A carismática Maria Madalena

A carismática Maria Madalena

O filme Maria Madalena, dirigido por Garth Davis, é uma obra para refletir sobre os preconceitos criados no entorno dessa personagem na história bíblica. Não existe argumento teológico para defini-la como a prostituta agoniada, que clamou o perdão de Jesus, pois é fabulosa qualquer citação de que ela tenha sido uma meretriz.

No contexto em que vivia Maria Madalena, as mulheres eram propriedades dos maridos. Elas estavam proibidas de tudo e submetidas a todos os tipos de punições e até a pena de morte. E nos séculos seguintes, grupos cristãos reduziram a participação feminina, seguindo a lógica patriarcal dos romanos.

Também foi criado um boato pelo polêmico Papa Gregório, que fantasiava Maria Madalena, como uma mulher possuída pelos demônios, e por ela ser uma concubina que abandonou “os bons costumes” para seguir um profeta, que vivia cercado por homens.

Hoje para mistificar ainda mais a biografia dessa jovem mulher, o escritor Dan Brown usou os textos apócrifos, que não têm validade historiográfica, para retratar Maria Madalena como errática, trazendo insinuações capciosas da relação de Madalena com o Nazareno.

Entretanto, Jesus – revolucionou o tratamento oferecido às mulheres, – uma vez que tinha entre os seus seguidores várias mulheres, e as mais conhecidas eram Maria de Nazaré e Maria Madalena. Por esse motivo, Madalena foi perseguida e vista pelos judeus como traidora e messalina.

O seu sobrenome dá uma dica de onde ela veio. Madalena significa de “Magdala”, uma vila de pescadores que ficava a 10 quilômetros de Cafarnaum, cidade que Jesus fixou residência, situada na margem norte do mar da Galileia, próxima de Betsaida e Corozaim.

Em busca de um novo modo de viver, que contestava as pressões da sociedade, da família e da misoginia de alguns apóstolos, Maria Madalena junta-se a Jesus em sua peregrinação. O carisma de Madalena, era inato, conseguia encantar através da sua forma de ser e agir.

Ela tinha uma amizade com Jesus, constíuida de cuidado. Naquele tempo e hoje reina a visão machista de que é inadimissível – a amizade entres homens e mulheres, – mas existe sim, e está baseada no sentimento de lealdade e respeito.

É por isso, que Maria Madalena acompanhou o seu amigo no calvário, onde ouviu os seus últimos suplícios. Ela levou bálsamo para preparar o corpo de Cristo. Em outro momento Madalena estava na parte de fora do túmulo, em prantos e debruçou-se para o interior do sepulcro e viu dois anjos vestidos de branco sentados no local que tinha estado o corpo de Jesus, um à dianteira e outro aos pés.

E os anjos lhe perguntaram mulher porque choras? Ela falou porque levaram o meu mestre e não sei onde o puseram. Então, ela voltou-se para trás e viu Jesus de pé, mas não o reconheceu. E Jesus disse-lhe: Mulher, porque choras? Quem procuras?

Portanto, Maria Madalena era confidente e discípula de Jesus, e foi a primeira feminista que se tem notícia na história, que testemunhou a crucificação e a ressurreição de Cristo. Assim, tornou-se uma mártir e sofreu perseguição por se recusar a renunciar a sua fé.

Em 2016, o nosso Papa Francisco confirmou a história dessa mulher, reconhecendo Maria Madalena como apóstola de Jesus. Atualmente ela é considerada santa pelas diversas comunidades cristãs e a festa em sua homenagem é celebrada no dia 22 de julho.

Imagem de capa: reprodução.

Amor genuíno

Amor genuíno

Ele era mais novo, mas ela tinha menos cabelos brancos. Ele tinha tido mais relacionamentos, mas ela tinha apanhado mais. Ele deixava quase tudo pra última hora, ela nem dormia preocupada com seus compromissos. Ele esperava, ela fazia acontecer. Ele não tinha o sonho de casar, ela já tinha realizado e já sabia que nem sempre era mesmo um sonho.

Certo dia, o pai dele disse: “Minha nora, espero que você não o faça sofrer”. Surpresa, ela respondeu: “Se eu puder ajudá-lo a não pisar em todas as armadilhas que já pisei, farei isso com amor”.

Quando dormiam a noite, o pé dele encaixava perfeitamente no tornozelo dela. Quando raramente discutiam, um deles sempre tinha um ponto de vista para ensinar ao outro. Se respeitavam apesar das diferenças; aliás o respeito era o que tornava a relação tão bonita.

Ela era apaixonada e fazia surpresas, ele era fechado e suas atitudes demonstravam que o sentimento era recíproco e verdadeiro. Se encontravam obstáculos, a energia dele se somava à sabedoria dela e os problemas se tornavam pequenos. Se tinham ciúmes, faziam piada, conversavam a respeito e seguiam em frente. Eram gratos um pelo outro e pela leveza com a qual encaravam a vida.

Tinham defeitos, mas quem não os tem? Haviam entendido que amor genuíno é aquele sentimento por alguém cujas qualidades você admira e cujos defeitos você pode conviver. Já tinham visto algumas coisas por ai, e sabiam da sorte que tinham por terem encontrado um ao outro.

Certo dia, decidiram se mudar de país. Apesar da diferença de idade, eram jovens o suficiente para errar. E erraram. Sofreram juntos, entenderam juntos que a grama do vizinho era sempre mais verde, mas às vezes era porque era artificial. Eles poderiam ter se dado as costas e procurado atalhos como todo mundo faz para lidar com as barras pesadas da vida, mas quando olharam no fundo dos olhos um do outro entenderam que o amor venceria até o mais escuro dos dias.

Juntos, mesmo tão opostos, apertaram-se as mãos e deram a volta por cima. Aos poucos, sorriram de novo e a vida lhes sorriu de volta com o maior presente que o universo poderia lhes dar: a serenidade de um amor tranquilo. Depois da tempestade, vem a calmaria. Depois do plantio, vem a colheita.

Ficaram meses confinados, planejando como poderiam ter uma vida melhor, até que era resolveu arregaçar as mangas e ir em busca de respostas. Resolveram juntos: ela procura uma saída enquanto ele os sustenta com uma vida confortável. Parceria – outra chave dos relacionamentos bem sucedidos. No fim do túnel, uma luz se acendeu. Era tão brilhante que era difícil de enxergar e de acreditar.

Eles não tinham escolhido errar. Tinham escolhido aprender juntos antes de que a vida os presenteasse com seu novo desafio. Depois de superarem todas as dificuldades, estavam prontos para receber com gratidão sua nova cidade. Seu país os chamava de volta, para que o sol os aquecesse o coração e, juntos, continuassem sua evolução. Haviam entendido o sentimento que havia no peito um pelo outro – o tal do amor verdadeiro – que os trouxe carinho e reflexão para enfrentar os dias bons e ruins que a vida os concederia.

E que seja eterno enquanto durar.

Imagem de capa: Mikhail_Kayl/shutterstock

Automatismos e meios virtuais – estamos sendo vítimas deles?

Automatismos e meios virtuais – estamos sendo vítimas deles?

Há poucos anos estava numa aula de inglês e houve um momento hilário. O tema era rotina diária e cada um deveria mostrar em slides como costumava ser seu dia a dia. Um colega de classe, conhecido por seu bom humor, colocou na primeira projeção uma foto dele ainda na cama, com a cara abarrotada pela noite de sono e olhando o celular. Segundo ele, aquela era a sua primeira ação do dia: conferir as redes sociais. Aquele humor atingiu a classe pelo exagero. Além da carinha engraçada e digna de um clown, a situação pareceu de um extremo tal e por isso mesmo foi risível.

