Está na hora de mostrar ao whatsapp quem é o dono da situação

Está na hora de mostrar ao whatsapp quem é o dono da situação

Eu sou do tempo dos bilhetinhos na sala de aula. Dos desencontros que geravam brigas homéricas com o namorado. Das filas nos orelhões na cidade em que fiz faculdade. Da falta de informação, que só era atualizada às 20 horas, com o JN. Das noites em claro ao lado da minha mãe, que não sabia por onde andavam meus irmãos. Das mesas de carteado. Dos barzinhos lotados, onde a gente tomava cerveja e ninguém ficava de olho no celular, porque ninguém tinha um.

O mundo mudou rápido, e com ele chegou o tão maravilhoso Whatsapp. Foi paixão à primeira vista. Imediatamente você escolheu uma foto muito bacana para o perfil e adicionou todos que conhecia. Ficou feliz em ser adicionado ao maior número de grupos possível e se empolgou com as mensagens cheias de significado que recebeu. A cada “plim” do celular, você tinha mais certeza de que a vida ganhava outro sentido. Reencontrou amigos distantes, tranquilizou o coração da sua mãe, ficou por dentro dos comunicados da escola do seu filho, deu folga à formalidade do telefone, adquiriu molejo para abordar o crush.

Porém, aos poucos foi percebendo que estava se tornando refém do aplicativo. As pessoas, que antes você queria sempre por perto, começaram a cobrar feedback imediato, e você, pessoa educada que é, tentou dar conta do recado. Enquanto seu marido jantava sozinho e seu filho ficava sem resposta para mais um “por que”, você digitava freneticamente dando conselhos àquela amiga que só entra em canoa furada. Enquanto permanecia online, outras mensagens chegavam e, como ainda não há um modo de ficar invisível, você perdia o jantar e os momentos preciosos ao lado daqueles que ama em prol de uma política de boa vizinhança com aqueles que estão longe.

Então sua mãe, seu pai, sua tia, seu sogro e até sua avó foram fisgados pelo Whatsapp. Você fez festa, aplaudiu, teve orgulho da turma que não se intimidou com o progresso e a tecnologia. Mas daí você descobriu que eles estavam muito mais empolgados que você. Muito mais preocupados com o mundo também. E muito, mas muito mais engajados também. E entre achar graça e se preocupar com a nova onda entre os mais velhos, você tentou passar alguma dica importante: “não é tudo que a gente compartilha…”; “nem tudo é verdade…”; “você precisa ser seletivo…” e torceu para que eles ouvissem. Por não haver regras ou etiquetas para o uso do aplicativo, muita gente fica vulnerável a boatos, correntes de ódio, informação deturpada e “palestras” de pessoas desinformadas e despreparadas.

Hoje, diante dos benefícios e prejuízos que a internet trouxe, sinto-me privilegiada por conseguir manter um pouco de sanidade diante do whatsapp e suas delícias, discórdias, angústias e recompensas. Porque nada é só bom ou só ruim. O importante é aprender a usar, sem me sentir rejeitada quando a mensagem é visualizada e não respondida; sem me sentir cobrada toda vez que ouço o “plim” do celular; sendo seletiva e cuidadosa com as informações que compartilho; silenciando os grupos que participo para que o excesso de mensagens não me canse; sendo menos ansiosa à espera de respostas importantes.

Está na hora de mostrar ao Whatsapp quem é o dono da situação. Não quero ser dependente de suas notificações; submissa à sua urgência; obediente às suas ordens; desassossegada perante suas inconstâncias; crente em sua capacidade de substituir um contato físico, um olhar, uma certeza. Também quero ter meus momentos de quietude, longe de todos e perto de mim. Quero a liberdade de atrasar uma hora ou dez para me decidir, sem ser denunciada pelo momento em que estive online pela última vez. Quero a tranquilidade de desconhecer o momento em que fui lida, para não criar histórias mirabolantes dentro de mim só porque a resposta se atrasou. Quero a paz planejada de um estado offline sem que isso me cause mais angústia, e o encontro com uma caixa de mensagens vazia sem que isso me cause qualquer desconforto.

Sou filha de um tempo simples, em que a conta de telefone custava caro, e a gente escrevia cartas enormes para os amigos nas férias. As fotografias eram reveladas depois que o filme de 36 poses acabava, e as músicas eram gravadas em fitas, que a gente presenteava quem amava. Tudo era mais difícil, mais demorado, mais suado… mas a gente era dono da própria situação. Se tinha que resolver um assunto, era olho no olho, cara a cara. Se queria dar um tempo, vestia um pijama e esquecia. Era preciso mais paciência com as demoras, mas havia uma liberdade, uma possibilidade de não ser encontrado, uma alegria no anonimato e um respeito pela própria ordem interna que recompensavam todo o resto.

Quero aproveitar as ferramentas que o novo mundo me dá, mas preservar minha liberdade, o tempo que tenho com aqueles que estão perto, a necessidade de ficar sozinha, o direito de esquecer o celular por alguns instantes, a paz de não querer ter razão, a possibilidade de me relacionar sem a ajuda de emojis e a satisfação de não me viciar à conexão virtual. Como diz um amigo meu: “Menos internet, mais cabernet”…

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Imagem de capa: Syda Productions / Shutterstock

 

Os cães falam, você consegue interpretar?

Os cães falam, você consegue interpretar?

Entender sobre os instintos do seu cão requer a aplicação de disciplina, exercícios e afeto. Sim, necessariamente nesta ordem. O significado de trabalho, direcionamento e regras na linguagem canina deve ser levado muito a sério, pois se trata de memória genética. Cada raça desenvolvida tinha ou ainda carrega funções específicas para se manter equilibrada. Colocar o cão para trabalhar, ditar as regras que deve seguir e direcioná-lo através delas, é o que motiva o animal e o harmoniza.

Vamos entender melhor.

