Homem para de fumar e com o dinheiro do cigarro ele viaja, reforma a casa e mais

Homem para de fumar e com o dinheiro do cigarro ele viaja, reforma a casa e mais

O vício do cigarro é difícil de largar mas os benefícios são inquestionáveis. Este cearense de 66 anos provou que largar o cigarro melhora não só a saúde: ele teve benefícios impressionante também com suas finanças. Nilo Veloso juntou mais R$ 30 mil em moedas que gastaria com cigarros e usou para seu lazer.

Fumante por 34 anos, ele conta que era comum comprar 3 carteiras de cigarro por dia:

“Comecei a fumar com uns 20 anos, na época era considerado um charme. Fui fumando cada vez mais e cheguei a fumar 3 maços por dia nos dois últimos anos, até que parei no dia 24 de julho de 2005”, relembra o aposentado.

Com 54 anos ele deu adeus ao tabagismo após sofrer um mau súbito enquanto dirigia:

“Fiquei tonto, tudo ficou escuro, precisei parar o carro por causa da vista embaçada, joguei o cigarro fora e pedi ajuda a Nossa Senhora”, relembra.

Nilo já havia tentado largar o vício outras vezes mas não conseguiu. O ex fumante conta seu segredo:

“Já tinha usado remédio, adesivo e nada adiantou. Neste dia, eu não precisei de nada. Eu falo que Nossa Senhora veio com um bisturi divino e me operou. O que aconteceu foi um milagre”, afirma.

Nilo tomou a decisão inteligente de juntar os R$ 15,00, que gastava diariamente com o vício, em um cofre.

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Com o valor ele completou o dinheiro para adquirir um carro, comprou três notebooks, três câmeras digitais. Também fez viagens com a esposa para a Argentina, Uruguai, Chile, Aracaju e duas idas para a Serra Gaúcha. O comerciante ainda usou o dinheiro para adquirir uma bicicleta de carbono, de R$ 11.800, para pedalar 4 vezes por semana.

”Eu rejuvenesci”, afirma.

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Doze anos após tomar a decisão de parar de fumar, Nilo emagreceu 22kg e diz que consegue percorrer mais de 40 quilômetros de bicileta. Ele continua juntando o dinheiro equivalente às carteiras de cigarro que comprava e pretende usá-lo para fazer outra viagem.

“Era tanta nicotina que tive que mandar lavar todas as roupas do armário quando parei de fumar. No começo de 2006 comecei a pedalar e hoje pedalo 28 km de terça e quinta e mais de 50 km de sábado e de domingo.Meu cabelo melhorou, minha pele agora é limpa, até o gosto da água ficou diferente”, comemora.

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Fontes: G1 Vix. Via Refletir para Refletir

Não importa o que pensam, dizem ou esperam de você. Você tem o seu valor.

Não importa o que pensam, dizem ou esperam de você. Você tem o seu valor.

Lendo o livro “A coragem de ser imperfeito”, de Brené Brown, me deparei com um trecho em que ela diferencia “ser aceito” de “se encaixar”. Em suas palavras, “se encaixar e ser aceito não são a mesma coisa. Na verdade, encaixar-se é um dos maiores obstáculos para a aceitação. Encaixar-se tem a ver com avaliar uma situação e tornar-se quem você precisa ser para ser aceito. A aceitação, ao contrário, não exige que você mude, ela exige que você seja quem você realmente é”.

Isso foi como um soco no estômago para mim. Pois durante muito tempo me importei mais em me encaixar do que em ser aceita como realmente sou. Durante muito tempo me esforcei mais para ser a pessoa que esperavam que eu fosse – com medo de ser desaprovada e menos amada – do que para ser alguém coerente com as coisas que realmente fazem sentido para mim. O medo da rejeição me fazia atender às expectativas sem me questionar quais eram meus desejos, minhas opiniões, minhas certezas.

Viver de acordo com o que esperam de nós e não como realmente somos é perigoso e nos adoece. Viver suprindo as expectativas dos outros nos faz olhar para nós mesmos com desamor, pois valorizamos mais o que é exigido de nós do que aquilo que realmente desejamos. Viver sem coragem de assumir nossas escolhas, nossos gostos pessoais, nossos contentamentos ou desgostos como se isso fosse errado ou vergonhoso, diminui nosso amor-próprio e nos conduz a uma vida dolorosa de aparências.

Não precisamos ter receio de não sermos “bons o bastante”. Não precisamos esconder nossas escolhas, gostos, preferências, contentamentos e desejos sob um manto de “perfeição” que só satisfaz quem está do lado de fora, mas não satisfaz quem habita nossa própria pele.

Aos quarenta e quatro anos, a duras penas, tenho aprendido a assumir quem sou de fato. Tenho descoberto que muito daquilo que eu acatava como certo, não é certo para mim. Tenho acariciado minha alma ao reconhecer que também faço boas escolhas, baseadas no que acredito, e não naquilo que é simplesmente imposto e ordenado. Tenho aprendido que minha baixa autoestima também vinha do fato de que eu duvidava da minha própria capacidade de posicionamento, pois preferia seguir o “script” a ousar dirigir minha própria versão da história.

Algo dentro de mim se entristece ao perceber que demorei tanto tempo para aprender isso. Porém, algo também se iluminou, pois percebi que, embora tenha assumido minha própria identidade, não perdi o amor daqueles que realmente importam.

Quando achamos que não somos bons o bastante, ou quando nos condicionamos a acreditar que nossas opiniões e argumentos são fracos e insignificantes perto das opiniões e argumentos dos outros, nos fechamos. Preferimos não opinar, não argumentar, não correr riscos, não nos expor. Porém, também não vivemos uma vida plena. Não descobrimos que somos sim bons o bastante, que somos sim corajosos e fortes, que somos sim dignos de sermos escutados e apoiados.

É preciso acreditar que não importa o que pensam, dizem ou esperam de você. Você tem o seu valor. Você tem o seu valor mesmo se discordar de alguém, mesmo se optar por outro caminho, mesmo se fizer ou não fizer o que esperam de você. Você não é perfeito, mas ainda assim tem seu valor.

Às vezes é preciso fazer algo muito diferente do combinado para que você perceba que realmente o mundo não desaba quando você ousa ser você mesmo. Na hora dói, machuca, e você se pergunta se fez a coisa certa. Mas depois passa. As pessoas começam a te respeitar mais e, o mais importante, você começa a se respeitar mais. Pois descobre que aquela voz interna que falava baixinho dentro de você, também tem força, importância e muita convicção em sua argumentação.

