Fotógrafas contam histórias incríveis das mulheres ao redor do mundo

Fotógrafas contam histórias incríveis das mulheres ao redor do mundo

Por Kate Abbey-Lambertz, viacontioutra.com - Fotógrafas contam histórias incríveis das mulheres ao redor do mundo

“Abra-se tanto quando puder… como se fosse um material sensível, jamais exposto”, disse uma vez a famosa fotógrafa documentarista Dorothea Lange.

O talentoso grupo de 11 fotojornalistas mulheres que participa da exposição do National Geographic “Women of Vision” (ou “Mulheres de Visão”, em português) parece ter se inspirado nas palavras de Lange: elas já se aventuraram em todos os cantos do mundo, com mentes e olhos bem abertos, e voltaram com resultados espetaculares.

A exposição, em exibição no Instituto Cranbrook de Ciência, em Bloomfield Hills, Michigan, foi concebida por Kathryn Keane, vice-presidente de exposições da National Geographic, e com curadoria da editora de fotos sênior da revista, Elizabeth Krist. Em uma conversa publicada na National Geographic, as duas mulheres falaram sobre como elas ficaram impressionadas com o número de mulheres fotógrafas, na última década, que trabalhavam em ambientes extremos e situações perigosas para trazer histórias importantes para a revista.

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Nujood Ali surpreendeu o mundo em 2008 ao se divorciar com dez anos no Iêmen, dando um grande passo contra casamentos forçados. Foto de Stephanie Sinclair, cortesia da National Geographic “Mulheres de Visão”

“Muitas fotógrafas trabalhavam para jornais em suas cidades natal; muitas eram as únicas mulheres trabalhando na redação”, disse Keane. “Elas tiveram razões diferentes para entrar na área, mas uma vez que começaram a fotografar profissionalmente, tiveram experiências semelhantes, e então, seus interesses pessoais as trouxeram de volta para direções diferentes. … Várias vezes essas mulheres não tinham recursos, elas tinham muito pouco apoio e mesmo assim foram levadas para conseguir as histórias que começaram “.

Enquanto uma ampla gama de trabalho pode ser vista na exposição, é impressionante perceber como muitas das fotógrafas têm um olhar profundo e sutil nas vidas de mulheres de todas as idades: desde uma jovem mulher que foi pressionada pelo grupo a fazer um piercing a uma garota iemenita que se livrou de um casamento infantil.

“Acho que as mulheres são mais propensas a se concentrarem em questões que realmente importam para as mulheres, seja mortalidade materna, agressão sexual ou crianças noivas”, disse Krist à National Geographic. “E então eu sinto que é importante manter os números lá em cima de mulheres que estão realmente saindo a campo e cobrindo esses tipos de problemas.”

A exposição inclui o trabalho das fotojornalistas Erika Larsen, Kitra Cahana, Jodi Cobb, Amy Toensing, Carolyn Drake, Beverly Joubert, Stephanie Sinclair, Diane Cook, Lynn Johnson, Maggie Steber e Lynsey Addario, onde todas tem contribuído para a National Geographic. Abaixo, veja algumas das imagens que trazem à luz histórias de mulheres de todas as partes do mundo:

Jodi Cobb

“Eu estava tentando fazer imagens de vítimas que não se revitimizam”, disse Cobb ao Wall Street Journal ao falar sobre a primeira imagem abaixo. “Você não quer que as pessoas se afastem, você quer atraí-los.”

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Prostitutas, são conhecidas como meninas engaioladas são, muitas vezes, escravas sexuais, exibem-se em uma rua de Mumbai. Foto de Jodi Cobb, cortesia da National Geographic “Mulheres de Visão”.
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Uma mulher em Florença, na Itália, saboreia uma mensagem recebida em um cartão postal. Foto de Jodi Cobb, cortesia da National Geographic “Mulheres de Visão”.

Stephanie Sinclair

“O pior dia não é quando minha segurança está em risco, é quando eu não consigo tirar as fotos que eu quero”, disse Sinclair. “Você tem uma chance de conseguir que essas vozes sejam ouvidas, então todos os dias contam.”

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Uma tenente da unidade de elite de contraterrorismo do Iêmen, patrulha o quartel das mulheres. Foto de Stephanie Sinclair.

Carolyn Drake
“Para mim,” Drake disse ao blog Lens, em 2011, “o jornalismo e a arte não estão realmente separados.”
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Em Hotan, na cidade de Uygur, com uma crescente população chinesa Han, os uygures socializam em suas próprias casas noturnas. Foto de Carolyn Drake, cortesia da National Geographic “Mulheres de Visão”.

Lynsey Addario

“Isso é o que eu cubro,” disse Addario ao Comitê de Proteção aos Jornalistas em uma entrevista depois que ela foi mantida em cativeiro na Líbia em 2011. “Eu vou voltar, e exercer o máximo de cautela quanto eu puder, mas vou cobrir conflitos.”

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Mulheres – principalmente viúvas – treinam para realizar trabalhos policiais em um campo de tiro perto de Cabul. Foto de Lynsey Addario, cortesia da National Geographic “Mulheres de Visão”.

Maggie Steber

“Palavras e imagens juntas são uma ferramenta muito poderosa. Na verdade, juntas, essas são as coisas mais poderosas do mundo. Muito mais do que espadas e armas, porque juntas elas têm o poder de informar e mudar mentes”, disse Steber ao National Geographic. “Mas eu acho que quando você está escrevendo algo, você tem que comunicar de uma forma que as pessoas possam aprender algo e resolvam isso por si mesmos. Fotografias são uma coisa completamente diferente. As fotos se comunicam com uma parte diferente do seu cérebro. Nenhuma palavra seria capaz de descrever como era sua mãe aos 20 anos quando o luar iluminou seu rosto de uma maneira única. Apenas uma fotografia pode lhe mostrar isso”.

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Quatro jovens irmãs tiram uma soneca, em uma tarde de domingo, em uma cama, em Miami, na Florida, depois de frequentar a igreja. Foto de Maggie Steber, cortesia da National Geographic “Mulheres de Visão”.

A exposição “Mulheres com Visão: Uma Coleção de Fotógrafas da National Geographic” está em exibição no Instituto de Ciência Cranbrook em Bloomfield Hills até 30 de dezembro, antes de seguir para o Centro de Fotografia de Palm Beach em West Palm Beach, na Flórida, em janeiro.

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16 verdades que você precisa encarar antes de se relacionar novamente

16 verdades que você precisa encarar antes de se relacionar novamente

Muitos relacionamentos estão fadados ao fracasso porque os envolvidos ainda não resolveram questões pessoais antes de dividi-las com outras pessoas. É a velha – porém extremamente sábia – história: impossível ser feliz com alguém se você não faz ideia de como ser feliz sozinho.

Quando duas metades cheias de questões mal resolvidas se juntam, os problemas se multiplicam e se fortalecem. Por isso, trouxemos hoje uma lista de fatos sob os quais você precisa ter consciência antes de sair se jogando nos braços de outra pessoa em busca de uma cura indireta para os seus problemas.:

1- Se você não sabe o que busca para sua vida, não reconhecerá quando encontrar. Não existe modelo pronto para nada, mas reconhecer e honrar o que realmente acreditamos está relacionado ao encontro de valores pessoais e objetivos de vida que conversem entre si. O diferente pode até atrair, mas a convivência mostra que gostos e valores afins são indispensáveis para uma relação de sucesso.

2. Suas questões internas não podem ser resolvidas com soluções externas. Por mais que os filmes mostrem e nós queiramos acreditar, não existe príncipe encantado que te salvará dos seus problemas. Um parceiro de relacionamento poderá ser alguém que dê suporte e esteja presente em momentos difíceis, entretanto, por melhor que essa pessoa seja, suas questões pessoais continuam sendo pessoais e nunca serão resolvidas por uma segunda pessoa.

3. Solidão é algo inevitável e importante em diversas fases do amadurecimento de uma pessoa. Muitas vezes, só valorizamos e entendemos o quanto alguém era importante para nós quando perdemos essa pessoa. O homem é um ser que valoriza pela falta e, mesmo o mais socializável dos seres, precisa de algum tempo para si mesmo. Durante nossas vidas, se tivermos sorte, acharemos alguns acompanhantes para a viagem – mas a maturidade consiste do entendimento que assim como nós, essas pessoas têm liberdade para ir.

