3 verdades sinceras sobre morar no exterior

3 verdades sinceras sobre morar no exterior

Abaixo separei 3 itens que talvez sejam os mais difíceis de enfrentar quando se vive em um país estrangeiros.

Eles foram selecionados de uma lista maior do blog do André Abreu e quem quiser ler a lista fica convidado para dar uma passada por lá depois.

Leia com atenção e avalie como você realmente está.

contioutra.com - 3 verdades sinceras sobre morar no exterior

1.O clima de inverno pode ser deprimente.

Por mais que a neve seja linda nos filmes e na primeira vez que cai todo inverno, logo você começa a acordar meio deprimido. Com a neve, as pessoas desaparecem, eventos são cancelados. Há grande chances de encontrar muita gente vendendo pás para desbloquear os carros.

Há países, como a Rússia,  que são tão frios que as temperaturas podem atingir 50 graus negativos e, em climas como esse raios de sol que tragam real calor podem ficar a meses de distância.

2. A família fica distante (os amigos também).

Pode ser pai, sua mãe, ou mesmo, esposa, ou um dos filhos, mas alguém sempre fica para trás. Por mais garantias legais que você adquira, não vai ser fácil trazer todos para perto de você.

Um telefonema, uma filmagem alivia a saudade por algum tempo, mas há momentos que só a presença física de preencherá o vazio.

3. O processo de adaptação é lento.

Língua, comida, novo trabalho, novos colegas, nova casa. Bem, os desafios são vários, e aos poucos você vai vencendo. Não vai faltar gente para ajudar você, mas é necessário ajudar a si mesmo.

O erro principal do brasileiro é querer ser servido, sem servir. Se você ajudar, será ajudado com certeza. Se quiser aprender bem o idioma, vai encontrar gente disposta a ensinar. Mas reserve parte do orçamento para as aulas. É um investimento em si mesmo.

Se você sente que não está conseguindo passar por essa fase como deveria, não hesite em procurar ajuda.

Serviços de terapia online podem ser realizados em qualquer parte do mundo e você poderá falar em seu próprio idioma.

Psicóloga Elisângela Aparecida Siqueira

Terapia Online

Faça contato pelo site e tire suas dúvidas

www.apsicanalistaonline.com.br

Você achou esse conteúdo relevante? Compartilhe!

Esse homem é uma inspiração para a humanidade

Esse homem é uma inspiração para a humanidade

Poucas pessoas têm a capacidade real de doação e de ajuda desinteressada ao próximo.

Esse é um belíssimo exemplo que deveria servir de inspiração para a humanidade.

Muito mais do que alimentar o físico, esse homem sabe a importância de alimentar o mental e devolver a dignidade ao próximo.

O vídeo está em inglês, mas as cenas falam mais do que qualquer idioma.

Gostou? Compartilhe!

Após 25 anos de sua queda, o muro de Berlin voltará.

Após 25 anos de sua queda, o muro de Berlin voltará.

O muro de Berlim foi construído, em 1961, durante a calada da noite. Erguido inicialmente com arame farpado, rapidamente ganhou concreto, minas terrestres e torres de vigia. A cidade ficou dividida geograficamente por quase 30 anos e o muro, que separou famílias ao tentar dividir ideologias, tornou-se um dos maiores símbolos da Guerra Fria. Sua queda, em 1989, abriria espaço para o fim da bipolarização política entre Estados Unidos e URSS, socialismo e capitalismo e o caminho para o reencontro de pessoas que passaram anos sem se ver.

Para marcar o aniversário da queda do muro, a cidade de Berlim será dividida novamente – mas, desta vez, não será com arames farpados ou blocos de concretos. Segundo a Fast Company, uma enorme linha formada por “balões de luz” contornará o caminho que, em 1961, deu espaço ao muro.

 A ideia da instalação, chamada de Lichtgrenze (“Fronteira de Luz”) , veio do artista Christopher Bauder e do cineasta Marc Bauder. Com cerca de 16 quilômetros de extensão, será formada por 8 mil balões brilhantes, marcando o caminho original do muro pela cidade. Também será inaugurada durante a noite, na madrugada no dia 7 de novembro. Por dois dias, a capital da Alemanha ficará de novo dividida entre Leste (Ocidental) e Oeste (Oriental). Em seis trechos estratégicos, exibirá imagens mostrando como foi a vida no local enquanto o muro estava erguido. Além disso, a cada 150 metros, os visitantes encontrarão anedotas, memórias de pessoas e histórias – um total de 100 – de pessoas que viveram separadas pelo muro ou foram afetadas por sua construção.

A instalação ficará erguida até o dia de 9 novembro – dia oficial da queda do muro -, quando milhares de voluntários colarão mensagens em cada balão e lançá-los ao céu. Os artistas também deixaram claro que  a instalação não gerará nenhum dano ambiental: os balões foram desenvolvidos por pesquisadores da Universidade de Hannover – e são feitos totalmente de material biodegradável. Se por acaso você estiver em Berlim no dia 9 de novembro, pode se candidatar a lançar um deles. (Época Negócios)

Gostou? Compartilhe!

O consumismo da elite é desespero, por Flávio Gikovate

O consumismo da elite é desespero, por Flávio Gikovate

O psiquiatra Flávio Gikovate fala sobre as angústias da elite que frequenta seu consultório e o estresse do mundo moderno

Flávio Gikovate não tem um divã. Quando um paciente chega ao consultório dele, num dos endereços mais caros de São Paulo (a Rua Estados Unidos, nos Jardins), encontra primeiro uma fachada de cimento queimado com portas altas de correr. Depois, pode tomar café na recepção térrea, entre um jardim interno envidraçado e telas coloridas de Claudio Tozzi. Na hora da consulta, sobe por uma escada sem paredes laterais até a sala do psiquiatra e se senta: ou num sofá, ou numa poltrona bem confortável de couro preto. Mas divã, como no nome de seu programa semanal na rádio CBN (No Divã do Gikovate), não tem. “Sempre trabalhei assim, prefiro olho no olho”, diz. Talvez seja o olho no olho, talvez seja o método da “psicoterapia breve” e a promessa de alta em seis meses – que faz com que ele atenda 200 pacientes por ano. Fato é que Gikovate se tornou o confidente de alguns dos empresários e executivos mais bem-sucedidos do país. Nesta conversa, ele fala sobre a gastança dos brasileiros ricos, a cabeça do bom líder e outros temas atuais, mas de um ponto de vista diferente. Ou você já tinha ouvido que a culpa do consumismo é da pílula anticoncepcional?

Dinheiro anda comprando mais felicidade ou infelicidade?

Esses dias uma moça me perguntou se era possível ser feliz sendo pobre. Estudos de Harvard mostram que se faltar dinheiro para o básico – saúde, comida – provavelmente o indivíduo não consegue ser feliz. Algum para o supérfluo também é importante. Agora, de um ponto para cima, ele pode atrapalhar bastante. O consumismo é muito mais fonte de infelicidade do que de felicidade. O prazer trazido é efêmero, uma bolha de sabão – e em seguida vem outro desejo. Ele gera vaidade, inveja, uma série de emoções que estão longe de qualquer tipo de felicidade. E tudo vira comparação. Outro estudo diz que um indivíduo que ganha US$ 40 mil numa comunidade em que a média é de US$ 30 mil é mais feliz do que se ganhar US$ 100 mil e a média for de US$ 120 mil.

A elite brasileira é consumista demais?
Comecei a trabalhar em 1967, vi a chegada da pílula [anticoncepcional] e a emancipação sexual dos anos 60. Na época, achava-se que essa liberdade iria ‘adoçar’ as pessoas. ‘Faça amor, não faça guerra.’ Mas sexo e amor são coisas diferentes. É triste ver que os ideólogos daquela revolução estavam totalmente errados, porque a emancipação sexual aumentou a rivalidade entre os homens e entre as mulheres, foi criado um clima de competição, atiçou tudo que tinha de ruim no ser humano. Foi um agravador terrível do consumismo. Em países de Terceiro Mundo – e, intelectualmente, aqui é quase Quarto Mundo –, a elite só piorou nesse tempo. É uma elite medíocre, ignorante, esnobe. Na Europa e nos EUA, o exibicionismo da riqueza é muito menor. Na Europa, as pessoas consomem qualidade, não quantidade. Elas têm uma bolsa cara, mas não mil bolsas, para fazer disputa. Aqui há um comportamento subdesenvolvido e medíocre. E totalmente competitivo. As festas de casamento e de 15 anos são patéticas. A próxima festa tem de ser maior. Isso é sem fim. É sofrimento, é infelicidade. A quantidade e o volume com que as pessoas correm atrás dessas coisas é desespero.

Então o sexo é culpado pelo consumismo?
Desde o início, o erótico está acoplado ao consumismo. Nos anos 20, foi preciso introduzir novos produtos que não tinham a ver com necessidades, como o xampu. A ideia que tiveram foi acoplar um desejo natural a um desejo que se queria criar. Então botavam uma mulher gostosa para vender xampu. O consumismo sempre esteve relacionado ao erótico, não ao romântico. O romântico é o anticonsumismo. As boas relações amorosas levam as pessoas a uma tendência brutal ao menor consumismo. A verdadeira revolução, se vier, vai estar mais ligada ao amor do que ao sexo.


