Alcoolismo juvenil: por que nossos jovens precisam se embriagar?

Alcoolismo juvenil: por que nossos jovens precisam se embriagar?

Desculpe falar assim “na lata”, mas álcool é droga, sinto muito. Pior que isso, o álcool é uma droga lícita, aceita, louvada e, muitas vezes, seu uso é incentivado pelos próprios familiares. Para ficar ainda pior, custa extremamente barato. É possível comprar uma garrafa de cachaça em qualquer esquina do Brasil por menos de dez reais.

Beber álcool é um hábito visto com olhos muito pouco críticos, como se fosse algo inofensivo. Aliás, a grande maioria das pessoas acredita que diversão e vida social não são coisas possíveis sem um copinho de birita na mão. Bem… antes fosse apenas um copinho.

As bebidas alcoólicas constituem as drogas legalizadas mais consumidas em nosso país. Brasileiro parece ter absoluta certeza de que festa sem algumas doses, não é festa. Bebe-se antes, durante e depois das refeições, bebe-se para comemorar, bebe-se para relaxar, bebe-se para esquecer. Acontece que essa insanidade coletiva não fica apenas na conta dos adultos; nossos jovens estão adquirindo o hábito de beber cada vez mais precocemente.

Mas afinal, o que pode levar um jovem, em plena melhor fase da vida, com um corpo cheio de energia vital e com incontáveis possibilidades de escolha para passar o tempo e aproveitar a vida, a achar que é uma boa ideia entorpecer o cérebro e matar alguns muitos neurônios afogados em porres de vodka, cerveja e tequila?!

O jovem bebe porque tem acesso, porque tem exemplo e porque desenvolve a crença errônea de que ficar embriagado vai resolver seus problemas de autoestima, timidez e falta de desenvoltura social. Quando está sozinho e pode refletir, o jovem até sabe que o álcool é prejudicial e que aquele efeito entorpecente não há de ser benéfico. Mas, quando está cercado pela turma, a teoria morre afogada no primeiro “shot”.

Por lei, menores de idade não podem comprar bebida alcoólica no Brasil. No entanto, a coisa mais fácil do mundo é sair de um supermercado de ambiente feliz e familiar com garrafas e latinhas, cuja quantidade seria suficiente para deixar de pilequinho a vizinhança inteira. E, se a lei não é cumprida, quem vai se responsabilizar pelo consumo de álcool dos menores? A família, que anda cada vez mais omissa? A escola, que finge que não vê o problema? Os órgãos de saúde, que andam mais trôpegos que um bebum em fim de balada?

Basta dar uma chegadinha em qualquer festinha, barzinho ou balada frequentada por jovens com idade entre 13 e 17 anos para observar a quantidade de meninos e meninas embriagados, andando pelo meio dos carros, completamente desorientados, agarrados a litros de bebida, passados de mão em mão e tragados com desenvoltura, diretamente no gargalo.

Dados inéditos de uma pesquisa sobre o uso de drogas entre os alunos de escolas particulares da cidade de São Paulo revelam que um em cada três estudantes do ensino médio se embriagou pelo menos uma vez no mês anterior ao levantamento.

Uma pesquisa realizada pelo Cebrid (Centro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) da Unifesp, ouviu mais de cinco mil alunos do ensino fundamental e médio de trinta e sete escolas particulares da cidade de São Paulo; os dados são alarmantes. Entre os estudantes do ensino fundamental (8º e 9º anos), o total dos que se embriagaram ao menos uma vez no último mês é de 24%. Os jovens ouvidos têm entre 13 e 15 anos.

O pileque, ao contrário do que muita gente quer acreditar, não é uma brincadeira inocente. Sua prática, em verdade, é uma consequência imediata do conceito absurdo que beber é uma prática social. Crianças brasileiras crescem assistindo seus familiares entornando copos de bebida nos mais variados eventos.

É por isso que nossos meninos e meninas chegam à adolescência acreditando que ter um copo de álcool na mão é símbolo de status e de maturidade. Acontece que essa crença distorcida pode vir acompanhada de tragédias anunciadas: jovens morrem atropelados por estarem embriagados, jovens atropelam pessoas inocentes por estarem embriagados, crimes de estupro e abusos crescem assustadoramente em ambientes regados a bebida alcoólica.

O uso costumeiro de álcool desencadeia um processo inflamatório no cérebro, alterando as reações químicas e, consequentemente, as ações provenientes de sinapses neuronais. Jovens habituados a beber têm prejuízos de memória, concentração, atenção e podem desenvolver distúrbios de aprendizagem e transtornos de humor.

E é por isso que nós, os adultos, precisamos acordar e entender que é nossa responsabilidade prevenir e proteger nossas crianças dos perigos iminentes que o uso dessa droga lícita pode oferecer. E acontece que campanha nenhuma vai funcionar enquanto as mídias sociais continuarem inundadas de publicidade que associa o consumo de bebida à prazer, poder e liberdade. Nada será suficiente para alertar essa garotada, enquanto ficar alcoolizado for uma prática recorrente em festas familiares.

Imagem de capa meramente ilustrativa: cena do filme “Aos treze”.

“Foi mal!” Estratégias infantis para escapar das responsabilidades!

“Foi mal!” Estratégias infantis para escapar das responsabilidades!

Alegar ignorância sobre o que quer que seja não pode servir como desculpa para atitudes movidas por desvio de caráter. Caráter é aquilo que forja a essência da pessoa. Diante de uma situação de afronta aos direitos alheios; à proteção à vida; à garantia da liberdade e à defesa da equidade, acende dentro de nós uma luz vermelha; faz soar em nossas consciências um alerta: ISSO NÃO É CERTO! ESSA ATITUDE É DESLEAL! ESSA CONDUTA É DESONESTA! ESSA POSTURA É DESUMANA!

Nossas ações, mesmo as mais singelas ou despretensiosas, revelam muito sobre nós. Ao cruzarmos no caminho com um semelhante tombado por seus erros, numa dessas esquinas quaisquer da vida e, imediatamente, realizarmos um julgamento, deveríamos nos preocupar bastante com o risco da queda. Visto que nenhum de nós está livre de falhar ou de falir, deveríamos ser capazes de olhar para os tombos alheios com um tantinho a mais de coragem para esticar a mão e um punhado a menos de tranquilidade para torcer o nariz e ser tão complacente com os próprios erros.

