Compaixão: entenda seu real significado

Compaixão: entenda seu real significado

Fonte recomendadacontioutra.com - Compaixão: entenda seu real significado

Em 1992, fui com um grupo de cientistas para os Himalaias para estudar os efeitos da meditação. Um dos tópicos da investigação era a compaixão. Perguntamos a um velho monge tibetano, mestre de vários outros iogues que viviam nas montanhas, sobre a relação entre sofrimento e compaixão. Na tradição budista se diz que um bodisatva, pessoa constantemente motivada a ajudar os seres sencientes a atingir o despertar espiritual, olha para todos os seres como uma mãe olha para seus filhos. Quando uma criança se machuca, a mãe sente compaixão e sofre. Uma vez que a finalidade do Darma é aliviar o sofrimento, os neurocientistas então perguntaram ao iogue sobre qual é a relação entre sofrimento e compaixão.

O velho monge explicou: “O sofrimento empático vem antes da compaixão.” O primeiro estágio da compaixão é a empatia. Com empatia, há sofrimento. Mas o sofrimento que se sente com a empatia se torna combustível para o fogo da compaixão. A empatia combinada ao que os tibetanos chamam de sem-shuk, ou “poder do coração”, acende a compaixão. O poder da compaixão está além do sofrimento pessoal e está focado em soluções, no quê pode ser feito. O velho iogue explicou aos neurocientistas que quando a compaixão surge, o sofrimento é transcendido e a atenção se volta a como ser útil. O sofrimento é o combustível da compaixão, não o seu resultado.

Trecho extraído do livro “Budismo com atitude”, por Alan Wallace.

COMPAIXÃO: A SOBREVIVÊNCIA DO MAIS GENTIL

IMAGINE PASSAR SUA VIDA INTEIRA em um pequeno quarto com apenas uma janela fechada e tão suja que mal deixe passar a luz. Você provavelmente acharia que o mundo é um lugar bastante obscuro e sombrio, repleto de criaturas de formas estranhas que lançam sombras aterrorizantes no vidro sujo quando passam pelo seu quarto. Mas imagine que um dia você derrame um pouco de água na janela, ou um pouco de chuva escorra pelo vidro depois de uma tempestade e use um trapo ou a manga de sua camisa para enxugar a água. Ao fazer isso, parte da sujeira acumulada no vidro é limpa. Subitamente, um pequeno feixe de luz atravessa o vidro. Curioso, você pode limpar um pouco mais e, à medida que mais sujeira é limpa, mais luz entra no quarto. “Talvez”, você pensa, “o mundo não seja tão escuro e assustador. Talvez seja o vidro”. Você vai até a pia e pega mais água (e talvez mais alguns trapos) e esfrega até que toda a superfície da janela fique livre da sujeira. A luz entra em todo o seu resplendor e você percebe, talvez pela primeira vez, que todas aquelas sombras de formas estranhas que costumavam assustá-lo a cada vez que passavam eram pessoas — exatamente como você! E, das profundezas de sua consciência, surge o desejo instintivo de formar um vínculo social — sair para a rua e estar com essas pessoas. Na verdade, você não mudou absolutamente nada. O mundo, a luz e as pessoas sempre estiveram lá. Você só não conseguia vê-los porque sua visão estava obscurecida. Mas agora você vê tudo, e que enorme diferença isso faz!

É isso que, na tradição budista, chamamos de despertar da compaixão, o despertar de uma capacidade inata de identificar-se com e compreender a experiência dos outros.

contioutra.com - Compaixão: entenda seu real significado

A BIOLOGIA DA COMPAIXÃO

O budismo entende a compaixão de uma forma, em alguns aspectos, um pouco diferente do sentido comum da palavra. Para os budistas, a compaixão não significa apenas sentir pena das outras pessoas. O tempo tibetano — nying-jay — implica uma expansão absolutamente direta do coração. Provavelmente a tradução mais próxima de nying-jay seja “amor” — mas um tipo de amor sem apego e sem nenhuma expectativa de obter algum retorno. A compaixão, em termos tibetanos, é um sentimento espontâneo de vínculo com todos os seres vivos. O que você sente eu sinto; o que eu sinto você sente. Não há nenhuma diferença entre nós.

Biologicamente, somos programados para reagir a nosso ambiente em termos relativamente simples de evitar ameaças à nossa sobrevivência e aproveitar oportunidades de melhorar nosso bem-estar. Basta folhear as páginas de um livro de história para ver que o desenvolvimento humano é, com muita freqüência, um conto de violência escrito com o sangue de seres mais fracos.

E mesmo assim parece que a mesma programação biológica que nos impulsiona na direção da violência e da crueldade também nos proporciona emoções que não apenas inibem a agressão, mas também nos impelem a agir de maneiras que sobrepujem o impulso de sobrevivência pessoal para atuar a serviço dos outros. Surpreendi-me com uma afirmação feita por Jerome Kagan, professor de Harvard, durante sua apresentação na conferência de 2003 do Mind and Life Institute, quando ele observou que, junto com a nossa tendência para a agressão, nosso instinto de sobrevivência nos equipou com “uma tendência biológica ainda maior para a gentileza, a compaixão, o amor e o cuidado com o outro”.contioutra.com - Compaixão: entenda seu real significado

Ouvi várias histórias sobre o número de pessoas que arriscaram suas vidas durante a Segunda Guerra Mundial para oferecer refúgio aos judeus europeus perseguidos pelos nazistas e sobre os heróis anônimos de hoje que sacrificam seu próprio bem-estar para ajudar as vítimas da guerra, da fome e da tirania em vários países do mundo. Além disso, muitos de meus alunos ocidentais são pais que sacrificam uma enorme quantidade de tempo e energia indo e vindo com os filhos entre competições esportivas, atividades musicais e outros eventos, enquanto pacientemente reservam dinheiro para a educação das crianças.

Sacrifícios como esses parecem, em um nível individual, indicar um conjunto de fatores biológicos que transcendem medos e desejos pessoais. O simples fato de termos sido capazes de criar sociedades e civilizações que pelo menos reconhecem a necessidade de proteger e cuidar dos pobres, dos fracos e dos indefesos sustenta a conclusão do professor Kagan de que “o senso ético é uma característica biológica de nossa espécie”.

Essas observações ressoam quase completamente com a essência dos ensinamentos do Buda: quanto mais claramente vemos as coisas como são, mais dispostos e capazes nos tornamos de abrir nossos corações a outros seres. Quando reconhecemos que os outros vivenciam dor e infelicidade porque não reconhecem sua verdadeira natureza, somos espontaneamente movidos por um desejo profundo de que eles vivenciem o mesmo senso de paz e clareza que começamos a conhecer.

Assim que reconhecemos que os outros seres sencientes — pessoas, animais e até insetos — são exatamente como nós, que sua motivação básica é vivenciar a paz e evitar o sofrimento, quando alguém age de alguma maneira ou diz alguma coisa que se oponha a nossos desejos, somos capazes de ter alguma base para a compreensão: “Ah, tudo bem, essa pessoa (ou esse animal) está assumindo essa posição porque, assim como eu, ela quer ser feliz e evitar o sofrimento. E essa é a sua motivação básica. Não é nada pessoal; ela só está fazendo o que acha que precisa fazer.”