4. Pensar e mexer nas feridas é uma das coisas mais dolorosas da vida, por isso muitas pessoas fogem dessas tarefas. No entanto, só aqueles que enfrentam seus fantasmas conseguem se libertar deles. Tudo é completo até ser resolvido.

5. Se você só acredita no seu potencial quando ouve um elogio de alguém, então há algo errado na sua vida. Uma estima baixa tem pouca proteção para as dificuldades da vida e dos relacionamentos.

6. Pessoas sempre tentarão te convencer de que  relacionamentos felizes, sem briga, e com parceria são raridade. Não acredite nelas. Essa é uma conclusão que tem que ser sua.

 7- O orgulho é o grande responsável por boa parte das nossas dores. Livre-se dele sempre que puder.

8. Enquanto você viver buscando a perfeição no outro, jamais será feliz pois é impossível encontrá-la. Não tem como encontrarmos o que não temos para oferecer.

9. Esteja consciente de cada passo seu. Só quem anda com consciência consegue ver as coisas menos óbvias e mais simples da vida.

10. Quando você entende que o amor não é permanente, você passa a valorizar mais cada dia pois sabe que ele pode ser o último.

11. Só consegue viver uma existência leve, quem consegue praticar o perdão. Perdoar não quer dizer necessariamente dar outra chance, mas sim eliminar a mágoa do seu coração para libertar-se de ressentimentos.

12. A duração das coisas é irrelevante. A profundidade é tudo o que importa. Hoje estamos vivos. Amanhã, quem sabe?

13. Relacionamento é construção. Compare-o com um filme onde ações acontecem o tempo todo e nunca com uma fotografia estática. Mudanças e adaptações acontecerão o tempo todo.

14. Ciúme não tem absolutamente nada a ver com amor. Se você não acredita nisso, então provavelmente nunca entendeu o que é amar de verdade. Você pode até senti-lo, mas não é o sentimento de amor que o justifica.

15. O amor é o grande alimento pra alma. Entretanto você não precisa necessariamente amar outra pessoa no sentido romântico – qualquer forma de amor, direcionada a qualquer ser, é válida.

16. O amor tem que te permitir ser livre. Nunca se contente com menos. Nunca deixe de tentar.

Tópicos adaptados do blog Casal sem vergonha

8 perguntas sobre alienação parental: a construção do desamor

8 perguntas sobre alienação parental: a construção do desamor

Por Nara Rúbia Ribeiro e Josie Conti

Aceitar mudanças nunca é fácil, principalmente quando elas não dependem única e exclusivamente da nossa vontade.

Quando um relacionamento fracassa, existem tantos e tão intensos sentimentos envolvidos que parece difícil acreditar que qualquer outra pessoa possa ou mesmo tenha o direito de ter opiniões diferentes das nossas.

Ressentimento,abandono, traição, raiva e até desejo de vingança são sentimentos frequentes nas separações.

Como para toda a perda, na maioria das vezes, um período de luto será necessário para a “”digestão” e “elaboração” de tudo o que aconteceu para que a vida possa continuar.
A dor pode ser tão forte deixando a pessoa tão centrada em si mesma que uma visão imparcial da realidade pode ser quase impossível. E, nesses casos, os filhos podem sofrer com isso.

Nesse período crítico, será necessária muita atenção para que atitudes impulsivas e que possam ser prejudiciais aos filhos não sejam tomadas.

1. No que consiste a síndrome da alienação parental?

Síndrome de Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Richard Gardner em 1985 para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor. 

Os casos mais freqüentes da Síndrome da Alienação Parental estão associados a situações onde a ruptura da vida conjugal gera, em um dos genitores, uma tendência vingativa muito grande. Quando este não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, vingança, desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. Neste processo vingativo, o filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro

2. Só os pais podem praticar a alienação parental?

Não. A alienação pode ser praticada tanto pelos pais, quanto pelos avós do menor e, ainda, por aquele que, ainda que não estejam entre os pais e avós, têm o menor sob a sua autoridade.

3. Como, na prática, pode ser caracterizado um ato de alienação parental?

A Lei 12.318/10 traz uma lista exemplificativa de condutas que caracterizam a alienação parental, vejamos:
I – realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade;
II – dificultar o exercício da autoridade parental;
III – dificultar contato de criança ou adolescente com genitor;
IV – dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar;
V – omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço;
VI – apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente;
VII – mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avó

4.  O genitor que se vê privado da harmônica convivência com o menor em face da alienação pode tomar providências legais?

Sim, ele poderá ajuizar uma ação na qual requererá providências do juízo para fazer cessar a conduta prejudicial.

 

5. Na ação em que for alegada a existência da alienação, o juiz decidirá com a ajuda de outros profissionais ou apenas com base nas narrativas dos fatos?

O juiz recorrerá a psicólogos e a uma equipe multidisciplinar que fará estudos de caráter biopsicossocial, analisando os documentos que constem no processo, a personalidade do alienador, a personalidade e as condutas da pessoa que alega a alienação, bem como o comportamento da criança ou adolescente quanto ao alegado.

 6. Restando provada a alienação parental, o que poderá ocorrer com o alienador (pessoa que pratica o alto de alienação)?

Dependendo da gravidade da situação, o juiz decidirá por penas mais brandas ou até mesmo muito severas. Poderá, desde declarar a ocorrência da alienação e advertir o alienador para que este modifique a sua conduta, até retirar a guarda do alienante, podendo, inclusive, até mesmo suspender o seu poder familiar, situação em que o “suspenso” deixa de ter direitos e também deveres quanto à pessoa e quanto aos bens dos filhos.

7. Quem sofre com a alienação?

Embora todos os envolvidos sofram, não há dúvidas de que são os filhos os maiores prejudicados. Eles são fruto da relação e não escolheram os pais que têm, logo não devem ser prejudicados pelo fracasso da relação emocional deles. Os filhos estão em processo de formação de personalidade, são dependentes não só financeiramente mas também emocionalmente e precisam de referenciais. Portando impedir o contato ou distorcer realidades sobre um dos pais é um ato injusto e imaturo para com uma pessoa que ainda não está plena em sua autonomia. Por isso justifica a interferência do estado.

A Criança Alienada:

  • Apresenta um sentimento constante de raiva e ódio contra o genitor alienado e sua família.
  • Se recusa a dar atenção, visitar, ou se comunicar com o outro genitor.
  • Guarda sentimentos e crenças negativas sobre o outro genitor, que são inconsequentes, exageradas ou inverossímeis com a realidade.

8. A alienação parental pode trazer danos irreversíveis à criança?

A alienação parental  tem graus variáveis desde a dificuldade de contato telefônico com a criança , da desqualificação do pai ou da mãe com aquele que cuida. Até situações mais graves como acusações falsas de violência física, abuso psicológico ou sexual. O objetivo final, seja através de mensagens sutis ou de graves acusações, sempre será o de  destruir o vínculo afetivo entre um dos filhos e o genitor.

Como o ato é feito por um maior responsável, esses atos caracterizam abuso emocional e, como todo abuso, podem sim trazer sério danos emocionais a um menor que ainda está em processo de formação.

 Crianças Vítimas de SAP são mais propensas a:

  • Apresentar distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e pânico.
  • Utilizar drogas e álcool como forma de aliviar a dor e culpa da alienação.
  • Cometer suicídio.
  • Apresentar baixa auto-estima.
  • Não conseguir uma relação estável, quando adultas.
  • Possuir problemas de gênero, em função da desqualificação do genitor atacado.

Imagem de capa: Blacqbook/shutterstock

Quando deixamos de nos sentir vivos?

Quando deixamos de nos sentir vivos?

Por Nathalí Macedo, via Entenda os homens

 

É triste pensar que nosso mundo anda tão ocupado com as coisas a ponto de se tornar cada vez mais insensível às pessoas, aos sentimentos, ao que interessa de verdade. Que estamos mais preocupados em não perder a hora do que em compreender porque, de fato, precisamos nos apressar.

Quando mesmo checar minha caixa de e-mails se tornou tão urgente a ponto de eu não ter sequer dois minutos pra dedicar a uma música que me faz bem à alma? Quando, na verdade, deixamos tão cruelmente de nos permitir em nome do que tem que ser? Quando o que temos que fazer tornou-se tão mais importante do que o que queremos fazer?

