12 filmes para quem não tem medo de crescer emocionalmente

12 filmes para quem não tem medo de crescer emocionalmente

Não há volta para algumas informações e vivências que adquirimos. O sentir e a empatia proporcionadas por esses filmes certamente influenciarão quem os assiste.

Uma lista para quem não tem medo de sentir…e evoluir.

Bons filmes!

Josie Conti

1- A vida secreta das abelhas

Carolina do Sul, 1964. Lily Owens (Dakota Fanning) é uma garota de 14 anos atormentada pelas poucas lembranças que tem da mãe falecida em um trágico acidente causado por ela. Decidida a fugir da solidão e do relacionamento complicado com o pai, T. Ray (Paul Bettany), Lily foge de casa com sua empregada Rosaleen (Jennifer Hudson) e segue a única pista que pode levar ao passado de sua mãe numa pequena cidade do interior. Lá ela conhece August (Queen Latifah), a mais velha das irmãs Boatwright, dona de um tradicional apiário da cidade e que também conhece alguns segredos do passado de sua mãe.

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2- Little Boy

O’Hare, Califórnia. O pequeno Pepper (Jakob Salvati) tem uma forte ligação com o pai, James Busbee (Michael Rapaport), com quem vive aventuras fantasiosas. Quando seu irmão London (David Henrie) é convocado para lutar na Segunda Guerra Mundial, James se oferece para ir no lugar dele. A situação deixa Pepper desolado, sendo que ele ainda precisa lidar com as constantes provocações dos demais garotos por ser pequeno demais – daí o apelido jocoso Little Boy. Disposto a trazer o pai de volta da guerra, Pepper resolve seguir uma lista de boas ações entregue pelo padre Oliver (Tom Wilkinson).
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3- Histórias Cruzadas

Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.

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4- A lista de Schindler

A inusitada história de Oskar Schindler (Liam Neeson), um sujeito oportunista, sedutor, “armador”, simpático, comerciante no mercado negro, mas, acima de tudo, um homem que se relacionava muito bem com o regime nazista, tanto que era membro do próprio Partido Nazista (o que não o impediu de ser preso algumas vezes, mas sempre o libertavam rapidamente, em razão dos seus contatos). No entanto, apesar dos seus defeitos, ele amava o ser humano e assim fez o impossível, a ponto de perder a sua fortuna mas conseguir salvar mais de mil judeus dos campos de concentração.
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5- Na natureza Selvagem

Início da década de 90. Christopher McCandless (Emile Hirsch) é um jovem recém-formado, que decide viajar sem rumo pelos Estados Unidos em busca da liberdade. Durante sua jornada pela Dakota do Sul, Arizona e Califórnia ele conhece pessoas que mudam sua vida, assim como sua presença também modifica as delas. Até que, após dois anos na estrada, Christopher decide fazer a maior das viagens e partir rumo ao Alasca.

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6- O Farol das Orcas

Baseado em fatos reais o roteiro de “Farol das Orcas” fala de um biólogo marinho, Beto Bubas, que vive na Patagônia argentina, mais propriamente na península de Valdes, a estudar baleias orcas. Em um determinado dia Beto encontra na porta de sua casa uma mãe espanhola com seu filho pequeno, Tristan, um menino autista, que ao ver um documentário de Beto na Tv esboçou reações nunca antes esboçadas. A mãe do garoto viajou o mundo para encontrar o biólogo a fim de ajudar o filho a se comunicar através do contato com as orcas. Toda a história é verídica. Beto existe e realmente encontrou uma mãe corajosa e seu filho autista, Agustín. A história tocou tão profundamente Roberto (Beto) que o inspirou a escrever o livro “Agustín Corazon Abierto”. Filme lindo, lindo, lindo! Disponível na Netflix.

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7- Até o último homem

Durante a Segunda Guerra Mundial, o médico do exército Desmond T. Doss (Abdrew Garfield) se recusa a pegar em uma arma e matar pessoas, porém, durante a Batalha de Okinawa ele trabalha na ala médica e salva mais de 75 homens, sendo condecorado. O que faz de Doss o primeiro Opositor Consciente da história norte-americana a receber a Medalha de Honra do Congresso.

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8- A voz do coração

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Pierre Morhange (Jacques Perrin) é um famoso maestro que retorna à sua cidade-natal ao saber do falecimento de sua mãe. Lá ele encontra um diário mantido por seu antigo professor de música, ClémenteMathieu (Gérard Jugnot), através do qual passa a relembrar sua própria infância. Mais exatamente a década de 40, quando passou a participar de um coro organizado pelo professor, que terminou por revelar seus dotes musicais.

9- Philomena

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Irlanda, 1952. Philomena Lee (Judi Dench) é uma jovem que tem um filho recém-nascido quando é mandada para um convento. Sem poder levar a criança, ela o dá para adoção. A criança é adotada por um casal americano e some no mundo. Após sair do convento, Philomena começa uma busca pelo seu filho, junto com a ajuda de Martin Sixsmith (Steve Coogan), um jornalista de temperamento forte. Ao viajar para os Estados Unidos, eles descobrem informações incríveis sobre a vida do filho de Philomena e criam um intenso laço de afetividade entre os dois.

10- A vida é bela

Durante a Segunda Guerra Mundial na Itália, o judeu Guido (Roberto Benigni) e seu filho Giosué são levados para um campo de concentração nazista. Afastado da mulher, ele tem que usar sua imaginação para fazer o menino acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam.

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11- O Aluno

“Um dos primeiros fatores a nos emocionar no filme é sabê-lo inspirado em fatos reais. O desejo de Maruge pela educação é algo que se sobrepõe a qualquer obstáculo que possa se apresentar e quem assite sua história fica tocado por sua perseverança. Além dos obstáculos políticos, vemos um vilarejo que questiona culturalmente sua presença na escola. A história nos deixa apreensivos a cada instante, mas nos inspira pela força e pela vida que apresenta. Marube brilha assim como brilham os olhos que veem o filme.” Josie Conti

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12- Lion: uma jornada para casa

Garoto de cinco anos se perde do irmão mais velho em uma estação de trem em Calcutá, na Índia, e passa a viver nas ruas do país até ser adotado por uma família australiana. Anos mais tarde, ele passa a ser atormentado por lembranças do passado e decide ir em busca de sua família biológica. A fase adulta do personagem é interpretada por Dev Patel, de Quem Quer Ser Um Milionário? (2008).