A desgraça alheia nos assusta, como se fosse uma doença contagiosa. Somos tão despreparadas para trilhar desvios, que escolhemos, sem pestanejar o caminho mais óbvio, confortável e que esteja em sintonia com o que pregam aqueles de nós que parecem ter nascido “com o traseiro virado para lua”! Ainda que o tal caminho nos aprisione num congestionamento de ideias pré-concebidas, é por ele que escolheremos caminhar.

Somos seres estranhos, capazes de nos aventurar em estradas abarrotadas rumo a destinos descolados, onde seremos exorcizados de uma carga de insatisfação, advinda da rotina de um trabalho insano e sem ideal. Carga essa que topamos encarar porque o sacrifício há de nos garantir um punhado a mais de coisas que consumimos vorazmente, na tentativa ridícula de aplacar uma sede que nenhuma coisa consumível é capaz de saciar. E, nos apegamos a essa exaustão emocional como desculpa esfarrapada para justificar todos, ou grande parte, dos nossos erros.

A parte complicada dessa engrenagem é que nada nos sacia! A sede, que não cede, faz de nós criaturas incapazes de enxergar os tantos que deixamos para trás de nós, atropelados por nossa infinita carência de tudo. E quando, por algum descuido tomamos a ousada decisão de olhar para o outro que inadvertidamente derrubamos, é com uma surpreendente facilidade que acreditamos que nossas desculpas merecem imediata aceitação. Efeito automático! Proferimos um sonoro “Foi mal” e nos distanciamos imediatamente do estrago feito.

O fato é que despido de qualquer tipo de retratação, um pedido de desculpa chega a soar ofensivo. É a inequívoca confirmação da falta de compromisso e de respeito em relação a tudo que advém como consequência de uma falta nossa. Um pouco de disposição para ir além das aparências (das nossas, inclusive!), não nos faria mal algum. Imagine que revolucionário seria se a partir de agora, decidíssemos assumir que os outros merecem de nós alguma consideração; e além dela, o nosso genuíno esforço na intenção de reparar os estragos que fazemos.

Afinal, já que sai tão facilmente de nossas bocas o argumento de que “errar é humano”, que fosse incluída na categoria das humanidades, a capacidade de entender que há erros que modificam inúmeras existências ao nosso redor; que há erros que destroem irremediavelmente os sonhos alheios; que há erros que são indeléveis; que há erros que de tão definitivos nos atrelam para sempre às vidas daqueles a quem prejudicamos.

E, sim, é verdade que nenhum de nós está protegido de errar. É da nossa natureza! Também, é bem verdade que, não raras vezes, tropeçamos em nossos enganos de forma absolutamente acidental. Erramos sem querer errar. Também isso é da nossa natureza!

O que parece não fazer parte afinal, da nossa natureza é a gentil delicadeza de nos ver responsáveis pelos danos que causamos. O que precisa começar a compor a nossa forma de agir é alguma coisa mais inteira e mais próxima de nos tornar pessoas em quem se possa acreditar. Que brote dentro de cada um de nós uma força apaixonada que nos tire dessa postura mimada e medíocre, que nos faz acreditar que não importa o que façamos, sempre daremos um jeito de nos livrar da responsabilidade de reparar os estragos. Que em vez da culpa, esse sentimento inútil que reduz tudo a uma autoimolação e piedade de si mesmo, surja em nosso peito uma bravura que nos torne capazes de transformar um tosco pedido de desculpas numa mão estendida e firme na qual o outro possa, de fato, confiar.

Imagem de capa: shutterstock

Cultivar a gratidão muda fisicamente o seu cérebro

Cultivar a gratidão muda fisicamente o seu cérebro

Imagem de capa: Petar Paunchev/shutterstock

Deixando as dietas da moda de lado, todos nós sabemos a fórmula básica para se ter uma melhor saúde física: alimentação saudável combinada com exercícios regulares. O mesmo pode ser dito para a felicidade. Claro, a saúde mental é extremamente complexa, mas um estudo feito por Shawn Achor, pesquisador de Harvard, mostrou que o bem estar no dia a dia pode ser melhorado com uma simples atitude: cultivar a gratidão.

Segundo Achor, “algo tão simples como escrever as três coisas que você é grato todos os dias durante 21 dias em um papel aumenta significativamente o seu nível de otimismo”. O estudo ainda mostra que a gratidão aumenta sua força de vontade, ajuda a mantê-lo calmo e pode até mesmo aumentar a moral de funcionários dentro de uma organização.

Este é seu cérebro sendo grato.

Um outro estudo, de uma equipe de pesquisadores de Universidade de Indiana liderada por Prathik Kini, recrutou 43 indivíduos que sofriam de ansiedade ou depressão. Para metade deste grupo atribuiu-se um exercício simples de gratidão — escrever cartas de agradecimento para as pessoas de seu convívio — e três meses depois todos os 43 exames cerebrais foram submetidos.

Durante a análise dos exames, os indivíduos participaram de uma tarefa de gratidão em que eles foram informados que um benfeitor havia lhes dado uma soma de dinheiro e foram questionados se gostariam de doar uma parte dos fundos para a caridade como uma expressão de sua gratidão. Aqueles que doaram dinheiro mostraram um padrão particular de atividade em seus cérebros, mas que não foi a parte mais interessante dos dados.

O que era? Os participantes que tinham concluído a tarefa de gratidão meses antes não só relataram sentir mais gratidão duas semanas depois de concluírem a tarefa do que os membros do grupo de controle, como também meses mais tarde, de acordo com a análise dos exames cerebrais.

O resultado é interessante para os neurocientistas, mas também é potencialmente útil para o resto de nós. Isso sugere que quanto mais prática você der ao seu cérebro de sentir e expressar gratidão, mais ele se adaptará a essa mentalidade.

Em suma, praticar a gratidão parece gerar um ciclo saudável em seu cérebro. E quanto mais você praticar isso em sua vida, mais feliz e mais bem sucedido provavelmente será.

Ou, como Kini resume a pesquisa: “Quanto mais você praticar a gratidão, mais você desfrutará de seus benefícios psicológicos.”