Passados poucos anos, vejo-me em alguns dias agindo assim, quem diria. Percebem como às vezes entramos no piloto automático? Apesar de observar exageros e considerar que há comportamentos compulsivos nos outros, você pode se perceber com as mesmas atitudes, se não tomar cuidado. Apesar de não julgar saudável acessos muito constantes às redes, entro no moinho também. A roda mói todo mundo. Mas será que é mesmo assim? Somos tão manipuláveis?

Vivi infância e adolescência fora dessa vida digital, então sei que uma vida analógica é possível. A expansão da internet e das redes sociais é uma realidade da minha vida adulta. Lembro-me que antes o tempo parecia caminhar, correr mais devagar, no máximo trotar. Vivi muito bem sem tais recursos até que eles chegaram e agregaram. Modernizaram e aceleraram processos de comunicação. Academicamente foi uma revolução, pois deixou-se de passar horas em pesquisas mais robustas – como em bibliotecas, por exemplo, para pesquisar rapidamente em meios virtuais.

Atualmente é possível encontrar jovens da geração Z (pessoas que nasceram na década de 90 e hoje têm vinte e poucos anos, portanto nascidos na era da tecnologia digital) que nunca tenham visitado uma biblioteca sequer, além da que fica na escola ou na faculdade deles, e que só conheceram por protocolo disciplinar. Uma pena. Sinto desconforto com isso. Uma forma de acessar o conhecimento não deveria suplantar outra, especialmente quando trata-se de um local que milenarmente serve à difusão do conhecimento humano em suas diversas áreas, como é a biblioteca.

É contra a saúde mental humana e chega a ser uma invasão a enxurrada de informações que recebemos desde a hora em que acordamos. Contudo a realidade é essa e não podemos fazer nada a respeito. Não podemos voltar o tempo. Podemos fazer conosco. Precisamos diminuir o ritmo dessas leituras “informativas” e resistir a essas imposições culturais que levam ao excesso.

Dentro dessa recente realidade há os mais jovens que trabalham exclusivamente com redes sociais, bem como profissionais mais velhos que precisaram se adequar aos novos protocolos profissionais – como jornalistas, por exemplo. Alcançar o equilíbrio entre o necessário, a diversão e não adoecer é que são elas.

Várias pesquisas recentes já demonstraram a ligação direta do descontrolável acesso diário à internet e às redes sociais com a ansiedade, o alto grau de insatisfação pessoal e a tristeza crônica, ou seja, a depressão. Alguns apanhados demonstraram que a média diária de acessos chega a mais de cem vezes. Assombroso. A atitude automática pode levar a compulsão, e certamente interromper as atividades do dia por mais de cem vezes não está dentro do razoável.

Quem costuma ler de psicólogos e psiquiatras a grandes gurus da autoajuda já cansou de ouvir o mesmo conselho: diminuir os acessos à internet e às redes sociais durante o dia. Alguns pedem para cortar totalmente nas últimas horas que antecedem o sono, pela influência também comprovada em casos de insônia.

Comparo a internet e as redes sociais às vacinas, que biologicamente atuam para a saúde do corpo, ou seja, positivamente. Elas contêm uma dose comedida da doença que pretendem combater, de maneira que a partir da injeção o organismo humano deverá sozinho trabalhar criando defesas contra aquele ínfimo mal introjetado, até que ficará imunizado contra ele. Se a doença estiver em grande quantidade no organismo não é vacina, é doença. É a dosagem que define.

Há outras peculiaridades no ambiente virtual que levam-nos a pensar se ele é de fato um simulacro confiável de nossa realidade. Nas redes sociais, vivemos a realidade da amizade virtual. Nesses casos, em certas situações é como se amigos virtuais deslizassem entre os dedos das mãos. Nós vemos, mas não os vemos. Escutamos, mas não os escutamos. Felicitamos publicamente pelo aniversário, mas sem a ajuda do calendário virtual sequer saberíamos do natalício da pessoa. Estamos na timeline deles, mas não estamos juntos. Agimos tal qual manada nas redes sociais. Às vezes pensamos, às vezes não. Curtimos, compartilhamos, desabafamos, cutucamos, brigamos enfim. Até tentamos conversar, mas na real não conversamos, pois o ambiente é feito para poucos diálogos e afetos. Até pessoas amistosas tornam-se hostis ao ler pontos de vista divergentes dos seus.

Durante a Feira Literária de Natal/RN, ocorrida em dezembro de 2016, a escritora e artista plástica Marina Colassanti disse que optou por não ter redes sociais porque não gosta de comunicações dispersas e superficiais. A identificação foi automática. Longe de comparar-me intelectualmente a ela, mas fazer a comparação com os sentimentos foi inevitável. Apesar de ter redes sociais e até ser participativa delas, sinto a fugacidade da coisa.

Amizades desde sempre ficam abaladas ou até acabam se decidimos desrespeitar e ofender o outro. Há algo de frágil nessa fraternidade virtual. Talvez tivéssemos mais cuidados com o outro em outro espaço, talvez não. Parece que quando o contato inicia na internet, fica uma espécie de laço mal amarrado, e talvez por isso não se sinta a necessidade de fazer os mesmos sacrifícios usuais do convívio pessoal para o bom relacionamento. Sei que também existem as exceções, mas elas não são numéricas. As amizades costumam “evoluir” para contatos físicos e mais íntimos.

Sim, cultivar amizades e outras relações não é algo fácil, mas fazer isso sem constância, tempo e presença real é mais ainda. Acho até necessário ver importância nesse laço invisível, pois do contrário significaria pensar que só os próximos fisicamente poderiam ter proximidade. É bom, contudo, que os laços não se restrinjam a isso.

Você já percebeu que há alguns valores ou modelos de comunicação virtuais que, “sem querer” e sem nos dar conta por estarmos no piloto automático, vão invadindo nossa vida real? Se não, tente estar mais sensível a isso para NÃO SER MANIPULADO. É sempre bom perguntar: Estamos mais exasperados e impacientes com as outras pessoas depois da internet? Nossa relação com o meio virtual é saudável? Estamos incutindo “verdades” na cabeça que não passam de modismos ou retórica oca de pessoas mal-intencionadas? As redes sociais interferem negativamente no nosso ritmo ou naquilo em que pautamos nossa vida, nossos relacionamentos? Estamos mais superficiais devido a tantas aparentes facilidades? É sempre bom refletir para evoluir.

No mais, é aproveitar com sabedoria, equilíbrio e menos automatismos as redes sociais, pois a internet é uma forma quase miraculosa de comunicação e de divulgação do conhecimento. E se achar que essa balança do equilíbrio é pesada demais, está certo. Ela é mesmo. Que você então observe seu corpo e cuide bem dele. Que compreenda que a mente é o centro de tudo, que deve ser mais respeitada e não assaltada a todo momento. Que pensamentos devem ser tão preservados quanto a aparência física. Que busque ajuda profissional se o desequilíbrio já está lá. Que o autoconhecimento seja uma busca constante, e que possa contribuir para a harmonia de uma mente turbulenta, ajudando a reconhecer estados de ansiedade ou de depressão. Que você recupere o prazer de escutar as músicas das quais sempre gostou, e de conhecer outras novas. Que descubra como dançar é sonhar acordado, especialmente se com quem você ama.