A compaixão é a sabedoria espontânea do coração. Ela está sempre conosco. Ela sempre esteve e sempre estará. Quando surge em nós, é porque aprendemos a ver como somos, na realidade, fortes e seguros.

Se você realmente quiser ver o quão ativa uma mente compassiva pode ser, há um exercício muito simples que provavelmente não tomará mais de cinco minutos do seu tempo. Pegue uma caneta e papel e faça uma lista de dez problemas que você gostaria de ver resolvidos. Podem ser problemas globais ou questões que o cercam. Você não precisa pensar em soluções. Simplesmente faça a lista.

O simples ato de escrever essa lista mudará sua atitude significativamente. Isso despertará a compaixão natural de sua verdadeira mente.

Recentemente, um aluno me disse que achava que “bondade amorosa” e “compaixão” eram termos frios. Essas palavras soavam muito distantes e acadêmicas, muito parecidas com um exercício intelectual de ter pena das outras pessoas. “Por que”, ele perguntou, “não podemos usar uma palavra mais simples e direta, como ‘amor’?”

contioutra.com - Compaixão: entenda seu real significado

 

 

 

 

 

Há alguns bons motivos pelos quais os budistas usam os termos “bondade amorosa” e “compaixão”, e não um termo mais simples como “amor”. A palavra “amor” está tão ligada a reações mentais, emocionais e físicas associadas ao desejo que há algum perigo em associar esse aspecto da abertura da mente com o reforço da ilusão essencialmente dualista do “eu” e do “outro”: “Eu o amo” ou “Eu amo isto”. Há um sentido de dependência do objeto amado e uma ênfase no benefício pessoal de amar e ser amado. Sem dúvida, há exemplos de amor, como o vínculo entre um pai e um filho, que transcendem o benefício pessoal para incluir o desejo de beneficiar outra pessoa. A maioria dos pais provavelmente concordaria que o amor que sentem em relação aos filhos envolve mais sacrifício do que recompensas pessoais. Entretanto, em geral, os termos “bondade amorosa” e “compaixão” servem como “faróis vermelhos” lingüísticos. Eles nos fazem parar e pensar sobre o nosso relacionamento com os outros. Sob a perspectiva budista, a bondade amorosa é o desejo de que todos os seres sencientes — mesmo aqueles de quem não gostamos — vivenciem o mesmo senso de alegria e liberdade que nós mesmos desejamos sentir: um reconhecimento de que todos nós vivenciamos os mesmos tipos de desejos e necessidades; o desejo de viver nossas vidas em paz e sem medo da dor. Até uma formiga ou uma barata vivência os mesmos tipos de necessidades e medos que os humanos. Como seres sencientes, somos todos parecidos; somos todos relacionados. A bondade amorosa implica um tipo de desafio para desenvolver essa consciência de gentileza ou associação em um nível emocional, e até físico, em vez de permitir que o termo permaneça em um conceito intelectual.

contioutra.com - Compaixão: entenda seu real significado

A compaixão leva essa capacidade de considerar outro ser senciente como um igual ainda mais longe. Seu significado básico é “sentir com”, um reconhecimento de que o que você sente eu sinto. Tudo o que o prejudica me prejudica. Tudo o que o beneficia me beneficia. A compaixão, em termos budistas, é uma completa identificação com os outros e uma prontidão ativa para ajudá-los de qualquer maneira.

Encare a palavra em termos práticos. Se você mentir para alguém, por exemplo, quem você realmente prejudica? A si mesmo. Você precisa viver com o peso de se lembrar da mentira que contou, eliminar todos os rastros e talvez montar toda uma rede de novas mentiras para impedir que a mentira original seja descoberta. Ou suponha que você roube alguma coisa, mesmo algo tão sem valor quanto uma caneta, do seu escritório ou de outro lugar. Pense no número de grandes e pequenas ações envolvidas para esconder o que você fez. E, apesar de toda a energia gasta para encobrir sua ação, você quase inevitavelmente será pego. Não há como esconder cada detalhe. Assim, no final, o que você de fato fez foi despender muito tempo e esforço, que poderia ter sido direcionado para algo mais construtivo.

A compaixão é essencialmente o reconhecimento de que todos e tudo são um reflexo de todas as outras pessoas e todas as outras coisas. E com uma simples mudança de perspectiva, você pode não apenas alterar a própria experiência, mas também mudar o mundo.

“A única razão pela qual não abrimos nossos corações e mentes para outras pessoas é que eles provocam confusão em nós, e não nos sentimos corajosos o suficiente ou sãos o suficiente para lidar com eles. Na medida em que nós olhamos com clareza e compaixão para nós mesmos, nos sentimos confiantes e destemidos ao olhar nos olhos de outra pessoa. “~ Pema Chödrön

Nota da página:  Os trechos acima são a parte inicial do texto completo O DESPERTAR DA COMPAIXÃO. Para o maior aprofundamento no assunto, consultem o artigo de origem.

Você achou esse conteúdo relevante? Compartilhe!

Convido-os para um passeio poético pelas obras de Vik Muniz

Convido-os para um passeio poético pelas obras de Vik Muniz

Por Josie Conti

Vik Muniz (1961) é artista plástico brasileiro, conhecido, por usar componentes inusitados em suas obras.

É radicado em Nova York. Nascido em São Paulo com o nome de Vicente José de Oliveira Muniz, chegou a cursar Publicidade e Propaganda.

Em 1983, passou a viver em Nova York.

A partir de 1988, começou a desenvolver trabalhos que faziam uso da percepção e representação de imagens a partir de materiais como o açúcar, chocolate, catchup e outros como o gel para cabelo e lixo.

contioutra.com - Convido-os para um passeio poético pelas obras de Vik Muniz

Em 2010, foi produzido um documentário intitulado “Lixo Extraordinário”, sobre o trabalho de Vik Muniz com catadores de lixo de Duque de Caxias, cidade localizada na área metropolitana do Rio de Janeiro. A filmagem recebeu um prêmio no festival de Berlim na categoria Anistia Internacional e no Festival de Sundance.

Abaixo, caro leitor, convido-o para apreciar algumas de suas obras enquanto realiza um passeio poético.
contioutra.com - Convido-os para um passeio poético pelas obras de Vik Muniz

“Seu olhar parece mais um modo de escutar.”

Mia Couto

contioutra.com - Convido-os para um passeio poético pelas obras de Vik Muniz

As mães não são santas

As mães choram,
as mães não comem,
as mães não dormem,
mas não são santas.
As mães enganam a fome da gente.
As mães sentem dores, mas não contam,
as mães não são flores, não não
elas não murcham jamais.
As mães não lamentam,
as mães do morro, morre em vida
morre em vida as mães bantas.
Mãe não tem paz, mãe não tem paz!
A mãe do sertão, canta, jejua e canta.
As mães não são santas.
As mães têm suas sinas
mães judias, mães palestinas…
têm suas sinas.
Mãe menina da favela,
só tem pro filho, oração e vela.
Mãe do menino deus, mãe velha.
As mães só querem desinventar a guerra.
Mãe sozinha, mãe do que nem nasceu,
Mães que choram os filhos seus
as mães não são santas,
as mães são mesmo é deus.

Joilson Kariri

contioutra.com - Convido-os para um passeio poético pelas obras de Vik Muniz

“Nós lemos emoções nos rostos, lemos os sinais climáticos nas nuvens, lemos o chão, lemos o Mundo, lemos a Vida. Tudo pode ser página. Depende apenas da intenção de descoberta do nosso olhar.”

