21 curiosidades malucas que você com certeza nunca imaginou!

21 curiosidades malucas que você com certeza nunca imaginou!

É possível fazer com que uma vaca suba escadas mas não que desça.

Número médio de dias que uma alemã passa sem lavar sua roupa interior: 7!

Porcentagem de homens norte-americanos que dizem que se casariam com a mesma mulher se pudessem casar outra vez: 80%.

Porcentagem de mulheres norte-americanas que dizem que se casariam com o mesmo homem se pudessem casar outra vez: 50%.

A Islândia consome mais Coca-Cola per cápita que nenhum outro país no mundo.

O grasnido de um pato (quac, quac) não faz eco e não se sabe por quê.

Se uma estátua em um parque é de uma pessoa a cavalo e este tem duas patas no ar, a pessoa murreu em combate; Se o cavalo tem uma das patas frontais no ar, a pessoa morreu de ferimentos recebidos no combate; Se o cavalo tem as quatro patas no solo, a pessoa morreu de causas naturais.

O olho de um avestruz é maior que seu cérebro.

Só uma pessoa em 2 bilhões vive para ter 116 anos ou mais.

Bater sua cabeça contra a parede, perde-se 150 kilocalorias.

Em média as pessoas têm mais medo de aranhas que da morte.

Não dá para se matar segurando a respiração.

Os destros vivem em média 9 anos mais que os canhotos.

Os ursos polares são surdos.

A barata pode viver 9 dias sem sua cabeça, antes de morrer de fome.

As estrelas-do-mar não têm cérebro.

Aos 9 anos Einstein não falava fluidamente, isto por que seus pais pensaram que ele era retardado.

O Pato Donald foi censurado na Finlândia, por que não usa calças.

Os mosquitos tem dentes.

Quando uma serpente nasce com duas cabeças, ambas brigam por comida.

Se você conhecesse uma mulher que está grávida, que já tem 8 filhos, 3 dos quais são surdos, 2 são cegos, 1 é retardado mental e ela por sua vez tem sífilis… Você recomendaria que ela fizesse um aborto?
Se Sim, você acaba de matar Beethoven…

O medo de enxergar a verdade provoca a força da ignorância

O medo de enxergar a verdade provoca a força da ignorância

 

Permanecer ou sair da caverna? Uma questão que atravessa a história desde que os homens se compreendem como homens. É melhor desfrutar de uma realidade fantasiosa, mas confortável ou vivenciar a verdade com toda a sua dureza?

Viver como sujeito consciente tem um alto preço psicológico. No próprio mito da caverna, percebemos que os homens tendem a preferir se contentar com as sombras, do que conhecer o lado de fora, afinal, por mais falsa que as sombras sejam, elas estão sob a proteção constante das rochas da caverna, o que significa que ao decidir sair, não há mais volta, pois as rochas, que o olhar de servo entende como de proteção, para os que despertam, representam aprisionamento.

O desconhecido magnetiza pelo medo. Dessa forma, na maior parte das vezes, preferimos permanecer onde estamos, por mais adversa que a situação seja, uma vez que o velho goza do benefício do conhecimento e da permanência, o que o torna menos temido do que o novo, o qual ainda não se conhece e não se sabe o que cobrará de nós.

Dito de outro modo, ainda que a situação que vivenciamos seja adversa, tendemos ao comodismo pelo medo do que ainda não se conhece e, portanto, pode ser pior do que o já se vivencia.

Esse comodismo ou complacência, entretanto, não se restringe ao medo do desconhecido, mas também a própria falta de vontade em esforçar-se para que a condição seja modificada, o que, consequentemente, faz com que os elementos e institutos aplicados com a finalidade de manutenção desse status quo sejam bem-sucedidos. Não à toa vivemos na era da servidão voluntária.

No entanto, se vivemos em um mundo “fantasioso”, não é possível que a alcunha de “era da servidão voluntária” possa ser exposta de maneira clarividente. É necessário que ela seja transformada, melhor: ressignificada – para usar um termo de Baudrillard, filósofo que tão bem falou sobre a nossa Matrix – e, assim, a servidão voluntária se transforma em admirável mundo novo, lugar em que a técnica, com todo o seu esplendor, consegue suprir todas as necessidades humanas.

Evidentemente, as revoluções técnicas que aconteceram, grosso modo nos últimos duzentos anos, trouxeram importantes conquistas, descobertas e aperfeiçoamentos que tornaram a nossa vida melhor em vários aspectos. Contudo, a história nos mostra que entre a real capacidade dessas revoluções e o que dela se extrai (e como se extrai) há um grande abismo. Sendo assim, a nossa realidade se aproxima muito mais das grandes distopias do século XX do que de um éden 3D.

Embora essa realidade esteja mais do que clara, o que se observa, ao contrário do seu questionamento, é o fortalecimento da mesma. Nesse sentido, o avanço técnico é fundamental, já que quanto mais os sistemas de controle se desenvolvem, maior é a capacidade de “gerir” a vida dos subordinados. À vista disso, é interessante perceber que o indivíduo administrado se acha bem atendido nas suas necessidades, o que hoje, resume-se em grande parte, ou na totalidade, em consumir.

Com um sistema posto para que os indivíduos se sintam “confortáveis” ou, no mínimo, em uma potencial condição de satisfazer as suas “necessidades” e, por conseguinte, sentir-se “confortáveis” e “bem-atendidos”, uma vez que o consumo (pedra angular da satisfação e do controle) está sempre ao alcance das mãos (aliás, nem é preciso sair do lugar para entrar na roda de felicidade do consumo); torna-se extremamente fácil manter a sociedade em ordem.

E como estamos falando de uma sociedade de controle, não é preciso dizer que existe dura repressão para todos os que fogem à ordem posta, os quais são vistos como “inadequados” ou como prefere Huxley em sua obra – “selvagens”. Todavia, como todo bom sistema que evolui, a repressão não ocorre de modo explícito ou através de chicotes, e sim, de maneira “invisível”, a partir da “liberdade” que gozamos, posto que a repressão mais perfeita é aquela que não precisa acontecer, pois é introjetada pelo próprio indivíduo em si mesmo.