PAPO CABEÇA
Ele elogiou o livro O Amor nos Tempos do Capitalismo, de Eva Illouz, e os filmes Rush, sobre Niki Lauda, e Blue Jasmine, de Woody Allen


contioutra.com - O consumismo da elite é desespero, por Flávio Gikovate
9 mil pacientes atendidos, 1 milhão de livros vendidos e programa na CBN (Foto: João Mantovani)

Quais são outras fontes de angústia dessa elite que você atende?
Só para explicar: sempre fui bem [na carreira], faz pelo menos 30 anos que atendo algumas das pessoas mais bem-postas do país. Outro trabalho que sempre fiz foi por meio da mídia, em jornais, revistas e, há seis anos e meio, na CBN. É outra forma de ajudar as pessoas. Então tem dois mundos que eu atendo, o dos ricos e o do povo. E as diferenças são pequenas. São conflitos sentimentais, mais do que sexuais. Problema de família, briga de irmãos. Empresários têm muitos problemas de sucessão. O pai tem dificuldade de soltar a rédea e o filho tem a frustração de estar com 40 anos e não ter assumido os negócios. Outras vezes são problemas de ordem financeira, mesmo. O cara está indo mal, fica angustiado, tem os problemas familiares que derivam disso. Tem as tensões societárias… Empresa é complicado, quando vai bem tem problema, quando vai mal tem problema.

Por que trabalhar, no mundo moderno, é quase sempre tão estressante?
Estresse significa uma reação física para enfrentar situações de ameaça, portanto, quando o ser humano vivia na selva também tinha estresse. O estresse vem da ameaça, então numa empresa em que você é cobrado o tempo todo, vive com medo de ser demitido, você cria um clima muito mais grave de ameaça que o necessário. Estresse é ameaça. Sobrecarga cansa, mas não estressa.

Você às vezes se sente estressado?
Cansado. É diferente. Mas às vezes fico um pouco acelerado no pensamento, o que eu não gosto, porque empobrece a reflexão. Tenho a sensação de que o tempo ficou curto, de estar sempre devendo alguma coisa. Você se sente sempre em falta com um livro que não leu, um filme que não viu. Quando eu era moço, tinha cinco ou seis filmes importantes por ano para ver. Hoje, tem cinco filmes por mês. E bons!

Qual é uma boa válvula de escape desse mundo acelerado?
Um pouco mais de folga de horários, mais tempo para algum tipo de relaxamento. As prescrições passam por exercício físico, ioga e meditação – porque esvaziar a cabeça é certamente um grande redutor de ansiedade. Passam também pelo uso de medicação. Mas tudo isso são atenuadores. Se o trabalho fosse um pouco menos competitivo, seria possível abrir mão desses remédios.

Como um bom líder pode ajudar a reduzir as tensões no trabalho?
O bom líder é respeitado naturalmente, não por meio do medo. As pessoas reconhecem que ele está apto para o cargo e o exerce da forma mais democrática possível. Ou seja, antes de tomar uma decisão, consulta quem trabalha com ele, o que não significa terceirizar a decisão. O voto final é do líder, mas não sem ouvir todo mundo. A governança não pode se dar por atos irracionais, pelo humor do patrão. Deve se dar por normas que todo mundo conhece. Uma das maiores causas de estresse é ter um patrão cujo humor vai influir na forma como ele gere a empresa. Por isso a governança corporativa é importante, porque é um conjunto de normas que vai valer todo dia.

Você costuma ouvir: “meu chefe não me escuta”?
Todo mundo tem esse defeito [de não escutar]. O pai com o filho, o chefe com o subordinado… No caso do chefe, é mais comum porque chefe acha que sabe mais por definição, o que é uma grande bobagem. Um filósofo disse: humildade é a capacidade de aprender com quem sabe menos do que você. Ouvir alguém de verdade é estar disposto a abrir mão da sua ideia em favor da outra, se a outra for melhor que a sua. Boa ideia não tem dono. Toda boa ideia que eu ouço vira minha – e eu jogo fora minha velha ideia.

“Uma grande causa de estresse é ter um patrão cujo humor vai influir na gestão”

Que mudanças devemos ver daqui para a frente, em termos de comportamento?
As grandes transformações estão ligadas à mudança no papel da mulher. Na minha turma de faculdade, havia 78 homens e duas mulheres. Hoje, as faculdades têm em média 60% de mulheres. É porque os homens estão mais folgados e as mulheres, mais guerreiras. Mas isso vai dar numa série de desequilíbrios. Não sei se as mulheres vão gostar de sustentar os homens, nem se os homens vão gostar de ser sustentados. No ambiente de trabalho não tem problema nenhum, ao contrário, muitos empresários acham que as mulheres trabalham melhor. Mas em casa vai dar problema. Como faz para ter filho? Quem vai cuidar? Como vai terminar isso, ninguém sabe. A verificar. Mas não pense que é uma variável desprezível. A independência econômica da mulher desequilibra pra caramba o mundo.

Além do consultório, o senhor também foi bem-sucedido para vender livros?
Não tenho do que reclamar. Desde 1975, publiquei 32 livros e vendi mais de 1 milhão de cópias.

Qual o melhor?
Não sei. Minha mulher diz que é O Mal, o Bem e mais Além. É difícil falar. Gosto sempre dos mais recentes, mas no fundo são a reescritura daquilo que fiz nos anos 70 e 80.

E quando as pessoas muito ricas são felizes, o que costuma levar a isso?  
Os executivos que se sentem realizados são aqueles que gostam do que fazem. Às vezes, ficam até viciados. Mas a maior felicidade das pessoas ainda é quando conseguem estabelecer vínculos amorosos de qualidade. Tanto faz ser executivo ou não. É o que tem de mais importante. Gostar do que se faz e ter uma boa parceria sentimental talvez sejam as duas principais fontes de felicidade nesse nosso mundo.

Fonte: Época Negócios

Para mais informações sobre Flávio Gikovate
Site: www.flaviogikovate.com.br
Facebook: www.facebook.com/FGikovate
Twitter: www.twitter.com/flavio_gikovate
Livros: www.gikovatelojavirtual.com.br

Gostou? Compartilhe!

8 maneiras de viajar de graça sendo um voluntário

8 maneiras de viajar de graça sendo um  voluntário

Além de ser uma maneira de fazer o bem ao próximo, o volunturismo é ainda uma maneira bem mais barata de viajar.

Conheça essas 8 maneiras de conseguir viajar de graça trabalhando em obras sociais ao redor do planeta.

Texto publicado com autorização do Blog Vagabundo Profissional 

1-  Turtle Teams – várias partes do mundo

contioutra.com - 8 maneiras de viajar de graça sendo um  voluntário

São milhares de pequenos grupos ao redor do mundo que ajudam tartarugas marinhas, normalmente em praias onde ocorrem a desova dos bichinhos.
Os valores variam muito, podendo custar muitos dólares, porém muitas organizações oferecem acomodações de baixo custo.
Já imaginou viajar, conhecer praias paradisíacas e ainda fazer sua parte para ajudar uma espécie a sair da lista de risco de extinção?
Mais informações sobre esse tipo de trabalho: Campamento TorutgeroSea Turtles e Sea Turtle Conservancy

2- Voluntariado de conservação – Austrália e Nova Zelândia

contioutra.com - 8 maneiras de viajar de graça sendo um  voluntário

Consistem em projetos de curta duração de conservação de habitats e promoção do eco-turismo.
Os valores variam, podendo chegar a AUS$208 por uma semana de estadia, variando de acampamento ou chalés.
Algumas organizações disponibilizam viagens gratuitas de poucos dias.
Informações: Conservation VolunteersThe Conservation Volunteering

3- Voluntariado do Sudão – Sudão, África

contioutra.com - 8 maneiras de viajar de graça sendo um  voluntário

Um dos mais interessantes na nossa opinião. Consiste em ensinar inglês em escolas e universidades do país mais pobre do mundo, além de participar de outros projetos nas comunidades.
Normalmente paga-se a passagem até o país, porém todos os outros custos estão cobertos e algumas organizações ainda consideram uma ajuda de custo mensal para o voluntário.
Mais informações: Sudan Volunteer Programme

4- Conservação da Trilha Apalache – Estados Unidos

contioutra.com - 8 maneiras de viajar de graça sendo um  voluntário

A Trilha Apalache é uma trilha clássica de mais de 3 mil quilômetros de extensão cruzando o leste dos Estados Unidos.
Além de ser o lar de mais de duas mil espécies, muitas em risco de extinção.
Já pensou trabalhar nesse ambiente em troca de comida e abrigo em um dos lugares mais belos dos estados Unidos?
Mais informações: Appalachian Trail Conservancy

5- Trip Leader da HF Holidays – Toda a Europa

contioutra.com - 8 maneiras de viajar de graça sendo um  voluntário

A HF Holidays é uma das mais populares companhias europeias de pacotes de viagens e feriados. Ao se voluntariar o viajante terá a oportunidade de explorar a Europa acompanhando os grupos. Uma ótima maneira de conhecer países, pessoas, adquirir e passar conhecimento.
Mais informações: HF Holidays

6- Peace Corps – várias partes do mundo

contioutra.com - 8 maneiras de viajar de graça sendo um  voluntário

Consistem em uma série de projetos de saúde, desenvolvimento de negócios e conservação do meio ambiente. É aberto apenas a residentes nos Estados Unidos e tem o compromisso de 27 meses de trabalho.
Mais informações: Peace Corps e Voluntary Service Overseas.

