Grandes pensamentos da Psicologia: seleção ilustrada

Grandes pensamentos da Psicologia: seleção ilustrada

Por Josie Conti

Para quem conhece o Trabalho da CONTI outra no Facebook e no site, não é novidade que as temáticas trabalhadas passeiam pelos campos da arte, do comportamento humano e da literatura. Não há nenhum compromisso com excesso de cientificidade ou com nenhuma profissão em específico.  O objetivo do trabalho é o convite à reflexão, à contemplação e ao sentimento.

Assim, segue a seleção de reflexões abaixo. Estão destacados pensamentos de grandes autores da Psicologia. A seleção é pessoal e não priorizou ou excluiu nenhuma escola voluntariamente, embora certamente deva ter excluído, uma vez que o número de frases é restrito.

Façam um bom passeio!

 “Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais; somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos, sem querer”

Sigmund Freud

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“Eu faço as minhas coisas e você faz as suas.
Eu não estou neste mundo para satisfazer as suas expectativas.
E você não está neste mundo para satisfazer as minhas.
Você é você, e eu sou eu.
E, se por acaso, nós nos encontrarmos, será ótimo.
Se não, nada se pode fazer.”

Frederick Perls

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by Nom Kinnear-King

“Conheça todas as teorias,domine todas as técnicas,mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana” 

Carl Gustav Jung

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Art by ZsaZsa Bellagio

“Se algum desejo seu não for atendido, não se surpreenda. Nós chamamos isso de vida.”

Anna Freud

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“Você pode saber o que disse, mas nunca o que outro escutou” 

Jacques Lacan

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“Os principais problemas enfrentados hoje pelo do mundo só poderão ser resolvidos se melhorarmos nossa compreensão do comportamento humano” 

B. F.Skinner

 

 

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Art by Christian Schloe

 “Não podemos mudar, não podemos nos afastar do que somos, enquanto não aceitarmos profundamente o que somos”

Carl Rogers

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“Se nossos pensamentos forem limpos e claros, estaremos melhor preparados para alcançar nossos objetivos.”

Aaron Beck

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“Eu queria provar que os seres humanos são capazes de algo maior do que guerras, o preconceito e o ódio. Eu queria fazer ciência considerar todos os problemas que os cientistas não conseguiram: a religião, a poesia, valores, filosofia, arte. Eu continuei com eles tentando entender as pessoas grandes, os melhores exemplares da humanidade que pude encontrar”

Abraham Maslow

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Catrin Welz-Stein

“Não considere nenhuma prática como imutável. Mude e esteja pronto a mudar novamente. Não aceite verdade eterna. Experimente.”

Skinner

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Art by Erin Case

O fato da consciência humana permanecer parcialmente infantil por toda a vida é o âmago da tragédia humana.”

Erik Erikson

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Art by Alessa Lannetti

“O desejo é a essência da realidade. “

Jacques Lacan

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Le gardien by Sophie Wilkins

 “Nasceu gente é inteligente”

Jean Piaget

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Art by Erin Mcguire

“A criança joga (brinca), para expressar agressão, adquirir experiência, controlar ansiedades, estabelecer contatos sociais como integração da personalidade e por prazer.”

Winnicott

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Catrin Welz-Stein

Eu sou Charlie, mas não muito

Eu sou Charlie, mas não muito

Por Nara Rúbia Ribeiro

Toda e qualquer violência praticada contra um ser humano é um ato reprovável. Mas não é só o corpo que se pode violentar. Afinal, o homem não é só a matéria corpórea que veste. É o infinito de suas abstrações. Assim, podemos violentar o pensamento do outro. A vontade do outro. A sua liberdade. A sua fé. Por isso, digo acerca do atentado terrorista que ceifou a vida dos colunistas da Revista Charlie Hebdo, na França, primeiro que sou Charlie, posto que qualquer violência praticada contra um humano é uma violência a toda a Humanidade. Mas observando o comportamento editorial da Revista vitimada, afirmo: Eu sou Chalie, mas não muito.

É preciso, no exercício da alteridade, se colocar também no lugar de pessoas de diversos credos que se ofendiam cotidianamente com charges grotescas dessa revista. Não há democracia sem liberdade de expressão, mas nunca devemos nos esquecer de que nossas expressões são livres para edificar e consolar, informar e instruir. As asas dessa liberdade têm espaço delimitado de voo, pois várias outras liberdades devem com ela conviver, harmonicamente. Incluindo, aqui, a liberdade religiosa.

