Quando a frustração se transforma em gratidão.

Quando a frustração se transforma em gratidão.

Sempre que algo dá certo em nossas vidas, comemoramos e nos sentimos realizados. O sentimento de gratidão nos invade, isso é fato, basicamente uma regra. Entretanto, raramente nos conscientizamos de que alguns acontecimentos que nos frustraram em determinado momento da nossa vida, foram, na realidade, um grande presente ou livramento. Sim, acreditem, algumas bênçãos chegam em nossas vidas disfarçadas de dor.

Quantas adolescentes tiveram uma viagem negada pelos pais e se revoltaram, porém, aquela mesma viagem resultou numa fatalidade, num acidente no qual ninguém saiu vivo? Então, quer bênção maior do que ter a vida preservada? E aquela paixão adolescente que seus pais se opuseram e dificultaram e que você sofreu horrores por não ter se casado com ele(a)? Então o tempo passou e você se deu conta de que aquela pessoa, que foi seu sonho de consumo um dia, transformou-se numa verdadeira “mala sem alça”. Que livramento, hein?!

Seja grato aos seus pais por não terem permitido o seu envolvimento com ele(a). Enfim, são inúmeras situações que, num primeiro momento, por não ter dado certo, nos frustram, mas num momento oportuno iremos respirar aliviados e agradecer por não ter se cumprido o nosso querer.

É fundamental esse olhar sensível sobre as nossas vivências, em especial as dolorosas. Do ponto de vista espiritual, creio que Deus nos protege e nos prova o seu amor quando nos diz “não” também. Sim, se nós, humanos e tão pequenos, dizemos “não” aos nossos filhos por querermos o melhor para eles, imagine o nosso Pai Celestial para conosco. Nós, que somos pais e mães, nos sentimos profundamente angustiados diante dos nossos filhos ao vê-los chorando diante de um “não” nosso.

Isso porque, embora tenhamos a certeza de que devemos negar aquele pedido, nos sentimos cheios de remorsos por percebermos que aquele criança não tem maturidade suficiente para entender a nossa negativa. Então, quando divergimos dos nossos filhos, torcemos apenas para que um dia ele tenha a oportunidade de nos entender e nos perdoar, se for o caso.

E o encanto da vida reside justamente nisso, nessa relatividade, nessas surpresas. É lindo nos sentirmos gratos por algo que não aconteceu conforme desejamos. Creio que quando aquilo que foi a razão das nossas lágrimas se transforma em contentamento e gratidão, Deus sorri e sussurra em nossos ouvidos: “Filho, que bom que você entendeu, não permiti aquilo por te amar demais”. Eu creio nisso. Então, tenhamos mais paciência diante das nossas supostas perdas, pois nem tudo é prejuízo. Peçamos a Deus sabedoria e fé para lembrarmos sempre de que Ele está no controle de todas as coisas e que, conforme está escrito em Romanos 8:28: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. Se são todas as coisas, as desagradáveis estão entre elas.

Imagem de capa: Jantanee Runpranomkorn/shutterstock

10 dicas para compreender como funciona o Apoio Psicológico Online

10 dicas para compreender como funciona o Apoio Psicológico Online

Mensalmente, recebo dezenas de e-mails de colegas perguntando sobre como realizar o Apoio Psicológico Online, portanto, objetivo com esse texto ajudar e compartilhar minhas experiências com psicólogos/psicanalistas que pretendem enveredar por esse caminho.

Dessa forma, esse artigo é de minha responsabilidade e descrevo minhas experiências,  sendo possível  que outros profissionais possam acrescentar outros pareceres ou mesmo divergir com relação a alguns tópicos-.

Em 2013, depois de 12 anos trabalhando no SUS e exercendo atividades em consultório convencional, quis dar um outro rumo a minha carreira de psicanalista, pois a maternidade exigia de mim outra adequação no mercado de trabalho.

Nessa época pesquisando sobre diferentes formas de atuar, deparei-me com o apoio psicológico online que, aparentemente, era uma oportunidade de exercer meu trabalho.  Entretanto, eu ainda não acreditava em seu funcionamento, pois para mim ele ainda parecia algo mais comercial do que funcional.

Somado a isso, praticamente não havia bibliografia significativa sobre o tema e, em princípio, a Resolução do Conselho Federal de Psicologia, a CFP N.º 12/2005 foi o meu norte . No ano que se seguiu fui me aprofundando e estudando essa proposta de Apoio Psicológico Online.

Lembrei-me de que Freud se correspondia com seus ex-pacientes, que Winnicott era convidado na rádio BBC para falar de psicologia infantil para pais, mães e professores. E então pensei: “Se esses “caras” tivessem acesso a internet, o que fariam?” Certamente, conseguiriam levar a psicanálise para mais pessoas. Afinal, a psicologia está em todos os lugares!

A partir disso, trabalhei incessantemente para fazer dar certo meu novo projeto profissional: Apoio Psicológico Online. Agora, depois desse amadurecimento, sinto-me apta para compartilhar minhas percepções e experiências.

Algumas dicas para os profissionais que desejam trilhar esse caminho:

  • Estude muito sobre apoio psicológico online, tais como a resolução do CFP N.º 12/2005 e todos os artigos relacionados ao tema, pois quanto mais informação, melhor;
  • Reflita se essa forma de trabalho combina com o seu perfil profissional, assim como qualquer atuação em qualquer profissão, para realizar um bom trabalho é necessário acreditar no resultado;
  • Especialização em Psicoterapia Breve é um grande diferencial, já que o CFP permite 20 sessões com paciente no Apoio Psicológico Online;
  • Façam psicoterapia pessoal. Como em qualquer atendimento ou trabalho do psicólogo, o profissional empresta sua psique para os pacientes/instituições se desenvolverem, dessa forma, o profissional deve estar emocionalmente integrado e apto ao trabalho;
  • Investir em bons equipamentos tais como: computador, câmera, handoff, e muitos “megas” de internet e provedor confiável;
  • O site deve seguir todas as especificações e só deverá estar na internet depois de ter conseguido o selo do CFP;
  • Antes de iniciar o atendimento, faz-se necessário uma pré-avaliação da demanda do paciente/cliente, pois nem todos se beneficiarão com essa proposta de atendimento;
  • Quando alguém entrar em contato com queixas que não se deve tratar no Apoio Psicológico Online, como transtornos psiquiátricos/psicológicos graves e persistentes, é importante acionar o serviço de saúde mental da cidade e passar informações para que eles possam ajudar essa pessoa;
  • O setting terapêutico deve ser estabelecido já no primeiro encontro com o paciente/cliente, como pontualidade, duração e número de encontros, pagamentos, etc.
  • Supervisão dos atendimentos. Assim como os atendimentos realizados em consultório convencional, os profissionais, principalmente os menos experientes, devem procurar um supervisor para poder enriquecer seus atendimentos.