Às vezes, descobrir que somos as “ovelhas negras” da família não nos torna pessoas ruins, mas sim pessoas que têm a coragem de expor suas imperfeições e vulnerabilidades do mesmo modo que expõem seus dons e qualidades; pessoas que ousam ser quem são independente do que os outros desejam que sejam. Pessoas que têm a maturidade de se posicionar com segurança, correndo o risco de decepcionar alguns, mas certamente de ganhar a admiração e o respeito de outros, e mais ainda, de si mesmos.

Enfim, gostaria de terminar com um trecho do livro de Brené Brown, que achei extremamente verdadeiro e feito para mim: “Desnudar-se emocionalmente significa correr um risco muito maior de ser magoado. Mas, quando faço uma retrospectiva de minha própria vida e do que viver com ousadia provocou em mim, posso dizer com sinceridade que nada é mais incômodo, perigoso e doloroso do que constatar que estou do lado de fora da minha vida, olhando para ela e imaginando como seria se eu tivesse a coragem de me mostrar e deixar que me vissem”.

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*Imagem de capa: Filme “A Felicidade por um fio” – Pesquisa Google

*Compre meu livro “Felicidade Distraída” aqui: https://amzn.to/2CTXUN

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Japão descobre coquetel para combater Alzheimer: 3 remédios

Japão descobre coquetel para combater Alzheimer: 3 remédios

Cientistas japoneses descobriram que a combinação de três medicamentos, já conhecidos, pode ser crucial para o tratamento do Mal de Alzheimer.

A pesquisa com células-tronco, divulgada na última terça-feira (21) pela Universidade de Kyoto, diz ter encontrado um coquetel que reduz as Beta-amiloide. A alta produção dessas proteínas no cérebro é tida como um dos principais fatores para o desenvolvimento da doença.

O grupo testou 1.258 drogas nos tecidos e identificou que a combinação mais eficiente para reduzir as proteínas Beta-amiloide foi um coquetel de três medicações existentes:

-bromocriptina, usada para tratar o Mal de Parkinson.
-cromoglicato, usada para asma.
-topiramato, usada no tratamento de epilepsia.

Ao usar as três medicações simultaneamente, o experimento mostrou que a acumulação de Beta-amiloide reduziu em mais de 30%.

No relatório, os pesquisadores explicam que “o coquetel mostrou um efeito significativo e potente e promete ser útil” no desenvolvimento de drogas para tratar a doença.

A pesquisa

A experiência foi publicada no jornal on-line “Cell Reports”.

Nela o grupo de pesquisadores criou células-tronco pluripotente induzidas (células iPs, na sigla em inglês) de pessoas, incluindo pacientes com Alzheimer, e as cultivou in vitro para replicar tecidos cerebrais doentes.

Depois, os cientistas criaram neurônios derivados dessas células iPS para cinco pacientes com histórico de Alzheimer na família; para quatro sem histórico na família, mas na área de risco considerada “Alzheimer esporádico”; e para quatro perfeitamente saudáveis.

“Houve um efeito a nível celular, mas ainda não temos certeza de como pode afetar um ser humano”, afirmou Haruhisa Inoue, professor da Universidade de Kyoto e membro da equipe, à imprensa japonesa.

Segundo o centro de pesquisas, esta é a primeira vez na história em que uma combinação de medicamentos consegue reduzir as proteínas Beta-amiloide.

Alzheimer é o mais comum tipo de demência no planeta. De acordo com a organização internacional que acompanha a doença, ADI, há 46,8 milhões de pessoas com o Mal no mundo.

Com informações do UOL & Cell Reports

Fonte: Só Notícia Boa. Via Saber Viver Mais.

É maravilhoso morar num amor recíproco

É maravilhoso morar num amor recíproco

Gente, existe experiência mais gostosa e gratificante do que o amor recíproco? Acho pouco provável que exista. Escrever sobre esse tema deixa o meu coração eufórico, confesso.

Ah, como é gostoso esse sentimento de pertencimento! É uma delícia se doar sem reservas e receber tudo na mesma proporção. É indescritível o sentimento de morar no outro sem se sentir um inquilino incômodo. Numa relação recíproca, não se faz necessário falar muito pois o silêncio se transforma naquele tradutor eficiente do que se passa dentro da gente.

A intimidade é sempre permeada de leveza e intensidade, a gente pode tudo, inclusive não fazer nada e até o tédio é bonito e cúmplice. Acariciar o rosto com ternura ou beijar a boca com uma excitação desesperada… tudo é marcante. A gente se reconhece no outro e o outro nos lê por inteiro. É sobre falar a mesma língua, no beijo e no acolhimento.

Reciprocidade é se aninhar no corpo do outro e sentir um cheiro de roupa limpa e seca ao sol.

Descoberta dos EUA pode decretar o fim da quimioterapia

Descoberta dos EUA pode decretar o fim da quimioterapia

Cada célula do corpo humano contém um “código de matar” que pode ser acionado para causar sua própria autodestruição.

Essa é a descoberta feita por pesquisadores da Northwestern University, em Illinois, que acreditam que ela poderia ser utilizada para a futura luta contra o câncer.

Especificamente, eles preveem que células malignas poderiam ser encorajadas a “cometer suicídio” sem produtos químicos tóxicos bombeados para dentro do corpo.

E, no processo, isso poderia significar o fim de exaustivas rodadas de quimioterapia.

Atualmente, assim que os guarda-costas internos da célula percebem que ela está se transformando em câncer, ela auto-ativa o código de eliminação para se extinguir.

Incorporados em ácidos ribonucleicos, os cientistas estimam que eles evoluíram há mais de 800 milhões de anos para proteger o corpo de doenças.

No entanto, enquanto eles já são um pouco bem sucedidos, eles nem sempre podem competir com tumores agressivos. Daí eles são artificialmente incitados com drogas.

Mas estes poderiam ser ainda mais poderosos se duplicados sinteticamente – até porque beneficiariam um paciente sem os efeitos colaterais da quimioterapia.

“Agora que sabemos o código de morte, podemos ativar o mecanismo sem ter que usar quimioterapia e sem mexer com o genoma”, disse o principal autor Marcus E. Peter, professor de Metabolismo do Câncer de Tomas D. Spies da Northwestern University Feinberg School of Medicine.

“Podemos usar esses pequenos RNAs diretamente, introduzi-los em células e acionar o interruptor de matar.”