Triste pensar que deixamos de nos construir enquanto seres humanos, por estarmos mais preocupados com o que precisamos mostrar. Quando deixamos de ser felizes, para nos mostrar felizes. Quando deixamos de assumir nossas fraquezas, porque a crueldade do mundo não nos permite a mais ingênua humanidade.

É triste, sobretudo, pensar que cada minuto que se passa se esvai, de fato, por entre nossos dedos, porque, por mais triste que isso possa parecer, a cada dia vivemos menos. Por mais que estejamos vivos, estamos cada vez menos cientes disto. O mundo nos anestesia.

Ocupamo-nos com nossas necessidades mesquinhas e não percebemos que muitas delas só se tornaram necessidades porque nunca paramos para pensar sobre o porquê precisamos delas. Jamais nos ocorreu que, talvez, precisemos de muito menos do que buscamos. E que o que precisamos de verdade pode estar sendo deixado de lado a cada minuto que nos ocupamos com a ilusão de nossas pseudonecessidades.

Vamos deixando nossos sonhos pra uma outra hora, como se uma outra hora fosse existir tão seguramente assim. Vamos abrindo mão de pedaços de vida que sabemos ser irrecuperáveis, mas, muitas vezes, não nos damos conta do quanto isto é grave. Do quanto podemos nos arrepender de uma palavra que não trocamos, de uma ideia que não absorvemos, de uma música que não escutamos, de uma experiência que não tivemos.

Estamos ocupados demais pra viver os nossos sonhos e, pior ainda, para compreender o quanto isto nos é nocivo. E que, talvez num futuro breve demais, nos perceberemos velhos e frustrados por uma busca eternamente infrutífera, porque muitos sequer sabem o que, de verdade, buscam. Vivem no automático por tempo demais. E percebem – tarde demais – que a felicidade se apressou em abandoná-los. Como todas as coisas maravilhosas da vida, ela não sabe esperar. Sorte de quem se encontra a tempo. Porque, lamentavelmente ou não, só se encontra quem desiste de buscar.

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Meritocracia, trapaça e depressão

Meritocracia, trapaça e depressão

Por  GEORGE MONBIOT, via contioutra.com - Meritocracia, trapaça e depressão

Tradução Eduardo Sukys  Imagem: John Bellany

Estar em paz com um mundo atormentado: não é uma meta sensata. Ela pode ser conquistada apenas negando tudo aquilo que cerca você. Estar em paz com você mesmo dentro de um mundo atormentado: essa é, ao contrário, uma aspiração nobre. Este texto é para as pessoas que estão em conflito com a vida. Ele faz um apelo para você não se envergonhar disso.

Senti o ímpeto de escrevê-la ao ler um livro notável de Paul Verhaeghe, um professor belga de psicanálise. What About Me? The Struggle for Identity in a Market-Based Society [E quanto a mim? A luta por identidade em uma sociedade baseada no mercado,sem tradução em português] é uma dessas obras que, ao fazer conexões entre fenômenos aparentemente distintos, fomenta novos insights sobre o que está acontecendo conosco e porquê.

contioutra.com - Meritocracia, trapaça e depressão
“Lógica do sistema é permeada por monitoramento, medição, vigilância e auditorias (…) Destrói a autonomia, o empreendimento, a inovação e a lealdade e gera frustração, inveja e medo”

Somos animais sociais, argumenta Verhaeghe, e nossas identidades são formadas pelas normas e valores que absorvemos de outras pessoas. Toda sociedade define e molda sua própria normalidade e sua própria anormalidade, de acordo com narrativas dominantes, e busca fazer com que as pessoas obedeçam — caso contrário as exclui.

Hoje, a narrativa dominante é do fundamentalismo de mercado, amplamente conhecido na como neoliberalismo. O conto é que o mercado pode resolver quase todos os problemas sociais, econômicos e políticos. Quanto menos o Estado nos controlar e taxar, melhor será nossa condição. Os serviços públicos devem ser privatizados, os gastos públicos devem ser reduzidos e os negócios devem ser liberados do controle social. Em países como o Reino Unido e os EUA, essa história molda as normas e valores há cerca de 35 anos: desde que Thatcher e Reagan chegaram ao poder. E rapidamente está colonizando o restante do planeta.

Verhaeghe indica que o neoliberalismo se apoia na ideia grega de que nossa ética é inata (e regida por um estado de natureza que chama de mercado) e na ideia cristã de que a humanidade é inerentemente egoísta e gananciosa. Em vez de tentar suprimir essas características, o neoliberalismo as exalta: essa doutrina afirma que a competição irrestrita, guiada pelo interesse próprio, conduz à inovação e ao crescimento econômico, melhorando o bem estar de todos.

Toda essa história gira em torno da noção de mérito. A competição irrestrita recompensaria as pessoas talentosas, que trabalham duro e inovam. Ela rompe com as hierarquias e cria um mundo de oportunidades e mobilidade.

contioutra.com - Meritocracia, trapaça e depressão
Esse texto é proveniente do Blog Outras Palavras. Se você gostou do que leu, considere fazer uma doação para eles e ajudar a sustentar um jornalismo de profundidade.

Mas a realidade é bem diferente. Mesmo no início do processo, quando os mercados foram desregulamentados pela primeira vez, não começamos com oportunidades iguais. Algumas pessoas já estavam bem à frente antes de ser dada a largada. Foi assim que as oligarquias russas conseguiram acumular tanta riqueza quando a União Soviética chegou ao fim. Eles não eram, em sua maioria, os mais talentosos, trabalhadores ou inovadores, mas sim os menos escrupulosos, os mais grosseiros e com os melhores contatos, frequentemente na polícia secreta — a KGB.

Mesmo quando os resultados resultam de talento e trabalho duro, a lógica não se mantém por muito tempo. Assim que a primeira geração de empresários liberados conquista seu dinheiro, a meritocracia inicial é substituída por uma nova elite, que isola seus filhos da competição por meio da herança e da melhor educação que o dinheiro pode comprar. Nos locais onde o fundamentalismo de mercado foi aplicado com mais vigor, em países como os EUA e o Reino Unido, a mobilidade social diminui bastante.

Se o neoliberalismo não fosse uma trapaça egoísta, e se seus gurus e thinktanks não fossem financiados desde o início por algumas das pessoas mais ricas do mundo (os multimilionários americanos Coors, Olin, Scaife e Pew, entre outros), seus apóstolos teriam exigido, como precondição para uma sociedade baseada no mérito, que ninguém deveria começar a vida com uma vantagem injusta — seja riqueza herdada ou educação determinada economicamente. Porém, eles nunca acreditaram em sua própria doutrina. O empreendimento, como resultado, rapidamente deu lugar à renda.

Tudo isso é ignorado, e o sucesso ou a falha da economia de mercado são atribuídos unicamente aos esforços do indivíduo. Segundo esta crença, os ricos são os novos justos; os pobres são os novos desviados, que fracassaram econômica e moralmente e hoje são classificados como parasitas sociais.

O mercado deveria nos libertar, oferecendo autonomia e liberdade. Em vez disso, entregou atomização e solidão.

O local de trabalho foi envolvido por uma estrutura louca, kafkiana, de monitoramento, medição, vigilância e auditorias, orientada centralmente, planejada de forma rígida e cujo objetivo é recompensar os vencedores e punir os perdedores. Ela destrói a autonomia, o empreendimento, a inovação e a lealdade e gera frustração, inveja e medo. Por meio de um paradoxo incrível, ela nos levou até o renascimento de uma antiga tradição soviética conhecida na Rússia como tufta. Ela significa falsificação de estatísticas com o objetivo de atender aos ditames do poder irresponsável.

As mesmas forças afetam aqueles que não conseguem encontrar trabalho. Agora, eles precisam disputar, além de sofrer as outras humilhações do desemprego, com um nível totalmente novo de vigilância e monitoramento. Tudo isso, de acordo com Verhaeghe, é fundamental para o modelo neoliberal, que sempre insiste na comparação, avaliação e quantificação. Somos tecnicamente livres, mas incapacitados. Quer seja no trabalho ou fora dele, devemos viver com base nas mesmas regras ou perecer. Todos os principais partidos políticos as promovem — então não temos poder político também. Em nome da autonomia e da liberdade, acabamos controlados por uma burocracia esmagadora e anônima.