Mia Couto

contioutra.com - Convido-os para um passeio poético pelas obras de Vik Muniz

Descobrimento

Quando descobri o mundo
Ele estava desnudado e sujo.
Ressaqueado, ar de deboche,
Tentava esconder a nudez com as mãos.

Pois foi preciso redescobri-lo mil vezes
Para enxergar além do hostil.

Hoje, quero cobri-lo com colcha felpuda,
Colocá-lo em meu colo
E contar histórias de esperança
Para que possa adormecer seguro.

Nara Rúbia Ribeiro

contioutra.com - Convido-os para um passeio poético pelas obras de Vik Muniz

Não fosse a tua boca
água nua esperando um barco
e morreria eu de amar,
e morrerias tu sem mar.

Mia Couto

contioutra.com - Convido-os para um passeio poético pelas obras de Vik Muniz

“Quem experimenta a beleza está em comunhão com o sagrado.”

Rubem Alves

contioutra.com - Convido-os para um passeio poético pelas obras de Vik Muniz

“As pessoas não morrem, ficam encantadas.”

Guimarães Rosa

contioutra.com - Convido-os para um passeio poético pelas obras de Vik Muniz

 Aprendi que o artista não vê apenas. Ele tem visões. A visão vem acompanhada de loucuras, de coisinhas à toa, de fantasias, de peraltagens. Eu vejo pouco. Uso mais ter visões. Nas visões vêm as imagens, todas as transfigurações. O poeta humaniza as coisas, o tempo, o vento. As coisas, como estão no mundo, de tanto vê-las nos dão tédio. Temos que arrumar novos comportamentos para as coisas. E a visão nos socorre desse mesmal.

Manoel de Barros

O artista:

contioutra.com - Convido-os para um passeio poético pelas obras de Vik Muniz

“Meu sonho é mudar a forma elitista com a qual a arte é encarada. Não acredito na separação entre o popular e o inteligente, como se fossem coisas antagônicas.”

Vik Muniz  – Site oficial 

8 dicas para ajudar seu filho a lidar com emoções difíceis

8 dicas para ajudar seu filho a lidar com emoções difíceis

Por LEONY VANDEBELT

Como pais, pode ser muito difícil testemunhar nossos filhos durante suas primeiras experiências emocionais mais complexas. Ver os nossos filhos sentirem emoções intensas como tristeza, decepção e raiva pode nos impulsionar a “corrigi-los”, interferir ou a tentar evitar que eles passem por novas experiências como esta no futuro.

Bem, não importa o quanto o ambiente que nós fornecemos seja seguro e amoroso, os nossos filhos vão, em algum momento, ter a experiência da dor que não podemos controlar. Entretanto, há coisas que podemos fazer …

Aqui estão oito maneiras de ajudar seu filho a lidar produtivamente com os seus sentimentos para crescer como um adulto emocionalmente saudável:

1. Reconheça seus sentimentos

Para muitos de nós, ouvir nossas crianças chorarem, ou vê-las tendo uma explosão de raiva é muito difícil. Nós sentimos sua dor, mas também nos sentimentos desconfortáveis e só queremos fazê-las parar. Essa é uma reação muito compreensível.

No entanto, nossos filhos precisam expressar seus sentimentos. Eles precisam aprender que não há nada de errado em sentir e é isso o que importa.

Sentimentos que são expressos não ficam reprimidos e essa é uma grande lição para as crianças aprenderem desde cedo na vida. Esse contato com seus sentimentos também ajuda para que a criança aprenda a regular a intensidade deles. No futuro, elas serão mais capazes de fazer escolhas acertadas com relação ao que sentem.

2. Crie limites saudáveis.

Muitas “falhas emocionais” são um grito de socorro – e particularmente “um grito por limites saudáveis”. A maioria de nós está ciente de que nossas crianças são almas brilhantes que carregam grande sabedoria interior; sabemos que elas têm de viver suas próprias vidas. Por causa disso, podemos ficar tentados a pensar que temos que permitir que nossos filhos tenham plena liberdade o tempo todo, mas isso é um erro.

Embora nossas crianças tragam consigo uma incrível sabedoria da alma, elas ainda não são independentes de nós e precisam que nós lhes indiquemos caminhos seguros. Para as crianças, limites claros e saudáveis ​​são sinônimos de segurança. Os limites mostram que nós, como pais, vamos guiá-los nesse começo de vida com segurança. Quando os limites não são claros ou há demasiada permissividade ou mesmo inconsistência nas mensagens, os nossos filhos vão se comportam refletindo essa falta de parâmetro que é vital na infância.

3. Reconheça a importância da atenção.

Na maioria das vezes, as crianças exigem 100% de nossa atenção. Por quê? A atenção é uma necessidade básica de sobrevivência para as crianças. É por isso que, se a atenção não estiver presente de uma maneira saudável no contexto familiar, as crianças desenvolverão comportamentos que lhes permitam obter a atenção de qualquer maneira que puderem (mesmo que de maneira negativa).

Isso não significa que temos que estar fisicamente presentes durante o tempo todo. A necessidade depende muito da idade do seu filho e é diferente para cada criança. Agora, se você suspeita que o comportamento do seu filho tem a ver com a sua necessidade por mais atenção, certifique-se de agendar algum tempo para isso. Seu amor deve estar 100% presente e a atenção fornecida nos momentos corretos nutrirá o seu filho de forma inestimável.

4. Ajude o seu filho a relaxar e meditar.

Se o seu filho está chateado, ajude-o a relaxar limpando o campo energético que o circunda. Você pode fazer isso para o seu filho imaginando uma luz branca brilhante entrando em seu corpinho suavemente e o limpando de todo o mal estar. Você também pode orientar seu filho através de sua visualização. Se o seu filho tem idade suficiente e gosta de fazê-lo, você pode deixar que ele faça esse exercício como um joguinho ou com uma canção. É importante que ele perceba que pode se acalmar e voltar a se sentir bem depois de um momento difícil.

5. Sempre reserve tempo para que seus filhos brinquem livremente.

Seus filhos têm a necessidade de explorar e descobrir coisas novas. Essa é a maneira como as crianças aprendem e é também a sua forma de expressar a alegria de viver a vida.
Eles também precisam do próprio espaço e de tempo livre, sem distração de tv ou dispositivos eletrônicos, a fim de seguir o seu / sua própria curiosidade interior. Seus filhos precisam de liberdade para criar suas próprias brincadeiras e sonhar.

contioutra.com - 8 dicas para ajudar seu filho a lidar com emoções difíceis

6. Aproveite os poderes da água.

Explore o poder calmante de um bom banho, coloque seu filho na natação. A água é relaxante e acalma. Mais importante ainda, a água também ajudará seu filho a se sentir limpo e livre de energias excessivas.

7. Seja afetuoso.

Todos nós precisamos do toque físico. O toque ajudará seus filhos a se sentirem seguros e confortáveis em seus corpos. Abraços são cura . Dependendo da idade e preferências pessoais de seu filho, você pode tentar massagens ou mesmo apenas sentar-se de maneira aconchegante junto deles durante a leitura de um livro ou algo assim.

