Aprenda a distinguir quem merece uma explicação, quem merece uma resposta e quem não merece nada de você

Aprenda a distinguir quem merece uma explicação, quem merece uma resposta e quem não merece nada de você

Quem nos ama e caminha junto de fato nos conhecerá, saberá quem somos, ou seja, não ficará cobrando além da conta, pois confiará em nós.

Se prestarmos atenção, perdemos tempos preciosos de nossa vida, dando atenção às pessoas erradas, mas que poderiam ser desfrutados de maneira gostosa e feliz. Acabamos nos importando com quem não gosta de nós, com quem nos fere, com quem não consegue trazer nada de bom ou enxergar o nosso melhor. Assim, o tempo que nos resta junto a quem nos ama com verdade acaba prejudicado.

Existem pessoas que deveremos prezar, a quem deveremos responder, dar explicações, ou até mesmo satisfações. Nossos superiores no trabalho, nossos amigos verdadeiros, nosso parceiro de vida, nossos pais, todos fazem parte de uma parte importante de nossas vidas e sua preocupação conosco não é vazia. Na verdade, vivemos em sociedade e, portanto, não conseguiremos agir sempre como quisermos, sem olhar à nossa volta, ou poderemos ultrapassar a dignidade alheia.

Mesmo assim, ainda que existam pessoas que merecerão uma atenção mais cuidadosa de nossa parte, será necessário que nos resguardemos, um pouco, também delas, afinal, tudo tem um limite, seja no amor, na amizade, na família, seja no trabalho. Mantermos nossa individualidade nos evitará contratempos inclusive com as pessoas que gostam de nós, pois, mesmo entre elas, talvez haja alguém que possa ultrapassar o tanto que permitimos nos abrir.

Fato é que não podemos nos justificar e nos explicar demais a indivíduos que sempre questionarão o comportamento alheio, uma vez que não se enxergam, pensam ser superiores a todos, apontando o dedo a quem estiver ao seu lado. Irão questionar tudo o que você disser, criticar tudo o que você fizer, diminuir qualquer coisa que se relacione à sua vida. Será inútil tentar mudar o ponto de vista deles, será extenuante, uma vez que jamais conseguiremos nos rebaixar ao nível deles.

Na verdade, quem nos ama e caminha junto de fato nos conhecerá, saberá quem somos, ou seja, não ficará cobrando além da conta, pois confiará em nós. Quem muito questiona, critica e aponta dedos é alguém que nunca nos conheceu verdadeiramente, tampouco conhecerá, portanto, não vale a pena perder um segundo do dia pensando sobre esse tipo de gente. Cada minuto de nossas vidas é precioso e deve ser muito bem aproveitado, para que não cheguemos ao fim do dia com a péssima sensação de que só houve tempo perdido.

Imagem de capa: bernatets photo/shutterstock

Num mundo tão raso, encontrar estes parceiros bons de amor é achar o baú de moedas no fim do arco iris

Num mundo tão raso, encontrar estes parceiros bons de amor é achar o baú de moedas no fim do arco iris

É tao bom apenas ser e estar ao lado de alguém. Se sente quando ali tem um algo a mais. Não precisa forçar expressões nem palavras para preencher vazios. Elas são livres, vem da alma. Ha calmaria, paz, desejo, sentimento e um afeto que não se sabe bem explicar.

Dizem que quando uma magia assim acontece é porque está se cumprindo uma agenda cósmica. Um reencontro acontece.
O silêncio é repleto de presença e os corpos se nutrem do desejo de ficar. Lado a lado. Mão com mão, corpo a corpo. O cheiro é o enrosco. Uma saudade está sendo diluída…

Num mundo tão superficial e raso, encontrar estes parceiros com química de contato é achar o baú de moedas no fim do arco iris. Amores assim são mesmo um achado, um encontro dos que se procuravam.

São portas abertas para o Ser, estar, permanecer e ficar – e sossegar. É querer uma só morada. A melhor forma de conjugar.

É Sorte na vida! Por isso, Valorize estes reencontros de alma. Eles são presentes da vida e não se dará em toda esquina.

Parceiros bons de amor são raros de encontrar. Seja leal. Não deixe ele passar por descuido e falta. Valorize e preserve o seu pote de ouro.

Imagem de capa: Oscar Carrascosa Martinez/Shutterstock

“Não sei como agir de acordo com a minha idade. Nunca tive esta idade antes.”

“Não sei como agir de acordo com a minha idade. Nunca tive esta idade antes.”

Já repararam no tanto de regras inúteis a que a sociedade se apega, só para redigir um manual de “pode” e “não pode”, com o único e despropositado fim de encaixotar as pessoas nessa ou naquela categoria?

É um tal de “isso é coisa de menina”, “isso é coisa de menino”, como se houvesse algum tipo de benefício ou malefício de um ou de outro no contato com delicadezas ou molecagens. O pior é que a gente acaba comprando essas tais ideias ridículas, caso não pare uns instantinhos para refletir sobre o que é que a gente realmente pensa com a própria cabeça, ou o que é pensamento alheio acabamos reproduzindo sem pensar.