“Meu objetivo não era criar uma nova substância tóxica artificial”, acrescentou. ‘Eu queria seguir o exemplo da natureza. Eu quero utilizar um mecanismo que a natureza tenha projetado.

Ele acrescentou: “Com base no que aprendemos nesses dois estudos, podemos agora projetar microRNAs artificiais que são muito mais poderosos em matar células cancerosas do que as desenvolvidas pela natureza”.

No entanto, ele ressaltou que uma terapia potencial ainda levará alguns anos pra ser desenvolvida.

O estudo foi publicado nesta segunda, 29/10, na Nature Communications.

Com informações do Daily Mail. Via Pensar Contemporâneo.

INTESTINO “Nosso Segundo Cérebro”

INTESTINO “Nosso Segundo Cérebro”

Por Karen Young

Existe algo extraordinário escondido nas paredes do nosso sistema digestivo. Cientistas já sabem disso há algum tempo, mas novas tecnologias estão levando as pesquisas ao topo.

O que foi descoberto irá revolucionar a forma que pensamos sobre a nossa saúde física e mental.

O que acontece na nossa cabeça tem muito a ver com o que acontece mais ao sul, onde cientistas carinhosamente apelidaram de “o cérebro no intestino”. Há uma forte conexão com o cérebro na nossa cabeça, e juntos, são peças fundamentais no nosso humor e saúde mental.

O cérebro em nosso intestino, ou o segundo cérebro, como é chamado, é formado por algo em torno de 200 a 600 milhões de neurônios, localizados no tecido do trato gastrointestinal.

Com toda essa potência, não é surpresa que o intestino faça muito mais do que apenas lidar com a comida e outras coisas no corpo humano.

Tem um papel fundamental no funcionamento mental e emocional, enviando informações diretamente para o cérebro e influenciando sentimentos de stress, ansiedade e tristeza, assim como memória, tomada de decisões e aprendizado.

O cérebro em nosso intestino não é capaz de pensar como estamos acostumados, mas se comunica com o nosso cérebro principal, sendo fundamental para nosso bem-estar emocional e mental.

Mente triste, barriga triste. O que vem primeiro?

Não é novidade que ansiedade, stress e depressão normalmente trazem ‘barrigas tristes’ com eles, com constipação, diarreia, inchaço e dor.

Por décadas, médicos acharam que stress, ansiedade e depressão eram a causa, mas agora parece que é o contrário. Irritações no sistema gastrointestinal mandam sinais para o cérebro que ativam mudanças de humor. Sabemos que probióticos aliviam os sintomas de ansiedade e depressão, e esse pode ser o motivo.

O intestino não é apenas importante para a saúde física, mas também é fundamental para a saúde mental. O que é fascinante é a direção da influência. O nervo mais longo saindo do cérebro é chamado de vago (na verdade é um par de doze que saem do cérebro).

Ele vai até a barriga e encosta no coração e na maior parte dos órgãos ao longo do caminho. Aqui está a parte interessante: cerca de 90% das fibras do vago carregam informações de órgãos internos no tórax (como o coração) e do abdômen até o cérebro, e não o contrário.

Nossa linguagem evidencia isso – nós estamos falando muito antes de conhecermos. Se você já foi direcionado pelo seu instinto para tomar uma decisão, ou ouviu seu coração, é provável que tenha percebidos sinais do seu segundo cérebro.

O papel das bactérias intestinais

Além de neurônios, temos outro destaque no conexão barriga-cérebro – as 100 trilhões de bactérias que vivem no trato gastrointestinal. De acordo com o professor de fisiologia, psiquiatria e ciências comportamentais Emeran Mayer, da UCLA, essas bactérias contêm sabedoria que é enviada ao cérebro.

Elas afetam nosso comportamento a todo minuto durante todos os dias desde que nascemos, e provavelmente até antes.

Um estudo fascinante: da extroversão para introversão através do intestino

A pesquisa do professor Mayer mostrou como combinações específicas de bactérias podem influenciar a rede neural do cérebro e assim afetar o temperamento, humor e aprendizado.

Outros pesquisadores também exploraram a possível conexão entre essas bactérias e comportamento, e assim fizeram descobertas interessantes.

Em um estudo, quando as bactérias de ratos tímidos foram transferidas para ratos extrovertidos, os extrovertidos se tornaram mais ansiosos. Também deu certo no sentido contrário: quando os ratos tímidos receberam as bactérias dos extrovertidos, os ratos tímidos se tornaram mais atrevidos e extrovertidos.

Ratos agressivos se acalmaram quando cientistas ajustaram suas bactérias dando antibióticos e probióticos para eles.

Outro estudo: a relação entre bactérias e temperamento

Uma pesquisa encontrou correlações entre temperamento e a presença de uma bactéria intestinal específica em crianças, particularmente meninos. A conexão foi independente do histórico de amamentação, dieta e método do parto. O que foi descoberto:

– Crianças com a maior diversidade genética de bactérias gastrointestinais eram mais positivas, curiosas, sociáveis e impulsivas.

– Nos meninos, extroversão foi associada com a abundância de um tipo específica de bactéria (famílias Rikenellaceae e Ruminococcaceae e gênero Dialister e Parabacteroides).

– Nas meninas, auto controle, carinho e foco foram associados a uma menor variedade de bactérias.

– Meninas com grande quantidade de uma família de bactérias espefícia (Rikenellaceae) aparentaram ser mais medrosas do que as meninas com uma diversidade equilibrada na microbiota.

Essa pesquisa ainda é recente, então não ainda não é certo o que seria uma barriga ideal em termos de equilíbrio das bactérias gastrointestinais, ou quais fatores seriam influência. É possível que o equilíbrio perfeito varie de pessoa para pessoa.

O intestino e a depressão

A depressão é amplamente atribuída a uma diminuição na serotonina, um neurotransmissor que é responsável pelo humor. O que é impressiona é que apenas 5% da serotonina do corpo é armazenada no cérebro. Os outros 95% são armazenados no intestino.

Não é surpresa então que a grande maioria de antidepressivos que atuam nos níveis de serotonina usualmente causam desconforto gastrointestinal.

Também não é surpresa que o intestino esteja mais ligado à depressão do que a gente imagina. Pesquisas continuam sendo feitas em busca de respostas.

O intestino e a ansiedade

Pesquisadores descobriram que jovens adultos que comem mais comida fermentada (que contém probióticos) têm menos sintomas de ansiedade social.