8. Tentem, como pais, manterem-se centrados, equilibrados e em crescimento pessoal.

Os nossos filhos têm os pais como espelhos. Se os pais transmitirem mensagens de equilíbrio ou mesmo de busca por equilíbrio, é isso que será captado pelos pequenos. Quando a criança está chateada, oriente-a a ter respirações profundas, acomode-a perto de você, sinta o seu coração, sua barriga…ajude-a a se equilibrar oferecendo a si mesmo (a) como referência.

Oferecer a seus filhos o seu próprio centro de equilíbrio tornará muito mais fácil a interação com eles. Experimentem e verão que eles responderão a isso.

Via Mind Body Green

Traduzido e adaptado por Josie Conti

Do original: 8 Tips To Help Your Child Cope With Tough Emotions

Você achou esse conteúdo relevante? Compartilhe!

Quando o reboco começa a cair…

Quando o reboco começa a cair…

Por Gustl Rosenkranz

Você passa toda sua vida acreditando em determinadas coisas, seguindo um determinado modelo, convicto de ser o caminho certo, conceitos e preconceitos vão se formando, você escolhe (ou alguém escolhe por você) uma religião, uma crença ou mesmo a falta dela, você absorve ideologias, torce por um time, define linhas, limites e regras, classificando tudo em sua volta em certo ou errado, bom ou ruim, sensato ou insensato, aceitável ou inaceitável e você traça seu próprio mundo, você desenha sua própria vida. E você está seguro de ter pessoas que dividem tudo isso com você, parentes, colegas, vizinhos, amigos reais e virtuais e muito mais gente por aí que faz parte de seu “time”, de sua vida, de seu mundo, gente desse ou daquele tipo, a depender do que você defende ou repudia.

Você vai colecionando e acumulando tudo isso durante sua vida inteira, interiorizando essas coisas, encarnando-as, acreditando ser isso tudo realmente seu, que tudo isso é realmente você. E você ainda “embala” tudo isso bonitinho, colocando rótulos e etiquetas, escrevendo na testa o que você representa e aquilo no que você acredita, apresentando-se ao mundo como uma pessoa “cheia de coisas” e com uma fachada perfeita. E você vive assim por muitos anos ou mesmo décadas, convicto, seguro, pois você foi definido ou mesmo se definiu, você sabe o que vale ou não a pena, quais pessoas são boas ou ruins, quem merece sua atenção e quem não….

Sua vida vai correndo, o tempo vai passando e certas convicções vão se cristalizando ainda mais, até que você um dia sabe: é nisso que realmente acredito!

Agora você imagine um casarão antigo, um sobrado, a casa mais bonita da rua. E imagine que essa casa seja você, ali, sólida, robusta, aquela casa que foi construída em muitos anos, com sua fachada maravilhosa, aquela fachada bem conservada por você ao longo de todo esse tempo. E você, orgulhoso da linda casa que é, gosta quando as pessoas param na frente para admirar aquela construção, aquela obra incomparável. Mas, um belo dia, você toma um susto, pois um caminhão pesado passa na rua, estremecendo tudo, fazendo a casa (você!) vibrar. E, de repente, sem que você jamais esperasse por isso, cai um pedaço grande do reboco, do seu reboco, destruindo parcialmente a fachada. Você reage, busca areia e cimento e conserta logo o defeito, pois você quer manter a fachada bonita para continuar a ser admirado pelos passantes. Mas não demora muito e o reboco cai em outro canto. Você conserta de novo, mas vão caindo outros pedaços e você se desespera, pois não consegue dar conta de tanto reboco caindo…

Um dia você para e procura entender o que está acontecendo. E você percebe então a causa do problema: a casa é antiga, a estrutura sofreu com o passar dos anos, sem que você cuidasse disso, mantendo somente a fachada bem tratada, arrumando o que se vê de fora, mas sem nunca questionar se o alicerce ainda segura toda aquela obra monumental. Sim, você foi construindo, colocando coisas, sem nunca verificar se a casa, depois de tanto tempo, ainda dá conta do peso acumulado. E a estrutura abalada não segura mais a casa e muito menos a fachada, fazendo com que o reboco caia e toda a construção balance.

contioutra.com - Quando o reboco começa a cair...
Foto: www.saopauloantiga.com.br

Não é assim também na vida?

O mesmo termina acontecendo com qualquer ser humano que passe a vida cuidando da fachada, de rótulos e etiquetas, sem cuidar realmente da estrutura, sem verificar se todo o alicerce de crenças, ideologias e convicções ainda sustentam o todo, sem adequar o peso à base que o segura, sem cuidar do que realmente é essencial. Podemos nos iludir, acreditando que tudo está bem enquanto a fachada segurar, mas também na vida passa mais cedo ou mais tarde um caminhão pesado, que faz tudo estremecer, derrubando o reboco e mostrando o que se encontra por trás dele: uma estrutura já há muito tempo fraca, abalada, insegura. Sim, esse caminhão pesado passa em nossas vidas de formas diversas:

É aquela decepção forte que vivemos com pessoas próximas, que acreditávamos que eram amigas, mas que de repente lhe mostram que nunca realmente valorizaram ou respeitaram você;

É aquele momento no qual você percebe que seu trabalho, que você já faz a anos seguidos, achando ser aquilo que você sempre quis fazer, na verdade nunca lhe satisfez, pelo contrário: lhe prendeu, lhe escravizou, roubando seu tempo, sugando sua energia, limitando seus sonhos, condicionando sua pessoa, transformando você numa espécie de robô, que age e reage com automação, com rotina, sem questionar, sem criar ou transformar nada verdadeiramente, sem auto-realização;

É aquele político, que você sempre apoiou durante suas campanhas eleitorais, por acreditar nele e em sua integridade, e que finalmente foi eleito, mas, ao invés de cumprir o que prometera, governa agora de forma antiética e corrupta, lhe decepcionando ou até lhe revoltando profundamente;

É aquela doença, que lhe tira do meio da vida, fazendo-lhe sofrer, freando suas atividades e obrigando-lhe a abrir mão de muitas coisas para você até então tão importantes. E é a experiência de sofrimento e muitas vezes de solidão e decepção, pois percebemos nesses momentos que aquelas certas pessoas, que acreditávamos que faziam parte de nosso mundo, nossos “grandes” amigos, até mesmo parentes, se afastam, fogem de nós por estarmos fracos, enfermos, por termos perdido a fachada bonita;

 

É aquela pessoa que de repente cruza seu caminho, chamando sua atenção, mexendo com suas emoções de uma forma profunda e extrema, sacudindo seus sentimentos, fazendo com que você questione seu relacionamento de muitos anos, balançando seu casamento ou namoro, fazendo com que você reflita sobre sua felicidade amorosa;

É aquela opinião aprendida ainda cedo, que você tanto defendeu como certa, mas que de repente parece perder a validade, pois alguma coisa lhe mostra que ela estava errada (pelos menos parcialmente) por todo esse tempo;

É aquela pessoa que você conheceu por acaso, sem nunca ter querido conhecer, já que ela faz parte de algum grupo social ou realidade que você sempre rejeitou e talvez até discriminou, mas que então lhe mostra que você estava enganado, que pessoas “desse tipo” não são necessariamente ruins e que seu preconceito foi injusto durante anos;

É aquela tomada repentina de consciência de que uma vida baseada em distração e consumo pode até ser mais leve e divertida, mas não traz real satisfação pessoal e muito menos felicidade;

É aquele momento no qual você parece ter acordado de um sonho e olha pra trás, acreditando que nada foi conquistado ou somente muito pouco, que também tomou decisões erradas na vida, que começou muitas coisas sem concluí-las, que o tempo passou e você deixou de realizar seus sonhos.