7- Voluntário das Nações Unidas – várias partes do mundo

contioutra.com - 8 maneiras de viajar de graça sendo um  voluntário

A ONU, Organização das Nações Unidas, oferece oportunidades de voluntariado nas áreas de ajuda médica, desenvolvimento econômico e ajuda emergencial após desastres naturais.
Uma ótima oportunidade para quem deseja fazer a diferença no mundo.
Mais informações: UN Volunteers

8- Voluntáriado em um Kibbutz – Israel

contioutra.com - 8 maneiras de viajar de graça sendo um  voluntário

Um kibutz é uma forma de coletividade comunitária israelita, algo como a nossa cooperativa, porém mesclando um pouco da ideologia socialista e o sionismo no sionismo trabalhista.
Esse é um dos trabalhos mais arriscados em uma das regiões que mais vemos nos noticiários pelo mundo, porém é oportunidade única de ver e viver em primeira mão tudo o que aparece na televisão, e ainda fazendo nossa parte por um mundo melhor, mais humano e mais pacífico.
Porém, caso você decida conhecer os países ao redor, como Jordânia, Egito ou Turquia, um carimbo israelense no passaporte pode render algumas horinhas na salinha pra dar algumas explicações.
Mais informações: Kibbutz Volunteer

+ Vagabundo Profissional

Escolha uma imagem e leia sua mensagem poética: poemas de Manoel de Barros

Escolha uma imagem e leia sua mensagem poética: poemas de Manoel de Barros

A simplicidade encontra voz na tradução poética do que realmente é importante.

Escolha uma imagem e leia o poema de Manoel de Barros que foi selecionado especialmente para você.

No final da matéria, leia uma homenagem feita para Manoel, nosso querido poeta das miudezas.

contioutra.com - Escolha uma imagem e leia sua mensagem poética: poemas de Manoel de Barros

Retrato do artista quando coisa

contioutra.com - Escolha uma imagem e leia sua mensagem poética: poemas de Manoel de Barros

A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas.

Tratado geral das grandezas do ínfimo

contioutra.com - Escolha uma imagem e leia sua mensagem poética: poemas de Manoel de BarrosA poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.

Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogio

Os deslimites da palavra

contioutra.com - Escolha uma imagem e leia sua mensagem poética: poemas de Manoel de Barros

Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu
destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas

O apanhador de desperdícios

contioutra.com - Escolha uma imagem e leia sua mensagem poética: poemas de Manoel de Barros

Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.

Difícil fotografar o silêncio.

contioutra.com - Escolha uma imagem e leia sua mensagem poética: poemas de Manoel de Barros

Difícil fotografar o silêncio.
Entretanto tentei. Eu conto:
Madrugada, a minha aldeia estava morta.
Não se via ou ouvia um barulho, ninguém passava entre as casas.
Eu estava saindo de uma festa,.
Eram quase quatro da manhã.
Ia o silêncio pela rua carregando um bêbado.
Preparei minha máquina.
O silêncio era um carregador?
Estava carregando o bêbado.
Fotografei esse carregador.
Tive outras visões naquela madrugada.
Preparei minha máquina de novo.
Tinha um perfume de jasmim no beiral do sobrado.
Fotografei o perfume.
Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra.
Fotografei a existência dela.
Vi ainda um azul-perdão no olho de um mendigo.
Fotografei o perdão.
Olhei uma paisagem velha a desabar sobre uma casa.
Fotografei o sobre.
Foi difícil fotografar o sobre.
Por fim eu enxerguei a nuvem de calça.
Representou pra mim que ela andava na aldeia de braços com Maiakoviski – seu criador.
Fotografei a nuvem de calça e o poeta.Ninguém outro poeta no mundo faria uma roupa
Mais justa para cobrir sua noiva.
A foto saiu legal.

contioutra.com - Escolha uma imagem e leia sua mensagem poética: poemas de Manoel de Barros

Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.

____________

Aos os leitores dessa postagem e admiradores de Manoel de Barros, convido para uma homenagem.

Sabendo que Manoel se encontra com 97 anos e acamado, façamos por ele a seguinte oração:

Deus das Insignificâncias

>>>>>>>>>>>>>>>>Para Manoel de Barros

Peço ao Deus das insignificâncias,
dos pardais e dos sapos tagarelantes dos brejos,
Que passarinhos de diversos coloridos
sejam algazarra em tua janela.
Que os caramujos do teu quintal
façam contágio de eternidade.
Que nunca te esqueças de que és bocó
e continues a descascar palavras,
só para brincar com os gomos.
Que saibas que o teu coração infinitou-se em nós
E que, a propósito dos teus despropósitos,
Decidimo-nos pelo verbo amar.

Nara Rúbia Ribeiro

Editorial CONTI outra.

Nota da página: Manoel de Barros faleceu em 13 de novembro de 2014, 20 dias após essa publicação.

Dica da Conti outra: Saiba mais sobre a obra do poeta e conheça os projetos sociais da Fundação Manoel de Barros.

12 coisas que só quem viaja sozinho vai entender

12 coisas que só quem viaja sozinho vai entender

Por YASSINE LAAROUSSI

Por mais que nossa fantasia possa dizer o contrário, onde quer que estejamos, sempre levaremos conosco nossas inquietações, dúvidas e sentimentos. Afinal de contas, esse conjunto de maneiras de pensar e sentir são frutos de nossa história e definem quem nós somos.

Entretanto, ter a oportunidade de viajar sozinho é a melhor maneira de sair da sua concha e desfrutar de total liberdade. Viajantes solitários veem o mundo de uma maneira diferente, porque eles experimentam a vida de um ângulo que poucas outras pessoas conseguem ver.

Muitas pessoas adoram a ideia de viajar o mundo, mas elas nunca arrumam coragem para ir embora. Porque elas não têm amigos que compartilhem de  seu  intenso desejo de sair e ver o mundo, elas postergam a viagem para algum outro tempo quanto isso será mais adequado em suas vidas. Sempre que a perspectiva de viajar sozinho atravessa sua mente, no entanto, elas acham que não podem fazer nada, pois imaginam uma jornada solitária. Na verdade, elas não poderia estar mais erradas!

 Aqui estão 13 fatos impressionantes que apenas quem já viajou sozinho vai entender.

1. Eles sabem que nunca é o momento perfeito para viajar

Sempre existirão circunstâncias pelo caminho, sempre haverá contas a pagar, nunca haverá dinheiro suficiente ou bastante planejamento feito. Sempre haverá apenas desculpas suficientes me impedindo de fazer o que eu mais desejo na vida, que é uma viagem pelo mundo, portanto, a questão está mais ligada a decisão que ao momento perfeito.

2. Eles nunca culpam os outros por  suas situações infelizes

Eu perdi reservas de voos várias vezes. Cheguei a ir para o aeroporto e descobrir que estava uma semana, até um mês, adiantada para outros voos.  Outras vezes, perdi todo o meu dinheiro depois de um roubo ou um golpe, mas não havia ninguém para culpar. Em tais situações ruins em que você tem que assumir a responsabilidade por seus próprios erros você aprende com eles e ir em frente com sua vida  e a lidar com o inesperado.

3.Eles são livres como os pássaros

Você é o capitão do barco, você é seu próprio guia, seu próprio patrão.Toda decisão que você faz é sua assim como as consequências dela. Você está dirigindo o carro e todos os caminhos estão abertos. Há infinitas possibilidades e inúmeras chances de criar qualidades de liderança e responsabilidade em si mesmo. Não é por isso que você escolheu ser livre em primeiro lugar?

4. Eles não procuram segurança, eles procuram a aventura

Quando você viaja e está em um país estrangeiro, você sai da caixa em que você viveu toda a sua vida. Você sai da sua zona de conforto, você tenta coisas novas, e você contempla sua nova vida cheia de mágica e possibilidades. Fazer tudo igual a antes não é mais uma opção. 

5. Eles apreciam mais os momentos 

Quando você está na frente de um cenário requintado, no pico de montanha, em uma praia tropical, ou mesmo com alguém especial que conheceu na viagem-  e sabe que, na próxima semana, estará a quilômetros de distância daquele lugar, sem perceber, você passa a dar mais atenção e valor a cada momento que vive. Esse é um aprendizado que pode trazer para toda a vida: Saber que os momentos são finitos e infinitos ao mesmo tempo.

6. Eles se transformam em contadores de histórias impressionantes

A habilidade de contar histórias não é algo nato para todas as pessoas, mas com a prática viajantes individuais começam a narrar suas aventuras e aprendem que os detalhes fazem toda a diferença. Portanto, seus aplicativos de nota são geralmente seus melhores amigo na estrada. Hoje em dia está cada vez mais comum blogs de pessoas que viajam pelo mundo e vão relatando suas façanhas. São os nômades digitais. 

7. Eles fazem da estrada pura diversão

Quando você já tiver viajado por um par de meses, você vai começar a perceber que, se você não se divertir, ninguém vaiNa estrada só fica sozinho se você não fizer qualquer esforço de ligação com os habitantes locais ou outros viajantes.

8. Eles sabem que viajar é um caminho sem volta

Viajantes solitários geralmente tem dificuldade em voltar para casa e colocar um fim à sua longa viagem. Quando eles chegam em casa eles imediatamente começam a planejar sua próxima viagem.

9. Eles têm uma casa em todos os cantos do mundo

O pensamento de ser capaz de viajar a qualquer hora e em qualquer lugar que você deseja e ainda têm um lugar livre para ficar é o que você chama de incrível! Viajar e fazer amigos te deixa mais doce e aberto para construir amizades internacionais.

