Controlamos as velas, não os ventos

Controlamos as velas, não os ventos

Título Original: Onze anos

Daqui a poucos dias é seu aniversário de onze anos, e eu já sinto saudade de te acordar com um beijo silencioso e ter seus bracinhos estendidos pedindo só mais um minutinho.

Enquanto me despeço dos seus dez anos, já sinto saudade da porta do banheiro aberta, das meias jogadas no chão do quarto, das migalhas de bolacha salpicando a mesa da sala de jantar.

Embora te apresse para chegarmos à escola no tempo certo, já sinto saudade de nossas conversas dentro do carro, de seu cabelo caindo sobre a testa, de suas mãos redondas envolvendo meu pescoço.

Mesmo que eu insista para que largue o celular e venha jantar, já sinto saudade da sua ladainha repetindo “já vou…” sem ter a intenção de ir, de suas queixas contra o cardápio do dia, de sua ansiedade infantil à espera da sobremesa.

É filho, a vida aprendeu a ser contada de uma forma mais simples ao seu lado, e por isso muito mais bonita.

Com você tenho aprendido a navegar em outro compasso, sem a necessidade de apressar a embarcação durante a bonança, nem de jogar a âncora quando o mar está revolto.

Sou aprendiz do seu amor. Aprendiz das coisas que você diz sem pronunciar, e que me alcançam através de seus gestos e intenções. Conviver com um menino de dez anos tem dessas coisas, e me preparo para o que virá assim que o calendário anunciar seu décimo primeiro aniversário.

Das coisas que quero lhe ensinar, está uma frase de um antigo filósofo chamado Confúcio. Ele disse: “Você não pode mudar o vento, mas pode ajustar as velas do barco para chegar onde quer.” E é isso que eu quero dizer para você hoje:

Na vida, a gente não tem controle sobre tudo. Aliás, temos controle sobre muito pouco, e é só com isso que podemos contar. Porém, é possível concretizar os planos, realizar os sonhos e chegar onde se quer aprendendo a aceitar, a ouvir, a tolerar.

Não temos controle sobre o tempo que corre acelerado e leva embora pessoas que nos são caras; não temos controle sobre o que pensam a nosso respeito nem o que sentem por nós; não temos controle sobre a permanência de quem amamos em nossas vidas; e também não controlamos o modo que cada um decide trilhar o seu caminho.

Mas podemos aceitar o que a vida nos reserva. Aceitar as viradas de página e os fechamentos de ciclos. Aceitar e valorizar quem escolheu ficar ao nosso lado e respeitar a decisão de quem preferiu partir.

Você irá descobrir que nem tudo segue o script, e algumas coisas fogem do combinado mesmo. Mas não cabe a você convencer quem quer que seja de que a verdade lhe pertence. Aprenda a ouvir mais e aceite que nem todos são iguais. Tolere e respeite as diferenças, e aprenda a reagir com delicadeza às realidades que não pode controlar.

A vida tenta nos ensinar de diversas formas, mas poucas vezes estamos dispostos a escutar. Preferimos surfar na superfície a arriscar nos aprofundar. E o saldo é que não crescemos como deveríamos. Por isso, escute com atenção sua voz interior, aquela regida por Deus, e confie na pureza do seu coração. Que suas lentes perante o mundo sejam de tolerância, amor, caridade e perdão.

Por fim, não se blinde demais. A vida vai te derrubar algumas vezes, e nem sempre estarei ao seu lado para te ajudar a se levantar. Mas lembre-se do conselho que agora eu te dou: não desista de olhar a existência com olhos de amor. Pois por pior que sejam os momentos, eles são fases, e cedo ou tarde irão passar. E mesmo que fiquem cicatrizes, o vento nunca deixará de soprar. E é por causa disso que você tem que se permitir recomeçar. Pois como dizia Confúcio, “você não pode mudar o vento, mas pode ajustar as velas do barco para chegar onde quer” …

Imagem de capa: Ruslan Guzov/Shutterstock

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Despeço-me de quem já fui

Despeço-me de quem já fui

Despeço-me do homem que já fui. Do cara que construí e levei nos braços até ontem ou anteontem. E com ele despeço-me de todos os meus meninos, de toda a esperança infundada de um dia ser maior. E para quê? Eu te pergunto. Despeço-me com um abraço demorado que aperta, com o peito envergado para dentro que diz – Fica um pouco mais – pedindo e também respondendo.

Despeço-me do homem que já fui, de minhas inseguranças, de meus medos que não me matavam, nem me fortaleciam e sigo levando somente os fatos. Enfrento de frente o que está adiante. Afasto de lado o que não está ao lado, mas à margem. Deixo para trás o que não é memória, nem aprendizado, só culpa, estridente, quase que bonita como as latas amarradas que perseguem os carros dos recém-casados.

Acho que me casei com minha culpa. Depois pari minhas inseguranças, ninei minhas vergonhas, só minhas, filhinhas, miúdas, até serem grandes o bastante para também me carregarem. Tudo meu, tudo eu, tudo de mim, eucentrista como toda mãe.

Despeço-me então todos os dias, acompanhando a velocidade do reciclar da matéria. Nasce todo dia e morre a célula. Nascem todo dia e morrem minhas ideias. Nasço todo dia e, logo depois, morro. Sem estardalhaço, ali naquelas horas caladas entre o tatear insone dos chinelos para ir ao banheiro de madrugada e o despertar vitorioso no segundo que antecede o despertador.

Despeço-me do homem que já fui todas as manhãs, engolindo-o junto com o café amargo demais ou demasiadamente doce. Despeço-me dele e vou perdendo minhas histórias, minhas manias. Elas já foram de fato minhas ou foi alguém que me deu?

Vou abandonando minhas notas longas, minhas semibreves, como uma sinfonia que se simplifica dia após dia, até ser apenas três ou quatro notas que abrem um elevador, que empurram um metrô, que ligam um smartphone, que nunca são ouvidas diferentes, mas que igualmente jamais são iguais porque despedem-se de si segundo por segundo.

A pessoa que vocês conheceram não vive mais aqui. Destinatário não encontrado, favor devolver ao remetente.

Imagem de capa: ESB Professional/Shutterstock

Quem escolhe fazer jogo sempre perde

Quem escolhe fazer jogo sempre perde

Dizer ou não dizer? Ligar ou não ligar? Ah, pra que serve tudo isso mesmo?
Escolher fazer joguinhos dentro de um relacionamento se resume a um cachorro perseguindo o próprio rabo, querer brincar para ter aquilo que já se tem.

