Ela merece mais porque já fez as pazes com o passado

Ela merece mais porque já fez as pazes com o passado

Sim, ela merece. Ela já teve a sua cota de decepções e assuntos inacabados. Nada e ninguém mais a impede de seguir em frente. Ela aprendeu com o próprio passado. Quem ficou, ficou. Quem não se importou, ela foi lá e disse adeus.

Ela não lamentou quem não quis ficar. Ela ficou chateada por não ter percebido antes quem não dava valor aos seus inteiros. Porque suplicar amor nunca foi um lance dela. Se tivesse que colocar todo o sentimento na mesa, ela apostava alto. Não por inocência, mas porque era o certo dentro dela. Fingir coração é algo que ela não pratica. E mesmo com a vida mostrando o contrário, ela foi lá e disse quero.

Ela é muito simples no jeito de agir. Insiste até onde pode. Luta até quando consegue. Ela não entra em nada para perder, mas para viver. Se o instante não tiver gosto de saudade é porque não valeu a pena. Ela precisa sentir que cada ato do roteiro da sua vida tem algum sentido. Perder tempo com espetáculos imaginários não a interessam. Ainda que os melhores momentos sejam passageiros, ela foi lá e disse gratidão.

Sim, ela merece muito mais do que um passado já escrito. Quando parecia que não haviam novos motivos para continuar, ela foi lá e disse estou indo. Com amores que cuidam porque a sua alma não está mais disponível para ser rabiscada por falsas promessas. E ela vai continuar caminhando na direção de outros versos e alegrias. Ela aprendeu com o próprio passado. Quem quer amar, ama. Quem é frieza para permitir, ela vai lá e diz sinto muito.

Imagem de capa: Machekhin Evgenii, Shutterstock

Mulher guerreira olha pra frente e não se lamenta.

Mulher guerreira olha pra frente e não se lamenta.

Mulher guerreira olha pra frente e não se lamenta.Sabe onde pisa não tem medo das armadilhas e muito menos se faz de vítima.

Mulher guerreira aprende a guerrear com amor e paz. Sabe ser justa e não vive na aba para se manter segura. Ela tem força, disciplina e inteligência. Questiona sua missão e se entrega com o coração.

Mulher guerreira sabe ser leal, inteira e se respeita . Não se finge de morta nem se faz de santa. Comete seus pecados se redime do mal e se purifica em sua natureza. Se conecta com sua essência. Se identifica com a mãe terra e se guia pela avó lua. Se torna sábia na humildade e revela seus dons sem medo ou culpa. Ensina o que aprende e aprende com as vivências. Mete a cara e se joga na vida. Sabe que é guiada por isso não tem medo de ficar sozinha.

Mulher guerreira pare, cria, lambe, nutre, protege e libera. Sabe que é canal da vida e não dona da vida alheia. Vive com sabedoria quando entende os ciclos que a vida gerencia.

Mulher guerreira tem de monte, mas muitas se esqueceram desse nome. Estão cercadas pelo medo e mal sabem que carregam dentro delas um ser forte e guerreiro. Força feminina conectada com a masculina. Equilibrio interno e aceitação. Amor, Força, e razão.

Mulher da tribo! Grita o seu grito, bata o seu pé descalço no chão!. Sinta a força que brota do solo, carrega o seu útero e sobe ao colo! Conecte com sua natureza selvagem e se abra para a abundância da vida que transborda em ti . Você é natureza – floresça! Mulher guerreira, Você é muito mais do pensa.

Imagem de capa: Stas Walenga/shutterstock

Atualmente as crianças nascem com manual de instrução, mas quando utilizá-los?

Atualmente as crianças nascem com manual de instrução, mas quando utilizá-los?

Está fora de moda a frase muito conhecida : “criança não vem com manual de instrução”. Ela era utilizada pelas nossas mães e avós em momentos de dúvidas sobre como agir com os filhos em determinadas situações. E antigamente, nesses momentos de angústia, a saída era perguntar para mães e pais mais experientes, e tentar compreender a criança e a problemática apresentada por ela.

Atualmente, em momentos de dúvidas, mães e pais recorrem ao Google para saber como agir. Nesse site de busca tem milhares de informações sobre qualquer assunto, sejam temas imaginados ou mesmo nunca pensados por você, mas qualquer informação lá está. Entre os assuntos relacionados aos filhos há informações sobre o cuidado, alimentação, educação, desenvolvimento, afetividade, entre milhares de outros temas.

