Desumanizado Mundo Novo

Desumanizado Mundo Novo

Vivemos em um mundo repleto de ironias, de contradições, de paradoxos, em um mundo confuso e confusamente percebido, como escreveu Milton Santos. Vemos de um lado a tecnologia se desenvolver em uma velocidade cada vez maior, enquanto nós parecemos ir no sentido contrário, em um processo contínuo e acelerado de desumanização. É óbvio que o desenvolvimento tecnológico em si não é o causador do problema, mas o progresso humano está paulatinamente mais distante do progresso da máquina e das grandes cidades. É como se para que um exista, o outro tenha que ceder espaço de si mesmo, adaptar-se, abnegar-se, transforma-se no que não é.

Por mais que o desenvolvimento da ciência e da tecnologia seja importante e traga benefícios para a vida individual e coletiva, é preciso considerar que um mundo de coisas não é um mundo de pessoas. Todo “progresso” conseguido através da tecnologia deve servir como instrumento para que haja uma melhora na condição humana, individual e/ou coletivamente. Desse modo, caso não seja percebido um progresso similar entre o mundo das máquinas e o mundo dos homens, é necessário repensar e reorganizar as bases em que tal “desenvolvimento” tem ocorrido.

Se analisarmos os altos índices (com projeções ainda maiores) de doenças psicológicas e de suicídio, perceberemos que as áreas com maior incidência são as grandes cidades, onde a modernidade, com todo o seu “progresso” material, consegue se “desenvolver” com maior êxito. Além disso, os jovens são o grupo mais afetado, o que não significa que outras pessoas não possam sofrer com os mesmos problemas.

Esses dados separados podem não ter muito nexo. Contudo se analisados juntos, fazem todo o sentido, já que há uma pressão muito maior sobre as atuais gerações para que elas consigam se afirmar e obter sucesso dentro dos parâmetros estabelecidos pela sociedade, pautada, evidentemente, pelo consumismo e espetacularização de bens que afirmam a magnificência do mundo líquido moderno.

Com isso, na medida em que o “sucesso” não é atingido, uma vez que nem todos possuem os “pré-requisitos” necessários para adentrar no oásis de prazer da sociedade de consumo, nem os “talentos” necessários para agradar as plateias do espetáculo permanente que é a nossa sociedade, passa-se a ter sujeitos frustrados, insatisfeitos e desindividualizados, que ao mesmo tempo que não conseguem se encaixar no mundo, não conseguem reconhecer a si próprios.

Em outras palavras, não há espaço para todos brilharem e/ou nem todos querem, de fato, “brilhar”. Logo, muitos acabam ficando no meio do caminho, entre ser um sujeito individual, mas desencaixado; ou ser um sujeito despersonalizado, porém ajustado. O preço cobrado por sair de um lugar, mas não chegar a outro, é ficar perdido: da sociedade e, sobretudo, de si mesmo. Ponto em que dificilmente há retorno, como se uma prisão se apossasse da vida do sujeito e o impedisse de prosseguir, ou pior, de enxergar o caminho de retorno ao seu eu. Longe do mundo e perdido de si, viver ou morrer passam a ser sinônimos perfeitos.

Apesar desses casos serem, aparentemente, mais graves, não se deve entender que renunciar à própria individualidade em favor do cumprimento de protocolos sociais seja algo saudável ou normal. Pelo contrário, é no enquadramento, na subserviência às regras de uma sociedade que se apresenta em um temível estado patológico que reside o âmago do problema, pois é por meio da conversão de novas ovelhas que a “igreja” expande o seu rebanho e, consequentemente, o seu poder.

No entanto, há de se entender também, que é extremamente difícil escapar de um modus operandi que atinge profundamente a nossa psique e faz com que nós mesmos sejamos os nossos vigilantes e punidores. Mesmo entre pessoas que são esclarecidas e que procuram reafirmar a sua condição de sujeitos humanos, há a ação impositiva das normas de conduta social, de tal maneira que estando em sociedade, é impossível não ser atingido por alguns dos incontáveis sustentáculos do nosso admirável mundo novo.

Para os que conseguem enxergar as cordas, há sempre um atalho que permite o retorno ao seu eu e o exercício da sua subjetividade. Para os que não enxergam ou enxergam parcial e vagarosamente, a conta chega: mais hora, menos hora, de forma transitória ou definitiva. O número crescente e alarmante de pessoas com depressão, ansiedade, síndrome do pânico e, por consequência, de consumo de antidepressivos, ansiolíticos, álcool, drogas e de suicídios, como o ponto final de desesperança, perda de si e de desencaixe no mundo, não aponta outro caminho.

É urgente repensar o nosso mundo e declarar a ironia de uma sociedade que transverte o fracasso em uma roupa de sucesso e que ao criar a ilusão de uma sociedade de indivíduos, criou uma sociedade de massa, uniforme e prisioneira em um reino de ignorância, indiferença, egoísmo e apatia, em que todos, em alguma medida, vivem de forma mecânica, anônima, invisível e solitária, distantes de si, distantes do mundo, chorando as lágrimas escassas de quem não acredita mais no choro.

O nosso admirável mundo líquido com todo o seu “progresso” tem nos deixado tristes, sozinhos, frios, inseguros, perdidos, ansiosos. Desesperados para preencher o vazio que nos aflige, que nos atormenta, que não nos deixa dormir, que invade os nossos sonhos e os transforma em pesadelos, que nos torna insignificantes e as nossas vidas sem nenhum sentido, a não ser correr e ter.

Estamos todos doentes e precisamos nos curar. Entretanto, a cura não está na sanidade de um mundo aparentemente são, mas completamente adoecido; e sim, na lou(cura) de ser a si mesmo e permitir que os outros também sejam, pois qualquer caminhe que tomemos deve ter como destino o nosso ser, já que é somente permitindo que o que há de gente em nós queime, que o que há de gente no mundo poderá arder em chamas e iluminar os céus com a sua beleza.

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Toda mulher é sagrada

Toda mulher é sagrada

Sim, toda mulher é sagrada.

Talvez o curso do mundo tenha nos feito esquecer, mas nós, mulheres, somos seres sagrados, e precisamos voltar a honrar a nossa sacralidade.

“Sagrado” , segundo o dicionário, é algo “que, pelas suas qualidades, merece respeito profundo e veneração absoluta”.