Hoje mesmo, estava com a minha família num restaurante japonês quando uma família ao lado chamou a minha atenção. Uma mãe, e duas crianças ocupavam uma mesa. A tal mãe não trocou uma palavra sequer com as crianças – um menino e uma menina -, talvez tivessem em torno de cinco e sete anos, não mais que isso. A dita cuja da moça, só erguia os olhos de seu smartphone para falar entredentes com o garoto que era aparentemente o mais velho e evidentemente o mais ativo. Não que o menino estivesse fazendo nada de mais – traquinagem de criança que já se encheu de ser ignorada, sabe como é?

Tenho certeza que a atitude da moça ausente com seus filhos foi o que me irritou. O fato é que num dado momento, acabei reparando que o garoto usava um brinco na orelha. E, se não cheguei a comentar que achei estranho o fato em voz alta, foi porque intimamente sei que seria um comentário idiota e sexista. Não comentei. Mas pensei. E já tenho comigo há alguns anos que o que já foi pensado, pensado está. Falar em voz alta ou não falar, é uma questão de evitar o julgamento alheio, certo?

Pois eu faço questão de admitir que julguei. E mesmo já tendo passado algumas horas do ocorrido ainda me encontro bastante incomodada com a minha própria pessoa; com a minha descuidada atitude de colocar no mesmo balaio o pouco caso afetivo da tal mãe e o fato de ela ter levado seu menino para furar a orelha.

E se o que o que já foi pensado, pensado está. O que se faz com esse pensamento, já são outros quinhentos. Pois eu escolhi ruminar meu pequeno preconceito aqui, comigo mesma, até o ponto de ter sido capaz de entender que preconceito é preconceito – não importa se grande ou pequeno-, a sua capacidade de reduzir seres humanos a rótulos, etiquetas e categorias é destruidor de todo jeito.

E acontece que foi justamente hoje, neste meu dia de confronto com a minha empobrecida visão preconceituosa, que eu vi um post na timeline de uma amiga tão querida com esses exatos dizeres aí do título deste texto: “Não sei como agir de acordo com a minha idade. Nunca tive esta idade antes.”

Que coisa feia, hein Dona Ana Macarini?

A verdade, sem nenhuma desculpa que a possa redimir é que eu não estou imune a ser levada pelo senso comum, pelas verdades rotas e desgastadas, pela mania de olhar para ou outro com a petulância de alguém que, por pensar diferente, corre o risco de determinar que o outro está errado.

O lado bom dessa coisa feia é que descer do salto é altamente benéfico para dar um alívio aos joelhos e, também, dar uma chance aos pezinhos de pisar descalços nos pedregulhos de dramas alheios, cuja gravidade ou leveza não temos a menor condição de avaliar.

Agradeço à vida pela oportunidade! Mil vezes obrigada! Primeiro por ser capaz de me indignar com a postura ofensiva de uma mulher adulta que acha muito mais importante fotografar os sushis do prato para postar nas redes sociais, do que oferecer sua presença viva aos filhos que escolheu ter. E em segundo, mas não menos importante lugar, agradeço pela chance de olhar para dentro de mim mesma com a mesma indignação, a ponto de compreender que ainda tenho muito que aprender.

Imagem de capa meramente ilustrativa: a cena é do filme “Up – Altas Aventuras”

O silêncio é uma forma da gente seguir em frente

O silêncio é uma forma da gente seguir em frente

A gente sabe, alguns silêncios são importantes. Tem hora que não vale a pena discutir, opinar e apontar. O silêncio, na sua essência, é uma forma da gente seguir em frente.

Você não tem que suplicar nada. Não tem que aceitar ou se sentir responsável pelas escolhas alheias. Manter relacionamentos que desmereçam os seus sentimentos é, além de uma corrida contra o amor próprio, também é um jeito de você valorizar quem nunca te respeitou.

O silêncio não é uma desculpa para que esqueça dos problemas ou que finja estar tudo bem. O silêncio é uma ferramenta de maturidade e autoconhecimento. Porque quando você não compra certas brigas, você não está desistindo de algo e muito menos de alguém, nada disso. Quando você se recolhe e deixa o silêncio tomar conta, o que você mais quer é ter um pouco de paz. E para ter paz, a última coisa de que você precisa é de uma pessoa preocupada demais em querer dizer como a sua vida deve ser vivida.

Não ter nada para dizer não faz de você covarde. Assim como também não implica uma falta de confiança no seu próprio modo de pensar e sentir as coisas. Você tem direito de não ter o que expressar o tempo todo. Em alguns instantes, você apenas deseja a companhia das suas dúvidas e certezas. Isso também é seguir em frente. Isso também é crescer emocionalmente.

O silêncio é uma forma da gente seguir em frente no sentido de que ele proporciona um contato maior com o nosso interior. É através dele que, muitas vezes, despertamos lados melhores na nossa convivência com outras pessoas.

Talvez, quem sabe, o silêncio seja um prelúdio do perdão. Da nossa capacidade de entendermos os erros e os acertos já cometidos. Tratar com silêncios relacionamentos que mais causaram dores do que amores não é pagar na mesma moeda a ausência das gentilezas que você merecia. No fundo, você simplesmente percebeu o significado de seguir em frente.

Imagem de capa: ra66, Shutterstock

Deus me livre de me acostumar

Deus me livre de me acostumar

Quero pedir a Deus que me livre do costume. O costume é tão fatalmente perigoso. Sabe, parece que a gente tem isso aqui dentro. A gente vai se acostumando com o que é extraordinariamente bom e com o que é extraordinariamente ruim também e quando vê está cego para as coisas da vida.