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Seleção pessoal da lista: Josie Conti, sinopses com informações de Adoro Cinema, Wikipedia e CONTI outra

Conversar de verdade é olhar nos olhos da pessoa na sua frente

Conversar de verdade é olhar nos olhos da pessoa na sua frente

Reparem, estamos cada vez mais distantes de nós e dos outros. As relações estão sendo resumidas em pequenos e esquecíveis instantes. Não prestamos atenção no que o outro tem a dizer. Imersos nas notificações dos celulares e nas temáticas de um mundo superficial, pouco olhamos. Pouco sentimos. Conversar de verdade é olhar nos olhos da pessoa na sua frente.

Não faz muito tempo, mas houve uma época em que a única forma de entrar em sintonia, de conhecer alguém de verdade, ocorria apenas conversando. As pessoas precisavam querer estar juntas para criarem laços. E essas uniões demandavam presenças físicas e emocionais. Éramos atenciosos com quem estávamos. Nesse passado recente, não tinha essa de mandar música, escrever textão e usar de memes para expressar desejos. Quem queria demonstrar, não tinha outra escolha que não fosse a ousadia. A coragem de olhar nos olhos e dizer, em gestos e sorrisos, o quanto foi importante dividir momentos com aquela pessoa.

Tínhamos mais ternura. Dava para saber se alguém nutria afeto ou indiferença só de olhar nos olhos de alguém. De certa forma éramos transparentes e empolgantes. Hoje, muitos se escondem por trás de uma tela, de uma mensagem. Nos encontros, percebam o quanto é comum o número de casais e grupos concentrados nas telas levadas em suas mãos. Isso quando não estão encantados por enquadramentos maiores e adornos exuberantes.

Tudo isso é preocupante. Somos uma geração de poucas entregas e muitas distrações. Conversar olhando nos olhos é gerar proximidade, acolhimento e leveza. É permitir-se conhecer alguém de verdade, mesmo que sem compromisso. E não importa o grau de relacionamento, olhar nos olhos de quem fala é sinal de respeito. Significa retorno para alguém que está ali, compartilhando ideias e sentimentos conosco.

Gosto desse pessoal atrevido que chega e mostra interesse e disponibilidade. Que olha nos olhos para ter uma conversa digna do meu tempo e envolvimento. Gente que não vê problema algum em dedicar alguns olhares para uma melhor resposta ao agora. Porque são nos olhos que o coração se baseia na hora de decidir quais emoções ele pretende depositar.

Então, vamos esquecer a timidez. Vamos deixar de lado o medo bobo de olhar nos olhos de alguém e, sem qualquer tipo de fingimento, realmente dedicarmos felizes parcelas de nós. Vamos, pois sei de todo esse brilho nos olhos que vocês possuem.

Imagem de capa: Roman Babakin, Shutterstock

PRECIOSA: Uma história de trauma e superação.

PRECIOSA: Uma história de trauma e superação.

Preciosa é um filme denso! Em que diversos momentos podemos sentir a sensação de falta de ar ou um golpe no estômago, pois conta a saga de uma adolescente de 16 anos que possui todas as marcas e amarras da exclusão social, por ser uma mulher, pobre, negra e gorda. É uma história de dor e resiliência em que a personagem supera não só uma vida de exclusão pela sociedade, bem como negligência e abuso sexual intrafamiliar. Estes são os ingredientes narrados no filme e, que gradualmente, são trabalhados por Preciosa, a personagem, em sua vida.

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Ficha técnica:

Filme: Precisosa   

Direção: Lee Daniels

Produção: EUA

Ano: 2010

A história se inicia com a adolescente já possuindo um filho, fruto do abuso sexual do próprio pai. Ela tem sérios problemas na escola, não tem boas notas, permanece isolada do grupo de alunos e sua mãe acredita que estudar é uma grande perda de tempo imposta pela sociedade dominante. Sua mãe prefere que ela fique em casa cuidando do filho, da casa e da própria mãe. É conivente com todas as práticas perversas e abusivas do marido em relação à filha. Neste cenário dramático, a jovem engravida do pai pela segunda vez e ao descobrirem que estava grávida do segundo filho, a diretora de sua escola a transfere para uma outra escola adaptada, que seria mais adequada a sua situação.

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Lá é recebida por uma professora, que será ao longo da trama, o suporte forte e seguro para que Preciosa possa superar os entraves de sua vida. Esta é uma verdadeira educadora que possibilita aos seus alunos não só o conhecimento formal necessário, mas também a possibilidade de seus alunos em Ser. Ela reconhece o Ser em cada um e deseja que eles se descubram a fim de realizarem seus projetos de vida. Logo no primeiro dia de aula pede aos alunos que se apresentem, falem seu nome, a cor que mais gostam e o que sabem fazer bem. Pode-se dizer que aqui, um primeiro fator de resiliência se apresenta, pois, este é um agrupamento de alunos caracterizados por não serem “competentes” o suficiente para frequentarem uma escola comum e assim, trazem grandes marcas de baixa autoestima. Nesse sentido, a professora não corrobora com o não saber, mas sim com as qualidades e os recursos internos de cada um. Ela estimula o que há de bom em cada um deles e isso lhes dá uma existência, um sentimento de pertencimento e empoderamento.

É a partir da frequência nessa escola que Preciosa passa a se reconhecer porque é percebida por alguém, pela professora e, mais tarde, pelas amigas de classe. Nota-se esse fato, pois até então, quando Preciosa se olhava no espelho, esta não enxergava a si própria, mas sim uma personagem que era sempre uma fantasia do que gostaria de ser, famosa e exuberante como as cantoras e atrizes de cinema. Só que agora, a partir do reflexo do espelho e sem subterfúgios, consegue realmente se olhar de fato como é.