Verhaeghe escreve que essas mudanças vieram acompanhadas de um aumento espetacular em certas condições psiquiátricas: automutilação, distúrbios de alimentação, depressão e distúrbios de personalidade.

Dentre os distúrbios de personalidade, os mais comuns são ansiedade por desempenho e fobia social: ambos refletem um medo da outra pessoa, que é percebida tanto como avaliadora quanto como competidora, as únicas funções que o fundamentalismo de mercado admite para a sociedade. Somos atormentados pela depressão e pela solidão.

Os ditames infantilizadores do local de trabalho destroem nosso respeito próprio. Aqueles que terminam no fim da fila são acometidos por culpa e vergonha. A falácia da autoatribuição tem dois lados: assim como nos regozijamos por nosso sucesso, nos culpamos por nosso fracasso, mesmo se não tivermos qualquer responsabilidade por isso.

Portanto, se você não se encaixa ou se sente um estranho no mundo, se sua identidade está perturbada ou rompida, se você se sente perdido e envergonhado, talvez seja porque você manteve os valores humanos que deveria ter descartado. Você é um desgarrado. Orgulhe-se.

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Por quantas moedas você venderia a sua alma? (um texto polêmico e verdadeiro)

Por quantas moedas você venderia a sua alma? (um texto polêmico e verdadeiro)

Por Adriano Silva, viacontioutra.com - Por quantas moedas você venderia a sua alma? (um texto polêmico e verdadeiro)

Você só conhece de verdade a pessoa quando há dinheiro em disputa sobre a mesa. Ouvi isso duas vezes. De pessoas diferentes. Com a mesma intenção: insinuar desonestidade e traição no comportamento do outro diante de uma possibilidade de ganho financeiro. O interessante é que disseram isso uma em relação a outra. Então deve ser verdade. Deve ser um traço universal da nossa espécie. Uma das tantas verdades que definem o ser humano e que são duras de admitir – porque, se definem o humano, meu amigo e minha amiga ingênuos, acabam definindo a mim e a você também, forçosamente.

Machado de Assis era um mestre (ou melhor: é. Sua obra é imortal) em identificar e escancarar, com ironia perfurante, essa grande mesquinhez que habita a alma de quase todos nós. E que se acentuaria na medida dos ganhos e da locupletação colocados sobre a mesa. Tem um conto exemplar do Machado em que um sujeito se sente impelido a dar uma gorjeta a outro por um serviço bem prestado. À medida que vão se aproximando, na rua, o sujeito vai revendo seu ímpeto generoso. Pensa que o outro ficaria feliz com menos, que não precisaria dar tanto, que muitíssimo menos já resolveria, e assim vai arregimentando uma série de atenuantes. Vai de tal forma tratando de minguar intimamente a ideia da gorjeta que, ao se cruzarem, ela já virou nada, coisa nenhuma. Acho que o sujeito sequer cumprimenta o outro. No mais das vezes, nós somos assim. Pequenos. Vis. Egoístas. Matamos a generosidade e a gratidão em nós como se elas fossem doenças que, se não tratadas, nos levariam à morte por miséria e por escárnio. (E no mundo em que vivemos talvez esse medo não seja totalmente absurdo.) O desapego e a entrega e a correção e a justeza são traços absolutamente raros de caráter. Virtudes cada vez menos frequentes e portanto, a meu ver, cada vez mais valiosas, fundamentais, necessárias. Coisa para poucos, pouquíssimos.

É realmente triste contemplar o ser humano sob esse prisma. Inclusive porque essa visão é cristalina: é assim mesmo que as coisas são. Você abre uma empresa e na hora de escapar dos ônus ou de dividir os bônus é um deus nos acuda, ou um toma que o filho é teu ou um pega para capar. (Três clichês para deixar bem claro o que quero dizer.) Sabe o seu irmão querido, com quem você tem tanto em comum? Pode virar um ogro na hora da partilha da herança que vocês tem em comum. Ou pior: o ogro pode ser você. Sabe sua filha, por quem você daria sua vida? Talvez vá ter vergonha de você e não vá querer vê-lo mais assim que você envelhecer. Sabe sua mulher, com quem você tem conta conjunta e com quem você partilha todas as suas conquistas materiais e sua vida financeira? Ahahahah. É isso o que tenho a lhe dizer: ahahahah.

A essas todas, tento pensar como um Jedi: primeiro, é preciso resistir ao Lado Sombrio da Força. A cafajestice generalizada não pode fazê-lo virar mais um Lord Sith a empestear o universo. Segundo, é preciso sempre lançar mão do Sabre de Luz para defender o que é bom e justo. A começar, pelo que é bom e justo dentro de você.

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12 maneiras de ser a PIOR mãe do mundo (um alerta)

12 maneiras de ser a PIOR mãe do mundo (um alerta)

Por Megan Wallgren, via contioutra.com - 12 maneiras de ser a PIOR mãe do mundo (um alerta)

Uma vez, eu saí da loja, sem dar a bolacha que meu filho fez birra para conseguir. Uma mulher me parou no estacionamento e me disse que eu era a melhor mãe naquele local. Já minha filha não tinha tanta certeza disso. Quando seus filhos lhe disserem que você é má, tome isso como um elogio. A nova geração tem sido chamada de a mais preguiçosa, mais rude, e a com mais títulos da história. As histórias sobre crianças que são difíceis de lidar assustam até a melhor das mães. Novidade: não são apenas as crianças, são os pais. É fácil querer jogar a toalha e desistir de brigar com seus filhos. Afinal, todas nós não queremos ser a mãe legal? Não desista. Eles podem pensar que você é malvada agora, mas eles vão agradecer-lhe mais tarde.

Aqui estão 12 maneiras de ser a pior mãe do mundo:

1. Faça seus filhos irem para a cama a uma hora razoável

Será que existe alguém que não tenha ouvido o quão importante uma boa noite de sono é para o sucesso de uma criança? Faça seu papel de mãe e coloque seu filho na cama. Ninguém nunca disse que a criança tinha que querer ir para a cama. Eles podem brigar no início, mas com persistência, eles aprenderão que você está falando sério. E depois é só aproveitar para ter um tempo só seu ou para o casal.

2. Não dê a seus filhos sobremesa todos os dias

Doces devem ser guardados para ocasiões especiais. Isso é o que os deixa mais gostosos. Se você ceder às exigências de seu filho de ter doces o tempo todo, ele não vai apreciar o gesto quando alguém lhe oferecer um doce como recompensa ou presente. Além disso, imagine quanto isso pode custar caro quando o levar ao dentista e ao médico.

3. Faça-os pagar por suas próprias coisas

Se você quer algo, você tem que pagar por aquilo. É assim que funciona a vida adulta. Para conseguir tirar seus filhos do porão no futuro você precisa ensiná-los agora que eletrônicos, filmes, videogames, esportes e acampamentos que eles gostam têm um preço. Se eles tiverem que pagar tudo ou pelo menos parte do preço eles irão apreciar mais. Você também pode evitar pagar por algo que seu filho queira somente até conseguir aquilo. Se ele não está disposto a ajudar a pagar pelo menos metade, ele provavelmente não queira aquilo tanto assim.

4. Não mexa os pauzinhos

Alguns jovens têm dificuldade quando começam a trabalhar e percebem que as regras também se aplicam a eles. Eles precisam chegar no horário e fazer o que o chefe mandar. E (ai, ai!) parte do trabalho eles nem gostam de fazer. Se você não gosta do professor do seu filho, do seu parceiro de ciências, sua posição no campo de futebol ou no ponto de ônibus evite a tentação de mexer os pauzinhos para que seu filho consiga as coisas do jeito que ele preferir. Você está roubando a chance do seu filho de tirar o melhor e aprender com a situação. Lidar com uma situação menos que ideal é algo que ele terá que fazer o tempo todo na vida adulta. Se a criança nunca aprender a lidar com isso, você a está levando ao fracasso.