É difícil admitir quando algo nos afeta e, ainda mais, olhar para dentro e perceber que nem tudo precisa ser levado tão à sério. Vivemos em uma época onde se propaga o desapego e sendo assim, o primeiro a demonstrar emoção é visto como o fraco. Com isso, todos usam escudos emocionais para que nada consiga ultrapassar e ferir. Porém, quando nos enchemos tanto assim de barreiras, no fim, percebemos que não estamos protegidos e, sim, sozinhos do outro lado do muro.

Não existe nada mais cansativo do que estar com alguém que insiste em se proteger de ataques imaginários. Cada momento é um dia de guerra. Temos que escolher bem as palavras, uma vez que qualquer frase mal colocada é vista como bombardeio. Quando foi que o amor se tornou esse campo de batalha?

Não tem como entrar em um relacionamento e continuar a fazer todos esses joguinhos. Não dura, desgasta. Os detalhes e o encanto se perdem em meio à tantos tiroteios. O que antes causava frio na barriga e ansiedade, depois de um tempo se torna suspiro pesado e impaciência. Ninguém quer estar ao lado de alguém que o faz ir dormir todos os dias com a sensação de missão fracassada.

A gente tem que entender que duas pessoas nunca vão alcançar a paz juntas se não souberem conversar. E digo conversa, no sentido mais puro da palavra. Não indiretas e frases atravessadas. Essa história de “se você me ama de verdade, deveria saber por que estou assim”, não existe. Ninguém é obrigado a saber o que o outro pensa, então não deve se exigir que um silêncio seja traduzido.

Tudo pode ser tão mais simples. Se está com saudade, é só dizer. Não precisa se afastar até que a outra pessoa perceba que você está distante e decida fazer algo. Todo esse tempo de espera só serve para aumentar a agonia e, possivelmente, mandar para longe quem já estava ao seu lado. Não é preciso toda essa estratégia. Não precisa de um plano de combate. Não! É só dizer. Fazer o que tiver vontade independentemente se isso vai deixar vulnerável. Porém, em tempos de desapego, quem decide demonstrar os sentimentos é revolucionário, não fraco.

Deixemos então todas essas munições para trás. Está mais do que na hora de sermos sinceros com nossos sentimentos e sairmos de todas as barreiras que construímos. Devemos, mais do que nunca, aquietarmos nossas metrópoles internas e darmos lugar à calma que outro abraço pode nos dar. Sem joguinhos, sem impasses e, principalmente, sem transformar o que é tão simples em missões fadadas à derrota.

Imagem de capa: Photographee.eu/shutterstock

Deus sem gênero: Deus para mim é uma alma como eu e você!

Deus sem gênero: Deus para mim é uma alma como eu e você!

“Não tomarás o nome de Deus em vão” é o que me vem à cabeça quando quero falar sobre Deus. Minha relação com Deus é bem pessoal, aliás, a fé sempre é algo muito individual, e prezo guardá-la para mim. Em outras palavras, não costumo falar de Deus. Escrever ainda menos.

Hoje, todavia, gostaria de compartilhar com você algumas coisas sobre mim e sobre Deus em minha vida. Desconfio, porém, que não será fácil, pois Deus talvez seja para mim bem diferente do que é para você. Mas isso seria normal, já que, como dito, nossa relação com Deus é sempre algo bem individual.

Peço-lhe que leia minhas palavras com o coração aberto. Escrevo sem qualquer pretensão de melhor saber, sem qualquer intenção de julgar ou classificar e muito menos de missionar ou convencer-lhe do que quer que seja. Tudo que quero é partilhar um pouco de mim com você.

Bom, aqui já vem a primeira dificuldade que tenho ao falar ou escrever sobre Deus: tenho que repetir a palavra Deus muitas vezes, já que não posso dizer “Ele”. Não posso dizer Ele porque Deus para mim também é Ela. Deus é homem e Deus é mulher e a palavra Deus não tem artigo, não é “o Deus”, não é “a Deus”, é simplesmente “Deus”.

Como Deus poderia ter um gênero se somos sua imagem e semelhança e se somos homens e mulheres? Não seria um Deus masculino um Deus incompleto, capenga, não lhe faltaria uma de suas metades?

Sempre tive certa dificuldade de rezar o “Pai Nosso” por sentir falta da “Mãe Nossa”, mesmo que a Igreja Católica tente compensar a incoerência do gênero divino com o lado materno de Maria. Não vejo Maria como a Mãe de Deus, mas como parte de Deus, como toda mulher e como todo homem.

É claro que esse aspecto de sermos semelhantes a Deus é bem mais profundo. Não somos semelhantes por termos um nariz parecido ou olhos da mesma cor. Nossa semelhança é em outro nível, no espiritual, já que (assim acredito!) somos almas que habitam corpos e é como almas que nos assemelhamos a Deus. Para mim, Deus é uma alma, uma alma como eu e como você. E alma não tem gênero.

Se acredito que somos (todos!) imagem e semelhança de Deus, então acredito que Deus é homem e é mulher. E vou até mais longe: Deus é adulto(a) e é criança, é jovem e é idoso(a), é branco(a) e é negro(a), é alto(a) e é baixo(a), é gordo(a) e é magro(a), enfim, Deus está em todos nós e todos nós, sem exceção, somos um pedaço de Deus.

Sei que o conceito de Deus por aí normalmente é outro. Eu mesmo cresci aprendendo que havia um Deus em algum lugar lá em cima, um velhinho barbudo e poderoso mais no estilo de chefe, que, sentado em um trono dourado, olhava para nós, nos perseguia, vigiava e sabia de tudo que fazíamos de errado, de nossos pecados. E ele nos castigava quando merecíamos. Era o Deus das proibições. Eu escutava que “Deus vai castigar” e lembrava-me de Raul Seixas cantando que “não via Deus, achava assombração”.

Essa imagem para mim não batia e não bate até hoje porque ela é incoerente. Esse Deus (idoso, masculino, severo) muito mais parece criação humana e nada divina.

Se Deus é amor, então não há hierarquia, pois não há hierarquia no amor; se Deus é justiça, então Deus não fará questão nenhuma de se sentar confortavelmente num trono, enquanto nós penamos pelo mundo; se Deus nos dá o livre arbítrio, ele então aceita nossa liberdade de agir (ou deixar de agir) sem ficar todo o tempo nos ameaçando com castigos; se Deus é bondade, então eles nos aceita assim como somos, incompletos e imperfeitos; e se somos sua semelhança e somos almas, então Deus também é uma alma.