É aquele instante, quando sua consciência pesa subitamente, você sente remorso ou culpa, por algo que você fez ou deixou de fazer, por alguém que você deixou de perdoar ou pelo perdão que você deixou de pedir, por causa de algo que você deveria ter dito a alguém, mas que não pode mais dizer por ser tarde demais, sabendo que jamais terá uma nova oportunidade para isso. Um instante de tomada de consciência de que nos escondemos atrás da falta de tempo, deixando muitas coisas mal resolvidas e não cuidando do que é realmente importante.

A forma pode variar, mas é importante saber que esse “caminhão pesado” pode passar repentinamente na vida de qualquer um, na sua, na minha, na de todos, a qualquer momento. E sua casa irá estremecer, podendo cair reboco. Mas não se desespere se isso acontecer: veja isso como oportunidade de aprendizado, crescimento e mudança, como uma chance de parar para refletir, de questionar a carga carregada até então, suas crenças, seus conceitos, suas convicções, de rever a estrutura e de fazer uma reforma substancial daquilo que já há muito tempo não estava realmente dando mais certo. Na hora que passar o caminhão, aproveite essa chance de mudar e refazer sua vida, de se reestruturar e de sair de uma situação que não lhe faz feliz. Esqueça a aparência, ela vem automaticamente, é resultado do que está realmente dentro de você. Prefira cuidar da essência e você terá maiores chances de levar uma vida verdadeiramente plena e feliz. A vida é curta demais para ficar consertando reboco só para manter a fachada. 😉

“Quer ser amado? Alugue os seus ouvidos”- Rubem Alves

“Quer ser amado? Alugue os seus ouvidos”- Rubem Alves

Por Rubem Alves

A delícia dos livros está em que eles, repentinamente, nos abrem os olhos, e vemos então coisas que nunca havíamos visto. A diferença entre os textos científicos e os textos literários está em que, enquanto os textos científicos nos colocam diante de uma mesa metálica onde se dissecam os cadáveres, os textos literários nos colocam bem no centro da vida. Quando se lê literatura vive-se a vida de outras pessoas, em outros tempos, em outros lugares. Vidas que não existiram.

Acabei de ler O livro do riso e do esquecimento, de Milan Kundera. Uma simples frase me deu um choque: ” Nós escrevemos porque nossos filhos se desinteressaram de nós”. Sim, escrevemos porque somos seres solitários à procura de outros filhos. Ele conta a estória de uma jovem que trabalhava como garçonete num bar. Seu nome era Tamina.

Tamina “fica sentada no bar, num tamborete, e quase sempre há alguém que quer conversar com ela. Todo mundo gosta de Tamina. Porque ela sabe ouvir o que lhe contam. Mas será que ela ouve mesmo?  Ou não faz outra coisa senão olhar, muito atenta, muito calada? O que conta é que ela não interrompe a fala.

Você sabe o que acontece quando duas pessoas conversam? Uma fala e a outra lhe corta a palavra: “é exatamente como eu, eu...parece ser um eco aprovador, uma maneira de aprovar a reflexão do outro, mas é um engodo: na verdade é uma revolta brutal contra uma violência brutal, um esforço para libertar o nosso próprio ouvido do adversário. Pois toda a vida do homem entre seus semelhantes nada mais é do que um combate para se apossar do ouvido do outro. Todo o mistério da popularidade de Tamina é que ela não deseja falar sobre si mesma. Sem resistência, ela aceita os ocupantes do seu ouvido…”De repente, os diálogos comuns do dia a dia se me tornaram mais claros.

In: Ostra feliz não faz pérola, p. 85

Dica da Conti outra: Conheça o Instituto Rubem Alves e acompanhe seus projetos.

Dica de livro: Sete Vezes Rubem (Fruto do trabalho de uma década, esta obra reúne sete livros de Rubem Alves publicados pela Papirus entre 1996 e 2005.)

Vale a pena polemizar? – Flávio Gikovate

Vale a pena polemizar? – Flávio Gikovate

Algumas pessoas polemizam com o intuito de mostrar inteligência, erudição, como se travassem um duelo intelectual.

A verdadeira razão de um diálogo construtivo é se aproximar cada vez mais do que seja um ponto de vista consensual visando aprimorar o conhecimento.

Esse blog possui a autorização de Flávio Gikovate para reprodução desse material.

Para ver esse conteúdo em uma versão estendida, assista a PALESTRA.

Para mais informações sobre Flávio Gikovate
Site: www.flaviogikovate.com.br
Facebook: www.facebook.com/FGikovate
Twitter: www.twitter.com/flavio_gikovate
Livros: www.gikovatelojavirtual.com.br

Você achou esse achou esse conteúdo relevante? Compartilhe!

Inveja: melhores definições

Inveja: melhores definições

Por Josie Conti

“Ciúme é querer manter o que se tem, cobiça é querer o que não se tem, inveja é não querer que o outro tenha. E que prestem atenção, inveja é um vírus que se caracteriza pela ausência de sintomas aparentes. O ódio espuma, a preguiça se derrama, a gula engorda, a avareza acumula, a luxuria se oferece, o orgulho brilha, só a inveja se esconde. E que tomem cuidado, como adverte uma personagem desse livro, a emergente Vera Loyola, o verdadeiro amigo não é o que é solidário na desgraça, mas o que suporta o seu sucesso. Ou, como constatou outro personagem, o padre, a solidariedade na alegria é muito rara. Outra coisa, a inveja é como a serpente, seu símbolo, ataca de perto. Os personagens distantes isto é, os ídolos, despertam na verdade inveja boa, quer dizer, admiração. E que não se esqueçam, como dizia Nelson Rodrigues: “Há coisas  que o sujeito não confessa nem ao padre, nem ao psicanalista, nem ao médium depois de morto: uma delas certamente é a inveja. Portanto, preparem-se para participar de um jogo em que o importante não é o que se ganha, mas o que o outro perde.” Zuenir Ventura

O trecho transcrito acima marca a introdução do livro  “Mal Secreto- Inveja” do professor, jornalista e escritor Zuenir Ventura.

Abaixo, reflexões do psiquiatra Flávio Gikovate:

“Ninguém gosta muito de pensar que possa sentir inveja, muito menos de alguém que lhe seja bem próximo. Porém, a realidade nos ensina exatamente o inverso: o sentimento ocorre mais frequentemente entre os que têm convívio íntimo.

A inveja deriva da nossa tendência a nos compararmos: nos sentimos diminuídos, humilhados, quando alguém tem algo a mais que nós. Ela costuma ser mais intensa quando consideramos que o outro não deveria ter mais, pois é da mesma faixa etária, da mesma origem social…

contioutra.com - Inveja: melhores definições

Aquele que se sente por baixo, perdedor nessa disputa, experimenta uma mistura de sentimentos: antes de mais nada, sente-se humilhado, ou seja, ferido na vaidade (esse anseio que todos temos de nos destacar); ao se reconhecer por baixo, sente raiva, o que determina o surgimento de reações agressivas sutis ou frontais. Quase toda hostilidade gratuita deriva da inveja!