Conforme o professor de psicologia Matthew Milimire, ‘é provável que probióticos nas comidas fermentadas são favoráveis a mudanças no trato gastrointestinal, que influenciam a ansiedade social… os microrganismos na sua barriga podem influenciar sua mente.’

Comida e o fator de conforto

A necessidade de conforto raramente nos direciona a vegetais. Pelo contrário, ‘comida de consolo’ tende a ser rica em gordura e em calorias.

A relação entre comida e humor não é coisa da nossa cabeça. Sim, comida de consolo é muito mais gostosa, muito mais cheirosa e trás a memória momentos de alegria e segurança, mas tem muito mais que isso, conforme uma equipe de pesquisadores Belgas descobriu.

Os pesquisadores deram nutrientes diretamente aos estômagos dos participantes via uma sonda nasogástrica, com a intenção de tirar a experiência sensorial que normalmente é associada a comida de consolo, como cheiro, gosto e memórias.

Os participantes receberam ou uma solução salina ou uma infusão de ácidos graxos. Sem saber o que estava na sonda, aqueles que receberam ácidos graxos tiveram metade dos níveis de tristeza e fome comparado aos que receberam a solução salina.

Isso também foi constatado por exames cerebrais. Imediatamente após os ácidos graxos chegarem ao estômago, foi vista uma atividade maior na parte do cérebro que controlar as emoções.

Stress e comida

Uma pesquisa mostrou que ratos estressados preferem comida mais gordurosa (manteiga de amendoim) do que ração regular. Naturalmente, eles ganham mais peso do que seus colegas menos estressados.

Em tempos de stress, o intestino aumenta a produção de grelina, um hormônio que sinaliza a fome para o cérebro. Pesquisas em humanos chegaram à mesma conclusão. Em um estudo recente, casais tiveram um aumento significativo do hormônio após uma discussão.

Os pesquisadores não puderam concluir que relacionamentos não saudáveis causam más escolhas na hora de comer, mas a correlação é forte.

As bactérias intestinais estão por trás de tudo isso?

O professor Mayer pontua que nos últimos 50 anos percebeu um aumento drástico nos casos de autismo, esclerose múltipla e obesidade. Todas essas doenças alteraram as interações entre intestino e cérebro.

Ao mesmo tempo, nos últimos 50 anos, a forma que o alimento é produzido e processado foi muito modificada, e também a forma que utilizamos antibióticos. Isso é reflexo das nossas escolhas? Do jeito que está, é apenas especulação, mas é uma área de estudo que está ganhando visibilidade.

E agora?

A saúde mental não fica só na cabeça. Nem a doença mental. Finalmente, a ciência está nos dando provas concretas disso. As pesquisas são animadoras e promissórias no sentido de revolucionar os tratamentos para uma série de fatores e o jeito que cuidamos da nossa saúde mental.

A pesquisa está constantemente evoluindo, mas nós sabemos a importância de ficarmos atentos ao estado que o nosso intestino está e fazermos o possível para mantê-lo saudável.

Ali está o segundo cérebro, e possivelmente, umas das chaves para o sucesso do nosso bem estar mental e emocional.

* Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Texto originalmente publicado no Hey Sigmund , livremente traduzido e adaptado pela equipe da Revista Bem Mais Mulher

Houve um tempo em que você mendigava amor

Houve um tempo em que você mendigava amor

Eu sei que você já mendigou amor, e posso imaginar o quanto sente raiva de si mesmo(a) quando se lembra disso. De vez em quando, você fica perambulando pelo passado e se depara com essa triste realidade. Sei do desgosto que sente pelas incontáveis vezes em que relevou atitudes imperdoáveis de parceiros(as) que nunca honraram esse título, afinal, verdade seja dita, naquele relacionamento, a parceria só existia da sua parte.

O tempo passou e lhe revelou verdades duras, porém, transparentes e indispensáveis ao seu amadurecimento. Seguramente, você pensa em cada situação em que fez cara de paisagem diante de evidências graves envolvendo aquele relacionamento sem futuro que você insistiu em chamar de amor. Sei que não se conforma das vezes em que se iludiu acreditando que mudaria o caráter daquela pessoa. Todos o a(a) alertaram, mas você se revestiu de ilusão e disse: “comigo ele(a) será diferente”.

Você via a balança sempre pesando para um lado, nunca existia igualdade nas doações de afeto, respeito, carinho e confiança. Você olhava aquele(a) parceiro(a) e, muitas vezes, aquele restinho de dignidade que ainda lhe restava exigia um posicionamento da sua parte. Ainda existia uma voz abafada aí dentro da sua alma que de vez em quando gritava: “você não merece isso, se valorize…olha a que ponto chegou o desrespeito dessa pessoa por você!”

Em determinados momentos, você já nem sabia mais se merecia esse tal respeito, você já estava tão acostumado a ser destratado(a) que já achava tudo normal, por mais inaceitável que fosse o tratamento que o outro lhe dispensava. Foi uma luta ferrenha entre o seu resquício de dignidade e a sua auto estima estraçalhada, eu sei. Nem tudo estava perdido, ainda bem, a sua dignidade falou mais alto e você reagiu em favor de si mesmo(a).

Aos pouco, a sua lucidez foi voltando e você foi compreendendo que aquilo não era um amor, era, sim, um vínculo que destruía o que você possuía de mais bonito. Você tinha a consciência de que não seria fácil se livrar daquela situação, mas, foi pouco a pouco, se municiando de coragem e atitude até dizer “chega”. Nesse processo, houve muitas recaídas, mas você não desistiu de si mesmo(a).

Você rompeu aquele relacionamento usando o cérebro como norteador, e, foi aos poucos, mostrando ao seu coração que aquela foi a melhor decisão. Por fim, chegou aquele dia em que você se deu conta de que aquela pessoa não era mais o seu primeiro pensamento ao acordar, tampouco, o último antes de pegar no sono. Então, você sorriu e sentiu um baita orgulho de si. Agora, para fechar com chave de ouro, você precisa se perdoar. Você é humano(a) e como tal está sujeito a cometer erros, falhar, se enganar. O que não pode e não deve é você se abandonar, jamais.

Eu tenho medo de perguntar a Deus onde foi que eu errei e ele ficar falando… falando… falando…

Eu tenho medo de perguntar a Deus onde foi que eu errei e ele ficar falando… falando… falando…

Me lembro como se fosse hoje dos sermões intermináveis da minha mãe. Algumas vezes cheguei a pensar que ela era mesmo um talento desperdiçado; podia ter sido uma locutora de rádio de sucesso; ou, quem sabe, ter ficado rica igual ao Silvio Santos; ou – e por que não -, ter virado uma dessas pastoras dessas igrejas que têm até rede de televisão.

