Vida de quem mora sozinho: festa? Engano seu…

Vida de quem mora sozinho: festa? Engano seu…

Por Domie Lennon

Acordo e não tenho para quem dar bom dia. Então me arrasto até o banheiro e penso se dormi direito, quantas horas e por quê estou evitando iniciar mais um dia. Mas dormi as 8 horas recomendadas pelos especialistas… Está tarde e então já perdi o ânimo para dar aquela corrida saudável na praia ou pela vizinhança… Procuro refletir se alguma coisa ainda será feita com qualidade ainda neste dia em que me levanto às 10 da manhã. Não tão tarde, mas nem um pouco cedo. Me questiono sobre o porquê fui dormir às duas da manhã podendo ter dormido às onze de noite… Talvez buscando algum sentido existencial nas séries vistas antes de dormir ou conversando com pessoas virtualmente, que raramente consigo ver pessoalmente.

Logo depois das dez, tomo um banho e espero que tudo se renove e que eu consiga viver uma vida normal e que tudo saia como planejado.

Estudar? Basta ter concentração.

11:00 – Quantas páginas foram lidas? Três? Mas o que se passou em uma hora para ler apenas três páginas de um maldito texto do mestrado? Ah sim, meia hora foi preparando o café e cortando o pão. Como assim meia hora para isso? Nem fiz o suco de laranja saudável que eu queria… as laranjas estão ficando moles. Volto ao mercado no dia seguinte com a mesma expectativa de fazer suco natural de fruta…

Ok, Já que são onze horas, melhor pensar no que tem para o almoço… Ou será que ignoro tudo isso para continuar estudando e como um miojo? Só por hoje. E lá se passa uma semana almoçando miojo.

Ou, nos dias em que o humor está um pouco melhor, penso se falta algo e então vou ao mercado… Paro de pensar em todos os meus problemas. Estou rodeada de comida! Comida, minha melhor amiga, meu amor que não me trai… Era pra comprar pão, iogurte, leite, ovos e cenouras. Gastei 120,00.

Chego em casa, como que eu lembrei de comprar aromatizador de alecrim para o banheiro e me esqueci de comprar alho?

Volto ao mercado, comida sem alho não dá. Mais 50,00.

Era só pra ter comprado alho, mas lembrei do papel higiênico, o pacote de 12 pelo preço de 11 talvez valesse à pena, o suco de uva integral pode fazer bem às artérias, quem sabe não vivo uma vida um pouco mais saudável? Coca? Só uma garrafinha pequenininha… Não se engane, você quer a de 600 ml.

Coca cola de 1 litro só pra mim…

Então, porquê não uma pizza congelada, ou uma lasanha congelada para emergências? Combina com coca… E por isso foram 50,00 por causa de uma cabeça de alho.

Volto para casa, vejo pessoas andando com seus cachorros na rua, queria um. Não posso. Sou estudante, fico o dia todo fora de casa e moro num quarto sem espaço nem ar para minhas futuras cadelinhas: Alsácia e Lorena. É, acho que vou colocar seus nomes em homenagem à minha pesquisa acadêmica…

Chego em casa 12:30. Como começarei a fazer almoço a essa hora? Minha mãe já teria me mandado almoçar e já estaria arrumando a cozinha a esta hora. Começo, penso no feijão dos sonhos, no arroz fresco, no cheiro da cebola dourando com alho, super gostoso. Resultado: o arroz ficou até bom, mas porquê esse feijão ficou aguado? Legumes… verduras… lavar o brócolis? Mas já não vem lavado? Ah… joga na panela de vapor… o calor vai matar as bactérias… Falta algo… carne… Vou cozinhar ovos… Assim não frito e sobra menos uma panela para lavar.

15:00 – almoço. Preguiça. Tudo eu, tudo eu… Vou lá arrumar as coisas.

ok… Cozinha limpa, lixo jogado fora… panelas lavadas… Agora vai ter meu prato e meu copo. Lavo de noite.

16:00 – ligo a televisão para relaxar. Relaxar de quê sua imprestável? Estudou 3 páginas hoje! Nunca vai passar nesse mestrado! Ok, não adianta estudar assim. Melhor tirar um cochilo. 17:00 – acordo

Como assim são 17:00 e eu estudei três míseras páginas? Vou fazer um café porque depois desse café eu engato estudando até dez da noite! Mas me deu fome… quem sabe uns biscoitinhos…

Café pronto, biscoitinhos à mesa, notebook aberto, caneta à mão. Leio mais duas páginas.

Cansada, vejo um pouco do facebook, afinal não tive contato social ainda hoje…

18:30.

COMO ASSIM?

E eu não fiz nenhum esporte ainda! Precisava limpar esse chão, tá sujo… ih, olha o pó em cima da tv… Tento me concentrar mais um pouco. Leio mais três ou quatro páginas, no máximo dez quando estou empolgada. Será que Alsácia entrará no meu ritmo?

Espero que seja mais animada que isso para quando eu comprar a Lorena.

20:00 – Não tenho ninguém.

Meus pais não estão na sala vendo o jornal nacional. Vazio. Silêncio. Solidão. Depressão, afinal, estou sozinha, meus amigos estão fazendo tudo de maravilhoso na vida, não tenho namorado e não estudei nada. (Descubro que meus amigos estão na mesma em casa) Engraçado que eles não se cobram de fazer nada útil. Como encontrar essa chave de paz interior que o Senhor lhes dá, ó Deus todo poderoso??? Porque estou aqui me castigando psicologicamente? Deveria ser como eles. Ver filmes, ouvir músicas, ser mais livre. Consciência: Você não vai ser ninguém na vida. Estude. Estude. Estude. Aproveite e veja noticiários em outra língua para aprender mais.

Voltando à sensação das 20:00…

Mas como poderia se não parei de trabalhar o dia todo exceto o cochilinho de uma hora e meia à tarde? Era pra ser 20 minutos, mas passei um pouquinho do tempo né?

Ok, vou dormir cedo hoje, vou fazer uma lista de coisas para cumprir no tempo amanhã. Amanhã será vida nova. Vou comer… vou fazer a pizza! Finalmente algo fácil. Pera… Ketchup acaba um dia? Como isso acabou? Orégano acaba? Nunca vi pombo filhote nem mendigo morto, nem ketchup que acaba!!!!! Senhor, me salva! Louças, como vocês se criam? Quando foi que eu sujei tudo isto? Alguém para lavar? NÃO!

[bocejos] Amanhã lavo.

Pizza pronta.

Comi, fiquei com preguiça de escovar os dentes… ok, escovei, vi séries e dormi. Claro que deixei a tv ligada. Acha que eu durmo feliz com silêncio e escuro? Timer sleep: 30 minutos. Não precisaria nem de dez.

. . .

Uhn… [bocejos] Bom dia mim mesma!

Droga! 10:00! Que horas fui dormir? 02:30? Mas passou tão rápido depois de 23:00… Eu só vi um filme, 5 capítulos de série… conversei com 14 colegas… só isso.

