Essa tal felicidade…(tirinha)

Essa tal felicidade…(tirinha)

“Embora o luxo seja atraente e tentador, ele nos deixa pouco à vontade. É na simplicidade que rimos alto e sem medo, sentamos nas calçadas, baixamos nossa guarda e somos sinceramente felizes. ”
Josie Conti

Sou absolutamente contra o comodismo mas, muitas vezes, uma boa noite de sono ou uns dias sem muitas preocupações são os melhores remédios para nos ajudar a perceber o que realmente importa.

contioutra.com - Essa tal felicidade...(tirinha)
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Quadrinhos via Minilua 

Saudade, Lígia Guerra

Saudade, Lígia Guerra

“Saudade é uma das palavras mais presentes nas poesias de amor da língua portuguesa e também na música popular, “saudade”, só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim “solitas, solitatis” (solidão), na forma arcaica de “soedade, soidade e suidade” e sob influência de “saúde” e “saudar”.”

Esse sentimento embora bastante triste tem uma beleza única, pois só o possui quem ama ou amou muito alguém… Quem amou de maneira especial uma fase da sua da vida… Quem deixou a sua terra para trás… Sempre que a saudade invade a minha alma, sinto as suas mãos segurando o meu coração que agitado se debate tentando não agonizar. Sinto as suas mãos impiedosas me revirando por dentro. Ainda assim prefiro senti-la, pois isso prova que vivi e vivo intensamente a minha jornada. Quem não derruba lágrimas, seja de alegria ou de tristeza, quem não se perturba com nada e está acima das próprias emoções, já está morto sem saber. A saudade é um grito de vida, já conheci pessoas que foram resgatadas de suas ilhas emocionais por ela… Pessoas que se entregaram à depressão, ao desamor e ao isolamento, mas que ao se reconectarem com vida que tiveram um dia, através das saudades, relembraram do quanto foram capazes de amar e de serem felizes! Isso as impulsionou a resgatarem o amor pela própria existência. Quantos filmes, livros e poemas são narrados pelas lembranças? O que seriam dessas obras se a história contada não fosse embalada pela saudade? A minha saudade terna, triste, feliz e doce sussurra aos meus ouvidos… E em segredo confessa: “Tudo está valendo a pena… Agora é hora de olhar para frente e seguir adiante… Pois logo ali, daqui a pouquinho… Você também estará com saudades desse momento…” E suavemente se despede até o nosso próximo encontro…
Lígia Guerra

 

Site oficial: http://ligiaguerra.com.br/

Amy Winehouse canta “All my lovin”, sucesso dos Beatles

Amy Winehouse canta “All my lovin”, sucesso dos Beatles

Amy Winehouse, falecida em 2012, foi uma cantora e compositora britânica conhecida por seu poderoso e profundo contralto vocal e sua mistura eclética de gêneros musicais, incluindo soul, jazz e R&B.
Nessa interpretação de “All my Lovin” mostra, além de sua capacidade vocal, seu estilo único de interpretar.

Site oficial: http://www.amywinehouse.com/

TED – Sherry Turkle: conectado, mas só?

TED – Sherry Turkle: conectado, mas só?

Esperamos mais da tecnologia mas será que esperamos menos um do outro? Sherry Turkle, famosa por seus estudos das relações entre homem e tecnologia, analisa como os nossos dispositivos e personalidades online estão redefinindo a conexão humana e a comunicação  e nos pede para pensar profundamente sobre os novos tipos de conexão que queremos.

Vídeo original em http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/sherry_turkle_alone_together.html

Animação proporciona reflexão sobre as redes sociais e o medo da solidão, por Josie Conti

Animação proporciona reflexão sobre as redes sociais e o medo da solidão, por Josie Conti

A sociedade atual valoriza o individualismo e a competitividade. Os funcionários das empresas, hoje chamados erroneamente de colaboradores,  recebem mensagens de que trabalhar em equipe é um valor da empresa. Entretanto, qualquer pessoa com um pouco de bom senso e olhar crítico verá que o que acontece o tempo todo é um total aniquilamento da individualidade e da fidelidade entre eles. Quem não se destaca, é demitido. As terceirizações não param de crescer. Logo, o colega de trabalho é tido como rival.