Mas, não! Ela resolvia exercitar toda a sua habilidade de oratória de disco de vinil riscado em cima da gente. É verdade que a minha irmã do meio recebia muito mais atenção neste quesito, porque ela aprontava sozinha muito mais do que eu e a minha irmã mais velha juntas. Entretanto, o arsenal de ensinamentos era tão vasto que sobrava para todo mundo; até para o meu pai e uma tia solteira e bem velhinha que morava com a gente. Minha avó materna também morava com a gente, mas com essa aí minha mãe não se metia não, porque a velhinha era uma fera e a ÚNICA pessoa nesse mundo a botar minha mãe na linha.

Para nós, a minha Vó Nenê era “tipo Deus”, porque quem além Dele seria capaz de amansar a minha mãe? E deve ser por isso que eu cresci com firme propósito de NUNCA perguntar a Deus “O que foi que eu fiz de errado?”. Vai que ele resolve responder… Eu, hein! Melhor não arriscar.

Muita gente pode não saber, mas num período longínquo da nossa história… lá pelos idos de 1970 havia modalidades de meliantes que foram se especializando com o tempo – eram os “batedores de carteira”; esses caras tinham dedos muito leves, tão leves que eram capazes de subtrair carteiras de dentro do bolso de alguns desavisados, sem que os desavisados sequer sentissem o mais leve roçar de mãos em suas nádegas – coisa de especialista mesmo! Hoje em dia, o alvo são os celulares, que naquela época não existiam nem em filme de ficção.

Um dia, minha mãe saiu de casa para ir à feira – e isso acontecia toda sexta-feira, religiosamente. Dona Daisy saía de casa – nós morávamos no Edifício Copan, no centro da cidade de São Paulo, onde meu pai era zelador -, e ia a pé mesmo até a feira da Rua Sergipe, ao lado do Cemitério da Consolação. Naquela sexta-feira, em especial caía uma chuvinha fina e chata (aquela garoa que tinha em São Paulo da garoa, São Paulo que terra boa, ê ê ê ê São Paulo… lembra?!). Então… garoava na terra da garoa, era mês de fevereiro e eu, que estava de férias, fui escalada para acompanhar a Dona Daisy à feira para ajudar a carregar o guarda-chuva, as sacolas de verduras e o carrinho de frutas.

E lá fomos nós para as aventuras de “Olha o abacaxi, doce feito mel, freguesa!”; “Moça bonita não paga, mas também não leva!”; “Nossa Senhora, mas essa é a sogra que eu pedi a Deus!”; “Olha a fruta diet e light, não engorda e ainda afina a cintura!”; “Hoje tem tomate a preço de banana! Chega aí freguesia!”; “Quem não pediu ainda, pida!”. Foi nesse dia fatídico que eu descobri duas outras habilidades da minha mãe, além do dom da oratória: uma foi a de NUNCA pagar o primeiro valor pedido pelo produto. Na terceira barraca eu já estava querendo me enfiar dentro da próxima melancia e desaparecer. Deve ser por isso que eu não consigo pechinchar preço; aquela experiência deve ter me causado um trauma infantil.

A segunda habilidade que eu descobri no comportamento da Dona Daisy deixaria o Chuck Norris, o Stallone e o Scwarzenegger com inveja! Foi assim… Havíamos acabado as compras, estávamos com as sacolas e o carrinho lotados de mamões, chicórias, batatas, repolhos, mangas, laranjas, alfaces, brócolis… e tals. Com muito sacrifício eu havia convencido a minha mãe a comprar um pastel de queijo pra mim; afinal eu não deixei de reparar que tinha uns garotos que, para ajudar a carregar a sacola, cobravam o equivalente a um pastel de feira; logo, nada mais justo, certo?

Tinha parado de chover, portanto minha mãe naquele momento carregava a sombrinha enrolada e fechada debaixo do braço. Ela me deu o troco para comprar o pastel de queijo e ficou ali perto me esperando, sombrinha debaixo de um braço, duas sacolas aos seus pés no chão e mais o carrinho cheio ao seu lado.

Eu já ia voltando para perto da minha “doce progenitora”, muito focada no meu delicioso pastel, quando ouvi, os gritos furiosos da Dona Daisy. Ao nosso redor, a feira era só silêncio. Os feirantes pararam de gritar suas ofertas e as outras donas de casa e os outros seres estranhos que ali estavam, já iam formando uma roda em torno da minha mãe.

Virgimaria! Um batedor de carteira, tinha tentado surrupiar a carteira da minha mãe. Coitado!!! O moleque tomou uma surra de guarda-chuva, acompanhada de um dos mais eloquentes sermões que eu já tinha escutado sair daquela santa boquinha: “Ahhhhh pirralho sem vergonha! Tu não tem mãe, não, é seu desgraçado duma figa! Moleque sem educação! Onde já se viu querer roubar uma mãe de família! Desclassificado!” – e tome guarda-chuvada!

Para piorar, na hora daquele “vucovuco” algumas iguarias como limões e cebolas acabaram rolando pela calçada. No fim minha mãe acabou fazendo o moleque catar as coisas do chão, sem interromper o rosário de impropérios acerca do comportamento criminoso do meliante.

E o moleque catava as coisas e murmurava “Desculpa, Dona!”; “Chega, Dona!”; “Para, Dona!”; “Por favor, Dona!”.

Passada a ira, minha mãe se deu conta da plateia à sua volta e não se fez de rogada: “QUE, QUE É! NUNCA VIRAM UMA DONA DE CASA EDUCAR BANDIDO, NÃO? VÃO ARRUMAR O QUE FAZER!”.

É meu amigo, você não sabe a fera que era a Dona Daisy!

Dissipada a multidão. Meu pastel a essas alturas já tinha esfriado, o queijo já nem fazia aquele show de esticar para fora da massa… minha mãe amansou a fala com o moleque: “Tava roubando por quê, criatura?”; e o garoto, entre uma fungada e outra, respondeu: “Eu tava com fome, Dona!”.

Foi aí que eu vi uma coisa rara de acontecer, um olhar de arrependimento passou por uma fração de segundos no rosto da minha mãe; mas foi muito, muito, rápido. No entanto, o suficiente para que eu reconhecesse ali, atrás daquela fachada de braveza explícita, uma versão bruta e original de amor maternal.