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Interessante perceber que a personagem principal, por diversos momentos usa a fantasia como recurso de proteção à sua psique. Dois exemplos marcantes podem ser explicitados: quando, um dia, saindo da escola, um grupo de meninos adolescentes a abordam e a espancam e enquanto eles batem nela, Preciosa vai para o mundo de sua fantasia protegendo-se da dor física e psíquica; o mesmo acontecia quando seu pai a molestava. Nesse sentido, pode-se pensar que a fantasia para Preciosa contém o fator de resiliência, pois era nela que encontrava acalanto e cuidado (que ninguém dava), mas, ao mesmo tempo, mostra claramente que nestes momentos a personagem dissociava. Não como uma defesa patológica, mas uma defesa compensatória como instrumento necessário para aguentar a dor. Era necessário dissociar corpo e psique, pois essa dor era demasiada para o ego poder aguentar.

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Percebe-se também que Preciosa teve um grande trauma em seu desenvolvimento, era abusada sexualmente tanto pelo pai quanto pela mãe. A repetição dos eventos traumáticos provocados pelas figuras parentais causou tamanho dano que a jovem não sabia diferenciar amor de sexualidade e poder. Assim, ela esperava angustiadamente que seu pai se casasse com ela como prometera.

Como sair dessa situação toda? Uma história cheia de violência como essa não pode ser superada iniciando-se um trabalho terapêutico com enfoque direto na dor. Há de se começar pelos recursos para melhor estruturar o ego, assim como a professora o fez. Esta possibilitou que Preciosa enxergasse seu próprio valor, permitiu-lhe a validação de sua existência.

Quando lidamos com trauma precisamos cuidar, dar suporte e encontrar recursos para reestruturar o indivíduo. Após este trabalho pode-se acolher a dor e ajudar a pessoa a ressignificar sua vida. Todo cuidado deve ser tomado para que não haja um processo de retraumatização, ou seja, levar a pessoa a relembrar suas dores e ser novamente sugada pela mesma, sem estar preparada para tanto pode ser mais prejudicial do que terapêutico.

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Preciosa passa a ter um ritual de escrever num diário as coisas que passam com ela, e este foi outro recurso positivo para ela. Percebe-se que a escola, a professora, as amigas e esse ritual de escrita são um conjunto de fatores que abriram portas para que a personagem aprendesse a se enxergar, a se cuidar e conseguir olhar o outro. Sua consciência foi se ampliando e, a partir daí Preciosa passa ter mais crítica em relação ao que passou em sua vida e seus medos não a paralisam mais.

A partir das novas relações, Preciosa pode começar a se empoderar de seus recursos internos e retomar a capacidade amar. Amor e sexualidade estavam deturpados devido aos abusos e violência que tanto sofreu. Quando pôde começar a ressignificar suas relações, passou a ser capaz de cuidar-se melhor, de se gostar e assim de cuidar do outro. Com o nascimento do segundo filho, Preciosa pode se reconectar com uma nova forma de amor, sente que precisa protegê-lo e que a melhor pessoa para cuidar de seus filhos é ela mesma. Este processo começa com a professora da escola alternativa, com as amizades que faz ali onde pode ser alguém com um valor. Depois vemos o carinho com que o enfermeiro cuida de seu filho e dela mesma. Esta nova forma de relacionamento permite que Preciosa descubra o que é amar verdadeiramente, ser cuidada e cuidar. O olhar do outro com amorosidade ajuda Preciosa a se reconhecer como pessoa e se valorizar.

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Este processo de transformação que vemos no filme nos faz pensar o quanto o abuso pode deturpar a autoestima da pessoa e criar traumas e marcas profundas na psique e na alma de quem sofre com a violência.

Preciosa, além de todo sofrimento, ainda escondia de todos o abuso para garantir que a mãe recebesse o auxílio da assistente social.  Existia ali a manutenção de um grande segredo familiar que não podia ser revelado, o que é muito comum nestes casos. A mãe era conivente com os abusos e ainda parecia ter ciúmes de Preciosa, pela relação que esta tinha com seu pai.  A mãe sentia que sua filha tirou seu homem dela e a odiava por isso. Dizia que ela não valia nada e faz sua existência ser marcada por desprezo e pelos maus tratos. Nota-se aqui que a própria mãe da jovem tinha uma visão deturpada do amor, do cuidado e da sexualidade.

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A partir do momento que Preciosa se fortalece e ressignifica o amor pode se separar desta relação com a mãe. Ela começa não aceitar mais as agressões da mãe e sua forma bruta de cuidar. Descobre que cuidar é amar e que pode ter um novo jeito de se relacionar com seus filhos e com o mundo.

Preciosa é uma sobrevivente, sua capacidade de resiliência e muito forte! Supera tudo e a todos e descobre um novo sentido para sua vida através do fortalecimento de seu ego e das experiências de transformação de suas próprias dores e das vivências amorosas que encontra em seu caminho. Não podemos imaginar se ao final da história ela conseguirá realmente alcançar uma vida mais digna, mas com certeza nossa esperança é de que ela, assim como tantas outras mulheres reais que sofreram e sofrem relações abusivas em sua vida consigam essa superação.   

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Este texto foi produzido por Marcia Berman Neumann e Karina Ishimori, membros da Comissão Organizadora do Cine Sedes Jung e Corpo com base nas reflexões realizadas durante o evento realizado em abril de 2016, com os comentários da Professora e Psicoterapeuta Junguiana Amana Perrucci Machado Confort, da Psicóloga Psicoterapeuta Junguiana  Neusa Sauaia e da Psicóloga e Psicoterapeuta Junguiana Beatriz Otero.

O Cine Sedes Jung e Corpo é uma atividade extracurricular do curso Jung e Corpo: Especialização em Psicoterapia Analítica e Abordagem Corporal do Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo.

É um evento gratuito e aberto ao público geral organizado pelos professores do curso em conjunto com ex-alunos e ocorre todas as últimas sextas-feiras dos meses letivos do curso.

Material reproduzido na Conti com autorização.