Já teve gente protestando severamente por eu ter suposto que Deus é, como nós, também uma alma e já fui acusado de prepotência por dizer isso. Fui acusado de não reconhecer que Deus seria muito maior que tudo e que todos nós.

Sim, sei que o que digo pode soar prepotente, mas somente quando se entende que quero nos elevar ao mesmo nível de Deus, entretanto, não é isso que digo.

É claro que Deus é bem superior a todos nós, mas é exatamente aqui que está o x da questão: por ser uma alma mais desenvolvida, Deus sabe que esse negócio de ser ou não superior não é importante, que isso de nada conta e não nos leva a lugar algum. É exatamente por ser tão grande que Deus prefere ser pequeno, por entender que a verdadeira grandeza está na simplicidade, que a verdadeira força está na coragem de assumir a própria fraqueza e que se é mais poderoso ao sentar-se num tamborete ao lado de alguém que precisa de ajuda do que em um lindo trono de ouro nas nuvens, longe de tudo e de todos.

Acho importante entender o conceito de alma, pois é exatamente nele que nos desprendemos de definições que nos limitam, já que é nele que deixamos de nos definir por gênero, raça, tamanho ou seja o que for. Como almas, somos livres de tudo isso.

No plano terreno, como corpo e matéria, podemos até nos classificar, nos rotular de feios e bonitos, de burros e inteligentes, de ricos e pobres… Assim, uma enorme vala pode, por exemplo, parecer separar um homem simples, negro, lavrador, pobre, analfabeto de um outro homem, branco, sofisticado, empresário, milionário, estudado. Porém, suas almas são iguais, no sentido de terem o mesmo valor, aliás, de NÃO terem valor algum, já que, no nível espiritual, somos livres também de valer ou deixar de valer o que quer que seja. Suas almas estão no mesmo nível, não havendo qualquer superioridade ou inferioridade entre elas.

Uma vez, conversava com minha avó e ela me contava sobre os espíritos. Curioso, quis saber se realmente haveria espíritos à minha volta, se eles realmente estariam ali e ela confirmou que sim.

Quis saber mais e perguntei quem eram esses espíritos, essas almas ali por perto, se eram parentes falecidos, antepassados e se eu os conhecia. Ela sorriu carinhosamente, olhou-me sério e disse que isso não era importante e que, como almas, não somos eu e você, não temos nome, não somos parentes ou antepassados. Ela disse que, como almas, simplesmente somos, simplesmente estamos juntos e fazemos parte de um todo, de uma energia, de uma luz de infinita bondade, que nos envolve e ampara, nos aceita e nos dá o sentimento de termos chegado em casa. Ela completou dizendo que esse todo seria Deus e que nós, como almas, encarnadas ou não, seríamos seus braços e que estaríamos aqui para trabalhar e fazer deste mundo um lugar um pouco melhor.

Ao escutar o que me dizia minha avó, eu sabia que ela tinha razão, pelo menos para mim, pois ali senti coerência e sabia que é nesse/nessa Deus (esse todo do qual todos fazemos parte) que acredito, sem gênero, sem raça, sem idade, sem hierarquia, uma alma como nós.

Para mim, então, acreditar em Deus é ser um pedaço desse todo, é ser parte dessa sua luz e, assim, é ser luz também.

Falar de Deus, já disse, não é tarefa fácil. Na verdade, sei que nem é possível dizer tudo, já que não há palavras que traduzam certas coisas, já que tem coisas tão profundas que nem dá para explicar, mas espero que, ainda assim, eu tenha conseguido passar para você um pouco de minha forma de ver e me relacionar com Deus.

Sou-lhe grato por ter tomado um pouco de tempo para ler essas minhas palavras. Obrigado e fique com Deus ?

E você? Como é que você vê Deus?

Imagem de capa: illustrissima/shutterstock

 

Felicidade é o que acontece no sábado de manhã e a gente só percebe no domingo à noite.

Felicidade é o que acontece no sábado de manhã e a gente só percebe no domingo à noite.

Fossem as coisas do mundo mais simples, você e eu teríamos um alarme interno, uma campainha mental, um sinal intuitivo qualquer que nos chamasse a atenção no instante mesmo em que, por sorte, por acaso ou por merecimento, a felicidade nos dá o ar da graça.

Comigo é quase sempre assim. Vivo sendo feliz por aí, mas só me dou conta depois que acontece. Passa um tempo e lá estou eu, perplexo, pensando comigo: “caramba! Eu senti felicidade e nem percebi!”

Não que isso diminua o valor desse sentimento sublime. Não diminui. Aliás, aumenta. É como ser feliz de novo por ter sido feliz lá atrás. É como saber que seremos felizes ainda, qualquer hora dessas.

Acontece. Felicidade não avisa. Mas eu acho lindo quando a gente a pega no flagra, fazendo das suas ao nosso lado. Sabe aquele instante em que você olha o céu e vê uma estrela caindo entre as outras? É isso. Se você não visse a estrela cadente, ainda assim ela teria caído. Não importa. Vale é que você estava ali, bem ali onde queria estar, sob o céu e a lua e as estrelas. Com a felicidade há de ser parecido. Nem sempre a gente a vê e isso não quer dizer que ela não esteja lá.

Cabe a nós o trabalho da vida, o movimento que faz o caminho, o pé depois do outro. Só nos resta estarmos onde devemos estar. Vale é viver. E a felicidade virá. Se notarmos a sua presença, muito bem. Se só a percebermos depois, está bom também. Teremos sido felizes do mesmo jeito.

Eu tenho sido feliz assim. A felicidade me acorda no sábado de manhã, sob a forma de uma moça linda de nome simples, defensora da justiça, da paz, do amor e de um mundo estável, e me lembra que a vida é boa, as crianças sorriem parecido e o trabalho é sagrado. Mas eu só percebo depois, no domingo à noite. E aproveito para ser feliz de novo.

Imagem de capa: Africa Studio/shutterstock

Sentir-se isolado provoca grande sofrimento afetivo

Sentir-se isolado provoca grande sofrimento afetivo

A sensação de isolamento pode ocorrer em diversas circunstâncias. Em todas elas, é uma experiência dolorosa. Dolorosa, difícil de identificar e ainda mais difícil de resolver.