5. Faça-os fazer coisas difíceis

Não interfira automaticamente e tome conta quando as coisas se tornarem difíceis. Nada dá a seus filhos um melhor impulso de confiança do que não fugir do problema e realizar algo difícil por eles mesmos.

6. Dê-lhes um relógio e um despertador

Seu filho estará melhor se aprender as responsabilidades de controlar seu próprio tempo. Você não estará sempre lá para pedir pra ele desligar a TV e ir para seus compromissos.

7. Não compre sempre o melhor e o mais recente

Ensine seus filhos a terem gratidão e satisfação pelo que eles têm. Estar sempre preocupado com o próximo grande lançamento e quem já o tem vai levá-los a uma vida de dívidas e infelicidade.

8. Deixe-os experienciar a perda

Se seu filho quebrar um brinquedo, não compre um novo para substituí-lo. Ele vai aprender uma valiosa lição sobre cuidar de suas coisas. Se seu filho esquecer de entregar uma tarefa na escola, deixe-o ficar com uma nota mais baixa ou faça-o ir conversar por si mesmo com a professora sobre conseguir crédito extra. Você estará ensinando responsabilidade – quem não quer filhos responsáveis? Eles podem ajudá-la a se lembrar de todas as coisas que você se esquece de fazer.

9. Controle a mídia

Se todos os outros pais deixassem seus filhos pularem de uma ponte você também deixaria? Não deixe seu filho assistir a um filme ou jogar um videogame que seja inapropriado para crianças só porque as outras crianças o fizeram. Se você defender e lutar por manter a educação decente de seus filhos outros podem seguir suas ações. Crie uma pressão positiva.

10. Faça-o se desculpar

Se seu filho fizer algo errado, faça-o confessar e enfrentar as consequências. Não varra a grosseria, bullying, ou desonestidade pra debaixo do tapete. Se você errar, dê o exemplo e encare as consequências de seu erro.

11. Importe-se com suas maneiras

Até mesmo crianças pequenas podem aprender as noções básicas de como tratar outro ser humano com respeito e dignidade. Ao fazer da boa educação um hábito você estará fazendo a seus filhos um grande favor. Boas maneiras é o caminho certo para conseguir o que você quer. “Você pega mais moscas com mel do que com vinagre.”

12. Faça-os trabalhar – de graça

Seja ajudando a avó no jardim ou voluntariando-se para ser tutor de crianças mais novas, faça o serviço parte da vida de seus filhos. Isso os ensina a olhar além de si mesmos e ver que outras pessoas também têm necessidades e problemas – às vezes maior do que sua própria.

Com todo o tempo que você passar sendo má, não se esqueça de elogiar e recompensar seu filho por comportamento excepcional. E sempre se certifique que eles saibam que você os ama. Com um pouco de sorte, seus filhos podem virar o jogo e fazer sua geração conhecida por sua esperança e promessa.

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16 características de pessoas que são emocionalmente maduras

16 características de pessoas que são emocionalmente maduras

Sentir-se desanimado em determinadas situações da vida é normal. Muitas vezes temos a impressão de que algumas pessoas são mais felizes do que nós e não têm problemas. Mas a verdade é que todos têm, o que muda é a forma como cada um encara os problemas.

Ninguém nasce sabendo lidar com qualquer situação na vida. O que acontece é que algumas pessoas usam sua experiência a seu favor. Cada problema se torna um aprendizado e você deixa de se preocupar com problemas pequenos. Existem pessoas que atingem essa maioridade depois de uma idade mais avançada, outras ainda na juventude. Não há regras.

Confira, a seguir, alguns sinais de que você atingiu o amadurecimento e se tornou um ser humano mais sensato.

1. Seus relacionamentos são menos dramáticos do que costumavam ser:

Drama não é sinal de maturidade. Na medida em que envelhecemos, o natural é que nos tornemos mais maduros. Então, é natural se lembrar de um passado em que os seus relacionamentos eram cheios de drama e cobrança. Porém, se atualmente você mudou é sinal de que amadureceu e passou a se preocupar e valorizar as coisas certas.

2. Você não tem medo de pedir ajuda:

Pedir ajuda não é sinal de fraqueza. Na verdade, é até um sinal de força. Ninguém consegue conquistar nada sozinho, apenas com trabalho em equipe se conquista objetivos. Perguntar quando se tem dúvida ou pedir ajuda é um sinal de que você cresceu como pessoa.

3. Seus padrões se elevaram:

Você não tolera mais que te tratem mal ou ajam com você de forma desagradável, tanto em relacionamentos amorosos quanto familiares e de amizade. Você sabe que cada pessoa é responsável ​​por suas ações e não perde o seu tempo com que não te trata da forma que você merece.

4. Você abre mão daquilo que não te faz bem:

Muitas vezes não temos coragem de nos afastar de algo ou alguém que não nos faz bem, seja por medo, comodismo ou mesmo costume. Quando você começa a colocar o seu bem estar em primeiro lugar é sinal de que amadureceu e sabe que você não precisa passar por muitas das situações desagradáveis que vem passando.

5.Você se aceita como é:

Se aceitar como você é, tanto em relação as características físicas quanto mentais, é um grande sinal de amadurecimento. Todos nós temos alguns “defeitos” e não há problema algum em reconhecê-los, isso se torna negativo quando a pessoa começa a dar importância demais para isso.

6.Você aprendeu que falhas fazem parte do crescimento:

Nem todos podem ter sucesso em 100% do tempo. Isso não é algo real. A vida é formada por vitórias e derrotas. Por isso, olhe para os contratempos que surgirem na sua vida como trampolins para chegar a algo melhor. Se você notou que passou a se preocupar menos com as falhas e contratempos é sinal de que se tornou um ser humano mais maduro.

7.Você sabe com quem realmente pode contar:

Como dissemos no decorrer do artigo, ninguém consegue nada sozinho. Porém, nem sempre as pessoas estão dispostas a nos ajudar. É normal que tenhamos decepções relacionadas a isso durante a vida. Porém, depois de um certo tempo você ganha experiência e passa a saber exatamente com quais pessoas pode contar.

10.Você não reclama muito:

Porque você sabe que não tem motivos para reclamar. A menos que você realmente tenha passado por alguma experiência de vida horrível e tenha tido perdas inimagináveis, mais do que todos nós experimentamos no dia-a-dia. Se esse não for o caso, você não deve ficar reclamando de tudo. As pessoas maduras são aquelas que substituem a reclamação por gratidão por tudo que têm.

11.Você consegue comemorar o sucesso dos outros:

Só porque outras pessoas têm sucesso não significa que você seja um fracasso. Saiba comemorar o sucesso das pessoas que você gosta, sem sentir inveja ou se sentir inferior. Quanto mais energia positiva que você der para as vitórias dos outros, mais você vai conquistar para si mesmo.

12.Você tem objetivos que se tornaram realidade:

Apesar de saber que as falhas fazem parte da vida, você não deixou de correr atrás dos seus objetivos e, com isso, conseguiu realizá-los, ou pelo menos alguns deles. Olhe para trás e observe, muitas vezes acabamos nem nos lembrando dos objetivos que já conquistamos.

13.Você ama e se deixa ser amado:

O amor é um dos sentimentos mais bonitos que existem, porém ele traz um medo terrível, que é o da rejeição. As pessoas que passaram dessa fase de sentir medo e conseguem abrir seu coração o suficiente para amar e serem amadas, então é sinal de que você soube aproveitar todas as suas experiências de vida para amadurecer.

14.Você não se importa com o que os outros pensam:

Você sabe que você não pode agradar a todos e que os padrões que a sociedade impõe muitas vezes é irrealista. Sofrer pensando no que os outros acham de você é uma total perda de tempo. Uma pessoa pode se considerar realmente madura quando consegue ser e agir da forma que quiser sem se preocupar com a opinião de terceiros.

15.Você sabe ver o lado positivo das coisas:

A vida pode ser cheia de decepções – se você optar por vê-la dessa forma. Caso contrário, tudo o que acontece são oportunidades de aprendizado. Nenhuma experiência negativa é desperdiçada, pois é possível aprender com ela. Saber ver o lado positivo de qualquer situação, por mais assustadora que ela possa parecer, é um grande sinal de maturidade.

16.Você aceita o que não pode mudar:

É preciso ter força para lutar pelo que queremos, mas também é fundamental saber aceitar o que não conseguiremos mudar. Isso é sinal de que você sabe dividir as coisas e não perde tempo com aquilo que não vai resultar em nada.