É sempre conveniente registrar que a inveja pode nos alcançar, a todos, em algum momento da vida. Aqueles que dizem nunca ter sentido inveja ou são mentirosos ou ainda não se viram numa posição de inferioridade suficientemente desagradável para que viessem a experimentar o desconforto.”

Fragmentos do texto “A Inveja nas Relações Íntimas”, de Flávio Gikovate

Creio que, o contato com materiais como esses  nos permite uma visão explícita do conceito e da função real desse sentimento que é inerente ao homem.

Boa parte da hipocrisia social reside na não admissão de sentimentos tidos como “menos nobres”. Identificá-los e reconhecê-los pode prevenir escolhas doentias e recorrentes em nossas vidas. Um estilo de vida mais coerente e equilibrado é reflexo da aceitação de nossas características mais limitadas. Sabendo-as parte de nós, seremos capazes de buscar estratégias mais honestas e eficazes para uma vida mais plena e menos ligada à comparações e exibicionismos desnecessários: ambos grandes alimentos para inveja.

Você achou esse conteúdo relevante? Compartilhe!

Conheça as clássicas mensagens de Natal da John Lewis- versão 2014.

Conheça as clássicas mensagens de Natal da John Lewis- versão 2014.

As mensagens de Natal da John Lewis já tornaram-se clássicas e são esperadas por sua qualidade e conteúdo sentimental.

Esse ano: uma celebração ao amor!

Conheça!

Você achou esse conteúdo relevante? Compartilhe!

25 coisas estressantes que você tolera mais do que devia (e você pode ter culpa nisso)

25 coisas estressantes que você tolera mais do que devia (e você pode ter culpa nisso)

Passar a vida tolerando coisas que não gostaríamos de tolerar é algo que descarrega nossas energias e torna impossível uma vida equilibrada.

Abaixo estão listadas algumas coisas que a maioria das pessoas tolera mais do que deveria:

1. Manter uma atitude negativa – Escolha ser infeliz e você encontrará um milhão de motivos para reclamar e fazer cara feia. Escolha ser feliz e encontrará um milhão de razões para sorrir.

2. Fazer parte de círculos de drama – Tente se manter afastado (a) de grupos que priorizam o julgamento e as fofocas. A vida é muito curta para ser gasta falando mal de pessoas e se metendo em problemas sem relevância.

3. Achar constantemente que você poderia ter sido mais gentil – O menor ato de bondade vale mais do que uma intenção grandiosa. Portanto, trate as pessoas direito. A bondade é um presente que qualquer um pode se dar ao luxo de praticar. Seja o doçura na vida amargurada de alguém, seja sempre gentil com as pessoas e com o que você sente e não precisará sentir culpa por não ter feito “o suficiente”.

4 Cultivar pensamentos autodepreciativos – Se você sente que os outros não estão te tratando com amor e respeito, verifique o seu valor. Talvez você inconscientemente transmita uma mensagem de que “Não é bom o suficiente”. Saiba que é você mesmo (a) quem diz aos outros sobre o seu próprio valor. Mostre-lhes que você está disposto (a) a aceitar o seu tempo e atenção. Se você não valorizar e respeitar a si mesmo (a), de todo o coração, ninguém mais o fará.

5. Viver o presente preocupado (a) com um passado doloroso – O primeiro passo para viver a vida que você quer é deixar para trás a vida que você não quer. Deixar de lado o passado é o primeiro passo para a felicidade. Pare de ser um prisioneiro de seu passado e torne-se o arquiteto do seu presente. Aprenda com seus erros, mas não passe a vida se martirizando por eles. Viva além de suas cicatrizes e concentre-se nas imensas possibilidades que aguardam a sua atenção imediata.

6. Estar sempre tão ocupado (a) e disperso (a) a ponto de não apreciar a doçura da vida – algumas vezes, lembrar-se da doçura da vida pode ser mais difícil do que se esquecer a dor. Há beleza em tudo; às vezes, você apenas tem de olhar um pouco mais para vê-la.

7. Basear-se em expectativas de perfeição – A vida nunca será perfeita, não importa o quanto você tente. Sempre existirão momentos de incerteza e dias em que nada dá certo.

8. Não se responsabilizar pelos próprios atos – Responsabilidade significa reconhecer que, independentemente do que aconteceu até esse ponto em sua vida, você é capaz de fazer escolhas para mudar sua situação ou para mudar a maneira de pensar sobre isso.

9. Ser obcecado (a) pelo controle – Lembre-se de que as únicas coisas que você pode verdadeiramente controlar são as escolhas que você tem frente a tudo o que acontecer ao seu redor.

10- Sentir-se culpado (a) por não ser capaz de fazer tudo – Sim, é saudável trabalhar diligentemente para atingir metas significativas, entretanto, não é saudável se repreender por não fazer mais do que você é capaz. Encontre o seu equilíbrio entre atividade e recuperação. Aprenda a relaxar quando você precisar de uma pausa.

11- Manter a ideia de que a felicidade só pode ser encontrada no futuro – Se você está sorrindo agora, você está fazendo certo. O futuro está nascendo a cada segundo em seus pensamentos e ações. Pare de esperar e comece a viver.

12. Não apreciar o que você tem quando “você tem” – Às vezes, a gente acaba traindo aos outros e a nós mesmos simplesmente por que nós prestamos mais atenção no que está faltando do que no que temos. Quando você começa algo pequeno, você quer mais. Quando você tem mais, você deseja ainda mais. Mas quando você perde tudo, você percebe que as pequenas coisas eram realmente as coisas mais importantes. Portanto, não vá à procura de algo melhor a cada segundo. Em vez de pensar sobre o que está perdendo o tempo todo, lembre-se mais vezes do que você tem.

13. Manter uma lista de preocupações muito maior do que uma lista de gratidão – O estresse prospera quando a sua lista de preocupações é maior do que a sua lista de gratidão. A felicidade prospera quando a sua lista de gratidão é maior do que a sua lista de preocupações. Então, encontre algo para ser grato.

14.  Manter-se resistente às mudanças – Experimente um milagre simplesmente mudando sua perspectiva.

15. Deixar que as situações que não deram certo definam quem você é – Às vezes, as transições da vida são a oportunidade perfeita para deixar para trás uma situação desagradável e abraçar algo melhor que está vindo em sua direção. Por favor, não deixe que circunstâncias incontroláveis ​​definam quem você é ou lhe forneçam uma desculpa para ser desagradável.

16. Deixar-se levar pelo condicionamento social – Saber quem você é, é uma coisa, mas realmente acreditar e viver como você acredita é outra. Com todo o condicionamento social em nossa sociedade, às vezes, esquecemo-nos de permanecer fieis a nós mesmos. Não se perca por aí. Você não pode atrair as pessoas certas em sua vida quando você está fingindo ser outra pessoa. Então, seja você mesmo, e se você não pode encontrar um grupo, cujos valores e consciência correspondem ao seu próprio, seja você a fonte inspiradora para os outros.

17. Concentrar-se em pessoas erradas – coisas erradas acontecem quando você confia e se preocupa com as pessoas erradas. Não deixe que pessoas que fazem tão pouco por você controlem seus sentimentos e emoções. Não dedique muito tempo às pessoas que raramente fazem o mesmo por você. Conheça o seu valor. Saiba a diferença entre o que você está recebendo a partir das pessoas e o que você merece. Algumas vezes é melhor deixar que algumas pessoas se afastem, em vez de permaneceram junto de você.