Publicado originalmente em matheusdesouza.com

Sobre estar onde você está, onde quer que esteja

Sobre estar onde você está, onde quer que esteja

Segue então a pequena história compartilhada pelo mestre americano Ram Dass:

“Um dia eu estava sentado em um hotel no meio dos Estados Unidos e era um daqueles tipos de lugar realmente plásticos, tipo Holiday Inn, e eu cheguei, fui pro meu quarto e sentei, coloquei minha mesa de rituais e você sabe, aquela coisa toda. Eu estava tirando o cardápio e as coisas do lugar e era meio deprimente, e pensei, “bem, mais algumas semanas e estarei com a viagem encerrada e posso ir pra casa”. E então vi a dor que aquele pensamento estava criando em mim.

Então me levantei e saí do quarto, fechei a porta, dei uma volta no hall, retornei, abri a porta e gritei, “Estou em casa!”. Então entrei e me sentei, olhei e, bom, eu não decoraria aquilo particularmente daquela maneira, mas que diabos? Pensei: se não estou em casa no universo, ah garoto, então tenho um problema. Se eu disser “só posso estar em casa aqui, não lá”.

O que é casa? Casa é onde o coração está. Casa é a qualidade da presença. É a qualidade de ser onde quer que você esteja.”

— RAM DASS, via Dharmalog

Gostar menos é gostar mais?

Gostar menos é gostar mais?

Importar-se menos para não demonstrar o que sente é modinha?

Quem inventou isso?

Que ideia é essa de não se expressar pra não parecer “demais”?

E desde quando isso é ruim?

Me perdoem os ditadores dessa regra, mas amar é preciso e demonstrar é uma consequência do sentir.

Que perda de tempo não se expressar por medo!

Meu sentimento não depende do outro. Ele é meu! Minha expressão, meu ser, meu sentir…

Reprimir pode ser cruel e até doloroso, quando na verdade queremos mesmo é que o outro saiba que a gente gosta, que se importa, que pensa, que sente, que lembrou…

A modernidade das mensagens instantâneas está conectando todo mundo de forma rápida, porém superficial…está deixando todo mundo carente e careta! Vamos deixar de ser tão moderninhos… Para assuntos do coração, o bilhete de papel escrito à mão e uma ligação são artigos de luxo e tão orgânicos quanto um beijo na boca!

Temo que de tanto reprimir sentimentos por medo de parecer demais, a gente termine se acostumando com a falta de expressões de carinho. Deixe o outro saber! Vai que ele sente o mesmo?

Diga que gosta, que sente, que ama! Isso é genuíno! É tão nosso, tão natural quanto bocejar… reprimir nunca será forma de expressão. Medo é ilusão e não solução!

Vamos ser mais! Porque miserinha de sentimento ninguém precisa. Vamos transbordar. Melhor ser de mais que de menos. Mais amor, mais demonstração de afeto e dane-se o resto!

Imagem de capa: vectorfusionart/shutterstock

12 curiosidades que você não sabia sobre o Pequeno Príncipe

12 curiosidades que você não sabia sobre o Pequeno Príncipe

O Pequeno Príncipe é uma obra fantástica recheada de milhares de simbologias e significados. Eu diria que cada um de nós se vê retratado em algum ponto da obra. Disfarçado de uma obra infantil, esse diminuto livro (reescrito várias vezes para assim ficar) nos faz pensar profundamente sobre temas universais como o amor e a amizade. No entanto, falar do Pequeno Príncipe e não citar seu autor, o escritor e aviador Antoine de Saint-Exupéry é quase impossível, pois ele mesmo parece estar retratado na obra. Além do mais, muito do que aparece no livro diz respeito diretamente à vida pessoal do autor, um homem apaixonante que conquistou o coração não só de Consuelo, sua esposa, mas também o nosso.

contioutra.com - 12 curiosidades que você não sabia sobre o Pequeno PríncipeAcima: Foto de Antoine de Saint-Exupéry e sua esposa, a salvadorenha Consuelo.

1 – Antoine de Saint-Exupéry, o escritor do Pequeno Príncipe era um conde

O escritor do Pequeno Príncipe tinha um nome longuíssimo: Antoine Jean-Baptiste Marie Roger Foscolombe e tinha um título de nobreza que lhe conferia o status de Conde de Saint-Exupéry. No final das contas chamavam-no de Antoine de Saint-Exupéry ou, para os íntimos, Tonio apenas. Ele era um conde, mas trabalhava como aviador contratado para fazer entregas postais.

2 – A obra O Pequeno Príncipe só existiu por causa de uma pane no avião de Antoine

No ano novo de 1936, o avião que Antoine de Saint-Exupéry pilotava, autor do Pequeno Príncipe, caiu no deserto do Saara e ele passou quatro dias sofrendo de desidratação, fome, e tendo alucinações, até ser resgatado por um beduíno. A ideia para a história do pequeno príncipe surgiu aí.

3- Antoine ficou perdido no Saara porque estava atolado em dívidas

Apesar da sua situação econômica não andar muito boa, Antoine de Saint-Exupéry não resistiu à tentação de comprar um avião. No fundo ele pretendia ganhar um prêmio com ele: o Ministério da Aeronáutica da França oferecia 150.000 francos a quem batesse o recorde de tempo no trajeto Paris-Saigon. No entanto, sua situação econômica ficou tão crítica na época, principalmente depois do gasto excessivo, que lhe cortaram a luz e o gás do apartamento. Pressionado pela situação e querendo ganhar o prêmio a todo o custo, Antoine caiu no Saara, fato que o inspirou a criar o Pequeno Príncipe.

4- Consuelo, a esposa de Exupéry era a rosa do livro O Pequeno Príncipe

A rosa que tanto tosse na história do pequeno Príncipe é Consuelo, que sofre de asma. A rosa é frágil e de personalidade forte, assim como a esposa de Antoine. O relacionamento de Antoine e Consuelo foi marcado por idas e vindas. Assim como o Príncipe, Antoine vivia partindo e voltando para sua esposa e apesar das brigas e diferenças ele demonstrava grande fascínio por ela, uma artista nata, cheia de convicções e bastante enigmática. Para alguns Consuelo era um tipo de Sherazade, pois ela contava muitas histórias acerca de si, a ponto de confundir as pessoas sobre seu passado. Por isso ela era chamada de Sherazade dos trópicos, já que nascera em El Salvador.