Diante de tantas condições favoráveis à escravidão e dissociadas, portanto, da liberdade, torna-se fácil compreender o porquê da maior parte de nós preferir continuar na caverna e tomar o ilusório como real. Da mesma maneira que se compreende o motivo de sermos agentes repressivos contra os que fogem do sistema, seja os outros, seja nós mesmos. O que implica dizer que glorificamos a mentira e tomamos por impostores os que se dedicam à verdade, afinal, como disse Orwell: “Quanto mais a sociedade se distancia da verdade, mais ela odeia aqueles que a revelam”.

Posto isso, há de se considerar que ao aceitar o modo como a sociedade se organiza e todos os seus ditames, automaticamente decidimos permanecer na caverna e contribuir para a manutenção de um sistema de organização social que por trás de alegria, gozo e satisfação, esconde exploração, desigualdade e ignorância.

Apesar de não haver condições próprias para que haja um despertar do indivíduo da sua situação de ignorância, como já exposto, é imperioso que se entenda que o modo hierárquico da sociedade não se modificará de cima para baixo, de tal forma que é necessário a cada indivíduo, dentro das suas oportunidades, tentar buscar pontos de luz que o ajudem a encontrar a saída da sua ignorância e, por conseguinte, da sua condição escrava.

Se o desconhecido magnetiza pelo medo, é apenas o conhecimento e a liberdade que nos permitem enfrentá-lo, sabendo que todo aquele que desperta, sempre apontará para as correntes daqueles que permanecem presos. Todavia, também devemos ter em mente que muitos, por mais oportunidades que recebam, irão preferir permanecer na sua ignorância, na caverna, na Matrix ou qualquer palavra que representa o antônimo da liberdade, pois o estado de espectador é sempre mais cômodo, já que, ainda que no filme apresentado os exploradores sejam os protagonistas, sempre há pipoca e refrigerante suficientes para manter os explorados de boca fechada.

Assim sendo, levantar do cinema, ser um selvagem ou tomar a pílula vermelha, continuam sendo atos de coragem, espalhados e diminutos, pois como disse Nietzsche: “Por vezes as pessoas não querem ouvir a verdade, porque não desejam que as suas ilusões sejam destruídas”. Entretanto, é necessário destruir as nossas belas e confortáveis ilusões para que possamos ser sujeitos autônomos e livres, porque é o medo que possuímos da verdade que provoca a força da ignorância e permite o nosso controle.

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Imagem de capa meramente ilustratica: cena do filme “Bird Box”

Ao pedir um amor, peça, também, sabedoria para não estragá-lo

Ao pedir um amor, peça, também, sabedoria para não estragá-lo

Você conhece duas pessoas que se gostam muito, mas, não conseguem se manter juntas? Eu conheço várias. Conheço, também, casais compostos por pessoas que não são apaixonadas, mas que vivem com tranquilidade e leveza. Nesse caso, os envolvidos decidiram priorizar o que existe de interessante na relação como, por exemplo, afinidades culturais, hobbies, etc. Aquela paixão flamejante, muito desejada por qualquer ser humano, nunca entrou no pacote, contudo, esse ‘desfalque’ é compensado com outros pontos positivos que o relacionamento proporciona.

É comum, principalmente, por parte das pessoas intensas, a ideia de que um vínculo só vale a pena se houver paixão, pelo menos na fase inicial, já que existe a consciência de que ela vai abrandando com a convivência. A paixão, esse sentimento que nos deixa com o coração saindo pela boca, é, de fato, viciante e nos causa, muitas vezes, uma sensação de ressurreição. Acredito que você já saiba, mas não custa lhe refrescar a memória, de nada adianta uma paixão efervescente entre duas pessoas se elas não possuem maturidade para se relacionar. Existe coisa pior do que aqueles relacionamentos do tipo gangorra? O casal passa uma semana bem, depois fica 10 dias emburrado, em crise, faz as pazes e, depois de 3 dias, se desentendem de novo. Não há amor que resista a um formato de relação desse, concorda? Há casos em que não é possível programar uma viagem porque há o risco de, na data, o casal estar pelo avesso. Essa alternância de fases acaba gerando um profundo desgaste emocional e, não demora para aparecerem os prejuízos na relação. Chegará uma hora em que os parceiros vão começar a olhar aquele vínculo com outros olhos, um vai olhar o outro como fonte de estresse. Os sentimentos de frustração, angústia e mágoa passarão a fazer parte daquela atmosfera e, inevitavelmente, ambos ou um deles vai desejar viver a paz que aquela relação não oferece.

Pois é, mesmo existindo uma química violenta, mesmo que fiquem de pernas bambas quando se beijam, ainda que haja uma baita admiração recíproca, mesmo com todo o encantamento que uma paixão proporciona, não se iluda, todo relacionamento carece de paz para prosperar. É fundamental aquela expectativa de que estarão bem na próxima semana, no próximo mês…enfim. Viver com o coração saindo pela boca é bacana, mas isso não diminui o valor da calmaria de uma relação regada pelo respeito à individualidade do outro, pela entrega sincera e sem paranoias e pela confiança.
Em suma, um relacionamento saudável requer maturidade e equilíbrio emocional. Se uma pessoa, não possui esses atributos, ela pode se deparar com um grande amor, aquela paixão digna de filme de cinema, que ela vai estragar tudo, por não saber lidar com aquilo.

Considero, ainda, que muitas pessoas não sabem lidar com o fato de estarem sendo amadas. Elas não se percebem dignas do amor de ninguém, elas vão sempre dar um jeito de sabotarem a relação quando tudo começa a fluir bem. É como se elas não aguentassem aquela paz, elas precisam provar para si mesmas que existe algo errado, então, elas darão um jeito de trazer à tona qualquer situação que jogue lama no ventilador e, diante do caos, vão se recolher e se vitimizar dizendo que não têm sorte com esse tal de amor.

Diante de tudo isso, volto lá para o início do texto e tiro o chapéu para quem consegue administrar uma relação mesmo sem borboletas no estômago, afinal, ali existe parceria, respeito, cumplicidade e oxigênio para ambos respirarem. Um não vai asfixiar o outro com cobranças embasadas pelas próprias paranoias. Viajam, desfrutam de experiência interessantes, respeitam o espaço um do outro e são grandes amigos. Até porque, pensando bem, é isso que acaba importando para uma boa convivência.

Não há amor que suporte viver nessa montanha russa de sentimentos. O amor não é tempestade, é um sereno tranquilo numa tarde de domingo. Por fim, antes de pedir ao Universo um grande amor, peça, no pacote, a maturidade e sabedoria suficientes para administrá-lo, do contrário, você vai estragá-lo com as próprias mãos, vai por mim.