E nós, mulheres, honramos o nosso sagrado quando saímos do papel de vítimas de uma sociedade doentia e nos colocamos como protagonistas da nossa própria história;

Quando assumimos a rédea da nossa existência e passamos a tomar as decisões nos colocando, sempre, em primeiro lugar;

Quando não ficamos esperando que o governo, o(a) nosso(a) parceiro(a), os nossos chefes, os nossos pais ou os nossos filhos nos reconheçam e nos valorizem, porque nos damos conta de que, na verdade, isso não importa, não é necessário;

Quando compreendemos que o que necessitamos, verdadeiramente, é nós mesmas nos darmos conta do valor inestimável e indiscutível que temos, independentemente de qualquer circunstância;

Honramos nossa sacralidade quando compreendemos que não precisamos ter um(a) companheiro(a) para vivenciar o amor, sendo que qualquer pessoa que, eventualmente, venha a seguir a caminhada ao nosso lado poderá apenas complementar algo que já nos é inerente;

Quando paramos de nos culpar por tudo o que envolve os nossos filhos e entendemos que, pelo simples fato de termos lhes dado à vida, somos honradas, sendo que sempre fazemos o melhor que podemos de acordo com as nossas condições no momento;

Quando tomamos por hábito assegurar um tempo, diuturnamente, para nos relacionarmos com as nossas emoções e fazer coisas que nos fazem bem;

Quando paramos de sufocar a necessidade de viver um processo contínuo de autoconhecimento e de ouvirmos os anseios da nossa alma para nos alinharmos com o nosso propósito de vida;

Refrescamos o nosso sagrado quando lembramos ser fruto da união dos nossos aspectos físico, mental, espiritual e emocional, com todas as suas singularidades, o que nos torna um ser único neste vasto universo e, por isso mesmo, especial;

Quando lembramos, diariamente, que não precisamos ser uma super-heroína (como os outros, às vezes, esperam) para sermos uma mulher maravilha, sendo que dividir tarefas, ao invés de um sinal de fraqueza, pode ser um sinal de sabedoria;

Quando nos aliamos umas às outras para trocar experiências, compartilhar frustrações e perceber que podemos aprender com os erros umas das outras, sentir alívio por vermos que os nossos dilemas não são exclusivos e compreender que, afinal, está tudo certo;

Quando verdadeiramente aceitamos que cansar é algo absolutamente normal e que pedir um tempo e buscar ajuda quando necessário é algo fundamental para reequilibrarmos nosso eixo e irmos ainda mais longe;

Honramos nosso feminino quando nos libertamos dos padrões em todos os âmbitos da nossa vida e nos tornamos sinceramente indiferentes à opinião alheia, nos abrindo para o novo e seguindo o caminho que faz o nosso coração vibrar;

Quando, definitivamente, abrimos mão dos julgamentos de todo gênero, nos policiando para não emiti-los (ainda que mentalmente) e não permitindo que os outros nos dirijam nenhum;

Exacerbamos nossa sacralidade quando, finalmente, compreendemos que querer ter o controle sobre tudo o que nos cerca apenas nos traz angústia e ansiedade, e passamos a nos entregar ao acaso, permitindo o fluxo da vida e nos deixarmos surpreender;

Enaltecemos nosso sagrado quando passamos a vivenciar, verdadeiramente, nossa conexão com o Divino, seja de que forma for, acendendo o sol que mora em nosso coração e nos fazendo, pois, resplandecer em luz e amor;

Mas, notadamente, honramos nossa condição de seres sagrados quando nos reconhecemos conectadas umas às outras, nos tratamos como irmãs e deixamos de lado invejas, competições e ciúmes para, juntas, sentirmos a força da nossa união e o fato de ser, todos os dias, uma excelente oportunidade de celebrarmos a nossa existência!

Imagem de capa:Kitja Kitja/

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Existe começo depois do fim

Existe começo depois do fim

Certa vez tive um sonho diferente. Nele um índio vinha até mim em um cavalo e, exultante, ele me contava o que havia descoberto: Eu fui até depois daqueles montes – dizia-me ele apontando ao longe – e era dia.

Assim que despertei, pesarosa e com tristes perspectivas, eu entendi o significado do sonho. Eu estava passando por dias escuros em minha vida, dias regados de incertezas e o índio tentava me dizer que lá na frente era sol, que eu tinha que continuar a caminhar se eu quisesse sair daquilo. O sonho me deu um sopro de vida. Mesmo que eu estivesse cansada e passando por situações angustiantes, o meu futuro era bom.

Estava na época em um relacionamento ruim. Carregava em minhas largas costas, dentre outras coisas, o peso de ter escolhido a pessoa errada para compartilhar a minha vida e os meus sonhos. Na época eu não sabia que sonhos não podem ser confiados àqueles que não têm um sentimento sincero por nós. Eu não sabia que sonhos morrem ao toque da possessividade, da inveja e do rancor.

Os meus sonhos quase morreram naqueles fatídicos dias. Ouvi muitas vezes que eu nunca alcançaria aqueles montes. Que eu não teria força e competência para isso. Que minhas pernas não eram suficientemente boas para alcançá-los.

Eu entendi por fim que precisava acreditar em mim sem hesitar. Parei ,então, de tentar provar a minha força. Não perderia mais tempo provando coisa alguma. Entrando em discussões tolas. Sentindo-me exausta pela descrença de quem um dia eu acreditei gostar de mim.

Subi inúmeras vezes até uma altura razoável e fui puxada em muitas delas para trás. Fiquei chateada e exausta, mas não desisti. Eu queria a luz do dia. Não aguentava mais viver sufocada e na escuridão. Eu sabia que conseguiria sair daquela relação se continuasse a lutar por mim. Eu sabia que atrás do montes havia um sol lindo me esperando. Eu só estava vivendo em um vale sombrio, mas esse não era o meu lugar.

Hoje, assim como aquele índio do meu sonho, eu venho contar para vocês que atrás dos montes é dia, viu. Que depois do fim existe um novo começo. Que depois do fim existe um vale encantado. Uma folha em branco. Um caminho lindo perfeito para os nossos pés.

O que aprendemos com nossas escolhas erradas fica na gente. Depois do fim temos convicções otimistas e a certeza de que fomos mais fortes que aquilo que um dia zombou da nossa capacidade. Depois do fim a gente sabe do sol, que ele é para todos. Que só basta a gente acreditar.

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Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Atribuição da imagem: pixabay.com – CC0 Public Domain

8 coisas chocantes que pudemos aprender com Stephen Hawking

8 coisas chocantes que pudemos aprender com Stephen Hawking

Depois de ter sua vida desacreditada aos 21 anos, o físico inglês Stephen Hawking rompeu com todas as expectativas e teve uma longa e produtiva existência até os 76 anos.

Seu legado é imenso e, dentre ele, listamos 8 coisas chocantes que só pudemos aprender graças a sua genialidade.  Os conceitos abaixo foram publicados em 2010 na obra “The Grand Design”, em pareceria com o físico Leonard Mlodinow.

8 – A força da luz

A cada segundo, uma lâmpada incandescente comum, de 1 watt, emite um quintilhão (ou seja, um bilhão de bilhões) de fótons, a partícula elementar da luz. Pode-se dizer, de maneira primária, que os fótons são como pequenos pacotes dentro dos quais a luz é emitida. Os cientistas ainda investigam a fundo as propriedades de um fóton, que se comporta simultaneamente como partícula e como onda.

7 – O passado é uma possibilidade

Se nós sabemos apenas que uma partícula viajou do ponto A ao ponto B, mas não observamos que caminho ela fez para chegar, ela simultaneamente fez todos os caminhos possíveis para fazer a trajetória. Esse é um enunciado da mecânica quântica que explica o seguinte: se qualquer evento no passado não foi observado e registrado, ele é tão indefinido quanto um evento futuro. Assim, não se pode dizer que ele aconteceu de determinada maneira, e sim de todas as maneiras possíveis ao mesmo tempo!