Fazer as pazes com o amor

Fazer as pazes com o amor

Acho que de tanto manda-lo ir embora, ele se magoou. De tanto dizer da boca pra fora, um dia ele resolveu mesmo me ouvir e me deixou. Mas do meio de minhas dores fundas eu disse aquelas palavras, das quais eu mais me arrependo. Naquela noite, eu mandei o amor ir embora. E ele me atendeu. “Cuidado com o que pedes”, pensei sobre o poder absurdo das palavras.

E desde então, eu tenho conhecido muita gente. A cidade está cintilando da beleza delas. Pessoas incríveis, algumas com todas as qualidades que já me encantaram, mas que não vão muito além de um café, duas cervejas, algumas noites. Como se algo dentro de nós simplesmente não as convidasse pra entrar. Grosseria da braba. O amor foi embora e levou a chave da casa.

Eu não me sinto sozinha, desesperada ou coisa do tipo. E também não preciso que você volte, amor, é melhor do que isso: eu gostaria. E acho que também gostaria bem mais de mim hoje em dia. Adoraria que você voltasse para iluminar as paredes e o assoalho da casa de novo, como uma raspa de sol nascente.

Andaram dizendo que meu pedido é incoerente, que o amor gosta mesmo é do caos, do destempero e do improviso. Até concordo, mas acredito que ele também saiba admirar a doçura que há em amar a partir de dias serenos.

Você deve estar longe agora, observando um casal com roupas pesadas em uma fonte em Berlim, ou fazendo ondinhas em campos alagados da Tailândia para que um par se reconheça. Mas mesmo tão longe, eu espero que você possa me ouvir pedir: “Volta pra casa”. E um resto de sol derramou-se da janela pra sala.

Imagem de capa: LADO/shutterstock

Senta aqui que vou te explicar porque eu não te odeio

Senta aqui que vou te explicar porque eu não te odeio

Eu não te odeio porque me tornei mais sensível a cada estímulo que recebi. Eu seria feliz se você não tivesse existido, mas eu seria feliz a qualquer inexistência, uma vez que não conhecer alguém de nada me afetaria, mas a questão é que sou ainda mais feliz por ter sido infeliz enquanto você existiu.

Não posso odiar você porque há algo de tão profundo em sobreviver a alguém. De subir degraus e chegar no patamar de poder dizer: você tentou me ver embaixo, mas eu consegui.

Como eu saberia como é estar ao lado de alguém
se eu não soubesse como não deve ser estar ao lado de alguém?

Então, olha. Talvez fosse a melhor das melhores sensações pra você saber que além de toda aquela dor de barriga que você me causava, ainda hoje perco o sono e me reviro na cama pensando no quanto te odeio.

Mas a verdade é que não te odeio porque te odiar significaria que você ainda faz parte de mim. Que ainda teria aquele pedacinho de cérebro gastando energia pra pensar na raiva que sinto.

Não.

Não tem como odiar alguém que tanto me ensinou como não deve ser sentir algo, qualquer coisa, ainda que ódio, por alguém.

Imagem de capa: Blanscape/shutterstock

Depressão não é frescura. Depressão é desconexão da alma

Depressão não é frescura. Depressão é desconexão da alma

Estou terminando a leitura do livro “O demônio do meio dia, uma anatomia da depressão”, de Andrew Solomom e, fechando o livro ao final de cada capítulo, me ponho a refletir sobre essa doença que atinge tanta gente em nosso tempo e que muitas vezes não é compreendida, diagnosticada ou cuidada como deveria.

Eu não entendia a depressão, até que tive uma.

Foi há dois anos, e levei todo esse tempo para conseguir falar sobre o assunto. A gente só entende realmente o que aconteceu olhando em retrospectiva, e é difícil falar da depressão durante a depressão.

Hoje estou bem, recuperei minha vitalidade, minha energia, minha coragem e principalmente minha conexão com o mundo e com as pessoas. Voltei a me sentir a pessoa que sempre fui, a mulher ativa, animada, por vezes engraçada, enérgica e corajosa.

Porém, conheci o outro lado, e isso me trouxe um entendimento maior acerca do inverno da alma.

Ainda tomo o meu remédio, numa dose menor daquela que comecei. Pode ser que daqui a algum tempo eu consiga andar sozinha sem os comprimidos, mas antes quero me sentir totalmente segura.

Antes de ter depressão, eu tinha uma curiosidade arrogante diante das pessoas deprimidas. Achava que sabia o que elas sentiam, e ficava indignada pela pouca força de vontade que apresentavam. Na minha ignorância, achava que o que elas sentiam era o mesmo que eu experimentava na TPM, um misto de sensibilidade com irritação, algo perfeitamente contornável com uma caixa de bombons.

Eu era tão desentendida que não consegui identificar minha própria depressão. Porque eu imaginava que depressão era sinônimo de tristeza, e não reconheci que aquela perda de sentimento, aquele distanciamento da minha essência, aquela falta de sentido e aquele entorpecimento que eu experimentava era depressão.

Não sei dizer o momento exato em que a depressão chegou. Também não consigo encontrar um motivo específico que tenha sido o gatilho para ela se manifestar. Ao mesmo tempo que havia muitos motivos, não havia nenhum. De repente me flagrei indiferente. Indiferente às conversas, ao trabalho, aos livros, ao dia que começava, à vida. Fiquei antissocial. Me encontrar com as pessoas, manter uma conversa, receber um telefonema… era uma agressão. Me agasalhava demais, mesmo em dias quentes, como se o excesso de roupas pudesse me proteger e me isolar do mundo.

Passei um ano me sentindo assim, e nas festas de final de ano me sentia exausta. Me relacionar com as pessoas era exaustivo, exigia um esforço sobrenatural. Eu procurava disfarçar minha desconexão, não dava bandeira da minha apatia, mas algumas pessoas notaram. E elas foram fundamentais para minha cura. Agradeço às minhas primas, que com carinho e cuidado me confrontaram. Se interessaram. Me incomodaram. Não tentaram me divertir. Não tentaram dizer que a vida é linda e que eu tenho que valorizar. Não insistiram para que eu dançasse ou risse de uma piada. Nada disso teria funcionado, e poderia me afundar ainda mais. Elas acertaram quando me olharam com firmeza e disseram seriamente que eu deveria procurar um médico.