10. Eles sabem como se esquivar de cada golpe lá fora

As duras lições são os melhores conselhos que quem viaja sozinho pode dar a outras pessoas na estrada ou a seus amigos em casa. Como evitar armadilhas e como tirar o melhor proveito de situações ruins também tornam a viagem mais fácil e agradável.

11. Eles sabem que o destino não importa

É tudo sobre a viagem, os risos, as memórias, a comida, os altos e baixos, a decisão espontânea. Isso é o mais viciante.

12. Eles descobrem um significado inteiramente novo de tempo

contioutra.com - 12 coisas que só quem viaja sozinho vai entender

O objetivo de uma viagem de longo prazo é ter o tempo para se mover livremente pelo mundo. Nesse percurso você descobre todo um novo conceito de tempo. Um viajante sábio é sempre flexível com datas, nunca estabelece grandes limites para uma viagem ou perde chances de aventuras. Um viajante solitário sábio sempre recomenda que você desacelere.

Uma última nota

Uma viagem pode assumir várias formas e cada pessoa tem o seu estilo favorito. Sozinhos, em pares ou em grupo; de aviões, de carro, de trem, de bicicleta, ou a pé; de mochila, para praticar esportes radicais ou passeios de luxo; para uma escapada de fim de semana da cidade, um longo mês de férias, ou de um ano em todo o mundo. Seja o que for, ela vai te fazer maravilhas. Pouco a pouco, enquanto esse vício de viajar cresce, você vai crescer com ele para se tornar a pessoa que você sempre sonhou que seria.

Traduzido e adaptado do original Life Hack

Por Josie Conti

Cães salvam idosa caída no chão por 48h

Cães salvam idosa caída no chão por 48h

Via, Só Notícia Boa

Dois cães salvaram uma idosa de 76 anos que sofreu uma queda em casa e ficou caída no chão com uma fratura, durante 48 horas.

Judy Muhe, que tem Parkinson, afirmou que foi mantida viva por seus cachorros.

Com a queda na cozinha, a mulher quebrou o ombro e não conseguiu se levantar por causa do Parkinson, que prejudica sua coordenação motora.

O fato aconteceu na cidade de Palmdale, na Califórnia, na semana passada.

A idosa contou à imprensa local que os cachorros, da raça golden retriever, a mantiveram “quente e confortável” até a chegada da ajuda.

contioutra.com - Cães salvam idosa caída no chão por 48h
Foto: reprodução/ABCNews

Os cachorros

A idosa possui dois cães: Higgins, de 10 anos e Dodger, de 4 anos.

Eles ficaram o tempo inteiro deitados com ela, se recusando inclusive de comer, contou a mulher.

Após 48 horas a idosa acabou sendo encontrada por uma amiga, que estava preocupada por ela não atender as suas ligações.

A própria amiga que encontrou a idosa caída no chão da cozinha confirmou a história.

Ela declarou que conseguiu entrar na casa pela porta dos fundos, aberta por uma chave extra.

No momento em que entrou, os cães foram correndo em direção a ela e depois levaram a mulher ao local onde sua dona estava deitada.

“Eles ficaram comigo. Mantiveram-me quente e confortável, da maneira que puderam, mas o importante foi que eles não me deixaram sozinha”, explicou Muhe à ABCNews.

Gostou? Compartilhe!

O dia em que Rubem Alves salvou a minha vida

O dia em que Rubem Alves salvou a minha vida

Por Nara Rúbia Ribeiro

Cada um de nós possui um sol interior  e é  a esperança quem o faz nascer. Quando a esperança esmorece, as noites se acumulam no solo da emoção. A esse amontoado de noites há quem chame de diversos nomes, os médicos o chamam “depressão”.  Quero contar que já passei por isso e que, acreditem, Rubem Alves, em dia de máxima angústia, salvou a minha vida.

Descobrir a verdadeira face do mundo, da vida, despir a máscara que camufla os sentimentos hostis, a vaidade histérica, a deficiência do afeto,  isso é tarefa de gigante. E gigantes são todos aqueles que penetram a natureza das coisas, que  não temem conhecer os abismos do mundo e de si.

contioutra.com - O dia em que Rubem Alves salvou a minha vida

Minha vida é marcada por uma sucessão de fatos que me fizeram conhecer muitos abismos.  A falta de recursos materiais e o excesso de reflexões prematuras roubou-me, em parte, a infância. A religião aprisionou-me  a adolescência numa redoma de culpa e de medo. O excesso, o transbordar do sentimento me roubou o gozo do efêmero.  E tudo isso, somado a uma gravidez de risco, um casamento fracassado, um divórcio dolorido, a problemas de saúde de natureza grave que me fizeram passar por três cirurgias seguidas, somado ainda a trabalhos que não me realizavam e ainda não me realizam, somado à solidão de me ver incompreendida pelo mundo, somada à dor de não conseguir ser nada daquilo que sonhei, acarretou na minha desistência de tudo.

Foram dias, meses, mais de três anos sem sonho. Sem nenhum projeto. Eu mal conseguia descer do apartamento em que morava. Advogada, ao me lembrar de que necessitava ir ao fórum, tinha náuseas. Desliguei telefones. Passei meses sem olhar noticiários. E a única coisa que me ligava a mim mesma era a minha escrita. Eu escrevi, nesse tempo, centenas de poemas. A necessidade cotidiana me fazia a cada dia ainda mais derrotada. Não conseguia prover as necessidades minhas e de minha filha; já havia gasto todas as minhas economias. Então, nesse ápice de angústia, decidi que não mais viveria. Foi quando me deparei, em meu e-mail, com um vídeo de Rubem Alves, no qual ele dizia:

“Uma vez um aluno me pediu uma entrevista, chegou na minha casa e me fez essa pergunta: ‘como é que o senhor se preparou, como é que o senhor planejou a sua vida para chegar aonde chegou?’ Eu percebi logo que ele me admirava, que queria o mapa do caminho e eu disse a ele, ‘eu cheguei aonde cheguei porque tudo o que planejei deu errado. Então eu sou escritor por acidente. Já fui outras coisas, já fui professor de filosofia, já fui teólogo, já fui pastor. Agora eu sou um velho.”

Creio que muitos desconheçam a força de suas palavras, a contundência, a capacidade que elas possuem de ser, no outro,  a alavanca que faz reerguer o sol interior que jaz adormecido. Essas palavras do Rubem, em mim, dissiparam a noite angustiosa da culpa por meus fracassos e me fizeram valorar o sol (o meu sol) que ainda estava a nascer.

Nota da CONTI outra: o texto acima foi lido e reconhecido pela filha de Rubem Alves e enviado para o acervo de textos relativos ao pai.

Conheça também o Instituto Rubem Alves e acompanhe seus projetos.

Casal indiano adota 12 meninos com HIV que ninguém queria

Casal indiano adota 12 meninos com HIV que ninguém queria

Via contioutra.com - Casal indiano adota 12 meninos com HIV que ninguém queria

Um casal adotou 12 meninos HIV positivos, abandonados pelas família, e provocou uma verdadeira corrente do bem.

As crianças, entre 7 e 17 anos, têm histórias semelhantes: nasceram com HIV, perderam seus pais, vítimas da doença, e nenhum parente quis ficar com elas.

No início, Ajay Sharma e sua esposa, Babita, tiveram dificuldade para alugar uma casa que abrigasse tanta gente.

Quando conseguiram uma residência em Ganganagar, Meerut, na Índia, eles tiveram problemas com vizinhos que, por puro preconceito, rejeitaram a vinda das crianças para o bairro. Mas aos poucos as pessoas começaram a aceitar os jovens.

Logo Ajay Sharma passou a receber apoio de profissionais, comovidos com sua iniciativa. Médicos e professores começaram a ir até a casa, para consultar e ensinar as crianças.

“Eu sinto uma onda de energia positiva quando encontro essas crianças. Elas são tão cheias de vida. Só rezo para que a ciência encontre um tratamento viável para esta doença”, diz o Dr. Rajiv Prakash, pediatra que visita regularmente a casa.

Há 3 anos, Neema Jain, ensina a eles Hindu, Inglês e Matemática.

“Eles são como qualquer outra criança. Alguns deles são realmente brilhantes, diz ela.

Também está ajudando um funcionário do governo, Lokesh Sharma, que vai até lá para dar aulas de Yoga para os meninos. “Ela [Yoga] desenvolve a resistência deles”, explica.

contioutra.com - Casal indiano adota 12 meninos com HIV que ninguém queria

Você achou esse conteúdo relevante? Compartilhe!

Mulheres e meninas mostram coragem diante de uma sociedade machista

Mulheres e meninas mostram coragem diante de uma sociedade machista

Via:contioutra.com - Mulheres e meninas mostram coragem diante de uma sociedade machista

Mark Tuschman é um fotógrafo que documenta alguns dos aspectos mais sombrios da vida, mesmo assim, em seu olhar, percebe-se que sempre está procurando por raios de luz e esperança.