A resolução no caso de uma situação de isolamento, quase sempre passa pelo envolvimento de outras pessoas, pessoas que por alguma razão sentem-se maldispostas em relação àquele que foi isolado, pessoas que enxergam motivos para ver no indivíduo que foi colocado de lado, alguém com quem não é bom conviver.

Há episódios em que se isola alguém baseado na crença de que essa pessoa representa uma ameaça. Neste caso, o mais comum é começar a se formar no ambiente um movimento de aglutinação entre pessoas que se sentem da mesma forma: ameaçadas pelo outro.

Essa situação é bastante comum em ambientes de trabalho, sobretudo naqueles onde há excessiva competição entre os componentes, ou onde os líderes não têm capacidade para gerir conflitos ou mediar relações profissionais que envolvem seus subordinados. Líderes pouco preparados para administrar equipes, podem desenvolver um padrão de relações pouco éticas entre aqueles que as compõem.

Pessoas que convivem neste tipo de agrupamentos de trabalho, podem adoecer seriamente. E isso pode acontecer em todas as esferas. Mas aqueles que são colocados à margem, seja por qualquer tipo de exclusão – gênero, faixa etária, formação acadêmica – sofrem sobremaneira, e podem chegar ao extremo de não ver outra solução que não seja demitir-se.

Entretanto, o processo de isolamento não atinge apenas as pessoas adultas. Entre crianças, é muito comum haver aqueles que não são queridos ou bem-vindos a determinados grupos. Há crianças que são mais tímidas, ou que têm poucos recursos sociais, tornando-se arredias e até mesmo agressivas. Essas crianças são facilmente excluídas pelos outros, em razão de seu comportamento desagradável.

Ocorre que quanto mais essas crianças vistas como problemáticas, forem rejeitadas, mais acentuadas se tornarão suas dificuldades de convívio. Em pouco tempo, esses pequenos terão uma coleção de experiências negativas relacionadas ao seu envolvimento social; e, assim, crescerão com medo de se aproximar do outro, e com a sensação de que são inadequadas e estranhas.

Uma criança isolada de seu grupo de convivência pode desenvolver distúrbios de aprendizagem, ansiedade e depressão. Nenhuma criança é capaz de aprender se estiver tomada pelo medo de ficar sozinha na hora do recreio, se estiver inquieta pela perspectiva de não ser escolhida para um time de brincadeiras ou grupo de trabalho.

Nestes casos é indispensável que haja adultos preparados para interpretar e ajudar os menores a “ler” seus sentimentos e encontrar maneiras de interagir com seus pares para serem incluídos e aceitos. O estabelecimento de laços de amizade tem um papel indiscutivelmente importante no desenvolvimento afetivo, cognitivo e social das crianças; e a falta deles pode determinar o aparecimento de desajustes psicológicos no futuro.

Ambientes que proporcionam experiências por meio das quais se desenvolve recursos de convivência saudável, previnem a ocorrência de problemas emocionais e cognitivos na adolescência.

A adolescência, por si só, já representa um considerável desafio no processo de amadurecimento. Ser adolescente e sentir-se excluído representa uma potencial situação de risco, que pode criar circunstâncias graves e preditoras de desequilíbrios psicológicos.

Para o adolescente, ser aceito por seus pares significa muito, significa fazer parte de um todo e encontrar acolhimento para suas naturais inquietações e volatilidade de sentimentos. A falta de vínculos afetivos entre pares na adolescência pode ser o disparador para a ocorrência de transtornos do comportamento, com consequências desastrosas, envolvendo estados depressivos e até pensamentos suicidas.

A despeito de sua indiscutível relevância, as interações sociais ainda são extremamente negligenciadas. Muitas vezes, a criança socialmente isolada pode ser interpretada pelos adultos ao seu redor como crianças boazinhas, tranquilas e que conseguem se divertir sozinhas em seu cantinho.

No entanto, essas crianças quase invisíveis precisam ser percebidas à luz de uma compreensão que só os adultos têm condições de oferecer. É preciso enxergar com urgência o quanto a situação de isolamento pode fazer sofrer e trazer para a essência da personalidade dessa criança um encontro prematuro com a dor da solidão.

Imagem de capa meramente ilustrativa: cena do filme franco/afegão “Primavera, verão, outono e inverno.”

3 motivos pelos quais ser sincero melhora a sua saúde

3 motivos pelos quais ser sincero melhora a sua saúde

Por Edith Casal

Ser sincero é uma atitude muito valorizada socialmente. Desde crianças somos ensinados a evitar as mentiras, mas também desde crianças somos ensinados a mentir. Aprendemos que algumas mentiras podem nos trazer benefícios interessantes e que, no fim das contas, poucas vezes somos descobertos, portanto acabam sendo uma boa opção.

Ser sincero não é cometer “sincericídio”, isto é, andar pela vida ventilando a verdade sem filtros. Nesses casos talvez a intenção não seja realmente dizer a verdade, mas sim usá-la para realizar um ato de agressão, de vaidade ou simplesmente para liberar a ira, de forma justificada com o pretexto da sinceridade. Contudo, em geral, a sinceridade não apenas é uma grande virtude, mas também traz grandes benefícios. Os relacionamentos com os outros melhoram notavelmente quando somos sinceros. Também recebemos sinceridade em troca e não damos lugar a mal-entendidos. Mas, além disso, ser sincero também é uma coisa que afeta nossa saúde de forma positiva. A seguir, apresentamos três razões que dão sustentação a esta afirmação.

Ser sincero aumenta a sua autoestima

Uma pesquisa realizada pelo psicólogo Robert S. Feldman, da Universidade de Massachusetts, revelou que as pessoas mentem em média uma vez a cada dez minutos de conversa. Também concluiu que a principal razão pela qual as pessoas mentem é para parecerem mais simpáticas e/ou competentes do que realmente são. Em outras palavras, para despertar o agrado ou a admiração das outras pessoas.

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Com base nisto, outros especialistas apontaram que este tipo de mentira cumpre o papel de encobrir a realidade de algumas pessoas. O motivo é que no fundo elas acham suas vidas e seu jeito de ser pouco interessantes e pouco dignas de serem consideradas pelos outros.

Com base nisto, outros especialistas apontaram que este tipo de mentira cumpre o papel de encobrir a realidade de algumas pessoas. O motivo é que no fundo elas acham suas vidas e seu jeito de ser pouco interessantes e pouco dignas de serem consideradas pelos outros.