Essas são as primeiras premissas para quem deseja seguir esse caminho.

Penso que a psicologia está em todas as pessoas e lugares e que, exercendo um trabalho de qualidade, podemos transformar vidas, ajudar a “ressiginificar” o passado e transformar o futuro das pessoas que nos procuram.

Imagem de capa: GaudiLab/shutterstock

As pessoas conflituosas criam ambientes tóxicos por onde passam

As pessoas conflituosas criam ambientes tóxicos por onde passam

As pessoas conflituosas, exigentes e carentes de empatia criam ambientes tóxicos nos quais a negatividade é contagiante, inclusive capaz de nos deixar doentes. É uma realidade que reparamos de imediato em muitos contextos familiares e profissionais, onde o ar parece viciado, onde o estresse é físico, o medo é palpável e a infelicidade, um vírus implacável.

Os especialistas em ambiente de trabalho costumam diferenciar em qualquer empresa aquilo que é conhecido como “ambiente tóxico versus ambiente nutritivo”. Curiosamente, é algo que é possível identificar quase que instantaneamente. É claro que existem variáveis padronizadas que têm como finalidade fazer essa medição de forma objetiva e rigorosa, no entanto, às vezes basta caminhar por uma empresa para sentir a tensão, o desconforto estrutural e a pressão que marca o rosto dos funcionários e dos diferentes departamentos.

“Algumas pessoas causam felicidade onde quer que cheguem, outras a proporcionam quando se vão.”
-Oscar Wilde-

O mesmo ocorre a nível familiar. O tipo de linguagem utilizada, o tom e até mesmo a atitude de cada um de seus protagonistas destila essa complexidade emocional que se impregna no ambiente e em toda a dinâmica familiar. Os ambientes tóxicos existem e transcendem aos seus próprios inquilinos até o ponto de passar para terceiros, porque o clima de um ambiente é composto de sentimentos adversos, de incertezas, de um idioma agressivo e de um estresse sistêmico do qual é muito difícil se defender.

A seguir, propomos que você aprofunde seus conhecimentos sobre este tema.

O império da infelicidade nos ambientes tóxicos

Sabemos que o termo “pessoas tóxicas” está na moda. No entanto, temos que ter cuidado na hora de utilizá-lo, pois muitas vezes podemos abusar dele. Às vezes, por trás dessa etiqueta pode existir, na verdade, alguém que está passando por uma depressão, um transtorno de ansiedade ou qualquer problema clínico. É preciso ter cautela, prudência e sensibilidade ao tratar do tema.

Por outro lado, algo que certamente é muito claro é o clima que é criado em torno dessas outras personalidades caracterizadas por conflitos, abusos e a completa falta de empatia ou de proximidade com aqueles que fazem parte do seu dia a dia.

Há alguns anos a revista “Fortune“, acostumada a estabelecer rankings, criou uma lista das melhores empresas do mundo para trabalhar. Ela não usou o salário nem os benefícios dessas empresas como variáveis para fazer essa avaliação. O que foi analisado foi o nível de satisfação dos funcionários. Curiosamente, algo que perceberam no estudo é que grande parte das empresas tem no DNA de sua estrutura o vírus da toxicidade, e além disso, é algo sistêmico e crônico.

Às vezes não é suficiente substituir os gerentes. A própria estrutura e a política de determinadas empresas criaram um ambiente crônico baseado no controle, onde alcançar os objetivos era mais importante do que o bem-estar dos funcionários, e na cultura da “cabeça baixa”, onde é melhor calar e assumir para poder manter o emprego.

Pouco a pouco, o império da infelicidade, do medo e da incerteza cresce nas mentes de todo o capital humano desses ambientes tóxicos, limitando uma verdadeira produtividade, a inovação, a criatividade e, acima de tudo, a saúde.

A necessidade de construir ambientes “nutritivos”

Ao longo da nossa vida, iremos encontrar pessoas conflituosas em qualquer lugar. No entanto, algo que temos claro é que nem sempre poderemos criar distância, nem sempre é tão fácil romper o vínculo e se afastar com pelo menos duas cidades de distância, para cultivar um silêncio saudável e a segurança de não ver mais essa pessoa. Algumas vezes esse núcleo conflituoso está na nossa própria casa ou no nosso trabalho, esses ambientes tóxicos dos quais não podemos sair.

Há alguns anos, e a título de curiosidade, surgiu no mercado de trabalho a figura do “diretor da felicidade ou coaching do bem-estar”. Trata-se de uma pessoa formada e especializada no tema que teria como objetivo criar um ambiente de confiança e de comunicação adequado, onde seus funcionários se sentissem verdadeiramente felizes e valorizados. Embora algo tão básico garanta sem dúvida a produtividade da própria empresa, é um aspecto que não costumamos ver com frequência. Pelo menos por enquanto.

Temos que tentar mudar políticas, mentalidades e perspectivas. Na verdade, não falamos só de melhorar os ambientes de trabalho, falamos também da necessidade de implementar novas dinâmicas nas escolas: o primeiro contexto onde se formam as gerações futuras. Os ambientes nutritivos são identificados por terem um sentido de permanência, onde se defende o respeito e a dignidade pessoal, onde se favorece a criatividade, o crescimento pessoal e uma empatia autêntica, próxima e palpável.

Sejamos, então, os arquitetos de cenários mais humanos, começando sem dúvida por aqueles que temos mais próximos, aqueles onde nos desenvolvemos todos os dias. É uma tarefa que certamente vale a pena.

TEXTO ORIGINAL DE A MENTE E MARAVILHOSA

Imagem de capa: Shutterstock/ Syda Productions

Agradeça por todas as amizades que ficaram na sua vida

Agradeça por todas as amizades que ficaram na sua vida

Porque algumas amizades não adormecem com o tempo. Elas continuam preenchendo e fazendo do nosso viver uma travessia especial. Amizades que ficaram merecem agradecimentos em larga escala, com sorrisos, sintonia e muito reconhecimento.

Se a sua vida não é um vazio completo, agradeça. Agradeça porque você teve a sorte de poder contar com boas amizades. Amigos que não cobraram nada em troca. Amigos sensíveis e cúmplices do seu passado. Você sabe que não é mole encontrar lugar no afeto de alguém. Tem gente que é distante de qualquer proximidade e ponto. Mas não os seus. Não os que você pode contar segredos, compartilhar experiências e ouvir coisas positivas. Para essas amizades despidas de invejas e egoísmos, agradeça.