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Carta escrita no ano 2070- para quem não entende que precisamos economizar água

Carta escrita no ano 2070- para quem não entende que precisamos economizar água

Carta escrita no ano 2070

Estamos no ano 2070 e acabo de completar os 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85.
Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.
Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro por cerca de uma hora.
Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora devemos raspar a cabeça para mantê-la limpa sem água.
Antes o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDE DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava; pensávamos que a água jamais podia terminar.
Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes a quantidade de água indicada como ideal para beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo.

A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado porque as redes de esgotos não se usam por falta de água.
A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas, já que não temos a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastro-intestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-te com água potável em vez de salário.
Os assaltos por um galão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele uma jovem de 20 anos parece como se tivesse 40.
Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água. O oxigênio também está degradado por falta de árvores o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações.
Alterou-se a morfologia dos espermatozoides de muitos indivíduos, como consequência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.
O governo já nos cobra pelo ar que respiramos: 137m3 por dia por habitante adulto. As pessoas que não pode pagar são retiradas das “zonas ventiladas”, que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar, não são de boa qualidade mas pode-se respirar, a idade média é de 35 anos.
Em alguns países existem manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército. A água é agora um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui já não há árvores porque quase nunca chove, e quando chega a registrar-se uma precipitação, é de chuva ácida; as estações do ano tem sido severamente transformadas pelos testes atômicos e da industria contaminante do século XX. Advertiam-se que havia que cuidar o meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, a chuva, as flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o quão saudável que as pessoas eram.
Ela pergunta-me: “Papai, porque acabou a água?” Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de sentir-me culpado, porque pertenço à geração que destruiu o meio ambiente ou simplesmente não tomamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na Terra já não será possível dentro de muito pouco tempo, porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.
Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto quando ainda podíamos fazer alguma coisa para salvar o nosso Planeta Terra!

Extraído da revista biográfica “Crónicas de los Tiempos”

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A inesperada idade em que as pessoas dizem que são mais felizes

A inesperada idade em que as pessoas dizem que são mais felizes

Via contioutra.com - A inesperada idade em que as pessoas dizem que são mais felizes

Será que seus dias de glória já ficaram para trás? Pense novamente. Uma nova pesquisa mostra que seus anos dourados são realmente os mais felizes.

Uma pesquisa com 2.000 britânicos foi encomendado pela gigante de tecnologia Samsung para descobrir em qual idade as pessoas estão mais satisfeitos com suas vidas.

A idade  de 35 foi quando as pessoas foram encontradas MENOS felizes devido ao estresse de conciliar a vida familiar e cada vez mais responsabilidades no local de trabalho com a progressão na carreira. Surpreendentemente, os resultados de maior felicidade também não foram encontrados entre os 20s, 30s ou até 40 anos, quando as pessoas seriam mais felizes.

A pesquisa constatou que 58 é a idade em que as pessoas estão mais satisfeitas com suas vidas. Os entrevistados disseram que, nessa idade, eles estavam melhores no gerenciamento de equilíbrio trabalho-vida, certificando-se de considerar seus intervalos de  almoço e cuidado para não trabalhar horas extras.

“Não é de admirar que os nossos 30 anos são tão estressantes quando como nós tentamos – às vezes desesperadamente – fazer malabarismos trabalhos com maior pressão e exigências da família, mantendo relacionamentos felizes”, Cary Cooper, professor de psicologia organizacional e saúde na Universidade de Lancaster comentou , de acordo com . The Daily Mail “, e em seguida, no momento em que atingir os nossos 50 anos, nos sentimos muito mais confiantes – o que nos permite definir a agenda quando se trata de horas de trabalho e vida familiar.”

Sem surpresa, o dinheiro era o maior estressor entre os pesquisados, enquanto quase dois terços dos entrevistados disseram que o tempo de família de qualidade foi o que trouxe mais satisfação. Ser feliz com o seu ramo de trabalho foi o segundo fator mais importante para a felicidade geral.

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Clarita, um documentário de 14 minutos sobre o Alzheimer

Clarita, um documentário de 14 minutos sobre o Alzheimer

Dirigido por Thereza Jessouroun e narrado na primeira pessoa,o documentário é baseado na história da mãe da diretora, portadora da Doença de Alzheimer.

Clarita apresenta reflexões e questionamentos sobre o sentido da vida e a convivência com a morte.

O documentário alterna imagens filmadas com sua mãe e reconstituições feitas com a atriz Laura Cardoso.

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O homem que não acreditava no amor

O homem que não acreditava no amor

Era uma vez um homem que não acreditava no amor. Ele era uma pessoa comum, como você e eu, mas seu modo de pensar tornava-o diferente. O homem achava que o amor não existia. Claro, ele teve muitas experiências, tentando encontrar o amor, observou bastante as pessoas que o cercavam. Passou a maior parte da vida procurando o amor, apenas para descobrir que era algo que não existia.

Aonde quer que esse homem fosse, dizia às pessoas que o amor não passava de uma invenção dos poetas,uma mentira que os religiosos contavam para manipular a mente fraca dos humanos, forçando-os a acreditar, para controlá-los. Dizia que o amor não é real, que nenhum ser humano poderia encontrá-lo, mesmo que passasse a vida procurando-o.

Esse homem era extremamente inteligente e muito convincente. Lia muitos livros, frequentara as melhores universidades, era um erudito respeitado. Podia falar em público, diante de qualquer tipo de plateia, sempre com lógica irrefutável. Dizia que o amor é uma espécie de droga, que provoca euforia e cria forte dependência. Que uma pessoa pode viciar-se em amor e começar a necessitar de doses diárias, como os dependentes de qualquer outra droga.

Costumava afirmar que o relacionamento dos amantes é igual ao relacionamento entre um viciado e a pessoa que lhe fornece a droga. O que tem mais necessidade de amor é o viciado, o que tem menos, é o fornecedor.

Aquele, entre os dois, que tem menos necessidade, é o que controla todo o relacionamento. Dizia que é possível ver isso com clareza porque, num relacionamento, quase sempre há um que ama sem reservas, e outro que não ama, que apenas tira vantagem daquele que lhe entrega seu coração. Que é possível ver, pelo modo como os dois se manipulam, como agem e reagem, que são iguais ao fornecedor de uma droga e o viciado.

O viciado, aquele que tem mais necessidade, vive com medo de não conseguir receber a próxima dose de amor, ou seja, da droga. E pensa: “O que vou fazer, se ele (ela) me deixar?” O medo torna o viciado extremamente possessivo. “Ele é meu!” O medo de não receber a próxima dose torna-o ciumento e exigente. O fornecedor pode controlar e manipular aquele que necessita da droga, dando-lhe mais doses, menos doses, ou nenhuma dose.

O que necessita da droga submete-se completamente e faz tudo o que pode para não ser abandonado.

O homem ainda dizia muito mais, quando explicava por que achava que o amor não existia. Declarava que aquilo que os humanos chamam de amor é apenas um relacionamento de medo baseado no controle. “Onde está o respeito? Onde está o amor que afirmam sentir? Não há amor. Dois jovens, diante de um representante de Deus, diante de suas famílias e de seus amigos, fazem uma porção de promessas um ao outro: que vão viver juntos para sempre, que vão amar-se e respeitar-se mutuamente, que estarão um ao lado do outro nos bons e nos maus momentos, que vão se amar e se honrar. Promessas e mais promessas. O mais espantoso é que eles realmente acreditam que vão cumpri-las. Mas, após o casamento — uma semana, um mês, alguns meses depois — fica claro que nenhuma das promessas foi cumprida.

O que se vê é uma guerra pelo comando, para ver quem manipula quem. Quem será o fornecedor, e quem será o viciado? Alguns meses depois, o respeito que prometeram ter um pelo outro desapareceu. Surgiu o ressentimento, o veneno emocional, e ambos ferem-se reciprocamente, pouco a pouco, cada vez mais, até que eles não sabem mais quando o amor acabou. Permanecem juntos porque têm medo de ficar sozinhos, medo da opinião e do julgamento dos outros, medo de sua própria opinião e de seu próprio julgamento. Mas, onde está o amor?”