Recebo muitos pais no consultório que procuram psicoterapia para seus filhos e garanto que 99% destes, antes de agendarem atendimento comigo, buscaram ajuda no Gloogle.

Que fique bem claro que não sou contra a busca de informações, ao contrário, acho valioso que os pais busquem compreender o que está acontecendo com seus filhos, e  que façam pesquisas em sites confiáveis e responsáveis por transmitir informações fidedignas.

Entretanto, tenho observado que, quanto mais informações que os pais adquirem, menos espaço há para o contato com a criança, menos disponibilidade interna para se aproximar das emoções e dificuldades que o filho apresenta.

E não julgo os pais por isso, mas penso que isso faz parte da nossa triste época. Temos muitas informações sobre tudo, pressa para resolver os problemas,  mas não temos tempo de fazer um curso bacana. Falamos o tempo todo com os amigos pelo whatsapp e talvez por isso não conseguimos encontrá-los pessoalmente. Mandamos “bom dia” diariamente para nossos familiares via aplicativos, mas aquele abraço não conseguimos dar. Eu poderia elencar dezenas de outros exemplos, mas o que quero dizer é que com a internet, embora possamos saber sobre tudo, encurtamos nosso tempo,e estamos nos afastando das pessoas, do vínculo e das coisas que nos deixam mais humanos. Isso acontece com todos, inclusive com os pais.

Dessa forma, recebo pais que são verdadeiros compêndios ambulantes de psicologia/psiquiatria infantil, mas que não conseguiram entrar em contato com as emoções sentidas por eles próprios diante dos sintomas do filho e, tampouco, se aproximam de forma eficaz da criança que está doente emocionalmente.

Hoje, a criança vem com manual de instrução, está tudo no Google: amamentação, introdução da alimentação sólida, desfralde, como parar com as birras, adaptação no berçário e escola, enfim, tudo está no site de busca. Mas talvez o choro excessivo, por exemplo, queira dizer aos pais que o filho não está lidando bem com algumas emoções.

Muitas vezes o choro da criança na porta da escola, pode indicar insegurança que os pais não a busquem de volta no final do período das aulas.

Possivelmente, a birra exacerbada seja para expressar a raiva por algo que ainda não compreendeu.

A dificuldade do desfralde pode ser uma forma de tentar controlar os pais, que estão sempre ocupados com seus trabalhos.

Talvez abraços e beijos, chamego, o colo  de pai/mãe ou um passeio traga informações mais importantes do que um site de busca

A internet, que apresenta manuais de instruções de como lidar/educar o(s) filho(s), tem a função de informar, mas não deve atravessar os instintos, não pode engessar a aprendizagem de como ser uma mãe/pai melhor para aquele filho, não pode ser capaz de anestesiar a conexão entre pais e filhos.

Os manuais das crianças podem sempre ser consultados, mas só vão funcionar se o instinto e o amor trabalharem juntos nesse processo de compreensão e vinculação melhor entre filhos e mães/pais.

Sinceramente? Acho que esse é o maior segredo que faz tudo funcionar.

Imagem de capa: Joana Lopes/shutterstock

Todos merecem uma segunda chance. Uma terceira, jamais.

Todos merecem uma segunda chance. Uma terceira, jamais.

Eu sei que o fim de um amor é o começo de uma saudade. Sei, também, o quão difícil é se acostumar com a ausência, adequar a rotina e aprender a conjugar o verbo em primeira pessoa, já que o “nós” ficou para trás. Mas, acredite, é possível ser feliz depois do fim.
Sempre que uma história acaba, fica aquela sensação de impotência, de medo e de vazio. Parece que a felicidade não será mais possível e que, como os sintomas de uma abstinência, ficamos desesperados em busca de algo que preencha o vazio. E é, exatamente aí, que mora a ilusão.

Certamente, você conhece histórias lindas de reencontros e de pessoas que são felizes depois de darem uma segunda chance ao relacionamento. Essas histórias, são tão lindas quanto perigosas, já que criam ilusões na cabeça dos apaixonados de plantão e os fazem reféns de relacionamentos abusivos.