Foi o que fiz. Fui diagnosticada com depressão, comecei a tomar remédio, ajustamos as doses e após um mês de adaptação (que pareceu uma eternidade) já estava me sentindo melhor. Voltei a reconectar-me comigo mesma, ganhei energia, passei a sair da cama bem disposta.

Além dos benefícios esperados, tive outros ganhos. Me curei de diversas dores que eu frequentemente tinha e que médico algum conseguia resolver. Descobri que as dores _ que me acompanhavam há mais de dez anos _ eram psicossomáticas, e só se curaram com o antidepressivo. Talvez se a depressão não tivesse se manifestado em sua forma mais nítida, eu jamais teria descoberto que minhas dores físicas (e muito reais!) eram sintomas de um desequilíbrio emocional. Talvez, se eu não me tratasse da depressão, eu continuasse passando noites em claro, com insônia, como costumava ser minha rotina.

Depressão não é frescura, muito menos “falta de vassoura”, preguiça ou ingratidão diante da vida e de Deus. Depressão é desconexão da alma. Desconexão com a realidade, com o convívio social, com nós mesmos. É distanciamento da razão de existir e de estar aqui. É a descoberta de que o oposto da depressão não é a felicidade, e sim a vitalidade.

A pessoa deprimida não está assim porque quer. E não é forçando-a a fazer exercícios, a rir de uma piada ou se reunir com amigos que você irá ajuda-la.

Talvez você possa ajuda-la fazendo-a entender que não vai ser sempre assim. Levando-a a acreditar que, com fé em Deus e na medicina, isso também vai passar. Ajudando-a a confiar que em algum momento a cura vai chegar, e ela será grata por recuperar a vitalidade e a vida…

Imagem de capa: Photographee.eu/shutterstock

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A vida fica mais bonita quando aprendemos a apreciar os detalhes, até os mais simples

A vida fica mais bonita quando aprendemos a apreciar os detalhes, até os mais simples

Tomei um susto, esses dias, quando percebi que nunca tinha parado para apreciar, de fato, a beleza de um arco-íris. Isso me inquietou. Óbvio, já vi vários arco-íris, mas, em nenhum desses momentos, eu estava ciente da raridade, beleza e simbologia de tal fenômeno.

Sabe aquela impressão que temos, às vezes, de que não éramos maduros os suficiente para dar valor a certas pessoas, eventos e privilégios do passado? De que não soubemos aproveitar certas épocas, de que não tínhamos noção da grandeza de alguns detalhes, de que não tínhamos atentando para a beleza de lugares em que estivemos? É isso que sinto com relação aos arco-íris.

Como pude, eu, deixar passar em branco um arco colorido – meio transparente – abraçando a cidade, perpassando a estrada, presenteando a vista da praia? Como pude não me maravilhar com aquele caminho curvado (multicolorido) que atravessa o céu depois da chuva? O pote de ouro que fica na ponta do arco-íris deve estar entristecido. Ninguém mais o procura, nem sonha com ele. Alguns nem mesmo sabem de sua existência. A gente se deixa esquecer os arco-íris da vida. Esquece-se do pote de ouro que fica em seu fim. Um absurdo, não é? Um pecado sem precedentes.

Isso soará meio louco, mas tenho andado na rua, literalmente, com a cabeça nas nuvens. Não tiro os olhos do céu, na esperança de dar de cara com um arco-íris e tirar esse peso de minhas costas. Poderia chamar essa obsessão de um desespero filopoético, talvez, mas penso que toda essa situação é um lembrete do quanto deixamos passar diante de nossos olhos tanta beleza, sem que prestemos atenção. É preciso se policiar, aguçar os sentidos, entende?

A vida fica mais bonita quando aprendemos a apreciar os detalhes (até os mais simples), os fenômenos, os lugares, as situações cotidianas, as pessoas. Pergunto-me o quanto perdi da vida enquanto estava distraída demais. Ou seria me concentrado demais naquilo que não importa verdadeiramente?

A gente se distrai, concentra-se demais e perde os arco-íris da vida. Mal sabemos nós que um dos potinhos de ouro da existência é a habilidade de saber apreciar o que está ao nosso alcance. De saber valorizar o que temos por perto, de se encantar com as cores que estão em nosso campo de visão, de ver a beleza que está oculta pelo costume e pela rotina.

Enfim, o que importa é que, a partir de agora, eu me esforçarei mais para não deixar passar em branco os próximos arco-íris que comigo cruzarem, sejam eles o que forem. E te desafio a fazer o mesmo.

Imagem de capa: Dmytro Balkhovitin/shutterstock

O frio é o cupido atento que se aproveita da fragilidade dos corpos para aproximar as almas

O frio é o cupido atento que se aproveita da fragilidade dos corpos para aproximar as almas

O frio é um convite para encurtar distâncias. Uma bela desculpa para reconciliação depois de um mal-entendido. Quando o casal briga num dia comum, onde a temperatura não ameaça, o marido já acampa no sofá, voluntariamente, sem cogitar a possibilidade de prolongar a conversa. Sabe que depois do erro, ficará uma lacuna que só será superada após algumas horas de solidão da mulher.

Cabisbaixo, o infrator carrega o travesseiro como uma criança que recolhe da caixa somente o brinquedo que ficará na cama durante à noite. A travessia do quarto para sala é realizada apenas uma vez, sem esticar o olhar para o lado e com extremo cuidado para não esbarrar em algum pertence esquecido por ela no meio do trajeto. Depois disso, não voltará mais ao local do crime, a não ser que seja convocado para matar uma barata.

Passar a noite em outro cômodo da casa sem a companhia da mulher é conhecer o campo minado da ausência. É treinar exaustivamente uma posição menos desconfortável, onde possa acalentar a si mesmo até adormecer. O castigo por ter pisado na bola é proporcional ao tempo de adaptação noturna, onde pensará no delito até que o sono resolva suspender o sofrimento.

