos cursos e mais cursos, sonhando com uma promoção no emprego, ou mesmo com uma proposta que nos eleve ao topo da cadeia empregatícia.

E a gente quer, sobretudo, amar e ser amado, encontrar aquele amor à primeira, segunda e infinitas vistas, aninhando nosso coração junto a sentimentos recíprocos e inteiros. A gente quer ser valorizado por tudo o que temos e podemos oferecer, quer ser admirado e reconhecido pelos pais, pelos amigos, pelo patrão. A gente quer ser um bom exemplo para os filhos, vivendo uma vida correta, para sermos espelhos de tudo o que é bom e faz bem. A gente deseja ser feliz, acima de tudo, junto de quem nos torna melhores.

Mas a vida não espera estarmos prontos para nada, ela parece que nunca tem tempo, o nosso tempo. Tudo é imprevisível, nada é seguro, e a todo instante nos deparamos com o que não queríamos, não gostaríamos, jamais esperávamos. Porque sempre teremos a impressão de que não ainda estamos preparados para atravessar as provas que se nos impõem inadvertidamente, dia sim e no outro de novo. Nunca estaremos seguramente prontos, principalmente para sofrer os reveses, que não serão poucos.

É bom nos precavermos, planejarmos, economizarmos, para que possamos atravessar ventanias com maior segurança e viver uma velhice ao menos tranquila, porém, caso essa tentativa de controle for excessiva, acabaremos nos decepcionando amargamente. Porque, como se disse, nada nesta vida é uma certeza e apenas a segurança do amor verdadeiro é que nos sustentará durante as noites frias que virão. O amor verdadeiro, sim, é a certeza da vida. Nem mais.

O que chamam de “amor livre” pode ser um machismo disfarçado

O que chamam de “amor livre” pode ser um machismo disfarçado

Dizem por aí que amor livre é quebrar os moralismos, ser dona de si, não se prender a nada e a ninguém. Mas eu acho que nisso tudo há alguns poréns.

Se por um lado tantas crenças do passado faziam a mulher ter o corpo fechado, nessa nossa liberdade anunciada de agora, em que a gente se abre totalmente, não se cuidar, se proteger, se conhecer e se amar, torna esse outro extremo da realidade tão ruim quanto antes.

Pode ser que viver o amor livre seja uma forma mais moderna de exercitar o machismo e tornar o corpo da mulher ainda mais território público, já pensou nisso?

Por mais que a gente saiba o que quer, do que gosta. Por mais que a gente veja e tenha consciência. Para se cuidar, se respeitar e realmente ser livre, é preciso uma observação profunda, é preciso encarar medos e quebrar mitos. É preciso primeiro viver por dentro a mudança e depois estar (diferente) no mundo.

Não adianta sair de nariz empinado, mostrar segurança nos passos, soltar o corpo e a mente, se no dia seguinte a gente chora sozinha, a gente espera a mensagem que não chega, a gente quer um carinho, a gente se torna possessiva, competitiva, insegura…

E eu não estou defendendo a síndrome de princesa e muito menos querendo voltar no tempo! Eu acho que a gente tem que ser o que bem queira: rainha, gatinha, tigresa…

Mas desde que a gente se conheça. Porque me parece que ainda hoje, entre tantas mulheres que se dizem evoluídas, soltas e livres, a briga é competitiva e é pela conquista do troféu fálico.

E, na minha opinião, deveria ser bem o contrário. Se fosse liberdade mesmo isso que a gente vive, as pessoas estariam sorrindo, se amando, se curtindo, se respeitando mais do que se machucando.

As mulheres podem ter conquistado muita coisa, mas a gente ainda busca ser amada, respeitada e livre. Ainda é tão forte essa luta.

Tanto faz se poderosa ou fracassada, sozinha ou acompanhada. Ao invés da gente alimentar nossas carências, nos abrindo para qualquer mané ou cara e não receber nem um terço do que a gente precisava, é melhor encarar a empreitada de curtir a nós mesmas acima de tudo e valorizar o nosso profundo.

Que a gente perceba que liberdade mesmo é despir-se de corpo e alma, e que se for só pela metade não vale a pena, não vale a noitada, não toca a nossa verdade e o voo se torna raso, é uma prisão disfarçada…

Então, que só entre na gente (na alma, no corpo, no espírito) o que fizer sentido, o amor que nutre, a liberdade que alivia.