Dona Daisy engoliu em seco, se virou para mim e disse: “Toma aqui mais um dinheiro e vai comprar um pastel e um caldo de cana pro menino. Vê aí do que é que ele quer!”.

Conheça o tema da redação do Enem 2018

Conheça o tema da redação do Enem 2018

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2018) é “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”. A prova teve quatro textos motivadores, sendo que três deles são trechos de reportagens e um trouxe um gráfico com dados.

Duas das três reportagens citam diretamente os algoritmos e foram publicados em 2016. Um deles, “O gosto na era do algoritmo”, foi publicado em 2016 pelo jornal “El País” e escrito pelo jornalista Daniel Verdú. O outro, chamado “A silenciosa ditadura do algoritmo”, é de autoria do jornalista brasileiro Pepe Escobar.

A terceira reportagem, também de 2016, foi publicada pela BBC Future. De autoria de Tom Chatfield, o texto chama “Como a internet influencia secretamente nossas escolhas”.

O gráfico que aparece na prova de redação é um organograma de dados produzido pelo IBGE com o perfil dos usuários de internet no Brasil em 2016, com detalhes sobre o uso da internet entre homens e mulheres.

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) no início da tarde deste domingo (5).

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TODOS OS TEMAS DOS ANOS ANTERIORES

1998: Viver e aprender
1999: Cidadania e participação social
2000: Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional
2001: Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?
2002: O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais que o Brasil necessita?
2003: A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo
2004: Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação
2005: O trabalho infantil na sociedade brasileira
2006: O poder de transformação da leitura
2007: O desafio de se conviver com as diferenças
2008: Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivo financeiros a proprietários que deixarem de desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar
2009: O indivíduo frente à ética nacional
2010: O trabalho na construção da dignidade humana
2011: Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado
2012: Movimento imigratório para o Brasil no século 21
2013: Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil
2014: Publicidade infantil em questão no Brasil
2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira
2016: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil
2017: Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil
2018: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet

Um sorriso sempre será um sorriso, mesmo que emoldurado por vincos.

Um sorriso sempre será um sorriso, mesmo que emoldurado por vincos.

Embora nós classifiquemos nossa existência em 3 grande etapas:  nascer, amadurecer e morrer,   se acrescentarmos um pouco mais de gentileza reflexiva a esses conceitos, saberemos que viver bem nem sempre está relacionado a ter uma vida longa.

Uma criança que viveu 4, 6, 10 ou 12 anos ao lado de sua família antes de adoecer e morrer pode ter sido  desejada e amada até sua partida. A precocidade de sua ida, embora difícil de lidar, tem o poder de fazer com que sua existência tenha sido menos plena?

Um senhor de 64 anos  tem saúde, mas passa os seus dias trancado em casa. Seus filhos não o visitam porque guardam mágoas do tempo em que ele bebia,  voltava para casa agressivo e maltratava a mãe. Seu isolamento atual gera tristeza, mas ele não sabe mais como mudar essa realidade com a qual lida há mais de 20 anos. Se ele viver até 80 anos assim, terá tido ele uma vida plena?

Segundo Martin Henkel, co fundador da SeniorLab Inteligência em Mercado 60+, aqueles que têm hoje 60 anos de idade, contam com uma expectativa média de vida de 81,9 anos. Quem tem 70, chegará fácil aos 84,3 anos. Quem tem 80 deve fazer planos para pelo menos mais 10 anos.

O aumento da expectativa de vida revela aprimoramento científico, melhor alimentação e qualidade geral para a manutenção da vida, mas terá ele real poder de aumentar o sentido emocional e psicológico dessas pessoas que estão tendo hoje vidas cada vez mais longas?

Por que vivemos? O que nos motiva a diariamente levantarmos de nossas camas? Quem são as pessoas com quem verdadeiramente nos relacionamos? A resposta dessas perguntas pode estar relacionada com o sentido da vida e uma longevidade que vá muito além dos anos.

Victor Frankl (1905-1997) foi um psiquiatra austríaco que, durante a 2ª Guerra Mundial, esteve prisioneiro em Auschwitz. No período em que lá permaneceu, sob condições desumanas, também perdeu alguns dos membros mais importantes de sua família, entre eles, pais e esposa.

Frankl entendeu, e mais tarde consolidou suas teorias dando forma à “Logoterapia”, afirmando que as pessoas que conseguiam identificar ou mesmo criar um sentido que justificasse as suas vidas, independente das condições em que vivessem, eram aquelas que tinham a maior probabilidade de sobreviver.

Os japoneses têm uma palavra própria para isso: “ikigai”. A palavra ikigai deriva da junção de termos que, segundo o livro “Ikigai – os segredos dos japoneses para uma vida longa e feliz -, escrito por Hector García e Francesc Miralles, significa “vida” e “valer a pena”. Esse conceito de “uma vida que vale a pena, segundo os autores do livro, seria, então, uma definição para a extraordinária longevidade dos japoneses”.

Emílio Moriguchi, uma das maiores autoridades brasileiras em Geriatria, dentre seus inúmeros trabalhos, responsabilidades e  projetos sociais, é professor convidado no Japão. Segundo ele, os japoneses têm os melhores hospitais do mundo. O Japão é um país altamente desenvolvido em tudo. Entretanto, as consultas são frias e distanciadas do lado humano do paciente. As matérias que ele ministra com grandes honras são sobre relacionamento humano e a importância do coração. Não o órgão, ele explica, mas o sentimento. São disciplinas que enfocam a importância de médicos e enfermeiros se relacionarem humanamente com os pacientes.

O israelense Tal Ben-Shahar é responsável por um dos cursos mais populares da Universidade , nos Estados Unidos, sendo que , só no ano passado, mais de 1.000 alunos se Harvard inscreveram para assistir às suas aulas. Sabem do que ele fala? Felicidade!

Ainda falando de Harvard,  no livro “O Jeito Harvard de Ser Feliz”, que por sinal eu recomendo, o autor Swawn Achor trata dos 12 anos que passou no campus da universidade auxiliando alunos no processo de adaptação. Ele via que, em sua maioria, todo sucesso daqueles alunos brilhantes não lhes trazia felicidade, e, por isso, passou a tratar do tema em busca de respostas científicas, no campo da Psicologia Positiva, que melhorassem a qualidade de vida das pessoas.

Os exemplos acima servem para mostrar que ter uma vida longa e com qualidade é algo que vai muito além da escolha adequada dos alimentos, dos exercícios físicos e avaliações médicas periódicas – embora tudo isso seja de extrema importância. Informações técnicas não nos faltam, mas nossa humanidade e nossas relações, como andam? Seremos capazes de ter hábitos realmente saudáveis se não estivermos bem?