Se a sua vida é mais bem-vinda, agradeça. São as amizades que te escolheram que você deve acolher. Aquelas que ficaram felizes enquanto você caminhava para instantes maiores. Em um mundo carregado de desapego, quem fica com você para uma saideira, quem não presta atenção na hora de ir só para te fazer companhia, quem só segura a sua mão e demonstra apoio e respeito. Para essas amizades, agradeça. Porque são relações ausentes de incertezas, achismos e promessas não cumpridas. Agradeça por isso e mais.

Se a sua vida não é mais uma contagem do que ganhou e perdeu, agradeça. Agradeça pela existência de quem foi solidário com você, de quem te fez enxergar luz em dias cinzas ou de quem simplesmente te fez esquecer que nada é tão pesado assim. É importante você reconhecer quem ficou por disposição, carinho e empatia. Para essas amizades que fizeram do acaso a melhor forma de construir um destino, agradeça.

Porque, sinceramente, é muito mais feliz quem tem amizades que ficaram sem a necessidade de um convite explícito. Elas apenas chegaram e temperaram tudo com leveza e reciprocidade. Agradeça por todas as amizades que você sabe não se tratar de quantidade, mas de qualidade.

Imagem de capa: smile photo, Shutterstock

Sobre o abraço: nunca economize, ele é cura.

Sobre o abraço: nunca economize, ele é cura.

A banda Jota Quest, em sua canção “Dentro de um abraço” afirma, dentre outras coisas, que tudo o que a gente sofre, dentro de um abraço se dissolve. Palmas para essa banda, o abraço merece todas as homenagens do mundo. O abraço é tão sagrado que aproxima dois corações, de forma que um possa sentir as batidas do outro. E vai além disso, determinados abraços são capazes de conectar almas.

Nos dias atuais, estamos cada vez mais conectados, virtualmente, vale lembrar. Tenho a impressão de que o abraço anda meio escasso nas relações humanas, tomara que eu esteja enganada. O abraço não pode se extinguir, ele é um porto seguro para quem tem o privilégio de recebê-lo e ofertá-lo. Abraçar é acolher a dor do outro dentro da circunferência dos nossos braços. Um abraço traduz tantas coisas. Ele revela a saudade que sentimos do outro. Ele é o porta voz da nossa fragilidade quando não conseguimos verbalizar nossos medos.

Abraço é acolhimento. É compaixão. É amizade. É amor. É paixão. É entrega. É desejo. É gratidão. É solidariedade. É respeito. É empatia. É carinho. É reconciliação. É carícia. É socorro. É refúgio. É perdão. Muitos dos abraços que trocamos um dia, se entrelaçaram com a saudade. Particularmente, tenho saudades dos abraços que o meu filho me dava no portão de casa, me recebendo no final de um dia inteiro de trabalho. Vinha cheio de novidades para me contar e me perguntando: “mamãe, a senhora apagou muito fogo hoje”?

Outra saudade que perfura o meu coração é de quando ia passar férias na minha terra natal e, quando descia do ônibus, me refugiava dentro do abraço do meu pai, na rodoviária de Alvorada do Norte- Go. E de todos os abraços que recebi até então, o mais privilegiado foi o da minha mãe, o último dela, 5 minutos antes de ela ir morar com Deus…paro por aqui. Se eu tivesse algum poder de convencimento eu pediria a todas as pessoas que abraçassem mais seus entes queridos. Pediria que não economizasse esse carinho tão milagroso.

Não custa nada e os benefícios são incontáveis. Entre casais, em especial, o hábito de se abraçarem é fundamental para a harmonia e a conexão dos cônjuges. Abrace sem motivo, não precisa de uma circunstância específica. Abrace porque está ao alcance das mãos, abrace para expressar contentamento por ter essa pessoa…abrace por estar sem fazer nada e logo estarão inspirados a fazer algo. Abracem-se por estarem vivos. Sou tão apaixonada por abraços, que estou aqui fazendo um texto sobre ele.

Imagem de capa: nd3000/shutterstock

As coisas perderam o sentido para você? Aqui estão algumas dicas que podem ajudar.

As coisas perderam o sentido para você? Aqui estão algumas dicas que podem ajudar.

Todos nós passamos por momentos difíceis. Entretanto, cada pessoa possui mecanismos próprios de adaptação e enfrentamento das dificuldades.

Sabemos também que, em diferentes épocas da vida, sentimo-nos mais fortes que em outras. Em outros momentos podemos não estar tão bem e, se outros fatores influenciarem negativamente, a vida pode até mesmo perder o sentido.

Então, qual é o segredo para a superação?

Aqui selecionei algumas dicas que podemos usar para refletir quando a vida ficar difícil.

1. As coisas são o que são

Há um ensinamento de Buda que nos diz que “É a nossa resistência às coisas que causa nosso sofrimento”.
Pense nisso por 1 minuto…Isso significa que o nosso sofrimento só ocorre quando resistimos às coisas como elas são. Se você pode mudar alguma coisa, então aja em conformidade com a realidade. Primeiro aceite-a, depois mude.

Mas, se você não pode mudar, então nos restam 2 opções:
Aceitar e deixar a negatividade para lá. Nos tornarmos miseravelmente obcecados com o sofrimento.

2. Se você acha que tem um problema, você tem um problema

Muitas vezes nós somos o nosso pior inimigo. A felicidade depende realmente de nossa perspectiva.

Se você acha que algo é um problema, então seus pensamentos e emoções serão negativos. Mas você acha que está passando por algo que pode aprender, então, de repente, isso não é mais um problema podendo se tornar apenas um obstáculo frente a um objetivo melhor e maior.

3. A mudança começa em você mesmo

O seu mundo exterior é um reflexo do seu mundo interior. Você certamente conhece pessoas que possuem vidas caóticas e estressantes. E não é verdade que, em grande parte, elas se sentem assim também por dentro?

Nós gostamos de pensar que as mudanças em nossa rotina nos mudam. Mas, dando um passo atrás, precisamos mudar a nós mesmos antes que as circunstâncias mudem.

4. Não existe aprendizagem maior do que falhar

Você deve eliminar a palavra fracasso de seu vocabulário. Todas as grandes pessoas que já alcançaram alguma coisa falharam.

Thomas Edison disse algo como “eu não falhei ao inventar a lâmpada, eu encontrei primeiramente, 99 maneiras de  como ela não funcionava”.