Síndrome de Burnout: quando o trabalho asfixia a alma

Síndrome de Burnout: quando o trabalho asfixia a alma

Nesse exato momento, existe uma infinidade de pessoas realizando as suas atividades profissionais e, ao mesmo tempo, convivendo com uma angústia extrema. Da profissão mais humilde àquela mais elitizada, ela se faz presente. Falo da Síndrome de Burnout, cujo significado faz analogia a um motor que não funciona mais.O Burnout é um adoecimento gerado pelo trabalho, que pode ser em função de uma sobrecarga para o funcionário, desvalorização ou falta de reconhecimento ou aquela insatisfação crônica com a atividade profissional que exerce.

Nem todos têm o privilégio de trabalhar com aquilo que gosta, infelizmente. Contudo, há casos em que a atividade profissional é tão incompatível com o perfil do funcionário que acaba se configurando uma verdadeira agressão à saúde emocional e/ou física dele.

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Perceber-se ali, diariamente, por anos ou décadas, realizando algo que não o fascina leva o indivíduo a sentir-se fora do eixo, como quem usa um sapato que não lhe serve, uma tortura. E, engana-se quem acha que o fato de o funcionário ter um salário alto vai atenuar esse desconforto. A questão aqui é sentir-se motivado e engajado; é orgulhar-se do que faz, é viver o sentimento de pertencimento com aquela atividade. Esse orgulho não tem a ver com o glamour da profissão, pois existem pessoas em posições profissionais invejáveis e que estão profundamente frustrados.

Conheço casos de pessoas que vão trabalhar chorando, outras têm enxaqueca, crise de ansiedade, urticária, alteração da pressão arterial e até crises de pânico. É que, chega num ponto que o ambiente de trabalho passa a ser um estímulo completamente aversivo. As doenças emocionais também fazem parte do pacote diante dessa insatisfação crônica, a depressão é uma delas.

Antes que alguém pense nisso, entenda que não se trata de alguém com preguiça de trabalhar, nem ingrato. Trata-se de pessoas que realizam, por anos a fio, algo que não as satisfazem. Isso vai afetando a autoestima, levando a pessoa a sentir-se inadequada e com a energia drenada, o que acaba afetando, também, as demais áreas da vida dela. Para você entende melhor: imagine algo que você odeia, agora imagine-se trabalhando nisso.

5 toneladas de plástico serão recolhidas diariamente dos oceanos graças a esse iate

5 toneladas de plástico serão recolhidas diariamente dos oceanos graças a esse iate

O bilionário norueguês, Kjell Inge Røkke, reconhece nas origens simples de sua família e no fruto de seu trabalho, o mar, a sua responsabilidade por devolver ao mundo um pouco do que recebeu.

Kjell Inge Røkke, proprietário de quase toda a frota marítima do conglomerado financeiro Aker ASA, possui uma fortuna estimada em quase 3 bilhões de dólares, mas antes de se tornar um bilionário ele era um pescador.

Kjell direcionará parte de seu capital financeiro na construção do maior iate do mundo. O barco recolherá cerca de 5 toneladas de plástico das águas diariamente.

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Segundo o site  Hypeness, fonte de nossos dados:

“Batizada de REV (Research Expedition Vessel, ou embarcação expedicionária de pesquisa), o iate ainda atuará como um grande centro de pesquisa navegante, com laboratório, auditório, veículos subaquáticos, drones e a capacidade de receber até 60 cientistas para trabalho. O navio será equipado diversos sistemas para que seu impacto ambiental seja o menor possível. Estudos sobre clima, pesca, biodiversidade e a vida marinha serão ministrados dentro da embarcação – que deverá funcionar em sua capacidade total em 2020. “

© fotos: divulgação

Com informações de  Hypeness

Casa da mãe depois que os filhos se vão…

Casa da mãe depois que os filhos se vão…

Casa de mãe depois que os filhos se vão é um oratório. Amanhece e anoitece, prece. Já não temos acesso àquelas coisinhas básicas do dia a dia, as recomendações e perguntas que tanto a eles desagradavam e enfureciam: com quem vai, onde é, a que horas começa, a que horas termina, a que horas você chega, vem cá menina, pega a blusa de frio, cadê os documentos, filho.

Impossibilitados os avisos e recomendações, só nos resta a oração, daí tropeçamos todos os dias em nossos santos e santas de preferência, e nossa devoção levanta as mãos já no café da manhã e se deita conosco.

Casa de mãe depois que os filhos se vão é lugar de silêncio, falta nela a conversa, a risada, a implicância, a displicência, a desorganização. Falta panela suja, copos nos quartos, luzes acesas sem necessidade…

Aliás, casa de mãe, depois que os filhos se vão, vive acesa. É um iluminado protesto a tanta ausência.

Casa de mãe depois que os filhos se vão tem sempre o mesmo cheiro. Falta-lhe o perfume que eles passam e deixam antes da balada, falta cheiro de shampoo derramado no banheiro, falta a embriaguez de alho fritando para refogar arroz, falta aroma da cebola que a gente pica escondido porque um deles não gosta ( mas como fazer aquele prato sem colocá-la?), falta a cara boa raspando o prato, o “isso tá bão, mãe”. O melhor agradecimento é um prato vazio, quando os filhos ainda estão. Agora, falta cozinha cheia de desejos atendidos.

Casa de mãe depois que os filhos se vão é um recorte no tempo, é um rasgo na alma. É quarto demais, e gente de menos.

É retrato de um tempo em que a gente vivia distraída da alegria abundante deles. Um tempo de maturar frutos, para dá-los a colher ao mundo. Até que esse dia chega, e lá se vai seu fruto ganhar estrada, descobrir seus rumos, navegar por conta própria com as mãos no leme que você , um dia, lhe mostrou como manejar.

Aí fica a casa e, nela, as coisas que eles não levam de jeito nenhum para a nova vida, mas também não as dispensam: o caminhão da infância, a boneca na porta do quarto, os livros, discos, papéis e desenhos e fotografias – todas te olhando em estranha provocação.

contioutra.com - Casa da mãe depois que os filhos se vão…

Casa de mãe depois que os filhos se vão não é mais casa de mãe. É a casa da mãe. Para onde eles voltam num feriado, em um final de semana, num pedaço de férias.