Não somos capazes de avaliar a dor do outro. Há, realmente, quem precise da ausência para valorizar a presença. Nesses casos, uma segunda chance é válida, já que é uma oportunidade de crescimento afetivo e amadurecimento intelectual para o casal. Mas, nos demais casos, dar segundas, terceiras e quartas chances são torturas psicológicas desnecessárias.

Então, antes de se entregar novamente, de corpo e alma na relação, avalie (e respeite) os motivos que te fizeram desistir. Entenda: voltar por motivos certos é bonito. Voltar por motivos errados é loucura!

Imagem de capa: Radharani/shutterstock

A gente não se apaixona pelo real mas pelo nosso imaginário.

A gente não se apaixona pelo real mas pelo nosso imaginário.

Fugimos da realidade e nos envolvemos com as nossas próprias projeções e criamos uma ideia de pessoa, de relação, de ambiente baseado naquilo que criamos em nosso ideal.

Na verdade, é assim que acontece: temos um olhar individual para as coisas, pessoas e situações, e elas passam pelo nosso julgamento, interpretação e olhar e nesse resultado, definimos o que é bom pra nós, traduzimos o que estamos vivendo, que tipo de pessoa estamos lidando, situação vivenciando e o onde isso pode levar. Criamos toda uma fantasia baseada em fatos, aspectos e características daquilo que interagimos sem dar oportunidade de observar e compreender as reais motivações e experiência.

Por vezes, o véu desta ilusão cai e nos vemos presos numa armadilha que nós mesmo criamos. Idealizamos a relação, o parceiro, acreditamos que tudo era de uma forma e de repente se revelou de outra. Na verdade, temos a triste mania de inventar pessoas, de buscar encaixes por meio de máscaras, de se adaptar ao outro e acreditar no ideal do que sentir a maré, respirar, compreender, ouvir mais e olhar as relações com mais verdade.

Claro que é natural a idealização. Projetamos a vida baseado nas nossas criações, referencias, experiências, traumas, memórias, emoções, percepções… … Cada olhar é individual – o que é bom pra mim pode não ser para você. Aquilo que sentimos é a interpretação do que o nosso corpo e mente oferece e assim temos uma experiencia subjetiva da vida.

Mas em meio a essas reações químicas e transformações, é bom parar e observar, sentir, ser… Abrir o campo de percepção.. Criar a expectativa nos torna refém de uma realidade. Ouvi uma vez que expectativa é a mãe da frustração, devo concordar.

Chega então um momento da vida que carregamos bagagem suficiente para compreender quem sim que não, quem nunca. Atentar aos sinais é sinal de maturidade e isso requer presença.

A intuição é nossa mestra, é a voz do coração. Não negligencie este poder interno. A arrogância de permanecer em situações por falso romantismo pode te deixar preso a situações desconfortáveis e te tornar ainda mais impotente.

Idealizar juntos é uma coisa, sozinho pode ser arriscado. Dois universos que não se entendem não podem conviver no mesmo espaço.

Gostamos de viver histórias de amor, buscamos isso para a vida – a saga do amor – mas não devemos forçar sua existência por meio das carências e do medo de viver sozinho.

A solitude é essencial para a construção do verdadeiro eu. Ela traz mais verdades que ilusões. Quando se entra numa relação partindo da solitude, as ilusões são menos constantes e a verdade será sempre um requisito. Buscar sempre o que é de verdade permitindo o livre expressar e a livre escolha de quem vem para interagir com nosso espaço sagrado.

Não há necessidade de vestir máscaras para aceitação. A verdade permite o florescer do ser sem qualquer expectativa.

A mente vai sempre criar possibilidades e situações, mas é importante sempre nos trazer para a realidade- mente presente, desperta e atenta. Coração guiando. Tornar-se um observador de si. Mentes meditativas conseguem sair da ilha para ver a ilha. Busque isto. Observar a situação e fazer boas escolhas. Você está onde você se coloca. Traga esta responsabilidade.

A luz da verdade será sempre a guia. Se seu coração aponta, logo pare e observe. Permita seu ser se expressar na verdade e assim seguir sua intuição. O mais sábio mestre habita seu ser.

A opinião dos outros será sempre relacionada ao universo do outro. O que você deve saber está dentro de você. Permita acolher o seu próprio aprendizado.

Imagem de capa: Alena Ozerova/shutterstock

Permita-se mudar!