Vida que recomeça. Confirmo presença no evento: “Saideira para tomar um rumo na vida”. E faço piada daquilo que me mata. O que seria dessa vida sem o bom senso de humor?

Parceria A Soma de Todos Afetos

“Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil”

“Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil”

Temos vivido tempos de discussões acaloradas nas redes sociais, nos grupos de whatsapp e até em mesas de bar por causa de divergências políticas, sociais e religiosas. Na maioria das vezes, opto pelo silêncio e tenho preferência por outros assuntos, mais leves, mais bem-humorados ou que acrescentem algo bom à minha vida.

De repente todo mundo virou “pai e mãe” de um partido, de uma religião, de um grupo social. De uma hora para outra, vestimos a camisa de um político, de uma ideologia, e nos comportamos como defensores leais e fiéis de uma ordem. Divulgamos vídeos editados, muitas vezes repletos de informações falsas, perdemos horas à frente do celular vasculhando documentos que comprovem nossa teoria, nos impacientamos e até brigamos com quem ousa pensar diferente de nós. Amigos, colegas de trabalho, familiares e até cônjuges se separam em nome do tal “amor à causa”.

Muitas vezes, aqueles que não participam das discussões e preferem se calar ou mudar de assunto são considerados “em cima do muro”, omissos e sem opinião. Porém, estar calado ou preferir se abster de dar seu parecer não é sinônimo de falta de personalidade ou convicção. Algumas pessoas preferem guardar sua energia para coisas mais importantes. Ou se resguardam de desgastes desnecessários. Ou, ainda, não acreditam que “vencer” uma argumentação as tornará pessoas melhores. E, finalmente, preferem ser gentis a estarem com a razão.

Foi no livro de R. J. Palacio que me deparei com uma das frases que mais gosto atualmente: “Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil”. Pois a vida já é tão complicada por si só, já são tantos sustos, perdas, falhas e desafios que enfrentamos dia a dia, que não deveria sobrar energia para embates desnecessários, com o único objetivo de provar o quanto estamos certos e cheios de verdade em nossos posicionamentos. Se usássemos essa energia e esse tempo praticando a gentileza, tentando tornar o dia de alguém mais suave ou doce, guardando nossa explosão de argumentos e certezas para nós mesmos e não tentando convencer ninguém de nada, certamente teríamos um mundo melhor, bem mais fácil de habitar.

É impressionante notar como as pessoas perdem a compostura ao defender seu ponto de vista, nem sempre perfeito e verdadeiro, mas fruto de sua formação e vivência até o momento. É impressionante perceber que as pessoas não entendem que aquilo que é melhor para elas nem sempre será bom para o outro, e por isso não precisam tentar vender aquilo que escolheram para si, porque quiseram. É impressionante ver como as pessoas deturpam os reais ensinamentos do amor, preferindo discutir, muitas vezes ofendendo, ou mesmo segregando, em nome de uma “missão de cura” de alguém.

Escolher ser gentil a ter razão não nos torna omissos. Omisso é quem é negligente, quem falta com a presença ou a palavra em momentos decisivos, quem deixa de fazer o bem podendo fazê-lo. Preferir ser gentil a estar certo é ter a capacidade de ser tolerante com as divergências, com os pontos de vista diferentes, com a diversidade de pensamento, vivências e escolhas. É conseguir colocar a doçura, o amor e a compreensão à frente da intransigência, teimosia e tirania. É acreditar que você não precisa convencer ninguém de nada, que não é necessário fazer longos discursos ou palestras acerca de seu ponto de vista, nem deixar de “seguir” alguém só porque ele pensa diferente de você.

Ao escolher ser gentil, você deixa a rigidez de lado e adquire leveza de pensamento e ação. Você dá passagem para o carro que força caminho ao seu lado, cede lugar no ônibus para a adolescente impaciente, se segura para não fazer um discurso irritado com o vizinho abusado. Você chega em casa e não quer ganhar a disputa de quem teve o dia mais exaustivo ou estressante, mas entende que o mais importante é estar bem com aqueles que ama. Você descobre que não precisa dar lição de moral em ninguém, que não lhe cabe fazer justiça ou provar a todo custo suas certezas, que não precisa divulgar aos quatro ventos suas decisões políticas, religiosas ou sociais. Ao contrário, entende que, mais importante que estar certo, é conseguir preservar seus afetos e suas relações. Você começa a falar e agir com suavidade, tomando cuidado com a bagagem e o coração do outro. Você aprende que a gentileza não é afeita a grandes gestos, mas resultado de delicadezas miúdas, muitas vezes despercebidas, que jamais serão esquecidas.

Finalmente, tenho que concordar com a escritora e grande amiga Josie Conti, que escreveu a melhor definição de gentileza que eu já li: “Gentil é aquele que passa pela vida do outro, toca-o com leveza e o marca, onde ninguém mais pode ver…”

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Imagem de capa: Reprodução via Google: Divulgação do filme “Extraordinário”

Por que o príncipe William se agacha sempre que fala com o filho?

Por que o príncipe William se agacha sempre que fala com o filho?

Por Verónica Palomo

A imprensa inglesa, sempre em alerta para os movimentos de sua casa real, raramente deixa escapar algum detalhe. O último que lhe chamou a atenção é por que o príncipe William, da Inglaterra, está de cócoras na grande maioria das fotos em que aparece falando com seu filho, o príncipe George. Nesta posição o vimos no batismo de sua filha mais nova, Charlotte, em um jogo beneficente de pólo e até ao lado do presidente Barack Obama, durante sua visita ao palácio de Kensington.

Em um vídeo que se tornou viral nas redes sociais, vê-se como a avó dele, a rainha Elizabeth II, lhe chama a atenção por romper o protocolo durante o desfile aéreo da RAF (Royal Air force), realizado na passagem dos 90 anos da monarca, em junho: “Stand up, William” (Fique de pé, William), disse-lhe, com cara de poucos amigos.

William estava fazendo aquilo de novo: havia ficado na altura do menino e, olhando-o nos olhos, respondia a todas as suas perguntas sobre as acrobacias dos aviões, sem pressa e sem se importar que o restante da família já estivesse em pé. Ele não queria dirigir-se ao filho de uma posição superior.

Não é nada novo: trata-se de uma técnica de criação denominada Escuta Ativa, um jeito respeitoso de tratar as crianças, para que se sintam realmente ouvidas. A pedagoga Leticia Garcés Larrea a define como “uma forma de comunicação entre os membros da família que vai permitir desenvolver a empatia e ao mesmo tempo proteger os vínculos afetivos”.

A primeira vez que se fez alusão ao conceito de “escuta ativa” foi em 1957 pelos psicólogos norte-americanos Carl Rogers e Richard E. Farson e, mais à frente, o também psicólogo Thomas Gordon escreveu o manual para aplicá-lo: Parent Effectiveness Training (técnicas eficazes para os pais). Para a psicóloga e psicoterapeuta Isabel Fuster, mais que uma técnica é uma postura diante da vida, uma forma de escutar as pessoas, de nos colocarmos em seu lugar:

“Entre adultos esta comunicação parece mais simples (embora nem sempre sejamos tão empáticos como deveríamos), mas ao tratar com crianças nos deparamos com a dificuldade de que o pequeno não entende o mundo dos mais velhos, cujo principal meio de comunicação é o discurso falado. Até aproximadamente os 12 anos, ele se encontra em um mundo sensorial e perceptivo diferente do nosso.”