Tire as  falhas do caminho e aprenda alguma coisa com elas. Depois disso, aprenda como fazer melhor da próxima vez.

5. Se algo não acontece como planejado, significa que o melhor aconteceu

Isso é bem difícil de acreditar, mas é a mais pura verdade uma vez que as possibilidade de ganhos e perdas em cada escolha que fazemos são infinitas (amplie suas perspectivas).

Talvez, por exemplo,  o trabalho que você não conseguiu teria feito você passar mais tempo longe da sua família, e o que você conseguiu era mais flexível.

6. Aprecie o presente

Este momento nunca voltará. E há sempre algo preciso a cada momento.

Em breve tudo será apenas uma lembrança.

7. Deixe o desejo de lado

A maioria das pessoas vive com a mente motivada por desejos. Isso significa que nossas mentes ficam ligadas a um desejo e quando não realizamos esses desejos, nossas emoções despencam em negatividade.

Em vez disso, tente praticar uma mente isolada. Isso significa que, quando você quer algo, você ainda será feliz conseguindo ou não. Faça com que suas emoções permaneçam felizes ou neutras. Não se esqueça de tudo o que você já tem e do quanto isso é importante para você.

8. Compreenda e seja grato por seus medos

O medo pode ser um grande professor. E vencer o medo também pode fazer você se sentir vitorioso.

Por exemplo, muita gente tem medo de falar em público (esse é um dos 3 principais medos dos seres humanos). Então, quando você perder o medo e conseguir falar de maneira bem humorada na frente de todos, vai se sentir vitorioso.

Superar seus medos requer apenas prática.

9. Experimente a alegria

Acredite ou não, muitas pessoas não deixam de se divertir com o que acontece ao seu redor. E, muitas vezes essas pessoas nem sabem porque se divertem nessas situações.

Algumas pessoas são realmente viciadas em seus problemas e o caos envolvido nisso tudo faz com que eles nem saibam quem são.

Portanto, permita-se ser feliz. Mesmo que seja apenas por um breve momento, é importante se concentrar em alegria, e não em dificuldades.

10. Você não é uma vítima

Você precisa parar de ver tudo pelo seu próprio ponto de vista. Você é apenas uma vítima de seus próprios pensamentos, palavras e ações.

Ninguém faz alguma coisa contra você. Você é o criador de sua própria experiência. Assuma a responsabilidade pessoal e perceba que você pode sair de suas dificuldades.

Nós só precisamos começar a mudar pensamentos e ações. Abandone a sua mentalidade de vítima.

11. Tudo é possível

Milagres acontecem todos os dias. E realmente eles acontecem. Confie e acredite que tudo é possível. Coisas incríveis acontecem o tempo todo.

Você só precisa acreditar nisso e, agir em conformidade. Uma vez que você fizer isso, você já ganhou a batalha.

Este artigo foi traduzido e adaptado do original, “13 Things to Remember When Life Gets Rough“, Lifehack.

Imagem de capa: golubovystock/shutterstock

SAWABONA!!! (uma linda tradição)

SAWABONA!!! (uma linda tradição)

Há uma “tribo” africana que tem um costume muito bonito.

Quando alguém faz algo prejudicial e errado, eles levam a pessoa para o centro da aldeia, e toda a tribo vem e o rodeia. Durante dois dias, eles vão dizer ao homem todas as coisas boas que ele já fez.

A tribo acredita que cada ser humano vem ao mundo como um ser bom. Cada um de nós desejando segurança, amor, paz, felicidade. Mas às vezes, na busca dessas coisas, as pessoas cometem erros.

A comunidade enxerga aqueles erros como um grito de socorro.

Eles se unem então para erguê-lo, para reconectá-lo com sua verdadeira natureza, para lembrá-lo quem ele realmente é, até que ele se lembre totalmente da verdade da qual ele tinha se desconectado temporariamente: “Eu sou bom”.

Sawabona Shikoba!

SAWABONA, é um cumprimento usado na África do Sul e quer dizer:

“Eu te respeito, eu te valorizo. Você é importante pra mim”

Em resposta as pessoas dizem SHIKOBA,que é:

“Então, eu existo pra você”

Texto adquirido via: Ampliando o olhar

Imagem de capa: Reprodução

14 coisas que você nunca deve dizer sobre si mesmo (não percam essa leitura)

14 coisas que você nunca deve dizer sobre si mesmo (não percam essa leitura)

1. “Eu gostaria de não ter essa má sorte.”

A sorte depende de investimento pessoal, quanto mais oportunidades você tiver, melhor “sorte” terá. Se você quer algo, corra atrás e facilite o aparecimento de oportunidades.  Elas não caem do céu!!!!

2. “É muito tarde para mim, então por que me preocupar?”

Nunca é tarde demais para mudar sua vida. Mesmo o mais “danificado” de nós pode renascer das cinzas para assumir o controle da própria vida. Veja a sua idade como um “ativo” pois idade trás conhecimento e conhecimento é vantagem.

3. “Mas o que eles vão pensar de mim?”

Ficar preso ao que todo mundo pensa de você é uma maneira infalível para multiplicar seus níveis de estresse. Nunca sacrifique a sua verdadeira personalidade na tentativa de impressionar os outros. Um amigo que vale a pena ter vai  gostar de você por quem você é e não quem ele acha que você deve ser.

4. “Eu sou tão estúpido.”

Ninguém tem todas as respostas. Todos nós temos nossas próprias habilidades únicas. Ser ruim em uma coisa não faz de você um idiota. Em vez de ficar supervalorizando seus pontos fracos, foque no desenvolvimento de seus pontos fortes e use-os o máximo possível! Quanto mais você fizer uma coisa em que é bom, mais confiante você vai se tornar em si mesmo.

5. “Ninguém nunca vai me amar.”

Como você pode saber disso? Resposta: você não pode. Se você ficar em casa pensando em como ninguém te ama, você fará uma situação ruim ainda pior. Se você quer ser encontrado, mostre-se e conheça pessoas.

6. “Eu não consigo fazer isso.”

Não admita a derrota antes de começar a corrida! Se ajudar, pense sobre as três coisas mais importantes que você conseguiu em sua vida.Isso poderia ser, por exemplo, ter acabado a faculdade, uma promoção, começar um blog, o que for importante para você.

Pensou em suas três coisas? Agora pergunte-se: “Quais são os pontos fortes da minha personalidade que eu usei para conseguir essa coisa específica?”, pensando em cada item. Anote suas respostas e parta dessas mesmas características fortes para continuar lutando por suas metas.

7. “Eu não acho que ______ gosta de mim porque não respondeu meu texto / call / e-mail.”