Deus, não permita que eu me acostume com a pessoa amada, pois quero o deslumbre de vê-la sempre bonita e me arrepiar com o cheiro dela como no primeiro dia. Quando aquele mundo totalmente novo envolveu o meu com a beleza do que é inédito.

Deus me livre de me acostumar com as qualidades e não vê-las mais. De me acostumar com as boas surpresas da vida e de dizer “ah, é isso aí?”. Deus me livre de me acostumar com as pessoas e lugares e daí pensar que eu já conheço um pouco de tudo.

Deus, não deixe que eu me acostume com a luz suave da manhã e deixe de ver assim as estrelas do dia. Isso seria triste e doloroso.

Deus, me livre do costume para que eu possa tocar a vida como um estrangeiro que chega em uma terra diferente. Que olha os costumes como se fossem estranhos maneirismos de outros mundos.

Deus, não deixe que eu me acostume com as risadas espontâneas e com as lágrimas veladas. Não permita, Deus, que eu me acostume com o que é muito bom e com o que é muito ruim. Com o que alegra e com o que entristece.

Esse costume é louco, não só o que é maravilhoso parece desaparecer quando nos acostumamos, o que machuca na repetição do hábito pode se perpetuar também.

Não permita, Deus, que eu me acostume com palavras ríspidas a ponto de achá-las normal. Não permita que eu me contente com aquilo que não me transborda. Deus, não deixe que eu me acostume e me aprisione por esse estado de dormência que rouba silencioso a verdade da vida.

Deus, quase ninguém enxerga o quão danoso é o costume. Ele apaga o cheiro de pão do forno depois das primeiras tragadas. Ele apaga o calor do abraço amigo que se repete. Ele apaga as marcas das feridas e faz corriqueiros os percalços da vida.

O costume rouba cores, desbota sonhos. Não enxerga as pontas de cabelo que foram cortadas. A cor do batom que mudou. O costume apaga os lábios dos apaixonados. Ele faz a gente esquecer do que não pode.

Esse costume tolo amortece os nossos sentidos e nos torna amorfos e incapazes de sentir, de se encantar e de se indignar!

Deus, por favor me livre do costume que rouba o encanto e impede que a gente saia de onde não deveria estar. Deus me livre de não ver o que meus olhos tocam. Deus me livre de desistir de encontrar na vida as coisas maravilhosas que ela me guarda. Deus me livre de não enxergar a hora de ir e a hora de ficar.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Atribuição da imagem: pexels.com – CC0 Public Domain.

Não se esqueça: nascemos sem trazer nada e morremos sem levar nada

Não se esqueça: nascemos sem trazer nada e morremos sem levar nada

A gente não se lembra do carro, da roupa, dos móveis de quem se foi, pois o que fica no sorriso da gente é tudo o que a pessoa nos fez de bom, é a forma como a pessoa nos fez sentir o mundo.

Neste ano, passei por duas perdas muito tristes e difíceis em minha vida. Quando algo assim acontece, a gente tem que começar a refletir sobre várias coisas, para buscar algum sentido naquela dor toda. Nada pode trazer de volta quem morreu, trata-se de algo que não tem mais volta e, por isso mesmo, somos obrigados a ter que digerir o que aconteceu e tentar arranjar forças para prosseguir.

Então, eu pude perceber que o que nos dá força e nos faz levantar, a cada novo dia, é justamente tudo aquilo que acumulamos dentro de nós, em nossos corações. São as lembranças dos momentos felizes, dos sorrisos, do colo, dos abraços e das palavras doces que nos agigantam frente à dor do vazio que se instala à nossa volta. Não importa o tanto de luxo que nos rodeia, o modelo de nosso carro ou a marca de nossas roupas, o consolo afetivo que nos resguarda da demora na tristeza vem de dentro.

A gente não se lembra do carro, da roupa, dos móveis de quem se foi, pois o que fica no sorriso da gente é tudo o que a pessoa nos fez de bom, é a forma como a pessoa nos fez sentir o mundo. Meu conforto vem das memórias que contêm tudo de bom que passei junto aos meus queridos que partiram, cada emoção boa que senti quando estavam ao meu lado. Nenhuma herança material substitui o legado de amor e de afeto que as pessoas que amamos nos deixam.

Por isso é que não dá para entender tanta gente se importando tanto com o que não se leva dessa vida. Pessoas se desentendem por dinheiro, brigam por um cargo, puxam o tapete por conta de status, distanciam-se da família para juntar renda e mais renda, e então, sem aviso prévio, tudo muda num átimo de segundo. Doenças, acidentes, desemprego, não há o que não possa acontecer, visto nada ser previsível nesta vida e, infelizmente, muitos acabam deixando para trás momentos de partilha amorosa verdadeira e que não voltam mais.

Como diziam nossos avós: da vida nada se leva. Chegamos sem nada e saímos da mesma forma. O que fica é amor, sentimento, afetividade. Perderemos muitas pessoas ao longo de nossa jornada, mas, caso tenhamos realmente vivido com verdade junto a elas, teremos forças para enfrentar o mundo quando não mais estiverem conosco. É assim que a gente caminha, haja o que houver.