Casa de mãe depois que os filhos se vão é um grande portão esperando ser aberto. É corredor solitário aguardando que eles o atravessem rumo aos quartos. É área de serviço sem serviço.

Casa de mãe depois que os filhos se vão tem sempre alguém rezando, um cachorrinho esperando, e muitos dias, todos enfileirados, obedientes e esperançosos da certeza de qualquer dia eles chegam e você vai agradecer por todas as suas preces terem sido atendidas.

Por que, vamos combinar, não é que você fez direitinho seu trabalho, e estava certo quem disse que quem sai aos seus não degenera e aqueles frutos não caíram longe do pé?

E saudade, afinal, não é mesmo uma casa que se chama mãe?

Miryan Lucy de Rezende – Uberlândia MG. Foto de Arnaldo Silva

Fonte: Pensar Contemporâneo

Ele cuida do seu bebê e o leva para o trabalho todos os dias. Sua namorada o deixou, mas ele não desistiu.

Ele cuida do seu bebê e o leva para o trabalho todos os dias. Sua namorada o deixou, mas ele não desistiu.

Mesmo que ele não tenha ninguém para ajudá-lo, ele consegue cuidar de seu bebê.

Nem todas as pessoas estão preparadas para serem pais e, embora todos os métodos contraceptivos existam hoje para planejar, adiar ou evitar a gravidez, ela ainda acontece. E, às vezes, não há outra opção a não ser assumir a responsabilidade e tomar o comando.

No entanto, para alguns essa pode ser uma experiência tão terrível- ou significar uma mudança tão grande em suas vidas- que eles preferem fugir.

Essa é a história de um jovem que, aos 21 anos, assumiu os cuidados de seu bebê apenas alguns meses depois que sua namorada foi embora e o deixou com a criança.

E, em vez de fugir, o jovem chamado Eric decidiu lutar por seu filhinho, apesar de não ter ninguém para apoiá-lo ou cuidar do bebê enquanto ele trabalha.

Por essa razão, e como informado em primeira instância para o Informativo Nuevo León, ele decidiu procurar um emprego que lhe permitisse estar com seu filho e atendê-lo sempre que ele precisasse. Assim, ele se tornou um barbeiro e corta o cabelo de muitos clientes, enquanto o pequeno descansa em uma cadeira de bebê.

contioutra.com - Ele cuida do seu bebê e o leva para o trabalho todos os dias. Sua namorada o deixou, mas ele não desistiu.

Ele se levanta cedo e viaja com a criança de ônibus para chegar à barbearia, onde alimenta e troca fraldas, com a autorização dos seus clientes, que entendem sua situação e não vêem problema quando o bebê chora e Eric precisa embalá-lo em seus braços.

Embora ele seja jovem, poderia ter negligenciado seu filho como sua namorada, mas Eric preferiu lutar e seguir em frente com seu bebê, sem perder nada.contioutra.com - Ele cuida do seu bebê e o leva para o trabalho todos os dias. Sua namorada o deixou, mas ele não desistiu.

E mesmo que tenha que trabalhar duas ou três vezes mais, ele está disposto a fazê-lo apenas para ver seu filho feliz.

Tradução feita pela CONTI outra, do original de UPSOCL

5 hábitos que transformam sua casa em um lugar tóxico

5 hábitos que transformam sua casa em um lugar tóxico

Nossa casa é um lugar sagrado que muitas vezes não valorizamos. Ela deve ser um local onde a calma prevalece, pois é um lugar onde você pode descansar, além de passar bons momentos com sua família.

Nós geralmente temos certos hábitos em nossa casa que acabam a tornando cada vez mais tóxica sem que percebamos.

Como saber se a nossa casa está se tornando tóxica? Nós lhe diremos quais são os hábitos que geram um lugar tóxico, desta forma você pode evitá-los da maneira que for possível para você.

Gritar

Isso é algo muito comum em todas as casas e as razões pelas quais as pessoas gritam geralmente são muito variadas, às vezes elas o fazem porque estão longe uma das outras, porque ficam desesperadas e às vezes porque querem estar certas. A verdade é que se torna um hábito e tudo o que você esconde é nada menos que violência.

Assim, uma sugesão é que todos os membros da família evitem gritar. Lembre-se de que os gritos são sempre um sinal da incapacidade de administrar a situação.

Hostilidade

Se ao entrar em sua casa você sentir que um grande peso cai sobre seus ombros, provavelmente é devido ao fato de você respirar uma atmosfera de hostilidade. Isso significa que o ambiente possui atitudes hostis e aqueles que ali vivem assemelham-se a adversários.

Recomenda-se que as pessoas que moram na casa concentrem-se em resolver os problemas em vez de sempre colocar a culpa nos outros indivíduos.

Drama

Todos nós passamos momentos dramáticos em nossas vidas, mas se isso acontecer em nossa casa, a única coisa que vai acontecer é o drama diário ser acionado, gerando o desespero, a frustração e a depressão.

Em face de alguma adversidade, recomendamos que você mantenha uma atitude e pensamento positivo, e que isso também se espalhe para os outros, tornando a atmosfera mais leve.

Caos

Nossa casa é o lugar onde você passa muitas horas por dia. Portanto, um espaço desorganizado e caótico pode acabar causando caos mental, tornando-se um espaço onde você não quer estar e que gera estresse.

É difícil ter tudo em ordem, mas é essencial para que nossa casa não se torne tóxica.

Desvalorização

Finalmente, temos a desvalorização, que é não reconhecer os esforços das pessoas e minimizar continuamente suas realizações ou até mesmo ignorá-las.

Lembre-se de que cada membro da sua família é único e você deve dar o valor que ele merece.

 

Traduzido pela CONTI outra, do original de Gutenberg

Estudo confirma que as mulheres dirigem melhor do que os homens.

Estudo confirma que as mulheres dirigem melhor do que os homens.

Se você é uma mulher provavelmente já teve que dirigir com um homem assustado dentro do carro, dando-lhe instruções ridículas como parar em um sinal vermelho ou não parar tão abruptamente.

Certamente, além disso, você deve ter ouvido mais de uma vez um homem julgar uma mulher por suas “poucas habilidades” de dirigir. Escutamos isso tão frequentemente, que até chegamos a acreditar que o cérebro masculino desenvolveu mais a proporção de espaços e é por isso que eles são mais habilidosos ao volante.