E se achar que não dá pra ser feliz sem participar com voracidade do mundo midiático, do frenetismo da internet e dos modismos de consumo, que você entenda melhor as várias armadilhas que isso pode nos trazer. Que não perca a esperança por causa da política. Que não acredite no jornalismo que só divulga tragédias e más notícias, pois esse é um falso simulacro da realidade – o mundo está cheio de gente boa e de acontecimentos extraordinários por toda parte do planeta, mas isso não é propositalmente mostrado. Que viaje em bons livros e bons filmes. Que não compre o que a publicidade diz que é bacana ou necessário, pois a felicidade está mais ligada ao ser e ao sentir do que ao ter. Que saiba que sua aparência e seu temperamento não precisam ser semelhantes aos dos protagonistas das novelas ou dos participantes dos reality shows – e viva a autenticidade! Que encante-se com as coisas simples que a vida nos oferece. Que tente enxergar o próximo de fato e perceba o quanto ele é tão limitado e complexo quanto você. Que cultive a espiritualidade, com ou sem religião – e que consiga viver com tranquilidade e ética, se for a sua vontade não ter nenhuma fé transcendente. Que não troque qualquer bate-papo virtual por um chamego com quem está ao seu lado constantemente. Que encare a vida com a maior autocompaixão e afeto possíveis… Assim, naturalmente o tempo será melhor equilibrado ou menos comandado pelos outros, com suas vozes invisíveis e enganosamente redentoras. Be free!

Imagem de capa: TierneyMJ/shutterstock

Não desista, muitas vezes é a última chave que abre a porta

Não desista, muitas vezes é a última chave que abre a porta

A gente vive caindo na tola armadilha de acreditar que os sucessos que colhemos na vida, ou foram obra do caso – um golpe de sorte –, ou foi porque estávamos destinados a eles. Bobagem.

O sucesso no que quer que seja é uma combinação interessantíssima de fatores que, à primeira vista, não se coadunam ou não fazem muito sentido juntos.

É fato que a nossa predisposição ao acerto, cria em nosso cérebro mecanismos de pró atuação na direção daquilo que pretendemos alcançar. Seja o nosso objetivo perder peso, passar num concurso, fazer uma viagem ou simplesmente levar uma vida mais tranquila, o foco no resultado positivo serve como alimento nutritivo às ações que tomaremos dali por diante, desde que tenha sido estabelecido claramente onde queremos chegar. Projetar adiante a conquista, traça à nossa frente estradas e percursos mais eficientes, faz nascer em nosso modo de funcionar, estratégias mais lúcidas. O sucesso fica garantido, então??? Óbvio que não! Mas o fracasso fica como deve ser: ENFRAQUECIDO! E, se por acaso ele vier, virá como quebra de expectativa, não como destruição do sonho.

Muito bem! Então, vamos supor que o primeiro passo foi dado com a mente clara e focada no objetivo. Agora vem a parte da execução. E essa parte, meu amigo, não é para os fracos, não! Exige DETERMINAÇÃO (não teimosia, porque teimosia é uma determinação sem GPS!), e exige RESISTÊNCIA, física e emocional; e… agora vem a parte mais difícil: DISCIPLINA. O percurso para se realizar um desejo que virou meta precisa ser convertido num programa de ações concretas que deem sustentação ao projeto; é uma espécie de esqueleto revestido de músculos bem trabalhados, portanto precisa ser forte, flexível e articulado. Se a sua meta é guardar dinheiro para uma viagem, por exemplo, você precisa ser firme e aprender a dizer não às suas birras consumistas; precisa eliminar os ralos por onde vem escorrendo seu rico dinheirinho e estabelecer um teto mínimo de economia. Parece fácil, mas não é! Sobretudo para quem já se habituou ao stress repetitivo de estourar o cartão de crédito antes para enlouquecer depois. Trata-se de subverter a ordem, planejar o estouro do balão e controlar a agulha… DETERMINAÇÃO, RESISTÊNCIA e DISCIPLINA, o “trio parada dura” que vai te levar à Santorini, à Chapada Diamantina ou ao Caminho de Santiago. Escolha, meu amor… O destino é seu.

E se você acha que está com a briga ganha, porque tem a bola e o campinho, mais a faca e o queijinho… Sinto muito, ainda falta a parte mais importante: FALTA ACREDITAR QUE MERECE! Sim, isso é determinante para se lacrar qualquer tipo de sucesso. E antes que você pense que isso é uma enorme besteira, tente se lembrar das inúmeras vezes em que seus mais queridos desejos foram parar na lata do lixo ou na terra do nunca. É claro que pode ter sido por falta de planejamento, de foco, de determinação, de resistência ou de disciplina. Mas a verdade, a dolorosa verdade é que em 99% dos casos em que tínhamos tudo para dar certo e demos errado, foi por absoluta e feroz auto sabotagem.

Auto sabotar-se é quase uma religião ortodoxa; ficamos fanáticos por criar pequenos entraves internos; verdades petrificadas de menos valia, de não merecimento, de conformismo com a ideia de que “não era pra ser”. Esse veneninho sorrateiro vai se ramificando por nossas crenças, vira uma espécie de pano de fundo para todas as cenas da nossa vida. É esse o nosso maior inimigo, o nosso monstrinho egoísta de estimação que quer tudo para ele e nos faz acreditar que não podemos querer nada para nós.

Esse monstrinho faz a gente chegar à porta do sonho mais sonhado da vida, com o molho de chaves completinho nas mãos, o percurso vencido, as metas cumpridas com disciplina espartana. Só que na “hora H”, quando só falta encaixar a chave no buraquinho e girar, a gente sucumbe ao espírito maligno da auto sabotagem e desiste, mesmo antes de ter esgotado todas as possibilidades. A chave certa está ali, isso é claro como a mais límpida água da mais pura fonte do universo; basta não ceder às ordens dessa minúscula, porém poderosa, voz interna. É nessa hora que você esquece a “boa educação obediente” e grita um belíssimo CALA A BOCA! Pega a última chave do molho, encaixa no segredo, gira, abre a porta do seu sonho e entra nela para ser feliz, enfim! Ahhhhh… e não se esqueça de bater a porta na cara do monstrinho medonho! Da próxima vez é ele que vai ter medo de você, e não o contrário!

Imagem de capa: cena do filme “As Crônicas de Nárnia”.

As dores da alma, uma fusão emotiva

As dores da alma, uma fusão emotiva

As dores da alma quando transitam pela alma causam um enorme estardalhaço nos afetos. Estes, carentes de ternura, de tino, de zelo; aquelas, se não curadas, estarão subjugadas à irreverência do desamor.

As dores da alma são as mais doloridas: há uma que machuca, porque machucada, inconsciente maltrata a outra, sentida, inibida por aquela, solitária, despercebida; há outra que, escolhida pelos dias úteis da semana para ser esquecida, se alegra com as carícias de amor. Mas, em contrapartida, é jogada num canto nos finais de semana, feriados e dias santos.

As dores da alma deveriam ser massageadas pelo afeto emocionado, pela ternura comovida e pelo abraço apertado, prolongado, amassagado. Com a (a)doação de palavras, com a sinceridade do amor e com o estímulo à esperança, as dores da alma poderiam ser menos doídas, mais brandas e menos prolongadas.

As dores da alma deveriam ser curadas com um remédio feito de algodão doce, melado, açucarado, preferido. E ainda vir acompanhado por um sorriso de criança, de um brinquedo e de um beijo, sem provocação ao choro, à aflição ou à lamentação.