A prova mais evidente de que estamos escutando-o é o contato visual. Para isso, é preciso se colocar à altura de seus olhos porque a criança se sentirá mais próxima dos pais, além de isso ajudá-la a empatizar com eles e a lhe transmitir calma e serenidade. O que os especialistas destacam é o aspecto emocional desta comunicação: escutar é saber o que a criança sente, não só o que diz.

contioutra.com - Por que o príncipe William se agacha sempre que fala com o filho?
O duque de Cambridge e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, agachados para falar com o príncipe George. GETTY


“Não quero ir à escola porque não sei fazer os exercícios”

Garcés conta como os pais, “muitas vezes, mais que educar, pretendem obter uma obediência imediata e conveniente: ‘não faça barulho porque isso me incomoda’ ou ‘não fique se mexendo que fico nervosa’. Esta necessidade faz com que não cheguemos a analisar o que realmente acontece a nosso filho para encontrar o motivo de seu acesso de raiva. Por que não quer ir à escola? Por que esperneia e chora ao ter de ir embora da festa de aniversário? Se praticamos a escuta ativa talvez descubramos que a criança tem medo de enfrentar um exame para o qual não estudou o suficiente ou que não podia explicar com palavras que não queria sair da festa sem despedir-se de seu melhor amigo”.

“Por trás de seu mau comportamento se esconde uma emoção, e uma criança necessita que os pais possam identificar o que é. Se uma criança está quebrando coisas, batendo ou insultando, algo está se passando com ela: está buscando uma solução através de sua ação. Se a ameaçamos ou castigamos antes de compreendê-la, talvez faça o que queremos, mas de um jeito manipulado com o qual aprenderá a ter medo em vez de descobrir o que se passa consigo e como solucionar isso. Uma criança de 4 ou 5 anos não entende ainda as leis da responsabilidade nem tem um pensamento reflexivo, por isso voltará a repetir seus comportamentos”, pondera a psicóloga Isabel Fuster.

Seu mau comportamento com você não é algo pessoal

O psicólogo norte-americano especialista em adolescentes e autor de 10 Days to a Less Defiant Child (10 dias para uma criança menos contestadora), Jeffrey Bernstein, explica em seu blog da revista especializada Psychology Today que os pais não devem levar nada para o lado pessoal, sobretudo dos adolescentes ou pré-adolescentes. Para o especialista, os adultos tendem a contestá-los e se enfrentar verbalmente com eles como se estivessem se justificando, sem se dar conta de que o jovem está lutando contra seus próprios problemas, que não são os nossos.

Um dos exemplos com os quais ilustra seu argumento é o seguinte: um pai de um filho problemático de 12 anos passava os dias lhe perguntando infrutiferamente o que havia com ele, por que tinha aquele comportamento, até que decidiu mudar o discurso: “Por favor, filho, preciso entender o motivo por que você está sempre tão zangado”. Esta pequena mudança deixou as portas abertas para que o filho refletisse sobre isso. Pouco depois, conta Bernstein, começou a se abrir e a compartilhar seus pensamentos.

“Uma educação condicionante que modifica condutas, provocando o medo ao castigo, às ameaças, aos gritos ou às comparações entre irmãos (‘olha que grande está o seu irmão porque comeu tudo, e você, não…’), não produzirá hábitos que permitam desenvolver uma vontade com a qual a criança aprenda a se impor seus próprios limites”, afirma Garcés. Ir logo para a cama ou escovar os dentes podem ser regras que a aborreçam e que simplesmente se negue a cumprir. Mas as frases ameaçadoras, como “se você não escova os dentes eles vão cair”, vão gravar em seu cérebro o estado alterado dos pais e, de modo algum, a necessidade de uma higiene correta. Fuster insiste em como é importante não ceder diante do castigo, por mais que a sua vida não seja tão relaxada como a do príncipe e os nervos aflorem com mais naturalidade. “Se ao filho custa muito escovar os dentes, melhor é pegá-lo nos braços e dizer-lhe com um sorriso: ‘compreendo que seja difícil para você, mas é preciso, querido’”, diz.

“A escuta ativa não está livre de pôr limites à criança. Às vezes isso custa, mas é necessário que a criança se frustre, ou se transformará em um tirano (Isabel Fuster, psicóloga)


Isto não é o paraíso

Não se deve confundir esta técnica com um modelo sem limites que transforme a criança em um tirano egocêntrico. Mas, a escuta ativa é compatível com a disciplina? O que acontece se os pais confundem esse tipo de comunicação respeitosa e assertiva com a permissividade mais absoluta, com dar-lhes tudo o que quiserem? Isabel Fuster tem isso claro: “O amor não é sinônimo de fraqueza, nem estabelecer limites é sinônimo de dureza. É preciso estabelecê-los, embora às vezes isso nos custe. Cada casa deve ter valores e os pais devem fazer com que sejam cumpridos, a partir do amor. Evidentemente, a criança se irritará diante das negativas ou obrigações, mas é normal, tem que frustrar-se. Se não tivesse frustrações seria um tirano”, recomenda Fuster. Garcés concorda: “Precisamente, para uma família muito permissiva é mais complicado praticar a escuta ativa. Os limites são necessários, a questão é como os colocamos: são para nos ajudar, não para que se tornem uma imposição”.


O resultado: adultos mais seguros de si mesmos

E que tipo de adulto será uma criança criada sob a batuta da escuta ativa? “É como se ela gravasse um modelo de comunicação que lhe dissesse: ‘Assim é como você deve ser tratada pelas demais pessoas’, o que pode chegar a ser uma proteção diante de todo tipo de assédio, já que será mais fácil para ela identificar que o tratamento que está recebendo não é o que merece, e assim o rejeitará”, indica a pedagoga.

Pelo contrário, quando uma criança está familiarizada com os gritos e as ameaças, porque é a maneira de se comunicar que conheceu em casa, fora de casa será mais propensa a consentir com os maus-tratos porque não tem interiorizado nenhum sinal que lhe indique que não pode ser abordada desse jeito. É preciso estar aí e lhe dar a segurança de que necessita para tomar suas decisões. “É uma proteção simbólica e, no dia de amanhã, embora os pais já não estejam com ela, terá essa necessidade suprida”, recorda Fuster. Essa criança, já um adulto, recordará do pai agachado no seu nível, dando-lhe a entender que até ele, seu sagrado progenitor, desce das alturas para tratá-la como merece: em uma igualdade muito real.

TEXTO ORIGINAL DE EL PAÍS

“As crianças obedecem quem elas admiram.”

“As crianças obedecem quem elas admiram.”