Ser sincero reduz a ansiedade

O problema de falar uma mentira é que ela induz a um ciclo interminável de falsidades. Se você diz que é uma estrela do rock, terá que inventar mais cem mentiras para que isto seja crível. Para alguém que mente, o pior que pode lhe acontecer é ser descoberto no flagra.E aí, você não apenas terá que contar com uma boa imaginação, mas também provavelmente terá que passar muito tempo tentando dar coerência ao seu discurso para não ser pego na mentira. Também precisará de uma boa memória, para não cair em contradições.
Isto, então, exige um tremendo gasto emocional que, cedo ou tarde, se traduz em estresse e ansiedade. É bom manter em alerta os mecanismos de atenção para não se enroscar e aumentar ainda mais o grau de tensão.

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Quando você é sincero, nunca precisará carregar tamanho peso. Não precisa andar construindo explicações, nem usando tempo para enfeitar a sua versão com detalhes que a tornem crível. Isto lhe permite estar mais relaxado e agir com mais naturalidade, o que evita um enorme gasto de energia emocional que você precisa para outras coisas mais importantes.

Uma pesquisa sobre sinceridade e saúde

A doutora Anita E. Kelly, professora de psicologia da Universidade de Notre Dame e diretora da Fundação Templeton, realizou uma pesquisa para investigar quais eram os efeitos da sinceridade sobre a saúde.

Para isto, conseguiu 72 voluntários e os dividiu em dois grupos: um deles foi instruído para que fosse estritamente sincero em todas as suas conversas, enquanto o outro não recebeu nenhuma orientação. Os que deveriam ser sinceros não poderiam mentir nem sequer em temas menores ou aparentemente triviais. Este exercício durou cinco semanas.
Durante o tempo da pesquisa, os voluntários de ambos os grupos foram submetidos a um acompanhamento da sua saúde, ao mesmo tempo em que semanalmente eram feitos testes com polígrafo. Uma vez finalizada a experiência, notou-se uma clara diferença na condição de saúde daqueles que eram sinceros e daqueles que mentiam.

Os primeiros apresentaram menos dores de cabeça, dores de garganta, náuseas e tonturas, enquanto que os segundos mantinham esse tipo de sintomas sem nenhuma alteração.

TEXTO ORIGINAL DE A MENTE É MARAVILHOSA

Imagem de capa: Cookie Studio/shutterstock

“Quando o seu melhor, ainda não é bom o suficiente para a pessoa, então é hora de mudar de direção.”

“Quando o seu melhor, ainda não é bom o suficiente para a pessoa, então é hora de mudar de direção.”

“Quando o seu melhor, ainda não é bom o suficiente para a pessoa, então é hora de mudar de direção. Fique com alguém que valorize seus esforços”. Jey Leonardo

Alguns relacionamentos são verdadeiras ciladas. Só um parceiro abre mão e exerce a tolerância. Só um parceiro pede perdão mesmo não sendo culpado. Enquanto este último torce para a discussão acabar, o outro faz questão de desenterrar uma briga do passado e iniciar uma verdadeira evocação aos mortos, que retornam numa reprise complexa, onde é preciso novamente explicar, dar nomes, se cansar e sangrar do corte quase adormecido.

Para alguns, é muito fácil saltar a linha abismal que separa a educação do desaforo. Não sabem conversar de uma maneira respeitosa. Se sabem, fazem questão de esquecer. A cena romântica se desfaz rapidamente, o clima azeda, a calmaria cessa. Há um grito que deve ser liberado naquele momento. Há uma cólera que deve ser despejada. O outro precisa escutar. Enquanto o parceiro, que já está acostumado a viver pisando em ovos, luta para detectar a falha, o outro continua berrando.

“Quem ama não vai embora”. Será? Não há amor que resista a histeria verborrágica de um parceiro que diz tudo que pensa. Que se defende dizendo que é muito franco, quando na verdade, é um egoísta incorrigível, um tolo. Que não respeita os sentimentos do outro, o lugar que está, muito menos avalia se as pessoas ao redor desejam ser plateia de um atrito que deveria ser resolvido num diálogo cordial, longe do binóculo alheio.

Numa relação amorosa tem de haver duas partes interessadas, e não uma que ama e outra, que é apenas interesseira. Ao atender suas próprias vontades, em nome de um controle cego que subestima a inteligência do outro e duvida de sua capacidade de reação, o interesseiro se convence de que tem a posse do parceiro, e essa certeza, é a âncora que ele utiliza para impedir que o outro se desvencilhe.

Aperfeiçoar a tolerância para não ferir o outro, não significa perder a voz e a capacidade de se posicionar. Se na maior parte do tempo, o relacionamento proporciona clima de guerra e um parceiro está, constantemente, apagando as chamas de um incêndio que não causou, lutando para desatar intrigas e desconfianças, que não consegue sequer suspeitar a origem, já passou da hora de dar um basta.

Não há amor que resista ao furor dos dedos apontados em nome de questões irrelevantes, que não passam de insinuações infundadas e encenações. Sem respeito, nenhum relacionamento progride. Se há sempre uma parte nula, que não tem a oportunidade de falar, que é sempre o lado que viola o amor-próprio para dar continuidade a um pseudoamor que maltrata, humilha e faz tudo para provar que o erro é sempre unilateral, está na hora de repensar qual é o propósito dessa relação.

Imagem de capa: Zwiebackesser/shutterstock

 

Primeiro fique sozinho. Primeiro comece a se divertir sozinho.

Primeiro fique sozinho. Primeiro comece a se divertir sozinho.

POR OSHO

Primeiro fique sozinho.
Primeiro comece a se divertir sozinho.
Primeiro amar a si mesmo.

Primeiro ser tão autenticamente feliz, que se ninguém vem, não importa; você está cheio, transbordando.

Se ninguém bate à sua porta, está tudo bem – Você não está em falta.
Você não está esperando por alguém para vir e bater à porta.
Você está em casa.

Se alguém vier, bom, belo.
Se ninguém vier, também é bom e belo

Em seguida, você pode passar para um relacionamento.

Agora você se move como um mestre, não como um mendigo.
Agora você se move como um imperador, não como um mendigo.
E a pessoa que viveu em sua solidão será sempre atraído para outra pessoa que também está vivendo sua solidão lindamente, porque o mesmo atrai o mesmo.

Quando dois mestres se encontram – mestres do seu ser, de sua solidão – felicidade não é apenas acrescentada: é multiplicada.