Quando a temperatura cai, a tolerância aumenta. Há uma solidariedade espontânea de ambas as partes. Uma disposição heroica para evitar que o outro pegue um resfriado e adoeça. As mãos estão sempre disponíveis, como um cabide automático que oferece casaco. Há o cuidado de alertar o outro sobre a importância do uso das meias e o boletim sobre a evolução das enfermidades que surgem com as baixas temperaturas está sempre atualizado como medida preventiva.

O frio sempre joga a favor da união do casal. Qualquer esbarrão é motivo para oferecer abraço e inaugurar uma nova lua de mel. Qualquer caminhada é pretexto para entrelaçar os dedos. O frio é o cupido atento que se aproveita da fragilidade dos corpos para aproximar as almas.

Imagem de capa: Luna Vandoorne/shutterstock

Mais do que para as necessidades do outro, você está olhando para as suas?

Mais do que para as necessidades do outro, você está olhando para as suas?

Muitas vezes, ficamos tão preocupados em suprir as necessidades do nosso companheiro, que esquecemos que temos necessidades também.

Pensando em agradar quem amamos, agimos de forma que essa pessoa se sinta bem ao nosso lado, que não sinta falta de nada (até para “não ir procurar fora”), que se realize no amor, e podemos acabar esquecendo que somos um ser humano também cheio de anseios e sonhos.

O que pode acontecer é de, lá pelas tantas – talvez até alguns anos depois -, nos darmos conta de que o nosso parceiro realmente está feliz, amparado, amado e cuidado, mas nós, definitivamente, não.

Ou, num cenário pior, o outro pula fora, seja lá por que motivo for, e restamos nós, vazios, carentes e perdidos no mundo…

Qualquer hipótese é ruim. Por isso, é preciso que atentemos às nossas necessidades, desde o início. Ou desde agora, se o início já passou faz tempo. Do contrário, uma hora ou outra a vida vai nos cobrar. E a culpa será toda nossa.

Nossa porque, não adianta, o único responsável efetivamente pela nossa felicidade somos nós mesmos. Se um relacionamento não está legal, se o outro não nos trata como gostaríamos e vemos que não tem jeito, ele não irá mudar, cabe a nós pularmos fora. E não ficar mendigando carinho, atenção e dedicação.

Aquela história de amor incondicional e tal é linda, mas não funciona exatamente no relacionamento entre um casal. Entre duas pessoas que resolvem ficar juntas, não adianta, tem que haver reciprocidade. Se um se doa muito mais do que o outro, vai chegar uma hora em que a equação não vai fechar: é o tal do “consciente de troca”. Se a troca não existir, ou for muito desproporcional, o saldo ficará negativo para uma das partes. E daí, mais cedo ou mais tarde, isso vai pesar para ela.

Então, vale, em primeiro lugar, exercitar o amor próprio: mais do que para o outro, precisamos nos dedicar a nós mesmos, nos estimar, nos cuidar, nos conhecer, estar atento ao que nos realiza.

Porém, também não podemos esquecer que o outro deve considerar os nossos desejos e as nossas necessidades, e se dedicar ao relacionamento, não ficando apenas “recebendo”. É claro que não é uma matemática exata, em que o amor dado e recebido devem “bater” em valores, mas a reciprocidade deve existir para a relação ser saudável. Ambos os envolvidos devem sair ganhando, com nenhum sendo “sugado” ou anulado pelo outro.

Então, fiquemos atentos!

Imagem de capa: wavebreakmedia/shutterstock

Separação dos pais

Separação dos pais

Quando os pais se separam, a criança sofre por sentir-se culpada, uma vez que na sua fantasia ela fez algo de errado que levou os pais a separar-se e é preciso que ambos lhe expliquem que não foi por causa dela, criança, mas que papai e mamãe não ficarão mais juntos por diversas razões que um dia ela entenderá.

Mas não é raro observar que os entes queridos também são detestados. Na realidade, a união eterna é um mito, um desejo de que sejam possíveis ligações amorosas impecáveis, sem agressões e descontentamento.

Primeiramente, deve-se enxergar a situação de forma que os filhos não sirvam de anteparo para o problema do casal. E o maior problema na separação é a total falta de lucidez do casal que se descontrola, berra e agride.

As crianças se desesperam enquanto não chega o desfecho. O importante para os pais que temem o sofrimento da criança é descobrir que eles não são onipotentes a ponto de os filhos não sobreviverem sem eles.

As crianças vão assimilando a ideia de que o casamento ruim. Se fosse bom, os pais não estariam berrando, xingando, batendo porta. Essas crianças refreiam seus impulsos, sua necessidade de ligação afetiva e procurarão o isolamento.

É um alívio no olhar dos filhos saber que um dos pais não está mais em casa.

Outro fator negativo, é um parceiro diminuir o outro aos olhos da criança. Essa necessidade de sucesso pessoal se dá em detrimento da criança.

Uma separação sempre vai significar sofrimento, tanto para os pais, como para os filhos. Daí para frente, tudo vai ser sentimento de amor estragado? Isso vai depender de como a separação é vivida. Ela também pode ser vivida como alívio, crescimento pessoal e maior compreensão da vida.

10 filmes emocionais para ver ainda hoje

10 filmes emocionais para ver ainda hoje

Se o que você gosta mesmo é de se emocionar enquanto assiste a um bom filme, esta lista é para você.

1- Para Sempre Alice (2014)

Filme que levou a atriz Julianne Moore ao Oscar. Alice, uma professora de linguística de 50 anos, começa a apresentar alguns problemas de memória. Bem profissionalmente e com 3 filhos recebe o diagnóstico de Alzheimer precoce.

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2- Suite Francesa

O que acontece quando, em plena segunda Guerra Mundial, uma mulher que vive com a sogra e espera por seu marido, um prisioneiro de guerra, se vê apaixonada por um soldado alemão que é forçosamente hospedado em sua casa.

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3- O escafandro e a borboleta

História biográfica do editor da Revista Elle, Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric), que, ao 43 anos, é acometido por um derrame cerebral muito grave. Quando, muitos dias depois, acorda percebe que o único momento que lhe restou é o piscar do olho esquerdo. Aprende, então, a usar desse meio para se comunicar contado com a imaginação e suas memórias.