6 – Teoria do todo

Uma teoria do todo, conforme sugere o nome, é qualquer teoria que unifique todos os fenômenos físicos do universo sob um único padrão matemático. Segundo Hawking e Mlodinow, a única teoria do todo válida para explicar nosso meio seria a Teoria M. Esta ideia sugere que o universo seria composto de cordas que vibram em diferentes frequências e determinam as dimensões em que o universo se posiciona. De acordo com essa teoria, haveria não três, mas onze dimensões existentes, o que dá origem a mais de um universo.

5 – Relatividade Geral

Hawking e Mlodinow fizeram uma releitura de alguns pontos da velha Teoria da Relatividade formulada por Albert Einstein, que explica como a matéria e a energia influenciam o meio e causam curvaturas no espaço-tempo (o que origina, por exemplo, a gravidade e os buracos negros). Ela enuncia, entre outras coisas, que o tempo flui mais lentamente quando nos aproximamos de um corpo de grande massa, como um planeta ou estrela. Na época em que a teoria se espalhou pelo meio científico, ficou a ideia de que ela se aplica apenas a grandes eventos no universo, tais como os buracos negros. Mas os físicos explicam que ela é automaticamente levada em conta para qualquer sistema de medição de tempo e espaço, tal como um GPS, e sem a relatividade, as medições dariam em resultados imprecisos por quilômetros de diferença.

4 – Teoria do peixe no aquário redondo

Há alguns anos, as autoridades da cidade de Monza, na Itália, proibiram toda a população de criar peixes em aquários. Isso era qualificado como prejudicial aos animais, que teriam uma visão distorcida da realidade devido à curvatura do vidro. Sobe isso, os físicos lançam apenas a seguinte questão: como é que a gente pode saber qual é a verdadeira visão da realidade? Como podemos garantir que não estamos nós mesmos vendo o mundo através de algo como um aquário curvo, que distorce permanentemente a “realidade”?

3 – O teorema de Pitágoras não é de Pitágoras

As aulas de matemática da escola jamais deixaram de prestar um tributo ao homem que ofereceu as noções mais básicas sobre os lados de um triângulo, afirmando que a² + b² = c². Mas Hawking e Mlodinow sugerem que não foi Pitágoras o autor destas inferências sobre catetos e hipotenusas. Os antigos babilônios, segundo os físicos, já aplicavam estas noções matemáticas séculos antes de Pitágoras nascer em 570 a.C.

2 – Quarks nunca estão sozinhos

Os quarks, bem como os léptons, são as partículas mais elementares do universo. Dois dos seis tipos conhecidos de quark são os formadores de prótons e nêutrons. Hawking e Mlodinow sugerem que a atração entre os quarks funciona da seguinte maneira: quanto maior a distância entre dois quarks, mais cresce a força que os mantém unidos; logo, estão sempre juntos. Não existem quarks livres na natureza.

1 – O universo criou a si mesmo

Não há como negar que esta foi a asserção mais polêmica do livro de Hawking e Mlodinow: a ideia de que o universo pode ter perfeitamente se criado por si próprio, sem necessidade da figura de Deus para explicar seu surgimento. Eles garantem que é perfeitamente justificável, fisicamente, que o universo possa ter partido a partir de um estado onde nada existia, ou seja, do zero. Devido a leis como a gravidade, conforme explicam eles, podemos inferir que o universo é capaz de regular seus mecanismos sozinho.

A lista foi publicada originalmente nas revistas LiveScience, Hypescience. e foi republicada na CONTI outra em homanagem a sua morte em 14 de março de 2018.

Nem opção e nem prioridade. Sou da vida e estou bem com isso.

Nem opção e nem prioridade. Sou da vida e estou bem com isso.

Não sei onde você viu que mereço um tratamento diferenciado. Não estou presente em nenhum cardápio de amores do dia. Estou de bem com a vida e é disso que preciso. O resto vai se ajeitando e, caso alguém apareça, decidiremos juntos se os santos batem para um relacionamento.

Estou na fase de ser a minha própria escolha e única prioridade. Não estou desistindo de encontrar um amor, mas não faço questão dele ser a coisa mais importante no momento. Ando redescobrindo essências e me abrindo para novos ciclos. Quero a leveza e a liberdade de seguir em frente sem ter que me preocupar com quem ficou para trás. Aceitei que, daqui por diante, o foco é conseguir o máximo de amor próprio que puder.

Cheguei na época de transbordar disposição junto da vida. De traçar rotas, planejar passos e realizar sonhos. Dos pequenos aos maiores, agora é comigo. Tive uma conversa séria com o meu eu esses dias e combinamos de sintonizarmos os nossos quereres. Espaços em branco apenas para quem souber respeitar o meu agora. Expectativas desnecessárias, dispenso. Não tenho interesse em promessas, posso fazer isso por mim em qualquer instante.

Hoje, finalmente entendo o apreço de algumas pessoas pela solidão. Mas da solidão que desperta autoconhecimento, e não fuga. É esse tipo de não ter companhia que venho reconhecendo passar.

Sou da vida e estou bem com isso. Não estou obrigando ninguém a me seguir ou coisa parecida. Cada um com a sua opção e prioridade. O que acontece aqui é algo mais. Misturei quem já sou com quem posso ser. O resultado, pertenço-me. É um baita amor para alguém cobrir.

Imagem de capa: Mark Nazh, Shutterstock

Você chegou! Meu coração está em festa!

Você chegou! Meu coração está em festa!

Confesso que estou muito surpresa. Eu tinha dúvidas se você ainda chegaria em minha vida. Eu vivia alternando fases de fé e descrença sobre a possibilidade de viver um grande amor. Não vou negar, por incontáveis vezes, evitei alimentar essa esperança. Era um verdadeiro conflito, de um lado, uma intuição muito forte me sinalizando a sua vinda, de outro lado, havia uma lista de motivos para que eu duvidasse disso.

Contudo, apesar de todos os percalços, eu entendia que não tinha como atravessar essa vida sem materializar essa carga de amor que carrego comigo. Alguma coisa teria que acontecer, não seria justo desperdiçar todo esse amor que tenho para ofertar. Ah, eu sempre lia e ouvia que o amor é fã dos distraídos, e, de fato, você chegou quando eu estava completamente desligada. Já houve fases em que eu meio que facilitava as coisas, como quem dá um empurrãozinho para o amor, mas foi perda de tempo e frustração.

E agora estamos aqui, cara a cara. Nem sei o que dizer, sou toda emoção. Meu coração está todo descompassado, minha idade cronológica parece ter despencado para os 17 anos. Sem dúvidas, o amor tem esse dom de nos deixar bobos, eu diria que até meio ridículos, no bom sentido.(risos).

Meu coração estava praticamente empoeirado, acho que ele já tinha se esquecido de como bater nessa intensidade e nesse descompasso. Perdi completamente a concentração, você tornou-se o meu primeiro pensamento ao acordar e o último antes de dormir. Eu sempre quis um amor que fosse assim, permeado de admiração, atração, carinho, afinidades, entrega. Eu amo essa liberdade de ser eu mesma, sem precisar me justificar o tempo todo. Contigo, não preciso modular o som da minha risada, tampouco, disfarçar o meu jeito destrambelhado. Isso não tem preço!