Mas um recente estudo realizado pelo Centro de Experimentação e Segurança no Trânsito da Argentina determinou que essa informação é absolutamente falsa. E, por incrível que pareça, revelou o contrário: as mulheres lidam melhor no volante do que os homens.

Apenas 24% dos acidentes de carro são causados ​​por mulheres, enquanto os homens são protagonistas de 76%.

Foi determinado que, em geral, os homens têm melhores técnicas; coordenam melhor os braços e pernas. No entanto, também foi descoberto que as mulheres levam 20% mais tempo para aprender manobras. Ou seja, as mulheres são mais cautelosas.

“Somos mais empáticas e pensamos em tudo o que nos rodeia nas ruas: pedestres, ciclistas, motocicletas, transporte público. Isso nos faz respeitar mais as regras de trânsito”, explicou Lulu Dietrich, fundadora e diretora da Mujeres al Volant para o site Excelsior.

Isso coincide com os resultados obtidos pelo estudo em relação ao excesso de velocidade. Apenas 10% das mulheres ultrapassam o limite de velocidade permitido em cada zona, enquanto 40% dos homens aceleram mais do que deveriam. Em qualquer caso, as mulheres lidam melhor porque respeitam as regras.

Para se manter seguro ao volante, siga estas 7 dicas:

1. Não utilize telefones celulares.
2. Use sempre o cinto de segurança e, se transportar passageiros, imponha-o como padrão.
3. Se você tem filhos ou transporta crianças pequenas, certifique-se de que elas estejam devidamente amarradas em suas cadeiras.
4. Sempre respeite o limite de velocidade.
5. Sempre dê seta antes de virar, pelo menos 5 metros antes.
6. Sempre mantenha sua apólice de seguro de carro atualizada.
7. Dê passagem e respeite os pedestres, sempre!

Tradução feita pela CONTI outra, do original de UPSOCL

“Meu psicólogo disse que racismo não existe”

“Meu psicólogo disse que racismo não existe”

Marília Lopes, mulher negra e professora universitária de 38 anos, procurou uma psicóloga porque sofria com depressão há muitos anos. Sentia que precisava de ajuda e que seu trabalho estava sendo severamente prejudicado. Na primeira sessão de psicoterapia, sentiu a necessidade de falar sobre as diversas situações em que sofreu racismo, contando de sua infância trabalhando como empregada doméstica e babá sob o pretexto de que estava “brincando com a filha da patroa”, até casos mais recentes, em que fora seguida dentro de lojas onde fazia compras. Ao final, a psicóloga – que era branca – afirmou que Lopes precisaria mudar o comportamento de “se vitimizar e transformar acontecimentos normais em racismo”.

Em busca de sua segunda psicóloga, Lopes chegou a fazer cinco sessões de psicoterapia, quando finalmente começou a falar do racismo que lhe causava sofrimento. “A psicóloga ficou visivelmente impaciente e desconfortável e me perguntou se eu achava mesmo que racismo ainda existia nos tempos de hoje”, relata Lopes. “Saí de lá arrasada, estava pagando muito caro por cada consulta e nunca imaginei que uma profissional fosse questionar a veracidade do meu sofrimento, do racismo, daquela forma. Nunca mais voltei a procurar terapia, hoje ainda luto contra a depressão e apenas faço uso de medicamentos”, completa.

O caso da professora Marília Lopes não está isolado da experiência de outras pessoas negras brasileiras. Para a bióloga Tereza Amorim, as consequências do despreparo profissional foram graves: “Comecei a fazer terapia com um psicólogo e tudo corria bem até que comecei a perceber que muitas das coisas que eu passava na vida aconteciam porque as pessoas eram racistas e me tratavam de forma discriminatória pelo fato de eu ser negra. Quando passei a falar sobre isso com meu terapeuta, ele primeiro começou a negar que aquelas coisas fossem racismo. Meu psicólogo disse que racismo não existe e depois passou a dizer que não existe mais racismo no Brasil, porque as ‘mulatas’ são valorizadas”.

Amorim conta que ainda enfrentou vários encontros com o psicólogo, até que descobriu um grupo de mulheres negras e feministas que se reuniam mensalmente em sua cidade. “Aos poucos, fui falando das minhas feridas provocadas pelo racismo e pelo machismo e entendi que elas eram parte de um problema social muito maior. A militância foi a minha terapia, a Psicologia não fez nada por mim”, declara.

O despreparo da Psicologia brasileira para lidar com questões raciais ainda é um fato preocupante. Em diversos grupos de discussões sobre racismo nas redes sociais, são recorrentes os pedidos por indicações de psicólogos capacitados para lidar com o problema do racismo. Entre tímidas recomendações, uma chuva de depoimentos frustrados aparece.

Para Cinthia Vilas Boas, psicóloga e militante do movimento negro, o problema começa nos cursos de formação. “A realidade está muito longe do que chamamos de transversalidade”, afirma. Embora o racismo seja um profundo problema no Brasil, a formação dos psicólogos ainda não reconhece a discriminação racial como uma fonte de adoecimento psíquico – se reconhecesse realmente, o tema não seria uma exceção conquistada pelos esforços de profissionais como Vilas Boas, que é colaboradora da atual gestão das subsede do Conselho Regional de Psicologia em Campinas, onde integra o grupo de trabalho sobre relações raciais.

Embora haja esforços para se debater racismo na Psicologia – principalmente por meio de atividades propostas por Conselhos Regionais como o da Bahia, o do Distrito Federal e o de São Paulo –, essas ações ainda são uma minoria no imenso contexto da Psicologia brasileira. Nenhum Conselho tem o poder de modificar as grades curriculares das faculdades e Universidades e inserir disciplinas ou bibliografias que abordem o racismo de maneira profunda, como é necessário que se faça. Por isso, na realidade diária, muitas pessoas negras continuam encarando a omissão e o despreparo dos psicólogos em seus consultórios privados – e muitas também não sabem que podem denunciar as práticas racistas e antiéticas.

Racismo e saúde mental

Encontrar dados que mostrem a relação entre racismo e adoecimento psíquico ainda é um desafio devido à carência de estudos e pesquisas acessíveis na área. O material que se encontra na internet é produzido por psicólogos militantes do movimento negro, como a publicação “Racismo e os efeitos na saúde mental” de Maria Lúcia da Silva, integrante do instituto AMMA Psiqué e Negritude.