Permita-se mudar!

Imagine que chato seria se fôssemos as mesmas pessoas de sempre. Sem mudanças, a vida seria um verdadeiro tédio. A gente acha que nunca vai gostar de alguma coisa, e quando percebe, passa a gostar.

Coisas assim, acontecem com o passar dos anos. Vamos amadurecendo, conhecendo novas pessoas, frequentando novos lugares, e tudo isso, contribui para que possamos enxergar as coisas com uma outra perspectiva.

Lembro-me de quando era mais nova, vez ou outra, surgiam alguns passeios para fazer, mas eu não ia porque achava que não tinha companhia. Perdi shows, viagens, festas, ou eventos em parques. Quantas oportunidades perdi por não ter coragem de sair sozinha, mesmo sabendo que poderia me enturmar em cada ocasião.

Conforme fui crescendo, fui fazendo novos amigos. Hoje, quando eles não podem sair comigo, saio sozinha. Não coloco mais empecilhos que me impeçam de curtir. Aprendi a desfrutar de minha própria companhia. Posso dizer que está sendo uma experiência maravilhosa e que isso agregou muito em minha vida, pois, agora tenho a oportunidade de me conhecer melhor. Já até pensei em viajar sozinha (risos).

De lá para cá, muitas coisas mudaram comigo, e isso acontece o tempo todo. Seja em minha vida, ou na vida de qualquer pessoa. Sofremos mudanças conforme vamos vivendo novas aventuras.

Cá entre nós, viver na mesmice seria um desperdício tão grande. Como dizia Raul Seixas:  “Somos uma metamorfose ambulante”.

A gente começa a enxergar graça em algumas coisas ali, passa a não gostar de outras acolá, e assim, vamos explorando a imensidão de possibilidades que a vida pode nos oferecer.

Mudar, dependendo da situação, pode ser um tanto assustador, entretanto, mudanças fazem parte de nossas vidas, e nos mostram que a caminhada é bela.

Basta apenas olharmos com os olhos da alma, e abrirmos as portas do nosso coração.

Imagem de capa: Jacob Lund/shutterstock

Ei, há no mundo um punhado de gente que te ama em silêncio

Ei, há no mundo um punhado de gente que te ama em silêncio

Não são poucos os momentos em que sentimos as pernas doerem, mas ainda assim, negamos ao corpo um pouco de descanso. Sentimos o coração despedaçado e esquecemos que há no mundo aqueles que, mesmo distantes, nos amam em silêncio.

É que, às vezes, decidimos caminhar pra longe. De repente, escolhemos aprender do jeito mais dolorido: errando, caindo, se machucando feio e levantando. Resolvemos, por loucura ou descuido mesmo, pisar onde algum bom conselho ousou dizer para não pisar.

Falando por mim, em muitos momentos da minha vida, eu imaginei que o tempo tinha apagado o amor daqueles que tinham estado ao meu lado antes das escolhas erradas. Tive certezas infundadas sobre ser irremediavelmente esquecida.

Eu disse para mim mesma que eu tinha sido enterrada em algum cantinho indigente do sentir daqueles que amei. Que as risadas compartilhadas tinham virado choro. Que os abraços dados tinham virado pó. Que as declarações de amor tinham se transformado em algum tipo estranho de ladainha.

Se por alguma razão você ousou tentar, errar e recomeçar, volte para perto daqueles que um dia te amaram imperfeito como você ontem era e hoje é. Deixe-se amar por aqueles que te avisaram, mas te deram, mesmo assim, a chance de tentar. Porque o amor guarda todas as possibilidades, inclusive a de permitir ir, quando tudo pede para ficar.

Volte para o amor daqueles que te guardaram no melhor deles. Aceite o amor daqueles que sempre te lembraram bonito. Descansa naqueles que te foram abrigo. Bate na porta dos que sempre guardaram para ti uma hospitalidade e gentileza infinita e tome um café falando das coisas boas que vocês viveram juntos.

Volte para aqueles que te amam de verdade, porque amor verdadeiro não tem data de validade. Não tem capricho ou zelo tolo.

Escute as histórias que essas pessoas contam. Aqueles que te amam verdadeiramente têm muito a dizer sobre você. Eles te conhecem bem, eles sabem que você é uma pessoa bonita que um dia se deixou levar para longe, mas que encontrou forças para voltar e escutar o que o amor tem a dizer.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Atribuição da imagem: pexels.com – CC0 Public Domain

Sou dessas!