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4- UP – ALTAS AVENTURAS

Um vendedor de balões de 78 anos está prestes a perder a casa em que sempre viveu com sua esposa, a falecida Ellie. O terreno onde a casa fica localizada interessa a um empresário, que deseja construir no local um edifício. Após um incidente em que acerta um homem com sua bengala, Carl é considerado uma ameaça pública e forçado a ser internado em um asilo. Para evitar que isto aconteça, ele enche milhares de balões em sua casa, fazendo com que ela levante voo. O objetivo de Carl é viajar para uma floresta na América do Sul, um local onde ele e Ellie sempre desejaram morar. Só que, após o início da aventura, ele descobre que seu pior pesadelo embarcou junto: Russell (Jordan Nagai), um menino de 8 anos.

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5- Sempre Ao Seu Lado (2009)

Richard Gere é um professor que, todos os dias, pega o trem no mesmo horário para ir ao trabalho. Um dia, ele encontra um cão abandonado na estação e decide adotá-lo, formando um laço para toda a vida.

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6- O Menino do Pijama Listrado (2008)

Baseado no livro de John Boyne, o filme mostra a amizade que nasce entre duas crianças em lados diferente da Segunda Guerra Mundial. Um é o filho de um comandante nazista, o outro é um judeu preso num campo de concentração. Os dois brincam secretamente, separados apenas pela cerca que envolve o campo.

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7- Sete Vidas

Ben Thomas (Will Smith) é um agente do imposto de renda que possui um segredo. Por conta disso, ele é um homem que tem um grande sentimento de culpa, o que faz com que salve as vidas de completos desconhecidos. Porém, tudo muda quando ele conhece Emily Posa (Rosario Dawnson), pela primeira vez é Ben quem tem a chance de ser salvo.

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8- (500) dias com ela

Tom Hansen (Joseph Gordon-Levitt) está em uma reunião com seu chefe, Vance (Clark Gregg), quando ele apresenta sua nova assistente, Summer Finn (Zooey Deschanel). Tom logo fica impressionado com sua beleza, o que faz com que tente, nas duas semanas seguintes, realizar algum tipo de contato. Sua grande chance surge quando seu melhor amigo o convida a ir em um karaokê, onde os colegas de trabalho costumam ir. Lá Tom encontra Summer. Eles também cantam e conversam sobre o amor, dando início a um relacionamento.

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9- A última música

“Ronnie” Miller (Miley Cyrus) tem 17 anos, é filha de pais divorciados e seu pai (Greg Kinnear) mora longe de Nova York, numa cidade praiana. Após três anos de separação, ela ainda sente raiva por tudo o que aconteceu até o dia em que sua mãe (Kelly Preston) decide enviá-la para passar o verão com ele. Uma vez lá, depois de conhecer novas pessoas e paixões, ela encontra alguém que, além de bom músico e professor, é, acima de tudo, um verdadeiro pai.

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10- Como não esquecer essa garota

Gus (Zachary Levi) é um vendedor de joias que adora astronomia. Um dia, ele conhece Molly (Alexis Bledel), uma encantadora garçonete solitária e não muito sortuda. Mas tem algo que atrapalha o relacionamento dos dois: Gus sofreu um aneurisma cerebral e sofre de perda de memória recente. Quando dorme, ele esquece tudo que aconteceu antes. A cada dia, ele se apaixona novamente por Molly e vai lutar para ficar com ela, apesar de hesitar em contar para ela sobre seu problema. Ao mesmo tempo, Molly ficará intrigada por aquele homem tão perfeito, porém distraído, e terá que aprender a tomar sérias decisões sobre sua vida.

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Seleção de Josie Conti, com informações de Guia da Semana Adoro Cinema

Casal de 70 anos decide vender a casa e viajar pelo mundo

Casal de 70 anos decide vender a casa e viajar pelo mundo

Don Read, (72 anos) e Alison Armstrong (64) são um casal nada convencional para os nossos padrões. Eles viajam ao redor do mundo, vivenciando e experimentando juntos tudo o que lhes é possível.

Tudo começou quando Don se aposentou aos 68 anos, depois de passar por algumas sérias complicações de saúde por conta do estresse no ambiente de trabalho. Foi então que ambos decidiram vender a casa onde moravam para que assim pudessem bancar a viagem pelo mundo que tanto queriam, mas que nunca tiveram tempo e coragem para fazer.

Três anos depois de tomarem essa decisão, eles já contam com 24 países na lista de lugares visitados. Entre eles Fiji, Índia, França, Argentina, Indonésia, Tailândia, Perú, Austrália, Camboja e Nova Zelândia.

Em matéria publicada no site Projeto ViraVolta (http://projetoviravolta.com/o-que-esse-casal-aprendeu-apos-vender-sua-casa-aos-70-anos-para-viajar-o-mundo/), escrita por Carol Fernandes, o casal de viajantes contou que não há idade para viajar e aproveitaram para falar também sobre alguns dos aprendizados que tiveram enquanto percorriam o mundo.

Entre os aprendizados estão:

  • Confiar mais
  • Respeitar mais as pessoas
  • Se preocupar menos com o futuro
  • Se preocupar muito menos com dinheiro
  • Dizer sim às oportunidades
  • Se queixar menos
  • Viver com uma gratidão consciente para a vida
  • Que é sempre possível ensinar truques novos a cães velhos

“Após três anos e meio na estrada, depois de experimentar tantos imprevistos, percebemos a vida como uma série de milagres que se desdobram”, disseram.

Com idades em que muitos iriam preferir estar sentados na frente da televisão, Don e Alison fazem trekking, nadam com elefantes, escalam vulcões e passeiam pelo deserto a bordo de camelos. “Sabemos que um dia vamos morrer e preferimos viver ao máximo o presente. Não queremos ir com remorsos porque desperdiçamos as oportunidades que nos foram dadas”, justificou Alison.

Os dois são hoje viajantes profissionais e alegam aproveitarem suas vidas da maneira mais plena e cheia de aventuras e descobertas. Suas aventuras podem ser conferidas no site oficial do casal. (https://alisonanddon.com/about/)

Para quem tem vontade de iniciar uma vida de viajante, mas hesita por conta de fatores que vão além do dinheiro, fica a reflexão de Alison: “A vida é o que você faz dela e nós temos apenas uma chance para viver ela bem.”