Cinthia Vilas Boas explica que há muitas consequências do racismo para a saúde mental e traça um breve resgate histórico da população negra brasileira: “Em África, éramos diversas etnias, com nossos referenciais, línguas, oralidade e educação; viemos para o Brasil escravizados, em condições sub-humanas, como animais; hoje estamos nas favelas, com falta de acesso a tudo, sofrendo com a falta de respeito e baixa autoestima”. Vilas Boas chama atenção para essa contextualização, explicando que a população negra brasileira não conhece sua ancestralidade e nem sua “história positiva”. “Se pensarmos que nossa construção enquanto humanos parte da visão que o outro tem e a história positiva não é contada, estamos em constante angústia. A nossa história nos foi negada, não foi contada e foi distorcida”, salienta.

Por isso, o sofrimento psicológico pode começar na falta de acesso a informação e da dificuldade de enxergar as pessoas negras como parte de algo bom, que trouxe contribuições para a história. Na escola, as crianças aprendem sobre a história europeia e sobre as descobertas realizadas por pessoas brancas, mas a história do continente africano e suas diversas riquezas e saberes é omitida. “O povo negro não se sente pertencente das suas realizações, das suas posições, das suas possibilidades, das suas contribuições. Isso causa um desequilíbrio, sendo assim um impacto na psiqué”, diz Vilas Boas.

O resultado desse ponto inicial é um ferida na autoestima, que leva pessoas negras a se enxergarem de maneira inferiorizada, pois são tratadas pelos outros como inferiores. Debaixo de humilhações constantes, sem representatividade positiva na mídia e até mesmo no entretenimento, vivendo sob os piores índices e indicativos sociais e, ainda, ouvindo o tempo inteiro que o racismo deixou de existir, o sofrimento psíquico é um destino certo.

Até mesmo a possibilidade de identificar a raiz do seu sofrimento é roubada das pessoas negras, mesmo quando conseguem romper muitas barreiras sociais e pagar um atendimento psicológico – algo que ainda é muito caro no Brasil. “Eu fiquei me questionando se não estava errado que duas psicólogas me dissessem que não existia racismo e que as dores que eu sentia eram criações da minha mente. Achei, por muito tempo, que eu estava totalmente louca e duvidei da veracidade dos fatos que eu vivi. Fiquei achando que nada havia realmente acontecido e eu estava com um problema mais grave do que depressão”, conta Marília Lopes. “Depois de muitos meses foi que consegui entender que fui mal atendida, mas só quero voltar a fazer terapia se a psicóloga ou psicólogo forem negros, quem sabe assim esse profissional tenha mais empatia e até tenha vivenciado fatos similares aos que me agrediram”, finaliza.

contioutra.com - “Meu psicólogo disse que racismo não existe”

“As políticas publicas estão aí; já pensamos, já falamos em conferências e agora precisamos tira-las do papel”, afirma Vilas Boas. “A Política Nacional de saúde da população negra, que pode diminuir disparidades raciais na saúde, é pouco conhecida, bem como a Lei 10.639, entre outras varias leis, campanhas e diretrizes. A fim de avançar no tema, o Conselho Federal de Psicologia criou a Resolução Nº 018 em 2002, que estabelece normas de atuação para psicólogas e psicólogos em relação ao preconceito e à discriminação racial”, explica. Porém, na prática, a realidade é outra. “Existe a discriminação institucional, quando profissionais da área não estão preparados para atender a população negra ou até são preconceituosos, levando a diferenças e desvantagens no tratamento devido à raça. Para o profissional da saúde, é importante trabalhar a equidade do SUS, é importante que ele saiba trabalhar as diferenças”.

A educação pode ser um ponto chave para modificar esse quadro – Vilas Boas explica que é necessário construir um espaço legitimo e confortável para que as pessoas negras construam sua identidade. “Sem piadinhas, sem que o estereótipo fale mais alto, sem que sejamos vistos como sujos, burros ou coitadinhos. A humilhação atinge o sujeito no que constitui, atinge o negro na sua presença”, protesta. “Não queremos mais os atributos inferiores, fixados no nosso inconsciente. Queremos ser negras e negros protagonistas da própria história, da história da sociedade. Uma sociedade mais democrática e sem desigualdades. Que a gente possa fazer a diáspora de sentimentos, sabendo que sentimento é, de onde veio, como veio e aonde vai. Que a gente possa encontrar o equilíbrio para preservar a saúde mental”, almeja Vilas Boas.

Enquanto buscamos esse país livre de racismo, precisamos reconhecer o problema do racismo em todos os âmbitos sociais, sem que nenhuma prática profissional ou formação acadêmica fique isenta de sua responsabilidade. Não dá para ignorar um problema tão grave e fazer vista grossa para o despreparo profissional de psicólogos que não conseguem lidar com as questões raciais. O ensino de Psicologia precisa mudar.

“O negro com muita melanina é invisível, tem a voz calada. O negro com pouca melanina é desconsiderado e muitas vezes não sabe a que grupo étnicorracial pertence. Onde guardamos e como e vivemos a nossa subjetividade? Quem são as pessoas que estão produzindo na academia? São brancas ou negras? Estão produzindo o que?”, provoca Cinthia Vilas Boas.

A resposta pode não ser confortável, mas encará-la é o primeiro passo para que a saúde mental deixe de ser um privilégio de poucos. O racismo precisa ser reconhecido e combatido para que exista, de fato, saúde mental.

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Texto de Jarid Arraes republicado no Geledés

Jogo do silêncio Montessori para crianças

Jogo do silêncio Montessori para crianças

Jogo do silêncio Montessori para crianças: O ruído constante pode gerar irritabilidade, frustração, confusão e até a sensação de neblina mental. O adulto e o cérebro infantil precisam de momentos de paz para descansar, recuperar a calma e se concentrar. No entanto, no mundo de hoje, vivemos cada vez mais invadidos por estímulos sonoros e constantes, por isso é difícil encontrar esses momentos de tranquilidade.

No caso das crianças, a tranquilidade é ainda mais importante, pois permite que elas encontrem equilíbrio, fortaleçam a concentração e exercitam paciência. Portanto, tanto os pais quanto os professores devem implementar o “jogo do silêncio” de vez em quando.