Torna-se uma tremendo fenômeno de celebração.
E eles não exploram um ao outro, eles compartilham.

Eles não utilizam o outro.

Em vez disso, pelo contrário, ambos tornam-se UM e desfrutam da existência que os rodeia.

Osho

15 razões pelas quais viajantes frequentes são mais propensos a ser bem sucedidos

15 razões pelas quais viajantes frequentes são mais propensos a ser bem sucedidos

Mesmo sabendo que o entendimento do que é sucesso varia de pessoa para pessoa, é fato que nem todos são capazes de alcançá-lo. Sendo assim, o que de diferente acontece que faz com que algumas pessoas sejam bem sucedidas e outras não?

Muita coisa já foi escrita sobre as habilidades e os hábitos necessários para viver uma vida bem sucedida e eu acho que a maioria de nós conhece as próprias características pessoais que poderiam ser melhor trabalhadas para aumentar coisas como a confiança ou mesmo superar medos.

Os viajantes frequentes, por serem pessoas constantemente em movimento, aprendem muitas habilidades para a vida explorando o mundo.

Aqui estão 14 razões pelas quais os viajantes frequentes são mais propensos a ser bem sucedidos.

1. Eles sabem como prosperar fora da sua zona de conforto

Quem viaja frequentemente passa por situações desconhecidas regularmente. As viagens exigem contado e adaptação como o novo para que as mais simples necessidades sejam supridas. Diante de inúmeras novas experiências, o viajante aprende valiosas estratégias de enfrentamento que o ajudam a lidar com incertezas e a manter a calma nos momentos em que a vida lhe exige essa habilidade. Adaptar-se fora da zona de conforto é uma habilidade fundamental para o sucesso nos negócios e para liderar pessoas, mas, além disso, a capacidade de adaptação tem sido uma das maiores habilidades de sobrevivência humana ao longo dos séculos.

2. Eles recebem as mudanças de braços abertos

Os viajantes chamam por novidades. Pessoas constantemente cercadas por coisas novas e diferentes previnem o tédio e aprendem a se concentrar melhor mesmo no meio de diversos estímulos. Esta maneira de pensar inspira a inovação e a criatividade.

3. Eles sabem como administrar as suas emoções

Quem viaja frequentemente também experimenta níveis variados de estresse em sua rotina; passam por conexões aéreas em tempo recorde, são interrogados por guardas de fronteira e têm que lidar também, algumas vezes, com funcionários de hotel que podem não ser tão solícitos quanto seria esperado. Os viajantes aprimoram a capacidade de gerir as emoções e manter-se calmos sob pressão desenvolvendo uma melhor consciência de si e de seus sentimentos em momentos de crise. O autoconhecimento aumenta a produtividade e ajuda as pessoas a encontrarem as motivações que realmente podem fazê-las felizes.

4. Eles confiam mais e sabem que nem sempre precisam estar no controle

Os viajantes têm que confiar em pessoas que não conheciam direito. Eles lidam com as barreiras linguísticas, motoristas de táxi em cidades estranhas e, muitas vezes, ficam dependentes da bondade de estranhos. Aceitar o fato de que nem sempre se pode estar no controle de tudo ajuda a construir novos relacionamentos. Os viajantes desenvolvem a confiança em sua própria capacidade de escolher amigos e conhecidos que são verdadeiros e de confiança.

5. Eles conseguem superar o medo

A chave do sucesso está na tomada de decisões. Quando uma pessoa viaja muito, ela se coloca em situações onde não há volta e a escolha deve ser imediata. As coisas acontecem rapidamente e decisões são exigidas fazendo com que as pessoas enfrentem os medos de frente e desenvolvam habilidades de confronto a ação apesar do medo.

6. Eles reconhecem e aproveitam as oportunidades

Os viajantes têm um leque maior de experiências e de conhecimento sobre o mundo. Eles aprendem novas e melhores formas de fazer as coisas, uma vez que estão sendo expostos a diferentes costumes e culturas. Esse conhecimento os ajuda a reconhecer as oportunidades para melhorar e inovar em situações subsequentes de suas vidas.

7. Eles sabem como negociar para conseguir o que querem

Os viajantes aprendem a negociar para não serem passados para trás. Uma boa capacidade de negociação é necessária para conseguir o que se quer ou precisa, sem ser necessário o uso da força ou da agressividade. Esta habilidade é importante para influenciar aos outros e ajudá-los a compreender e aceitar suas ideias: assim trabalha um líder.

8. Eles veem beleza onde a maioria não vê

Estar sempre em contato com coisas diferentes aguça o cérebro do viajante para focar sua atenção no que é belo: a mente e os olhos ficam mais afiados. As pessoas que viajam veem beleza onde os outros veem rotina e banalidade. Esta habilidade pertence a grandes fotógrafos, escritores e poetas. É a habilidade de fertilizar o jardim onde a inspiração crescerá.

9. Eles são mais confiantes e têm mais jogo de cintura quando se sentem vulneráveis

Pessoas que viajam muito aprendem a confiar em si mesmas e têm mais certeza de que podem conseguir o que querem. Essa crença as ajuda a serem persistentes em face de obstáculos e a recuperarem-se melhor depois dos “tombos” da vida”.

10. Eles compreendem melhor as diferenças individuais entre as pessoas e são mais receptivos

Os viajantes sempre conhecem pessoas novas. Eles tornam-se bons em fazer perguntas para saber mais sobre as pessoas que conhecem e sobre suas opiniões, cidades e cultura geral. As perguntas vêm naturalmente por causa da curiosidade nata dos viajantes. Existe um constante desejo de aprender sobre os lugares que visitam. Isso inspira grandes conversas que ajudam os viajantes a compreenderem e aceitarem as pessoa e seus pontos de vista em um nível mais profundo. Eles fazem amigos com facilidade e são pessoas mais fáceis de se gostar exatamente  por causa disso.

11. Eles sabem quando devem aproveitar melhor o presente.

Aprender a viver o momento tem muitos benefícios físicos e mentais. As pessoas que viajam com frequência conhecem o seu tempo e sabem que ele é passageiro. Isso os ajuda a viver o momento com mais qualidade.