Dentro do seu abraço, minha alma sussurra: “era disso que eu estava falando!”. Contemplando o seu sorriso, tenho um monte de perguntas antigas respondidas. O som da sua voz, tornou-se minha melodia favorita. Em outros tempos, eu teria um baita medo, sentiria aquele receio de me entregar e depois me machucar. Mas, farei diferente, vou me jogar nesse amor, viverei com o máximo de intensidade enquanto houver reciprocidade. Não vou me preocupar com o futuro, pois aprendi que a ansiedade põe tudo a perder e acaba estragando as delícias do presente. Bem, acho que isso é maturidade.

Ah, como você é especial, veio melhor que a encomenda. Meu coração vive saindo pela boca por você…que bom que você chegou, meu amor. Seja bem vindo, e, se quiser, pode ficar a vida inteira…amor não vai faltar, o estoque está bem sortido.

Imagem de capa:Y Photo Studio/shutterstock

A simplicidade leva à plenitude

A simplicidade leva à plenitude

Nós vivemos numa sociedade que, infelizmente, ainda é extremamente materialista e imediatista. Uma grande parcela da população trabalha de forma exagerada, quase sempre pra conseguir o dinheiro suficiente para manter um padrão de vida que não prioriza o essencial na vida e no qual não se valoriza tanto as pequenas coisas.

No momento em que escrevo esse texto estou lendo dois livros magníficos, que podem contribuir de forma significativa com mudanças no nosso comportamento e nas escolhas. São os livros “A morte é um dia que vale a pena viver”, da Dra. Ana Claudia Quintana Arantes, e “Simplicidade voluntária”, do escritor e palestrante Duane Elgin.

Desde garoto eu sempre tive uma tendência a buscar a simplicidade na vida, e agora com a leitura desses dois livros, isso só se ratificou, e venho trazer reflexões que considero de suma importância para todos nós a respeito da verdadeira simplicidade.

Como vivemos numa sociedade materialista e consumista, quem vive de forma mais simples automaticamente já está caminhando fora da curva, já está sendo um revolucionário. No livro do Duane Elgin ele explica de forma magnífica que a vida simples é uma escolha que está completamente atrelada com a elevação da consciência, o que concordo totalmente. Quanto mais vamos amadurecendo e observando o que é o mais importante que podemos cultivar ao longo da vida, se torna cada vez mais evidente que não são as coisas, os bens materiais, os títulos acadêmicos, o status, a fama, nem nada transitório que nos dá a sensação de plenitude.

A plenitude só pode ser atingida pelo AUTOCONHECIMENTO, e como o próprio nome já diz, ninguém fará com que você se torne pleno além de você mesmo! Milhões de pessoas chegam à velhice e à morte sem experimentar o que é essa plenitude do ser. Não é minha pretensão em um texto de poucas palavras como esse lhe indicar o caminho para a plenitude, mas posso indicar umas setas, que lhe ajudarão a encontrá-lo dentro de si mesmo.

O livro da Ana Claudia Arantes nos traz uma reflexão bem mais profunda a respeito do significado que damos à nossa vida. Ela trabalha em dois hospitais, nos quais se encarrega dos cuidados paliativos, que é a assistência aos pacientes que já foram “desenganados”, como costumamos dizer. Ou seja, ela cuida dos pacientes que sabem que vão morrer em breve e que a doença na qual estão acometidos não pode mais ser curada, por ter avançado demais.

Uma das reflexões que mais gostei e com ela farei esse link com o outro livro é sobre a ilusão presente nas pessoas com padrão aquisitivo maior. A doutora diz no livro que muitos homens e mulheres mais ricos financeiramente, quando chegam ao hospital com doenças gravíssimas pensam que podem com o dinheiro que tem conseguir um tratamento diferenciado, com melhores remédios, melhores médicos e melhores condições. E nessa hora eles são confrontados consigo mesmos, porque dinheiro nenhum no mundo consegue parar o alastrar de metástases pelo corpo, nem mesmo rezas infinitas para todos os santos!

Ela conta de forma extremamente tocante a dor da angústia que eles sentem em perceber que a doença não faz distinção em quem é rico ou pobre, bonito ou feio, alto ou baixo, gordo ou magro, repleto de diplomas ou analfabeto… Ela simplesmente VEM, e ao vir, não tem outro jeito, ela precisa ser tratada. Ponto!

Quero através dessa constatação meio chocante lhe levar a refletir sobre o caminho que pode nos levar à uma saúde mais integral.

No livro do Duane ele diz o que hoje em dia milhares de livros, revistas, artigos e palestrantes estão repetindo. As melhores coisas que podemos fazer são: praticar meditação, melhorar a alimentação (de preferência cortando a carne vermelha definitivamente), dormir bem e de forma regular, trabalhar com o que ama, fazer atividades físicas, ter bons momentos de lazer, ter maior contato com a natureza etc.

Estou falando algo que você já não tenha lido ou ouvido? É impressionante como, sabendo de tudo isso, nós ainda continuamos não nos convencendo de que esse é o caminho para a plenitude! Nessa hora me lembro até do personagem Quico do seriado Chaves: “Que coisa não?”.

A morte é um dia que vale a pena viver, só esse título já pode nos levar a grandes reflexões. O que ela quis dizer com esse título? Que grande parte das pessoas vive de forma tão inconsciente, que na hora da “passagem” não conseguem acreditar que “chegou a hora”…

Quando chegar a sua hora! Você terá vivido de forma plena e significativa? Não espere que uma doença séria lhe acometa para que você comece a viver de fato. Faça isso hoje, agora, não protele a sua vida, e quando digo isso estou dizendo para não deixar para depois a máxima do mestre Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo”.

A vida tem me mostrado através das experiências e de “n” maneiras diferentes isso é dito nos dois livros citados. Preste atenção!

Quanto mais a gente se conhece, mais percebe que a simplicidade na vida é o que pode nos levar a viver com plenitude. Dessa forma, estando plenos e felizes, a consequência natural é mudar os hábitos, de forma que eles se tornam mais saudáveis e sustentáveis. Com esses hábitos melhores, a saúde do corpo, das emoções, da mente e do espírito melhoram. Com essa melhora global, a vida ganha um significado muito maior, e a morte passa a não ser algo tão assustador como era antes, e por fim, quando esse dia chegar, que obviamente chegará para todos nós, será um dia feliz, um dia que vai valer a pena ser vivido…

Imagem de capa:Oksana Yurlova/shutterstock

Um coração que sempre entende também se cansa.

Um coração que sempre entende também se cansa.

Um coração que se coloca em amor, também se ama.
Amor é “animus”, é vontade, interesse, entrega. Então por que parece que há sempre uma responsabilidade por trás do amor que inibe os coração de se entregar?

A única responsabilidade que vejo é o de viver com verdade! No mais, é viagem do ego. O que pode haver também é o medo de deixar sua individualidade de lado ou de se entregar a ponto de se perder!

Mas isso não é a realidade do amor.

Um coração que se apaixona vive suas dúvidas e seus anseios. É assim quando se pisa em território desconhecido. O desbravar da misteriosa energia do outro que nos atrai, traz sempre um ar de suspense e medo.

O outro será sempre um tormento quando não estamos em paz em nosso coração. Quando desejamos o que queremos.

E quando esse pulsar não é correspondido, num momento o coração cansa de querer, de entender, de buscar compreender. Ele também entende quando tem de partir. Não é necessário odiar, apenas e simplesmente se retirar, mudar o foco, deixar de lado o que não pode ser resolvido, querido.