E, se o tempo ainda não permite que a pele mantenha mais o mesmo viço, se as juntas doem e a visão não é mais a mesma, porque o envelhecimento traz sim suas limitações, é importante que nós saibamos o que nos motiva a seguir, apesar de tudo isso.

Permitam-me  um conselho:  não se enganem com a efemeridade de muito do que se apresenta pelo caminho. É fato que “flores de plástico não morrem”, mas lembrem-se que elas também não têm vida.

Só quem tem vida sabe a importância do tempo e de cada coisa que, de forma esperada ou não, ainda faz nossos olhos brilharem.

O envelhevimento não começa aos 40, 50 ou 60 anos. Não existe melhor idade ou terceira idade.  Não há que se enaltecer ou depreciar o envelhecimento, precisamos é valorizar a vida.

Afinal, um adulto, tenha a idade que tiver, nada mais é do que uma criança que cresceu. Nos resta, então, a obrigação de adaptar a jornada à idade que temos e às nossas limitações. Um sorriso relacionado a algo que nos faz feliz e motiva sempre será um sorriso, mesmo que emoldurado por vincos, ou principalmente se for emoldurado pelos vincos trazidos das inúmeras experiências vividas, sejam elas causas do riso que ilumina ou do choro que purifica. Viver é envelhecer no aqui, no agora e a cada segundo com todos os bônus e ônus que estar vivos nos traz. J

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REFERÊNCIAS 

Disponível em: http://revistadonna.clicrbs.com.br/gente/emilio-moriguchi-diz-que-envelhecer-nao-e-um-castigo/ Acesso em: 21 set. 2018.

Disponível em: https://exame.abril.com.br/carreira/o-professor-da-alegria/ Acesso em: 21 set. 2018.

MARTIN HENKEL- “Esqueça a expectativa de 75,7 anos”- Revista Fundamental- Novo Hamburgo- Ano 07-Edição 29, p.20-21, abril/maio 2017.

ACHOR, SWAWN, O jeito Harvard de ser feliz.  1ª. Ed. Editora Saraiva, 2012.

GARCÍA, H ; MIRALLER, F. Ikigai: os segredos dos japoneses para uma vida longa e feliz. 1ª. Ed. Editora Intrínseca, 2018.

Disponível em: https://www.contioutra.com/o-verdadeiro-sentido-da-vida-e-sempre-nela-encontrar-um-sentido/ Acesso em: 21 set. 2018.

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Nota da página: Texto escrito para a APFCCS- Associação Paulista Feminina de Combate ao Câncer de Socorro e publicado originalmente no Jornal O Município.

A dificuldade de se apaixonar novamente

A dificuldade de se apaixonar novamente

Depois de um tempo fica difícil abrir o coração novamente, assim, de maneira espontânea. As derrotas no jogo do amor ensinam a racionalizar alguns sentimentos e, por este motivo, gostar de alguém não é tão simples como deveria ser. Criamos barreiras, exigências, inventamos mil motivos, mais para o não do que para o sim.

Meio que por sobrevivência, se não sabemos, acabamos descobrindo atalhos para sermos felizes sozinhos o tempo todo. Aprendemos as coisas que nos aliviam, que nos deixam felizes, que nos acalmam, que nos distraem e que nos fortalecem. Construímos um mundo particular confortável e uma cela quase intransponível para o coração.

De vez em quando aparece alguém batendo na porta, educadamente, querendo entrar, e por mais que a pessoa mereça uma chance, às vezes entregar-se é custoso. Parece cansativo sair do conforto de não sentir vazios no coração ou nós na garganta – porque gostar de alguém às vezes causas estes efeitos colaterais – mesmo que isso custe não morrer de amores nos finais de semana e levar uma vida sem grandes intimidades. Pagamos o preço do não amar, às vezes com gosto.

Criamos um medo enorme, mas ele não é de amar, nunca foi. O medo é de dar errado, de se machucar, de se entregar a toa, de quebrar a cara e sofrer novamente. Com o tempo ficamos fortes para a vida, mas frouxos para o amor. É como ter medo de alturas, porque não se tem medo da distância entre o chão, mas sim da possível queda.

E nesse medo que acumulamos, passam algumas pessoas que poderiam ter valido a pena insistir, mas até nisso, a motivação acaba. Lutar por alguém, doar-se um pouco mais para que algo dê certo, custa um esforço danado. Insistir em alguém parece exaustivo. Com o tempo ficamos práticos, se der certo ótimo, senão adeus. Enquanto encaixa o jogo continua, se uma peça se perde, é melhor substituir. O problema é que ficamos práticos demais.

E meio contraditório, às vezes o medo é de dar certo. E se com esta pessoa funcionar? E se eu for feliz de uma maneira que nunca imaginei que seria? Quem me garante que desta vez a pessoa não irá embora? Quem me promete que as atitudes dela me renovarão a cada dia?

Mas a vida é este risco incalculável de incertezas, talvez a saída seja entregar-se totalmente mesmo, sem limitações. Se quebrar a cara, quebrou, a gente compra uma mascara enquanto concerta a cara. Se machucar o coração a gente foca no trabalho, enquanto chora nos intervalos do almoço, enquanto as lagrimas vão levando as decepções e a nossa coragem embora, mas a coragem a gente recupera, traz de volta, e as decepções a gente transforma em aprendizado.

Depois de um tempo é preciso muita coragem para sair dessa mediocridade de relações superficiais. Talvez valha a pena encarar o medo, mesmo que a gente precise um tempo de solidão e de calma no coração. É preciso criar um alarme para não perder o horário de voltar a abrir o coração, de querer com ânsia os mais puros sentimentos.

Mesmo que não seja o momento, uma hora você precisa criar coragem para volta a subir no andar mais alto do prédio, mesmo com medo, porque um dia a alma fica inquieta e pede. E que este tempo seja para criar impulso e depois pular com tudo, porque estar vivo só vale a pena quando podemos – com toda a sua plenitude – sentir.

Prefiro distâncias honestas a aproximações hipócritas

Prefiro distâncias honestas a aproximações hipócritas

Vivemos em dúvida quanto à melhor atitude a ser tomada em relação a pessoas que não são agradáveis. E, hoje, em tempos de fervo político, os relacionamentos encontram-se fragilizados e em estado de reconstrução, uma vez que as discordâncias envolvem crenças e valores.