Quando nasce um cãozinho, desde o primeiro momento de vida, ele luta para sobreviver entre os irmãos. Empurram os mais fracos para mamar primeiro e escolhem a mama mais cheia para se alimentarem. Essas pequenas e aparentemente insignificantes atitudes, moldam e podem determinar como vai ser a personalidade desses pequenos quando adultos. Aqueles 45 dias, 60 ou 90 dias que passam convivendo com mamãe e irmãos são fundamentais para estabelecer a autoconfiança e a hierarquia. Aprendem a não morder com tanta força, a não mendigar o alimento, a brincar com mais suavidade. Caso contrário serão repreendidos com uma mordida mais forte encerrando a brincadeira. Quando esses filhotes deixam a ninhada, já estão acostumados naturalmente a obedecer limites, isso é inconsciente e natural. Além dessas regras que precisam de continuidade, cada animal carrega em sua linhagem um instinto diferenciado (digo sobre raças específicas e não o instinto cão/lobo), mesmo se tratando de um “Sem Raça Definida”, pois sabemos que todos os vira latinhas vieram de raças misturadas. Ao chegar em sua matilha humana (é assim que os cães nos enxergam ), precisamos impor essas barreiras, manter o fluxo e o ciclo. Restringir os ambientes que eles não podem ter acesso, ganhar carinho só depois de obedecer um comando qualquer, não reforçar pulos e mordidas inconvenientes e nem permitir o ato de montar na perna, que aliás é visto por muitos como cópula mas que pode ser também um indício de dominância sobre o outro. Evitar dormir com o cãozinho, ou ele vai se apoderar da cama: líder come primeiro, dorme no melhor lugar e de preferência sozinho. Já vi casos em que casais dormem separados por conta de um cão possessivo e mimado demais. Comer e passear em horários fixos, ter o próprio brinquedo e até ganhar um carinho mais caloroso deve ser encarado como uma tarefa. Nós pensamos que isso tudo é bobagem, mas não é. Tudo para um cão tem um motivo de ser, uma vantagem e a lei de ação e reação. Se correm com uma bolinha na boca esperando que corram atrás deles, não significa somente uma brincadeira inocente, podem estar testando a esperteza do dono, seus instintos de busca e de intimidação para resgatar o objeto. É hora de começar a estipular rotinas para esses peludos em casa e perceber os resultados. Por isso é tão importante que se evite a humanização. Cães são animais que seguem limites e regras com uma naturalidade incrível. Respeite o equilíbrio da essência animal do seu amigo de quatro patas e descubra o que ele pode fazer por você.

Imagem de capa:

Acordar para si é retomar a beleza do avesso

Acordar para si é retomar a beleza do avesso

Uma das coisas que eu mais gosto é estar em lugares e com pessoas onde não preciso dizer nada e, nem por isso, a naturalidade da relação deixa de estar presente.

De vez em quando torno-me serva voluntária da introspecção que toma conta de mim. Transformo-me em morada de silêncio externo enquanto o mundo do avesso se reorganiza e assume o controle do que me é estrutural.

Quando a nossa verdade não é invalidada pelo excesso de estímulos, olhamos ao redor com os olhos de quem realmente vê, somos a energia sentida do local onde estamos e entendemos o real valor de quem nos cerca. Para os minutos de silêncio preservados somam-se horas do respeito emocional que nos guia.

É muito fácil nos levarmos pelo ritmo sedutor de tudo o que acontece ao redor. Podemos ser bem sucedidos para o que a sociedade espera de nós, podemos ter algum recurso financeiro, bens, empregados, convites sociais e até reconhecimento público. Mas, quem somos nós quando nos sentamos no sofá e, antes daquele filme ou última mensagem do voraz celular, nos vemos sós e temos o ruído simbólico de nossos corações alimentando o nosso viver. Ele bate e bate novamente. Ele nos lembra que o ritmo continua, que devemos ir adiante, e de que pode existir algo além do que estamos vendo. Tum Tum: veja. Tum  Tum: escute. Tum Tum: sinta. Tum Tum: acorde para vida, você está viva.

E esse “Tum Tum” que me inquieta viajou comigo para o Peru. Foram comigo, carregadas na mala em algum cantinho apertado junto as roupas organizadas rapidamente, expectativas bastante singelas. Aquela viagem era um convite aceito meio no susto, uma oportunidade de estar junto com uma amada amiga com quem trabalhei por muitos anos e que, por mudança de trabalho, eu já não tinha há muito tempo na minha convivência diária.

E lá fomos nós. Estávamos eu, a Ana Carolina- minha sobrinha querida que sempre arrasto por aí- a mala com as singelas expectativas, e a pessoa que tenho sido nos últimos meses: perfil mais objetivo, mais calada, ainda focada em coisas do trabalho e com a cabeça cheia de atividades recentes que haviam me deixado tensa e pensativa.

Em uma das primeiras noites, no hotel, a minha amiga, do nada, me pergunta se estava acontecendo algo, se eu estava com algum problema com ela, chateada ou algo assim. Eu, sem nem ter ideia do que se tratava, respondi sinceramente que não. Mas tinha algo sim, claro que tinha, eu estava diferente, e ela, como me conhece na essência, percebeu a mudança.

Será que os últimos anos trabalhando basicamente online tinham me tornado alguém menos sociável? Será que as decepções amorosas que me afastaram de novas relações tinham apagado algo do meu encanto? Será que eu já não era mais tão espirituosa, engraçada e mentalmente rápida como sempre tinha sido conhecida? Sim, algo tinha mudado e eu sabia porque a verdade, quando ouvida pelas palavras de quem nos ama, sempre ecoa. Tum Tum, minha amiga Maria Carolina estava certa.

Os dias e a viagem passaram de forma encantadora. Estar em cidades como Cusco e visitar locais como Machu Picchu e o Vale Sagrado dos Incas, nos toca e, mais uma vez, deixa claro que nossas expectativas podem estar aquém do que é mais importante.

Pensar e caminhar. Sentir e ouvir sem muito falar. Na maior parte do tempo apenas preocupada em respirar e olhar. Afinal, a altitude daquele lugar não é para qualquer um, mas estava eu lá, onde tinha que estar: quieta e revendo um pouco de tudo e muito do que era indispensável.

Caminhos inusitados são portais. O novo pode gerar medo, mas é na descoberta que também surge a admiração. As pessoas que conheci por lá imediatamente entraram como convidadas de honra do meu repertório emocional- e eu até já tinha uma dorzinha no meu coração ao saber que elas também não estariam mais comigo depois da viagem. Afinal, caminhos trilhados com pessoas queridas deixam rastros na alma, são pistas encantadas de que algo incrível aconteceu.

O povo peruano possui uma simplicidade no que ela carrega de mais belo: a magia de ser o que se é, algo que sabemos ser qualidade bem rara. É claro que eu entendo que, como em qualquer outro lugar do mundo há todo tipo de gente, mas estou falando do que parece predominar, da beleza genérica de um povo que galgou seus caminhos, sobreviveu a um império totalmente exploratório e que dizimou seus ancestrais, mas que mesmo assim nos olha e, mesmo que timidamente, sorri, pois possui doçura e gentileza.

Em cada passo, algo em mim dava abertura para a retomada da beleza do avesso e, por já não ser tão jovem, também sei bem da importância dessa beleza quando a estética externa já não é um dos pontos mais fortes. Caminhei também pensando sobre como o envelhecer nos molda para outra aceitação pessoal e social ligada a não ser mais tão atraente e desejável como fui em outras épocas. E não serei hipócrita, é claro que isso conta porque a opção por viver só, quando colocada em xeque, também retoma o olhar para fatos que estavam lá guardados sob o tapete como o desejar e ser desejável, poder rever uma decisão e, nessa altura, ainda achar alguém que pareça interessante e, se essa pessoa for encontrada, imaginar se os atributos que se tem a oferecer também são bons o suficiente para agradar ao outro. Ser mais velha coloca alguns bons empecilhos como pensar em encontrar alguém que interesse e não esteja comprometido quando, nessa idade, a maioria dos amigos mais próximos já está em relações duradouras e com filhos por aí. Tum Tum: não faço ideia se ainda sou capaz de embarcar numa dessas. Tum Tum: meu histórico de péssimas escolhas amorosas me condena.