Ele pode provavelmente amar você. Pensar em você todo dia, mas não é isso que importa. O que importa é o que ele está fazendo sobre isso. E se não está fazendo nada não há nada que você possa continuar fazendo.

Se retirar com elegância e amor, (o próprio) é o melhor a se fazer.

Um coração que deseja também se deseja E o caminho de volta é o melhor a se tomar. Pra si, pro lar.

Não há porque se lamentar . A solitude é bênção, é aconchego – é como voltar pra casa depois de uma tempestade e tomar um banho quente, colocar meias secas, tomar um chá quentinho com as pernas esticadas na poltrona de casa. É assim que devemos nos sentir sempre.

Um coração que ama também cansa, mas jamais de si. Muitas vezes é importante voltar, ficar e permanecer. Esperar a tempestade passar.
Não há melhor lugar que o seu lar.
Descanse. Só não desista de amar.

Imagem de capa: Predrag Popovski/ shutterstock

O amor à profissão faz toda a diferença!

O amor à profissão faz toda a diferença!

Sou estudante de comunicação social, e toda sexta-feira tenho aula com professor Sclavi. Esse monstro da comunicação, cuja matéria me fascina, consegue prender a atenção dos alunos, nos mostrando a realidade do jornalismo brasileiro.

Com um toque de humor e leveza, suas aulas são dinâmicas, e muito divertidas. Ronald, é aquele tipo de professor que dá gosto de sentar à mesa e esquecer o mundo para estudar sua matéria.

Lembro-me na época do ensino médio, onde os alunos cabulavam as aulas para saírem. Quando não saíam, ficavam na porta da escola batendo papo. Até porque, raramente havíamos aula às sextas-feiras. Então, aproveitávamos para dar uma escapadinha (risos). Entretanto, se naquela época estivéssemos na faculdade, eu e meus colegas, faríamos questão de frequentar às aulas se nosso professor fosse o Ronald.

Elogios à parte, tenho observado que nosso mestre tem amor à profissão, e apesar de sua entrega, sua atuação tem sido pouco valorizada. Tanto na universidade, como na rede estadual e pública de ensino, os professores ainda ganham salários inferiores à sua dedicação. Não é atoa que vez ou outra, fazem manifestações por aumento de salarial. O que é justo quando se tem um papel fundamental na vida de milhares de pessoas.

Esses profissionais que vão as ruas manifestarem sua insatisfação, são seres humanos que dedicaram grande parte de suas vidas para nos ensinar, e através de sua profissão, constroem um mundo melhor.

Os alunos fazem a faculdade, e são responsáveis pela sua formação, contudo, é maravilhoso quando me deparo com professores que, através de sua simplicidade, conseguem instigar os alunos a estudarem mais. Apesar da desvalorização, esses mestres deixam claro que sentem amor pela profissão, e orgulho dos alunos que um dia, assim como eles, farão diferença em suas respectivas atuações.

Imagem de capa: sirtravelalot/shutterstock

Pequenos lapsos de memória podem ser sinal de inteligência

Pequenos lapsos de memória podem ser sinal de inteligência

Todo mundo acha que ter boa memória é o mesmo que ser inteligente, mas não é. O que as pessoas nem sempre sabem é que a nossa memória é seletiva e que ela organiza e descarta informações de acordo com a sua utilidade e conteúdo emocional mais recente.

O jornal científico Neuron Journal publicou matéria desmistificando a teoria de que quantidade de informação é o mesmo que maior inteligência e explica que os mecanismos de esquecimento são triagens que podem indicar, inclusive, sinais de maior inteligência ao longo do dia.

A afirmativa é baseada em um estudo realizado na Universidade de Toronto onde o professor responsável afirma que o esquecimento é justamente o que nos ajuda a nos tornarmos mais inteligentes. A afirmativa é baseada no fato de que o hipocampo, região cerebral responsável pela memória, precisa de limpeza para dar espaço para novas e mais importantes memórias. Afinal, de que adianta nos lembramos de fórmulas matemáticas que aprendemos no ensino médio e nunca mais usamos se temos outras memórias  relacionadas ao nosso dia a dia e que precisam de registro imediato? Ou seja, sempre devemos lembram o que, em nosso momento atual, é mais importante para nossa vida.

Baseado nisso o cérebro separa o que é importante e descarta o que deixou de ser.

Isso nos indica que ter pequenos esquecimentos está longe de ser um problema, pois é indicativo de que o cérebro está fazendo sua faxina.

Por outro lado, se você acha que está se esquecendo de informações realmente importantes que que podem trazer prejuízo para sua vida, procure ajuda médica e faça uma avaliação.

Editorial CONTI outra

Imagem de capa: Tatomirov/shutterstock

Pelo direito de cada um ser o que quiser, sem ter que se explicar

Pelo direito de cada um ser o que quiser, sem ter que se explicar

Por que razão tendemos a acreditar que as pessoas devem explicações por serem assim ou assado? Da onde é que tiramos que temos o direito de “achar” coisas sobre elas? Que mania é essa que temos de julgar os outros o tempo inteiro?

Cada um pode ter o bumbum do tamanho que quiser. O peito e a barriga também. O cabelo, a unha, a roupa e o que mais for. O que nós temos a ver se fulano engordou ou se cicrana ficou “desleixada”? No que nos influencia se aquela celebridade está “uma tábua de tão magra” ou se aquela outra resolver usar cabelo “Black Power”?

Além disso, cada pessoa se relaciona com quem melhor lhe aprouver: homem, mulher, bi, tri ou que gênero for. Se nos der “nojinho”, problema é nosso, unicamente. Guardemos tal sentimento bem guardadinho.

Se alguém quiser largar tudo para o alto e se aventurar pelo mundo, é uma questão da pessoa, e só dela. Se tal fulano decidir mandar a carreira à m… e virar artista, mesmo ganhando muuuito menos, isso não nos diz respeito.

Se aquela conhecida resolver largar o marido – ainda que este seja maravilhoso -, ou mesmo traí-lo, não é problema nosso. E se alguém resolver que quer virar “natureba”, “porra loca”, ativista, político, “da vida” ou um “nada”, nada disso, definitivamente, nos importa.

Vamos cair na real e deixar nosso moralismo de lado. Tudo bem que pode ser uma questão cultural tentar ficar enquadrando todo mundo, mas isso está mais que ultrapassado.

Temos que largar de mão ficar emitindo juízos de valor acerca das ações dos outros. Cada leva a sua vida do jeito que quiser e nós não precisamos “compreender” as suas questões. Sem questionamentos, sem justificativas.

Mesmo que se trate de alguém mais próximo, que a gente ama, se a pessoa é maior e capaz, temos que nos colocar no nosso papel – que é o de nos responsabilizar pela NOSSA vida – e deixar que ela viva a dela do jeito que melhor lhe aprouver. Que quebre a cara e que se arrependa, se for o caso, mas que faça suas escolhas e arque com as consequências, inclusive com a possibilidade de ser imensamente feliz, ainda que não do jeito que nós imaginávamos ser o “mais apropriado”.

Não percebemos que gastamos muito do NOSSO tempo e da NOSSA energia cuidado da vida dos outros, da vida do mundo. Sim, porque ficar analisando as escolhas dos vizinhos, dos parentes, dos colegas, dos artistas, dos conhecidos e dos desconhecidos demanda muito de nós.