Por Gabriel M Salomão para o Lar Montessori

Todas as famílias já se perguntaram em algum momento: por que meu filho não me obedece? Às vezes, a criança obedece a professora, mas não aos pais, às vezes, só a um dos pais e não ao outro, e em alguns casos as crianças obedecem de vez em quando, mas não sempre. Existe uma explicação para isso, e um jeito de mudar. Maria Montessori respondeu essas perguntas e explicou como o adulto pode se tornar digno da obediência da criança, em seu melhor livro, Mente Absorvente.

No livro, Montessori explica que a obediência se desenvolve em três níveis, e que só no terceiro a criança consegue obedecer de verdade. Vamos conhecer os três níveis agora, e entender como ajudar a criança em cada um deles.

1. Primeiro Nível da Obediência

As crianças que estão no primeiro nível da obediência obedecem de vez em quando, mas não obedecem sempre. A obediência exige que a criança abra mão do que ela gostaria de fazer, para executar o que outra pessoa pediu. No primeiro nível, a criança obedece quando a sua vontade e a da pessoa que pediu são iguais, ou, mais raramente, quando tem sucesso em suplantar a sua vontade pela do outro.

É muito fácil para um adulto se incomodar com a falta de constância na obediência da criança. “Se ela consegue me obedecer de vez em quando, por que não sempre? Ela só faz as coisas quando quer!“, é o que pensa o adulto. E ele não sabe que está correto, mas que sua raiva está mal colocada. Por enquanto, a criança ainda não amadureceu o suficiente para abrir mão de sua vontade pela vontade do outro. Nesse período, precisamos ter paciência e continuar a oferecer para ela um excelente ambiente, um comportamento adulto paciente e útil, e escolhas.

2. Segundo Nível da Obediência

O segundo nível da obediência me parece ser o mais crítico de todos. Nele, a criança tem muito mais sucesso em suprimir a sua vontade e executar a vontade do outro. Ela está suficientemente desenvolvida para obedecer com muita frequência. Mesmo assim, de vez em quando falha, porque afinal de contas ela tem vontades, e por vezes vai se opor à nossa vontade.

Nesse período, quase todos os adultos param, e vivem uma disputa eterna com as crianças, que pode durar muitos anos. Como sabem que a criança é capaz de obedecer, os adultos usam todas as ferramentas que têm para chegar à obediência. Castigos e prêmios surgem com força aqui, e não desaparecem mais. Recompensas, chantagens, barganhas, tudo aparece nesse período, para conquistar a obediência da criança. Geralmente não funciona. Mas mesmo quando funciona, tudo o que essas ferramentas fazem é impedir a criança de chegar ao terceiro nível.

3. Terceiro Nível da Obediência

No terceiro nível da obediência acontece a mágica de Montessori. A criança deixa de obedecer porque é capaz, e passa a obedecer porque deseja e sente prazer. No terceiro nível, a criança se mostra quase ansiosa para receber orientações e seguí-las com o máximo de perfeição. Mas não são todos os adultos que chegam a esse ponto com suas crianças. Existe um adulto que a criança gosta de obedecer.

A criança obedece com prazer os adultos que ela admira. A obediência que a maioria dos adultos conseguem vem da opressão, do medo, da recompensa, ou da troca. Mas a obediência que traz felicidade à criança não é essa. Ela obedece feliz quando obedece porque admira. Quem a criança admira?

O Adulto Admirável

O adulto que consegue compreender as necessidades da criança, organizar para ela um excelente ambiente, ter com ela um comportamento elegante, cuidadoso, amoroso e firme, que a ajuda a conquistar a própria independência e que respeita sua necessidade de trabalhar sozinha sem ser interrompida… Esse é o adulto admirável. A criança olha para esse adulto e pensa: “Ele é sábio. Ele me vê por dentro. Se eu seguir o que ele pede, posso me tornar alguém assim”, e a criança obedece não porque ela é menor e nós maiores, mas porque nós somos fascinantes e ela deseja se transformar em um adulto fascinante também.

Parar no segundo nível da obediência, como quase todo mundo faz, leva a um mundo de pessoas obedientes em excesso, que questionam pouco as regras absurdas de nosso mundo, e estão dispostas até mesmo a matar e morrer por obediência cega a líderes ruins. Pela felicidade de nossos filhos e pelo bem da humanidade, devemos saltar para o terceiro nível da obediência, em que a criança escolhe obedecer as pessoas que ela admira, quando as ordens são razoáveis.

Nem toda ordem deve ser obedecida. Nem todo adulto merece obediência, e a criança sabe disso. Se abrirmos mão dos castigos e dos prêmios, descobriremos de novo nossas crianças, e então, nos tornando adultos admiráveis, conquistaremos sua confiança, admiração e, se for bom para todos, sua obediência feliz.

Em Montessori não defendemos crianças disciplinadas, mas autodisciplinadas, não as que obedecem cegamente, mas as que podem escolher obedecer quando a vontade do outro é melhor que a sua, e vale a pena abrir mão da sua para seguir uma que é melhor e, sobretudo, admirável.

***

Viva o seu luto com dignidade. Sua dor tem prazo de validade.

Viva o seu luto com dignidade. Sua dor tem prazo de validade.

Eu sei que não é tão simples assim, conheço bem esse sentimento que nos devasta quando um relacionamento acaba. Sei também que, determinadas rupturas nos trazem, além do luto, um sentimento de revolta ao nos darmos conta de que o nosso sagrado, que ofertamos sem reservas, foi pisoteado.

Eu imagino que você esteja sangrando por dentro. Faço ideia das suas noites em claro e das suas manhãs saindo da cama sem nenhuma energia, tendo que encarar um dia inteiro de afazeres pela frente. Sei bem do esforço descomunal que fazemos para impedir que as lágrima caiam em pleno expediente de trabalho ao lado dos colegas, durante uma aula na faculdade, numa fila da padaria, etc.

É provável que você tenha se dedicado boa parte do seu tempo rastreando as redes sociais do seu ex, à procura de vestígios que lhe tragam mais dores ainda. Talvez você tenha encontrado postagens dele com outra mulher, esboçando uma felicidade descomunal. Talvez o novo casal esteja fazendo uma bela viagem e você se dá conta de que quando você e ele estavam juntos, não tinha viagem, não tinha nada disso. Tudo era regrado e você vivia se desdobrando para ajudá-lo a sair das dívidas.

Imagino que por mais bonita que você seja, você está se compara à nova namorada dele, e, como está com a auto estima triturada, sente-se inferior a ela em absolutamente todos os quesitos. À essas alturas, você não consegue achar mais nada interessante em si mesma. Como se tivesse se olhando com uma lente toda deformada, só consegue enxergar defeitos em si, como se fosse a última mulher da face da terra que pudesse despertar o interesse de alguém. Todas as suas conquistas, todo o seu histórico de lutas recheado de determinação e resiliência tornaram-se algo completamente banal à sua percepção nesse momento da sua vida.