5- Antoine pediu sua esposa em casamento horas depois de tê-la conhecido

Em Buenos Aires Antoine conheceu a salvadorenha Consuelo. Ela se encantou com sua figura: um homem de quase 2 metros de altura, audacioso e aventureiro, aviador, com jeito de garotão, que tocava piano. Ele a pediu em casamento naquele mesmo dia, horas depois de tê-la conhecido. Levou-a para voar em seu avião e lá antes de pedir por um beijo pediu-lhe a mão. Notando a negativa de Consuelo em dar-lhe a mão e o beijo ele desligou o avião que caiu em parafuso até que ela resolveu ceder. O beijo aconteceu, mas o casamento somente anos mais tarde.

6- Antoine escreveu uma carta de 40 páginas quando conheceu a esposa

Muito do que se conhece sobre a vida de Antoine se dá pelo fato do escritor em vida gostar de escrever cartas aos mais próximos. Trocou cartas por toda vida com a mãe, com amigos e com a esposa. Quando conheceu Consuelo, arrebatado por uma paixão avassaladora, escreveu uma carta de quarenta páginas para ela.

7- Jung concluiu que Antoine apresentava um forte complexo materno

Em Símbolos de Transformação Carl Jung disse sobre o autor do Pequeno Príncipe: “o complexo materno deste autor foi abundantemente confirmado por informação de primeira mão”. De acordo com inúmeras evidências é provável que Antoine, do ponto de vista da psicologia profunda de Carl Jung, tivesse uma personalidade Puer Aeternus (Eterno Jovem) representada por um arquétipo relacionado com à mudança e à renovação. Conforme Marie-Louise Von Franz, o homem que se identifica com o Puer Aeternus permanece muito tempo na psicologia adolescente “com uma dependência excessiva da mãe” e dentre outras características tem adoração por esportes e atividades que envolvam altura e risco.

8- O esteroide B612 é uma cópia da cidade de Armenia, em El Salvador

A esposa de Antoine de Saint-Exupéry, Consuelo, nasceu na cidade de Armenia em El Salvador, um pequeno país da América Central. Antoine conheceu a terra natal da esposa e tudo leva a crer que a paisagem encontrada no asteroide B612 é a mesma encontrada por quem observa a vista de lá. Da cidade de Armenia pode-se ver três vulcões, dois ativos, o Izalco e Santa Ana e um inativo, o Cerro Verde. Também são encontradas por lá árvores frondosas assim como os Baobás, as Ceibas.

9 – Os asteroides descritos em O Pequeno Príncipe existem de verdade e têm nome

Engana-se quem lê o Pequeno Príncipe e acredita que o autor inventou os asteroides citados na obra. Todos existem e além de serem denominados por seu número, possuem um nome. Somente no caso do asteroide  B612, não podemos dizer o mesmo, pois não se encontra um asteroide com essa nomenclatura, apenas o 612 chamado de Veronika. O asteróide 325 leva o nome de Heidelberga. O 326, Tamara. O 327, Columbia. O 328, Gudrun. O 329, Svea. E o asteroide 330 chama-se Adalberto.

10 – O piloto que abateu o avião de Antoine de Saint-Exupéry era seu fã e leitor

Em 31 de julho e 1944, Saint-Exupéry partiu da ilha de Córsega em um avião Lockheed Lightning P-38 num voo de reconhecimento do território inimigo. Naquele dia Antoine foi derrubado. Horst Rippert assumiu ser o autor dos tiros responsáveis pela queda do avião de Antoine e disse ter lamentado a morte dele. Quando jovem, Hippert, idolatrava Exupéry e já havia devorado todos seus livros, começando por Southern Mail, de 1929, um conto de aventura. Declarou Rippert anos mais tarde: “Eu só soube depois que era Saint-Exupéry. Eu queria que não tivesse acontecido. Todos os jovens da minha geração leram seus livros e nós adorávamos ele”.

11 – O fim de Antoine e do Pequeno Príncipe tem semelhanças

O Pequeno Príncipe desejava voltar para o lugar de onde veio, sem o corpo, ou seja, em espírito. E Saint-Exupéry também tinha um desejo espiritual pulsante e latente. Esse desejo pode levar, inconscientemente, algumas pessoas a desdenhar a vida corpórea, pondo-a em risco, para poder viver uma vida espiritual plena. O corpo de Antoine de Saint-Exupéry nunca foi encontrado depois da queda de seu avião.

12 – A última carta de Antoine chegou após seu desaparecimento

A carta que o escritor escreveu para a esposa chegou duas semanas após seu falecimento e dizia: “Consuelo, eu preciso das suas cartas assim como preciso de pão para viver. Você é meu doce dever, eu gostaria de poder te amparar. Eu só quero dizer que eu te amo. Tenha certeza de que meu amor por você é tão resplandecente quanto a luz do sol”.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Às vezes temos que fazer uma limpa no coração para vivermos em paz

Às vezes temos que fazer uma limpa no coração para vivermos em paz

Vez ou outra, temos que parar. Parar de ligar, correr atrás e todas aquelas etiquetas emocionais de quem fica se culpando por escolhas alheias. Tem gente que não está nem aí para gente, infelizmente. É nessa hora que precisamos fazer uma limpa no coração. Separarmos quem agrega de quem nunca fez um esforço para nos fazer bem.

Ninguém precisa sair por aí excluindo essas pessoas das redes sociais, não. A limpa pode ser bem mais seletiva. É deixar de lado quem finge trazer afetos. É sobre essa gente interesseira, que sugam os nossos sorrisos e sentem uma enorme inveja dos nossos sucessos. Amizades efêmeras, amores esquecíveis. Uma classe de indivíduos vazios e aproveitadores da nossa energia. Gente assim, sinceramente, melhor mantermos bem longe.

A limpa no coração é recomendável de tempos em tempos. É com ela que aprendemos a diferenciar os intensos dos medrosos. Porque não merecemos pouco.

Para vivermos em paz, devemos estar atentos. Com o coração ligado no modo máximo do que significa ser recíproco (a). Aos sinceros de cumplicidade, estejam em casa. Aos apreciadores do “quando me convém”, peguem a próxima saída.