A pessoa passa muito mais horas trabalhando em um ambiente que é hostil e onde não pode confiar verdadeiramente nas pessoas, portanto, sem vínculos verdadeiros.

Resultado: menos tempo com família e amigos pois precisa manter o emprego.

Quando chega em casa, muitas vezes sozinha, a pessoa ainda tem que vender uma imagem de felicidade e boas relações (isso faz parte de seu papel social).  E é aí que chegamos no ponto pois é esse o questionamento relativos às redes sociais, por exemplo, onde as pessoas fabricam e postam imagens de viagens, fotos felizes, reuniões de amigos. É só entrar e veremos a infinidade de pessoas felizes (na maioria aparentemente mais felizes do que nós) falando de seus eventos sociais e outras realizações.

Sendo assim, é possível perceber que as redes sociais tornaram-se mais uma vitrine da imagem que as pessoas gostariam de passar do que propriamente um espaço para relações.

Outra coisa que as redes sociais parecem ilusoriamente sanar é a sensação de que estamos cada vez mais isolados e sem vínculos reais, ou seja, os amigos e os contatos virtuais preenchem de alguma forma o medo solidão.

“Eu compartilho. Portanto eu existo”Esse é o tema da  animação intitulada ” The Innovation of Loneliness” (A Inovação da Solidão, em tradução livre), inspirado no livro da psicóloga Sherry Turkle: Alone Togetheronde ela analisa como os nossos dispositivos e personalidades online estão redefinindo a conexão humana.

Espero sinceramente que essa REFLEXÃO seja útil para revermos a maneira como estamos utilizando as redes sociais.

Josie Conti

Artigo referência:Hypeness

Lago dos cisnes- Greenpeace

“O Lago dos Cisnes” é o ballet mais famoso e popular de todos os tempos. Ele captura como nenhum outro todas as emoções humanas, da esperança ao desespero, do terror ao carinho, da melancolia ao êxtase. Existem várias versões, mas a que sobrevive até hoje tem como tema a moça presa em um corpo de um pássaro que é majestosamente representado pela leveza dos movimentos dos braços da bailarina, das articulações de seus pés e a posição de sua cabeça e o alongamento do pescoço.
“O Lago dos Cisnes” conta a história do jovem Príncipe Siegfried, que se apaixona por Odette, uma rainha que foi transformada em um cisne por um feiticeiro malvado. Odette é destinada a permanecer como esta estranha criatura, até ser resgatada por um homem que jure amor eterno a ela. Encantado com a beleza dela, o príncipe faz sua jura de amor, mas logo em seguida, na festa em sua homenagem por seu 21º aniversário, ele é enganado pelo feiticeiro, von Rothbart, e declara seu amor a Odile, uma gêmea malvada de Odette. Quando ele percebe que foi enganado corre de volta ao lago, combate Von Rothbart e destrói seu poder e assim os apaixonados podem ficar juntos e felizes para sempre.”
Nesse vídeo, divulgado pelo Greenpeace, organização não governamental que atua internacionalmente em questões relacionadas à preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável, uma bailarina apresenta sua sua própria versão do famoso “Dying Swan”- só que como um cisne que dança num local poluído com óleo que gradativamente impede seus suaves movimentos fazendo com que se debata até a morte.
Uma metáfora forte e chocante.
Como sempre, a arte sublimando a tragédia da realidade para nos fazer pensar.
Espero que a interpretação os toque também…
Josie Conti

Para mais informações www.greenpeace.org/freethearctic30/?fbgpi23oct2

Comigo – Zeca Baleiro

Comigo – Zeca Baleiro

Zeca Baleiro, é um cantor, compositor, cronista, e músico brasileiro de MPB. Transferiu-se para São Paulo onde lançou sua carreira. Zeca canta, toca violão e já teve suas composições interpretadas por Simone, Gal Costa, Elba Ramalho, Vange Milliet, Adriana Maciel, Luíza Possi, Rita Ribeiro, Renato Braz e Claudia Leitte. Em 2011, lançou um livro de crônicas intitulado “Bala na agulha” . Atualmente, além da carreira de músico, é colunista mensal da revista “Isto É”.