Somos, muitas vezes, tomados pela vontade de cortar relações com quem pensa o oposto de nós, com quem pensa diferente, com quem vota em quem não queremos. Pessoas queridas acabam optando por escolhas que não condizem em nada com aquilo em que acreditamos e que nos fazem mal. A muitos é praticamente impossível suportar conviver com quem se comporta de uma maneira contrária, do outro lado da roda viva.

Na verdade, a honestidade sempre será o nosso norte mais seguro, nossa defesa mais consistente, nossa atitude mais ponderada. Quando o outro sabe o que sentimos e como nos sentimos, o relacionamento possui mais chances de encontrar a melhor forma de fluir, seja no acordo, seja no desacordo. Quando vivemos o que somos, transmitimos segurança e caráter.

Ninguém é obrigado a gostar do outro, a concordar com o outro, a ser amigo do outro. Basta ser verdadeiro, firme e assertivo, sem usar de agressão gratuita. Respeitar o outro não obriga ninguém a manter relacionamentos hipócritas, simplesmente porque se afastar de uma pessoa que não agrada também é uma forma de respeitá-la. Desrespeito seria fingir amizade e apreço dissimuladamente.

Não podemos é esquecer que esse processo requer de nós uma autoanálise, no sentido de que possamos nos colocar no lugar do outro, tentando entender suas razões. Nem sempre estaremos certos e reconhecer nossas falhas evita nos afastarmos de quem poderia nos ajudar a ser melhores, mesmo que não percebamos, de início. Conviver é uma arte, bem como deixar de conviver. O que vale é tomarmos as decisões mantendo o respeito e a integridade, pois isso ninguém tira de nós.

É hora de ajudar. Participe você também do Papai Noel dos Correios.

É hora de ajudar. Participe você também do Papai Noel dos Correios.

Uma das campanhas de Natal mais aguardadas do ano, Papai Noel dos Correios, foi lançada oficialmente na última terça-feira 06 de novembro, em Brasília.

Este ano, assim como na última edição, a campanha traz a possibilidade de adoção de cartinhas pela internet em algumas cidades. Em Belém, Cuiabá, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo (capital), quem quiser adotar online poderá acessar o blog da campanha e apadrinhar o pedido de uma criança. Nesse caso, a entrega do presente pelo padrinho deve ser feita no ponto de entrega indicado.

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Ao longo dos 29 anos da campanha, milhões de crianças tiveram seu pedido atendido. Somente nos últimos três anos, foram recebidas mais de 2,6 milhões de cartas destinadas ao Papai Noel dos Correios. Além de estimular as crianças a escreverem cartas, a campanha dissemina valores natalinos, como a solidariedade. Em uma corrente do bem, empresa, empregados e voluntários da sociedade se juntam para, dentro do possível, atender aos pedidos de presentes daqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

Além das cartas das crianças da sociedade que escrevem diretamente ao Papai Noel, participam da campanha estudantes das escolas da rede pública (até o 5º ano do ensino fundamental) e de instituições parceiras, como creches, abrigos, orfanatos e núcleos socioeducativos. Desde 2010, os Correios estabeleceram essas parcerias a fim de trabalhar ações como o desenvolvimento da habilidade da redação de carta, o endereçamento correto e o uso do CEP.

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Como surgiu

A campanha Papai Noel dos Correios nasceu pela iniciativa de alguns empregados, que, durante a rotina de trabalho, recebiam cartas escritas por crianças, destinadas ao Papai Noel, mas sem endereço. Sensibilizados, resolveram adotar eles mesmos as cartinhas e enviar os presentes.

Com o passar do tempo, a ação foi ganhando proporção e acabou se transformando em um projeto corporativo dos Correios.

Funcionamento da campanha

A adoção pelos padrinhos é feita da mesma maneira em todo o Brasil: as cartas enviadas pelas crianças são lidas e selecionadas. Em seguida, são disponibilizadas na casa do Papai Noel ou em outras unidades da empresa. Os Correios não distribuem cartas para adoção diretamente à população, em suas residências. As cartas do Papai Noel dos Correios ficam disponíveis apenas nos locais indicados no blog da campanha.

Os presentes são recebidos nos pontos de entrega divulgados pelos Correios para que, posteriormente, os Correios realizem a distribuição. Não é permitida a entrega direta do presente e, para assegurar a observância desse critério, o endereço da criança não é divulgado ou informado ao padrinho.

As datas, locais e horários da campanha podem variar em cada Estado. Todas as informações sobre o Papai Noel dos Correios 2018 poderão ser obtidas no site dos Correios.

Participe você também!

IMPORTANTE: Fique atento(a), a informação oficial é a do site dos Correios (www.correios.com.br).

Apaixone-se por minhas raízes, minhas flores são temporárias.

Apaixone-se por minhas raízes, minhas flores são temporárias.

Sei que está encantado com as minhas flores, mas eu tenho espinhos também. Me preocupa perceber a sua forma de me enxergar, eu não sou apenas virtudes. Meu bem, eu adoraria que você se encantasse por  minhas raízes, elas sim, são permanentes. As flores que você enxerga em mim, são temporárias e frágeis, tenho receio de que você se desencante tão logo elas murchem e caiam.

As minhas raízes são sólidas, adubadas com resiliência e regadas pela fé, elas sim, são apaixonantes. Minhas flores não suportam as intempéries que as minhas raízes suportam, posso te garantir. Moço, por favor, repare em minha essência, a minha verdadeira beleza está nela. Desvie o olhar do que trago na superfície, essa bagagem é passageira.

Se você se interessar pelas minhas raízes, moço, você será meu eterno apaixonado. Porém, se você se fixar apenas em minhas flores, você corre o risco de se desencantar qualquer hora dessas. Preste atenção em minha trajetória de vida, não se prenda ao meu riso fácil, pois eu derramo lágrimas com facilidade também. Eu não sou apenas riso, carrego uma rabugice nada bonita aqui comigo.

Não se encante pelo balançar dos meus quadris, se apaixone pela minha capacidade de sorrir mesmo quando minha alma sangra. Nem sempre eu acordo linda, moço, há dias em que fujo do espelho, mas, nesses dias, me lembro que estou apenas vivendo dias de inverno e que a primavera vai chegar,  ela sempre chega.

Moço, o que tenho de mais bonito não são atributos físicos, é a minha capacidade de enxergar beleza em meio ao caos, quando você entrar em contato com essa minha riqueza você nunca mais vai  mais se impressionar com as minhas flores temporárias.

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