Sou dessas!

Sou dessas que vivem em eterna esperança, que teimam em acreditar na sinceridade e torcem por inícios, meios e finais felizes.

Sou dessas que já erraram nas escolhas, que já se deixaram escolher sem nenhum critério, que calaram a voz quando deveriam gritar e falaram em momento inadequado.

Sou dessas que não querem sair do refúgio, mas quando saem, não querem voltar antes do amanhecer, não querem que a festa acabe.

Sou dessas que sentem medos infantis embora os enfrentem com coragem e bravura. Que não enxergam o óbvio mas captam sutilezas. Que são movidas por certezas delicadas e dúvidas grosseiras. Sou das que raramente atravessam as fases da vida com passos confiantes, mas que também se negam a estacionar em tristezas e frustrações.

Sou dessas que dizem: – Eu também não queria mesmo! E seguem em frente, olhando para trás de vez em quando, até que não seja mais preciso olhar nem lamentar nem sequer lembrar.

E sou também das que pedem desculpas como criança, que escrevem cartas, que refazem as cenas, lembram das palavras ditas, guardam momentos como tesouros.

Sou dessas que martelam seus pregos para pendurar ilusões e memórias e da mesma forma arrancam sem dó, da parede e da vida , manchas, riscos e cenas amareladas.

Sou dessas que num dia acordam vaidosas, e querem estar impecáveis em qualquer situação, e, logo no dia seguinte, perdem a paciência e saem de havaianas,  cabelo preso e rosto lavado.

Sou dessas como tantas outras, que vivem buscando o equilíbrio de uma vida saudável, aceitável, agradável, e, quando possível, emocionalmente estável.

Sou dessas que estão na luta,  que se recusam a entregar seus direitos sob qualquer alegação ou coação ou emoção.

Sou dessas, e só o que quero é ser reconhecida como única, embora seja muitas e nem tão diferente de todas.

Imagem de capa:

Ponha ordem nessa bagunça emocional.

Ponha ordem nessa bagunça emocional.

“Como culpar o vento pela desordem feita, se fui eu quem esqueceu a janela aberta?” (Douglas Bucalem)

Somos perfeitamente capazes de deixar os ambientes em ordem, planejando com maestria o lugar onde se encaixam os objetos à disposição, para que os espaços por onde transitamos se tornem mais práticos. Conseguimos analisar a utilidade das coisas e sua função em nosso dia-a-dia, livrando-nos de quinquilharias inúteis e que somente ocupam lugar à toa. No entanto, dentro de nós, costumamos deixar tudo bagunçado, fora de lugar, acumulando sentimentos inúteis e que atrapalham o trânsito tranquilo de nossos sentidos.

Arranjamos tempo para ver a novela, tomar uma cerveja, jogar bola, ler um livro, ao passo que negligenciamos as necessidades que pulsam em nossos espaços mais íntimos, descompassando nosso interior com as aparências a que nos prendemos. E assim vamos cuidando do mundo aqui fora de nós, tornando-o vitrine de uma vida que não nos pertence de fato, pois regamos com perfume nosso exterior, enquanto transformamos em verdadeiros ferros-velhos os anseios de nossa essência.

Tendemos a fechar os olhos às necessidades por que nossos sentidos clamam, uma vez que não é fácil olharmos de frente para nós mesmos, no sentido de encararmos os resultados de todas as escolhas que fizemos – muitas delas equivocadas. Com isso, ignoramos deliberadamente as necessidades de nossos sentimentos, na tentativa de manter os comodismos que sustentam a mediocridade de nossas vidinhas cor-de-rosa, que mal se sustentam nos terrenos sombrios dos fantasmas que teimamos em não enfrentar. Além disso, muitas vezes nossas necessidades nos pedem que tomemos atitudes por demais corajosas e, como nos julgamos bem menos fortes do que realmente somos, preferimos não dar atenção àquilo que é vital ao nosso respirar com liberdade. Tirar de nossas vidas quem já não caminha conosco, procurar um novo emprego, partir para outras paragens, dizer o que se pensa a quem queira ou não ouvir, impor os próprios desejos, mergulhar fundo na paixão que avassala, romper com a família em que não existe mais acolhida, enfim, ser alguém verdadeiro, ainda que desafogue as nossas pendências, cobra-nos um alto preço, qual seja, perder muito do que equivocadamente achamos nos ser imprescindível.