12.Eles entendem a importância de ouvir

Esta é uma habilidade de vida que muitas pessoas têm grande dificuldade em compreender. Aprender a se concentrar e realmente ouvir o que as pessoas dizem é um grande ingrediente para o sucesso na vida. Alcançar o sucesso está muito relacionado com a construção de relacionamentos e construir relacionamentos fortes significa esforçar-se para compreender as pessoas. Pessoas que viajam muito sabem que você realmente precisa ouvir para ter uma boa compreensão. E, dentre outras coisas, relacionar-se com pessoas em outros idiomas promove um bom treino.

13. Eles são menos críticos e mais empáticos

Grandes líderes conhecem a importância de se relacionar com os outros de maneira leal e transparente. Os viajantes  aprendem a mostrar empatia e evitar a criticidade descabida que afasta as pessoas. A empatia vem de uma vontade de entender e as pessoas que viajam desenvolvem essa habilidade com muitas horas de treino.

14. Podem não ser ricos, mas eles sabem como poupar e gastar sabiamente

Quem viaja frequentemente aprende a administrar melhor seu orçamento para que o dinheiro renda mais. Os viajante aprendem que é possível gastar menos mas, mesmo assim, viver bem em uma série de países.

15.  Os viajantes sabem também que “aquele que percorre as estradas do mundo é melhor preparado para percorrer as estradas da sua própria alma.”

Viajar inspira e educa, influencia em nosso caráter e nos permite desenvolver habilidades naturalmente. Quem aprende e usa com zelo suas habilidades se torna mais propenso a alcançar o sucesso que almeja para si.

Aquele que tanto percorre as estradas do mundo é melhor preparado para percorrer as estradas da sua própria alma. Seu pisar é firme e seguro e, na velocidade certa, ele não perde, na pressa, o encantamento das paisagens.

Faça um boa viagem!

Por Tracey Tullis

Do original  15 Reasons Why Frequent Travelers Are More Likely To Be Successful

Traduzido e adaptado para o português por Josie Conti

Imagem de capa: qoppi/shutterstock

Quem são as pessoas com “dedo podre”? – Flávio Gikovate

Quem são as pessoas com “dedo podre”? – Flávio Gikovate
(Sao Paulo,SP. .03.2008. h. Foto Eduardo Knapp/Folha Imagem) Digital SP01829 2008 Caderno Equilibrio. Foto do psicoterapeuta Flavio Gikovate, no quintal de seu consultorio na Rua Estados Unidos. Gikovate esta lancando livro sobre o tema AMOR

Por que algumas pessoas tendem a escolher um tipo de parceiro sentimental mais egoísta, não confiável, folgado, exigente, agressivo, enfim, alguém de difícil convívio que as farão sofrer?
O curioso é que são as pessoas mais legais que reincidem nesses critérios de escolha, o que também mostra que a escolha amorosa não é tão casual como muitos imaginam…

Para mais informações sobre Flávio Gikovate
Site: www.flaviogikovate.com.br
Facebook: www.facebook.com/FGikovate
Twitter: www.twitter.com/flavio_gikovate
Livros: www.gikovatelojavirtual.com.br


Esse blog possui a autorização de Flávio Gikovate para reprodução desse material.

Imagem de capa: Mintybear/shutterstock

8 coisas do seu cotidiano que são crimes por aí

8 coisas do seu cotidiano que são crimes por aí

Embora saibamos que posturas excessivamente conservadoras e extremistas são fruto de governos que usam a religião para a manutenção do poder e de interesses políticos, é importante que o mundo tenha contato com o que está acontecendo nesses locais. Enquanto no Brasil discute-se o que se pode ou não publicar numa biografia não autorizada, outros locais têm penas de tortura e censura legalizados.
Abaixo transcrevo uma reportagem da Revista Superinteressante que lista e explica 8 tópicos: são comportamentos rotineiros entre nós, porém ainda crimes em alguns locais do mundo.

Josie Conti

Em setembro de 2011, a história de Kainat Soomro comoveu o mundo. A paquistanesa de 17 anos foi sequestrada, estuprada por 4 homens e, por pouco, não teve que morrer para lavar a própria honra. É que, segundo a tradição islâmica, mulheres que fazem sexo antes do casamento trazem vergonha para a família e devem ser punidas com a morte. Mas a família de Soomro enfrentou a tradição. O resultado: eles foram perseguidos, receberam ameaças de morte e tiveram a casa atacada.

Casos como esse reforçam a polêmica em torno do islamismo no ocidente. Claro, nem todas as nações islâmicas são tão radicais. Mas casos extremos e fundamentalismo existem em qualquer lugar e religião. Aqui, mostramos coisas que são comuns no seu dia-a-dia, mas que seriam condenáveis em países muçulmanos conservadores:

1. Acessar a internet livremente:

Você que passa horas navegando na web e adora falar mal do governo pelo Facebook, jogue as mãos para o céu e agradeça por morar no Brasil. Durante o regime de Hosni Mubarak, o Egito não censurou diretamente a internet, mas manteve seus principais blogueiros e críticos do governo sob constante vigia. Mubarak caiu, mas a prática continua. Pessoas têm sido perseguidas, ameaçadas e até presas por criticar os rumos do país na web, segundo um relatório do Reporters Without Boarders de março de 2012.

Outro país com restrições é o Irã. No começo do ano, quando a Revolução Islâmica completou 33 anos, o acesso a contas de e-mail e redes sociais foi cortado. Havia boatos de que protestos contra o governo estavam sendo organizados na época. No dia 25 de setembro, vários jornais internacionais divulgaram que o país parece já ter as bases técnicas para criar uma rede online nacional. Os iranianos teriam, então, sua própria rede de internet, separada da web que o resto do mundo usa. E isso, obviamente, só aumentaria o controle sobre as informações que podem ser acessadas no país.

2. Beber cerveja:

Várias passagens do Alcorão afirmam que todos os produtos intoxicantes são proibidos. Por isso, países como Líbia, Irã, Paquistão e Arábia Saudita tornaram as bebidas alcoólicas ilegais. Na Arábia Saudita, você só conseguirá consumir álcool se for um diplomata estrangeiro. Ou se arranjar uma garrafa com um contrabandista. Há décadas, os líbios só conseguem beber cerveja ou vinho assim: comprando no mercado negro. E no Irã, onde o mais comum é produzir a própria cerveja em casa, a punição para quem é pego bebendo não é nada leve: são 80 chicotadas.

3. Namorar:

Muçulmanos não podem ter nenhum tipo de intimidade com pessoas do sexo oposto de fora da família antes do casamento. Nada de tirar um tempo para conhecer melhor o pretendente, nada de criar intimidade antes do casório. A escolha do marido ou esposa segue o padrão do Islã: é a família quem decide, depois de muito planejamento e ponderação, sem estar sob o efeito da agitação dos hormônios dos jovens.