As dores da alma deveriam se despir do sofrimento e vestir a alma com uma roupa nova, cor-de-rosa ou tão colorida quanto as cores de um arco-íris, para quando novamente diagnosticadas, manifestarem vitalidade, contentamento e harmonia, assim como a inocência dos doutores da alegria, porque solidários ao sofrimento, prescreveriam a elas uma maior dosagem de amor para a cura.

“Se o coração sorrisse, iria acelerar a alegria com a alegria de estar feliz.”

Eu queria que não existissem as dores da alma, porque o coração chora, acelerado de dor quando machucado com a dor que também chora, amargurada. Se o coração sorrisse, iria acelerar a alegria com a alegria de estar feliz.

A ausência de alegria é a dor que mais faz doer a alma da gente, porque a tristeza e a alegria se confrontam sem dó nem piedade. Deveriam estar vinculadas à emoção e à euforia, mas, não; se condenadas pela falta de empatia sofrem à revelia de si mesmas. Contudo, se humanizadas, se sentem espontaneamente atraídas por si. E aí, a fusão emotiva entre o bem-estar e a alegria poderia curar de vez as dores que a alma sente.

Das tantas dores que a alma sente, não há uma que ela goste de ter, porque mesmo sofrida há muito e sozinha na vida, tem um jeitinho particular de ser – ela só quer ser e ter um (e)terno bem-querer!

As dores da alma, porque de tanto transitarem entre a tristeza e a alegria, clamam pela cura desta analogia!

Imagem de capa: Viktor Gladkov/shutterstock

Como lidar com pessoas insuportáveis?

Como lidar com pessoas insuportáveis?

Vou falar nesse texto sobre um tema difícil e bastante delicado, que requer sensibilidade e sensatez para ser exposto na forma escrita.

Ele tem um foco na Psicologia Comportamental e Transpessoal. Vou falar à respeito das pessoas que são consideradas insuportáveis.

Gosto muito de conhecer as raízes das palavras e recentemente aprendi o significado mais profundo desta. Ela significa:

INSUPORTÁVEL = AQUELE QUE NÃO TEM UM SUPORTE

Analisando com profundidade a etimologia desta palavra, vi o quanto ela é rica de significado. Uma pessoa é considerada insuportável quando ela não tem um suporte dentro dela mesma e busca esse suporte do lado de fora, de “n” formas diferentes, sempre machucando alguém durante o processo.

Antes de qualquer coisa, quero lhe levar a refletir sobre isso. O que caracteriza uma pessoa insuportável? Essa é uma pergunta bastante sutil e delicada porque varia muito de pessoa para pessoa. Isso vai depender acima de tudo da PERSONALIDADE de cada um.

Vou falar aqui de acordo com a minha experiência ligada à espiritualidade e à transcendência OK? Na perspectiva de outras pessoas isso pode ser bem diferente!

As pessoas insuportáveis, na minha visão, são aquelas que não desenvolveram uma AUTOESTIMA profunda. E por causa disso não têm esse suporte dentro de si mesmas. Elas buscam de alguma maneira preencher seus vazios interiores com pensamentos, sentimentos e comportamentos que exacerbam o EGO.

Os comportamentos egóicos mais típicos são os de vítima, de incompetente, de injustiçado, ou do lado oposto, de insubstituível, de “PhD”, mestre, guru etc.

Nesses dois extremos moram as pessoas insuportáveis. Vou explicar com bastante calma para que você me entenda, OK?

Os que se fazem de vítimas, de incompetentes ou injustiçados têm dentro de si uma série de crenças limitantes, muitas vezes até traumas adquiridos na infância, e por isso crescem cheias de medos, de carências afetivas, de sentimentos de culpa, de inadequação e por aí vai.

Elas têm os chamados COMPLEXOS DE INFERIORIDADE, que só podem ser superados através do autoconhecimento.

No extremo oposto, os que se acham os “iluminados”, os mestres, os gurus, os “Messias”, os “sabe-tudo”, pensam que todos que se aproximam deles estão buscando ajuda, estão querendo aprender algo com eles, estão buscando aprender com sua sabedoria!

Essas pessoas também são insuportáveis, porque sem nem se perceberem direito, foram perdendo o que há de mais precioso em nós, nossa HUMANIDADE. Eu sempre digo por aqui que quanto mais espiritualizado eu me torno, mais humano eu devo ser, mais amorosidade deve surgir de dentro do meu coração, e não a arrogância, a prepotência, o sentimento de superioridade.

Essas pessoas têm os chamados COMPLEXOS DE SUPERIORIDADE. Que logicamente também precisam se autoconhecer muito mais ainda para deixar de serem tão arrogantes e prepotentes.

É bem interessante notar que as pessoas que se fazem de vítima quase sempre atraem para si as que são muito arrogantes e prepotentes, e as que são assim normalmente atraem as que se fazem de vítima. É algo mútuo! Não é interessante? Você já notou isso?

Estudando os escritos do grande Carl Jung, comecei a compreender que esse processo, psicologicamente falando, é chamado de COMPENSAÇÃO. E essa compensação na realidade é positiva, porque leva cada um a aprender com o seu oposto, para que alcance o EQUILÍBRIO.

Esse é o ponto mais complicado, atingir o equilíbrio. O ideal é você ser alguém com amor próprio e autoconfiança, mas que não seja arrogante, que tenha amorosidade, que saiba acolher as pessoas, que saiba compreender as diferenças etc.

Mais uma vez repito. Só através do autoconhecimento profundo isso pode ser possível! Mas estou aqui para lhe dizer que isso é possível. Eu estou aprendendo gradativamente a ter esse equilíbrio e estou ensinando um pouco desses conceitos transformadores nesse texto.

Até agora ainda não falei de forma mais direta o que fazer para lidar bem com pessoas insuportáveis, não é?

Bem! O que tenho a dizer e aprendi que é o maior e talvez o único caminho é o seguinte: Desenvolva a AMOROSIDADE.

Mas não uma amorosidade qualquer, estou falando da amorosidade ensinada pelos grandes mestres da humanidade, como Jesus Cristo, Buda, Lao Tsé, Confúcio, Yogananda, Osho etc.

Ame o próximo como a si mesmo. Essa era a máxima de Jesus Cristo.

Ao desenvolver isso, garanto a você, maravilhas começarão a acontecer com você e com todos ao seu redor.

Se você desenvolver essa amorosidade, quando estiver diante de uma pessoa insuportável você agirá com TRANSPARÊNCIA, vai dizer a ela quem você é, o que pensa, o que não gosta nela que a faz ser desagradável, e de consciência tranquila deixa a pessoa LIVRE.

Esse é o caminho da SABEDORIA. Deixar todos livres.

Lembro nessa hora uma das mais sábias frases do grande Raul Seixas: “O amor só dura em liberdade”.

Se você demonstra essa amorosidade, as pessoas que vão se aproximar de você só permanecerão ao seu lado se elas lhe respeitam como ser humano.

É bem comum existirem pessoas que por vaidade e egoísmo tentam suportar pessoas insuportáveis e acabam ficando doentes por causa disso. Talvez seja até o seu caso, quem sabe!

Essas são as pessoas que sentem PENA e DÓ, dois sentimentos puramente egóicos. Nós não devemos ter dó e pena de ninguém, ficou chocado com essa informação? Vou explicar.

Psicologicamente falando, sempre que você sente pena ou dó de alguém, nessa hora você se coloca como alguém superior, alguém que atingiu um patamar maior de consciência, de maturidade. Mas na realidade é justamente o contrário.