Imagem de capa: Satyrenko/shutterstock

O amor é matéria-prima da saudade

O amor é matéria-prima da saudade

O amor é icônico. É percorrer diversas estradas para encontrar aquela sensação de paz. É ser destinado pela sorte de um encontro que não enfraquece com o tempo e que não sobrepõe a vontade sincera de estar junto. O amor é saltar com os olhos fechados rumo ao desconhecido e não se deixar sentir qualquer peso por isso.

O amor é matéria-prima da saudade. Daquela ausente de pressa e cobrança de ser. Dúvidas podem existir, mas nada que impeça o amor de repousar, compartilhar e vivenciar todo o seu imenso desejo de ficar. Porque ele não precisa sobreviver em arestas. Para o amor, o que cabe é o atrevimento. A coragem de quem está entregue e sem medo de arriscar.

O amor navega, em corpos e disposições, todo o seu consentimento. Ele precisa ser permitido para que aconteça. É da recepção que ele obtém a origem da síntese de sua forma. Não há disparidades no amor. A fonte na qual o amar bebe, transborda inúmeras possibilidades de recolhimento. Mas esse recolher não desobedece o mútuo, onde cada fragmento é direcionado para pontos isolados. O amor é, naturalmente, um sentimento de expansão. Intravenoso, incorruptível e imaculado.

Ninguém pode ou merece viver sem amor. Sem o seu calor particular e ao mesmo tempo coletivo. O amor é de domínio público e nunca deixará de sê-lo. Os seus direitos estão espalhados em cada fala e gesto expulso. Porque o amor é expulsar os melhores movimentos do coração. De modo que, sob os holofotes da ternura e compreensão, possa ser pleno, livre e vivo.

Infinito, o amor é respirar através do tempo. É não oferecer esconderijo, mas moradia. É deixar janelas e portas abertas para que ele entre, mude as coisas de lugar e faça valer o quanto o inesquecível significa. O amor tem gosto, cheiro e memória.

Quando bate aquela saudade, não tem jeito, só pode ser amor.

Imagem de capa: O Grande Gatsby (1974) – Dir. Jack Clayton

Bobos como bebês!

Bobos como bebês!

Já dizia Osho: precisamos ser bobos como bebês!

Renascer para a vida a todo o momento, como se tivéssemos recém chegado a esse mundo. Morrer para o passado, o tempo todo. Soltando tudo o que não faz bem.

Bebês confiam cegamente, não guardam rancores, não se corrompem. Se alguém lhes engana ou lhes faz algum mal, eles deixam passar, não entram na onda. Assim, permanecem em harmonia com tudo o que os cerca.

Permeados de inocência, paz e confiança. Eles se entregam à vida, não tem medo do desconhecido. Ao contrário, querem aventura. Querem explorar, querem descobrir, querem se encantar com a existência.

Eles têm fé de que tudo dará certo, nada diferente disso lhes ocorre. E, conscientes da sua totalidade, desabrocham para a vida.

Precisamos, pois, resgatar nossa pureza e a consciência da nossa criança interior. Precisamos celebrar, o tempo inteiro, das mais diversas formas, todas as coisas.

Precisamos nos jogar, nos arriscar, despertar…Tal como os bebês!

Estamos nesse mundo a passeio, nossa estadia aqui é curta, não há porque nos contermos tanto! Sejamos bobos, então, para tudo o que necessário for…

Imagem de capa:  shutterstock/ Versta

 

Antes de um abdome definido, tenha os sentimentos definidos

Antes de um abdome definido, tenha os sentimentos definidos

Saber o que, aqui dentro, alimenta as batidas de nosso coração tornará o mundo lá de fora mais belo e rico, ainda que tenhamos pouco. Porque, então, este pouco bastará, porque será tudo de que precisamos.

Já se tornou cansativo ouvirmos que a felicidade não está lá fora e sim dentro de nós. Mesmo assim, ainda tem muita gente buscando a felicidade no que pode comprar, nas pessoas que conquista, no conforto do qual desfruta, sem êxito, sentindo um vazio dentro de si, a despeito de toda materialidade que possui ao seu dispor.

Cada vez mais afastados de si mesmos, daquilo que alimenta a sua essência, muitos indivíduos tão somente visam ao físico perfeito, ao cartão de crédito platinado, ao salário de vários dígitos, não parando, nem por um momento, para escutar as batidas do próprio coração. Não se conhecem e, consequentemente, jamais serão capazes de poder decifrar as carências que povoam o seu íntimo.