Por mais de uma década, ele tem viajado pelo mundo com o objetivo de fotografar “a falta de autonomia que milhões de mulheres têm sobre suas próprias vidas e corpos nos países em desenvolvimento.”

contioutra.com - Mulheres e meninas mostram coragem diante de uma sociedade machista

Por esses caminhos Tuschman relata ter encontrado mulheres e meninas que estão sendo espancadas, que tem o acesso a cuidados de saúde e educação negados, que são sujeitas a violência sexual, forçadas a casar quando crianças e forçadas a maternidade quando adolescentes correndo risco de contrair AIDS e de fístulas.

contioutra.com - Mulheres e meninas mostram coragem diante de uma sociedade machista
Na parte rural em Rajasthan, Kala de 13 anos é casada desde os três meses de idade.
contioutra.com - Mulheres e meninas mostram coragem diante de uma sociedade machista
O marido de Elis tentou matá-la duas vezes, uma vez a jogando de uma  moto e uma vez por envenenamento. A justificativa? Ele não estava satisfeito com seu de dote que foi uma motocicleta, sendo que ele queria um carro novo.
contioutra.com - Mulheres e meninas mostram coragem diante de uma sociedade machista
Esta jovem que Tuschman conheceu na Índia não pode frequentar a escola. Em vez disso, ela teve que cuidar de sua irmã mais nova e também das cabras da família.

Nós somos uma cultura muito visual, disse Tuschman, sendo difícil de ler “um monte de estatísticas” e conectar-se emocionalmente às questões que elas representam.

Por outro lado, ele apresenta um trabalho fotojornalístico “realmente difícil de olhar” de tão “frio e distante” que as pessoas são “sobrecarregadas” e “se sentem indefesas” diante de tanta miséria.

Em suas fotografias Tuschman pretende retratar mulheres e meninas como “indivíduos com as mesmas esperanças e sonhos, como todos as outras.” Ele também tem procurado destacar “os esforços incríveis que vem sendo feitos para capacitá-las, um tipo de notícia que não aparece muito na mídia.”

contioutra.com - Mulheres e meninas mostram coragem diante de uma sociedade machista

WomensTrust em Pokuase, Gana, tem um programa de bolsas que suporta mais de 100 das melhores e mais brilhantes jovens garotas.

contioutra.com - Mulheres e meninas mostram coragem diante de uma sociedade machista

A organização Educate Girls, ou Educar Garotas,  trabalha para manter as meninas na escola e impedir o casamento infantil.

Tuschman conheceu Payal, acima, que tinha 13 anos de idade e estava no sexto ano, através da organização.

contioutra.com - Mulheres e meninas mostram coragem diante de uma sociedade machista

Sunita, outra aluna do programa Educar Garotas, tinha sete anos e estava no segundo grau quando Tuschman a fotografou.

Tuschman deixou uma carreira na ciência, aos 35 anos para se tornar um fotógrafo profissional a fim de tentar “compreender por que o mundo é da maneira que é.” Enquanto ele diz que as questões que ele documenta são “incrivelmente complicadas” e ele não é tão idealista quanto costumava ser, ele diz, vendo garotas em salas de aula e as mulheres que foram treinadas para carreiras de sucesso sempre renova suas esperanças.

contioutra.com - Mulheres e meninas mostram coragem diante de uma sociedade machista

Em Pokuase, Gana, Sarah Ankrah recebeu seu primeiro empréstimo do WomensTrust de 50 dólares para apoiar o seu negócio de padaira. Quando Tuschman a conheceu, ela estava vendendo perto de 8.000 pães por semana, faturando quase US $3.000. A receita tem ajudado a garantir que seus filhos permaneçam na escola.

contioutra.com - Mulheres e meninas mostram coragem diante de uma sociedade machista

Tuschman continua a fotografar e trabalha para terminar seu livro, Faces da Coragem: Retratos Íntimos de Mulheres no Limite. Ele espera por um mundo, como o Fundo das Populações das Nações Unidas, em que “cada gravidez seja desejada, cada parto seguro, e todo potencial de pessoas jovens seja realizado”.

Você achou esse conteúdo relevante? Compartilhe!

FILHOS, CADÊ O MANUAL?!

FILHOS, CADÊ O MANUAL?!

Por Mag Montenegro

Pois é, quando temos dúvidas sobre algo que nunca vimos a primeira atitude é … “CADÊ O MANUAL?” Queremos algo que nos oriente e nos explique o funcionamento da coisa desconhecida.
Mas isso não se aplica aos filhos: eles definitivamente não vêm com um manual.

Ao longo do tempo as dúvidas acontecem e você as resolve como pode e de acordo com a sua intuição. Nossos pais também podem ajudar com as suas experiências, mas nem sempre conseguimos resolver todas as questões que surgem e algumas vezes elas realmente se tornam muito difíceis.

Temos o péssimo hábito, acho que principalmente nós mulheres e mães latinas que somos, de achar que temos que dar conta de tudo e solucionar todos os problemas desde os relacionados à casa até os relacionados aos filhos. E pasmem, às vezes até damos conta, mas nunca sem um preço, na maioria bem alto.

Mas existem algumas dificuldades de natureza específica na relação entre pais e filhos que, às vezes, surgem e não são tão fáceis de resolver. Na maioria das vezes a dificuldade vem de algum tipo de comportamento inadequado que a criança apresenta e os pais não conseguem lidar.

contioutra.com - FILHOS, CADÊ O MANUAL?!
© Claudio L’Estremo Montegriffo

Bem é nessa hora que a pergunta aparece novamente …

CADÊ O MANUAL?
Hum…. não tem mesmo! Muitos pais se sentem completamente perdidos e até dominados por verdadeiros cotoquinhos de gente que acabam por manipular e controlar esses pais “patinhos”.

COMO? SUA FILHA SÓ TEM DOIS ANOS  E A FAMÍLIA ESTÁ NESSE CAOS ?

Bem a primeira dica para esse dilema é : SE NÃO TEM MANUAL, PROCURE AJUDA ESPECIALIZADA.

Procurar um psicólogo infantil nem sempre pressupõe colocar seu filho em terapia. Na maioria das vezes não é isso que vai acontecer.

Apesar de ser a criança que apresenta o comportamento, o alvo nem sempre será ela. A criança apenas sinaliza dessa forma comportamental algo que não anda como deveria. Algo que não vai bem e não é com ela, e não é com os pais. Algo não vai bem na RELAÇÃO.

E entendendo a relação como uma via de mão dupla, o que se trabalha com os pais se trabalha com a criança. O trabalho desenvolvido junto com os pais se restringe a eles e à dinâmica relacional deles com seus filhos.
Esse é o trabalho de orientação a pais que, por estar atuando em uma das mãos, atua diretamente na outra.

É possível resolver as dificuldades geradas pelos comportamentos dos filhos orientando os pais. Os resultados são mais rápidos do que se imagina e a dinâmica relacional se modifica completamente. A criança percebe que seu pais estão mudando e ela fatalmente também tem que mudar. E assim as transformações vão acontecendo.

O trabalho de orientação a pais estabelece um foco a ser trabalhado geralmente com um prazo bem definido e que não tem nada a ver com um trabalho de psicoterapia pessoal, embora possa ajudar muito nas questões individuais de cada um na relação.

Assim, mamães e papais, não se desesperem e não permitam que uma dificuldade com seus filhos determine toda uma dinâmica relacional familiar.

Não veio com manual ? Peça ajuda.

Orientação de pais é muito mais efetiva e simples do que se imagina. Basta estar disponível para, com ajuda, criar o seu próprio Manual que com certeza lhe servirá para sempre.

Nota da Conti outra: Mag Montenegro é uma parceria CONTI outra e o texto acima foi publicado com sua autorização.

Mag Montenegro Psicóloga

Suporte e Orientação para Pais
Psicoterapia Infantil
Diagnóstico dos Transtornos do Desenvolvimento
Psicoterapia Psicanalítica

Contatos:

e-mail: [email protected]

Facebook: Mag Montenegro Psicóloga

Você achou esse conteúdo relevante? Compartilhe!

Será que você está se enganando? Conheça o Efeito Forer.

Será que você está se enganando? Conheça o Efeito Forer.

O Efeito Forer (também chamado de falácia de validação pessoal ou efeito Barnum, depois de P.T. Barnum ter dito que “temos de tudo para todos”) é a observação de que as pessoas julgam exageradamente corretas as avaliações de suas personalidades que, supostamente, são feitas exclusivamente para elas, mas que na verdade são vagas e genéricas o bastante para se aplicarem a uma grande quantidade de pessoas. Este efeito explica parcialmente a grande aceitação obtida por certas crenças e práticas como astrologia, grafologia e alguns tipos de testes de personalidade.

Um fenômeno mais genérico e relacionado ao efeito Forer é o da validação subjetiva. A validação subjetiva ocorre quando dois eventos aleatórios ou sem ligação parecem estar conectados porque as crenças, expectativas ou hipóteses exigem tal ligação. Por isso, as pessoas buscam uma conexão entre sua percepção da personalidade e o texto de um horóscopo.

O experimento de Forer

Em 1948 o psicólogo Bertram R. Forer deu a cada um de seus alunos um teste de personalidade. Depois, ele disse que cada aluno receberia uma análise única e individual baseada nos resultados dos testes, e que eles deveriam avaliar a precisão da análise em uma escala de 0 (muito ruim) a 5 (muito boa). Na verdade, todos os alunos receberam o mesmo texto:

” Você tem uma necessidade de ser querido e admirado por outros, e mesmo assim você faz críticas a si mesmo. Você possui certas fraquezas de personalidade mas, no geral, consegue compensá-las. Você tem uma capacidade não utilizada que ainda não a tomou em seu favor. Disciplinado e com auto-controle, você tende a se preocupar e ser inseguro por dentro. Às vezes tem dúvidas se tomou a decisão certa ou se fez a coisa certa. Você prefere certas mudanças e variedade, e fica insatisfeito com restrições e limitações. Você tem orgulho por ser um pensador independente, e não aceita as opiniões dos outros sem uma comprovação satisfatória. Mas você descobriu que é melhor não ser tão franco ao falar de si para os outros. Você é extrovertido e sociável, mas há momentos em que você é introvertido e reservado. Por fim, algumas de suas aspirações tendem a fugir da realidade. “

Em média as avaliações receberam nota 4,26, mas somente depois de receber essas notas Forer revelou que cada aluno tinha recebido o mesmo texto, montado com frases de diversos horóscopos. Como pode ser observado no texto, algumas frases se aplicam igualmente a qualquer pessoa.