18. Ter comportamentos desonestos – Na vida e nos negócios, a nossa reputação é sempre mais importante do que o nosso próximo salário, e nossa integridade vale mais do que a nossa próxima emoção. Quem age de maneira desonesta vive uma vida de desconfiança e incerteza. Eles vivem em constante medo de que as pessoas que eles traíram também os enganem.

19. Cultivar raiva excessiva – O que o irrita, controla você. Lembre-se disso. Às vezes pensamos que o ódio é uma arma que ataca as pessoas de que não gostamos, mas o ódio é uma lâmina curvada, e os danos que fazemos, fazemos a nós mesmos.

20. Gastar argumentos com pessoas antagônicas – Não desperdice palavras com pessoas que merecem o seu silêncio. Às vezes, a coisa mais poderosa que você pode dizer é nada.

21- Guardar rancores e ressentimentos – Perdoe aos outros, não por que eles merecem perdão, mas por que você merece paz. Liberte-se do fardo de ser uma eterna vítima, e siga em frente com ou sem eles.

22. Conservar velhos hábitos que já se mostraram ineficientes – Só por que você sempre fez algo de uma mesma maneira, não significa que você tem de continuar a agir da mesma forma. Só por que você nunca fez algo, não significa que você não possa começar agora.

23. Persistir em uma realidade de desculpas – É melhor parar de inventar desculpas (para si e para os outros)  se você realmente não tem a intenção de fazer algo. Concentre-se no que você realmente fará.

24. manter uma rotina estagnada – Lembre-se de que a moeda mais importante na vida é a experiência. O dinheiro vem e vai, mas suas experiências ficam com você até o seu último suspiro. Portanto, não tenha medo de misturar as coisas e se desafiar com novas experiências de vida. Às vezes, uma pausa de sua rotina é a coisa de que você mais precisa.

25. Aprenda a somar, mas também a subtrair – Quando as coisas não estão somando em sua vida, comece a subtração. A vida fica mais fácil quando você aprende a excluir as coisas e as pessoas que a tornam difícil. Livrar-se de complexidades desnecessárias em sua vida para que você possa passar mais tempo com as pessoas que você ama e fazer mais das coisas que você realmente quer.

E lembre-se de que a vida é um processo de constantes mudanças, mas o crescimento é opcional. Então, escolha sabiamente. Pare de tolerar o que não deve ser tolerado.

Via Marc and Angel Hack Life

Traduzido e adaptado por Josie Conti

Do original: 27 Stressful Things You Tolerate Too Often

As portas estão abertas, só falta atravessar.

As portas estão abertas, só falta atravessar.

 Por Marcela Picanço

É realmente muito difícil a gente abrir os olhos e perceber que as portas estão todas abertas, escancaradas na nossa frente. A gente pode escolher qualquer uma, mas é muito difícil aceitar uma mudança brusca na vida. Eu não sei se percebi isso depois que mudei de cidade e vim parar sozinha na cidade maravilhosa, que parecia mais caótica do que bonita, nas primeiras semanas. Mas, hoje, consigo entender, de uma forma que eu não entendia antes, que, realmente, podemos escolher a vida que queremos. Não, não é fácil. Não é como optar por comprar um picolé de limão ou de chocolate, não é como optar por ir a uma festa ou ficar em casa.

Mudar significa chacoalhar as nossas certezas, com nossas ideias, e olhar tudo como se fosse novo. Já tive épocas em que eu amava a rotina, outras em que eu queria deixar tudo de lado e me jogar no mundo. Joguei-me. Sem a certeza de nada e com a expectativa de ser uma escritora e atriz foda, num lugar onde todo mundo quer a mesma coisa. Não vou dizer que foi tranquilo e que não passei por noites em claro, pensando no que eu fizera da minha vida, mas, na manhã seguinte, eu sentia o cheiro do mar e achava que não poderia estar em outro lugar. Meu lugar preferido é onde eu quero estar e agora me sinto muito mais aberta para as mudanças da vida.

Acho que, se eu tivesse que me mudar pra Bogotá, São Paulo ou Japão, eu não teria problema. (Tá, Bogotá talvez não). Já me mudei antes, já sei que no final dá certo. Já morei sozinha, já passei aperto, conheci gente chata e pessoas que atravessaram minha vida e me causaram um tsunami mental. Eu sempre gostei muito gente. Dos gostos, das opiniões, das histórias. Confesso que também tenho muita preguiça de gente com discurso raso, mas já parei para ouvi-las e eram pessoas com um coração enorme, apesar da cabeça pequena. É muito difícil não julgar e mais difícil ainda quando a gente julga e quebra a cara. Mas acho que viver é se surpreender e, para se surpreender, é preciso se dar chances. Para os outros e para você mesmo. Eu tento sempre me dar uma segunda chance.

Muitas vezes, para que haja mudança, é preciso que aconteça alguma coisa que nos tire da zona de conforto. Uma morte, término de relacionamento, uma briga ou uma demissão. E ,quando isso acontece, é muito mais difícil perceber que as outras portas ainda estão abertas. Parece que o mundo inteiro se fechou pra você. Só existe a sua janela aberta, olhando para as pessoas do prédio da frente, cheias de vidas, de expectativas com o futuro. Parece que o mundo acabou ali.

A gente vai voltando aos poucos, ou às vezes dá um estalo e a gente muda o rumo das coisas. Eu sempre gostei de mudar o rumo das coisas. Quantas coisas falei que nunca faria e fiz. Subir num palco e interpretar um personagem? Nossa, pensei que jamais faria isso. Eu tinha medo até de ler um parágrafo na sala de aula da escola. Tinha muito medo de mim. Até que eu resolvi ir testando essas portas que estão sempre abertas para a gente. Algumas deram certo, outras eu preferia não ter aberto. Mas eu nunca saberia, se eu não tivesse tentando.

Acho que dar errado é tão bom quanto dar certo, porque, no final, a gente sempre leva alguma coisa de bom. E, quanto mais portas abrimos, mais percebemos que existem outras portas abertas e outras se abrem como uma dimensão infinita. E como eu gosto desse frio na barriga, do medo da mudança, de saber que eu sou livre, completamente livre para ser o que e quem eu quiser. Sim, sim, eu sei que isso terá consequências. Mas, depois de abrir algumas portas por escolha sua, você passa a aceitar as consequências de forma mais branda. Os resultados serão um problema seu e de quem gosta muito de você, que vai encarar essas consequências também, sempre. (Ainda bem que essas pessoas existem). Sei que vão falar, um milhão de vezes: “Não! O que você está fazendo com a sua vida?” A única coisa que eu sei é que eu sei exatamente o que eu estou fazendo da minha vida. Eu estou vivendo. Porque eu não quero nunca achar que é tarde demais para abrir e atravessar outra porta.

Veja também: 12 coisas que somente pessoas que saíram de sua cidade natal entenderão.

contioutra.com - As portas estão abertas, só falta atravessar.
Na imagem, reprodução de cena do filme “Nárnia”, caracterizado por um guarda-roupas antigo que dava passagem para um mundo paralelo.

contioutra.com - As portas estão abertas, só falta atravessar.MARCELA PICANÇO: colunista CONTI outra

Atriz, roteirista, formada em comunicação social e autora do Blog De Repente dá Certo.
Pira em artes e tecnologia e acredita que as histórias são as coisas mais valiosas que temos.