Imagem de capa: ArtFamily, Shutterstock

Amar à Distância

Amar à Distância

Cau e Juliano se amam. Juliano e Cau não se desgrudam. Conversam o tempo todo, trocam mensagens pelo celular o dia inteiro. Deixam recadinhos com frases gostosas e sacanas um para o outro, trocam carinho por horas e horas, e depois ainda enviam longos e-mails comentando suas sensações, seus sentimentos, sua vontade de estar ainda mais juntos. Tanto sentimento, quase despista os dois mil quilômetros que os separam. Cau mora perto do mar, Ju sonha com ele.

Dalton e Ana Clara se amam. Clarinha e Dalton quase nunca se vêem. Pouco conversam, trocam algumas mensagens de texto durante o dia para tomar decisões práticas. Os recadinhos sacanas foram trocados por frases imperativas e não têm mais cheiro de perfume, nem gosto de nada. Assistem TV juntos, por horas e horas, e depois murmuram algum comentário, geralmente sem réplica. Dalton e Ana Clara vivem juntos em um apartamento pequeno no centro da cidade.

Cau e Juliano tinham tudo para nunca se conhecerem, mas pela graciosidade da vida, se encontraram, ao acaso. Dalton e Ana cresceram na mesma cidade, frequentavam as mesmas festas, foi fácil se apaixonar. O amor surge em terrenos improváveis, como uma planta delicada que floresce nas pedras. O desamor, na contramão, é cultivado vagarosamente, em solos óbvios, no descuidado diário.

O distanciamento no amor acontece nas pequenas coisas que deixamos de fazer e dizer, nos consecutivos desencontros, nas noites mal dormidas. O amor se vai de mãos dadas com a admiração. Já um amor em distância física, é alimentado por pequenas delicadezas, por todo e qualquer sintoma da vontade de proximidade. A dificuldade nos ensina a valorizar quem não está por perto, isto é antigo e certo. Ter alguém ao alcance do braço e do abraço, nos lança ao risco de nos acostumarmos.

Cau e Juliano só se tocam em feriados e datas comemorativas. Dalton e Ana Clara também. Há quem duvide do futuro do amor de Cau, Juliano, Dalton e Ana. Mas, no frigir dos ovos, o que importa é que eles se acreditem. Se o amor pega um trem, avião, táxi, e ainda sobe dois lances de escada, porque não poderia vencer o dia de hoje e atravessar a sala para dar um abraço apertado numa hora imprópria? Cau e Juliano não podem fazê-lo, por enquanto.

Imagem de capa: dramalens/shutterstock

Viagens são sonhos que nos realizam

Viagens são sonhos que nos realizam

Cada viagem deveria ser comemorada e guardada na mais preciosa estante das memórias. Qualquer viagem, qualquer ida a um lugar que não o nosso, por qualquer razão, durante qualquer período de tempo, com qualquer companhia.

Viajar é conhecer o desconhecido e descobrir-se nem tão conhecido assim. Fora do contexto seguro e rotineiro, nos damos conta de um sem número de características, manias, coragens e fobias que seque sabíamos que habitam em nós.

E a coisa vai ficando mais profunda a cada viagem, como as malas que aprendemos a fazer com muito mais eficiência depois das primeiras tentativas, quase sempre exageradas e equivocadas. Numa viagem, entramos em contato conosco de um jeito único, solitário, ainda que estejamos em grupo ou família. Todas as expectativas do desconhecido nos animam e podemos perceber reações incríveis que jamais sonhamos ter. Outro cenário, outra cultura, outro idioma ou sotaque, nossa zona de conforto deixada em casa, junto com nossos objetos e móveis. Como administramos o que levamos conosco e que queremos levar como recordação.

Viajar é pirar na casa do outro. É mudar os hábitos de toda uma vida, comer em outros horários, conviver muitas vezes com um fuso maluco, fazer longas e exaustivas caminhadas para engolir de lembranças uma cidade inteira. É pensar em quem não veio junto e adoraria estar também, é sorrir para as pessoas sem se dar conta de que o momento mágico é só seu, é penetrar na rotina alheia como expectador que entra no cenário do filme predileto.

Viajar deveria ser obrigatório! Pelo menos uma vez de quando em quando. Viajar faz parte da educação de um indivíduo, do seu crescimento, visão e sentimento.

Não importa a classe da viagem. Não conta se o orçamento é apertado. Não há problema se as roupas não combinarem e for preciso improvisar. Uma camiseta usada ao avesso é detalhe, ponto para lembrar e contar aos amigos no retorno, vendo as fotografias. É justamente nas viagens que a liberdade tem mais liberdade para se expressar.
Importante é viajar. Essencial é ir. Sensacional é aproveitar. Fenomenal é se conhecer e reconhecer a importância dessas idas e vindas na vida.
Boa viagem.

Imagem de capa: Oleg_P/shutterstock

Se não puder falar bem de alguém, cale-se

Se não puder falar bem de alguém, cale-se

Se existe algo que tenho aprendido com a idade e com o passar dos anos, é a arte de conviver. E olha que antes de aprender, a gente erra muito, erra feio. Porém, com o tempo e alguns enganos, vamos adquirindo um certo tipo de elegância e polidez que vão além da educação. É algo sutil, mas que faz muita diferença, e que começa com a capacidade de ouvir mais do que de falar, e principalmente de manter distância das rodas de fofoca.

Quando abro a boca para falar mal de alguém, minha energia se canaliza para a mesquinhez, para a arrogância, para o julgamento frívolo e fútil. Essa energia ruim permanece dentro de mim, e é com ela que irei me alimentar, trabalhar, descansar. E sem perceber desperdiço minha vitalidade, os dons que recebi de Deus, a possibilidade de usar a palavra para algo mais assertivo e produtivo.

A vida já é tão complicada, já nos esforçamos tanto para vencer cada dia… que se não pudermos mandar energias positivas e bons pensamentos a favor das pessoas, é melhor silenciar. Silenciar é um gesto de sabedoria, de encontro com o que é realmente importante e deve ser levado adiante, de retomada do equilíbrio, de regeneração das mágoas e busca do bem estar.