Mergulhada nesses dias cinzentos e melancólicos, é possível que esteja obcecada com ideia de vingar-se do seu ex por tê-la deixado, ou por ter frustrado o seu amor, a sua confiança e as expectativas que foram alimentadas durante o relacionamento de vocês. Mas, você aceita um conselho de quem já sentiu isso na pele? Esqueça essa ideia de vingança ou de mostrar a ele que deu a volta por cima. Se eu dissesse que é fácil, estaria mentindo, mas é perfeitamente possível você mudar o foco. Passe a cuidar de si mesma. Invista em atividades que lhes sejam prazerosas. Se for o caso, inicie uma rotina que inclua atividades físicas, vista-se diferente, mude o cabelo, volte a estudar, faça aula de dança, comece a escrever, faça novos amigos, alimente-se melhor, programe passeios uma viagem com uma amiga. Enfim, vale pintar e bordar, só não vale desperdiçar a sua energia rastreando a vida do seu ex e se depreciando.

Não invente de se relacionar sem empolgação, apenas para que chegue ao conhecimento do seu ex. Não faça isso contigo, isso é uma forma de se violentar, sabia? Outra coisa, nessa brincadeira, você poderá machucar o coração de um cara bacana que pode estar bem intencionado e ofertando o melhor dele, mas você não estará receptiva por estar acorrentada emocionalmente ao seu ex.

Moça, entenda uma coisa: isso vai passar, afirmo isso com propriedade. É uma questão de tempo e também das atitudes que você tomar. Quanto mais investir em si mesma, mais rápido sairá desse cativeiro emocional. Pare de se comparar, pare de tentar provar a quem quer que seja que você já superou. Você não deve explicação a ninguém. Viva a sua dor com dignidade, entendendo que ela tem um prazo de validade.

Um dia você vai se lembrar desse texto, um dia você vai olhar para trás e pensar: como fui capaz de sofrer tanto por aquela situação? E vai rir muito com as amigas, vai por mim. Ah, já ia me esquecendo, quando seu coração estiver pleno, transbordando paz e contentamento, um outro amor vai chegar. É assim que acontece, e vai ser amor de dentro pra fora, amor que você desconhece, reafirmando a mensagem da música do Jota Quest. Seja feliz, moça, cuide-se.

A Lição do Turista e o Sábio

A Lição do Turista e o Sábio

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio. O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.

– Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.

E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:

– E onde estão os seus…?

– Os meus?! Surpreendeu-se o turista.

– Mas estou aqui só de passagem!

– Eu também… “A vida na Terra é somente uma passagem…

No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e esquecem-se de ser felizes.” concluiu o sábio.

NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL…
SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA.

O tempo é como um rio. Você nunca poderá tocar na mesma água duas vezes, porque a água que já passou, nunca passará novamente.

Aproveite cada minuto de sua vida e lembre-se:

Nunca busque boas aparências, porque elas mudam com o tempo. Não procure pessoas perfeitas, porque elas não existem. Mas busque acima de tudo, um alguém que saiba o seu verdadeiro valor.

Tenham 4 amores: Deus, A vida, a família e os amigos. Deus porque é o dono da vida, A vida porque é curta, a família porque é única e os amigos porque são raros!

Teste: Quem é a mãe dessa criança?

Teste: Quem é a mãe dessa criança?

Um teste curioso e despreocupado que revela algo mais sobre sua capacidade de observação. Qual das duas mulheres é a mãe dessa criança?

Um teste de lógica (mas não muito) que está se espalhando no Facebook e que faz um único questionamento, ou seja, quem é a mãe desta criança entre duas mulheres sentadas?

A gráfica em preto e branco foi feita ad hoc, para que você não se distraia com as cores.

Qual das duas mulheres será a mãe da criança? Aquela com o cabelo preso ou a da esquerda? Pense nisso por alguns segundos (não mais que isso) e responda!

Depois da foto, você encontrará as respostas mais populares e a solução para o teste!

contioutra.com - Teste: Quem é a mãe dessa criança?

A MULHER SENTADA À DIREITA

contioutra.com - Teste: Quem é a mãe dessa criança?

 

70% dos entrevistados, segundo Aweita, argumentam que a mãe do bebê é a mulher da direita. A resposta é errada. Seus cabelos presos, as pernas cruzadas enganaram mais.

Qualquer um que tenha respondido que a mae é esta (da direita) seria uma pessoa que não gosta de riscos e vive em “ritmo lento”.

Por outro lado, seria uma pessoa de personalidade calma que mantém o pulso da situação sempre e, em qualquer caso, é generoso com os outros. Está certo ser amigável, mas tenha cuidado para não ser tão ingênuo.

A MULHER SENTADA À ESQUERDA

 

contioutra.com - Teste: Quem é a mãe dessa criança?

Resposta certa! Apenas 30% dos participantes adivinharam. Então, qual é o segredo? Não está relacionado nem com o vestuário nem com a aparência física das duas mulheres, mas com a criança e com o modo como ela brinca.

Geralmente as crianças tendem a brincar viradas para o lado da mãe, pai ou, de qualquer forma, uma pessoa conhecida.

A única coisa a ser observada sobre a mulher é a posição das suas pernas: situadas um pouco para trás em sentido de proteção e que permite ao filho de se aproximar à ela, sem tropeçar.

Quem escolheu essa opção é uma pessoa lógica e com um forte senso de análise. Mas às vezes seria bom sair fora dos esquemas pré determinados!

Fonte indicada: Greenme

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Nota da página: a página divulga esse tipo de material apenas como entretenimento.

Toda pessoa que AMA alguém, deveria ler este texto de Fernanda Gentil

Toda pessoa que AMA alguém, deveria ler este texto de Fernanda Gentil

Fernanda Gentil, jornalista e apresentadora de TV, escreveu essas palavras abaixo após a perda de um amigo, Pedro Ivo Salles, de 33 anos, editor do ‘Jornal Nacional’ que faleceu após um acidente de moto. Confira o emocionante texto:

“Amigos, vamos parar!!!! Vamos parar porque hoje perdemos nosso Pedro Ivo!
Novo, querido, recém-casado, pai em poucos meses… Vamos parar, por favor, porque amanhã pode ser o Pedro Ivo de vocês.

Vamos parar de nos estressar por arranharmos nosso carro, de brigar com o vizinho por música alta, de ficar com raiva por esquecermos algo em casa. De um minuto pro outro, Pedro Ivo se foi. Vamos parar de discutir relacionamentos por besteira, de julgar os outros pela cor da pele, classe social, peso corporal ou gosto sexual.

Vamos parar de sofrer por vaidade. De acreditar que crachá conta, que salário define, que cargo manda. Vamos parar de acreditar que a vida acontece da catraca do trabalho pra dentro.

A vida é lá fora — é onde tudo acontece, é onde a gente luta por ela de verdade….. e onde a perdemos também. É pra lá da catraca que estão nossos filhos, pais, irmãos e sobrinhos, e eles muitas vezes não podem nos esperar.

Vamos parar de nos agredir e machucar. Parar de matar. Vamos parar, gente!!!! Parar de gastar tanta energia com a perda de um emprego, uma nota baixa ou um amor não correspondido. O tempo tem que ser gasto com o que requer tempo… porque o tempo não volta. O Pedrinho não volta.