O retorno para casa foi um pouco triste porque a jornada estava mais do que especial. Era cedo para voltar. Houve um sentimento de orfandade pela caminhada interrompida, pelas novas pessoas conhecidas e que eu queria desvendar melhor, pela cultura e o povo pelo qual me apaixonei e tão bem me acolheu. Tum  Tum: um rompimento em plena paixão pode ser bastante traumático.

Mas a vida, que não se importa nada com meu dilema individual, ainda me preparava mais uma, voltei e meu cachorrinho e parceiro de jornada há 14 anos adoeceu, e foi grave, e eu tive que decidir, e optei por acompanhar sua eutanásia. Pronto, mais um luto profundo e sincero, mais um profundo repensar sobre como continuar sem suas patinhas pela casa e os suspiros cúmplices de sua companhia. Mas gente continua. Tum Tum: a gente tem que continuar.

Dizem que ninguém dorme romântico e acorda realista e, sabendo da impossibilidade da mudança radical, estou em aqui digerindo caminhada, amores, amigos e lutos. Tum Tum: estou triste com a reorganização emocional, mas feliz com a possibilidade de mudanças.

E que venham outras viagens, e que fiquem as pessoas amadas, mesmo que apenas em nossas afetivas lembranças, e que surjam mais dilemas. Que os lutos sejam a prova do amor verdadeiro. E que um passo sempre venha para anteceder o próximo, e nos leve além, e nos remeta a quem realmente importa e nos recolha num abraço sincero da Terra, aquela que nos acolhe e que, a cada dia, nos oferece um novo amanhã cheio de oportunidades e renascimentos. Tum Tum: estamos vivos.

Imagem de capa meramente ilustrativa e não representa os lugares descritos:  Pikoso.kz/shutterstock (Tourist woman in brown hat and backpack walking on the ancient city wall with view to Alazani valley at autumn time in Signagi, Georgia)

Meus agradecimentos às agências Adventure Peru Brasil e Machu Picchu Best Trips.

Repare mais nos inteiros que o universo apresenta para você

Repare mais nos inteiros que o universo apresenta para você

Não se esconda e não se diminua para caber em alguém. Ainda que algumas pessoas não compartilhem da sua honestidade e da sua sensibilidade, o universo está prestando atenção. Gentil, ele sempre coloca inteiros no seu caminho. O que você precisa fazer é reparar neles.

Somos atingidos por tantas decepções e travamos tantas lutas que, vez ou outra, deixamos escapar o que realmente importa. E não são os boletos que você conseguiu pagar, os bens que você sempre quis e outras pequenas realizações pessoais. Não, o que é importante repararmos nessa vida encaixa num canto quase ignorado por nós, o coração. É a sorte de estar na companhia de quem segura as nossas mãos com empatia. É o privilégio de esbarrar com amores que deixam aprendizados, não mágoas. É quando damos aquele abraço apertado em alguém e tudo muda depois. É, ainda, quando ficamos felizes e gratos pela oportunidade de estarmos sentindo, vivendo e construindo experiências que não têm preço.

Mas, para tudo isso ter o seu devido lugar, é fundamental encontrarmos o nosso próprio equilíbrio. Trata de reconhecermos mais daquilo que nos incomoda e fazermos algo a respeito. Com a mesma vontade, que saibamos acolher de verdade o que e quem nos faz bem. O universo está do seu lado, acredite. Ele está te escutando, ouvindo suas preces e fazendo o possível para que você perceba que nem tudo está perdido. Dê uma chance para ele e para você. Não perca o seu amor nas reticências da vida.

É muito importante não perder o amor de vista. Não perder o carinho e atenção que você pode proporcionar para si e para quem está ao seu redor. Porque boas lembranças são feitas no agora. Não tem depois ou mais tarde. Seja sincero (a) em todos os sentimentos que tiver. Não pense demais. Apenas sinta. Quando você se permite alcançar o amor que está aí dentro, todos ganham. A reciprocidade não vem com a escolha de alguém. A reciprocidade vem com a sua disposição de seguir com olhos abertos. Repare mais nos inteiros que o universo apresenta para você.

Imagem de capa: Marjan Apostolovic, Shutterstock

Namoro é muito mais do que intimidade física…

Namoro é muito mais do que intimidade física…

É muito bom ter alguém pra gostar, trocar, viver algo gostoso no dia-a-dia. Compartilhar a vida com alguém faz bem! Enlaça sentimentos, deixa as coisas mais interessantes. A gente planeja, faz programas, inventa coisas legais pra fazer juntos. É bom ter alguém pra dividir momentos que não sejam apenas “na cama”.

Penso que namorar vai além da intimidade que acontece debaixo do edredom. Deve existir, além disso, uma parceria daquelas de dar as mãos quando o outro precisar, ir prestigiar um trabalho, uma realização pessoal, ser parceiro até mesmo daquele programa que pra você não significa tanto, mas que para o outro é super importante.

É legal se sentir valorizado e querido por quem a gente gosta. As expressões de carinho e amor também estão nas atitudes, na forma de agir, na delicadeza de perceber quando é importante estar junto.

Namoro vai além do beijo gostoso. Ele está também na parceria, no apoio, no viver experiências e em ser um casal companheiro.

É importante dosar o relacionamento com intimidade e parceria. Namorar não é ficar. Se é pra estar juntos, então que seja também na troca de interesses. Entendo que é importante respeitar os espaços. Um ser humano livre é aquele que também vai se sentir mais ligado ao relacionamento pela liberdade que o une. Mas é crucial saber quando o outro quer a nossa mão com a dele para ter uma companhia e poder contar com isso quando precisar.

Bom senso, parceria, respeito e amor são ingredientes que nunca fizeram mal. É receita perfeita e sempre necessária.

Imagem de capa: pink panda/shutterstock

A gratidão é a mais sincera das orações.

A gratidão é a mais sincera das orações.

Você se lembra de quando estava desempregado, estudando para um concurso público super concorrido? Dormia pouco, super ansioso e exausto. Se você é alguém espiritualizado, certamente, orava e pedia a Deus para que te concedesse a bênção da aprovação. Então, deu certo, você foi aprovado no concurso que tanto queria e tomou posse. Maravilha, não é?

E então, como você tem tratado essa bênção? Você sente gratidão por ter esse emprego ou vive reclamando no domingo à noite porque a segunda está se aproximando? Você dá o seu melhor no seu trabalho ou faz tudo de qualquer jeito? Sabe, eu acredito que Deus presta muita atenção na forma como tratamos aquilo que Ele nos dá. Sim, eu parto do princípio de que tudo o que temos de bênçãos tem a participação Dele.

Nós, pais e mães, quando damos um presente aos nossos filhos, nos chateamos quando percebemos que eles não cuidam bem e que não tem o devido zelo. Óbvio que levamos em conta o grau de maturidade da criança. Quando percebemos que nossos filhos cuidam bem daquilo que damos a eles, nos alegramos e nos motivamos a presenteá-los novamente.