Tirar conclusões precipitadas como essa mostra uma visão de mundo egocêntrica. E além disso, não seria mais provável que o seu amigo / parceiro estivesse ocupado com outras coisas? As pessoas têm coisas para fazer, por isso não presuma  que é tudo se resume a você.

8. “A vida não é justa. Se as coisas fossem melhores… “

Não, a vida não é justa (e eu odeio dizer isso para você, mas ela nunca vai ser). Haverá sempre coisas boas e ruins que acontecerão em sua vida a qualquer momento. Isto está além de seu controle.  Mas o fato de se concentrar apenas na parte boa ou ruim depende de você. Você está convidado deixar de priorizar as coisas negativas que você não pode controlar, mas sei que não vai fazer você se sentir melhor (muito pelo contrário). Fique de olho no que é positivo, porque não importa o que parece agora, você está fazendo melhor do que você pode.

9. “Eu odeio o meu corpo.”

Por favor, não diga isso. Se você é cheio de curvas, magro, ou musculoso/a é irrelevante. Seu corpo é um vaso glorioso que o transporta todos os lugares neste mundo. Cuide do seu corpo e ele vai cuidar de você. Ficar preso no que você vê como imperfeições é um desperdício do seu precioso tempo e energia. Não olhe para as características físicas que você não gosta, mas se concentre nas coisas sobre você que você encontre bonitas ou atraentes.

10. “Eu estou tão envergonhado. Eu gostaria de poder desaparecer.”

Aposto que todo mundo que está lendo este artigo já derramou comida na camisa, caiu (e quebrou) um prato, tropeçou em um objeto aleatório, e / ou andava deu  de cara em uma parede (eu não posso ser o único) . Se você fica corado e envergonhado quando acontecem  brincadeira ou pequenos acidentes em público, respire fundo e diga a si mesmo, “Este não é um grande negócio.” Pare, faça uma piada alegre rápida às suas próprias custas e mostre que você não precisa levar essas coisas tão a sério.

11. “Eu não posso acreditar _____ foi pego em cima de mim.”

O ciúme é uma emoção destrutiva que faz muitos danos e não é bom. Se um colega de trabalho tem uma promoção que você esperava saiba que provavelmente ele merece a posição tanto quanto você (e mesmo se não merecer, não é motivo para ser hostil, pois certamente não é culpa dele você não ter sigo escolhido). Quando rejeitado, a sua melhor aposta é a de transferir seus sentimentos negativos em ação positiva pois a vida continua e ficar “remoendo” não ajudará em nada.

12. “É muito difícil.”

Se você pode acreditar, você pode alcançar. São nos momentos de maior dificuldades que as pessoas superam e rompem todos os seus limites.

13. “Eu não posso confiar em ninguém, eu me machuquei muito.”

A coisa mais engraçada sobre a confiança é que é impossível que ela aconteça a menos que você confie em outras pessoas, a menos que eles tendem a confiar em você. São todas as pessoas dignos de sua confiança? Certamente que não, mas isso não é motivo para ser paranóico. Só porque um parceiro passado ou dois (ou vários) se mostrou indigno de confiança não significa que ninguém presta.

14. “Eu poderia muito bem desistir.”

A vida é como um vídeo-game. Não importa quantas vezes você perde, você pode empurrar “Continuar” e tentar quantas vezes você precisar. Você não perde até que saia, por isso não deve desistir.

 Texto adaptado- origem Life Hack

Imagem de capa: Namning/shutterstock

Ela é brisa e vendaval…uma mulher no plural.

Ela é brisa e vendaval…uma mulher no plural.

Muitos a interpretam como orgulhosa, quanta injustiça, ela é apenas tímida e reservada. Sim, ela aprendeu, sentindo na pele, que só deve confiar em pouquíssimas pessoas, e, às vezes, somente em Deus. De tanto dar de cara com a deslealdade e a falsidade, fez da desconfiança o seu escudo. Ela parece fria e distante, /=mas é dona de uma alma efervescente, uma tradução fiel da palavra intensidade. Sabe aquele aperto de mão frouxo? Ela detesta! Ah, nem invente de abraçá-la superficialmente, isso, pra ela, não faz nenhum sentido.

Ela não é a mesma com todos, pois cada um tem aquilo que extrai dela. Ela tem uma menina dentro dela, acho que é sua melhor versão. Ela é sonhadora, ela é impulsiva, ela é inquieta…ela é distraída. Ela, por ser muito generosa, resolveu dar abrigo à muitas mulheres dentro de sua alma. Até pouco tempo, essas mulheres não se entendiam, aconteciam muitos conflitos, muitas dificuldades, a tímida tentava controlar a desinibida, a conservadora tentava castrar a sensual, enfim, a convivência parecia impraticável.

Então, num belo dia, ela sentou-se com todas e deixou claro que cada uma era muito importante para o seu equilíbrio e que queria todas convivendo em harmonia. E deu certo. Hoje, a paz, o respeito e a compreensão permeiam a convivência dessas mulheres tão diferentes e tão encantadoras quem moram dentro dela. Sua melhor amiga, desde a infância, é a resiliência, elas são inseparáveis.

Quem a considera muito séria não faz ideia do quão engraçada ela é. Ele ouve músicas bregas e dança diante do espelho, nesses momentos, ela se acha a mais linda das mulheres. Demorou muito, mas, finalmente, ela aprendeu a ser feliz sem culpa. Houve uma época em que ela sentia-se desconfortável até por acordar tarde, como se isso fosse um pecado, acredita? Passou.

Com a maturidade, ela descobriu que a sua própria companhia é maravilhosa, daí, acontece de ela passar um feriado inteiro se curtindo e se sentindo privilegiada por isso. Ensinaram a ela, que só é possível uma mulher ser feliz, se estiver um homem ao lado, hoje ela gargalha disso. Lembrando que ela acredita, sim, no amor. Mas tem que ser amor para transbordar, amores econômicos não a interessam. Seu perfume predileto é o cheiro do filho, e ser chamada de “mãe” a faz sentir-se sagrada. Sempre que sente necessidade, ela se levanta na madrugada e conversa com Deus. Aliás, ela faz sua oração em qualquer lugar, e descobriu que uma das orações mais eficazes é expressar gratidão…e isso ela tem feito como nunca.

Imagem de capa:  PH888/shutterstock

Por hoje, apenas perdoe-se…

Por hoje, apenas perdoe-se…

Perdoar não é esquecer. Não é conviver. Não é permitir. Perdoar é apenas quebrar as correntes do passado e ser capaz de recomeçar sem bagagens desnecessárias. É permitir que a felicidade aconteça sem a culpa de um erro anterior. Em outras palavras: perdoar é ser livre!