Você achou esse conteúdo relevante? Compartilhe!

MANUAL DO INFINITO DO AGORA

MANUAL DO INFINITO DO AGORA

Por Nara Rúbia Ribeiro

O menino respira forte. Respira a largo, segurando a bolinha de gude na mão. Ele olha o alvo, e reza baixinho para não errar. Olha a bolinha delicadamente presa à ponta dos seus dedos, e… arremessa!

Viver é entregar-se a um arremesso certeiro desse menino: o Tempo. Submetidos à lei da gravidade e das gravosidades do mundo, a vida é o gozo desse breve infinito instante de voo. Pois o alvo do Tempo é a morte e ele não erra nunca.

Na trajetória, não há certezas, não há garantias. Há somente essa limitada liberdade de sonhar a asa, de vislumbrar a paisagem, de apreciar a viagem inventando, em nós, as nossas próprias e momentâneas metas: amar agora, trabalhar agora, perdoar agora, conhecer-se agora, iluminar-se agora, viver agora, ao agora entregar-se.

E ainda que o menino Tempo venha inventar outros arremessos, em vidas ainda não sabidas, o futuro, tal qual o passado, são meras projeções e não podem, nunca, ser maiores que o presente.

O menino Tempo sabe disso. Sabe que todo instante é uma versão da Eternidade esculpida em miniatura, pois não temos nos olhos o preparo para vislumbrar o infinito. E ele nos acompanha orgulhoso de si, na alegria do seu coração puro, infantil. Sabe que esse arremesso é sem preço.

5 elogios que podem fazer mal para seus filhos

5 elogios que podem fazer mal para seus filhos

Em uma postagem realizada no site Família, a jornalista Marcia Denardi abordou os aspectos negativos que os elogios podem ter nas relações familiares.

A palavra elogio, que originalmente nos remete a uma conotação positiva e relacionada a reconhecimento e incentivo, influenciando na estima e formação da personalidade das crianças, se usado de forma exagerada ou não verdadeira pode transmitir mensagens contrárias e que as crianças, embora você ache que não, percebem e sentem facilmente. A criança perceberá o que lhe é passado em todo contexto (tom de voz, expressão facial, assim como também pode perceber cobranças implícitas ou mesmo um excesso de vaidade dos pais). Crianças são especialmente sensíveis as palavras “não ditas” também!

Transcrevo abaixo os 5 elogios que, se mal usados, podem fazer mal a seus filhos.

1. “Você é a criança mais linda que existe”

Não importa qual rótulo você vai empregar para elogiar a criança, pode ser ‘linda’, ‘inteligente’ ou ‘melhor’. De qualquer modo, quando você diz que seu filho é mais do que os outros, além de acreditar de fato que é, a criança vai se sentir na obrigação de superar os outros sempre, e vai passar a vida disputando. Pessoas assim normalmente são arrogantes. E se aparecer outra pessoa considerada ‘mais’ do que ela, ou simplesmente for elogiada na sua frente, a frustração vai bater de frente, assim como a inveja.

2. “Parabéns, parabéns e parabéns”

A palavra está escrita três vezes porque está conotando o excesso. Ou seja, muitas vezes os pais dizem parabéns por qualquer coisa que o filho tenha feito. A criança provavelmente vai crescer esperando que seu trabalho e suas realizações sejam sempre ser reconhecidos. Quando não forem, pode surgir desânimo e revolta com as pessoas.

3. Elogios artificiais

Muitos pais elogiam as crianças por algo que tenha feito, mas nem sabem direito do que se trata. Por exemplo: a criança vem com um desenho, e os pais ocupados com outras coisas, dizem “lindo”, mas na verdade nem olharam para o desenho. A criança não é boba. Ela percebe quando o elogio não é de coração.

4. Elogios mal intencionados

Outra tática comumente usada pelos pais é embutir uma cobrança no elogio. Por exemplo: “você é uma menina tão querida, então não brigue com seu irmão”. Elogios como esses, na verdade, manipulam a criança, que se sente na obrigação de fazer o que os pais ordenam. Os elogios devem ser espontâneos.

5. “Você é muito inteligente”

O problema desse elogio não está no elogio em si, mas sim no rótulo. Quando você elogia demais a pessoa por ser inteligente, por exemplo, ela pode subentender que jamais poderá fracassar, então não vai tentar fazer nada muito além de suas capacidades, para não correr o risco de as pessoas acharem que, afinal, ela não é tão inteligente assim. O correto seria elogiar o esforço da pessoa naquele momento, por exemplo: “Nossa! Como você se esforçou para essa prova. Parabéns!”.

Especialistas apontam que muitos pais elogiam com a intenção subliminar e indireta de fazer cobranças aos filhos. Outros, com o intuito de elevar a auto-estima, jogam a criança lá em cima, despejando excesso de adjetivos. Corrija suas atitudes e contribua para a formação de um adulto equilibrado.

Nota da CONTIoutra: Como devem ter percebido, o problema enfatizado no artigo não é o elogio em si e sim a maneira como ele pode ser utilizado. Bom senso sempre será a melhor medida. Todas as frases descritas acima não são negativas, desde que usadas de maneira sincera e nos contextos corretos.

Viajante do vento

Viajante do vento

Viajante do vento

Pudera ser
Viajante do vento
Para fazer das veredas incertas
Um céu de estrada
Aprazível de caminhar.

contioutra.com - Viajante do vento
Fotografia Harris Rinaldi

Quisera na verdade
Ser o próprio vento –
Desejo pacóvio dirão
Os ajuizados sensatos
De pés no chão.
Direi, remansado
pela brisa acolhedora,
ser presente lisonjeiro
Mas não sendo afortunado
Pudera ser passageiro.
Viveria em bando
Como as gaivotas
E com elas, no mundo,
Daria mais de oitenta voltas.

Criança agraciada:
Bolinha de sabão
Aviãozinho de papel

[quote_box_right]”Se perguntarem por mim doravante
Diga sem peleja
“Tornou-se andante”
De pés no chão
No chão do céu
Pois aonde não me encontro
O vento sopra e me acha
Sopra forte –
Somente o vento forte
Põe a voar.”

Felipe Costa

[/quote_box_right]
Pipa empinada
Cabeça ao léu.

Padeço.
O vento, pérvio,
Agora obriga a parada:
Pés no chão,
Ajuizado tacanho,
Esperando a lufada.

Liberdade
Cor-de-nuvem,
Nuvem
Que faz morada no vento
E vive sempre em movimento.

Se perguntarem por mim doravante
Diga sem peleja
“Tornou-se andante”
De pés no chão
No chão do céu
Pois aonde não me encontro
O vento sopra e me acha
Sopra forte –
Somente o vento forte
Põe a voar.

Autor: Felipe Costa

Felipe Costa no Facebook

Isso é poesia! Compartilhe!

A diferença entre a expectativa e a esperança

A diferença entre a expectativa e a esperança

Uma reflexão

“Eu diria, na minha visão precária e poética do mundo, que a expectativa é a ânsia angustiada pela ocorrência de algo. Enquanto a esperança é constatar, grato ao universo, a possibilidade de que algo venha a ocorrer.”

Nara Rúbia Ribeiro

contioutra.com - A diferença entre a expectativa e a esperança

INDICADOS