O que a Charlie promoveu, durante anos, foi uma discriminação mascarada de humor. Foi o achincalhamento, a zombaria, a desonra de povos inteiros e de seus valores.

Vindos, em sua grande maioria, das ex colônias francesas, mais de 6 milhões de muçulmanos residem na França. Estes sempre foram inseridos na sociedade francesas como se fossem de “uma segunda classe”: pobres, vítimas de preconceitos, hostilizados por sua crença. Mas, como tudo pode piorar, a Revista Charlie

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O Alcorão é uma merda – Isto não para as balas

tratou de cuidar disso. Criando dezenas de charges ofensivas contra o Islã, a Charlie acentuou o preconceito e ainda profanou preceitos sagrados daquela religião. O povo islâmico era sempre retratado como idiotas armados em prontidão para matar e explodir, e Maomé, que para essa crença não pode ser de modo algum retratado, era objeto de escárnio, em charges de extremado mau gosto.

Penso que os homens, por conveniência, só sabem individualizar o humano quando se esquece do coletivo, na busca do que é seu. Quando se trata do outro, nós o massificamos. Pertencem a categorias rotuladas, e, para a Revista vitimada, esses rótulos eram escritos em letras garrafais, com tinta luminosa. Para eles, judeus, cristãos, muçulmanos, o exercício dessas crenças, é algo que faz o crente um humano menor, indigno de respeito.

Em todos os credos, em todas as religiões, há pessoas de diferentes níveis de evolução moral, mental e espiritual. Nivelar a todos, é falta de inteligência do avaliador. Nivelar ao patamar do mais raso dos indivíduos, é vilania. Não raro, era esse o trabalho da Charlie.

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Pai, Filho e Espírito Santo.

Ainda me lembro do quanto me entristeceu ver uma charge dessa Revista onde a trindade católica era retratada na prática de uma orgia, quando, em ato sexual, os seus três elementos se penetravam. Entristece-me essa maldade de querer destruir algo que, para dado povo, é santo e perfeito. A que serve isso?

Sempre digo que tolero quase tudo. Só me falta aprender a tolerar sem dor o convívio com os intolerantes. Eles existem em todas as crenças, mas não se restringem a elas.  Intolerantes são também aqueles que, intelectualizados, se acham acima de dogmas e preceitos alheios, mas que querem impor a sua própria visão de mundo, não raro, pela força, criando, assim, o seu próprio séquito.

 O que fizemos aqui foi um exercício que, para os criminalistas, é chamado de vitimologia. Analisando o comportamento da vítima e as suas implicações para a ocorrência do fato criminoso. Isso, contudo, não isenta o algoz de sua culpa. O terrorismo é uma das mazelas mais profundas do mundo. Coloca em xeque os bens mais valiosos da sociedade e, não raro, os seus agentes o fazem em nome de Deus

Por tudo isso eu sou Charlie, posto que qualquer violência praticada contra um humano também me fere. Mas também sou as milhares de pessoas a quem a Revista ofendeu, prejudicou, humilhou e fez acentuar o preconceito que já sofriam. E sabedora de que ainda teremos desdobramentos desse triste incidente, espero que aprendamos a lição de respeitar a vida de cada indivíduo, em sua ímpar dimensão existencial, e que as liberdades tenham asas, mas que voem sem zombarias, sem humilhações, e sem rótulos.

Para complementar o raciocínio do texto acima, “Somos os infernos dos outros?” – Leandro Karnal

Nara Rúbia Ribeiro: colunista CONTI outra

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Escritora, advogada e professora universitária.
Administradora da página oficial do escritor moçambicano Mia Couto.
No Facebook: Escritos de Nara Rúbia Ribeiro
Mia Couto oficial

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Aquebrantando padrões: desavenças

Aquebrantando padrões: desavenças

Por Tatiana Nicz

“Mariana é viciada em repetições. Precisa viver e reviver sempre as mesmas frustrações porque, assim, sente-se segura. Dessa maneira, ela acha, outras frustrações não viverá. As mesmas, ela já tira de letra, acostumada.”
Aritmética – Fernanda Young

Sabemos que crianças aprendem através de exemplos, esses dias vi uma propaganda bem forte do Governo Australiano que mostra crianças imitando os adultos, xingando, fumando, bebendo, brigando. Isso ficou mais claro para mim quando vi uma criança de 3 anos xingando, fiquei surpresa, mas fez sentido quando lembrei da propaganda, muita gente usa xingamentos como se fosse algo banal, então é compreensível ver crianças tão pequenas falando algo tão ofensivo quando estão com raiva, porque raiva todo mundo tem, para elas deve ser qualquer coisa que se fala quando se está com raiva.