Apesar de todas as dores e contrariedades que enfrentaremos, não podemos deixar de prestar atenção em nós mesmos, em tudo o que nosso corpo e nossos sentidos pedem, às vezes gritam, ou estaremos fadados a ruir, levando junto conosco quem e o que nos rodeiam. Por mais que fujamos ao enfrentamento das bagunças que nós mesmos criamos e à aceitação de que aquilo que nos acontece é resultado do que fizemos, sendo tão somente responsabilidade nossa, uma ou outra hora nossa sobrevivência dependerá disso e teremos de fazê-lo.

Poderemos passar uma vida lamentando o que poderia ter acontecido, o que poderia ter sido dito ou desdito, o que não deveria ter acontecido, ou poderemos digerir isso tudo e agir conscientemente, no sentido de mudarmos as coisas a partir do agora que já temos. Inegavelmente, nada se sustenta ou dura quando não existe verdade, portanto, teremos que sempre nos guiar com base naquilo que somos, temos e queremos, ordenando os rumos de nossas vidas, de acordo com nossas convicções, ou estaremos bagunçando o reduto de nossa essência e condenando-nos à desordem e aos descaminhos que tanto nos impedem de alcançar a felicidade. E o que importa, no final das contas, é ser feliz, sempre, sem bagunça acumulada.

Imagem de capa: Natalia Lebedinskaia/shutterstock

Tudo o que nos faz sorrir, nos faz mais doces. Tudo o que nos faz sofrer, nos faz mais fortes!

Tudo o que nos faz sorrir, nos faz mais doces. Tudo o que nos faz sofrer, nos faz mais fortes!

A teimosia é uma praga miudinha que nasce na alma da gente, assim como quem não quer nada. Erva-daninha que precisa de muito pouco para se alimentar e vai tomando tudo, com seu jeitinho matreiro e insistente.

Se nos transformarmos nessa gente teimosa, vamos ficando míopes das habilidades de ler a vida e o mundo. Ficamos obstinados numa imagem única, sempre na mesma posição, esperando que tudo dê certo por um milagre.

E de tanto olhar de um jeito só, para a mesma coisa, achando que toda a nossa alegria depende de aquilo dar certo, afunilamos nossas possibilidades de navegação, viramos barquinhos ancorados num porto que é seguro, sem dúvida… mas também é muito, muito chato.

Corremos o sério risco de confundir foco com visão estreita. Ter foco, não é ignorar todo o resto em detrimento de um único sucesso; isso é obsessão. Uma certa pitada de dispersão é absolutamente necessária para se enxergar além; além do problema, além da solução, além do fracasso, além da vitória, além da alegria e além da dor.

Alegrias enfileiradas, arrumadinhas como meninas e meninos bem-vestidos, engomados e de sapato de verniz, impedem a gente de aprender da vida uma ginga esperta e graciosa.

Alegrias previsíveis deixam a gente meio entorpecido, mergulhado numa analgesia insossa e monótona. De repente, a gente nem sabe mais o que ser feliz, de tanto estar acostumado a ser um bobo alegre.

Já as tristezas pungentes e perseverantes, aquelas que ficam bem acomodadas e agasalhadas entre nossos braços conformados…
Ahhhhh… essas bichinhas são especialistas em misturar todas as cores da nossa alma, transformando tudo naquela cor incerta e depressiva que é capaz de roubar a beleza, das mais belas experiências.

Tristezas agasalhadas, também têm esse poder anestésico. E, antes que nos demos conta, acabamos nos acostumando a permanecer mergulhados nesse lugar; piso lodoso, areia movediça.

É impressionante a nossa tendência a querer polarizar tudo nessa vida: ou é preto ou é branco; ou é tarde, ou muito cedo; estamos passados ou despreparados; temos de mais ou de menos. E essa visão em cone invertido, reduzida e emperrada é a nossa maior inimiga… porque tudo, absolutamente tudo nessa vida é lição dada; se a gente escolhe aprender ou ignorar, já é outra coisa.