A atitude não é fácil. Na verdade só poderia falar de perdão quem, um dia, precisou perdoar. C.S Lewis chegou a afirmar que “todos dizem que o perdão é uma ideia maravilhosa até que elas possuam algo para perdoar”, tamanha a dificuldade de praticar a ação. Mas, o fato é que, diariamente, nos deparamos com pessoas e posturas que exigem isso de nós. Inclusive as nossas próprias.

Perdão é a prova de que a humanidade é capaz de aceitar os próprios limites e de construir uma nova história, indiferente das dores, das marcas e dos traumas que os erros deixaram. Precisamos ser capazes de ver além das situações e acreditar que a vida vai além do passado.

Não podemos aceitar que os valores distorcidos ou que as crenças fanáticas nos ceguem a ponto de carregarmos culpas desnecessárias e de acreditar que não somos merecedores da felicidade.

O que nos machucou lá atrás só voltará a machucar se a gente permitir. Fato! Não precisamos aceitar tudo, compreender sempre, tão pouco engolir sapos todos os dias. Perdoar é, também, afastar-se de quem nos fere frequentemente.

É saber que o passado não pode ser mudado, mas que o futuro está aí para ser escrito. Perdoar é saber que, antes de amar o próximo, você tem que se amar e que, indiferente do que te disseram sobre respeito, ele não precisa de exigências para acontecer.
Encare o espelho, veja além das cicatrizes. Perdoe-se! No começo será difícil, as culpas tentarão te convencer do contrário e as dificuldades psicológicas aparecerão. Mas, acredite, você vencerá os próprios medos.

Lembre-se que perdoar é mandamento, não favor. E isso começa de dentro para fora.

Imagem de capa:  eldar nurkovic/shutterstock

O amor pode até acabar, mas o respeito não

O amor pode até acabar, mas o respeito não

Tenham ou não filhos, tenham ficado muito ou pouco tempo juntos, se houve carinho e luta e, apesar de tudo, o amor não permaneceu, que restem as boas lembranças e o respeito de um pelo outro.

O amor não é uma certeza eterna, quando se trata de um relacionamento a dois. Muitas são as razões dos términos, não cabendo a nós julgar as razões de cada um, uma vez que somente os parceiros é que viveram a intimidade de perto, conhecendo o melhor e o pior de cada um. No entanto, ainda que não haja mais amor, há que se manter o respeito entre as partes, por tudo o que já viveram juntos.

Nem todo casal sobrevive à rotina do cotidiano massacrante a que somos subjugados e aos problemas que insistem em aparecer pela frente, ainda mais com a crise econômica que assola o nosso país. Muitos se esquecem de tentar deixar os problemas do lado de fora dos lares e, quando os mesmos adentram os domínios de nossas casas, acabam ocupando espaço demais, empurrando e emperrando a afetividade de cada um.

Nessa toada, acabamos nos esquecendo de olhar nos olhos do parceiro, de lhe perguntar sobre sua vida, de tocar, de sentir, de estar junto enfim. Pouco a pouco, o amor não consegue mais encontrar terreno onde se regue verdade e reciprocidade, trazendo distância de corpos e de almas. Assim, acaba a cumplicidade, arrefece o desejo, diminui o interesse, aumenta a solidão, cresce o vazio, agiganta a tristeza. E fim.

Entretanto, mesmo que não haja mais sentimento amoroso, é ruim deixar de manter o respeito por quem viveu tanta coisa junto com a gente. Mesmo que não queiramos mais continuar perto de alguém, não poderemos nos esquecer de que já amamos esse alguém, de que tentamos construir a felicidade de maneira limpa e verdadeira, de que já fomos amantes e nos vimos despidos, de corpo e alma. Caso não tenhamos sido aviltados em nossa dignidade, caso não tenhamos sido desrespeitados como pessoa, tudo o que foi vivido deverá ser respeitado.

Tenham ou não filhos, tenham ficado muito ou pouco tempo juntos, se houve carinho e luta e, apesar de tudo, o amor não permaneceu, que restem as boas lembranças e o respeito de um pelo outro. Já se disse que é preciso maturidade para se separar de alguém. Mais do que isso, é preciso manter o respeito por quem já amamos um dia, porque amar, em si, já é bom demais. Amemos!

Imagem de capa: Ollyy/shutterstock

O afeto ainda é um poderoso e raro afrodisíaco

O afeto ainda é um poderoso e raro afrodisíaco

Cada uma de nós carrega nas costas, ou dentro do peito, uma série de camadas que vão compondo nossas intersecções com o outro, com a vida, com a gente mesmo.

Certos tipos de pessoas – ou situações -, desde o primeiro contato, podem nos provocar sensações agradáveis, confortáveis e prazerosas; assim como, pode ocorrer o oposto, e nos sentirmos em alerta, incomodados e aflitos.

O que evoca o prazer em umas pode, na mesma medida, provocar a rejeição em outras; e essas reações vão depender do histórico emocional e afetivo de cada uma.

Há quem necessite do contato físico, tanto para dar quanto para receber afeto, em todas as esferas de relacionamentos. São mulheres que sentem um bem-estar ligado ao toque, gostam de abraçar, de acalentar, de acolher com afagos aqueles a quem querem bem. Para essas mulheres o conhecimento afetivo, veio a partir de experiências sensoriais relacionadas ao toque físico mesmo. Algumas vezes, trata-se da reprodução de um afeto recebido na infância, outras, inclusive, de um afeto que não se recebeu; e que se oferece ao outro, para resolver uma necessidade que foi negada.

Há outras mulheres que se caracterizam por um sentimento de desconforto em relação ao toque. Do ponto de vista físico, são mais cautelosas em partilhar contatos. Preferem manter alguma distância dos outros, evitam aproximações mais íntimas, até que se sintam suficientemente seguras para permitir a partilha de seu espaço. No caso dessas mulheres, o repertório afetivo também foi constituído a partir de experiências de troca. Assim como no outro caso, podem ter acontecido vivências que alimentaram a necessidade ou que criaram uma espécie de cautela ou mesmo medo e aversão em relação à aproximação, à permissão de sentir.

Há ainda, aquelas cujo prazer no toque venha diretamente relacionado a um processo de alfabetização sensorial que foi se constituindo bem devagarinho, de acordo com cada interação de afeto a que se foi exposta, em contatos positivos de partilha e aproximação. São mulheres que se sentem mais à vontade com a ideia de permitir ou barrar o outro, a depender de sua disposição emocional naquele momento. E essa disposição pode variar, a depender da forma como se estabelece o encontro.