Se você fica com pena e dó de alguém, isso só leva a alimentar nessa pessoa o sentimento de vítima, de impotente, de incapaz, entende? Você quer mesmo fazer isso?

Estou querendo dizer bem claramente isso. Se você considera alguém insuportável porque se faz de vítima, de coitadinha, de incapaz, e mesmo assim, você permanece alimentando isso, sentindo raiva, se achando um injustiçado, uma injustiçada. Sinto lhe dizer, mas quem está errado é você que sente pena e dó, e não a outra pessoa!

Você está agindo com arrogância ao manter essa postura.

O que fazer então? Seja honesto e verdadeiro para dizer que não gosta do comportamento da outra pessoa e siga seu caminho em paz e consciência. Em alguns casos, talvez seja melhor até se afastar da pessoa definitivamente. Mas para isso é preciso ter muita coragem e arriscar dar esse passo difícil…

Garanto a você que agindo assim, a outra pessoa começará a refletir e pensar melhor sobre a sua própria vida!

Vou falar agora uma informação preciosa. Guarde com carinho OK?

NINGUÉM MUDA NINGUÉM

NINGUÉM MUDA NINGUÉM

NINGUÉM MUDA NINGUÉM

Mas a chave da mudança é essa:

NINGUÉM MUDA NINGUÉM, porém, a sua mudança pode mudar todos ao seu redor.

Estou com essas palavras ensinando até mesmo a ÉTICA para você que me lê.

Não adianta tentar mudar ninguém. Em vez de tentar mudar tudo ao redor, achar que os outros precisam de mudanças, olhe para você mesmo e MUDE A VOCÊ.

E essa mudança vem com o desenvolvimento da amorosidade, primeiro o AMOR PRÓPRIO, depois o amor pelos outros.

Mais uma vez volto à máxima de Jesus.

AME AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO

Você percebe como é um longo caminho aprender a amar como Jesus amou? Ele era um iluminado meus amigos! Nós temos muito que caminhar ainda para um dia aprendermos a amar com tanta profundidade quanto ele.

O outro caso é bem interessante também. Ele é vivenciado costumeiramente com funcionários em relação aos seus chefes e patrões. Muitos destes são arrogantes e se acham “deuses”.

Como lidar com essas pessoas insuportáveis? É preciso analisar com cuidado! Se você realmente acredita que faz um bom trabalho e está sendo cobrado indevidamente ou que seu patrão lhe trata com desrespeito. É bom repensar se sua AUTOESTIMA está tão sólida mesmo. Será que está?

Nessa hora tenho minhas dúvidas, porque é bem comum eu ouvir de algumas pessoas frases como essas: “Eu preciso desse emprego” ou “Se sair deste emprego agora, pode ser que demore muito para conseguir outro e como vou pagar minhas contas?…”.

Essas frases demonstram claramente o MEDO de não ter um emprego e a BAIXA VALORIZAÇÃO.

Percebe? Quando um patrão lhe trata com ignorância, com desprezo, com hostilidade… ele não está fazendo isso por maldade, está fazendo isso porque você PERMITE. Se você tivesse autoestima o suficiente, não permitiria isso em hipótese alguma, você iria se posicionar, mesmo que perdesse o emprego por “desacato à autoridade”!

E aí? Você tem essa coragem?

Nesses casos, é assim que se lida com essas pessoas insuportáveis! Mas repito. Você precisa se conhecer bem para ter essa firmeza e essa convicção de que é capaz, de que é merecedor de algo muito melhor.

Da mesma forma acontece com os que se fazem de mestres, de gurus, de “Messias”. Eles só têm seus muitos seguidores porque estes se sentem fracos e fragilizados, além de serem altamente influenciáveis. Uma pessoa que de fato tenha uma grande autoestima e amor próprio, de maneira nenhuma se submete a discursos destas pessoas que tentam doutrinar as outras.

Esse é o ponto. AMOR PRÓPRIO e AUTOESTIMA. Percebe como tudo está ligado ao amor? É tudo o que estou lhe levando a refletir desde o início…

Enfim!

Para aprender a lidar melhor com as pessoas insuportáveis, esse talvez seja o único caminho.

Se torne um ser mais AMOROSO

Paz e luz.

Imagem de capa: Nicoleta Ionescu/shutterstock

Feitiço doce

Feitiço doce

Mudar hábitos que por muito tempo repetimos, incansável e automaticamente, não é nada fácil.

Reeducar a alimentação ou exercitar-se diariamente é, para muitas pessoas, uma luta, mesmo conscientes de que sejam hábitos que propiciem uma vida mais saudável.

Dias atrás, em pleno exercício de reeducação alimentar, recebo um presente embrulhado com esmero.
Ao abri-lo, uma deliciosa surpresa… Um pote de arroz-doce quentinho!

Devoro-o com os olhos, embriago-me com o olfato, lambuzo a ponta do dedo… Meu Deus, que tentação!

Perguntei-me se eu seria capaz de resistir… Como negar, como rejeitar um amor de criança?

Sim, pois tenho uma história deliciosa com o arroz doce! Quando pequena, brinquei muito de “casinha” com minhas primas; adorávamos fazer comidinhas e oferecer às bonecas.

Tínhamos uma panela que era acoplada a outra menor, mais rasa, a qual servia para colocar álcool. Ali, fazíamos comida de verdade…

O arroz ia sendo cozido com leite e açúcar no fogo atea- do ao álcool. Quando pronto, colocávamos nos potes, polvi- lhávamos com canela e comíamos até não aguentar mais. Nes- ses momentos, esquecíamo-nos das bonecas e as perdíamos de vista.

Com essa doce lembrança, minha memória saliva de alegria… Indescritível a sensação de prazer e felicidade que sentíamos, naquele momento: prazer pelo sabor que degustávamos; felicidade, porque a comida não era de “mentirinha”!

O arroz-doce era o objeto transicional entre o real e o imaginário.

Hoje, pergunto-me como nossas mães consentiam tal brincadeira, afinal o fogo sempre foi algo muito temido e proibido; chegar perto do fogão ou brincar com fogos de artifício nas festas juninas era algo impensável!
O arroz-doce é, assim, mais do que uma gostosa sobremesa, talvez um feitiço doce!

Quando o fazíamos, não tínhamos bem certeza se éramos crianças brincando de casinha, pessoas grandes cozinhando ou feiticeiras preparando poções mágicas…

Impregnada de tantas sensações e lembranças é que fui desembrulhando.. Não resisti! Parei tudo o que estava fazendo, esqueci meus projetos de vida saudável e fui degustar, deva- gar, o pote inteiro de arroz-doce…

Imagem de capa: PKpix/shutterstock

O casamento mais lindo que já vi!

O casamento mais lindo que já vi!

Com passos trêmulos, mas determinados, e com lágrimas nos olhos da mãe, do noivo e do pai, eles adentravam de mãos dadas pelo salão que aconteceria a cerimônia de casamento mais linda que já vi!

Enquanto se colocavam aos pés do altar, ao som do violino uma melodia clássica era cantarolada por uma voz resplandecente, enquanto o primeiro casal de padrinhos se posicionava à porta do salão para entrar. Era o mais esperado para ser contemplado, porque ela, a madrinha, estava acompanhada pelo irmão mais novo do noivo, que a segurava firme e carinhosamente pelo braço, para que ela conseguisse chegar até lá.

Elegante, esguia para os seus 82 anos, ao lado de seu par, ela caminhava lentamente porque carregava na coluna doente um acidente da vida, em contraponto aos olhos dos convidados que os admiravam com fugacidade, tamanha eram a doçura e leveza daquele casal, além da persistência dela.