Vamos parar de nos atordoar com questões alheias e começar a olhar para dentro de si: pode haver paraísos – ou escuridões – dos quais estamos fugindo, ainda que inconscientemente, ao olhar tanto para fora.

E, lembremos: talvez o que mais nos incomoda nos outros seja o reflexo do que há em nós mesmos – desejos ou defeitos -, tal como num espelho.

E então, com quem devemos nos preocupar mesmo?!

Imagem de capa: Nejron Photo/shutterstock

Bem-vindo ao seu novo EU!

Bem-vindo ao seu novo EU!

A vida é cíclica, cheia de começos, meios e fins. Sábios os que aprendem rápido que é preciso deixar o passado no lugar dele – lá atrás – e seguir em frente. Mas nós, meros mortais, somos uma maioria de erros e aprendizados, que levamos tempo e porradas para perceber a importância do “deixar pra lá” e olhar pro misterioso futuro que nos aguarda.

Todo mundo já precisou encerrar um ciclo sem querer ou sem estar preparado para. Todo mundo já foi mandado embora do trabalho sem esperar, sem merecer e sem motivo. Todo mundo já teve que terminar um relacionamento que não somava mais. Todo mundo precisou de uma mudança – de casa, de bairro, de cidade, de vida.

A maioria desses “encerramentos”, vamos assumir, dói pra caralho. Mesmo que a gente entenda que aquele relacionamento já não é saudável, cadê a coragem pra chegar e terminar? Na verdade, coragem a gente até tem. O que a gente não tem é idéia do que virá depois. O depois é que dói, porque esse depois a gente não conhece.

Você estava acostumado a andar de mãos dadas no cinema, a almoçar na sogra todo domingo, a jogar conversa fora com a cunhada. Ai você termina, e o que vem depois? Depois não tem mais ninguém pra dividir a pipoca, depois o almoço volta a ser com seu irmão, depois não tem mais com quem conversar sobre o seu dia.

Você tem aquele trabalho que a gente até que gosta, mas não ama. Numa terça-feira ensolarada qualquer, você volta pra sua mesa e o RH te chama pra conversar. Quando você abre a porta, em cima da mesa tem uma carta de demissão esperando a sua assinatura. E você se pergunta: “Mas por quê?” E você treme, e você contesta, e você chora, e você acaba assinando. Vai pra casa indignado, não entende nada, não sabe o que fez de errado, não sabe o que virá depois.

Você tem aquele sonho de morar em outra cidade. Planeja tudo, faz as contas, economiza, negocia um bom preço de aluguel, consegue uma transferência no seu trabalho. Quando o chega o dia de ir embora, porém, você arreia porque dali em diante você não sabe mais de nada. Depois daquele dia, sua rotina vai mudar, e a mudança causa medo.

Não saber o que virá depois geralmente nos apavora. A gente começa a procurar respostas, a tentar interpretar o que aconteceu, por quê aconteceu, por quê conosco. É difícil, é bem difícil recomeçar. Mas é crucial. Como diz Paulo Coelho, “Feche algumas portas. Não por orgulho ou arrogância, mas porque já não levam à lugar nenhum.”

Lá na frente, depois que a tempestade passar, a gente entende que encerrar o ciclo foi exatamente o que a gente precisava para repaginar o nosso futuro. Mesmo que tenha acontecido de sopetão, o término de algo nos empurra ao recomeço. E esse novo começo é mais maduro, afinal nosso passado nos ensinou. Entenda e assuma que o passado passou, que não voltará. Encerre o ciclo. Lembre-se de como você era antes daquela pessoa ou daquele trabalho. Lembrou? Haviam bons momentos também, né? Porque, afinal, nada é insubstituível. Um antigo hábito não era uma necessidade, era apenas algo que você se acostumou a fazer todos os dias.

Agora você tem a chance de criar novas manias, ir a novos lugares, aprender novas habilidades, conhecer o novo! O novo é fascinante, é infinito, não tem limites. Você irá até onde suas asas te permitirem. Afinal, você não é mais a pessoa que era. Seus antigos capítulos estarão pra sempre escritos, mas agora você tem a chance de escrever uma nova história, e tem bagagem para construir um caminho mais sereno, assertivo e feliz.

Bem-vindo ao seu novo eu!

Imagem de capa: Natalia Deriabina/shutterstock

18 comportamentos das pessoas emocionalmente inteligentes

18 comportamentos das pessoas emocionalmente inteligentes

Em 1990, os psicólogos Peter Salovey e John Mayer escreveram um artigo pioneiro sobre inteligência emocional (IE), definindo isso como “o subconjunto de inteligência social que envolve a capacidade de monitorar sentimentos e emoções pessoais e dos outros, discriminar entre eles, e usar essa informação para guiar pensamentos e ações”.

Mais tarde, ainda na década de 90, Daniel Goleman, escritor e psicólogo de Harvard, popularizou o conceito de inteligência emocional por meio de uma série de livros sobre o tema. Desde então, as pesquisas sobre inteligência emocional avançaram muito, e o termo se tornou onipresente em todo o mundo.

Inteligência emocional refere-se à excepcional habilidade humana de utilizar conhecimentos sobre sentimentos e emoções para administrar relações sociais, em um âmbito externo, e intrínsecas, a nível pessoal. Está relacionada, entre outros aspectos, à empatia, conscientização, flexibilidade, construção de relacionamentos, influência, motivação e ao autoconhecimento.

Em geral, uma pessoa é inteligente emocionalmente se consegue traduzir em comportamentos claros aquilo que vê, ouve e sente. Há variados níveis de inteligência emocional, assim como existem diferentes tipos de inteligência (como propôs o psicólogo Howard Gardner).

Embora seja bom e mesmo necessário ter consciência emocional, a menos que isso se traduza em comportamentos, é bastante inútil. Indivíduos emocionalmente inteligentes estão preparados para transformar pensamento consciente em ação.

Apesar de algumas pessoas serem naturalmente melhores em determinados comportamentos emocionais do que outras, algumas pesquisas demonstram claramente que competências comportamentais relacionadas à inteligência emocional podem ser aprendidas por qualquer um.

Os neurologistas usam o termo “plasticidade” para descrever a capacidade do cérebro de mudar. Nosso cérebro aprende e faz novas conexões na medida em que aprendemos novas habilidades, como aquelas relacionadas à inteligência emocional.

Não há dúvidas de que a inteligência emocional é crucial para alguém ser bem-sucedido na vida. Em seu livro Inteligência Emocional: A Teoria Revolucionária Que Redefine o Que é Ser Inteligente, Daniel Goleman prova que a consciência das emoções é fator essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo.

Partindo de exemplos e casos cotidianos, o autor mostra como a incapacidade de lidar com as próprias emoções – e negligenciar as emoções dos outros – pode minar a experiência escolar, acabar com carreiras promissoras e destruir vidas.

Segundo Goleman, a vitória e o fracasso não são determinados por algum tipo de loteria genética: muitos dos circuitos cerebrais humanos são maleáveis e podem ser trabalhados. Portanto, temperamento não é destino.