Automaticamente nós repetimos outros que repetiram outros que repetiram outros – e aqui não colocarei culpa apenas nos pais, todos nós na sociedade temos responsabilidade. Não sei exatamente quando isso começou, mas me baseando pela Bíblia, acho que já faz um “tempinho”. Enfim, o ponto é: se a gente não fizer algo com consciência, tendemos a repetir padrões. E o problema é que na raiva, não há consciência.

[Aparte:
Quando levantamos o tom de voz ou falamos de maneira agressiva com alguém é porque estamos com raiva, sim sei, isso é bem óbvio. Mas uma teoria da neurologia diz que a raiva é também acessada na parte basal do cérebro – o reptiliano (ver teoria do cérebro trino) – então quando estamos com raiva ou nos sentimos ameaçados somos incapazes de pensar e agir de maneira racional. Sendo assim, em uma discussão quente não existe racionalidade, o que existe são palavras que machucam e raiva, muita raiva. E isso nos impossibilita de dialogar ou de se conciliar (pelo menos naquele momento). Fora os níveis de estresse que isso causa: quando estamos estressados o cérebro manda sinal para o corpo de que estamos em perigo, quando estamos em estado de alerta as glândulas supra-renais produzem um hormônio chamado cortisol, o cortisol faz o corpo diminuir a queima calórica para poupar energia, não quero me estender em detalhes técnicos, mas na prática é bem simples, cortisol deixa o metabolismo lento, ou melhor, engorda. Viver com raiva deve causar muito mais danos à nossa saúde, mas vocês entenderam o ponto, então vou me ater apenas à essa palavra mesmo que já serve para assustar muito gente: engorda. Ou seja, além de não conseguir resolver algo, porque com raiva ninguém consegue pensar, tem esse pequeno bônus que é engordar.
Fim do aparte]

Eu cresci em um lar aparentemente normal, tinha pai e mãe, mas eles brigavam, até que se separaram e (para não perder o costume de pais que se separam) brigaram mais um pouco. Tinha irmão e irmã, mas a gente brigava. E contaram para nós que era normal o casal brigar, que era normal irmão brigar. Como em muitas outras casas isso também acontecia, parecia que era normal mesmo. Fazia sentido que desavenças sejam normais entre pessoas que dividem o mesmo teto, mas não tinha tanta certeza em qual nível e frequência deveria ser considerado “normal”, afinal qual é o limite de “normal”? Ou melhor, normal não sei se existe, mas então do saudável? Lembro que sentia raiva, muita raiva e já naquela época não fazia sentido que isso deveria ser tão normal/saudável assim.

Vi que talvez não fosse, quando uma amiga foi me visitar. Acho que não nos damos conta que estamos acostumados com algo que não nos faz bem até vermos a cara de espanto de outra pessoa, foi assim naquele dia, minha irmã e eu começamos a discutir e quando vi a menina estava assustada dizendo que queria ir embora. Eu entendi a razão de sua surpresa depois que conheci a família dela: acolhedora, harmoniosa e sorridente. Pessoas para lá de especiais que gosto muito. E hoje, tantos anos depois, finalmente entendi sua reação: tudo é questão de costume, mas a gente também se acostuma com as coisas que não fazem bem e passa a achar “normal”, realmente, para quem não está acostumado e para qualquer ser, brigar não é legal. Pelo menos eu não gosto. Então é uma pena mesmo que nos acostumamos.