O homem costumava dizer que via muitos velhos casais, unidos havia trinta, quarenta, cinquenta anos, que tinham orgulho de estar juntos durante tanto tempo. Mas, quando falavam a respeito de seu relacionamento, diziam: “Sobrevivemos ao matrimônio”. Isso significa que um deles submeteu-se ao outro. A certa altura, ela (ou ele) desistiu e decidiu suportar o sofrimento. O que teve vontade mais forte e menos necessidade, venceu a guerra.

Mas onde está aquela chama a que deram o nome de amor? Um trata o outro como se fosse propriedade sua. “Ela é minha”, “Ele é meu”.

O homem mostrava mais e mais razões que o haviam levado a acreditar que o amor não existe. Dizia: “Eu já passei por tudo isso. Nunca mais permitirei que outra pessoa manipule minha mente e controle minha vida em nome do amor”. Seus argumentos eram bastante lógicos, e com suas palavras ele convenceu muitas pessoas. “O amor não existe.”

Então, um dia, esse homem andava por um parque, quando viu uma linda mulher chorando, sentada num banco. Ficou curioso, querendo saber por que motivo ela chorava. Sentando-se a seu lado, perguntou-lhe por que ela estava chorando e se podia ajudá-la. Imaginem qual foi a surpresa dele, quando a mulher respondeu que chorava porque o amor não existia,

— Mas isso é espantoso! — o homem exclamou. — Uma mulher que não acredita no amor? E, claro, quis descobrir mais coisas a respeito dela.

— Por que acha que o amor não existe? — indagou.

— E uma longa história — ela respondeu. — Casei-me muito jovem, cheia de amor, cheia de ilusões, com a esperança de passar minha vida inteira com aquele homem. Juramos lealdade um ao outro, juramos que nos respeitaríamos, que honraríamos nossa união e que formaríamos uma família. Mas logo tudo mudou. Eu era uma esposa dedicada, que cuidava da casa e dos filhos. Meu marido continuou a progredir em sua carreira. Seu sucesso e a imagem que mostrava fora de casa eram, para ele, mais importantes do que a família. Perdemos o respeito um pelo outro. Nós nos feríamos mutuamente, e um dia descobri que não o amava e que ele também não me amava. Mas as crianças precisavam de um pai, e essa foi minha desculpa para ficar e fazer tudo o que pudesse para dar apoio a ele. Agora, meus filhos cresceram e saíram de casa. Não tenho mais nenhuma desculpa para ficar com ele. Não existe respeito nem gentileza em nosso relacionamento. Sei que, mesmo que eu encontre outra pessoa, vai ser tudo igual, porque o amor não existe. Não faz sentido, procurar por algo que não existe. É por isso que estou chorando.

Compreendendo-a muito bem, o homem abraçou-a e disse:

— Tem razão, o amor não existe. Procuramos por ele, abrimos o coração e nos tornamos fracos, para no fim encontrarmos apenas egoísmo. Isso nos fere, mesmo que achemos que não vamos ser feridos. Não importa o número de relacionamentos que possamos ter, a mesma coisa sempre acontece. Por que ainda continuamos a procurar o amor?

Os dois eram tão parecidos, que se tornaram grandes amigos. Tinham um relacionamento maravilhoso. Respeitavam-se, um nunca humilhava o outro. Ficavam mais felizes a cada passo que davam juntos. Entre eles não havia ciúme nem inveja, nenhum dos dois queria assumir o comando, nem era possessivo. O relacionamento continuou a crescer. Eles adoravam estar juntos, porque sempre divertiam-se muito. Quando estavam separados, um sentia a falta do outro.

Um dia, o homem encontrava-se fora da cidade, quando teve a mais esquisita das ideias.

“Hum, talvez o que eu sinta por ela seja amor. Mas isto é muito diferente de qualquer outra coisa que já senti. Não é o que os poetas dizem, assim como não é o que os religiosos pregam, porque não sou responsável por ela. Não tiro nada dela, não sinto necessidade de que ela cuide de mim, não preciso culpá-la por minhas dificuldades, nem contar-lhe meus dramas. O tempo que passamos juntos é maravilhoso, gostamos um do outro. Respeito o que ela pensa, o que sente. Ela não me envergonha, não me aborrece. Não sinto ciúme, quando ela está com outras pessoas, não tenho inveja, quando a vejo ter sucesso em alguma coisa. Talvez o amor exista, mas não seja aquilo que todo mundo pensa que é.”

O homem mal pôde esperar pelo momento de voltar para sua cidade e conversar com a mulher para expor-lhe a ideia esquisita que tivera. Assim que ele começou a falar, ela disse:

— Sei exatamente do que é que você está falando. Tive a mesma ideia, bastante tempo atrás, mas não quis lhe contar, porque sei que você não acredita no amor. Talvez o amor exista, mas não seja aquilo que pensamos que é.

Decidiram tornar-se amantes e morar juntos e, de maneira admirável, as coisas não mudaram. Os dois continuaram a respeitar-se, a dar apoio um ao outro, e o amor continuou a crescer. Até as coisas mais simples faziam seus corações cantar, cheios de amor, por causa da grande felicidade em que eles viviam.

O coração do homem estava tão repleto de amor que, uma noite, um grande milagre aconteceu. Ele olhava as estrelas e encontrou uma que era a mais bela de todas.

contioutra.com - O homem que não acreditava no amor

Seu amor era tão imenso, que a estrela começou a descer do céu e logo estava aninhada nas mãos dele. Então, um outro milagre aconteceu, e a alma do homem uniu-se à estrela. Ele estava imensamente feliz e foi procurar a mulher o mais depressa possível para depositar a estrela nas mãos dela, provando seu amor. Assim que recebeu a estrela nas mãos, a mulher experimentou um momento de dúvida. Aquele amor era grande demais, avassalador.

Naquele instante, a estrela caiu das mãos dela e estilhaçou-se em um milhão de pedacinhos. Agora, um velho anda pelo mundo, jurando que o amor não existe. E uma velha bonita permanece em casa, esperando por ele, derramando lágrimas pelo paraíso que um dia teve nas mãos e perdeu por causa de um momento de dúvida.

Essa é a história do homem que não acreditava no amor. Quem foi que errou? Você gostaria de descobrir qual foi a falha? O erro foi do homem, que pensou que poderia passar sua felicidade para a mulher. A estrela era sua felicidade, e ele errou, quando a colocou nas mãos dela.

A felicidade nunca vem de fora de nós. O homem era feliz por causa do amor que saía dele, e a mulher era feliz por causa do amor que saía dela. Mas, no momento em que ele a tornou responsável por sua felicidade, ela deixou cair a estrela, quebrando-a, porque não podia responsabilizar-se pela felicidade dele.

Por mais que a mulher o amasse, jamais poderia fazê-lo feliz, porque nunca saberia o que se passava na mente dele. Nunca saberia quais eram as expectativas do homem, porque não poderia conhecer os sonhos dele.

Se você pegar sua felicidade e colocá-la nas mãos de outra pessoa, mais cedo ou mais tarde a verá estilhaçada. Se der sua felicidade a alguém, você a perderá. Então, se a felicidade só pode vir de dentro de nós, sendo resultado de nosso amor, nós somos os únicos responsáveis por ela. Nunca podemos tornar outra pessoa responsável por nossa felicidade, mas, quando os noivos vão à igreja para casar, a primeira coisa que fazem é trocar alianças.

Cada um está colocando sua estrela nas mãos do outro, esperando dar e receber felicidade. Por mais intenso que seja seu amor por alguém, você nunca será o que esse alguém quer que você seja. Esse é o erro que a maioria de nós comete, logo de início. Baseamos nossa felicidade em nossos parceiros, e não é assim que as coisas funcionam. Fazemos uma porção de promessas que não podemos cumprir, já nos preparando para o fracasso.

Don Miguel Ruiz

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Veja como lidar com filhos desobedientes em 4 dicas de educação

Veja como lidar com filhos desobedientes em 4 dicas de educação

Via contioutra.com - Veja como lidar com filhos desobedientes em 4 dicas de educação

Alguns pais podem pensar que a disciplina é algo que você ensina quando uma criança se comporta mal. Mas muitos especialistas dizem que disciplinar as crianças está mais relacionado a guiar o seu filho ao bom comportamento, para que ele possa fazer boas escolhas.
Disciplina a filhos desobedientes
Se você não sabe onde está errando e quer saber como lidar com filhos desobedientes, saiba que não existe uma fórmula para o bom comportamento. Porém, há maneiras para você orientar seu filho para que ele possa, cada vez mais, adotar posturas adequadas.