Ninguém sabe o que o futuro lhe reserva. E por mais clichê que seja, realmente “a vida dá voltas”, e pode ser que aquilo que você tanto recriminou e condenou na vida alheia, venha acontecer na sua própria vida.

Adoro a frase de Fernando Pessoa que diz: “Segue o teu destino, rega as tuas plantas, ama as tuas rosas. O resto é a sombra de árvores alheias”. Pois é assim que deve ser. Cuide da sua vida, lide com as suas dificuldades, apare seus defeitos, aprimore suas qualidades e cure suas mágoas ao invés de ciscar pela vida alheia, se incomodando com que o outro faz ou deixa de fazer. Limpe seus olhos antes de falar sobre o cisco nos olhos do outro.

Tanta coisa a ser feita em nossa casa antes de apontarmos a sujeira na casa do vizinho! Tantas possibilidades de nos aprimorarmos como seres humanos, como seres espirituais, praticando a caridade, a generosidade e a compaixão, que não deveria sobrar tempo para recriminações, julgamentos, hipocrisia e falatórios em nossa vida. Tudo isso é desorganização, é perda de foco, é se afastar daquilo que viemos fazer nesse mundo: amar e sermos amados.

Diariamente somos bombardeados com ondas de indignação coletiva, e somos tentados a reproduzir essa raiva, essa indignação, esse ressentimento. Porém, deveríamos nos proteger dessas mensagens de ódio e segregação. Deveríamos buscar um local de silêncio dentro de nós mesmos e novamente nos conectarmos com o que é importante, com o que nos liga a Deus, com o que vai acrescentar algo de bom em nossa vida.

Todos nós temos a necessidade de sermos ouvidos. De desabafarmos sobre uma relação que não está indo bem ou sobre um mal estar que nos afetou. Porém, é preciso fazer isso da maneira correta, abrindo nosso coração para a pessoa certa, que irá nos ouvir com discrição e cuidado. Isso é diferente de fofocar, de julgar, de espalhar falatórios sem um pingo de responsabilidade.

Quase tudo na vida pode ser praticado e virar hábito. Assim como nos condicionamos a falar mal dos outros, aprendendo com os maus exemplos que tivemos vida afora, podemos recolher nossas cadeiras da calçada e começar a praticar o simples hábito de calar a boca. De não entrarmos em brigas alheias botando mais lenha na fogueira; de não cairmos em tentação murmurando contra os outros pelas costas; de não ocuparmos nosso precioso tempo nos divertindo com fofocas; de silenciar e só abrir nosso coração para quem confiamos.

Finalmente há um ditado que diz: “Não cuspa no prato que você comeu”. Então, antes de difamar alguém que já te fez feliz, que já foi importante para você, que já teve algum papel na sua vida, pare e pense. Se em algum momento houve uma parceria, uma conexão, até mesmo uma troca de favores, não é justo nem digno falar mal. É feio, deselegante, grosseiro e vulgar. E mesmo que você tenha saído ferido ou prejudicado, não torne pública a sua mágoa, a sua decepção, a sua raiva ou tristeza. Não mande indiretas pelas redes sociais e descubra que o silêncio pode ser a melhor resposta. Aprenda a arte de conviver e constate o quanto é elegante ser discreto.

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Imagem de capa: Andrey Arkusha / Shutterstock

26 sinais de que você é uma pessoa boazinha DEMAIS

26 sinais de que você é uma pessoa boazinha DEMAIS

Por Rafael Capanema

1. Seu prato vem errado no restaurante, mas você não fala nada pro garçom e come do jeito que veio.

2. Atendimento ruim? Você não reclama.

3. Você nunca se exalta com atendentes telefônicos. Mesmo que a empresa esteja te sacaneando demais.

4. Você nunca interrompe um tagarela, por mais atrasado que você esteja.

5. Você dá trela pra doido na rua.

6. Você sempre dá esmola. Ou fica mal quando não pode dar.

7. Pisam no seu pé e você pede desculpa.

8. Esbarram em você e você pede desculpa.

9. Você pega todos os folhetos na rua, por mais que eles não te interessem, “pra ajudar o cara a ir pra casa mais cedo”.

10. Se você fica muito tempo numa loja, começa a ficar com medo de que achem que você vai roubar alguma coisa.

11. Você tem uma dificuldade muito grande de dizer “não”.

12. Uma das frases que você mais diz é “pode ser”.

13. E “você que sabe”.

14. E “você que manda”.

15. É meio fácil te sacanear.

16. Uma pessoa te pede um favor absurdo. Você diz que tudo bem. Ela ri de você e diz: “Tô brincando!!!!!!”

17. Você confunde “ser sincero” com “ser agressivo”.

18. “E aí, o que você achou da minha banda?” “Nossa, muito boa!”

19. “Gostou da comida?” “Tava ótima!”

20. Você faz favores pros outros no trabalho mesmo que isso atrapalhe o seu trabalho.

21. Você não lembra da última vez em que brigou com alguém.

22. Você nunca gritou com ninguém.

23. Você evita conflito a qualquer custo.

24. Você gosta de ser assim.

25. Mas às vezes é meio ruim.

26. Mas é bom!

Fonte indicada: Buzz Feed

Imagem de capa: Nomad_Soul/shutterstock

Não importa o que você faça, algumas pessoas irão te amar e outras nunca te amarão

Não importa o que você faça, algumas pessoas irão te amar e outras nunca te amarão

Algumas pessoas não permanecerão conosco, por mais que queiramos, por mais que desejemos, por mais que fizermos e nos dispusermos e nos entregarmos. Nada é capaz de segurar junto quem não tiver a intenção de ficar.

Embora o amor seja construído e lapidado no compartilhamento diário e contínuo, enquanto os envolvidos se conhecem mais a fundo, a primeira impressão, por vezes, é muito forte e já deixa marcas que podem interferir no desenrolar dos sentimentos. Não dá para explicar direito, mas existem pessoas de quem já gostamos no primeiro olhar, enquanto outras nos provocam antipatia bem de início.

No entanto, muitas expectativas são quebradas, tanto positiva quanto negativamente, pois é o tempo que sempre trará as verdades sobre cada um de nós. E que delícia quando confirmamos nossas impressões, quando percebemos que estávamos certos e escolhemos as pessoas certas para caminharem conosco. E que tristeza quando enfrentamos a decepção de termos sido iludidos pelas aparências de quem possui, dentro de si, o contrário do que sua máscara transmite.