No tapete de espelho por onde passavam, a imagem dos dois se refletia nos olhos do noivo, que sem conseguir conter as lágrimas, se enternecia com aquele momento único, ímpar, singular; tanto pela imagem a que assistia quanto pela emoção que retratava aquele momento, que efêmero, sereno, ávido de alegria e suavidade parecia não terminar.

Ela, a matriarca da família; o noivo, o neto primogênito, filho do filho primogênito dela: o encontro de gerações que marcará para sempre aquele curto espaço de tempo, com certeza eterno nas lembranças dos três. E enquanto aquela emoção acontecia, outros padrinhos compunham o ambiente do cenário…

Foi quando a melodia anunciou a entrada da noiva e uma emoção maior tomou conta do noivo: a sua amada surgia de braços dados com o pai, formosa em sua beleza peculiar e exuberante em seu vestido alvo, límpido como as nuvens em um dia claro de sol.

Ela trazia consigo um sorriso no rosto e também no olhar e, ao atravessar o tapete que espelhava as cores das flores brancas, sua imagem refletia nos olhos de todos, estupefatos com a beleza dela, dos olhos vivos e sorridentes e da formosura que ela trazia em sua essência.

Durante a cerimônia, o sacerdote ofereceu aos noivos e a todos, suas palavras poéticas e filosóficas, enfatizando a ética, a cumplicidade no amor, na amizade, na saúde e na doença e igualmente, o respeito mútuo e o companheirismo para o resto da vida. E ao som da Ave Maria, a benção das alianças e uma promessa para que o “amor fosse eterno enquanto durasse” culminou o enlace daquela união, que emotiva, motivou a emoção também de todos os convidados.

Ao som de uma nova melodia alegre e esfuziante, os noivos desfilaram sua felicidade naquele tapete espelhado, convidando os pais e a todos para a grande festa, linda, harmoniosa, requintada que os esperavam do outro lado do altar.

E a matriarca – resistente – assistia ao prosseguimento daquela noite que adentrou a madrugada cheia de estrelas e continuou na manhã que abriu o sol, que sorria para o dia e para nova vida que nascia para eles, para aquele casal que carregava no amor uma vida de esperança!

Imagem: IVASHstudio/shutterstock

O que é ser bem sucedido?

O que é ser bem sucedido?

Outro dia assisti a uma palestra muito interessante do psicólogo Vitor Antenore Rossi que falava sobre “O amor escondido nas sombras”, e um tema em especial falado por ele me levou a refletir bastante, ser bem sucedido?

Afinal de contas: o que é ser bem sucedido?

Pelo fato de estarmos inseridos em uma sociedade capitalista, a maior parte das pessoas associa ser bem sucedido com ter muito dinheiro e uma conta bancária bem pomposa.

Sinto lhe dizer, mas essa é uma maneira muito pobre e limitada de ver essa expressão. Ela vem da palavra sucessão ou do verbo suceder, aquilo que sucede, que fica para a posteridade, que ficou como bons frutos.

Esse é o real significado desta expressão. Bonito não é?

Por exemplo. Se alguém acha que é bem sucedido no emprego, mas volta pra casa completamente estressado, e por conta do estresse desconta isso na família, comendo muito, se embriagando, essa pessoa não é bem sucedida no emprego.

Se alguém se acha bem sucedida nas finanças, mas fica ansioso e com medo de perder o que tem, desenvolve doenças causadas pelo estresse e excesso de trabalho, não consegue repartir o que tem, ser generoso, ajudar em algo que promova o bem comum etc. esta pessoa não é bem sucedida nas finanças.

Se alguém pensa que é bem sucedido no amor, porque se relacionou com diversas pessoas, ou chegou ao fim da vida com 8, 9, 10 casamentos e diversos filhos destes casamentos, esta pessoa não foi bem sucedida no amor.

Também tem os que pensam que são bem sucedidos na família, mas nutrem um ódio mortal por algum membro que lhes tiram do sério. Se isso acontece, eles não são bem sucedidos na família.

Se um pai ou uma mãe pensa que é bem sucedido, mas os filhos não os respeitam e quando eles vão ficando mais velhos, os filhos já querem colocá-los num asilo para idosos, então eles não foram bem sucedidos como pais.

Há também a espiritualidade e religiosidade. Muitos acham que já ganharam o céu porque são caridosos, porque ajudam na igreja, porque fazem penitência, mas tem sentimentos de superioridade, de arrogância, de vaidade. Essas pessoas não são bem sucedidas na espiritualidade.

Levei para quase todas as esferas da vida para que você perceba o quanto isso é amplo…

Ser bem sucedido é fazer com que aquilo que vem ou que veio de você seja sempre lembrado com carinho.

No trabalho é ser um exemplo de ética, de retidão, de compromisso.

Nas finanças é ser solidário, é pensar em todos, é saber que os apegos não levam a lugar nenhum, é saber que o dinheiro é usado para ampliar uma felicidade que já existe e proporcionar um conforto e uma vida sem preocupações demasiadas.

No amor é ser fiel, é se superar e ajudar o(a) outro(a) a mostrar aquilo que existe de melhor dentro de si. É superar os momentos de crise que sempre acontecem através do diálogo e da abertura de coração, é pedir perdão pelas falhas e buscar não repetir os mesmos erros, e assim, seguir num crescimento mútuo e contínuo.

Como pais é saber amar os filhos com equilíbrio, elogiando os progressos, dando carinho, mas também sabendo colocar limites, sendo exemplos no dia a dia e nas pequenas coisas, é ensinar os grandes valores humanos, as virtudes que elevam o espírito etc.

Na espiritualidade é se tornar cada vez mais simples, humilde, sereno, respeitoso, amoroso. É ver que não existe uma religião que traz a verdade absoluta sobre tudo, é ver que Deus está presente em tudo e em todos, na natureza, nos animais, no espaço sideral, em tudo…

Eu quero e estou buscando ser bem sucedido. Quero chegar à minha velhice olhando para trás com aquela certeza de que fiz o melhor que eu pude e também consegui ajudar muita gente no meio do caminho.

Quero ser lembrado como um bom filho, um bom amigo, um bom profissional, um bom esposo, um bom pai, um homem espiritualizado etc.

Isso é possível, mas para que se torne possível é preciso começar já, agora, não deixar pra amanhã, pra depois, porque esse dia pode nem mesmo chegar…

Pense com carinho sobre tudo isso! Desse pequeno texto há muito que ser refletido e interiorizado. Então? Você também quer ser bem sucedido?

Imagem de capa: g-stockstudio/shutterstock

Enquanto “Seu” Lobo não vem…

Enquanto “Seu” Lobo não vem…

Houve um tempo em que as pessoas viviam sua infância junto aos familiares e vizinhos.

Nos sítios, nas fazendas ou nos quintas de suas casas, descortinavam experiências maravilhosas do mundo.

A Lua era o território de São Jorge e seu dragão, os trovões eram sinais de que São Pedro estava fazendo faxina no céu e as nuvens instigavam a fantasiar.

Nas calçadas, extensões de suas casas, as crianças brincavam de amarelinha, esconde-esconde, bola, bicicleta…

Hoje, é um tempo em que as pessoas vivem sua infância em escolas e creches que proporcionam atividades lúdicas e aprendizados; algumas vivem nos playgrounds com suas bicicletas, patins, bolas, escorregadores; outras passeiam e se divertem com dinossauros, dragões nos reinos encantados dos shoppings (as calçadas atuais) e na internet; infinidades de diversões que descortinam um mundo imaginário, fabuloso!