Página oficial do músico: http://zecabaleiro.uol.com.br/site2012/

Holocausto brasileiro: o tipo de informação que não temos

Holocausto brasileiro: o tipo de informação que não temos

Um dos grandes privilégios de trabalhar com informação é ter tempo para pesquisa e acesso a pessoas que nos enviam materiais de extremo valor. Essa matéria, por exemplo, foi indicada pela Iná Lima, técnica de enfermagem do Cândido Ferreira, serviço de saúde localizado em Sousas- Campinas.
Eu não acredito em uma sociedade que ignora sua história. Mesmo os piores fatos precisam ser vistos, pois só assim uma consciência crítica pode ser desenvolvida. Ontem mesmo, uma frase que me chamou a atenção num trecho do documentário “Out There” de Stephen Fry: “Se a história nos ensinou uma coisa, foi que o progresso pode ser revertido”. Conhecer nos ajuda a prevenir retrocessos.
Josie Conti

 

Holocausto brasileiro: 50 anos sem punição
Milhares sucumbiram de frio, fome, tortura e doenças curáveis; 50 anos depois, ninguém foi punido por este genocídio
Por DANIELA ARBEX

Não se morre de loucura. Pelo menos em Barbacena. Na cidade do Holocausto brasileiro, mais de 60 mil pessoas perderam a vida no Hospital Colônia, sendo 1.853 corpos vendidos para 17 faculdades de medicina até o início dos anos 1980, um comércio que incluía ainda a negociação de peças anatômicas, como fígado e coração, além de esqueletos. As milhares de vítimas travestidas de pacientes psiquiátricos, já que mais de 70% dos internados não sofria de doença mental, sucumbiram de fome, frio, diarréia, pneumonia, maus-tratos, abandono, tortura. Para revelar uma das tragédias brasileiras mais silenciosas, a Tribuna refez os passos de uma história de extermínio. Tendo como ponto de partida as imagens do então fotógrafo da revista “O Cruzeiro”, Luiz Alfredo, publicadas em 1961 e resgatadas no livro “Colônia”, o jornal empreendeu uma busca pela localização de testemunhas e sobreviventes dos porões da loucura 50 anos depois. A investigação, realizada durante 30 dias, identificou a rotina de um campo de concentração, embora nenhum governo tenha sido responsabilizado até hoje por esse genocídio. A reportagem descortinou, ainda, os bastidores da reforma psiquiátrica brasileira, cuja lei sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais, editada em 2001, completa dez anos. As mudanças iniciadas em Minas alcançaram, mais tarde, outros estados, embora muitas transformações ainda estejam por fazer, conforme já apontava inspeção nacional realizada, em 2004, nos hospitais psiquiátricos do país. A série de matérias pretende mostrar a dívida histórica que a sociedade tem com os “loucos” de Barbacena, cujas ossadas encontram-se expostas em cemitério desativado da cidade.

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Mulheres eram mantidas em condições subumanas. Ociosidade contribuía para morte social

Criado pelo governo estadual, em 1903, para oferecer “assistência aos alienados de Minas”, até então atendidos nos porões da Santa Casa, o Hospital Colônia tinha, inicialmente, capacidade para 200 leitos, mas atingiu a marca de cinco mil pacientes em 1961, tornando-se endereço de um massacre. A instituição, transformada em um dos maiores hospícios do país, começou a inchar na década de 30, mas foi durante a ditadura militar que os conceitos médicos simplesmente desapareceram. Para lá eram enviados desafetos, homossexuais, militantes políticos, mães solteiras, alcoolistas, mendigos, pessoas sem documentos e todos os tipos de indesejados, inclusive, doentes mentais.

‘Trem de doido’

Sem qualquer critério para internação, os deserdados sociais chegavam a Barbacena de trem, vindos de vários cantos do país. Eles abarrotavam os vagões de carga de maneira idêntica aos judeus levados, durante a Segunda Guerra, para os campo de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia. Os considerados loucos desembarcavam nos fundos do hospital, onde o guarda-freios desconectava o último vagão, que ficou conhecido como “trem de doido”. A expressão, incorporada ao vocabulário dos mineiros, hoje define algo positivo, mas, na época, marcava o início de uma viagem sem volta ao inferno. Wellerson Durães de Alkmim, 59 anos, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise, jamais esqueceu o primeiro dia em que pisou no hospital em 1975. “Eu era estudante do Hospital de Neuropsiquiatria Infantil, em Belo Horizonte, quando fui fazer uma visita à Colônia ‘Zoológica’ de Barbacena. Tinha 23 anos e foi um grande choque encontrar, no meio daquelas pessoas, uma menina de 12 anos atendida no Hospital de Neuropsiquiatria Infantil. Ela estava lá numa cela, e o que me separava dela não eram somente grades. O frio daquele maio cortava sua pele sem agasalho. A metáfora que tenho sobre aquele dia é daqueles ônibus escolares que foram fazer uma visita ao zoológico, só que não era tão divertido, e nem a gente era tão criança assim. Fiquei muito impactado e, na volta, chorei diante do que vi.”