Penso que há uma semelhança no que Deus espera de nós também. Cuidar bem daquilo que recebemos é uma forma de demonstrarmos gratidão e de atrairmos outras bênçãos. Um coração grato move o coração de Deus. E essa postura grata serve para tudo o que chega em nossas mãos, em nossa vida. E o que dizer das pessoas que Deus coloca em nossa caminhada?

Será que temos cuidado bem delas? Será que estamos fazendo o nosso melhor por elas? O filho que você tanto desejou um dia, está sendo tratado como bênção? E o cônjuge, tem sido tratado com amor ou você o trata como um estorvo? Para ser mais específica, creio que, espiritualmente, somos observados nas mínimas coisas.

Até mesmo na forma como mantemos a nossa casa, se bagunçada e suja ou se toda arrumadinha. Lógico que não tem como manter tudo impecável, mas sabemos quando é desleixo ou quando é falta de tempo mesmo…Deus também sabe! Não tenho dúvidas de que quanto mais gratos, mais cuidadosos seremos com aquilo que chega em nossas vidas, afinal, se Deus nos confiou é porque Ele espera que cuidemos da melhor maneira possível.

Não o decepcionemos. Peçamos a Ele um coração cada vez mais grato e um comprometimento com o que recebemos Dele. A gratidão e a oração são a senha de acesso ao coração do nosso Pai Celestial. Sentir-se grato é o oposto de sentir-se autossuficiente.

Imagem de capa: PhotoMediaGroup/shutterstock

Às vezes, tem que doer muito, para não doer nunca mais

Às vezes, tem que doer muito, para não doer nunca mais

Para superarmos o que nos fere, é necessário que encaremos e enfrentemos o que nos cabe, mesmo que doa, ainda que machuque, não importando se achamos que não somos capazes.

A gente tem um medo absurdo de sofrer. Queremos nos distanciar de toda e de qualquer dor, seja física, seja emocional. Não suportamos a ausência de felicidade, nem por um segundo. Por isso é que cada vez mais ficamos dependentes de analgésicos e de antidepressivos, uma vez que não permitimos que a dor se aproxime, nem queremos conhecê-la. E ela fica ali, adormecida, mas presente, sempre à espreita.

A questão é que precisamos conhecer e analisar os nossos sentimentos, pois somente entendendo o que estamos sentindo é que conseguiremos lidar com o mundo que corre dentro de nós. Nada lá fora seguirá tranquilamente, enquanto carregarmos pendências internas, camuflando-as através de comportamentos nocivos e medicações excessivas. Uma ou outra hora, aquilo tudo que empurramos goela abaixo explode, irrompendo quaisquer barreiras que encontrar pela frente.

Não existe nada mais inútil do que postergar aquilo que deve ser encarado aqui e agora, seja no mundo prático, seja em nossa carga emocional. Certas coisas e determinados sentimentos não podem ser deixados para lá, para depois, ou continuaremos emperrados no mesmo lugar, sem chances de voltar a encontrar a felicidade. Para superarmos o que nos fere, é necessário que encaremos e enfrentemos o que nos cabe, mesmo que doa, ainda que machuque, não importando se achamos que não somos capazes.

O sofrimento é inevitável, pois somos sentimentos e nem sempre estaremos felizes, bem como erraremos e escolheremos mal, em muitas etapas de nossas vidas, ou seja, viver implica gozo e dor, sendo preciso saber lidar com o que nos chega. É impossível fugir ao sofrimento todo tempo; o que nos resta é enfrentá-lo, mergulhando fundo na tristeza e na dor, para que soframos o que tivermos que sofrer e consigamos sobreviver, livres do que era escuridão, ao encontro da luz que há nos novos caminhos à nossa frente.

Não tenha medo da dor, tema conviver com o sofrimento pelo resto dos seus dias, por medo de sofrer. Quando enfrentamos o que nos fere, tornamo-nos capazes de lutar contra tudo e contra todos que nos fazem mal, criando forças para expulsar de nosso convívio e de nosso íntimo as tralhas emocionais que nada mais fazem do que emperrar a nossa busca pela felicidade.

*O título deste artigo baseia-se em citação de Marcos Bulhões

Imagem de capa: Antonio Guillem/shutterstock

Tem horas que a gente tem que matar o passado dentro da gente

Tem horas que a gente tem que matar o passado dentro da gente

Hoje pela manhã, me deparei com um post no Instagram que dizia: “Alguns assuntos já foram assuntos demais para serem assuntos novamente”. E me senti acolhida pelas palavras, pois tenho um coração nostálgico, que de vez em quando me trai e traz de volta assuntos que já se encerraram dentro de mim. Porém, de uma vez por todas, hoje quero me despedir e esquecer.

O tempo dos acertos, das saudades, de reconciliações com minha história, de me lembrar do passado com doçura e algum apego passou, e deu lugar a um desejo enorme de que a vida seja contada com cheiros do presente e sabor de surpresas, desfrutando com sabedoria o tempo que se descortina à minha frente.

Tem horas que a gente tem que matar o passado dentro da gente. Sacrificar de uma vez aquela lembrança “preciosa” que não nos permite crescer. Fechar a porta daquele lugar distante no tempo que não nos ajuda a prosseguir. Dar um basta às velhas desculpas que justificavam nossa saudade, nossa nostalgia, nosso “resgate” e finalmente entender que desapego é uma das lições mais difíceis, porém mais necessárias, que iremos ter na vida.

Temos que ser fortes e corajosos para romper com aquilo que julgávamos “nossa vida” e não é mais. Valentes para desvincularmos nosso caminho da armadilha do saudosismo, da repetição de velhos hábitos, da crença de que ainda há o que se buscar no tempo que já se esgotou.

Porém, nunca estaremos imunes a sermos traídos pela emoção. Como eu gosto de afirmar, somos a soma do que amamos e do que vivemos, e de vez em quando aquilo que amamos terá disposição para vir à tona. Não se culpe quando isso acontecer. Porém, após a visita da saudade, coloque-a de volta no seu lugar. O passado tem a função de nos lembrar como chegamos até aqui, mas não pode, de maneira alguma, nos definir.

O passado tem mania de seduzir. Olhando pelas lentes da nostalgia, tudo fica mais bonito do que realmente foi. Glamorizamos nossas experiências e enfeitamos nossas trivialidades de um jeito que não nos permitimos fazer com o presente. Editamos nossas lembranças e ventilamos nossas dificuldades a ponto de acreditarmos que sempre fomos mais felizes naquele lugar que não existe mais.

Por mais difícil que seja, existirão momentos em que teremos que nos despedir de algumas histórias que foram importantes para nós. Nem tudo nos cabe, e viver carregando no peito nossas vidas não vividas não nos permite crescer.

Está na hora de encerrar essa história dentro de você. De esquecer pessoas que já te esqueceram faz tempo. De manter “contato zero” com aquilo que traz de volta o que não existe mais. De deixar morrer a expectativa vã, a esperança inútil, a teimosia dolorosa. De finalmente perceber que matar alguns fatos do passado não nos torna pessoas cruéis; ao contrário, nos reconecta com aquilo que realmente importa.