Variáveis que influenciam o efeito

Estudos posteriores indicam que as pessoas darão notas maiores se qualquer das seguintes for verdadeira:

  • a pessoa acredita que a análise é individual e personalizada.
  • a pessoa acredita na autoridade de quem a está avaliando.
  • o avaliador dá ênfase aos traços positivos da personalidade.

Depois desses conhecer esses dados é sempre bom pensar um pouco melhor se o que está sendo dito ou lido nos mais diversos ambientes deve realmente ser levado em consideração. Os dados são reais ou foi apenas você quem quis acreditar neles?

Fonte: Wikipédia

Pessoas como o meu filho conseguem manipular psicólogos com facilidade: um texto sobre psicopatas

Pessoas como o meu filho conseguem manipular psicólogos com facilidade: um texto sobre psicopatas

Seu amigo psicopata

Texto Leandro Narloch, Via: Super Interessante

Imagem de capa meramente ilustrativa.

Tinha alguma coisa errada com o Guilherme. Desde quando era pequeno, 4 anos de idade, a mãe, Norma*, achava que ele não era uma criança normal. O guri não tinha apego a nada, era frio, não obedecia a ninguém. O problema ficou claro aos 9 anos. Guilherme, nome fictício de um rapaz do Guarujá, litoral de São Paulo, que hoje tem 28 anos, roubava os colegas da escola, os vizinhos e dinheiro em casa. Também passou a expressar uma enorme capacidade de fazer os outros acreditar no que inventava. Aos 18, o garoto conseguiu enganar uma construtora e comprar um apartamento fiado. “Quando um primo da mesma idade morreu de repente, ele só disse ‘que pena’ e continuou o que estava fazendo”, conta a mãe. Tinha alguma coisa errada com o Guilherme.

Em busca de uma solução, Norma passou 15 anos rodando com o filho entre psicólogos, psiquiatras, pediatras e até benzedeiros. Para todos, ele não passava de um garoto normal, com vontades e birras comuns. “Diziam que era mimo demais, que não soubemos impor limites.” Uma pista para o problema do filho só apareceu em 2004. A mãe leu uma entrevista sobre psicopatia e resolveu procurar psiquiatras especializados no assunto. Então descobriu que o filho sofre da mesma doença de alguns assassinos em série e também de certos políticos, líderes religiosos e executivos. “Apenas confirmei o que já sabia sobre ele”, diz Norma. “Dói saber que meu filho é um psicopata, mas pelo menos agora eu entendo que problema ele tem.”
Guilherme não é um assassino como o Maníaco do Parque ou o Chico Picadinho. Mas todos eles sofrem do mesmo problema: uma total ausência de compaixão, nenhuma culpa pelo que fazem ou medo de serem pegos, além de inteligência acima da média e habilidade para manipular quem está em volta. A gente costuma chamar pessoas assim de monstros, gênios malignos ou coisa que o valha. Mas para a Organização Mundial da Saúde (OMS), eles têm uma doença, ou melhor, deficiência. O nome mais conhecido é psicopatia, mas também se usam os termos sociopatia e transtorno de personalidade anti-social.

Com um nome ou outro, não se trata de raridade. Entre os psiquiatras, há consenso quanto a estimativas surpreendentes sobre a psicopatia. “De 1% a 3% da população tem esse transtorno. Entre os presos, esse índice chega a 20%”, afirma a psiquiatra forense Hilda Morana, do Instituto de Medicina Social e de Criminologia do Estado de São Paulo (Imesc). Isso significa que uma pessoa em cada 30 poderia ser diagnosticada como psicopata. E que haveria até 5 milhões de pessoas assim só no Brasil. Dessas, poucas seriam violentas. A maioria não comete crimes, mas deixa as pessoas com quem convive desapontadas. “Eles andam pela sociedade como predadores sociais, rachando famílias, se aproveitando de pessoas vulneráveis e deixando carteiras vazias por onde passam”, disse à SUPER o psicólogo canadense Robert Hare, professor da Universidade da Colúmbia Britânica e um dos maiores especialistas no assunto.

Os psicopatas que não são assassinos estão em escritórios por aí, muitas vezes ganhando uma promoção atrás da outra enquanto puxam o tapete de colegas. Também dá para encontrá-los de baciada entre políticos que desviam dinheiro de merenda para suas contas bancárias, entre médicos que deixam pacientes morrer por descaso, entre “amigos” que pegam dinheiro emprestado e nunca devolvem… Lendo esta reportagem, não se surpreenda se você achar que conhece algum. Certamente você já conheceu.

Amigo da onça

O psicólogo Robert Hare tinha acabado de sair da faculdade, na década de 1960, quando arranjou um emprego no presídio de Vancouver. Função: atender os presos com problemas e montar diagnósticos de sanidade para pedidos de condicional. Lá conheceu o simpático Ray, um dos presos. Era um sujeito legal, contava histórias envolventes e tinha um sorriso que deixava qualquer um confortável. Como o sujeito parecia aplicado e dedicado a ter uma vida correta depois da prisão, o doutor resolveu ajudá-lo em pedidos de transferência para trabalhos melhores na cadeia, tipo a cozinha e a oficina mecânica. Os dois ficaram amigos. Mas Ray não era o que parecia. Hare descobriu que o homem usava a cozinha para produzir álcool e vender aos colegas. Os funcionários do presídio também alertaram o psicólogo dizendo que ele não tinha sido o primeiro a ser ludibriado pelo “gente boa” Ray. E que a falta de escrúpulos do preso não tinha limites. Pouco depois, Hare sentiu isso na pele: teve os freios de seu carro sabotados pelo “amigo” presidiário.

Ray não era único ali. Boa parte de seus colegas no presídio de Vancouver era formada por sujeitos alegres, comunicativos e cheios de amigos que também eram egocêntricos, sem remorso e não mudavam de atitude nem depois de semanas na solitária. Nas prateleiras sobre doenças mentais, havia várias descrições parecidas. O francês Philip Pinel, um dos pais da psiquiatria, escreveu no século 18 sobre pessoas que sofriam uma “loucura sem delírio”. Mas o primeiro estudo para valer sobre psicopatia só viria em 1941, com o livro The Mask of Sanity (“A Máscara da Sanidade”, sem tradução para o português), do psiquiatra americano Hervey Cleckley. Ele dedica a obra a um problema “conhecido, mas ignorado” e cita casos de pacientes com charme acima da média, capacidade de convencer qualquer um e ausência de remorso. Com base nesses estudos, Robert Hare passou 30 anos reunindo características comuns de pessoas assim, até montar sua escala Hare, o método para reconhecer psicopatas mais usado hoje.

Trata-se de um questionário com perguntas sobre a vida do sujeito, feito para investigar se ele tem traços de psicopatia. Seja como for, não é fácil identificar um. Psicopatas não têm crises como doentes mentais: o transtorno é constante ao longo da vida. Outras funções cerebrais, como a capacidade de raciocínio, não são afetadas. Algumas características, no entanto, são evidentes.

Segredos e mentiras

Atributo número 1: mentir. Todo mundo mente, mas psicopatas fazem isso o tempo todo, com todo mundo. Inclusive com eles mesmos. São capazes de dizer “Já saltei de pára-quedas” e, logo depois, “Nunca andei de avião”, sem achar que existe uma grande contradição aí. Espertos, não se contentam só em dizer que são neurocirurgiões, por exemplo, sem nunca ter completado o colegial: usam e abusam de termos técnicos das profissões que fingem ter. Se o sujeito finge ser advogado, manda ver nos “data venias” da vida. Se diz que estudou filosofia, vai encher o vocabulário de expressões tipo “dialética kantiana” sem fazer idéia do que isso significa. Sim, eles são profissionais da lorota.

“Depois que descobri as mentiras que ele me contou, passei um tempo me perguntando como tinha sido tão burra para acreditar naquilo”, diz a professora carioca Ana*. Há 9 anos, ela conheceu um cara incrível. Ele dizia que, com apenas 27 anos, era diretor de uma grande companhia e que, por causa disso, viajava sempre para os EUA e para a Europa. Atencioso e encantador, Cláudio era o genro que toda sogra queria ter. “Em 5 meses, a gente estava quase(casando. Então a mãe dele revelou que era tudo mentira, que o filho era doente, enganava as pessoas desde criança e passava por um tratamento psiquiátrico.”

Ana largou Cláudio e foi tocar a vida. Mas nem sempre quem passa pelas mãos de um psicopata “pacífico” tem tempo para reorganizar as coisas. Que o digam as pessoas que cruzaram o caminho de Alessandro Marques Gonçalves. Formado em direito, ele resolveu fingir que era médico. E levou esse delírio às últimas conseqüências: forjou documentos e conseguiu trabalho em 3 grandes hospitais paulistas. Enganou pacientes, chefes e até a mulher, que espera um filho dele e não fazia idéia da fraude. Desmascarado em fevereiro de 2006, Alessandro aleijou pelo menos 23 pessoas e é suspeito da morte de 3.