Imagem de capa: Tuta69/shutterstock

A terra arada e a alma machucada possuem fertilidade para novas sementes

A terra arada e a alma machucada possuem fertilidade para novas sementes

Nos meus tempos de infância, assisti, incontáveis vezes, o meu pai preparando a terra para o plantio. Tão logo caía a primeira chuva, lá estava ele, revirando a terra, deixando-a pronta para as novas sementes. A terra, antes de ser arada, era submetida à queima por ser a forma mais rápida e eficaz de deixá-la limpa. Após todo esse processo, vinha a fase do plantio, na qual eu também participava, depositando as sementes nas covas e tampando-as com os pés descalços. Alguns dias depois, os brotos surgiam das covas, a coisa mais linda de se ver, juro que aquilo me deixava encantada.

Ficava claro ali, diante dos meus olhos, a vida nascendo do caos. A terra que teve toda a sua vegetação destruída pelo fogo, estava ali nos presenteando com novas vidas em forma de mudas que, em breve, trariam o alimento para toda a nossa família. O que, meses antes era só o carvão, transformava-se em uma linda paisagem, tudo verdinho, cheio de brotos e naquela atmosfera encantadora de resiliência e fertilidade. A terra parecia gritar: tentaram me destruir, porém, ressurgi mais fértil ainda. E a “vingança” dela pelo sofrimento oriundos da queima, e dos cortes pelas lâminas de uma enxada era a oferta de alimentos dali a poucos meses. Então, nessa experiência do plantio, é plenamente possível extrair dois ensinamentos que podemos trazer para a nossa condição humana: a) é possível nos tornamos mais fortes e férteis após um grande sofrimento (analogia com a queima da terra); b) podemos optar por devolver, a quem nos feriu, o que temos de melhor, ao invés de nos vingarmos (a terra devolveu alimentos a quem a queimou).

Traçando um paralelo da condição humana com a natureza, é possível, sim, perceber que também somos dotados desse poder de resiliência e superação. Podemos sair mais fortalecidos das circunstâncias que agem como um arado em nossa alma. Podemos, sim, florescer após grandes dores, decepções e golpes dolorosos da vida. Tudo é uma questão de escolha, cabe a cada um de nós decidir o que fazer com aquilo que chega em nossas mãos e em nossas vidas. Em muitas situações, experimentamos a sensação de ter a alma incendiada e transformada em cinzas, então, caberá a nós, a decisão de transformar essas cinzas em adubo nutritivo para germinar novas sementes, ou simplesmente permitir que a esterilidade venha assumir o lugar da vida. Podemos ser um manancial ou um deserto, a escolha está em nossas mãos.

A natureza é uma grande e sagrada escola, as lições estão em todos os lugares possíveis, basta a sensibilidade para enxergar, aprender e praticar. Cada um de nós carrega uma infinidade de sementes ávidas por germinar em forma de amor, solidariedade, perdão, superação, amizade, compaixão, caridade etc. Entretanto, por vezes, falta a disposição do dono das sementes para plantá-las num terreno devidamente preparado, bem como faltam a coragem e a paciência para cuidar delas após o plantio.

A nossa alma, ainda que machucada, não perde as condições de fertilidade e renovação. As sementes da resiliência são preservadas num recôndito intocável, prontas para germinar, brotar, crescer, florescer e frutificar no tempo certo. É possível, sim, sairmos mais fortes, inteiros e férteis após uma grande dor, eu aprendi isso percebendo que uma terra queimada transforma cinzas em verde, alimento e vida.

Imagem de capa:

Eu mesmo me excluo quando percebo que minha presença não faz nenhuma diferença ali

Eu mesmo me excluo quando percebo que minha presença não faz nenhuma diferença ali

É lógico que existirá alguém que nos amará com inteireza. É lógico que existirão lugares onde seremos recebidos com sorrisos e abraços verdadeiros. Desde que mantenhamos nossos sentimentos intactos dentro de nós, as pessoas certas, nos lugares certos, chegarão e ficarão para sempre em nossas vidas.

Talvez seja difícil percebermos quando não estamos recebendo a atenção e a importância devidas, nos lugares que frequentamos, ou quando não temos de volta nem metade do que ofertamos ao outro. Quando gostamos de alguém, queremos ser próximos, assim como temos o costume de frequentar locais que nos agradam. No entanto, nem todo mundo gostará de nós e nem em todos os lugares seremos bem recebidos.

A vida já anda tão corrida, lotados que estamos de compromissos trabalhistas, que tomam a maior parte de nossas vidas, ou seja, o pouco tempo que nos sobra para usarmos com o que quisermos não deve ser desperdiçado. Mesmo que sejam poucas horas livres, deverão ser desfrutadas junto a quem é verdadeiro, onde somos queridos e não somente tolerados. Termos consciência de que não somos unanimidade nos poupará de perder tempo com aquilo que não nos recebe de braços abertos.

A muitos, infelizmente, é difícil aceitar que nem sempre agradarão, que nem todo mundo lhes terá estima. E, quando não há reciprocidade em relação a quem nos é muito querido, tudo piora. Não adianta: aceitar-se como se é torna-se imprescindível para que se supere o que não dá certo, o que não teve volta, qualquer rejeição que apareça – e muitas aparecerão, inevitavelmente. Quando temos certeza de tudo o que somos de verdade, não nos preocuparemos com quem não gostar de nós, pois estaremos fortalecidos e procuraremos verdades na mesma medida.