E quem de nós haverá de não ter aquela parte do corpo que pede mais contato e afago, independente de estarmos envolvidos com o outro num clima de erotismo. Há pedaços de nós que são mais sensíveis, que fazem aflorar nossa memória afetiva, a ponto de nos desarmar e nos deixar mais disponíveis para iniciar uma nova conexão emocional ou avançar limites antes estabelecidos.

Da mesma forma, há partes de nós que não gostamos de expor, oferecer ou partilhar. E isso também diz respeito ao nosso acervo de estímulos sensitivos. Merece respeito. O nosso e o do outro. São nossos territórios ainda desabitados, muitas vezes desconhecidos até por nós mesmas.

Nossa inteligência emocional registra essas sensações e as vai configurando para fora de nós. Vamos projetando hologramas afetivos – caso sejamos capazes de nos permitir -, e essas projeções vão atraindo para o nosso convívio, aqueles cuja energia esteja também constituída para vibrar na nossa mesma vibração, para nos complementar naquilo que ainda não conseguimos vibrar, ou para nos chacoalhar numa sensação para a qual ainda não havíamos despertado.

Se vamos ficar e pagar para ver; se vamos estabelecer limites claros e manter o contato; ou se vamos fugir… Isso vai depender do que estiver mais aflorado: nosso instinto de autopreservação ou nosso espírito de aventura.

O fato é que, independente do nosso histórico sensorial, sejamos nós mais dadas a abraços, beijos, afagos e carícias ou não… ainda é pelo afeto que a nossa libido é desperta. Somos seres evoluídos demais para que nos entreguemos a um outro alguém cujo interesse não ultrapasse a profundidade rasa de uma esfregação de corpos que só aplaca urgências.

Queremos algo além dessa óbvia manifestação física de interesse animal. afinal, a nossa linda e cheirosa cabecinha pensa. E pensa muito. O suficiente para ter aprendido a detectar um homem de verdade de um macho alfa fake.

Imagem de capa meramente ilustrativa: cena do filme “Amor a toda prova”.

A ansiedade é uma criança assustada que acredita em grandes monstros

A ansiedade é uma criança assustada que acredita em grandes monstros

A ansiedade é uma criança assustada que acredita em grandes monstros. Que olha o armário e não enxerga nele roupas, mas a possibilidade de que algo saia de lá e a engula.

O calor do mundo a assusta. Ela acha que o sol pode queimá-la dolorosamente, em um caminho letal e sem volta. Ninguém contou a ela que o mesmo sol que queima é aquele que também dá a vida.

A ansiedade é uma criança que vive em nós, a chorar o vazio de perguntas sem respostas. A ansiedade é uma criança sozinha, desprendida da mãe, que desconhece o próprio pai. É uma criança interior que se vestiu de susto. É uma criança órfã e há no mundo tantas crianças órfãs a habitarem adultos, tantas quanto podemos imaginar. Crianças sedentas por provarem o mundo, mas encharcadas pelo suor de um pavor desconcertante.

A ansiedade é uma criança que estende suas frágeis mãos em busca de uma razão que alimente o melhor nela. Ela quer uma palavra que lhe dê forças para enxergar o que vem depois do medo. Ela é uma criança que precisa saber o que acontece depois que o lobo foge, depois que a bruxa aparece, depois que as estrelas caem.

A ansiedade é uma criança interior que pede trêmula que a abracemos. Pede por nosso carinho e aceitação. Pede que vivamos a vida para lhe darmos as respostas que só a experiência pode dar.

A ansiedade quer ter certezas para deixar de ser criança. Ela quer crescer, quer experimentar, mas precisa do adulto para ensiná-la a felicidade no acerto e a superação no erro.

A ansiedade não sabe, mas quer saber. A ansiedade quer se transformar em algo que não seja susto e desespero. Ela quer ser segurança, quer ser calma e paz. Essa criança interior quer desesperadamente viver o mundo.

Ela depende unicamente de você para conhecer o erro, o acerto e a superação. Para saber sobre finais e recomeços. Para entender que não é o fim.

Não é o fim.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Atribuição da imagem: pexels.com – CC0 Public Domain.

12 filmes sobre mulheres em sofrimento psíquico e sobre como elas lidaram com isso

12 filmes sobre mulheres em sofrimento psíquico e sobre como elas lidaram com isso

O sofrimento psíquico é retratado nos filmes desta lista, nas quais as personagens principais são todas mulheres. Traumas, abusos, repressões, personalidades enrijecidas, questões familiares conflituosas, entre outras, são o pano de fundo para o desdobramento de diferentes distúrbios psicológicos e psiquiátricos.

Nas tramas em que os caminhos da afetividade encontram espaço para florescer, sejam por meio de relações de amor, amizade ou terapêuticas, a saída da condição de sofrimento torna-se viável, possibilitando a construção de uma personalidade mais adaptada, resiliente e íntegra.

Via de regra, estes filmes nos mostram que o acolhimento, a compreensão da natureza humana e a desmistificação dos quadros de distúrbios mentais, fazem a diferença quando se trata da recuperação ou não do equilíbrio mental.

  1. Bonequinha de Luxo

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Holly Golightly (Audrey Hepburn) é uma garota de programa nova-iorquina que está decidida a casar-se com um milionário. Perdida entre a inocência, ambição e futilidade, ela toma seus cafés da manhã em frente à famosa joalheria Tiffany`s, na intenção de fugir dos problemas. Seus planos mudam quando conhece Paul Varjak (George Peppard), um jovem escritor bancado pela amante que se torna seu vizinho, com quem se envolve. Apesar do interesse em Paul, Holly reluta em se entregar a um amor que contraria seus objetivos de tornar-se rica.

  1. As virgens suicidas

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Durante a década de 70, o filme enfoca os Lisbon, uma família que vive num bairro de classe média de Michigan. O sr. Lisbon (James Woods) um professor de matemática e sua esposa uma rigorosa religiosa, mãe de cinco atraentes adolescentes, que atraem a atenção dos rapazes da região. Porém, quando Cecília (Hanna R. Hall), de apenas 13 anos, comete suicídio, as relações familiares se decompõem rumo a um crescente isolamento e superproteção das demais filhas, que não podem mais ter qualquer tipo de interação social com rapazes. Mas a proibição apenas atiça ainda mais as garotas a arranjarem meios de burlar as rígidas regras de sua mãe.