No livro, Goleman associa o modelo de inteligência emocional com os testes de QI. De acordo com ele, o modelo de testes de QI é ultrapassado, e o futuro está melhor reservado para aqueles que sabem compreender integralmente suas emoções, bem como as dos outros.

“A inteligência emocional prevalece sobre o QI apenas naquelas áreas tenras nas quais o intelecto é relativamente menos relevante para o sucesso. Autocontrole emocional e empatia podem ser habilidades mais valiosas do que aptidões meramente cognitivas.”

Goleman lembra que a pontuação de QI prognostica muito bem se alguém pode arcar com os desafios cognitivos que uma determinada posição social ou profissional nos oferece, mas o QI cai por terra quando a questão é identificar quem, em meio a um grupo de pessoas talentosas e candidatas a uma profissão intelectualmente exigente, será o líder, por exemplo. O autor afirma:

“Os líderes eficazes são emocionalmente inteligentes. Eles podem monitorar seus humores através de autoconsciência, mudá-las para melhor através da autogestão, compreender o seu impacto através da empatia, e agir de forma que aumentam o humor dos outros, através de gestão do relacionamento.”

Em uma reunião escolar da qual Goleman participou, ele descobriu que o homem mais bem-sucedido – tendo sido considerado por todos dessa forma – não foi o aluno mais inteligente ou o mais trabalhador da escola, mas aquele que sabia como fazer os outros se sentir mais relaxados e confortáveis perto dele.

Em casa, pode-se perceber isso, quando os relacionamentos harmoniosos são alimentados principalmente por quem busca fazer os outros membros da família ficarem à vontade e felizes. No local de trabalho, também é possível notar esse fenômeno: nem sempre os melhores trabalhadores recebem aumentos e promoções, mas os profissionais com as melhores habilidades sociais e políticas.

Uma outra área em que a inteligência emocional se aplica é o amor romântico e relacionamentos pessoais. Pessoas inteligentes podem fazer coisas muito idiotas, e fazem, mesmo que estejam cientes da estupidez de seu comportamento em relação à pessoa amada.

Além de estar associada ao sucesso profissional e relacionamentos afetivos, a inteligência emocional é um fator imprescindível à saúde. A falta de controle de sentimentos destrutivos, principalmente, parece ser um forte indicador de doenças mentais e problemas psicológicos. Aqueles que conseguem gerenciar suas vidas emocionais com mais serenidade e autoconsciência, afirma Goleman, parecem ter uma vantagem clara e considerável na saúde.

Pessoas que não conseguem controlar suas emoções ou então não compreendem a variação de seus estados emocionais podem se ver seriamente debilitadas dentro das esferas de convivência humana.

Porque a inteligência emocional é tão importante para relacionamentos interpessoais, bom desempenho escolar e profissional, desenvolver essas habilidades se torna um diferencial valioso.

Em Ética a Nicômaco, Aristóteles escreveu sobre virtude, caráter e justiça, e discutiu, também, a nossa capacidade de equilibrar razão e emoção. Nossas paixões, quando bem exercidas, têm sabedoria e nos impelem à ação, além de orientarem nosso pensamento, valores e sobrevivência. Mas nossas paixões podem nos fazer cair no erro, e sabemos que o fazem com demasiada frequência.

Como sugeriu Aristóteles, o problema não está na emocionalidade, mas na adequação da emoção e sua manifestação.

“Qualquer um pode zangar-se, isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo, e da maneira certa, não é fácil.”

Bem, a inteligência emocional é um conceito maduro, mas ainda em evolução. Como observou o filósofo Thomas Kuhn, “todo modelo teórico relevante deve ser progressivamente revisado e aperfeiçoado na medida em que suas premissas passam por testes mais rigorosos”.

Basicamente, inteligência emocional é algo mais intangível do que possa ser medido quantitativamente, como em QI. Ela afeta a forma como gerimos o comportamento, navegamos em complexidades sociais, e tomamos decisões em busca de resultados.

18 comportamentos das pessoas emocionalmente inteligentes

É muito difícil imaginar uma pessoa que esteja totalmente apta ou disposta a pensar e agir conforme todos esses 18 atributos comportamentais a seguir, mas a inteligência emocional é uma virtude que não se pode subestimar.

Em artigo escrito para as revistas Time e Inc., o autor Travis Bradberry, outro especialista em inteligência emocional e autor de livros sobre o assunto, listou 18 comportamentos essenciais das pessoas emocionalmente inteligentes:

1. Elas têm um vocabulário emocional extenso

Segundo Bradberry, todas as pessoas experimentam emoções, mas poucas conseguem identificá-las com precisão à medida que ocorrem. Pesquisas mostram que apenas 36% das pessoas podem fazer isso, o que é problemático, porque emoções são muitas vezes mal compreendidas, o que leva a ações irracionais e escolhas contraproducentes.

Pessoas com alto nível de inteligência emocional dominam suas emoções, porque elas entendem-nas, e usam um extenso vocabulário de sentimentos para fazê-lo. Embora muitas pessoas possam descrever como sentindo-se “bem” ou “mal”, as pessoas emocionalmente inteligentes podem identificar se elas se sentem irritadas, animadas, frustradas, excitadas, angustiadas, oprimidas, ou ansiosas, por exemplo. Quanto mais específica for a escolha das palavras, melhor a visão que se tem sobre os sentimentos, o que os causaram, e o que se deve fazer em relação a isso.

2. Elas são curiosas sobre as pessoas

Não importa se são introvertidas, extrovertidas ou ambivertidas, as pessoas emocionalmente inteligentes são curiosas sobre todos ao seu redor. Essa curiosidade é produto da empatia, um dos determinantes mais significativos da inteligência emocional. Quanto mais alguém se preocupa com outras pessoas e com o que estão passando, afirma Bradberry, mais curiosidade haverá sobre elas.

3. Elas aceitam a mudança

Bradberry afirma que as pessoas emocionalmente inteligentes são flexíveis e estão em constante adaptação. Elas sabem que o medo da mudança é paralisante, e uma grave ameaça para a felicidade e o sucesso. Essas pessoas enxergam as mudanças à espreita no virar de uma esquina, e formam um plano de ação para lidar com elas.

4. Elas conhecem suas forças e fraquezas

Bradberry diz que as pessoas emocionalmente inteligentes não apenas compreendem as emoções; elas sabem o que é bom ou ruim em sua essência. Elas também sabem estimular pessoas que lhes ajudem a chegar ao sucesso. Ter um alto nível de inteligência emocional significa conhecer pontos fortes e usá-los para um pleno aproveitamento, mantendo os pontos fracos longe de serem exploráveis pelos outros.

5. Elas são boas juízas de caráter

Como indica Bradberry, grande parte da inteligência emocional se resume à consciência social: a capacidade de ler as outras pessoas, saber o que estão prestes a fazer ou o que estão sentindo. Com o tempo, essa habilidade faz das pessoas emocionalmente inteligentes excelentes juízas de caráter, pois poucos lhes serão um mistério a desvendar. Essas pessoas entendem o que está em causa e compreendem as motivações alheias, mesmo as que estão sob a superfície.

6. Elas são difíceis de ofender

Pessoas emocionalmente inteligentes são autoconfiantes e de mente aberta, o que cria uma boa resistência à ofensa. De acordo com Bradberry, mesmo que alguém faça piadas ou zombe delas, essas pessoas são capazes de desenhar mentalmente a linha entre humor e degradação.