Se dúvida um inspiração para qualquer casal!

Artigo baseado no original: O que esse casal aprendeu após vender sua casa aos 70 anos para viajar o mundo?

Casa nova vida nova?

Casa nova vida nova?

A gente tem uma mania irritante de apostar todas as nossas fichas nas mudanças externas. Acabamos depositando expectativas impensáveis sobre as costas do novo emprego, do novo namorado, da próxima viagem, da mudança para uma outra cidade, outro país, outro continente.

Apenas nos esquecemos de um pequeno detalhe: é à nossa atabalhoada pessoa que caberá inaugurar todas essas estreias planejadas, ou não. Somos nós mesmos que teremos de abrir essas novas portas, inaugurar os inusitados destinos ou dar chance a novos relacionamentos, longe da sombra de nossas antigas formas de lidar com os parceiros, com os ambientes, com a vida.

E de nada adianta, comprar uma mala novinha e reluzente, cheia de compartimentos secretos e dotada de rodinhas que giram em 360 graus se a pessoa que vai arrastá-la por aí, permanecer ancorada no mesmo porto, coberto de cracas e presa a uma âncora que já enferrujou faz tempo.

Não vai resolver coisa alguma encaixotar todos os apegos antigos, jurando por todos os deuses que agora será diferente, e ao chegar ao tão sonhado novo lar, retirar das embalagens enroladas em plástico bolha as mesmas inseguranças, as mesmas velhas certezas, os mesmos medos e as surradas dúvidas de estimação.

Será um enorme desperdício de tempo, energia e dinheiro desabalar-se para além das montanhas ou mesmo para o outro lado do oceano, sem ter feito um corajoso mergulho nas próprias águas barrentas de uma vida carregada de mágoas e sair de lá com o firme propósito de deixá-las para sempre no passado, sem direito a visitas retroativas.

O fato é que a gente pode ser protagonista de maravilhosas e transformadoras revoluções, mesmo morando no mesmo endereço físico – aquele com código de endereçamento postal e tudo -, desde que estejamos prontos e dispostos a esfregar as dores encardidas com muita água e sabão, a fim de que não virem uma doença emocional crônica e conformada.

É absolutamente possível descobrir insuspeitas habilidades por trás de nossas crenças auto impostas, segundo as quais “somos desse jeito mesmo”, “sempre será assim”, “nunca teremos sorte”, “jamais seremos capazes”.

É da explosão de minúsculas mudanças em nosso núcleo emocional, aquela pedrinha filosofal que mora no fundo de nós e que nos formata diante da vida, que teremos condições reais de andar com passos diferentes e dançarinos rumo a uma vida menos engessada e da qual já sabemos o roteiro de cor e salteado.

Então… comecemos por uma reforma em nossa casa íntima, essa menina serelepe que se chama alma e que anda meio imobilizada pela nossa ditadura de crenças e projeções. Sejamos o viajante audaz e curioso que abraça com o mesmo interesse e apetite todas as jornadas que a vida puder proporcionar.

Sejamos nós a pessoa nova que será encontrada pelo trabalho que fará arder o peito com aquela chama de empolgação dos que marcaram e compareceram ao encontro com sua missão de vida.
Sejamos nós o coração purificado que estará pronto para uma vida inteira de amores improváveis e leves, esses amores que tiram da gente a melhor parte de nossos corações porque não chegam querendo nos dividir.

Sejamos nós a estrada, a viagem, o vento no rosto, o brilho do sol a se pôr no caminho… E assim estaremos prontos para receber essas tão almejadas e cobiçadas experiências que sempre duvidamos merecer.

Imagem de capa meramente ilustrativa: cena do filme “Foi apenas um sonho”

Quando o cachorro é nosso, a mordida dói mais

Quando o cachorro é nosso, a mordida dói mais

Um belo dia estamos a caminhar ao lado do nosso cachorro e ele, inexplicavelmente, nos crava os dentes. A dor física é imensa, mas a dor emocional é ainda maior. Que outro cachorro nos mordesse, vá lá, mas o nosso próprio cachorro?!

Metáforas à parte, dói demais ser machucado por quem acreditávamos ser de confiança. Dói demais ouvir ofensas de alguém a quem confiamos segredos e dedicamos tempo, carinho e cuidado.

Dói demais ouvir tudo o que contamos em completa confiança ser usado contra nós, ser atirado em nossa cara sem dó nem piedade. Dói ver planos roubados. Dói notar que nos enganados redondamente em relação a uma pessoa.

A dor de uma mordida assim é gritante. Junto dela vem um monte de sensações tristes e, diferente de como nos portamos em relação àqueles que mal conhecemos, quando a mordida vem de alguém próximo, a gente se culpa, se deixa abater e fica meio passado mesmo.

Ah, mas se pararmos para pensar a pessoa que nos pegou de surpresa já tinha dado indícios de que poderia morder doído. Ela já tinha feito um comentário maldoso. Já tinha um histórico o qual resolvemos ignorar. Ela já tinha mentido antes. Ah sim, a gente quase sempre na ânsia de encaixar alguém em um lugar especial acaba enfiando os pés pelas mãos mesmo.

Acontece para quem está vivo. Felizmente a gente se regenera. A gente chora, grita, se descabela, mas a dor passa e como passa.

Um dia a gente olha a marca da mordida, já quase indelével, e percebe que a gente é muito maior que ela. A gente entende que aquela marquinha ali nos ensinou muito sobre a vida, sobre as pessoas e sobre nós mesmos. Que ela abriu os nossos olhos para a importância dos detalhes. Para a atenção às entrelinhas.

A gente aprende, então, a distinguir cão que morde de cão que não morde e continua amando, continua acreditando, continua seguindo em frente. Sim, essa é a nossa natureza. A gente nasceu para cativar e ser cativado, contudo as nossas experiências devem ser levadas em conta e os sinais sutis que nos dizem quem realmente as pessoas são, nunca devem ser ignorados.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Atribuição da imagem: pexels.com – CC0 Public Domain

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