Na verdade, o afeto envolve o que temos dentro de nós, a forma como sentimos o mundo e as pessoas, o tanto que cada um carrega e está disposto a ofertar e a receber. Algumas pessoas se contentam com pouco, outras precisam de muito, enquanto alguns indivíduos nunca se contentam, pois ainda lutam para gostar de si mesmos. Nem todo mundo terá o que o outro procura, ou seja, não seremos a escolha de muitas pessoas, bem como não conseguiremos gostar de todos que gostam de nós.

Muitas vezes, será preciso nos ajustar em nossos comportamentos, para que consigamos manter o amor vivo, pois regá-lo diariamente será o que nos ajudará a não perder quem não deveríamos. Mesmo assim, algumas pessoas não permanecerão conosco, por mais que queiramos, por mais que desejemos, por mais que fizermos e nos dispusermos e nos entregarmos. Nada é capaz de segurar junto quem não tiver a intenção de ficar.

Não conseguiremos agradar a todos, não seremos sempre correspondidos em nossos amores, tampouco receberemos amizade de todos de quem gostaríamos, porém, se agirmos com verdade e inteireza, estaremos sempre bem acompanhados, porque, então, aqueles que ficarem serão aqueles que trouxeram amor sincero. Que sejam poucos, que seja um, mas que seja verdadeiro, sempre.

  • O título deste artigo é baseado em uma citação de Jay Leonardo.

Imagem de capa: AlessandroBiascioli/shutterstock

É preciso coragem para não optar pela covardia!

É preciso coragem para não optar pela covardia!

Uma luta entre a virtude e a vantagem.

Passa assim despercebido, quase imperceptível pela maioria de nós, mas é fato que temos incontáveis maneiras e oportunidades de optar por gestos covardes, todos os dias, com muita gente. A covardia de quem tira vantagem de uma insegurança, uma incerteza, um descompasso, qualquer brecha a ser aproveitada. E é preciso muita coragem para declinar. E algumas vezes nem tempo dá, de tão viciados que já estamos em praticar covardias, ou, provocá-las, para instigar alguma culpa.

Não somos espontâneos o tempo todo, e de fato maquinamos muitas situações, diálogos, brigas e discussões que ainda nem aconteceram, mas nos agrada a prevenção. E nessa preparação, é inevitável pensar nas fraquezas alheias, no que mais pode tocar e atingir o nosso alvo. Muito tempo se gasta com planos e estratégias. Muita força se usa, muita criatividade e malícia para praticar um ato covarde, que explora a fundo qualquer fraqueza exposta e a balança para o  mundo, como uma bandeira de vitória.

O jogo da vida é complexo e as regras, loucas. Contudo, é essencial buscar um código de ética que nos abrigue e nos oriente por caminhos mais honestos e transparentes. Para o nosso próprio bem. Para não desintegrarmos.

E se a covardia é no mínimo uma decisão obscura, no momento dessa decisão é que a coragem precisa ser evocada.

Coragem para não humilhar alguém em posição inferior, e, ao contrário, colocar-se em seu lugar; coragem para não trair confidências e segredos confiados, mesmo que as vantagens sejam tentadoras; coragem para defender injustiçados, para pedir desculpas e desculpar; coragem para se responsabilizar por decisões, opiniões, julgamentos, manipulações e apelos.

Coragem para pensar com coragem e não com covardia.

Não tramar. Não esconder. Não tirar vantagem. Não trapacear.

É fácil? Não, é uma escolha duríssima! Uma luta pesada!

Contudo, e por todos os exemplos que já passaram pela humanidade, ainda está valendo buscar aquela coragem enferrujada e esquecida, utópica, esperançosa, ética e libertadora.

Sem dúvida alguma, se houver qualquer arrependimento, ele não virá de braços dados com a culpa. E essa liberdade, essa só se apresenta com muita coragem!

Imagem de capa: Cena do filme “A árvore da vida”

13 animações que abordam questões humanas e que todo adulto deveria assistir

13 animações que abordam questões humanas e que todo adulto deveria assistir

Por Psique em Equilíbrio

Muitas pessoas imaginam que os filmes de animação foram feitos somente para as crianças. Mas, a verdade é que muitos deles retratam questões humanas cotidianas de maneira bastante criativa e reflexiva ou apresentam uma riqueza simbólica tão grande que apenas os adultos conseguem compreender. Separamos algumas animações que seguem esta direção e que valem o entretenimento. Degustem!

1. Divertida mente

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Riley é uma garota divertida de 11 anos de idade, que deve enfrentar mudanças importantes em sua vida quando seus pais decidem deixar a sua cidade natal, no estado de Minnesota, para viver em San Francisco. Dentro do cérebro de Riley, convivem várias emoções diferentes, como a Alegria, o Medo, a Raiva, o Nojinho e a Tristeza. A líder deles é Alegria, que se esforça bastante para fazer com que a vida de Riley seja sempre feliz. Entretanto, uma confusão na sala de controle faz com que ela e Tristeza sejam expelidas para fora do local. Agora, elas precisam percorrer as várias ilhas existentes nos pensamentos de Riley para que possam retornar à sala de controle – e, enquanto isto não acontece, a vida da garota muda radicalmente

2- O Pequeno Príncipe

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Uma garota acaba de se mudar com a mãe, uma controladora obsessiva que deseja definir antecipadamente todos os passos da filha para que ela seja aprovada em uma escola conceituada. Entretanto, um acidente provocado por seu vizinho faz com que a hélice de um avião abra um enorme buraco em sua casa. Curiosa em saber como o objeto parou ali, ela decide investigar. Logo conhece e se torna amiga de seu novo vizinho, um senhor que lhe conta a história de um pequeno príncipe que vive em um asteroide com sua rosa e, um dia, encontrou um aviador perdido no deserto em plena Terra.