Apesar de “mortes por honra” serem ilegais na Arábia Saudita, quase não há condenação a esse tipo de assassinato. No Paquistão, as coisas melhoram um pouco: sexo fora do casamento não é mais punido com a morte, mas com uma prisão de até 5 anos. No Irã, uma pessoa solteira que fizer sexo pode levar 100 chicotadas.

4. Dirigir carros (se for mulher):

Em setembro de 2011, as mulheres da Arábia Saudita conquistaram um direito básico: o de poder votar e concorrer às eleições locais pela primeira vez. Não que a gente possa se gabar. Mulheres brasileiras só puderam votar em 1932. Agora, as sauditas tentam quebrar outra barreira para sua independência: poder dirigir um automóvel.

No ano passado, Manal al-Sharif, de 32 anos, foi presa apenas por ter divulgado um vídeo em que dirigia. Outra mulher, identificada apenas como Shema, foi condenada a 10 chicotadas por ter desrespeitado a ordem de não dirigir. Essa restrição é feita pelos religiosos muçulmanos. E o mais chocante é que não existe uma lei escrita que proíba a ação no país. Mesmo assim, as punições contra quem descumpre a regra são feitas de forma oficial, como a prisão de Manal.

5. Viajar desacompanhada (se for mulher):

Nos Emirados Árabes, um país mais liberal, as mulheres podem dirigir. A proibição fica por conta das passageiras. Uma moça só pode pegar um táxi sozinha em Dubai se outra estiver ao volante. Na Arábia Saudita, as mulheres sofrem diversas restrições: não podem escolher as próprias roupas, não têm direito sobre o próprio corpo e não podem viajar sem a permissão do marido ou pai. Esta última regra é tão rígida que está afetando até estrangeiras que chegam ao país. Quase mil peregrinas muçulmanas vindas da Nigéria foram detidas esta semana pelas autoridades sauditas por estarem sem acompanhantes. As mulheres, que tinham como destino a cidade de Meca, estão sendo ameaçadas de deportação.

6. Raspar a barba:

Se você é do tipo que reclama sempre que tem que fazer a barba, pense duas vezes na próxima vez. Em alguns países islâmicos, a prática é reprovada e pode gerar até perseguições religiosas. Segundo algumas interpretações do Alcorão, o ato de raspar a barba é pecado. No Egito, religiosos muçulmanos que seguem essa linha estão em uma campanha informal para convencer os barbeiros a deixar de oferecer o serviço. O barbeiro Bahaa Shaaba contou ao site Egypt Independent que seu estabelecimento foi invadido por homens que lhe acusaram de pecador e disseram que ele pagaria por isso no dia do julgamento.

Depilar o rosto ou arrancar os pelos que estão sobrando também não é de bom tom. Mas, se depender de alguns barbeiros, a prática deve continuar. “Para ser honesto, ficamos com medo de ir para o inferno e paramos de barbear as pessoas durante uma semana. Então, percebemos que íamos falir, e voltamos a fazer o serviço”, disse Shaaban.

7. Ler o livro que você quiser:

“A imprensa é livre para expressar sua opinião, desde que ela não seja contra a fundação do Islã ou dos direitos das pessoas, e a lei vai explicar os detalhes”. Esse é o artigo 24 da Constituição da República Islâmica do Irã. Na prática, esses detalhes proíbem, entre outras coisas, qualquer obra que crie uma atmosfera de perda dos valores nacionais ou de valorização da cultura ocidental.

Você já sabe o que aconteceu depois: diversos livros foram banidos do Irã. Entre eles, alguns best-sellers, como “O Código da Vinci”, de Dan Brown, e algumas publicações políticas importantes como “O Contrato Social”, de Jean-Jacques Rousseau. Além disso, escritores conceituados, como Gabriel García Márquez e seu livro “Memória de Minhas Putas Tristes”, estão banidos. Ah, “O Zahir”, do brasileiro Paulo Coelho também está na lista dos proibidos.

8. Ser gay, lésbica ou bissexual:

Mesmo com todo o preconceito que ainda existe com os homossexuais no mundo ocidental, ainda estamos na frente de muitos países islâmicos neste tema. O Islã deixa sua posição sobre o assunto bem clara: a homossexualidade é proibida.  As explicações variam. Alguns afirmam que isso distorce a ordem natural na qual Deus criou os seres humanos. Outros dizem que isso leva à destruição da família e da instituição do casamento. As duas justificativas se parecem bastante com o argumento dos religiosos cristãos contra os gays. Mas pode ser pior.

No Líbano, onde a homossexualidade é ilegal, 36 homens foram presos e torturados porque estavam em um cinema pornô-gay no começo de agosto.  No Afeganistão, a orientação sexual também dá cadeia. Sudão e Arábia Saudita têm pena de morte para a os gays. Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, onde também há a pena de morte nesses casos, declarou em entrevista a CNN nesta semana que a homossexualidade é “um comportamento muito desagradável” proibido por “todos os profetas de todas as religiões e todas as fés”.

Imagem de capa: PH888/shutterstock

“Homem de verdade cuida do bebê para que a mãe durma o quanto ela precisa”

“Homem de verdade cuida do bebê para que a mãe durma o quanto ela precisa”

Infelizmente, ainda há quem ache que cuidar dos filhos é um trabalho exclusivo da mulher. O depoimento de um pai sobre o que é paternidade ativa foi publicado na rede social Imgur e está fazendo sucesso e provocando uma discussão importante sobre o papel do homem na criação e cuidado dos filhos.

O fato é que muitos homens acham que é natural estarem ausentes nos cuidados básicos enquanto os filhos são bebês, deixando apenas para as mães todo o trabalho duro e responsabilidade.

No post original, o rapaz comemora e enaltece a paternidade após uma árdua luta para se curar de um câncer de testículo.

“Quero dar uma dica importante para os pais: Homem de verdade cuida do bebê para que a mãe durma o quanto ela precisa. Ser mãe é muito difícil! Então, pare de reclamar e seja o marido dos sonhos que ela merece”, disse.

Um verdadeiro tapa na cara de quem acha que o papel do pai é apenas prover, enquanto a mãe faz o trabalho realmente árduo de cuidado e criação.

Foto: Reprodução/Imgur. Fonte: Razões Para Acreditar.

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