Temos que nos amar o bastante, para não aceitarmos a invisibilidade em vida, para que não nos conformemos com a nossa permanência em lugares onde não somos queridos, para que não forcemos amizade, atenção, carinho e, muito menos, amor de quem mal se lembra de nossa existência. O afastamento de tudo o que nos torna invisíveis nos ajudará a sermos alguém de verdade junto a sentimentos sinceros e recíprocos.

É lógico que existirá alguém que nos amará com inteireza. É lógico que existirão lugares onde seremos recebidos com sorrisos e abraços verdadeiros. Desde que mantenhamos nossos sentimentos intactos dentro de nós, as pessoas certas, nos lugares certos, chegarão e ficarão para sempre em nossas vidas.

Imagem de capa Hanna Kuprevich/shutterstock

Não precisa fazer sentido, mas precisa trazer paz.

Não precisa fazer sentido, mas precisa trazer paz.

Tem amor que é calmaria. Tem amor que é turbilhão. Alguns aparecem do nada, mudam a rotina, o fluxo, o caminho. Tiram o ar sem dó, dão dor de estômago e arrumam um jeito de invadir nossos pensamentos. Outros, são mais tranquilos, gostam do silêncio e detestam exposições. A verdade é que a forma de amar pouco importa. Amor é amor de qualquer forma, em qualquer definição e de qualquer jeito.

No livro “ A Décima Segunda Noite” de Luiz Fernando Veríssimo, o autor utiliza-se de seu bom senso peculiar para falar sobre as diferentes formas de amar: “Amores simples, amores loucos, amores sem esperança, amores grotescos – isso sem falar no meu, que competia em todas as categorias”.

Amor não é um sentimento que traga explicações ou que deixe exposto suas regras como em um jogo. Amar se aprende amando. Não precisa fazer sentido, precisa, apenas, trazer paz. O problema acontece quando as pessoas confundem “turbilhão de sentimentos” com “prisão psicológica” e acreditam que, para serem felizes precisam, antes, sofrerem demasiadamente.

As pessoas, em sua grande maioria, acreditam em teorias amorosas pregadas como verdades absolutas: “relacionamento a distância não dá certo”; “amor à primeira vista não existe” ou “amor verdadeiro só existe um”. Como se o amor fosse um manual elaborado por especialistas da felicidade e seguisse regras pré- determinadas.

Quem inventou a história de que o amor está relacionado à taquicardia? Que o coração tem que bater em uma frequência surreal? Que tremores, suor e respiração pesada são sinônimos de amor verdadeiro?

Sabe, nem sempre o amor da sua vida será a grande paixão do passado. Pode ser que seu amor nem tenha aparecido ainda, que seja totalmente diferente do que você espera e não seja tão sarado quanto o Wolverine, mas acredite, você será mais feliz do que imaginou.

Uma das citações mais doces e reais do amor genuíno foi feito por Gabriel Garcia Márquez, Em “O amor nos tempos do cólera”: “(…)tinham contornado juntos as incompreensões cotidianas, os ódios instantâneos, as grosserias recíprocas e os fabulosos relâmpagos de glória e cumplicidade conjugal. Foi a época em que se amaram melhor, sem pressa, sem excessos, e ambos foram mais conscientes e gratos pelas vitórias inverossímeis contra a adversidade. A vida ainda havia de confrontá-los com outras provas mortais, sem dúvida, mas já não tinha importância: estavam na outra margem.”

Amor é o que fica quando a beleza vai embora, quando a rotina se instala e quando o dinheiro aperta. Amor é calmaria em meio à tempestade e certeza da companhia, indiferente das marés contrárias.

Amor, meu caro, é o que faz seu coração sossegar e não o que proporciona uma parada cardíaca a cada situação inesperada.

Imagem de capa: Antonio Guillem/shutterstock

Por que complicamos tanto a nossa vida?

Por que complicamos tanto a nossa vida?

Por que problematizamos as nossas dificuldades? Por que tornamos coisas simples tão complexas? Por que dificultamos a nossa vida com mentiras criadas pelos outros e por nós mesmos? Por que endeusamos os outros, na expectativa de que sejam perfeitos? Por que não paramos e vemos o que é essencial?

Hoje, enquanto dirigia para o trabalho, acompanhado por minhas próprias preocupações, tocou uma música no rádio chamada Epitáfio, dos Titãs. A música faz uma reflexão sobre frases colocadas em um túmulo e reflete sobre certos arrependimentos por não se ter vivido a vida da melhor maneira: saboreando-a.

Tive, então, um insight sobre como tudo isso é significativo, pois acredito que essa seja a maior busca de todas, além de descobrir quem somos, que é:

Como vivemos? Como viver melhor nesse lapso de tempo em que estamos aqui?

Então, lembramo-nos das vezes em que amamos e expressamos o nosso amor usando conta gotas; em que seguramos o choro por termos crescido; em que não paramos e aproveitamos o que há de bom ao nosso redor; em que não arriscamos; em que tivemos medo de errar e não agimos; em que fizemos o que os outros queriam que fizéssemos; em que não respeitamos e aceitamos a individualidade de cada pessoa; em que não deixamos a vida ser como é; em que complicamos as situações com julgamentos, rancor, ações e palavras, em vez de simplificarmos e ficarmos com o que é essencial e importante; e quando demos importância a algo que, na verdade, não tinha importância alguma.