Jogo do silêncio Montessori para crianças – Como surgiu a ideia?

Maria Montessori criou o jogo de silêncio enquanto trabalhava com crianças que tinham problemas auditivos porque percebeu que podiam ouvir melhor quando prestaram mais atenção aos sons. De pé na parte de trás da sala de aula, com as crianças com as costas para ela, Montessori falou seus nomes em voz baixa, envolvida em silêncio, e quando os alunos o ouviram, eles se levantaram e foram até ela.

Obviamente, o jogo de silêncio requer prática. As crianças pequenas têm um período de atenção relativamente curto, tornando mais difícil a sua permanência e silêncio por mais de 5 minutos. No entanto, com a prática, eles melhoram a concentração e o autocontrole, aprendem a relaxar e apreciam o mundo que os rodeia melhor.

Jogo do silêncio Montessori para crianças – Quando as crianças estão prontas para este jogo?

O jogo de silêncio é recomendado para crianças de quatro e mais anos, embora existam aqueles que começam muito mais cedo, com crianças de dois anos e meio. No entanto, mais do que marcar uma idade fixa, recomenda-se que as crianças tenham feito algum progresso antes de colocar essa atividade em prática:

  • Que eles são capazes de controlar seus movimentos.
  • Para que possam sentar-se calmamente e ouvir alguns minutos.
  • Que eles possam se concentrar e trabalhar de forma independente.
  • Que eles são capazes de cooperar uns com os outros.
  • Além desses requisitos, é necessário escolher um horário em que a criança é calma. Se eles retornarem do recesso ou do esporte e estiverem entusiasmados, eles não poderão ficar calados e silenciosos, por isso é melhor adiar o jogo por outro momento.

Há também alguns exercícios que podem ser colocados em prática para preparar as crianças para este jogo.

Essas atividades têm como objetivo melhorar sua capacidade de audição e concentração:

  • Passe um sino de mãos dadas ao redor do círculo, incentivando as crianças a não soarem.
  • Faça uma pausa na aula para que as crianças ouçam os pássaros cantando ou a chuva batendo nas janelas.
  • Peça às crianças que fechem os olhos e jogue vários instrumentos familiares, para que possam identificá-los sem vê-los.
  • Sente-se calmamente com os olhos fechados por um curto período de tempo, no início, você só precisará de 20 ou 30 segundos, e perguntar-lhes o que parece ouvir.

Como o Jogo do silêncio Montessori é aplicado?

  • Convide todas as crianças a participar do jogo de silêncio e peça-lhes que se sentem no chão em um círculo.
  • Explique que você vai jogar todos juntos, então ninguém pode fazer barulho. Eles devem permanecer em silêncio, como uma flor ou uma rocha. Quando você diz a palavra “silêncio”, todos terão que ficar calados e tranquilos.
  • Então, você vai dizer seus nomes em voz baixa e você terá que se levantar, fazer o menor ruído possível, sentar-se ao seu lado.
  • Quando você disse todos os nomes, você pode tocar um sino ou qualquer outro instrumento para marcar o fim do silêncio.
  • Peça-lhes para comentar o que ouviram ou sentiram durante esse tempo de silêncio.
  • À medida que você progride no jogo, você pode pedir que eles fechem os olhos para que eles se concentrem melhor e possam notar as sensações que experimentam, para que mais tarde eles possam compartilhá-los com seus pares.

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Fonte: Só Escola

Se você vir ondas quadradas na superfície do mar, fique longe e avise os outros imediatamente.

Se você vir ondas quadradas na superfície do mar, fique longe e avise os outros imediatamente.

Na natureza, há milhares de fenômenos que desconcertaram a humanidade durante milênios. A maioria é tão bonita quanto impressionante.

As águas do sul da França são o lar da ilha de Ré, que tem praias fantásticas onde ainda pode ver vestígios de antigos bunkers nazistas. Parece que é uma ilha como qualquer outra na área. Mas há algo que a diferencia do resto.

A uma simples vista, as ondas que se formam na sua costa parecem formar um tabuleiro de xadrez. A visão é tão espetacular que o farol é um ponto de encontro para turistas e habitantes locais que desejam apreciar o estranho fenômeno que, embora os antigos pensassem ser formado por uma força mágica, há uma explicação científica para isso.

contioutra.com - Se você vir ondas quadradas na superfície do mar, fique longe e avise os outros imediatamente.

Mesmo no limite de dois mares, no que é conhecido como Cruzamento de mares, é onde a ilha de Ré está localizada. Sob a superfície da água, os diferentes sistemas de ondas cruzam em um ângulo oblíquo (o que não é reto), quando as condições permitem que esses padrões sejam mantidos, é então que essas células quadradas podem ser produzidas.

Além da beleza inegável deste fenômeno, é importante enfatizar que é igualmente perigoso para os banhistas. As fortes correntes geradas podem desencadear outras denominadas correntes de ressaca, que se assemelham a “um rio corrente que se afasta da costa”; A cor desse rio é ligeiramente diferente e contém bolhas; se dentro do mar existem alguns objetos soltos como galhos ou lixo, essas correntes os atraem rapidamente e os afasta da costa.

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O perigo real não é ser arrastado por elas dentro do mar, mas sim a forma como a pessoa reage: muitos banhistas entram em pânico e tentam nadar contra a corrente, se cansando imediatamente e afundando. A chave para escapar não é nadar contra ela, Mas paralelo à costa, escapando desta forma.

Sem dúvida, um fenômeno incomum que, mesmo depois de conhecer sua causa, nos deixa espantados por sua beleza e particularidade.

É maravilhoso conhecer a natureza! Se você concorda, informe seus amigos e não se esqueça de nos apoiar.

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Fonte: Papo Reto

“Você faz faxina? Não, faço mestrado. Sou professora”

“Você faz faxina? Não, faço mestrado. Sou professora”

A professora e historiadora Luana Tolentino viralizou nas redes sociais após relatar um caso de racismo sofrido em Belo Horizonte. Na quarta 19, a docente caminhava pela rua quando foi abordada por uma senhora branca que perguntou se ela fazia faxina. Luana escreveu um depoimento sobre o caso, refletindo sobre os impactos do racismo na sociedade.

Luana Tolentino, via Facebook

Hoje uma senhora me parou na rua e perguntou se eu fazia faxina.