7. Elas sabem dizer “não” (para si e para os outros)

Inteligência emocional também significa saber exercer autocontrole. As pessoas emocionalmente inteligentes adiam a gratificação e evitam a ação repulsiva, diz Bradberry. Dizer “não” é um grande desafio para muitas pessoas, mas esta é uma palavra poderosa que não se deve ter o medo de usar. Quando é hora de dizer “não”, essas pessoas não hesitam.

8. Elas desapegam de seus erros

Bradberry observa que pessoas emocionalmente inteligentes distanciam de seus erros, mas fazem isso sem esquecê-los. Ao manter seus erros a uma distância segura, mas ainda acessível o suficiente para se referir a eles, essas pessoas são capazes de se adaptar e ajustar ao futuro. É preciso autoconhecimento refinado para caminhar nessa corda bamba entre conservação e lembrança.

Ruminar erros por muito tempo torna uma pessoa ansiosa e envergonhada, enquanto esquecer os erros completamente faz com que a pessoa os repita. A chave para o equilíbrio reside na capacidade de transformar fracassos em oportunidades de melhoria. Isso cria uma tendência de dar a volta por cima quando se erra.

9. Elas oferecem coisas sem esperar algo em troca

Quando alguém oferece coisas sem esperar algo em troca, ou seja, ignora a regra da reciprocidade, isso passa uma impressão igualmente poderosa ao altruísmo deliberado. Pessoas emocionalmente inteligentes constroem relacionamentos fortes, propõe Bradberry, porque estão sempre pensando no bem-estar dos outros.

10. Elas não guardam rancor

As emoções negativas, como o rancor, podem ser uma resposta ao estresse. Só de pensar em um evento deveras estressante, surgem descargas de hormônios suprarrenais que ativam o mecanismo de luta e fuga, o qual é essencial à sobrevivência quando somos confrontados com uma ameaça real, mas, se a ameaça é persistente e antiga, o estresse, que se torna crônico, causa males devastadores ao corpo e à mente. Na opinião de Bradberry, segurar um rancor é o mesmo que segurar estresse, e as pessoas emocionalmente inteligentes sabem que devem evitar esse sentimento a todo custo.

11. Elas neutralizam pessoas tóxicas

Lidar com pessoas difíceis é frustrante e desgastante para a grande maioria de nós. Mas, de acordo com Bradberry, os indivíduos com alto nível de inteligência emocional controlam suas interações com pessoas tóxicas, mantendo seus sentimentos em cheque. Quando eles precisam enfrentar uma pessoa tóxica, abordam a situação de forma racional.

Indivíduos emocionalmente inteligentes identificam as próprias emoções e não permitem que raiva e frustração alimentem o caos. Eles consideram pontos de vista das pessoas tóxicas, e são capazes de encontrar uma solução e um consenso.

12. Elas não buscam a perfeição

Bradberry ressalta que pessoas emocionalmente inteligentes não têm como alvo a perfeição, pois elas sabem que isso não existe. Seres humanos, por natureza, são falhos e limitados. Quando a perfeição é o objetivo, reina uma sensação de fracasso que faz a pessoa desacreditar de uma causa e reduzir seu esforço.

13. Elas apreciam o que têm

O autor aponta que pessoas emocionalmente inteligentes constantemente praticam a arte da gratidão. Investir tempo para contemplar algo pelo qual se é grato não é apenas o certo a fazer, mas também melhora o humor, gera energia e proporciona bem-estar físico.

14. Elas desconectam

Segundo Bradberry, ter tempo livre fora da agenda é um sinal elevado de inteligência emocional, porque isso ajuda a manter o estresse sob controle e viver o momento. Tecnologia permite comunicação constante, e faz com que as pessoas gerem a expectativa de estar conectadas o máximo de tempo que puderem. É difícil experimentar momentos de pacificidade quando se está sempre alerta para interações online, mas as pessoas emocionalmente inteligentes nadam contra a corrente e se desconectam.

15. Elas limitam seu consumo de cafeína

Não é um segredo que beber quantidades excessivas de cafeína provoca a liberação de adrenalina, uma fonte primária do mecanismo de luta e fuga. O corpo estando em um estado de hiperexcitação, as emoções atrapalham um julgamento racional. Indivíduos emocionalmente inteligentes, diz Bradberry, sabem que a cafeína pode ser um problema se não for adequadamente administrada.

16. Elas dormem o suficiente

Como Bradberry alerta, é difícil exagerar a importância do sono para aumentar a inteligência emocional ou gerir os níveis de estresse. Quando dormimos, o cérebro recarrega, remexe e descarta memórias translúcidas (o que provoca, em partes, sonhos). Indivíduos com alto nível de inteligência emocional, afirma o autor, sabem que seu autocontrole, atenção e memória são todos reduzidos quando não dormem o suficiente. Assim, fazem de dormir uma prioridade.

17. Elas separam pensamentos negativos de fatos concretos

Quanto mais se rumina pensamentos negativos, mais eles se comprazem. A grande maioria dos pensamentos negativos são apenas isso. Quando parece que nada acontece da forma que se espera, ou não estamos preparados para agir objetivamente, pode ser resultado de nossa tendência cerebral de perceber ameaças em coisas nem sempre perigosas (inflando a gravidade de um evento). Bradberry afirma que pessoas emocionalmente inteligentes separam seus pensamentos e sentimentos negativos de fatos concretos, a fim de escaparem do ciclo de negatividade e se moverem em direção a uma nova perspectiva mais positiva.

18. Elas não deixam alguém limitar sua alegria

Com razão, Bradberry lembra que, quando os sentimentos de alegria, prazer e satisfação são derivados de outras pessoas, deixamos de ser mestres da nossa própria felicidade. Pessoas emocionalmente inteligentes, ressalta ele, não permitem que opiniões sarcásticas e considerações maldosas subtraiam a intensidade de seus momentos de felicidade. Embora seja humanamente impossível se desligar de tudo aquilo sobre o que pensam de nós, as pessoas com alto nível de inteligência emocional não precisam ficar se comparando com os outros. Dessa forma, não importa o que os outros estejam pensando, a autoestima é uma força que advém, primeiramente, de dentro, não de fora.

Imagem de capa: Look Studio/shutterstock

Exame identificará todos os tipo de câncer 10 anos antes da manifestação da doença

Exame identificará todos os tipo de câncer 10 anos antes da manifestação da doença

De acordo com jornal britânico Daily Mail e do site Vix, o Centro de Combate ao Câncer Memorial Sloan Kettering, nos Estados Unidos está a cerca de dois anos da finalização de um exame de sangue chamado “Biópsia líquida”. O exame consiste em uma criteriosa análise de DNA que será capaz de identificar tumores até 10 anos antes de suas manifestações.

Resultados animadores indicam cerca de 90% de confiança nos resultados dos testes em  grupos mais comuns da doença e, em tumores de identificação mais complexa, cerca de 55% de eficácia nos resultados, podendo, num futuro próximo, ser incluídos nos exames de rotinas da população.

A Grail, empresa diretamente relacionado ao projeto, tem como objetivo realizar os primeiros testes de mercado já em 2019.

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Imagem de capa: Photographee.eu/shutterstock

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