Existe uma boa notícia: ao perceber que talvez essas coisas possam estar acontecendo na nossa vida, é possível mudá-las quando e o quanto quisermos. Diferente da música, por tratar de arrependimentos que não podem ser reparados, ou ser feito um novo futuro, nós ainda estamos vivos. Nós ainda temos uma outra chance, nada está perdido, ainda há tempo de fazer diferente.

Agora podemos nos permitir amar mais, chorar mais, rir mais, festejar mais, aceitar mais, errar mais, arriscar mais, aproveitar mais, descomplicar mais e viver mais.

Para isso tudo, é necessário uma boa dose de insanidade, no bom sentido, e de coragem. Isso quer dizer, muitas vezes, largar o que já passou, perdoar quem um dia ofendeu, esquecer o que já não é importante, aceitar o que não acontece conforme desejamos, respeitar o que é maior que nós e parar de tratar a vida e Deus como mordomos pessoais, como se tudo existisse para satisfazer os nossos desejos.

Parar de se colocar no centro do universo, parar de se achar importante, parar de se achar melhor que alguém, parar de exigir perfeição, parar de julgar e de acusar o outro.

Sei que as pessoas têm suas expectativas em relação a nós e que também temos as nossas imagens sobre nós mesmos, mas quem é você, sem o seu passado para buscar? Quem é você agora, sem consultar a sua memória? Você é preso a alguém ou a alguma situação? Você é obrigado por quem a entrar em um molde, a ter uma característica, a agir de uma determinada forma?

O seu passado o influencia porque, no fundo, você acredita que ele pode influenciá-lo. Nós somos, muitas vezes, fiéis ao passado, porque acreditamos que ele é uma propriedade nossa, é a nossa história, o que nós temos para contar para os outros. Assim como ainda somos fiéis aos nossos pais, repetindo seus traços, mesmo sem concordarmos com isso.

Mas quem sou eu sem o meu passado? Quem sou eu sem os exemplos dos meus pais?

Perceba que você é muito mais do que isso, é muito mais do que passado, memórias, defeitos, qualidades, repetições, condicionamentos, pensamentos, ações, palavras, acontecimentos, corpo; mas é isso em que você ainda se baseia para se identificar.

É como se eu lhe perguntasse quem você é, sendo que você só me mostra a sua identidade. Veja que isso é só um papel e não tem importância nenhuma, assim como todo o resto.

Mude, mas mude para você. Realize o que lhe traz sensação de felicidade. Trabalhe o amor e compaixão em você. Perceba que muitas certezas que guardamos são meras pedras em nossa mochila que carregamos pela vida. Desapegue-se do que não lhe serve mais e permita conhecer-se a cada dia, não para ser uma pessoa perfeita, pois, em certo sentido, isso não existe, mas para aproveitar esse período de tempo, entre nascimento e morte, que chamamos de vida.

Apenas queira estar bem consigo mesmo e com a vida, queira estar contente, queira ser feliz. Existe uma missão mais bonita do que essa? Assim como uma vela, que não dura para sempre e o seu propósito, depois de acesa, é iluminar o seu redor e poder acender outras velas, sem que isso a faça se apagar no caminho.

“Há um leão em você e você está vivendo como um rato, eu vou lhe dizer para rugir e ser o leão que você é. A vida é grande o suficiente para assumir todos os nossos erros, todas as nossas aventuras, todo o nosso coração aberto, tudo, você não pode ultrapassar, ser maior que a vida. Se você é um leão, então você tem de rugir, mas não é um rugido de arrogância ou estupidez, é que você abra o seu coração para a vida. Eu digo a você para caminhar o seu trajeto, não desrespeite outros seres, demonstre amor à sua família, tanto quanto você pode, mas caminhe sempre a sua verdade. ” MOOJI

Que a sua parte que acredita nisso tudo e que quer o seu melhor seja vitoriosa perante uma parte pequena e míope sua que lhe impõe dificuldades.

Imagem de capa:Reprodução

São Paulo recebe MUSEU DA EMPATIA no Parque do Ibirapuera

São Paulo recebe MUSEU DA EMPATIA no Parque do Ibirapuera

Qualidade cada vez mais rara no ser humano, a empatia vem sendo tema de inúmeras discussões. Depois de sua exposição original em Londres, agora chega em São Paulo, no Parque do Ibirapuera, a mostra “Caminhando em seus sapatos…”.

O título original da exposição – ‘A Mile in My Shoes’ – remete ao provérbio indígena never judge a man until you have walked a mile in his moccasins (nunca julgue um homem até você ter andado uma milha em seus mocassins). Desde 2015, o Empathy Museum coletou mais de 150 histórias e pares de sapatos, tendo recebido um público de mais de 10 mil visitantes. A Mile in My Shoes foi exibida em Londres e em Redcar, na Inglaterra, e em Perth, Austrália. Nos próximos anos, há planos de realizar novas versões da instalação em Namur (Bélgica), Moscou (Rússia) e Milão (Itália)- (conteúdo divulgação)

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Imagem Felipa Porto

A exposição, que acontece de 18 de novembro a 17 de dezembro, tem como objetivo possibilitar experiência sensoriais e emocionais ao seu visitante.