Os contos de fadas, os jogos intergalácticos garantem que os maiores perigos residem em lugares muito distantes, e que todos eles estão protegidos pelos super-heróis com seus superpoderes.

Contudo, sabemos que a vida é travessia. Somos seres humanos em contínua mutação vivendo no tempo, no espaço e alguns buscando sua profundidade.

Inocência e magia vão dando lugar ao Real que se apre- senta como acaso, imprevistos e surpresas, no cenário vivencial de cada indivíduo.

Em cada fase dessa travessia, o indivíduo é chamado a cumprir uma tarefa existencial. Ao chegar à velhice, os ho- rizontes de vida estreitam-se, e aquela brincadeira prazerosa da infância Enquanto “Seu” Lobo não vem toma proporções de vida, acolher sua finitude, criar novas possibilidades frente às perdas que forem ocorrendo, e o sentido de vida deve deslocar-se de si mesmo e ir mais além, para as futuras gerações, lugar em que residirá a esperança.

Winnicott, pediatra e psicanalista inglês, ao referir-se a essa tarefa escreveu : é o momento em que o Self deve se tornar diminuto para entrar naquele buraco pequeno que se chama morte. A tarefa existencial ao envelhecer nada mais é do que “crescer para baixo”, viver para os que virão; somente, assim, o encontro com o Lobo não será tão amedrontador…

Imagem de capa: Everett Collection/shutterstock

O preço das roupas não significa elegância

O preço das roupas não significa elegância

Os valores estão tão distorcidos ultimamente, que muitos confundem o que se vê com o que se é, atrelando as aparências à verdade, o que não corresponde à realidade dos fatos. Perdeu-se a capacidade de olhar para além do que está materializado ali na frente, como se a perfumaria fosse capaz de mostrar a essência, como se asseio e materialidade pomposa pudesse ser aquilo que define as pessoas.

Na verdade, a elegância está em extinção, algo raro, difícil de se encontrar. Não se trata, aqui, da elegância por si só, visível e materializada pelas roupas de grife ou pelo carro do ano, mas da forma como tratamos o semelhante, como nos comportamos diante da vida, em tudo de bom e de ruim que ela traz. Pessoas elegantes podem se vestir humildemente, pois jamais perdem a classe, que é nada menos do que essência humana.

A elegância faz parte de tudo aquilo que temos dentro de nós, dentro de nossos corações, de tudo aquilo que nos move, o que transparece em nossas ações, na forma como nos relacionamos com o outro, sobretudo na maneira como nos comportamos em relação a quem não nos oferece nada em troca. A elegância tem a ver com a força de nosso caráter, com nosso olhar além de nós mesmos, com nossas ações quando não tem ninguém por perto, quando ajudamos sem segundas intenções.

Pessoas elegantes não forçam situações, não mendigam atenção, não precisam da aprovação alheia, não sentem necessidade de aparecer, aliás, destacam-se naturalmente onde e com quem estiverem, pois seus olhos sorriem, olhos sinceros. Bastam-se por si mesmas, amam-se, aceitam-se, conhecem os próprios limites, percebem-se imperfeitas. Tentam, mais do que julgar, entender; mais do que rotular, acolher. A gente se sente tão bem perto delas, simplesmente porque estão ali com verdade.

Infelizmente, essa confusão entre aparência e essência acaba muitas vezes nos afastando de encontros mágicos, incapazes que ficamos de nos demorar junto às pessoas, para reconhecer o que existe de verdadeiro em cada uma delas. A pressa em obter aquilo que podemos pagar e pegar infelizmente nos impede de perceber que o que teremos de mais bonito e essencial em nossas vidas e que nos eternizará nos corações que nos amam com sinceridade é tudo aquilo que dinheiro algum paga, pois não tem preço: as mãos entrelaçadas, o importar-se, o olhar que vai e volta, os beijos roubados, sorrisos rasgados, o gozo sincero, o ser, inteiro, de corpo e alma.

Imagem de capa: Reprodução
Texto publicado originalmente em Prof Marcel Camargo

Quando o coração não chora, o corpo chora

Quando o coração não chora, o corpo chora

Existe uma ligação entre as doenças e as emoções, entre o corpo e a mente. As emoções não surgem do nada, mas estão relacionadas com nosso modo de interpretar o que nos acontece, e estas reações podem dar lugar a sintomas fisiológicos. Da mesma forma que as doenças físicas influenciam o nosso estado de ânimo e nos provocam temor, medo ou preocupação, muitos problemas psicológicos refletem como nos sentimos em nossos corpos.

Quando a relação entre mente e corpo tem sua harmonia alterada por causa de emoções desagradáveis, sentimentos negativos, baixa autoestima e situações de estresse, aparecem as doenças psicossomáticas. São consideradas doenças físicas cuja aparição e desenvolvimento podem estar relacionadas a fatores psicológicos. Ao falar de sintomas psicossomáticos nos referimos a dores físicas para as quais não existe a possibilidade de um diagnóstico médico.

“Todas nossas emoções se traduzem a nível corporal.” -Boris Cyrulnik-

Projeção das emoções no corpo

Existem diferentes modalidades nas formas de manifestação de transtornos ou alterações orgânicas que têm ligação com fatores de ordem psicológica:

– Digestivas: cólon irritável ou síndrome do intestino irritável. Tem ligação com a ira, a revolta e a agressividade.

– Coração e sistema cardiovascular: relacionado com a euforia, histeria, excitação, hipersensibilidade e nervosismo.

– Respiratórias: na depressão diante do fator surpresa a respiração se corta, a emoção e os estados de angústia sufocam.

– Endócrinas: são alteradas por desequilíbrios emocionais como a ansiedade, a dúvida, o ceticismo e os ciúmes.

– Urinárias: vinculadas ao medo, à falta de autoestima, à timidez e à falta de esperança.

– Dermatológicas ou cutâneas: têm relação com a dificuldade de comunicação quando a pessoa deseja se fazer ouvir, o excesso de autoridade e o domínio sobre os outros.

“A questão não é a doença que a pessoa tem, mas sim a pessoa que tem a doença.” -William Osler-

Nosso corpo grita quando as emoções calam

Diante de uma mesma doença, a sua manifestação física se desenvolve de um jeito ou de outro, dependendo do estado de ânimo com o qual a enfrentarmos. Em doenças como o câncer ou a fibromialgia, está comprovado que aprender a administrar as emoções e encontrar um certo equilíbrio emocional ajuda na recuperação do paciente.

Quando as emoções não são expressadas, cria-se um déficit na mentalização das emoções, as sensações corporais aparecem de forma escassa ou nula, associadas a estados mentais.

Um conceito muito importante relacionado com a incapacidade de expressar emoções é a alexitimia. Ela descreve um grupo de sintomas observados em pessoas com doenças psicossomáticas e manifesta uma dificuldade de identificar e descobrir emoções, assim como uma vida de fantasia interior pobre.

As diferentes causas da alexitimia incluem traços hereditários, genéticos, neurológicos, lesões cerebrais, ou traumas. As pessoas com alexitimia são frequentemente descritas pelos outros, incluindo seus entes queridos, como frias e distantes. Carecem de habilidades empáticas e têm grande dificuldade para compreender e responder com eficácia aos sentimentos de outras pessoas.