Saibamos, pois, sorver das intempéries o substrato rico de força, superação e resiliência. Saibamos nos lambuzar das felicidades, até que toda dor não tenha outra escolha, a não ser se escorregar para além de nós. Porque tudo o que nos faz sorrir, nos faz mais doces. Mas, tudo o que nos faz sofrer, nos faz mais fortes!

Imagem de capa meramente ilustrativa: cena do filme Soul Surfer

Quer esquecer? Pare de falar sobre

Quer esquecer? Pare de falar sobre

Parece automático: toda vez que um relacionamento acaba ou uma situação nos incomoda precisamos contar para o mundo o que houve. Desde indiretas nas redes sociais às ligações para os melhores amigos, o assunto se torna a pauta do momento.

Não estamos falando aqui sobre lutos ou perdas significativas da vida. Até, porque, elas seguem um rumo diferente de cura e cicatrização. Nos referimos especificamente à términos de relacionamentos ou a situações sociais que nos incomodam.

Drummond dizia que “a dor é inevitável, o sofrimento é opcional” e convenhamos, o poeta estava certo. Optamos pelo sofrimento quando compartilhamos nossa dor com estranhos, acreditando que eles nos darão os melhores conselhos. Optamos pela dor quando acreditamos que todos querem nosso bem e torcem pelo nosso sucesso. Optamos em prolongar a tristeza, quando acreditamos que ela é mais forte do que a cura.

Não conseguimos entender que compreender uma pessoa exige empatia e que, infelizmente, nem todos estão dispostos a isso. Einstein dizia que “a compreensão de outrem somente progredirá com a partilha de alegrias e sofrimentos”.

A fórmula para o esquecimento é simples: pare de falar sobre o que te fere. Quando somos capazes de parar de falar sobre um problema, o cérebro entende que aquele assunto não é mais importante e o coloca no esquecimento.

Portanto, desengavete as fotos, apague o número de telefone e pare de falar sobre o assunto. Lembre-se que a dor passará de qualquer forma, cabe a você decidir o tempo de espera.

Imagem de capa: Volodya Senkiv/shutterstock

20 audios para quem quer saber mais sobre Psicologia, com Josie Conti

20 audios para quem quer saber mais sobre Psicologia, com Josie Conti

O comportamento e as relações humanas permeiam cada segundo de nossas vidas.

Pensando em maneiras de levar uma vida mais leve e refletir sobre aspectos que acontecem conosco no dia a dia, foi criado o programa de rádio CONTI outra, apresentado pela psicóloga e blogueira Josie Conti.

De segunda a sexta-feira, às 10h da manhã, vai ao ar o programa CONTI outra, na rádio 94.7 FM de Socorro.

De maneira leve e descontraída, a profissional fala de conceitos importantes da psicologia, mas agora aplicados a rotina do ouvinte que consegue compreender a temática e se imaginar dentro das situações e exemplos.

Os programas podem ser ouvidos na região de Socorro, interior de SP, ou pelo site www.radiosocorro.com.br (área da FM)

Abaixo, segue a segunda sequência de 20  programas já exibidos e as datas da exibição. Se preferir, você também pode ouvir os programas pelo Youtube .

04-12-2017 Saiba mais sobre o bom senso

05-12-2017 O poder da Intuição

06-12-2017 Necessidade de diversificar fontes de prazer

07-12-2017 Riscos da Zona de Conforto

08-12-2017 Você não sente a dor do outro

11-12-2017 Autoconhecimento

12-12-2017 Por que eu quero ver meu amigo bem, mas não melhor do que eu?

13-12-2017 Psicologia das massas e as compras

14-12-2017 Complexo de Inferioridade

15-12-2017 Quando procurar um psicólogo

18-12-2017 Trauma Psicológico

19-12-2017 Dificuldade para demonstrar sentimentos

20-12-2017 Fofoca morre quando chega aos ouvidos de pessoas inteligentes

21-12-2017 A carência é o maior alucinógeno que existe

22-12-2017 Quanto mais vazia a carreta, mais barulho ela faz

25-12-2017 De que adianta falar 4 idiomas e não dizer bom dia no elevador

26-12-2017 Laços de sangue não são necessariamente laços de amor

27-12-2017 Por que tanta urgência em assumir um novo relacionamento?

28-12-2017 O declínio do afeto começa no desprezo pelas coisas pequenas

29-12-2017 Não se deve falar tudo para criança pequena

Quer conhecer a lista com os 20 primeiros programas? Clique aqui.