3- Coraline e o mundo secreto

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Entediada em sua nova casa, Caroline Jones (Dakota Fanning) um dia encontra uma porta secreta. Através dela tem acesso a uma outra versão de sua própria vida, a qual aparentemente é bem parecida com a que leva. A diferença é que neste outro lado tudo parece ser melhor, inclusive as pessoas com quem convive. Caroline se empolga com a descoberta, mas logo descobre que há algo de errado quando seus pais alternativos tentam aprisioná-la neste novo mundo.

4- Persépolis

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Marjane Satrapi (Gabrielle Lopes) é uma garota iraniana de 8 anos, que sonha em se tornar uma profetisa para poder salvar o mundo. Querida pelos pais e adorada pela avó, Marjane acompanha os acontecimentos que levam à queda do xá em seu país, juntamente com seu regime brutal. Tem início a nova República Islâmica, que controla como as pessoas devem se vestir e agir. Isto faz com que Marjane seja obrigada a usar véu, o que a incentiva a se tornar uma revolucionária.

5- Canção do oceano

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A pequena Saoirse tem um poder especial: ela pode se transformar em uma foca, e depois retornar à condição humana. Ela é uma “selkie”, de acordo com a lenda irlandesa e escocesa, e uma das últimas de sua espécie. Um dia, Saoirse foge à vigilância da avó e embarcar em uma aventura subaquática para liberar criaturas em perigo.

6- Anina

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Anina estuda em uma escola primária de Montevidéu. Ela tem uma melhor amiga, mas não se dá nada bem com a colega Yisel, com quem tem uma briga feia e acaba recebendo uma suspensão. Durante esse período, a menina comenta a sua vida: os pais, as refeições, as vizinhas fofoqueiras, seus sentimentos, alegrias e medos.

7- O mágico

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Um senhor trabalha como mágico, mas vê o público diminuir cada vez mais devido à preferência por atrações mais jovens e populares. Como consequência, ele tem menos oportunidades de trabalho e precisa viajar para se manter. Numa destas viagens, rumo à Escócia, ele conhece uma garota, a quem presenteia com um par de sapatos. Ao ir embora ela decide ir com ele. Ao mesmo tempo em que deseja ajudá-la, ele precisa encontrar meios para sustentar ambos.

8- A viagem de Chihiro

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Chihiro é uma garota de 10 anos que acredita que todo o universo deve atender aos seus caprichos. Ao descobrir que vai se mudar, ela fica furiosa. Na viagem, Chihiro percebe que seu pai se perdeu no caminho para a nova cidade, indo parar defronte um túnel aparentemente sem fim, guardado por uma estranha estátua. Curiosos, os pais de Chihiro decidem entrar no túnel e Chihiro vai com eles. Chegam numa cidade sem nenhum habitante e os pais de Chihiro decidem comer a comida de uma das casas, enquanto a menina passeia. Ela encontra com Haku, garoto que lhe diz para ir embora o mais rápido possível e ao reencontrar seus pais, Chihiro fica surpresa ao ver que eles se transformaram em gigantescos porcos. É o início da jornada de Chihiro por um mundo fantasma, povoado por seres fantásticos, no qual humanos não são bem-vindos.

 

9- Festa no céu

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Um grupo de crianças bagunceiras é encaminhado a uma visita guiada ao museu, como “punição” pelo mau comportamento. Lá, uma guia diferente resolve percorrer um caminho alternativo e os apresenta ao “Livro da Vida”, que contém todas as histórias. A mais simbólica delas, baseada nas tradições mexicanas, envolve três mundos. Catrina/ La Muerte é uma adorada deusa ancestral, que governa a Terra dos Lembrados. Ela é ex-mulher de Xibalba, o governante da Terra dos Esquecidos, um trapaceiro. Em uma visita à Terra dos Vivos, eles fazem uma aposta. Se a jovem e bela Maria, filha da maior autoridade da cidade de San Angel, escolher se casar com o emotivo violinista Manolo, Catrina ganha, e Xibalba não poderá mais interferir no Mundo dos Vivos, como gosta de fazer; se o preferido for o valente Joaquim, Xibalba passa a governar, também, o Mundo dos Lembrados.

10- UP

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Carl Fredricksen (Edward Asner) é um vendedor de balões que, aos 78 anos, está prestes a perder a casa em que sempre viveu com sua esposa, a falecida Ellie. O terreno onde a casa fica localizada interessa a um empresário, que deseja construir no local um edifício. Após um incidente em que acerta um homem com sua bengala, Carl é considerado uma ameaça pública e forçado a ser internado em um asilo. Para evitar que isto aconteça, ele enche milhares de balões em sua casa, fazendo com que ela levante vôo. O objetivo de Carl é viajar para uma floresta na América do Sul, um local onde ele e Ellie sempre desejaram morar. Só que, após o início da aventura, ele descobre que seu pior pesadelo embarcou junto: Russell (Jordan Nagai), um menino de 8 anos

11- O segredo de Kellls

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O jovem Brendan vive em uma vila medieval remota sob o cerco das invasões bárbaras, mas uma nova vida de aventuras surge quando um mestre iluminador chega de terras estrangeiras carregando um livro antigo inacabado repleto de sabedoria secreta e poderes. Para ajudar a completar o livro mágico, Brendan tem que superar seus medos mais profundos em uma busca perigosa que o leva para a floresta encantada onde criaturas míticas se escondem. É aqui que ele encontra a fada Aisling, uma misteriosa jovem mulher-lobo, que o ajuda ao longo do caminho.

12- Mary & Max – Uma amizade diferente

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Mary Daisy Dinkle (Toni Collette) é uma menina solitária de oito anos, que vive em Melbourne, na Austrália. Max Jerry Horovitz (Philip Seymour Hoffman) tem 44 anos e vive em Nova York. Obeso e também solitário, ele tem Síndrome de Asperger. Mesmo com tamanha distância e a diferença de idade existente entre eles, Mary e Max desenvolvem uma forte amizade, que transcorre de acordo com os altos e baixos da vida.

13- O menino e o mundo

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Um garoto mora com o pai e a mãe, em uma pequena casa no campo. Diante da falta de trabalho, no entanto, o pai abandona o lar e parte para a cidade grande. Triste e desnorteado, o menino faz as malas, pega o trem e vai descobrir o novo mundo em que seu pai mora. Para a sua surpresa, a criança encontra uma sociedade marcada pela pobreza, exploração de trabalhadores e falta de perspectivas.

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