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Pavilhão onde internos dormiam no “leito único”, nome oficial para substituição de camas por capim

Esgoto era fonte de água de internos

Entrar na Colônia era a decretação de uma sentença de morte. Sem remédios, comida, roupas e infraestrutura, os pacientes definhavam. Ficavam nus e descalços na maior parte do tempo. No local onde haviam guardas no lugar de enfermeiros, o sentido de dignidade era desconhecido. Os internos defecavam em público e se alimentavam das próprias fezes. Faziam do esgoto que cortava os pavilhões a principal fonte de água. “Muitas das doenças eram causadas por vermes das fezes que eles comiam. A coisa era muito pior do que parece. Cheguei a ver alimentos sendo jogados em cochos, e os doidos avançando para comer, como animais. Visitei o campo de Auschwitz e não vi diferença. O que acontece lá é a desumanidade, a crueldade planejada. No hospício, tira-se o caráter humano de uma pessoa, e ela deixa de ser gente. Havia um total desinteresse pela sorte. Basta dizer que os eletrochoques eram dados indiscriminadamente. Às vezes, a energia elétrica da cidade não era suficiente para aguentar a carga. Muitos morriam, outros sofriam fraturas graves”, revela o psiquiatra e escritor Ronaldo Simões Coelho, 80 anos, que trabalhou na Colônia no início da década de 60 como secretário geral da recém-criada Fundação Estadual de Assistência Psiquiátrica, substituída, em 77, pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). A Fhemig continua responsável pela instituição, reformulada a partir de 1980 e, recentemente, transformada em hospital regional. Hoje, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB) atende um universo de 50 cidades e uma população estimada em 700 mil pessoas.

Capim como cama

Os pacientes da Colônia, em sua maioria, dormiam no “leito único”, denominação para o capim seco espalhado sobre o chão de cimento, que substituía as camas. O modelo chegou a ser oficialmente sugerido para outros hospitais “para suprir a falta de espaço nos quartos.”
Em meio a ratos, insetos e dejetos, até 300 pessoas por pavilhão deitavam sobre a forragem vegetal. “O frio de Barbacena era um agravante, os internos dormiam em cima uns dos outros, e os debaixo morriam. De manhã, tiravam-se os cadáveres”, contou o psiquiatra Jairo Toledo, diretor do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB).
Marlene Laureano, 56 anos, funcionária do CHPB desde os 20, era uma espécie de faz-tudo. “Todas as manhãs, eu tirava o capim e colocava para secar. Também dava banho nos pacientes, mas não havia roupas para vestirem. Tinha um pavilhão com 300 pessoas para alimentar, mas só tinha o suficiente para 30. Imagine! Só permaneci aqui, porque tinha a certeza de que um dia tudo isso ia melhorar, sei que Deus existe.”

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José Machado em 1961; Machadinho, hoje, aos 80 anos. Resistência em meio século de internação