E tão ruim quanto brigar é ver os outros brigando. E o problema é que quando estamos com raiva é difícil ponderar, respirar, entender que devemos poupar os espectadores, olha, tem que treinar muito para conseguir isso. É o que eu pretendo. Porque ninguém briga sozinho, existe na briga um processo de retro-alimentação. E tem um agravante no padrão de repetição, se você se acostuma com o caos, é só nele que você vai aprender a viver. Como brigava com meus irmãos, acho que desenvolvi habilidades para viver no caos que não tinha em tempos de harmonia, fases de harmonia me entediavam, então inconscientemente passei a reproduzir situações caóticas e dramáticas na minha vida para me sentir à vontade.

Até que um dia o drama de verdade, aqueles de filmes que a gente se mata de chorar, do tipo que vem em turbilhão e muda tua vida de cabeça para baixo, alheio à sua vontade e escolhas, então esse tipo, bateu na porta. Quando isso acontece a única alternativa para você continuar a viver bem é justamente não dramatizar. Então que eu finalmente aprendi a mudar o canal. Mas também não estou sozinha nisso, tem muita gente acostumada com o caos e o drama, tem muita gente reconstruindo esse ambiente à sua volta. Parece que as pessoas estão em geral mais adaptadas ao caos do que à paz. Vivemos em estado de alerta e por muito pouco ou quase nada brigamos. Talvez isso também está contribuindo para deixar a população mundial mais pesada – em todos os sentidos.

Como eu acredito que toda mudança é possível, mas para isso temos que querer, não com pouco trabalho estou aprendendo a aquebrantar esses padrões, para isso resolvi seguir alguns passos:

1) aprenda a se relacionar em paz com você mesmo, seja gentil com deus defeitos e fragilidades e pare de se punir tanto; lembre-se que você também precisa ser uma boa companhia para você mesmo e para os outros;
2) aprenda a se proteger, livre-se de ambientes e relacionamentos com pessoas que vivem nesse padrão, nesse ano que passou me afastei de muitas pessoas, mesmo de pessoas que eu amava, para o bem de ambas as partes, porque juntos criamos certo padrão;
3) tenha filtro, escolha conscientemente relacionamentos e círculos de amizade mais harmoniosos;
4) aprenda a respirar e ter calma na hora de uma discussão, a escolher melhor as palavras quando as palavras do outro começam a doer. (é nessa parte que não cheguei, ou melhor cheguei, mas ainda não consegui dominá-la).

E a solução está no costume: temos que nos acostumar também com o fato de que podemos sintonizar outro canal e viver em harmonia e, igual minha amiga lá em cima, realmente quanto menos caos você tem em sua vida, mais sensível à ele você fica. Hoje o caos tem me incomodado muito mais. Um palavrão ou xingamento para mim tem sentido e muita força, não é apenas uma palavra torta no meio da raiva. Talvez mais alguns anos de treino me ajudem a chegar no número 5 como diz a Bíblia: “Não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te dá na face direita, volta-lhe também a outra;”.

Então mãos à obra, tem muito trabalho pela frente! Em tempo: para 2015 anotado, leveza de ser, ou seja, mais amor e menos “guerra”.

AS FÉRIAS DA BABÁ

AS FÉRIAS DA BABÁ

Por Gustl Rosenkranz

Se tem uma coisa que não gosto é o cinismo com o qual muita gente tenta se isentar da sua responsabilidade social. Vejo ricos, novos ricos e gente de classe média continuando a praticar um regime de quase escravidão, tratando empregados (principalmente os domésticos) como se fossem pessoas de segunda categoria, sem direitos e, pior ainda, sem dignidade humana. Se alguém duvida de que essa mentalidade primitiva é herança dos colonizadores portugueses, que vá a Portugal e veja de perto como até hoje os criados são tratados por lá.