Paremos, simplesmente, de PER-DER-TEM-PO com “falsos golpes” da vida. Pancada mesmo é o que não dá pra consertar. O Pedro foi uma pancada da vida, e virou uma lição também — pra gente aprender, de uma vez por todas, que quem a gente vê todo dia não vai estar aqui todos os dias.

Vamos valorizar. Pedro estava ontem, e hoje não estava mais. Um dos corações mais puros daquela redação foi embora sem nem avisar, mas eles normalmente não avisam mesmo; a gente é que tem que estar sempre avisando a eles, e só assim estaremos plenos e de consciência tranquila no dia em que eles forem embora sem dar tchau.”

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Fonte indicada: Nosso protetor

Conto árabe – A Gata e o Sábio

Conto árabe – A Gata e o Sábio

O sábio de Bechmezzinn (aldeia situada no norte do Líbano) era muito rico. Dedicava o melhor do seu tempo ao estudo e a tratar os doentes que o procuravam. A sua fortuna permitia-lhe socorrer os infelizes e todas as pessoas diziam que ele era a dedicação em pessoa.

Homem piedoso e reto, a injustiça causava revolta. Muitas pessoas vinham consultá-lo quando tinham alguma divergência com vizinhos ou parentes. O sábio dava os melhores conselhos e desempenhava frequentemente o papel de mediador.

Tinha uma gata a quem se dedicava particularmente. Todos os dias, depois do jantar, ela miava para chamar o dono. O sábio a acariciava e levava para o jardim, onde ambos passeavam até ao pôr-do-sol. Ela era a sua única confidente, diziam os criados.

A gata dirigia-se muitas vezes à cozinha, onde era bem recebida. O cozinheiro não escondia nem a carne nem o peixe, porque ela nada roubava, fosse cru ou cozinhado, contentando-se com o que lhe davam.

Ora, uma tarde, depois do passeio diário, a gata roubou furtivamente um pedaço de carne de uma panela. Tendo-a surpreendido, o cozinheiro castigou-a puxando-lhe severamente as orelhas. Vexada, a gata fugiu e não apareceu mais durante toda a noite.

Intrigado, o sábio perguntou por ela na manhã seguinte. O cozinheiro contou-lhe o que se passara. O sábio saiu para o jardim e durante muito tempo chamou a gata, que acabou por aparecer.

— Por que roubou a carne? — perguntou o sábio.

— O cozinheiro não te dá comida?

A gata, que tinha parido sem que ninguém soubesse, afastou-se sem responder e voltou seguida de três lindos gatinhos. Depois, fugiu e trepou à figueira do jardim. O sábio pegou os três gatinhos e entregou-os ao cozinheiro que, ao vê-los, mostrou uma grande admiração.

— A gata não roubou comida a pensar nela — declarou o sábio. — O seu gesto foi ditado pela necessidade. Portanto, não é de condenar. Para alimentar os filhos, qualquer ser, mesmo mais frágil do que um mosquito, roubaria um pedaço de carne nas barbas de um leão. A gata limitou-se a seguir o que lhe ditava o seu amor maternal. A conduta dela nada tem de repreensível. O pobre animal está a sofrer por a teres castigado injustamente. Fugiu para a figueira porque está zangada contigo. Deves ir lá pedir-lhe desculpa, para que se acalme e tudo volte ao normal.

O cozinheiro concordou. Tirou o turbante, dirigiu-se à figueira e pediu perdão ao animal. Mas a gata virou a cabeça. O sábio teve de intervir. Conversou longamente com ela e lá conseguiu convencê-la a descer da árvore.

A gata desceu lentamente da figueira, veio a miar roçar-se nas pernas do sábio e foi para junto dos seus três filhotes.

Moral da história: A gata era fiel ao sábio porque ele sabia que a confiança é algo construído e está localizada muito além das aparências.

6 coisas que deve manter em segredo, segundo os sábios orientais

6 coisas que deve manter em segredo, segundo os sábios orientais

Os povos antigos eram dotados de uma sabedoria incomparável. Muitas de suas descobertas e ensinamentos sobreviveram até os dias de hoje – e isso não é por acaso, os sábios orientais, por exemplo, deixaram muitos ensinamentos que se mantêm atualizados até os dias atuais. E vamos compartilhar com você alguns desses ensinamentos do mundo oriental:

1. Nunca revele o que você está planejando para o seu futuro

Comentar o que pretende fazer no futuro pode resultar numa grande frustração: desistência.
As pessoas podem ser bastante negativas e levar você a desacreditar no seu sonho.
Mantenha segredo entre você e Deus.

Quando tudo já estiver bem encaminhado, comemore com quem ama.

2. Não compartilhe com os outros sobre as limitações de seu corpo

Sabe quando você tem dores, cansaço ou enfrenta dificuldades para realizar algumas atividades?
Se possível, não compartilhe isso com todo mundo.
O corpo é algo muito pessoal e você deve aprender a ser forte e conviver com ele sem lamentações.

3. Não se vanglorie de seus atos mais caridosos

Se você ajuda alguém, deve fazer por amor e não para se vangloriar.
O ego pode estimular essa atitude horrível, mas fuja ao máximo da arrogância.
Além de se colocar numa situação bem complicada, você também pode deixar outras pessoas constrangidas e humilhadas.

4. Evite se gabar da sua coragem e do seu valor

Quando alguém é digno de admiração, as pessoas reconhecem facilmente, não é preciso você se gabar.
O máximo que vai conseguir se autopromovendo são críticas e uma imagem nada positiva.

5. Não desperdice seu tempo falando mal dos outros

Quando falamos mal dos outros, estamos revelando muito mais sobre nós do que sobre quem reclamamos.
Além disso, o ambiente fica pesado e a mente cheia de pensamentos ruins.

6. Não diga todos os problemas que sofre em sua vida pessoal

Há quem sai divulgando, até nas redes sociais, os problemas que vem enfrentando.
Lembre-se de que é muito importante se preservar.

Quando falamos demais, corremos o risco de revelar segredos ou de ficarmos muito vulneráveis diante de quem nos ouve.

Via Revista Pazes

 

Ansiedade na infância

Ansiedade na infância

É bastante comum nos referirmos a acontecimentos futuros, sejam eles eventos comemorativos, mudanças, algum tipo de teste ou prova, ou mesmo uma experiência de puro prazer com a frase “Estou ansioso para…!”.

Esse frio na barriga e esse arrepio na espinha são genuinamente benéficos; significam que estamos alertas, envolvidos com as experiências de nossa jornada; revelam a presença de uma habilidade adaptativa às transformações inevitáveis a que seremos expostos todos os dias da vida.

Sem a presença da ansiedade, nós seres humanos, provavelmente não teríamos sobrevivido às situações tão adversas pelas quais passamos em nosso processo de evolução na Terra. A ansiedade é fator indispensável à percepção do perigo e ao desenvolvimento da capacidade de antever o futuro, planejá-lo e desejar alcançá-lo. Dentro de uma intensidade equilibrada, a ansiedade nos protege, nos previne e nos prepara para o futuro.

Entretanto, o excesso dela, quando sua presença começa a causar desconforto, sofrimento emocional ou desequilíbrio frente as demandas do cotidiano, a ansiedade deixa de ser adaptativa e passa a ser disfuncional – transforma-se numa patologia.