Imagem de capa: Ollyy/Shutterstock

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“Uma vida é cheia de outras vidas”*

“Uma vida é cheia de outras vidas”*

Para meu cãozinho Bruce que faleceu no último domingo, para mim mesma que luto para não me entregar aos fins definitivos e a perda do encanto, por mais um passo que nos leve além do que somos hoje.

A vila onde eu nasci fica às margens de um monte e a beira de um rio. Pessoas, cidade e natureza coexistem enquanto desenham a paisagem mais linda. Há beleza e a água está perto de todos. Desce dos montes e desenha suaves caminhos, mata a sede daqueles que passam, acaricia a pele dos que ficam, oferece higiene, repouso e paz. Quando passa, leva consigo aquilo que sobra. Arrasta a energia ruim daqueles que acreditam em seu poder de purificação, carrega oferendas, nutre almas e lavouras.

Certo dia, na vila onde eu nasci, houve uma grande enchente. Algo brutal e que nunca tinha acontecido desceu pelos anteriores caminhos calmos e amigos. Casas foram destruídas. Algumas pessoas morreram, muitas ficaram desalojadas.

Poucos minutos e tudo passou a ser diferente. O equilíbrio foi quebrado e o que era esperado pela constância do tempo, deixou de ser real. A estabilidade daquele local desta vez perdeu sua histórica morada, transformou-se em parte da água e dessa vez partiu arrastada e sem opção de ficar.

O desequilíbrio, porém, não apagou a história pregressa. O rio caudaloso e revolto de agora não destruíu as memórias daqueles que ficaram. Os benefícios e as alegrias de outrora não deixaram de ser verdade quando o cenário mudou. Há nessa história, é muito importante ressaltar, um antes e um depois. E, logo mais, um futuro onde tudo será diferente.

Se a natureza pode nos invadir com aparentes desequilíbrios e tudo mudar, sabemos que poucas também são as pessoas que lidam bem com suas próprias inconstâncias. Coisas acontecem, estabilizam-se por um determinado tempo e, num belo ou triste dia, tudo acaba e a vida muda.

Quem não gostaria de viver um amor eterno, permanecer jovem e encantado com o futuro, manter ao lado, para sempre, os pais, os filhos ou até mesmo o animalzinho de estimação mais amado? Entretanto, os relacionamentos acabam, as pessoas partem, trocamos de emprego, de cidade, nossos bichinhos morrem. As mudanças de nossas vidas podem chegar como as corredeiras caudalosas que tudo arrastam, que nos tiram do eixo, que destroem nossas casas,  nos desabrigam e partem nosso coração enquanto nos fazem entender que não somos mais quem pensávamos ser.

Já não somos tão jovens para começar de novo ou, independente da idade, tememos a repetição das mudanças que nos dilaceraram do nada, em um dia.

E aí não arriscamos um novo emprego…

E aí não nos armamos e nem nos apaixonamos mais…

E aí não queremos mais mudar, não queremos mais sonhar, não queremos um novo animal- nem que seja pelo infinito amor que ele pode nos conceder.

A resposta para esse impasse, que nos choca em sua realidade,  está na compreensão de que existem muitas vidas dentro de uma mesma vida, que somos cíclicos e que o presente não apaga tudo de bom que já aconteceu conosco no passado.

É preciso entender que se moramos muitos anos numa vida sem enchentes aquilo significou muito sim, e se tivemos um casamento feliz por alguns anos, isso não pode ser invalidado pelo fim. E se hoje a vida nos ensinou que a nossa casa não deve estar mais tão perto de um rio, que possamos entender que isso não faz do rio o nosso inimigo. Que possamos ter a maturidade de acreditar num novo amor, pois ele chegará quando nos permitirmos ser novamente amados.

Que possamos acreditar em um novo começo, pois ele estará sempre um passo além de onde estamos hoje.

Que não nos esqueçamos que a felicidade pode ser breve e efemera, mas pode morar logo ali, do outro lado da calçada ou mesmo se materializar na concretude de um animal que nos aguarda no fim do dia.

Sim, nunca é tarde para mudar. Sim, sempre poderemos a amar e sermos amados novamente.

Afinal, “uma vida é cheia de outras vidas”. E o fim nada mais é do que o começo de algo novo…

 

Imagem de capa:   Kseniya Ivanova/shutterstock

Nota 1: O título é uma das frases ditas pela fonoaudióloga Cândida Bastos, para o programa “O valor feminino” da GNT, exibido em 03-10-2017.
Nota 2: a vila do início da história é fictícia. Imagem mental inspirada no trajeto de trem de Cusco a Machu Picchu.

A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmes

A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmes

Nessa lista estão 25 filmes nos quais o processo terapêutico aparece em foco, tendo, em grande parte deles, o terapeuta, psicólogo, psicanalista ou psiquiatra, como personagens fundamentais na trama. A interação entre paciente e terapeuta pode ser vista aqui por vários prismas. De filmes biográficos a filmes de suspense, os personagens a seguir terão questões emocionais e éticas desnudadas, para alegria de todos nós que apreciamos filmes com abordagens psicológicas.

1- Sybil, 1976 (biográfico)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesSybil Dorsett (Sally Field) é uma jovem que desenvolveu várias personalidades como mecanismo de defesa por causa dos abusos que sofreu pela mãe, Hattie (Martine Bartlett) desde a infância. Assim Sybil criou personalidades bem distintas: a agressiva Peggy Lou, a suicida Mary, o bebê Sybil Ann e muitas outras, totalizando mais de dez. Uma psicanalista, Cornelia Wilbur (Joanne Woodward), diagnostica a condição de Sybil e tenta ajudá-la, apesar de saber que está lidando com um caso único. Filme baseado em fatos reais e regravado em 2007.

2- O príncipe das marés, 1992 (drama/romance)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesTom Wingo (Nick Nolte) é um treinador de futebol americano desempregado da Carolina do Sul, que vai até Nova York apoiar a irmã, uma poetisa, que tentou o suicídio. Lá ele se envolve com Susan Lowenstein (Barbra Streisand), a psiquiatra que cuida dele, mas seu casamento em crise e seus filhos, além de um terrível segredo de família, perturbam sua mente.

3- Mr. Jones, 1993 (drama/romance)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesEstrelado por Richard Gere como Sr. Jones e Lena Olin como Dra. Elizabeth Libbie, esse filme conta a história de um homem de 36 anos que é muito charmoso, impulsivo e irresistível, mas que se encontra à beira da autodestruição. Jones é considerado maníaco depressivo e durante suas crises emocionais é criativo, divertido, apaixonante, e envolvente, e em seus momentos opostos tem crises delirantes. Jones é inquietante para qualquer mulher, incluindo nessa lista a Dra. Libbie, a psiquiatra designada para cuidar de seu caso. Um filme marcante.

4- Terapia do prazer (bliss), 1997 (drama/romance)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesJoseph é recém-casado com Maria e descobre uma traição, porém, ao investigar o possível amante descobre que na verdade é um terapeuta sexual. Maria sofre de uma doença psicológica e Joseph resolve seguir os conselhos do terapeuta e tentar curar a esposa. O filme começa sem expectativas, mas, a partir da metade, a trama se desenvolve e surpreende. É sobre sexo tântrico, intimidade, compreensão, feminismo, psicologia, amor próprio e amor ao próximo. Na Netflix.