Tudo começa quando o visitante entra dentro de uma grande caixa de sapato e, lá no seu interior, escolhe um calçado. A partir disso, ele trilhará o caminho ouvindo o depoimento do dono daquele sapato. Nem preciso falar o quanto de diversidade uma atividade dessa pode promover, né.

Os relatos, segundo o portal Terra,  vão da perda à superação, do luto ao amor, do preconceito e exclusão à esperança e inspiração, e refletem os temas diversidade, violência social e direitos humanos, LGBTfobia, gordofobia, educação, cultura, acessibilidade e direito à cidade.

contioutra.com - São Paulo recebe MUSEU DA EMPATIA no Parque do Ibirapuera
Imagem Felipa Porto

Mais informações:

SERVIÇO

Museu da Empatia – Caminhando em seus sapatos… 
ONDE Parque do Ibirapuera
QUANDO 18 de novembro a 17 de dezembro de 2017
HORÁRIO terça a sexta, 10h às 19h / sábados e domingos, 11h às 20h
ENTRADA Grátis / 25 pessoas por vez (senhas distribuídas no local)

Imagem de capa: Felipa Porto

“Você é louca!”

“Você é louca!”

Quantas vezes, ao tentar reagir à violência psicológica perpetrada por um parceiro abusivo, você ouviu a frase: “Você é louca, está inventando coisas e precisa de tratamento psiquiátrico”? Quantas vezes ouviu isso a respeito de outros alvos de violência psicológica?

Creio que muitas, já que o típico perverso narcisista faz você parecer, de fato, louca. Se você o confronta sobre algo que fez, ele diz que você “tem uma imaginação fértil”. Aliás, esta é uma frase usada comumente por abusadores de todos os tipos para invalidar o depoimento das vítimas.

Com frequência dirá que você não sabe o que diz, ou que ele não tem ideia do que você está falando. Quando confrontado, vai alegar que não se lembra nem dos fatos mais marcantes, simplesmente negando que tenham sequer acontecido, nem mesmo admitindo a possibilidade de ter esquecido.

Esse comportamento trata-se de uma tática extremamente agressiva e especialmente revoltante chamada “gaslighting”, comum a abusadores de todos os tipos. Sua percepção da realidade é constantemente posta em cheque até que você perca toda a segurança em sua intuição, sua memória ou seu poder de argumentação. Isso a torna uma vítima ainda mais fácil para o abusador.

Perversos narcisistas praticam o “gaslighting” de forma rotineira. Ele insinua ou diz diretamente que você é instável, que suas crenças são ridículas e que você é pouco cooperativa.

Sim, você é hipersensível e está imaginando coisas. Você é histérica e completamente irracional. Você está exagerando, “como sempre faz”. Em seguida, pune com silêncio passivo-agressivo, avisando que só voltará a falar com você quando você tiver se acalmado e não estiver “tão irracional”.

Com a maior normalidade, vai caracterizá-la como alguém que tem problema psiquiátricos, que precisa de tratamento. Infelizmente, na maioria das vezes, vai ter êxito em levá-la a buscar ajuda psiquiátrica, vez que a sucessão de técnicas de manipulação e confusão mental utilizado num ritmo cruel, de fato leva seus alvos a exaustão mental.

Depois que o perverso narcisista tiver construído essas fantasias sobre suas patologias emocionais, ele contará aos outros sobre elas, como sempre, apresentando-se preocupado e declarando-se uma vítima da situação insuportável que VOCÊ criou.

As falas variam:
“Você tem problemas mentais”, “é promíscua” (mesmo sem jamais ter traído), “alcoólatra” (mesmo sem por uma gota de álcool na boca), “faz stalking” (mesmo sendo ele a perseguir) e que “só não faz algo contra isso porque não quer prejudicá-la”, pois “gosta, ama ou tem consideração por você”. E ele sofre.

“Sua insanidade e instabilidade” faz da vida do narcisista um tormento e por isso, todas as suas traições, os seus abusos verbais, psicológicos e físicos são justificáveis. Ele tem crédito com você. Você causou tudo isso.

Confrontado, fará a inversão dos fatos e responsabilidades. Não, ele não fez nada. Ele não tem ideia do porquê você estar tão irracionalmente furiosa ou machucada, afinal foi VOCÊ que o magoou terrivelmente. Ele acha que você realmente precisa de tratamento. Ele gosta muito de você e faria qualquer coisa para te ver feliz, mas não sabe o quê, porque você sempre o afasta quando ele tenta ajudar. Às vezes, é ele quem se afasta apenas “para preservar você”.

Assim, o perverso narcisista mata dois coelhos numa cajadada só, ao, simultaneamente, se eximir de qualquer responsabilidade por sua óbvia antipatia, falta de colaboração, descontrole ou desequilíbrio emocional e deixa implícito que há algo fundamentalmente errado com você e por isso está tão furiosa com ele.

Sua “expertise” é minar a credibilidade de seu alvo junto aos outros, pois representa o papel do parceiro/genitor/irmão/amigo abnegado tão perfeitamente que ninguém vai acreditar em você, até porque, muitas vezes você terá, de fato, atingido um grau importante de descontrole emocional.

O problema é que ninguém sabe ou compreende como você chegou a esse ponto e por mais que tente, conseguirá explicar a poucos que na maioria das vezes tiverem um experiência semelhante.