“Ele usa termos técnicos e fala com toda a naturalidade. Realmente parece um médico”, diz o delegado André Ricardo Hauy, de Lins, que o interrogou. “Também acha que não está fazendo nada de errado e diz, friamente, que queria fazer o bem aos pacientes.” Quando foi preso, Alessandro não escondeu a cabeça como os presos geralmente fazem: deixou-se filmar à vontade.
“O diagnóstico de transtorno anti-social depende de um exame detalhado, mas dá para perceber características de um psicopata nesse falso médico. É que, além de mentir, ele mostra ausência de culpa”, afirma o psiquiatra Antônio de Pádua Serafim, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

E esse é um atributo-chave da mente de um psicopata: cabeça fresca. Nada deixa esses indivíduos com peso na consciência. Fazer coisas erradas, todo mundo faz. Mas o que diferencia o psicopata do “todo mundo” é que um erro não vai fazer com que ele sofra. Sempre vai ter uma desculpa: “Um cara que matou 41 garotos no Maranhão, Francisco das Chagas, disse que as vítimas queriam morrer”, conta Antônio Serafim.

Justamente por achar que não fazem nada de errado, eles repetem seus erros. “Psicopatas reincidem 3 vezes mais que criminosos comuns”, afirma Hilda Morana, que traduziu e adaptou a escala Hare para o Brasil. “Tem mais: eles acham que são imunes a punições.” E isso vale em qualquer situação. Até na hora de jogar baralho.

Foi o que mostrou o psicólogo americano Joe Newman num experimento em 1987. No laboratório, havia 4 montes de cartas. Sem que os jogadores soubessem, um deles estava cheio de cartas premiadas. Ou seja: quem escolhesse aquele monte ganhava mais dinheiro e continuava no jogo. Aos poucos, porém, a quantidade de cartas boas rareava, até que, em vez de dar vantagem, escolher aquele monte passava a dar prejuízo. Pessoas comuns que participaram da pesquisa logo perceberam a mudança e deixaram de apostar nele. Psicopatas, porém, seguiram tentando obter a recompensa anterior. “Pessoas comuns mudam de estratégia quando não obtêm recompensa”, afirma o neurocientista James Blair, autor do livro The Psychopath – Emotion and the Brain (“O Psicopata – Emoção e o Cérebro”, sem edição brasileira). “Mas crianças e adultos com tendências psicopáticas continuam a ação mesmo sendo repetidamente punidos com a perda de pontos.”
Psicopatas não aprendem com punições. Não adianta dar palmadas neles.

Além disso, psicopata que se preze se orgulha de suas mancadas. Esse sujeito pode ser o marido que trai a mulher e se gaba para os amigos. Ou coisa pior. Veja o caso do promotor de eventos Michael Alig. Querido por todos, ele difundiu a cultura clubber em Nova York, organizando festas itinerantes. E em 1996 ele matou um amigo em casa. Quando o corpo começou a feder, retalhou-o e jogou os pedaços no rio Hudson. Dias depois, em um programa de TV, Alig simplesmente descreveu o assassinato, todo pimpão. Os jornalistas acharam que era só uma brincadeira besta, claro. Dias depois, a polícia achou o corpo do amigo de Alig no rio. Ele foi condenado a 20 anos de prisão – sem perder a pose.

Isso é lugar-comum entre os psicopatas. O próprio psiquiatra Antônio Serafim está acostumado com relatos grandiosos de carnificinas: “Quando você pergunta sobre a destreza com que cometeram os crimes, eles contam detalhes dos assassinatos, cheios de orgulho.”

Leia também

13 regras para lidar com sociopatas na vida cotidiana

Zumbis

Se você estivesse indo comprar cerveja perto de casa e se desse conta que esqueceu a carteira, o que faria? Em vez de voltar para buscar dinheiro, um psicopata da Califórnia preferiu catar um pedaço de pau, bater num homem e levar o dinheiro dele. Também tem o caso de uma mulher que deixou a filha de 5 anos ser estuprada pelo namorado. Perguntada por que deixou aquilo acontecer, ela disse: “Eu não queria mais transar, então deixei que ele fosse com a minha filha.”

Eis mais um traço psicopático. “Eles tratam as pessoas como coisas”, afirma o psiquiatra Sérgio Paulo Rigonatti, do Instituto de Psiquiatria do HC. Isso acontece porque eles simplesmente não assimilam emoções. Para entender isso melhor, vamos dar um passeio pelo inferno.

Corpos decapitados, crianças esquálidas com moscas nos olhos, torturas com eletrochoque, gemidos desesperados. Só de imaginar cenas assim, a reação de pessoas comuns é ter alterações fisiológicas como acelerar as batidas do coração, intensificar a atividade cerebral e enrijecer os músculos. Em 2001, o psiquiatra Antônio Serafim colocou presos de São Paulo para assistir a cenas assim. Cada um ouvia, por um fone, sons desagradáveis, como gritos de desespero. “Os criminosos comuns tiveram reações físicas de medo”, diz ele. “Já os identificados como psicopatas não apresentaram sequer variação de batimento cardíaco.”

Mais: uma série de estudos do Instituto de Neurociência Cognitiva, nos EUA, mostrou que psicopatas têm dificuldade em nomear expressões de tristeza, medo e reprovação em imagens de rostos humanos. “Outros 3 estudos ligaram psicopatia com a falta de nojo e problemas em reconhecer qualquer tipo de emoção na voz das pessoas”, afirma Blair.
É simples: assim como daltônicos não conseguem ver cores, psicopatas são incapazes de enxergar emoções. Não as enxergam nem as sentem, pelo menos não do mesmo jeito que os outros fazem. Em vez disso, eles só teriam o que os psiquiatras chamam de proto-emoções – sensações de prazer, euforia e dor menos intensas que o normal. “Isso impede os psicopatas de se colocar no lugar dos outros”, diz Hilda Morana.

Um dos pacientes entrevistados por Hare confirma: “Quando assaltei um banco, notei que uma caixa começou a tremer e a outra vomitou em cima do dinheiro, mas não consigo entender por quê”, disse. “Na verdade, não entendo o que as pessoas querem dizer com a palavra ‘medo’ “.

No livro No Ventre da Besta – Cartas da Prisão, o escritor americano Jack Abbott descreve com honestidade o que acontece na sua cabeça de psicopata: “Existem emoções que eu só conheço de nome. Posso imaginar que as tenho, mas na verdade nunca as senti”.

É como se eles entendessem a letra de uma canção, mas não a música. Esse jeito asséptico de ver o mundo faz com que um psicopata consiga mentir sem ficar nervoso, sacanear os outros sem sentir culpa e, em casos extremos, retalhar um corpo com o mesmo sangue-frio de quem separa as asinhas do peito de um frango assado.

Leia também

Você conhece um psicopata? Pense bem antes de responder não.

Cérebros em curto

Ok, o problema central dos psicopatas é que eles não conseguem sentir emoções. Mas por que isso acontece? “A crença de que tudo é causado por famílias instáveis ou condições sociais pobres nos faz fingir que o problema não existe”, afirma Hare.

Para a neurologia, a coisa é mais objetiva: os “circuitos” do cérebro de um psicopata são fisicamente diferentes dos de uma pessoa normal. Uma descoberta importante foi feita pelo neuropsiquiatra Ricardo de Oliveira-Souza e pelo neurologista Jorge Moll Neto, pesquisador do Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos dos EUA. Em 2000, os dois identificaram, com imagens de ressonância magnética, as partes do cérebro ativadas quando as pessoas fazem julgamentos morais. Os participantes da pesquisa tiveram o cérebro mapeado enquanto decidiam se eram certas ou erradas frases como “podemos ignorar a lei quando necessário” ou “todos têm o direito de viver”, além de outras sem julgamento moral, como “pedras são feitas de água”. A maioria dos voluntários ativou uma área bem na testa, chamada Brodmann 10, ao responder às perguntas.

E aí vem o pulo-do-gato: a dupla repetiu o estudo em 2005 com pessoas identificadas como psicopatas, e descobriu que elas ativam menos essa parte do cérebro. Daí a incompetência que os sujeitos com transtorno anti-social têm para sentir o que é certo e o que é errado. Agora, resta saber se essas deficiências vêm escritas no DNA ou se surgem depois do nascimento.

Hoje, se sabe que boa parte da estrutura cerebral se forma durante a vida, sobretudo na infância. Mas cientistas buscam uma causa genética porque a psicopatia parece surgir independentemente do contexto ou da educação. “Nascem tantos psicopatas na Suécia ou na Finlândia quanto no Brasil”, afirma Hilda Morana. “Os pais costumam se perguntar onde foi que erraram.” A impressão é que psicopatas nasceram com o problema. “Eles também surgem em famílias equilibradas, são irmãos de pessoas normais e deixam seus pais perplexos”, afirma Oliveira-Souza.

James Blair vai pela mesma linha: “Estudos com pessoas da mesma famíla, gêmeos e filhos adotados indicam que o comportamento dos psicopatas e as disfunções emocionais são coisas hereditárias”, afirma.

Cobras de terno

Mesmo quem defende uma origem 100% genética para a psicopatia não descarta a importância do ambiente. A criação, nessa história, seria fundamental para determinar que tipo de psicopata um camarada com tendência vai ser.

“Fatores sociais e práticas familiares influenciam no modo como o problema será expresso no comportamento”, afirma Rigonatti. Por exemplo: psicopatas que cresceram sofrendo ou presenciando agressões teriam uma chance bem maior de usar sua “habilidade” psicopática para matar pessoas.