A ansiedade patológica, infelizmente, passou a fazer parte da vida de muitas crianças e adolescentes; tornou-se um dos desequilíbrios emocionais mais comuns diagnosticados por psicólogos e psiquiatras.

Crianças ansiosas, referem sentimentos de apreensão e apresentam reações fisiológicas, tais como tensões e dores musculares, palpitações, cefaleia, sudorese, tremores, boca seca, insônia e desconfortos abdominais. E, como não têm recursos para interpretar esses sintomas, muitas vezes tornam-se irritadas, choram por qualquer coisa, passam a apresentar dificuldades na escola, têm medo de se separar dos pais ou cuidadores.

O transtorno de ansiedade pode se manifestar em diferentes níveis de gravidade; podem ser percebidos por meio de uma simples sensação de desconforto, uma pressão no peito ou na garganta, até graves crises de pânico que podem, de fato, impedir que o indivíduo raciocine com clareza ou consiga compreender que aquela situação é oriunda de desequilíbrio emocional, geralmente provocados por episódios de stress. E, se tudo isso acontecer com uma criança pequena, esse desequilíbrio pode ser erroneamente interpretado como manha, birra ou chilique.

Mas, o que faria uma criança de 7 anos, ou menos, entrar para as estatísticas dos transtornos de ansiedade? O que há de errado com nossas crianças? Infelizmente, não há uma única resposta. Porém, felizmente, já há inúmeros profissionais de saúde e educação; e também muitas famílias, interessadas em encontrar respostas para essas perguntas; e, assim, encontrar maneiras mais equilibradas e saudáveis de conduzir a educação dos pequenos, para que possam se desenvolver e amadurecer dentro de parâmetros possíveis.

Rotinas escolares rígidas demais; alfabetização precoce; agendas superlotadas de compromissos; competitividade; excesso de estímulos; superexposição às mídias digitais; convívio com espaços urbanos inseguros; violência. Esses são apenas alguns dos responsáveis pelo aparecimento do transtorno de ansiedade na infância.

Privados de tempo suficiente para brincar e descansar, os pequenos veem-se às voltas com demandas exageradas de compromissos; muitas vezes mal veem os pais durante a semana; com frequência alimentam-se mal, comem uma quantidade enorme de alimentos prontos e processados; passam tempo demais diante das telas de TV, tablets e smartphones. A infância foi adulterada por uma rotina opressiva e acelerada. Parece óbvio que este é um cenário mais que perfeito para a instalação de transtorno de ansiedade, não é mesmo?

Engana-se, porém, quem acredita que o oposto do excesso de rotina, ou seja, a criança criada absolutamente livre de horários, representa a certeza de ter crianças felizes e bem orientadas. Longe disso!

Crianças precisam de rotina; precisam ter seu dia minimamente organizado, de forma que elas saibam o que esperar. Criança não pode sair de casa para ir à escola, sem tomar café da manhã – e tomar café da manhã não é engolir uma caixinha de achocolatado. Criança não pode dormir até às dez da manhã e ficar abduzida pela televisão. Criança não pode acreditar que tem que se responsabilizar por si mesma. Criança precisa da tutoria de um adulto que a oriente com autoridade amorosa e manifeste genuíno interesse pelo que ela pensa.

No entanto, os aspectos ambientais constituem apenas uma parcela das causas desse transtorno. Há também, a possibilidade de haver predisposição genética, fatores hereditários, eventos traumáticos e aspectos neurobiológicos. Dessa forma, conclui-se que o transtorno de ansiedade pode ser causado por uma combinação de fatores biológicos e interação com o ambiente em si.

O fato é que os pais não devem consumir-se em culpa diante do quadro de uma criança ansiosa. A culpa, neste caso, como em todos os outros, não tem nenhuma serventia. Cabe sim, à família, cultivar um ambiente seguro e acolhedor, onde haja preocupação em oferecer aos pequenos uma rotina bem equilibrada, dentro da qual seja garantido tempo para brincar e descansar adequadamente. Além disso, é preciso incluir as necessidades das crianças na programação da família, inclusive nos finais de semana.

Pais atentos, são capazes de perceber alterações no comportamento dos filhos, ainda que sejam discretas. Evitar a instalação do transtorno de ansiedade é muito mais aconselhado do que deixar para resolvê-la depois. No entanto, é muito fácil cair nas armadilhas de uma vida muito mais voltada para o consumo do que para a convivência.

E, por mais incrível que possa parecer, a preservação da saúde mental dos pequenos passa por ideias muito simples:

• escolher uma escola cuja ideologia “converse” com o modo da família pensar e compreender o mundo;
• reservar ao menos uma refeição do dia para reunir todos em torno da mesa (sem TV, sem celular!);
• entender que brincar não é a mesma coisa que ter muitos brinquedos;
• compreender que a falta de limites amorosos causa uma profunda sensação de insegurança nos pequenos;
• perceber que a criança precisa de um mínimo de rotina e de um ambiente organizado para se desenvolver adequadamente;
• reconhecer que todos estão passando pelo mesmo processo de adaptação, afinal, aprende-se a ser pai e mãe dedicando-se a ser pai e mãe;
• oferecer apoio diante das dificuldades e estímulo afetivo diante das vitórias;
• estar presente, de fato!

Por fim, caso a família perceba modificações significativas na maneira de agir das crianças, o melhor de verdade é buscar o aconselhamento de profissionais de Psicologia. Psicólogos especializados em comportamento infantil têm recursos para auxiliar os pais a encontrar a melhor maneira de conduzir a situação. Todo problema de saúde psicológica, inclusive o transtorno de ansiedade, se tratado precocemente, evita a ocorrência de complicações maiores futuras, dentre elas, a depressão.

Como sempre, em se tratando de cuidados com os pequenos, vale o bom e velho bom-senso. Equilíbrio guiando decisões e uma inesgotável disposição para se deparar a cada dia com um novo desafio!

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Imagem meramente ilustrativa: cena da animação “Divertidamente”

3 sinais que a violência psicológica deixa no corpo

3 sinais que a violência psicológica deixa no corpo

A violência psicológica deixa marcas não só mentais, mas também físicas. Prova disso são doenças que a ciência considera como complexas de tratar, já que são enfermidades que não obedecem a causas ou origens possíveis de serem eliminadas com algum medicamento da farmácia.

Embora sabemos que o corpo e a mente formam uma unidade, na prática costumamos vê-lo como algo separado. Porém, tudo o que afeta as emoções transforma diretamente o organismo. E um fenômeno tão impactante quanto a violência psicológica não pode ser tratado com menosprezo.

Existe um mito muito divulgado, infelizmente, que afirma que a violência psicológica é menos importante e com consequências menos profundas que a física. É evidente que não é assim. E pior que isso, é que as marcas da violência psicológica podem ser tão graves quanto a da física. A seguir falamos de 3 sinais mais importantes que a violência psicológica deixa no corpo.