5- Gênio indomável, 1998 (drama)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesEm Boston, um jovem de 20 anos (Matt Damon) que já teve algumas passagens pela polícia é servente de uma universidade e revela-se um gênio da matemática. Por determinação legal ele precisa fazer terapia, mas nada funciona, pois ele ignora todos os analistas, até se identificar com um deles. No papel do analista está o aclamado Robin Williams. Filme sensível e tocante. Na Netflix.

6- O sexto sentido, 1999 (mistério)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesO psicólogo infantil Malcolm Crowe (Bruce Willis) abraça com dedicação o caso de Cole Sear (Haley Joel Osment). O garoto, de 8 anos, tem dificuldades de entrosamento no colégio e vive com medo. Malcolm, por sua vez, busca se recuperar de um trauma sofrido anos antes, quando um de seus pacientes se suicidou em sua frente. Esse filme foi um marco quando lançado pelo clima de suspense notório. Mais recreativo que didático, tem uma trama muito bem entrelaçada.

7- Máfia no divã, 1999 (comédia)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesPaul Vitti (Robert De Niro), o chefe de uma “família”, tem repentinamente ataques de ansiedade por causa de problemas do passado. Assim, decide consultar secretamente Ben Sobel (Billy Crystal), um psiquiatra e deseja ter alta em apenas duas semanas, quando acontecerá uma grande reunião da máfia. Sobel passa a ser “requisitado” pelos capangas de Vitti nos horários e lugares mais impróprios, inclusive em seu casamento. Esse filme, que é uma comédia, emplacou e, em 2003, teve uma continuação intitulada: A máfia volta ao divã.

8- Refém do silêncio, 2001 (mistério)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesNathan Conrad (Michael Douglas) é um conceituado psiquiatra, que vive feliz com sua esposa (Famke Janssen) e sua filha (Skye McCole Bartusiak). Até que ele é chamado por um colega para examinar a jovem Elisabeth Burrows (Brittany Murphy), que está em estado catatônico. A curiosidade leva Nathan a se aprofundar no caso, buscando descobrir o significado das palavras “Você quer o que você quer, não é? Eu não direi nada a você”, ditas por ela logo após entrar em catatonia. Mas o que antes era uma simples curiosidade se transforma num verdadeiro pesadelo quando a filha de Nathan é sequestrada e o resgate exigido é justamente saber o que está na mente de Elisabeth. Esse filme divide opiniões, principalmente por conta da previsibilidade, no entanto não poderia ficar de fora dessa lista. Na Netflix.

9- Geração Prozac, 2001 (biográfico)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesElizabeth Wurtzel (Christina Ricci) é uma brilhante estudante, que tem planos de estudar Jornalismo na conceituada universidade de Harvard. Entretanto problemas familiares fazem com que Elizabeth entre em profunda depressão, o que coloca seus planos em risco. Aos poucos, suas noites de trabalho, sempre regadas a drogas, e sua instabilidade emocional a afastam de Ruby (Michelle Williams), sua melhor amiga, e também de seu namorado. Decidida a procurar ajuda profissional, Elizabeth marca uma consulta com a Dra. Diana Sterling (Anne Heche), que lhe receita o antidepressivo Prozac. Esse filme biográfico foi baseado num best-seller americano de Elizabeth Wurtzel, “Prozac Nation”. No final dos anos 80, um antidepressivo era sugerido se a evolução terapêutica parecesse insatisfatória e foi assim que a personagem foi apresentada ao Prozac. Na Netflix.

10- Jornada da alma, 2003 (biográfico)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesEm 1905 Sabina (Emilia Fox), uma jovem russa de 19 anos que sofre de histeria recebe tratamento em um hospital psiquiátrico de Zurique, na Suíça. Seu médico, o jovem Carl Gustav Jung (Iain Glen), aproveita o caso para aplicar pela primeira vez as teorias do mestre Sigmund Freud. A cura de Sabina vem acompanhada de um relacionamento amoroso com Jung. Após alguns anos ela volta à Rússia, tornando-se também psicanalista e montando a primeira creche que usa noções de psicanálise para crianças. Décadas após sua morte, ela tem sua trajetória resgatada por dois pesquisadores. Esse filme biográfico mostra o relacionamento de Jung com Sabina focando principalmente a vida de Sabina.

11- Os esquecidos, 2003 (thriller/ficção científica)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesKelly Paretta (Julianne Moore) é uma mulher atormentada com a morte de San, seu filho pequeno, em um acidente aéreo ocorrido há pouco mais de um ano. Por causa disso ela se afasta diariamente de seu marido, Jim (Anthony Edwards). Ao visitar o Dr. Munce (Gary Sinise), seu psiquiatra, ele lhe diz que seu filho nunca existiu e que ela inventou todas as lembranças em relação a ele. Chocada, Kelly começa a procurar provas da existência de Sam entre seus pertences, mas tudo desapareceu. Um suspense bem interessante.

12- A Passagem, 2005 (thriller/drama)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesSam Foster (Ewan McGregor) é um psiquiatra que trabalha numa prestigiosa universidade americana. Certo dia um de seus jovens pacientes o procura para dizer que planeja cometer suicídio em breve. À medida que Sam estuda o caso, o rapaz começa a fazer estranhas e terríveis profecias que se realizam. Aterrorizado, Sam tenta ajudar seu paciente e impedir seu suicídio de todas as maneiras, mas acaba se envolvendo numa misteriosa jornada da alma. É um filme que exige bastante do expectador, um pouco cansativo, meio paranoico e até mesmo angustiante, mas vale cada minuto. Na Netflix.

13- Terapia do amor, 2006 (comédia romântica)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesRafi Gardet (Uma Thurman) é uma mulher de 37 anos, que mora em Nova York e se separou recentemente. Decidida a se dedicar à carreira, ela não quer se envolver em nenhum relacionamento amoroso. Mas sua opinião muda após conhecer David Bloomberg (Bryan Greenberg), um talentoso pintor de 23 anos, por quem se apaixona. A única questão dessa história está no fato de que David é filho da sua terapeuta, interpretada por Maryl Streep. Filme leve e divertido.

14- Passageiros, 2009 (drama/mistério)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesClaire Summers (Anne Hathaway) é uma jovem terapeuta designada por Perry (Andre Braugher), seu mentor, a dar orientação psicológica aos cinco sobreviventes de um terrível acidente aéreo. Ela enfrenta problemas ao ser confrontada por Eric (Patrick Wilson), que recusa sua ajuda e usa o acidente para tentar cortejá-la. Na trama Claire luta contra as iniciativas de Eric e curiosamente descobre que os outros pacientes apresentam versões distintas das oficiais com relação ao acidente aéreo. Filme de suspense interessante com a talentosa Anne Hathaway.