Altiva e segura, respondi:

– Não. Faço mestrado. Sou professora.

Da boca dela não ouvi mais nenhuma palavra. Acho que a incredulidade e o constrangimento impediram que ela dissesse qualquer coisa.

Não me senti ofendida com a pergunta. Durante uma passagem da minha vida arrumei casas, lavei banheiros e limpei quintais. Foi com o dinheiro que recebia que por diversas vezes ajudei minha mãe a comprar comida e consegui pagar o primeiro período da faculdade.

O que me deixa indignada e entristecida é perceber o quanto as pessoas são entorpecidas pela ideologia racista. Sim. A senhora só perguntou se eu faço faxina porque carrego no corpo a pele escura.

No imaginário social está arraigada a ideia de que nós negros devemos ocupar somente funções de baixa remuneração e que exigem pouca escolaridade. Quando se trata das mulheres negras, espera-se que o nosso lugar seja o da empregada doméstica, da faxineira, dos serviços gerais, da babá, da catadora de papel.

É esse olhar que fez com que o porteiro perguntasse no meu primeiro dia de trabalho se eu estava procurando vaga para serviços gerais. É essa mentalidade que levou um porteiro a perguntar se eu era a faxineira de uma amiga que fui visitar. É essa construção racista que induziu uma recepcionista da cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, a maior honraria concedida pelo Governo do Estado de Minas Gerais, a questionar se fui convidada por alguém, quando na verdade, eu era uma das homenageadas.

Não importa os caminhos que a vida me leve, os espaços que eu transite, os títulos que eu venha a ter, os prêmios que eu receba. Perguntas como a feita pela senhora que nem sequer sei o nome em algum momento ecoarão nos meus ouvidos. É o que nos lembra o grande Mestre Milton Santos:

“Quando se é negro, é evidente que não se pode ser outra coisa, só excepcionalmente não se será o pobre, (…) não será humilhado, porque a questão central é a humilhação cotidiana. Ninguém escapa, não importa que fique rico.”

É o que também afirma Ângela Davis. E ela vai além. Segundo a intelectual negra norte-americana, sempre haverá alguém para nos chamar de “macaca/o”. Desde a tenra idade os brancos sabem que nenhum outro xingamento fere de maneira tão profunda a nossa alma e a nossa dignidade.

O racismo é uma chaga da humanidade. Dificilmente as manifestações racistas serão extirpadas por completo. Em função disso, Ângela Davis nos encoraja a concentrar todos os nossos esforços no combate ao racismo institucional.

É o racismo institucional que cria mecanismos para a construção de imagens que nos depreciam e inferiorizam.

É ele que empurra a população negra para a pobreza e para a miséria. No Brasil, “a pobreza tem cor. A pobreza é negra.”

É o racismo institucional que impede que os crimes de racismo sejam punidos.

É ele também que impõe à população negra os maiores índices de analfabetismo e evasão escolar.

É o racismo institucional que “autoriza” a polícia a executar jovens negros com tiros de fuzil na cabeça, na nuca e nas costas.

É o racismo institucional que faz com que as mulheres negras sejam as maiores vítimas da mortalidade materna.

É o racismo institucional que alija os negros dos espaços de poder.

O racismo institucional é o nosso maior inimigo. É contra ele que devemos lutar.

A recente aprovação da política de cotas na UNICAMP e na USP evidencia que estamos no caminho certo.

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Fonte indicada: Carta Educação

A neurose obsessiva e o narcisismo na sociedade digital

A neurose obsessiva e o narcisismo na sociedade digital

A neurose obsessiva também penetrou na sociedade digital, impactando o comportamento psicológico e social das organizações, sobretudo, dos sujeitos. Ela é uma condição na qual a mente de alguns indivíduos é invadida por imagens, ideias e palavras fixas, que reforçam a perseguição e a importunação de outrem. Tais obsessões se tornam incontroláveis e são experimentadas como patológicas, na medida em que recusa temporariamente a liberdade de pensamento e ação.

O conceito freudiano de neurose obsessiva está ligado ao bloqueio do desenvolvimento dos sujeitos. E tem o papel de fixação e regressão à fase psicossexual infantil. Os narcisistas são os que mais apresentam esse tipo de neurose, não apenas por serem egocêntricos. Mas por terem uma egomania extremamente frágil, que não consegue suportar a diferença.

Os narcisistas passaram a ser muito conhecidos como neuróticos predominantes na sociedade pelo seu exibicionismo na internet, porque são hábeis manipuladores de aparências e anseios. E ainda possuem a submissão de uma plateia entorpecida.

Além disso, os neuróticos obsessivos e narcisistas são uma complexa reação psíquica de um novo reordenamento político, social e digital. Porém, na relação com os outros, eles têm no ódio uma força que nega – o amor – e assevera uma falsa moral para proteger os seus objetos de desejos. Tudo ocorre por meio de projeção de textos, imagens e deslumbres, que são ordenados por egos inseguros.

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No entanto, a neurose obsessiva e narcísica busca um ligeiro alívio psicológico da condição humana, procurando soluções fáceis ao preço da violência e da servidão. É um comportamento social baseado no patriarcalismo, que é um sistema neurótico caracterizado pela alienação psíquica inconsciente.

O psicanalista Erich Fromm descreve esses sujeitos como clinicamente fanáticos e excessivamente narcisistas, que estão próximos a psicose com tendências paranoicas, pois estão desligados do mundo como qualquer psicótico. Mas os fanáticos encontraram uma saída que os salva da psicose. Por isso escolhem uma causa, qualquer que seja: política, religiosa e outras e as endeusam, agora digitalmente.

Hoje, determinados grupos e pessoas são incapazes de discutir, de modo equilibrado, os seus problemas psicossociais. A modernidade líquida está transformando o mundo em uma casa de neuróticos virtuais, que acreditam que pela estupidez podem resolver as suas divergências, causando medo, angústia, ansiedade, recalque, isolamento e morte.

Enfim, a psicanálise deve ser formulada de tal modo, que torne entendíveis os aspectos inconscientes desses sintomas e de suas condições causadoras de doenças na sociedade, que destroem a capacidade de lucidez e compaixão das pessoas. Aliás, a teoria psicanalítica precisa estudar essa nova neurose crônica associada à cultura digital, que impulsiona o caráter autoritário, obsessivo e narcísico, que até então estava oculto no inconsciente individual e coletivo.

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