“Você mesmo, tanto quanto qualquer outro ser no universo, merece seu amor e afeto.” – Buda

1. Gastrite nervosa: Uma possível marca da Violência psicológica.

A gastrite é  a inflamação da mucosa gástrica, aquela “capa” que envolve o estômago por dentro. Os principais sintomas dessa doença são a dor abdominal aguda, uma sensação de ardor na barriga e muita acidez estomacal. Tais sintomas podem ser incapacitantes.

Este tipo de gastrite está acompanhada por alguns sintomas emocionais. Os mais visíveis são a inquietude, preocupação, estresse, nervosismo e tensão. A principal causa desse “combo” de sentimentos é chamada de ansiedade generalizada, com suas múltiplas características.

A gastrite nervosa é em muitos casos uma marca física da violência psicológica que a pessoa se auto-inflige. Há uma auto-exigência muito alta e isso conduz a uma constante tensão emocional. Desencadeando um episódio de estresse e, com o tempo, conduz ao sentimento ansioso generalizado. O afetado não escuta o que diz seu corpo. Se agride e causa dano a si mesmo, muitas vezes sem se dar conta.

2. Hipertensão

A hipertensão é outra dessas consequências que podem derivar da violência psicológica. O ser humano vem filogeneticamente preparado para reagir diante das situações de perigo. Tanto seu corpo, como sua mente, respondem ao perigo desencadeando reações que buscam a preservação da vida.

A pressão arterial se eleva quando há um sinal de perigo e o corpo deve se preparar para defender-se ou buscar ajuda. Quando o perigo desaparece, a tensão volta ao seu ritmo normal. Se o perigo está na mente, então se experimenta uma situação de risco constante, que, por sua vez, faz que a pessoa mantenha uma tensão alta para poder se manter alerta.

Quem se sente atacado ou menosprezado constantemente tende a ter predisposição para desenvolver hipertensão. Em outras palavras, quem permanece em uma posição defensiva diante de uma situação de violência psicológica sofrida. A hipertensão é comum em pessoas que continuam em situações conflituosas e, muitas vezes, perigosas para sua integridade.

3. Derrames oculares.

Os derrames oculares são essas hemorragias que as vezes aparecem na parte branca do olho ( esclerótica). O usual é que este tipo de hemorragias não produção basicamente nenhum sintoma. Não doem, não afetam a visão nem tampouco ocasionam moléstias no olho. Simplesmente aparecem um dia qualquer e logo vão sumindo. A ciência desconhece a causa pela qual isto se produz. No entanto, há algumas hipóteses a respeito.

Do ponto de vista psicossomático, o derrame ocular pode falar de violência psicológica. Podemos interpretar como um golpe emocional recebido na cara, mas cujas causas e consequências foram reprimidas. O corpo reage como se efetivamente tivesse recebido um golpe no rosto, mesmo que este não seja um golpe físico.

O derrame ocular pode ser interpretado como uma ferida por aquilo que foi visto ou se vê não necessariamente de maneira física. É uma forma que a mente tem de expressar, através do corpo, que está sofrendo com o panorama que contempla. Isto se dá em condições de violência psicológica.

Infelizmente, muitas vezes não se dá a mesma importância para a saúde emocional dada a saúde física, como se fosse possível separá-las e tivessem relevâncias distintas. Este é um erro grave. As experiências negativas, como a violência psicológica, não só leva a enfermidades físicas como também podem conduzir a morte. Neste sentido, cuidar das nossas relações é também preservar a nossa vida.

Este texto é uma tradução adaptada do original de Edith Sànchez para o site La Mente Es Maravillosa.

Universidade cria ‘armário do choro’ para alunos durante provas finais

Universidade cria ‘armário do choro’ para alunos durante provas finais

“Cry closet” (armário do choro, em português). Assim, a Universidade de Utah (UUtah), nos Estados Unidos, batizou o lugar que reservou para que os alunos aliviem o “estresse” das provas finais na Biblioteca J. Willard Marriott. O ano letivo no Hemisfério Norte termina neste mês.

Equipado com bichos de pelúcia, o “armário do choro” foi instalado nos principais prédios da UUtah, no fim de abril. A fama internacional veio após o post de uma aluna, nas redes sociais Jackie Larsen, de 20 anos, que está no terceiro ano na universidade, contou, ao Buzzfeed, que ficou surpresa com o “armário do choro” e por isso resolveu publicá-lo no Twitter, com uma série de imagens.

Em uma delas, está explícito o objetivo do lugar: “oferecer um local para estudantes que estão se preparando para os exames finais fazerem um intervalo de dez minutos”. O porta-voz da UUtah revelou que o “armário” é uma criação de Nemo Miller, que cursa Belas Artes. “A instalação está disponível para todos os alunos e tem provocado debate sobre a importância de expressar emoções, particularmente de maneira pública”, defendeu.

TEXTO ORIGINAL DE NOTÍCIAS AO MINUTO

Não alimente amor por whatsapp

Não alimente amor por whatsapp

Como todos já sabemos, a vida é feita de escolhas e teremos que lidar com suas consequências enquanto vivermos. Desde que acordamos, até o momento em que resolvemos dormir, ao fim do dia, escolhemos, optamos, selecionamos o que vamos fazer, quais palavras usaremos, o que comeremos, com quem conversaremos, como nos comportaremos, enfim, priorizamos algumas coisas, em detrimento das demais.

Infelizmente, costumamos colocar na primeira ordem do dia nossos compromissos com o trabalho, o que é natural, haja vista nossas necessidades básicas que envolvem dinheiro. Não titubeamos em agendar reuniões, em responder a mensagens de colegas de trabalho, em deixar a refeição de lado por conta de compromissos atrelados ao nosso emprego. Protelamos qualquer coisa em favor de agendas trabalhistas.

Nesse contexto, mensagens de familiares podem esperar. Almoço com um amigo de longa data é perfeitamente cancelável. Aquele café rápido com os pais pode ser desmarcado. O “bom dia” e o “eu também te amo” são desnecessários, afinal, um emoji no whatsapp já dá conta disso tudo. A gente sempre acha que as pessoas entenderão nossas razões, que saberão do nosso sentimento por elas, sem que seja necessário ficar mantendo laços frequentes. Mas isso não corresponde à verdade, quando se trata de ausências repetidas e contínuas.

Não há relacionamento que consiga se sustentar no vácuo, no vazio, em vias de mão única. Sentimentos verdadeiros não sobrevivem de promessas, de aplicativos, de emojis, de ilusões. Não é preciso viver grudado, mandar textão ou áudios imensos, a todo momento, nem deixar de ser você mesmo. Não é preciso parar o que estiver fazendo sempre que solicitado por alguém de fora. Apenas será necessário agir de forma realmente recíproca, de uma forma que o outro se sinta alguém de verdade aos seus olhos.

Reciprocidade não implica estar vinte e quatro horas de plantão para atender às necessidades alheias, mas significa que o parceiro tem a certeza de que poderá contar com o outro, quando mais precisar, ao vivo, e não pela tela do celular tão somente. Amor se rega, carinho se cultiva, atenção se perpetua. Sem adubo afetivo, sentimento arrefece. E fim.

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