Se o seu filho faz birra ou se comporta mal, há formas certas de repreendê-lo.
Como lidar com filhos desobedientes

Veja a seguir 4 dicas para lidar com filhos desobedientes e descubra qual a importância dos pais nesse processo.

1. Compreenda o significado por trás do comportamento

Alguns especialistas em comportamento infantil indicam que as crianças querem se comportar bem, mas se elas não conseguirem, existe uma razão. Por isso, a melhor maneira de lidar com filhos desobedientes é saber tudo o que está acontecendo com a vida do seu filho.
Uma vez que é de conhecimento dos pais a raiz do mau comportamento, é possível facilmente remover a causa ou curar as emoções e a criança não vai mais se comportar da mesma maneira.
Então, pergunte a si mesmo: o filho se comportou mau em uma tentativa desesperada pela sua atenção? Talvez você ficou no telefone por muito tempo ou o ignorou. Se sim, qual a correção que você pode fazer para o seu próprio comportamento, o que poderá satisfazer a necessidade do seu filho?

2. A educação começa pelos pais

É difícil manter a calma no calor do momento, mas os pais precisam modelar os tipos de comportamento dos seus filhos. Lembre-se: grito gera grito, bater gera bater.
Nós não devemos fazer qualquer coisa na frente de nossos filhos, as quais não queremos que eles façam. No caso da birra, isso pode significar que você precisa contar até 10, respirar fundo ou simplesmente sair de perto até que você consiga se recompor.
A raiva e a frustração podem alimentar o mau comportamento. Por isso, em vez de gritar quando seu filho está fazendo algo errado, procure fazer algo que o surpreenda, como cantar por exemplo.

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3. Seja coerente com as suas expectativas

Muitos pais ignoram um determinado comportamento na esperança de que isso vai passar. Uma das melhores maneiras de lidar com filhos desobedientes é saber que eles vão agir conforme as expectativas.
Se o seu filho morde outra criança, por exemplo, você deve abaixar e dizer-lhe que aquele comportamento não é aceitável. Se ele continuar, então é hora de retirá-lo da situação.
Às vezes uma criança pode tentar testar os seus limites, argumentando com as regras. Quando isso acontece, você ensina a maneira correta e coloca um ponto final na situação.

4. Dê atenção ao comportamento que quer e não ao errado

As crianças muitas vezes agem porque querem atenção, por isso, às vezes, vale a pena ignorar as ações que você não aprova. Birras e choros sem razão? Saia de perto e seu filho vai aprender rapidamente que há uma maneira melhor de se comunicar. Mas quando ele está fazendo algo correto, elogie. Nada melhor do que alimentar um bom comportamento.
Outra forma de lidar com filhos desobedientes é mudar de postura. Crianças que ouvem sempre não, o tempo todo, veem isso como um desafio. Então, em vez de dizer a seu filho o que não fazer, é melhor dizer a maneira correta de lidar com aquela situação.

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E depois das eleições, para onde vai tanto ódio?

E depois das eleições, para onde vai tanto ódio?

Por André J. Gomes, viacontioutra.com - E depois das eleições, para onde vai tanto ódio?

É claro que você está certo. O país está prestes a eleger um presidente, nós corremos o risco de fazer o que você chama de “a escolha errada”, os ladrões estão a nos fazer de trouxas e eu aqui, falando de amor? Não, isso não pode ser. Você tem razão, eu reconheço.

Pronto, deixei meu discurso amoroso de lado, esperando. Já posso refletir sobre as coisas que você me disse. Sim, o seu candidato deve ser mesmo bem melhor do que o meu. Compreendo seus argumentos, entendo todos os seus pontos de vista e, prometo, vou pensar honestamente em aprender matemática depois de você me mostrar o óbvio: eu não sei fazer contas! Sim, também quero tomar aulas particulares de política, economia, educação, saúde pública, ecologia e essas coisas todas sobre as quais você discorreu com tanta autoridade, cuspindo certezas em minha cara perplexa. Eu sei.

Há corrupção descarada, roubalheira, favorecimentos, formação de quadrilha, tanta coisa ruim a combater e eu perdendo tempo com esse negócio de tentarmos nos aproximar uns dos outros! Você está afundado em razão. Eu mesmo já nem mais consigo enxergá-lo de tanto fundamento que o envolve.

Olha, me explica uma coisa? Você compreende tão bem os meandros da política, caminha tão firme sobre as suas certezas que eu acho que pode me ajudar. É que eu tenho uma dúvida. Duas! Na verdade tem duas perguntas me encasquetando aqui.

A primeira é a seguinte: se a pessoa em quem eu decidi votar vencer e, por isso mesmo, acontecer essa tragédia toda que você está prevendo, nós teremos direito a um último desejo? É, um pedido final, desses concedidos aos condenados à morte, sabe? Ouvir uma última vez a música favorita, pedir uma comida especial, dar um derradeiro telefonema a uma alma querida, mãe, pai, irmão, filho. Quem sabe um amor antigo a quem perdoar ou a quem pedir perdão. Será que isso ainda nos será permitido?

Não, isso não é uma ironia. Imagina! É que eu fiquei assustado com as suas previsões. Você fala muito bem. Convicto, seguro. Mas não a ponto de mudar a minha escolha. Fazer o quê, não é mesmo? Bom, mas eu ainda tenho a segunda pergunta: depois que passarem as eleições, para onde vai tanto ódio?

Porque sei lá, fiquei pensando se você e eu, em algum momento, em nossa ânsia compreensível de expulsar o que nos esmaga, quando escolhemos nos defender e nos posicionar contra aquilo que, em nossa visão parcial, nos ataca, não erramos o alvo e saímos atirando francamente em qualquer um que pense diferente de nós mesmos. Pior: ando imaginando se nós não esquecemos a metralhadora ligada.

É, você está certo. Eu não passo de um imbecil, cretino, alienado que não sabe votar. Você tem o seu candidato e eu tenho o meu. É assim que é. Mas será que podemos lidar com isso sem nos estapearmos na rua? Entendo que você acredite mesmo que questionar a minha inteligência e ofender a minha santa mãezinha nas redes sociais é o caminho para mudar a minha opinião sobre em quem devo votar. Tudo bem. É a sua escolha. Aliás, eu prefiro você, ferozmente articulado, tão certo de seus argumentos, que aqueles gênios que se limitam a escrever “mimimi”, “blá blá blá” e outras interjeições brilhantes para se mostrar acima dessas discussões mundanas. É verdade. Você tem o meu apoio. Mas não o meu voto. Esse é escolha minha mesmo.

E, se você me permite uma digressão, eu escolho falar de amor, sim. E continuo sonhando com um mundo em que cada um de nós faça mais do que escolher um candidato e até brigar pela sua candidatura. Um lugar em que cada eleitor volte para casa disposto a mudar suas próprias posturas, a fazer seu trabalho honesto, ajudar o outro e a si mesmo sem a pretensão de estabelecer sua grande e irrefutável verdade universal.

Você me desculpe a franqueza, mas eu continuo sonhando com projetos impossíveis como a instalação de um imenso espelho na órbita da Terra que nos permita enxergar a nós mesmos e nos faça dar conta do quanto nos tornamos tão ridículos cuspindo ofensas contra aqueles que se atrevem a pensar diferente.

E quando nos tornarmos mais humildes e perplexos, nossa mais alta tecnologia será usada para construir grandes loucuras, como máquinas de escrever ternuras, câmeras de reconciliação, condutores de tolerância. E as ruas serão infestadas de beijoqueiros, amorosos compulsivos, respeitadores convictos e franco-atiradores de afetos disparando carinhos por todos os lados.

Eu escolho o caminho do amor. Afinal, nesse jogo somos nada senão peças utilizadas de alguma forma. No fim da pendenga, acredite, voltaremos todos para a mesma caixa. E lá dentro, seja lá o que isso signifique, é melhor nos querermos bem. Ah, se é.

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