Imagem de capa:  Benjavisa Ruangvaree/shutterstock

A disciplina do amor

A disciplina do amor

Não basta a gente amar e pronto. O amor chega e também vai embora, caso não encontre terreno fértil, caso só se encontre preguiça, ausências e indisposição.

Lygia Fagundes Telles escreveu um lindo texto chamado “A disciplina do amor”, sobre um cachorro que aguarda, até a sua morte, pela chegada de seu dono, que havia morrido na guerra. Esse tema, aliás, inspirou o filme “Sempre ao seu lado”, com Richard Gere, e baseia-se na história do cão japonês Hachiko, que esperou por seu dono, na estação de trem, até morrer.

Não há quem não se emocione por uma prova tão linda de amor, por parte, inclusive, de um ser que se julgava irracional. Para além do sentimento, porém, a verdadeira lição que esse fato nos transmite vem a ser a certeza de que o amor não se sustenta por si só, ou seja, amor requer disciplina. Isso quer dizer que, mesmo em se tratando de um sentimento poderoso e prazeroso, o amor requer esforço, vontade, luta e disposição.

O cãozinho poderia simplesmente desistir de ir esperar pelo dono, vencido pelo cansaço e pelas reiteradas frustrações, porém, “disciplinadamente” (como tão bem pontua Lygia), quando chegava a hora exata, lá ia o cachorro demonstrar o seu amor, esperar pelo encontro que tanto lhe fazia bem. Ele acordava todos os dias com a esperança de rever seu dono, porque ele amava e queria amar, desejava manter o amor dentro de si. Todo dia. Todos os dias.

Não basta a gente amar e pronto. O amor chega e também vai embora, caso não encontre terreno fértil, caso só se encontre preguiça, ausências e indisposição. Tudo o que dura possui luta por detrás e lutar por um amor depende de cada um, da vontade de viver e sentir a cada novo dia, renovando-se a afetividade, como se fosse sempre a primeira vez. O amor tem uma força extraordinária, mas não sobrevive de promessas, nem do que já foi um dia e não é mais.

Amar é cuidar, regar, lutar, acordar com o propósito de sentir aquilo tudo que esse sentimento traz, sempre trouxe, desde o primeiro instante em que nos arrebatou os sentidos. É preciso ter disciplina em todos os setores da vida, inclusive nos terrenos afetivos em que acolhemos o amor verdadeiro e que alimenta as nossas esperanças. Todo dia. Todos os dias.

Imagem de capa: Reprodução

Aos 94 anos, viúvo constrói piscina para reunir vizinhos e não ficar sozinho.

Aos 94 anos, viúvo constrói piscina para reunir vizinhos e não ficar sozinho.

Após 66 anos de casamento, Keith perdeu a esposa e para acabar com a solidão decidiu criar esse plano para reunir a vizinhança.

A solidão é um sentimento que pode provocar vazio e isolamento, afetando negativamente a vida de uma pessoa. Keith Davidson é um juiz aposentado de 94 anos que mora sozinho em Minnesota, nos Estados Unidos. Em 2016, após a morte de sua esposa, o idoso começou a se sentir muito solitário, então decidiu criar um plano para mudar isso.

Por esse motivo, ele resolveu construir construiu uma piscina em seu quintal para reunir toda a vizinhança em sua casa para que pudesse ter a casa sempre cheia. A piscina, que mede 4,9 metros por 9,8 metros, foi instalada no começo de 2017, mas o homem a manteve em segredo até julho deste ano, quando as férias de verão americanas começaram.

A proposta deu muito certo e tudo mundo adorou a novidade, já que a cidade não tem nenhuma piscina pública ao ar livre. Keith tem três filhos adultos, mas ainda nenhum neto. Em entrevista à TV local Kare 11, o aposentado disse que prefere deixar para entrar na água depois que as crianças vão para suas casas e garante que fica muito feliz em ver a vizinhança se divertindo todas as tardes em sua casa.

Na reportagem, a vizinha Jessica Hueber contou que leva seus quatro filhos regularmente à piscina e, por isso, acabou se tornando próxima de Keith. “Você praticamente adotou todas as crianças da vizinhança e elas se tornaram seus netos”, falou para o vizinho durante a gravação.

Fonte: Papo Reto

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