Existe uma grande discrepância entre aquilo que as convenções sociais ditam como necessidades urgentes e aquilo que é realmente necessário ao nosso bem estar afetivo. A mídia exalta o que gera lucro, entretanto, os sentimentos não são rentáveis; daí serem ignorados pelo sistema. Infelizmente, riqueza alguma será capaz de preencher os recantos afetivos de nossa alma, a não ser sentimentos verdadeiros, amor com verdade e reciprocidade.

Cuidar da saúde física é necessário, pois, sem saúde, nenhum sentimento ficará em ordem. Conforto material é gostoso, porque todo mundo gosta do que é bom e bonito. Uma carreira de sucesso pode ser almejada, porque nossa realização pessoal em muito nos ajuda a organizar as coisas aqui dentro. Entretanto, focarmos todos os nossos esforços nesse sentido, descuidando-nos das interações humanas, muito provavelmente nos levará a uma riqueza solitária. E isso não é ser feliz, não.

Você pode passar horas na academia. Você pode gastar horrores no shopping. Você pode ambicionar um alto cargo numa empresa de ponta. Somente não se esqueça de si mesmo nesse percurso, tampouco daqueles que sempre estiveram ao seu lado, torcendo pelo seu sucesso. Saber o que, aqui dentro, alimenta as batidas de nosso coração tornará o mundo lá de fora mais belo e rico, ainda que tenhamos pouco. Porque, então, este pouco bastará, porque será tudo de que precisamos.

Imagem de capa: nd3000/shutterstock

O que tomo para ser mais feliz? Tomo distância!

O que tomo para ser mais feliz? Tomo distância!

Podemos nos encher de remédios, de terapias, ler livros e mais livros de autoajuda, ouvir palestras, porém, ainda que nos dispusermos a manter a serenidade diariamente, caso não nos resguardemos de pessoas tóxicas, não conseguiremos ser felizes como desejamos.

Ninguém consegue viver isolado, tal qual uma ilha, simplesmente porque precisamos dos encontros dessa vida, para nos tornarmos melhores e mais felizes. Infelizmente, também iremos encontrar muita gente que nada acrescenta, pelo contrário, somente suga, mente, diminui e aborrece. Não tem como evitarmos as decepções, embora possamos nos afastar delas – e isso faz toda a diferença.

Existem situações que não poderemos evitar, pois alguns acontecimentos – muitos, aliás – serão imprevisíveis e teremos que enfrentá-los para podermos prosseguir vivos. Não há como evitar a morte, acidentes, problemas de saúde, entre outros, assim como teremos, muitas vezes, que conviver, num mesmo ambiente, com pessoas que nos desagradam. Mas sempre nos sobrarão muitas horas para vivermos ao lado de quem merece.

Não conseguiremos gostar de todo mundo, tampouco ser amados por todos, ou seja, selecionarmos o que e quem ficarão junto a nós será prudente, para que o tempo que temos para nós não seja perdido com o que não vale a pena ou com quem traz escuridão aonde vier. Nossa qualidade de vida em muito dependerá do tipo de companhia que trouxermos para nossa vida, pois não dá para ter saúde e sanidade perto de gente maldosa.

Em alguns casos, valerá a pena tentarmos ajudar algumas pessoas, aconselhando-as, entendendo que muitos passam por momentos difíceis e, por se encontrarem desgostosos e desesperançosos, não têm condições de agir com equilíbrio e ponderação. Às vezes, precisam de um simples acolhimento, para que possam sair de suas escuridões e mudar o comportamento. Entretanto, algumas pessoas se negarão a receber ajuda, por mais que se tente; recusam-se a mudar. O melhor, então, será o afastamento cordial.

Podemos nos encher de remédios, de terapias, ler livros e mais livros de autoajuda, ouvir palestras, porém, ainda que nos dispusermos a manter a serenidade diariamente, caso não nos resguardemos de pessoas tóxicas, não conseguiremos ser felizes como desejamos. O que está lá fora influencia, sim, o nosso íntimo. Tomemos mais água e mais distância de quem em nada ajuda, tampouco se ajuda. É assim que as cores nascem dentro de nós.

Imagem de capa: shutterstock/oneinchpunch

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