Um bom exemplo desse tipo é o americano Charles Manson. Filho de uma prostituta alcoólatra e dono de uma mente pra lá de sociopata, transformou um punhado de hippies da Califórnia em um grupo paramilitar fanático nos anos 70. Manson foi responsável pela carnificina na casa do cineasta Roman Polanski. Entre os 5 mortos, estava a atriz Sharon Tate, mulher do diretor e grávida de 8 meses. Detalhe: ele nem sequer participou da ação. Só usou sua capacidade de liderança para convencer um punhado de seguidores a realizar o massacre.

Já os que vêm de famílias equilibradas e viveram uma infância sem grandes dramas teriam uma probabilidade maior de se transformar naqueles que mentem, trapaceiam, roubam, mas não matam. Mais de 70% dos psicopatas diagnosticados são desse grupo, mas não há motivo para alívio. Psicopatas infiltrados na política, em igrejas ou em grandes empresas podem fazer estragos ainda piores.

Exemplos não faltam. O político absurdamente corrupto que é adorado por eleitores, cativa jornalistas durante entrevistas, não entra em contradição nem parece sentir culpa por ter recheado suas contas bancárias com dinheiro público é um. O líder religioso que enriquece à custa de doações dos fiéis é outro. E por aí vai.

“Eles costumam se dar bem em ambientes pouco estruturados e com pessoas vulneráveis. Agem como cartomantes, pais de santo, líderes messiânicos”, afirma Oliveira-Souza. Psicopatas não tão fanáticos, mas com a mesma falta de escrúpulos, também estão em grandes empresas, sugando dinheiro e tornando a vida dos colegas um inferno.

A habilidade para mentir despudoradamente sem levantar suspeitas faz com que eles se dêem bem já nas entrevistas de emprego. O charme que eles simulam ajuda a conquistar a confiança dos chefes e a pressionar para que colegas que atrapalham sua ascensão profissional acabem demitidos. Não raro, costumam ocupar os cargos hierárquicos mais altos.

O psicólogo ocupacional Paul Babiak cita o exemplo de Dave, um executivo de uma empresa americana de tecnologia. Logo na primeira semana, o chefe notou que ele gastava mais tempo criando picuinhas entre os funcionários do que trabalhando e plagiava relatórios sem medo de ser pego. Quando o chefe recomendou sua demissão, Dave foi reclamar aos chefes do seu chefe. Com sua lábia, conseguiu ficar dois anos na empresa, sendo promovido duas vezes, até causar um rombo na firma e sua máscara cair. “Certamente há mais psicopatas no mundo dos negócios que na população em geral”, diz o psiquiatra Hare, que escreveu com Babiak o livro Snakes in Suits – When Psychopaths Go to Work (“Cobras de Terno – Quando Psicopatas vão Trabalhar”, inédito no Brasil). Para ele, sociopatas corporativos são responsáveis por escândalos como o da Enron, em 2002, quando a empresa americana mentiu sobre seus lucros para bombar preços de ações. “O poder e o controle sobre os outros tornam grandes empresas atraentes para os psicopatas”, diz.

O que fazer?

contioutra.com - Pessoas como o meu filho conseguem manipular psicólogos com facilidade: um texto sobre psicopatas
Veja também: Uma criança pode ser má aos 3 anos. Um texto sobre a origem do mal.

Seja nas empresas, nas ruas, ou numa casinha de sapê, nossos amigos com transtorno anti-social são tecnicamente incapazes de frear seus impulsos sacanas. Mas, para os psiquiatras, essa limitação não significa que eles não devam ser responsabilizados pelo que fazem. “Psicopatas têm plena consciência de que seus atos não são corretos”, afirma Hare. “Apenas não dão muita importância para isso.” Se cometem crimes, então, devem ir para a cadeia como os outros criminosos.

Só que até depois de presos psicopatas causam mais dores de cabeça que a média dos criminosos. Na cadeia, tendem a se transformar em líderes e agir no comando de rebeliões, por exemplo. “Mas nunca aparecem. Eles sabem como manter suas fichas limpas e acabam saindo da prisão mais cedo”, diz Antônio de Pádua Serafim.

Por conta disso, a psiquiatra forense Hilda Morana foi a Brasília em 2004 tentar convencer deputados a criar prisões especiais para psicopatas. Conseguiu fazer a idéia virar um projeto de lei, que não foi aprovado. Nas prisões brasileiras, não há procedimento de diagnóstico de psicopatia para os presos que pedem redução da pena. “Países que aplicam o diagnóstico têm a reincidência dos criminosos diminuída em dois terços, já que mantêm mais psicopatas longe das ruas”, diz ela. Tampouco há procedimentos para evitar que psicopatas entrem na polícia – uma instituição teoricamente tão atraente para eles quanto as grandes empresas. Também não há testes de psicopatia na hora de julgar se um preso pode partir para um regime semi-aberto. Nas escolas, professores não estão preparados para reconhecer jovens com o transtorno.

“Mesmo dentro da psiquiatria existe pouca gente interessada no assunto, já que os psicopatas não se reconhecem como tal e dificilmente vão mudar de comportamento durante a vida”, diz o psiquiatra João Augusto Figueiró, de São Paulo. Também não existem tratamentos comprovados nem remédios que façam efeito. Outro problema: quando levados a consultórios, os psicopatas acabam ficando piores. Eles adquirem o vocabulário dos especialistas e se munem de desculpas para justificar seu comportamento quando for necessário. Diante da falta de perspectiva de cura, quem convive com psicopatas no dia-a-dia opta por vigiá-los o máximo possível. É o que faz a dona-de-casa Norma, do Guarujá, com o filho Guilherme. “Enquanto eu e o pai dele estivermos vivos, podemos tomar conta”, diz. “Mas… e depois?”

“Ele mentia muito. Armava um teatro para nos transformar em culpados. Não tinha apego nem responsabilidade. Não evitava falar coisas que deixassem os outros magoados. Nunca pensou que, se fizesse alguma coisa ruim, os pais ficariam bravos. Na escola, ele não obedecia a ordens. Se não queria fazer a lição, não tinha ninguém que o convencesse. A inteligência dele até era acima da média, mas um mês ele tirava 10 em tudo e no outro tirava 0. Dos 3 aos 25 anos, ele rodou comigo por psicólogos. Foi uma busca insana. Começamos a tratar pensando que era hiperatividade, ele tomou antidepressivos e outros remédios. Nada deu certo. Pessoas como o meu filho conseguem manipular psicólogos com facilidade. E os pais se tornam os grandes culpados. Quando descobri o problema, com uma psiquiatra, foi uma luz para mim. Hoje sei que pessoas como ele inventam um mundo na cabeça. É um sofrimento para os pais que convivem com crianças ou com adultos assim. Hoje, temos que vigiá-lo e carregá-lo pela mão para tudo que é canto. Senão, ele rouba coisas ou arma histórias. Fica 3 meses em cada emprego e pára, diz que não está bom. O problema nunca é com ele, sempre os outros é que estão errados. Eu ainda torço para que tenha um remédio, porque viver assim é muito ruim. Se está tudo bem agora, você não sabe qual vai ser a reação daqui a 5 minutos. É como uma bomba relógio, uma panela de pressão que vai explodir. Nunca dá pra saber exatamente o que ele pensa nem para acreditar em alguma coisa que ele promete. Às vezes penso que deveriam criar uma sociedade paralela só para sociopatas, mas uns matariam os outros, com certeza. Para não correr o risco de botar no mundo outra pessoa dessas, convencemos nosso filho a fazer vasectomia. Dói muito dizer que seu filho é um psicopata, mas fazer o quê? Matar você não pode. Tem que ir convivendo na esperança de que um dia a medicina dê conta de casos assim.”

*Depoimento de Norma, 50 anos, dona-de-casa do Guarujá (SP), mãe de Guilherme, 28, diagnosticado como psicopata.

As características de um psicopata

Charme
Tem facilidade em lidar com as palavras e convencer pessoas vulneráveis. Por isso, torna-se líder com freqüência. Seja na cadeia, seja em multinacionais.

Inteligência
O QI costuma ser maior que o da média: alguns conseguem se passar por médico ou advogado sem nunca ter acabado o colegial.

Ausência de culpa
Não se arrepende nem têm dor na consciência. É mestre em botar a culpa nos outros por qualquer coisa. Tem certeza de que nunca erra.
Espírito sonhador
Vive com a cabeça nas nuvens. Mesmo se a situação do sujeito estiver miserável, ele só fala sobre as glórias que o futuro lhe reserva.

Habilidade para mentir
Não vê diferença entre sinceridade e falsidade. É capaz de contar qualquer lorota como se fosse a verdade mais cristalina.

Egoísmo
Faz suas próprias leis. Não entende o que significa “bem comum”. Se estiver tudo ok para ele, não interessa como está o resto do mundo.

Frieza
Não reage ao ver alguém chorando e termina relacionamentos sem dar explicação. Sabe o cara que “foi comprar cigarro e nunca mais voltou?” Então.

Parasitismo
Quando consegue a confiança de alguém, suga até a medula. O mais comum é pedir dinheiro emprestado e deixar para pagar no dia 31 de fevereiro.

The Psychopath – James Blair e outros, Blackwell, EUA, 2006
Without Conscience – Robert Hare, Guilford, EUA,1993
The Sociopath Next Door – Martha Stout, Broadway, EUA, 2005

Você achou esse conteúdo relevante? Compartilhe!

INDICADOS