  1. Garota Exemplar

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Amy Dunne (Rosamund Pike) desaparece no dia do seu aniversário de casamento, deixando o marido Nick (Ben Affleck) em apuros. Ele começa a agir descontroladamente, abusando das mentiras, e se torna o suspeito número um da polícia. Com o apoio da sua irmã gêmea, Margo (Carrie Coon), Nick tenta provar a sua inocência e, ao mesmo tempo, procura descobrir o que aconteceu com Amy.

  1. Preciosa

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1987, Nova York, bairro do Harlem. Claireece “Preciosa” Jones (Gabourey Sidibe) é uma adolescente de 16 anos que sofre uma série de privações durante sua juventude. Violentada pelo pai (Rodney Jackson) e abusada pela mãe (Mo’Nique), ela cresce irritada e sem qualquer tipo de amor. O fato de ser pobre e gorda também não a ajuda nem um pouco. Além disto, Preciosa tem um filho apelidado de “Mongo”, por ser portador de síndrome de Down, que está sob os cuidados da avó. Quando engravida pela segunda vez, Preciosa é suspensa da escola. A sra. Lichtenstein (Nealla Gordon) consegue para ela uma escola alternativa, que possa ajudá-la a melhor lidar com sua vida. Lá Preciosa encontra um meio de fugir de sua existência traumática, se refugiando em sua imaginação.

  1. A professora de piano

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Erika Kohut (Isabelle Huppert) trabalha como professora de piano no Conservatório de Viena. Ela não bebe nem fuma, vivendo na casa de sua mãe (Annie Girardot) aos 40 anos. Quando não está dando aulas Erika costuma frequentar cinemas pornôs e peep-shows, em busca de excitação. Logo ela inicia um relacionamento com Walter Klemmer (Benoît Magimel), um de seus alunos, com quem realiza vários jogos perversos.

  1. Blue Jasmine

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Jasmine é uma mulher milionária (Cate Blanchett) que perde todo seu dinheiro e é obrigada a morar em São Francisco com sua irmã (Sally Hawkins) e os sobrinhos em uma casa bem modesta. Ela acaba encontrando um refinado homem (Peter Sarsgaard) que pode resolver seus problemas financeiros, mas antes precisa descobrir quem é e aceitar sua nova condição de vida.

  1. Frankie & Alice

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Frankie (Halle Berry) é uma dançarina noturna que sofre com o transtorno de múltiplas personalidades e luta diariamente contra seus alter egos bem específicos: uma criança de sete anos chamada Genius e uma mulher branca racista chamada Alice. A fim de eliminar estas vozes interiores, ela passa a frequentar sessões com um psicoterapeuta, Dr. Oz (Stellan Skarsgard), para decifrar e superar seus fantasmas pessoais.

  1. Garota Interrompida

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Em 1967, após uma sessão com um psicanalista que nunca havia visto antes, Susanna Kaysen (Winona Ryder) foi diagnosticada como vítima de “Ordem Incerta de Personalidade” – uma aflição com sintomas tão ambíguos que qualquer garota adolescente pode ser enquadrada. Enviada para um hospital psiquiátrico, ela conhece um novo mundo, repleto de jovens garotas sedutoras e transtornadas. Entre elas está Lisa (Angelina Jolie), uma charmosa sociopata que organiza uma fuga.

  1. Anticristo

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Um casal (Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg) devastado com a morte do único filho muda-se para uma casa no meio da floresta para superar o episódio. Mas os questionamentos do marido, psicanalista, sobre a dor do luto e o desespero de sua esposa desencadeiam uma espiral de acontecimentos misteriosos e assustadores. E as consequências dessa investigação psicológica são as piores possíveis.

  1. Cisne Negro

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Nina Sayers (Natalie Portman) é bailarina de uma companhia novaiorquina de balé. Ela mora com a mãe, Erica (Barbara Hershey), uma bailarina aposentada que incentiva a ambição profissional da filha. O diretor artístico da companhia, Thomas Leroy (Vincent Cassel), decide substituir a bailarina principal, Beth MacIntyre (Winona Ryder), na apresentação de abertura da temporada, O Lago dos Cisnes, e Nina é sua primeira escolha. Mas surge uma concorrente: a nova bailarina, Lily (Mila Kunis), que deixa Thomas impressionado. O Lago dos Cisnes requer uma bailarina capaz de interpretar tanto o Cisne Branco com inocência e graça, quanto o Cisne Negro, que representa malícia e sensualidade. Lily se encaixa perfeitamente no papel do Cisne Negro, porém Nina é a própria personificação do Cisne Branco. As duas desenvolvem uma amizade conflituosa. Nesta repleta rivalidade, Nina começa a conhecer o seu lado mais sombrio, prejudicando seu equilíbrio psicológico. Em sua busca pelo seu lado obsceno, Nina acaba causando um conflito dentro de sua conturbada mente, e nessa obsessão em criar um cisne negro, ela pode acabar destruindo sua sanidade.

  1. Melancolia

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O filme retrata duas irmãs: Uma ainda noiva, Justine (Kirsten Dunst) e outra já mãe, Claire (Charlotte Gainsbourg), com o seu marido John (Kiefer Sutherland), nas suas relações familiares e interpessoais e na sua dimensão mental. Passa-se em duas partes, apelidadas ambas com os nomes das personagens (Parte um, Justine; Parte dois, Claire) a primeira apresentada em um cenário predominantemente palaciano, no casamento de Justine, que é aí o centro das atenções; na segunda parte, se fornece atenção ao “desmoronar” do mundo pessoal de Claire, acentuando o “clímax” do filme. Von Trier opta por iniciar o filme precisamente com o momento em que a Terra embate, sendo destruída por um planeta fictício. Explicou à imprensa que o fez porque queria deslocar a atenção do espectador do acontecimento em si para o cenário humano subjacente e a situação psicológica dos envolvidos na trama.

  1. Um método perigoso

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Em 1907, Sigmund Freud (Viggo Mortensen) e Carl Jung (Michael Fassbender) iniciam uma parceria que iria mudar o rumo das ciências da mente assim como o das suas próprias vidas. Seis anos depois, tudo isso se altera e eles tornam-se antagónicos, tanto no que diz respeito às suas considerações científicas como no que se refere às questões de foro íntimo. Entre os dois, para além das divergências de pensamento, surge Sabina Spielrein (Keira Knightley), uma jovem russa de 18 anos internada no Hospital Psiquiátrico de Burgholzli. Com diagnóstico de psicose histérica e tratada através dos recentes métodos psicanalíticos, ela torna-se paciente e amante de Jung e, mais tarde, em colega e confidente de Freud. Isto, antes de se tornar numa psicanalista de renome.

Imagem de capa:  Reprodução

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