15- Frankie & Alice, 2010 (biográfico)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesFrankie (Halle Berry) é uma dançarina noturna que sofre com o transtorno de múltiplas personalidades, e luta diariamente contra alter egos bem específicos: uma criança de sete anos chamada Genius e uma mulher branca racista chamada Alice. A fim de eliminar estas vozes interiores, ela passa a frequentar sessões com um psicoterapeuta, Dr. Oz (Stellan Skarsgard), que a ajuda a decifrar e superar seus fantasmas pessoais. Filme maravilhoso com atuação marcante de Halle Berry!

16- Um método perigoso, 2011 (biográfico)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesDirigido pelo cultuado David Cronenberg, o longa é uma mostra de como a relação entre Carl Jung (Michael Fassbender) e Sigmund Freud (Viggo Mortensen) faz nascer a psicanálise. Aborda a intensa e polêmica relação da dupla com a paciente Sabina Spielrein (Keira Knightley). O filme foi exibido em primeira mão no Festival de Veneza de 2011 e conquistou uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante para Mortensen. Filme biográfico excelente, com ótimas atuações. Na Netflix.

17- Identidade Paranormal, 2011 (thriller/mistério)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesCara Jessup (Julianne Moore) é uma psiquiatra dedicada que concentra a sua reputação profissional em desmascarar a ideia da síndrome de múltipla personalidade. Ela duvida completamente desses casos até conhecer Adam, um paciente criminal com problemas mentais que desafia as explicações mais racionais para seu caso. Esse contato misterioso com o mal perturba o mundo de Cara e ela começa a questionar suas próprias crenças. Esse filme tem ótimas atuações, com destaque para Jonathan Rhys Meyers como o paciente Adam. Válido como ficção e para quem gosta de filmes assustadores.

18- As Sessões, 2013 (biográfico)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesMark O’Brien (John Hawkes) é um escritor e poeta que, ainda criança, contraiu poliomielite. Devido à doença ele perdeu os movimentos do corpo, com exceção da cabeça. Mark passa os dias entre o trabalho e as visitas à igreja, onde conversa com o padre Brendan (William H. Macy), seu amigo pessoal. Sentindo-se incompleto por desconhecer o sexo, Mark passa a frequentar uma terapeuta sexual. Ela lhe indica os serviços de Cheryl Cohen Greene (Helen Hunt), uma especialista em exercícios de consciência corporal, que o inicia no sexo. Esse filme é biográfico e com o sucesso do filme, Greene, lançou o livro intitulado “As sessões: minha vida como terapeuta do sexo”. Nos EUA esse tipo de terapia sexual, nascida na década de 60/70 com Virgínia Johnson e William Master é permitida, no Brasil a prática é vedada.

19- Terapia de risco, 2013 (thriller/drama)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesA trama gira em torno da jovem Emily Hawkins (Rooney Mara), que acaba de ver o marido (Channing Tatum) ser libertado da prisão por um crime de colarinho branco. Mesmo aliviada, Emily tem crises de depressão e busca a ajuda de medicamentos prescritos para conter a ansiedade. Ela também busca amparo num tratamento psicológico, lidando com profissionais interpretados por Jude Law e Catherine Zeta-Jones. O tratamento, por mais que comece de forma positiva, vai gerar consequências inesperadas na vida da jovem. Um filme estilo suspense psicológico, muito válido como ficção.

20- Em transe, 2013 (thriller/drama)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesUm profissional (James McAvoy) ligado aos leilões de peças de arte acaba envolvido com uma gangue responsável pelo roubo de quadros. Para se livrar destas pessoas, ele deve se unir a uma hipnoterapeuta (Rosario Dawson), mas logo a relação entre desejo, realidade e sugestão hipnótica começa a colocar todos em perigo. Um filme eletrizante, com muita ação, no qual o próprio espectador parece ficar hipnotizado pela trama.

21- Terapia intensiva, 2014 (biográfico)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesApós a Segunda Guerra Mundial, o combatente indígena Jimmy Blackfoot (Benicio Del Toro) é internado em um hospital militar no Kansas, com queixas de perda de audição, vertigem e cegueira temporária. Os médicos não descobrem nenhuma causa fisiológica para os seus distúrbios, e passam a acreditar na tese da esquizofrenia. Mesmo assim, um etnólogo e psicanalista especializado em culturas ameríndias, Georges Devereux, é chamado para conversar com Jimmy e confirmar o diagnóstico. Através das conversas que evocam lembranças e traumas no paciente, nasce uma grande amizade entre esses dois homens. Baseado em um caso real e adaptado do livro do psicanalista retratado no filme, o Dr. Georges Devereux, esse filme é absurdamente rico do ponto de vista psicanalítico. Maravilhoso e imperdível!

22- Antes de dormir, 2015 (drama/mistério)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesDia após dia, Christine Lucas (Nicole Kidman) desperta sem se lembrar de absolutamente nada que aconteceu em sua vida nos últimos 20 anos. Isto acontece devido a um acidente sofrido uma década atrás, que fez com que seu cérebro não consiga reter as informações recebidas ao longo do dia. Com isso, cabe ao seu marido Ben (Colin Firth) a tarefa de relembrá-la de sua vida, através de um mural de fotos e detalhes do passado. Além disto, ela passa por uma terapia sigilosa com o Dr. Nasch (Mark Strong), que procura incitá-la a ter lembranças sobre o que aconteceu. Só que, aos poucos, ela percebe que nem tudo é o que parece ser. Nesse filme a protagonista fica dividida entre o que lhe diz seu psiquiatra e o que lhe conta seu dedicado marido. Na Netflix.

23- Hector e a procura da felicidade, 2016 (aventura)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesO psiquiatra Hector (Simon Pegg) está cansado de sua vida e dos problemas de seus pacientes. Ele, na verdade, se sente frustrado por não conseguir ajudar seus pacientes a encontrarem a felicidade. Com o incentivo da esposa (Clara Rosamund Pike), ele faz uma viagem sozinho ao redor do mundo, em busca de novas experiências. Durante a viagem, ele questiona as pessoas sobre o que as faz feliz e se dá conta que precisa questionar a si mesmo. Esse filme tem uma pegada tragicômica, mas é muito interessante. Na Netflix.

24- Nise, o coração da loucura, 2016 (biográfico)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesAo voltar a trabalhar em um hospital psiquiátrico no subúrbio do Rio de Janeiro, após sair da prisão, a doutora Nise da Silveira (Gloria Pires) propõe uma nova forma de tratamento aos pacientes que sofrem da esquizofrenia, eliminando o eletrochoque e lobotomia. Seus colegas de trabalho discordam do seu meio de tratamento e a isolam, restando a ela assumir o abandonado Setor de Terapia Ocupacional, onde dá início a uma nova forma de lidar com os pacientes, através do amor e da arte. Nise tem sua terapia inspirada pela ideologia do psicanalista Carl Gustav Jung, inclusive Nise troca correspondências com o renomado nome da psicanálise. Na Netflix.