Sobreviventes passaram a vida internados

“Esse faleceu. Era uma delícia de pessoa. Essa morreu. Ela benzia a gente. Lembra? Olha o Raul, que saudade. Essa era bem alegre. Esse homem era engraçado, gostava de tomar conta das portas.” Os comentários deMarlene Laureano sobre os pacientes fotografados por Luiz Alfredo, em 1961, não deixam dúvida de que a história da Colônia tem na morte uma de suas principais heranças. Sobreviver à Colônia é quase como confrontar o improvável. José Machado, 80 anos, Sônia Maria da Costa, 61, Maria Aparecida de Jesus, 71, e Antônio Sabino, 70, são alguns dos que conseguiram. Institucionalizados há mais de meio século, resistiram a fome, ao frio e ao tratamento desumano, mas carregam graves sequelas.
O registro de José Machado, o Machadinho, é de número 1.530. A informação sobre ele que mais se aproxima da verdade, já que a maior parte dos pacientes não tem qualquer registro sobre o seu passado, é de que deu entrada na entidade em 1959, conduzido pela polícia, após ser acusado de colocar veneno na bebida de alguém. Inocente, passou a vida encarcerado. Hoje, aos 80 anos, precisa de uma cadeira de rodas para se locomover, mantendo-se reticente na presença de estranhos.
Sebastiana Marques está em um dos cinco módulos residenciais implantados no hospital para atender os pacientes com mais autonomia. Com diagnóstico de esquizofrenia, mantém o hábito de ficar isolada e não consegue se expressar. Já Sônia é uma exceção entre os sobreviventes. Apesar de ter chegado ao hospital ainda criança, vive hoje em uma das 28 residências terapêuticas de Barbacena. Mudou-se para lá em 2003, deixando para trás uma história de eletrochoques, agressões e medo. “Lá no hospital judiavam muito da gente. Já apanhei muito, mas bati em muita gente também. Como era agressiva, me deram muito choque. Agora tenho comida gostosa, talheres e o principal: liberdade.”

Museu é tributo às vítimas

Atualmente 190 pacientes asilares estão sob a guarda do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB), mas sua sobrevida é estimada em, no máximo, mais uma década. “Acredito que, em dez anos, o ciclo dos porões da loucura se fecha”, afirma o diretor Jairo Toledo, referindo-se às últimas testemunhas daqueles tempos de horror. Maria Cibele de Aquino, 68 anos, foi uma das baixas mais recentes. Clicada em 1961, aos 18 anos, por Luiz Alfredo, ela faleceu em 14 de setembro, na companhia das bonecas que ninou durante toda uma vida de internação. Chegou ao hospício aos 14 anos de idade e nunca saiu de lá.
Para que a memória não seja enterrada, o Museu da Loucura vai continuar lembrando o que, convenientemente, poderia ser esquecido. Idealizado por Jairo, o museu foi inaugurado, em 1996, no torreão do antigo Hospital Colônia, e pretende ser um tributo às dezenas de milhares de vítimas da lendária instituição. Dos cinco museus de Barbacena, o que se dedica a contar a história da loucura é o mais visitado por turistas.
Em 2008, a publicação do livro “Colônia”, também organizado por Jairo, expôs as feridas de uma tragédia silenciosa abafada pelos muros do hospital. “Por mais duro que seja, há que se lembrar sempre, para nunca se esquecer – como se faz com o holocausto – as condições subumanas vividas naquele campo de concentração travestido de hospital. Trazer à tona a triste memória dessa travessia marcada pela iniquidade e pelo desrespeito aos direitos humanos é uma forma de consolidar a consciência social em torno de uma nova postura de atendimento, gerando uma nova página na história da saúde pública”, afirmou o ex-secretário de estado da saúde de Minas, o deputado federal Marcus Pestana. (PSDB/MG). Foi ele quem viabilizou a tiragem de mil exemplares do livro “Colônia.”

Fonte: http://www.tribunademinas.com.br/cidade/holocausto-brasileiro-50-anos-sem-punic-o-1.989343

Amar aos animais nos torna mais bonitos

Amar aos animais nos torna mais bonitos

“A descoberta da verdade é impedida de forma mais eficiente não pela aparência falsa das coisas que iludem e induzem ao erro, nem diretamente pela fraqueza dos poderes de raciocínio, mas pela opinião preconcebida e pelo preconceito.” Arthur Schopenhauer

A animação abaixo trabalha o tema das “aparências” e de como nos deixamos levar pelas primeiras impressões e pelos pré- conceitos.
No final a moral da história é
Amar aos animais nos torna mais bonitos!
…e o cachorrinho da animação parece um Beagle!

Sensibilidade- Ana Jácomo

Sensibilidade- Ana Jácomo

contioutra.com - Sensibilidade- Ana Jácomo

“Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Esse jeito de ouvir além dos olhos, de ver além dos ouvidos, de sentir a textura do sentimento alheio tão clara no próprio coração e tantas vezes até doer ou sorrir junto com toda sinceridade. Essa sensação, de vez em quando, de ser estrangeiro e não saber falar o idioma local, de ser meio ET, uma espécie de sobrevivente de uma civilização extinta. Essa intensidade toda em tempo de ternura minguada. Esse amor tão vívido em terra em que a maioria parece se assustar mais com o afeto do que com a indelicadeza. Esse cuidado espontâneo com os outros. Essa vontade tão pura de que ninguém sofra por nada. Esse melindre de ferir por saber, com nitidez, como dói se sentir ferido.

Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Essa saudade, que às vezes faz a alma marejar, de um lugar que não se sabe onde é, mas que existe, é claro que existe. Essa possibilidade de se experimentar a dor, quando a dor chega, com a mesma verdade com que se experimenta a alegria. Essa incapacidade de não se admirar com o encanto grandioso que também mora na sutileza. Essa vontade de espalhar buquês de sorrisos por aí, porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando, não deixam adormecer a ideia de um mundo que possa acordar sorrindo. Pra toda gente. Pra todo ser. Pra toda vida.

Eu até já tentei ser diferente, por medo de doer, mas não tem jeito: só consigo ser igual a mim.”

Sensibilidade – Ana Jácomo

http://anajacomo.tumblr.com/

O gato mais paciente que você já viu…

O gato mais paciente que você já viu…

“De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar.”
Platão

Simplesmente não dá para acreditar no autocontrole desse gatinho que dá uma aula de civilidade. Certamente ele entendeu que estava lidando com um bebê humano…

quew

Retratos da infância- seleção de fotos históricas

Retratos da infância- seleção de fotos históricas

 

Quando rever é reviver

Preciso reviver, eu bem sei,
mesmo que só na lembrança,
voltar à minha antiga casa,
rever a minha infância
e todos os momentos felizes que lá passei.

Clarice Pacheco

 

Jerome Liebling, Butterfly Boy, NY 1949
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Lev Borodulin, Dangerous Crossing, 1956, printed before 1973
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Girl and Cat, Roubaix, France, 1958-59 Photo by Jean-Philippe Charbonnier
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Konrad Hoffmeister, Berlin, 1958
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La douche à Raizeux, by Robert Doisneau, 1949
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Coney Island CA. 1951 Photo Martin Elkort
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Puppet show, Luna Park, Paris in 1910
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Roger Mayne – Girls Doing Handstands, Southam Street, London 1956
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Enzo Sellerio – Montelepre, 1958
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Naples, 1961 by Herbert List
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Photo by William C. Beall, 1957
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‘The Boy and the Distorting Mirror, Rotherham, July 1960’ – John Chillingworth
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Friedrich Seidenstucker, Two girls, 1930
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Seleção Josie Conti

The Civil Wars – You Are My Sunshine (Live)

The Civil Wars – You Are My Sunshine (Live)

The Civil Wars perform their version of  “You Are My Sunshine” on 01.31.11.
Producer – Jason Flynn
Director, Editor, & Cam – Clay Thomas
Cams – Tyler Martin, Trey Alexander, Hunter Marks

For more information about The Civil Wars, check out their website. http://thecivilwars.com
Video shot on location at the Zodiac Theatre in Florence, Alabama. http://www.shoalstheatre.com

The Civil Wars – You Are My Sunshine (Live)