O caminho para fora dessa teia perversa é o autoconhecimento e a ruptura completa de contato com esses tipos. Qualquer tentativa de manter o contato em qualquer nível que seja pode levar você ao total desequilíbrio emocional, a doenças físicas e psíquicas, ao auto-abandono e, na pior das hipóteses, ao suicídio.

Lembre-se que quando qualquer uma dessas alternativas se confirma, seu abusador VENCE. Portanto, reaja, tirando de suas mãos o poder que, sem perceber, lhe conferiu.

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Imagem de capa: oneinchpunch/shutterstock

Um curta sobre a aceitação da diferença e amizade verdadeira.

Um curta sobre a aceitação da diferença e amizade verdadeira.

A animação “Partly Cloudy”, da Pixar mostra uma dupla de amigos um tanto quanto peculiar quando comparada ao resto das nuvens do céu. O trabalho dessa dupla é o mesmo que o das outras, mas o resultado sempre sai diferente.

Aceitação, adaptação e superação são os ingredientes básicos de uma boa equipe.

Confira:

Imagem de capa:Reprodução

A forma como trata um garçom revela a sua personalidade

A forma como trata um garçom revela a sua personalidade

“Dizem que a forma como se trata o CEO não diz nada. No entanto, a forma como se trata um garçom é como uma janela para a alma.” – Del Jones.

A “regra do garçom” sugere que a forma como tratamos os garçons, ou qualquer outro indivíduo numa posição hierarquicamente inferior, pode revelar muito sobre a nossa personalidade. Trata-se de um consenso que se tornou uma tática de entrevista. O cofundador da Au Bon Pain, Ron Shaich, hoje CEO da Panera Bread, avançou que quando um candidato está a ser entrevistado para uma posição executiva, pergunta ao seu assistente como é que o mesmo o tratou. Ser rude e exigente nestas etapas é muitas vezes um sinal de que se trata de uma pessoa que não sabe trabalhar em equipe.

Além disso, de acordo com Frederic Neuman da Psychology Today, a forma como se tratam os garçons/as garçonetes deve ser tomada em conta quando se “escolhe” um futuro parceiro. A forma como se tratam os garçons/as garçonetes pode revelar muito sobre a personalidade de uma pessoa. Não há dúvidas sobre isso. Para entender completamente os traços de personalidade é preciso olhar para os extremos opostos do espectro: as pessoas que tratam bem e as que tratam mal. De cada comportamento podem ser deduzidos traços de personalidade — e podemos fazê-lo ao analisar as cinco categorias que se seguem.

Pessoas que têm um sistema de valores “situacional”.

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“Esteja atento a pessoas que têm um sistema de valores situacional, que “ligam” e “desligam” o charme consoante o estatuto da pessoa com a qual estão interagindo.” – Raytheon, CEO, Bill Swanson

O sistema de valores de uma pessoa é revelado através do seu comportamento. Os valores são algo que determina o comportamento e que influencia as escolhas que as pessoas fazem. Muitas pessoas possuem algo conhecido como sistema de valores situacional. As pessoas com este sistema de valores tratam mal um garçom na medida em que tem um papel de subordinado. O seu caráter muda constantemente com base no estatuto. É condicional.

Por outro lado, as pessoas sem sistema de valores situacional tratam bem qualquer pessoa em qualquer situação. O seu comportamento é incondicional. O seu comportamento não muda a toda a hora.

Aceitam que cada pessoa tem a sua história. O garçom pode ser a única pessoa que sustenta a respetiva família ou talvez até tenha dois empregos — provavelmente para pagar os seus estudos. Independentemente da situação, este tipo de pessoas está ciente de que todos os seres humanos são iguais.

Pessoas que julgam vs. percebem a natureza

As pessoas que tratam mal garçons a maior parte do tempo são pessoas que julgam. Veem-nos como inferiores devido à função que detêm. Falam com estes de forma condescendente. Talvez até estalem os dedos para chamar a sua atenção.

As pessoas que tratam bem os garçons reconhecem que toda a gente tem uma história a partilhar — e não julgam um livro pela sua capa. Têm uma natureza compreensiva.

Pessoas rudes com garçons — não sabem trabalhar em equipe

As pessoas que são rudes com garçons e falam de forma condescendente geralmente não são colaborativas. Não sabem trabalhar em equipe.

Tratar um garçom como igual é um sinal de que as pessoas sabem trabalhar em equipe. Mostram respeito — e recebem respeito.

Pessoas rudes com garçons — não são bons líderes

As pessoas que tendem a ser rudes com garçons exigem respeito. Não é uma característica que se procure em um líder.

Para as pessoas no outro lado do espectro é fácil ganhar respeito. Tal coloca-as numa boa posição para liderar.

Pessoas bondosas com garçons — são solidárias e empáticas

Tratar mal um garçom é sinal de falta de compaixão e empatia. Pelo contrário, tratar bem revela compaixão incondicional e empatia pelas pessoas em geral. Não depende das condições.

Toda mundo é igual

O comportamento que usamos com garçons e garçonetes, ou com qualquer outro indivíduo numa posição hierarquicamente inferior, o jeito como interagimos com os mesmos e o modo como os tratamos pode revelar muito sobre a nossa personalidade. Somos todos humanos. Somos todos iguais, independentemente do cargo profissional que ocupamos.

Fonte: Lifehack, via Insider

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