A depressão emocional

Foi proposta a existência de um fenômeno de repressão emocional na alexitimia. A repressão serviria para manter experiências dolorosas ou desagradáveis fora da consciência. Os indivíduos a utilizam como uma estratégia de defesa e teriam, portanto, menos acesso a lembranças emocionais, especialmente aqueles acontecimentos negativos ou desagradáveis.

O bloqueio emocional é a resposta dada por muitas pessoas a um padecimento vivido como ameaçador ou grave, refletido na dificuldade para reconhecer e regular emoções próprias, com o objetivo de se proteger contra o sofrimento. Longe de se proteger, este estilo emocional tem graves consequências clinicas e sociais. O que a boca cala o corpo grita.

Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa

Imagem de capa:Photographee.eu/shutterstock

Sejamos gratos às pessoas difíceis que são exemplos de tudo que não devemos ser

Sejamos gratos às pessoas difíceis que são exemplos de tudo que não devemos ser

Infelizmente, nem sempre estaremos bem acompanhados, pois, aonde quer que estejamos, haverá todo tipo de pessoas, inclusive as mais desagradáveis. Eis um dos preços a pagarmos por viver em sociedade, eis uma das razões de nossa necessidade de aprender sempre, onde e com quem estivermos. Tudo pode ser útil, tudo é aprendizado.

Cada um de nós possui a própria visão de mundo, valores, gostos, estilo, cada qual com sua história de vida, cada um tendo caminhado com passadas únicas, experiências peculiares. Sentimentos não são iguais de pessoa para pessoa, tampouco pensamentos. As bagagens diferem entre as pessoas, bem como os pesos são sentidos de acordo com o que cada um possui dentro de si.

Por essa razão é que nos damos bem com algumas pessoas e nem tanto com outras, ou, ainda, não conseguimos nem ficar perto de algumas delas. Alguns indivíduos realmente parecem ter o dom de irritar, de trazer discórdia, pesando qualquer ambiente em que estiverem. Vivem de contrariar, de ironizar, de dizer coisas desagradáveis, escolhendo os momentos mais inapropriados para isso.

Vale, nesses momentos, percebermos se nossa antipatia provém das opiniões do outro, em razão de serem contrárias às nossas. Ultimamente, há um nível por demais exagerado de intolerância em relação a quem pensa diferente. Não sejamos nós os intolerantes de plantão, que não suportam ter que confrontar um ponto de vista diferente, afinal, o confronto com o que foge ao nosso conforto muitas vezes se faz necessário.

Uma vez que não poderemos fugir aos encontros com pessoas difíceis, cabe-nos ao menos respeitá-las, mesmo que isso implique ignorarmos sua presença, afastando-nos delas. Conviver requer calma, paciência e tolerância, para que possamos fortalecer nossas convicções cada vez mais, aprendendo as lições da vida, nesse caso, aprendendo a nos tornarmos pessoas que sejam o oposto daquelas que tanto nos desagradam. Como se disse, tudo serve de lição, só não aprende quem não quiser.

Imagem de capa: Dragan Grkic/shutterstock

Sua mãe estará com você mesmo quando todos tiverem ido

Sua mãe estará com você mesmo quando todos tiverem ido

Há muitos tipos de mães e nem todas acertam ao exercer esse papel. Existe a mãe tóxica que causa muita dor pelo seu estilo de criação e por um apego mal-entendido, ou por uma projeção de desejos frustrados em seus filhos e filhas.

Mas a maioria das mães quer o bem dos seus filhos e cuida deles com uma responsabilidade e entrega indescritível. Sua mãe estará aí, mesmo quando todos tiverem ido. Até quando você mesmo não souber quem é, quando estiver perdido na vida.

É preciso valorizar o trabalho das mães, que é tão minimizado, não reconhecido e até menosprezado por vezes. Para muitos, o maior orgulho de nossa vida é ter nossa mãe conosco.

As mães que abrem mão

As mães renunciam a muito mais coisas do que imaginamos para nos criar e nos fazer felizes. Algum tempo atrás renunciavam a praticamente tudo porque a sociedade não permitia ser mãe, mulher e trabalhadora ao mesmo tempo.

Agora a situação é outra; houve uma mudança positiva nesse aspecto, mas ainda há um longo caminho pela frente até o dia em que uma mãe não precise renunciar a nada por querer ter um filho e criá-lo sem sentir-se culpada.

Ainda assim, as mães abrem mão e em algumas ocasiões isso gera tristeza dentro delas pois diversos outros sonhos, também importantes, acabam sendo deixados de lado…

As mães são tão generosas e possuem tanto amor por seus filhos que ao vê-los em seus braços pela primeira vez ficam inseguras em relação ao futuro e a respeito de como exercerão seu papel de mãe. Serão mães como puderem, ou simplesmente passam a não se importar tanto porque agora seu filho está junto de si.

Para muitas mães tem sido assim: sua vida, seu projeto. Ninguém tem o direito de criticar ou julgar, porque ser mãe é assumir um papel sem treino nem instrução, e isso é levado a diante com muito amor.

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As mães que lutam para que a vida de seus filhos seja melhor que a sua

Muitas mães curam por completo a ferida de seus sonhos frustrados e de seus anseios fazendo qualquer coisa por seus filhos para que um dia possam chegar a fazer em sua vida o que desejarem.

Vê-los felizes é um êxito pessoal, o maior prêmio por todo o trabalho silencioso que é feito durante muitos anos. Agasalhando-nos quando sentimos frio, ensinando bons valores, preocupando-se em secar nossas lágrimas depois de momentos difíceis, apostando em nós quando ninguém o faz.

Quando elas nos avisam sobre algum caminho não ser um bom caminho, e então descobrimos efetivamente não ser, voltamos e não há qualquer reprovação de sua parte. Elas ficam felizes pelo aprendizado e por nos terem novamente por perto. Assumem que chegará o momento do crescimento para nós. Sentirão nessa hora o ninho vazio, mas o coração pleno de ver-nos felizes e livres.

Sempre dizem que as mães querem o melhor para nós e esta costuma ser a verdade. É pra isso que fazem jornada intensiva de 24 horas de trabalho, já que não descuidam de nós nem por um momento.

Elas sofrem em silêncio quando sabem que estamos mal e tristes. Seus olhos se enchem de orgulho quando alguém diz a elas que somos pessoas boas e educadas. Emocionavam-se quando estávamos na escola e continuam se emocionando quando já somos adultos.

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Quando parece que não resta nada, sua mãe estará lá

Ela nunca irá abandoná-lo, mesmo que você diga que não precisa dela… As mães sabem que quando os filhos dizem tais coisas é o momento em que estar ao seu lado é mais importante do que nunca. Elas ficarão com você, dando refúgio em um lar que é também seu próprio lar.

As feridas da sua vida se curarão porque sua mãe, com sua naturalidade e companhia, lhe dá calma, abrigo e compreensão… É do lado dela que compreende que não perdeu o norte, que o estresse e o convencionalismo ficam longe, e pode ser realmente você, com todas as suas nuances.

Mães são nosso refúgio, nosso norte, têm nosso coração e não queremos nem imaginamos o que acontecerá quando elas não estiverem mais lá. É por isso que agora, em vida, é nosso dever fazer nossas mães felizes e dar a elas o nosso carinho.

Dedique o tempo que ela merece e tenha em mente que como ela o ama, ninguém amará. O amor entre mães e filhos é inigualável. Sempre há tempo para aproveitá-lo, porque é o mais sincero e maravilhoso de nossa existência.

Imagem de capa:Yuganov Konstantin/shutterstock

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