John Lennon – Jealous Guy

John Lennon – Jealous Guy

John Winston Lennon (Liverpool, 9 de outubro de 1940 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1980) foi um músico, guitarrista, cantor, compositor, escritor e ativista britânico.
John Lennon ganhou notoriedade mundial como um dos fundadores do grupo de rock britânico The Beatles. Na época da existência dos Beatles, John Lennon formou com Paul McCartney o que seria uma das melhores e mais famosas duplas de compositores de todos os tempos, a dupla Lennon/McCartney. John Lennon foi casado com Cynthia Powell, e com ela teve o filho Julian. Em 1966, conheceu a artista plástica japonesa Yoko Ono. Em 1968, Lennon e Yoko produziram um álbum experimental, Unfinished Music No.1: Two Virgins, que causou controvérsia por apresentar o casal nu, de frente e de costas, na capa e contracapa. A partir deste momento, John e Yoko iniciariam uma parceria artística e amorosa. Cynthia Powell pediu o divórcio no mesmo ano, alegando adultério. Em 1969, o casal se casou numa cerimônia privada no rochedo de Gibraltar. Usaram a repercussão de seu casamento para divulgar um evento pela paz, chamado de “Bed in”, ou “John e Yoko na cama pela paz”, como um resultado prático de sua lua-de-mel, realizada no Hotel Hilton, em Amsterdã. No final do mesmo ano, Lennon comunicou aos seus parceiros de banda que estava deixando os Beatles. Ainda no mesmo período, Lennon devolveu sua medalha de Membro do Império Britânico à Rainha Elizabeth,2 como uma forma de protesto contra o apoio do Reino Unido à guerra do Vietnã, o envolvimento do Reino Unido no conflito de Biafra e “o fraco desenvolvimento de Cold Turkey nas paradas de sucesso”.
Em 10 de abril de 1970, Paul McCartney anunciou oficialmente o fim dos Beatles. Antes disso, John Lennon havia lançado outros dois álbuns experimentais, Life with lions e Wedding album. Também lançara o compacto “Cold Turkey” e o disco ao vivo Live peace in Toronto, creditados à banda Plastic Ono Band, com a participação de Eric Clapton. No final do ano, sai o primeiro disco solo de Lennon, após o fim dos Beatles: John Lennon/Plastic Ono Band, que contou com a participação de Ringo Starr, Yoko Ono e Klaus Voormann.
Durante a década de 1970, John e Yoko envolveram-se em vários eventos políticos, como promoção à paz, pelos direitos das mulheres e trabalhadores e também exigindo o fim da Guerra do Vietnã. Seu envolvimento com líderes da extrema-esquerda norte-americana, com Jerry Rubin, Abbie Hoffman e John Sinclair, além de seu apoio formal ao Partido dos Panteras Negras, deu início a uma perseguição ilegal do governo Nixon ao casal. A pedido do Governo, a Imigração deu início a um processo de extradição de John Lennon dos EUA, que durou cerca de três anos, período em que John ficou separado de Yoko Ono por 18 meses, entre 1973 e 1975.
Após reconciliar-se com Yoko, vencer o processo de imigração e conseguir o Green Card, Lennon decidiu afastar-se da música para dedicar-se à criação de seu filho Sean Taro Ono Lennon, nascido no mesmo dia de seu aniversário, em 1975. O casal voltou aos estúdios em 1980 para gravar um novo álbum, Double Fantasy, lançado em novembro. Era como um recomeço. Porém em 8 de dezembro do mesmo ano, John foi assassinado em Nova York por Mark David Chapman, quando retornava do estúdio de gravação junto com a mulher.
Dentre as composições de destaque de John Lennon (creditadas a Lennon/ McCartney) estão “Help!”, “Strawberry Fields Forever” e “All You Need Is Love”, “Revolution”, “Lucy in the Sky with Diamonds”, “Come Together”, “Across the Universe, “Don’t Let Me Down” e na carreira solo “Imagine”, “Instant Karma!”, “Happy Xmas (War is Over)”, “Woman”, “(Just Like) Starting Over” e “Watching the Wheels”.
Recebe Estrela da Calçada da Fama de Hollywood em 30 de setembro de 1988.
Em 2002, John Lennon entrou em oitavo lugar em uma pesquisa feita pela BBC como os 100 mais importantes britânicos de todos os tempos.
Recentemente, em 2008, John foi considerado pela revista Rolling Stone o 5º melhor cantor de todos os tempos.
Foi considerado o 55º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone. (Wikipédia)

John Lennon – Jealous Guy

I was dreaming of the past
And my heart was beating fast
I began to lose control
I began to lose control

I didn’t mean to hurt you
I’m sorry that I make you cry
Oh no, I didn’t want to hurt you,
I’m just a jealous guy.

I was feeling insecure
You might not love me anymore
I was shivering inside
I was shivering inside

I didn’t mean to hurt you
I’m sorry that I make you cry
Oh no, I didn’t want to hurt you,
I’m just a jealous guy.

I didn’t mean to hurt you
I’m sorry that I make you cry
Oh no, I didn’t want to hurt you,
I’m just a jealous guy.

I was trying to catch your eyes
Though that you was trying to hide
I was swallowing my pain
I was swallowing my pain

I didn’t mean to hurt you
I’m sorry that I make you cry
Oh no, I didn’t want to hurt you,
I’m just a jealous guy,
I’m just a jealous guy,
I’m just a jealous guy.

INDICADOS