25- O mínimo para viver, 2017 (drama)

contioutra.com - A relação entre terapeuta e paciente em 25 super filmesUma jovem (Lily Collins) está lidando com um problema que afeta muitos jovens no mundo: a anorexia. Sem perspectivas de se livrar da doença e ter uma vida feliz e saudável, a moça passa os dias sem esperança. Porém, quando ela encontra um médico (Keanu Reeves) não convencional que a desafia a enfrentar sua condição e abraçar a vida, tudo pode mudar. Esse filme tem sido muito polêmico, pois muito se discute sobre a ideia preventiva anunciada em seu lançamento. Para alguns profissionais esse filme não é muito aconselhável pois, antagonicamente, pode agravar o quadro de alguns pacientes. Fica a cargo de quem assiste decidir o que pensa dessa questão. Na Netflix.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Como lidar com chantagem sentimental – Flávio Gikovate

Como lidar com chantagem sentimental – Flávio Gikovate

A chantagem sentimental é uma ação típica de um indivíduo que não sente remorso sobre alguém que é rico em culpa e que, por isso mesmo, acaba cedendo a pressões indevidas.

Para mais informações sobre Flávio Gikovate
Site: www.flaviogikovate.com.br
Facebook: www.facebook.com/FGikovate
Twitter: www.twitter.com/flavio_gikovate
Livros: www.gikovatelojavirtual.com.br

Esse blog possui a autorização de Flávio Gikovate para reprodução desse material.

Que sejamos todos pessoas boas de amor

Que sejamos todos pessoas boas de amor

Que a gente saiba a diferença entre ser generoso e ilimitado.
Que esta diferença não prive a manifestação dos bons sentimentos, nem nos faça sentir inferiores diante de uma ação de ingratidão.
Que nossos comportamentos altruístas possam sempre refletir o bem, ser farol e referência do amor. Que possamos fazer o bem sem olhar a quem.
Que qualquer ato de bondade possa ser como uma onda que carrega milhares para o mesmo caminho e que não seja visto como ato de alguém tolo, bonzinho, que faz algo sozinho.
Que este ato de amor não seja uma comprovação para o ego.
Que o ser que se doa, possa também receber, e além disso que ele possa entender o amor dele por si, para que não se sinta esgotado e dependente apenas da generosidade do amor do outro.
Que o amor por si vença antes de conquistar o amor do próximo.
Somos seres amáveis e amorosos, por isso devemos colocar este propósito divino à serviço, sem julgamentos e culpas.
Que ele possa acontecer sempre, sem depender das tragédias pessoais e globais para ser despertado.
Que possamos sentir e refletir este sentimento tão nosso e genuíno a todo o momento.
Que possamos usar o amor como prevenção e não apenas como curativo.
Que Sejamos todos pessoas boas de amor.

Imagem de capa: Anna Kraynova/shutterstock

Se a sua alma não está à venda, não há dinheiro que pague a sua paz de espírito!

Se a sua alma não está à venda, não há dinheiro que pague a sua paz de espírito!

Todo mundo gosta de dinheiro. Eu, você, o moço que largou tudo e foi vender água de coco na praia, a moça que virou a mesa e saiu pelo mundo com uma mochila nas costas, o dono da barraca de pastel na feira, o médico que ficou de plantão no feriado, o mestre que ainda insiste que a educação é a única saída digna para a perdida raça humana. A questão é apenas identificar quem é o dono de quem. Parece simples. Mas não é, não! Não é mesmo!

Por enquanto, e isso é uma coisa absolutamente transitória, somos seres de carne, osso e mais uma porção de órgãos e sistemas que precisam funcionar adequadamente para que continuemos vivos. E ocorre que manter um ser humano vivo demanda a manutenção de uma quantidade razoável de itens materiais. Comida, abrigo, descanso, ocupação do corpo e da mente, diversão, segurança, informação, locomoção, convivência.

Todavia, nossas necessidades básicas variam incrivelmente de um indivíduo para outro. Há quem precise de muito pouco para considerar-se alegre e satisfeito em suas aspirações mundanas. Assim como há aqueles que quanto mais coisas adquirem, mais coisas arranjam para desejar, e cobiçar e depender. Tudo é apenas uma questão de perspectiva.

A triste verdade é que quanto mais “bens” você acumular, mais encrenca para sua cabeça você arranjará. A simples decisão de ter um automóvel, por exemplo – ainda que seja um prosaico modelo popular – incluirá a sua desavisada pessoa numa rede de elementos comedores de dinheiro. Ter um veículo motorizado para rodar por aí, acarreta um ônus bastante complexo: seguro, manutenção, impostos obrigatórios, gasto com combustível, estacionamento, e mais uma porção de pequenos e médios investimentos financeiros que impactarão diretamente a maneira como você passará a gastar o seu tempo.

Quanto mais coisas você tiver, mais horas terá de trabalhar para mantê-las. E quanto mais você aumentar suas horas de trabalho, mais vai acreditar que merece comprar mais coisas para compensar o tanto que trabalha. E, não, a equação não fecha nunca. É tipo aquelas dízimas periódicas de números infinitamente repetidos.
E quando menos você esperar, estará soterrado em seus delírios de consumo, e escravizado a um modelo de vida que reduz a sua existência a uma representação tosca de alguma coisa muito pouco parecida com o que se poderia chamar de vida plena.

Se a sua alma não está à venda, não há dinheiro que pague a sua paz de espírito. Porque prosperidade financeira é até bacana… até a página dois… até você descobrir que deixou de ser aquele que possui, para ser um fantoche tolo e caricato que vive em função de um punhado de papel. Que vem andando de joelhos para acumular objetos de desejo além da conta. Que vem vendendo o seu tempo em troca de coisas que, assim como você, não vão durar para sempre.

Imagem de capa meramente ilustrativa. cena do filme “Miss Sloane”

Você colhe o que ama

Você colhe o que ama

Faz assim, recomece. Pare e faça tudo de novo se for necessário. Mas não hesite. Não deixe jogarem os seus sentimentos desapego abaixo. Você colhe o que ama. Ninguém tem o direito de te fazer desistir da felicidade que é estar de bem consigo.

Você não precisa agradar uma plateia para construir o seu próprio caminho. Desde que você se proponha a respeitar e ter empatia pelas escolhas do outro, você pode decidir viver as suas emoções do jeito que melhor entender. E isso começa com você aproximando mais as coisas e pessoas que ama.

Você já passou da fase de aturar gente chata. Já passou do ponto de ficar anestesiada com amores pela metade. Já passou da idade de ter que aceitar relações, trabalhos e estilos de vida que não agregam valor para a sua paz de espírito. É tempo de dar um basta, sim. Você merece.

Você é muito mais do que essas migalhas que andam oferecendo por aí. Você teve a sorte de encontrar consigo e de ter aproveitado para crescer por dentro. Você foi solidão e companhia numa nota só. Então, por que negar muito de você para você? O seu coração não é barganha.

Você não é egoísta, acredite. Você não é trouxa e também não é pior pessoa do mundo. Você é você. E sendo quem é, nada mais justo do que tocar em frente os seus melhores planos, sonhos e lados. Plante o que ama. Seja o que ama.

Confie nos seus abraços. Você não precisa esperar a reciprocidade de ninguém para alcançar a plenitude do próprio amor. Você colhe o que ama, não se esqueça.

Imagem de capa: sergey causelove, Shutterstock

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