Sim, me incomoda o cinismo, que vivi mais uma vez bem de perto em uma das minhas estadias em Salvador. Fiquei hospedado num hotel em Itapuã. Como não era verão e o carnaval estava muito longe, encontravam-se entre os hóspedes poucos estrangeiros, prevalecendo o turista brasileiro, de classe média alta. Lá também estava uma família do Sudeste do país: pai, mãe, avó e quatro crianças mal-educadas, que corriam e gritavam todos os dias às sete da manhã nos corredores do hotel, acordando a todos, ao ponto de eu um dia levantar mal-humorado, refletindo sobre canibalismo e desejando que Herodes passasse por ali. É claro que essa família havia trazido uma babá, que durante todo o tempo tinha que ficar correndo atrás das crianças, cuidando, tentando educar, desesperando-se. Observei por dias seguidos tal família, ficando horrorizado com a forma como lidavam com a criada, a serviçal, a semi-escrava. Os pais (e também a avó) queriam descansar, o que é compreensivo, pois para isso foram à Bahia. Portanto, as crianças eram encaminhadas para a babá, sempre que queriam algo. Eles nem mesmo respeitavam o direito da babá de ter alguns minutos para comer em paz. Como os encontrava diariamente no café da manhã, vi que a coitada nunca podia tomar o seu desjejum sossegada, sendo constantemente interrompida pelos pais, pelas próprias crianças ou pela vovó preguiçosa, que era incapaz de ir pessoalmente ao quarto buscar algo que ela mesma por negligência havia esquecido. A babá tinha que largar o café na mesa e correr para atender os desejos do senhorio. À noite, o casal saía, a vovó ficava de bate-papo furado na recepção e a empregada, que dormia no mesmo quarto que os quatro monstros em miniatura, cuidava de todo o resto.

Certo dia, fiquei mais tempo sentado no restaurante do hotel, após o café da manhã, assistindo um programa na televisão, que me impressionou pela superficialidade. As pessoas foram-se aos poucos, ficando somente eu, a matriarca, as crianças e naturalmente a babá. Como essa última cuidava dos traquinas, a mãe sentiu-se com certeza entediada, começando uma conversa comigo. Desviei minha atenção do programa de televisão para a senhora, esperançoso de que o conteúdo de tal diálogo seria melhor do que aquele apresentado pela loira televisiva com o seu papagaio sintético esquisito. Infelizmente fui decepcionado, escutando um monte de abobrinhas, presenciando uma ignorância social (e geográfica, pois ela achava que o Ceará teria fronteira com a Bahia) que me meteu medo. A mulher falava mal dos funcionários do hotel (todos preguiçosos e pouco profissionais), da Bahia (que achava um lugar sujo e bagunçado), dos baianos (um povo burro e lento) e de tudo aquilo que não cabia no seu pequeno universo de madame brasileira. Críticas compreensíveis até certo ponto, já que a prestação de serviços na Bahia é algo que realmente deixa muito a desejar, mas incompreensíveis devido ao tom de arrogância com o qual essas palavras foram ditas. A certo ponto, ela parou de criticar os outros, passando a elogiar a si mesma, indo ao cúmulo do cinismo quando disse o quanto ela (como patroa) era uma pessoa boa, tão boa que estava pagando as férias da babá em Salvador.

OPPS, PERAÍ! FÉRIAS OU TRABALHO?

Fiquei abismado com o que ouvi e ousei-me questionar se as “férias” da babá não seriam na verdade trabalho, mais exatamente um plantão de 24 horas por dia e 7 dias por semana, mas mulher não entendeu (ou não quis entender), apontando para a criada e sugerindo que ela estava muito feliz. Olhei para a babá e vi como a pobre coitada estava “feliz”, catando miolo de pão do chão, que duas meninas capetas continuavam a jogar para cima, sem que ninguém percebesse a indignidade da situação.

Despedi-me e fui embora sem mais comentários, pois tive medo de perder a diplomacia e terminar “rodando a baiana”, dando a ela motivos para supor que o baiano, além de “preguiçoso, lento e burro”, seria também grosso.

E os poetas? O que eles falam de Deus?

E os poetas? O que eles falam de Deus?

Por Nara Rúbia Ribeiro

Cada um dá ao seu Deus os contornos da própria inteligência, o perfil da própria sensibilidade. As religiões tentam, mas nenhuma conseguiu, até hoje, padronizar, a contento, a opiniões e sentimentos de seus seguidores com respeito à divindade.

Aqui, a visão de Deus, sob o olhar de diversos poetas.

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PARÂMETRO

Deus é mais belo que eu.
E não é jovem.
Isto sim, é consolo.

Adélia Prado

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DEUS, SEJA QUAL FOR

E quando foi Deus,
foi um deus vencido
de minúscula letra escrito.
E entregou, desvalido,
o sonho ainda mal nascido
e já pela realidade roído.
Deu-se Deus por desistido
ante Universo e Humanidade
e, ainda tenra a eternidade,
contra a lança do Tempo
se trespassou.
Deus,
o que for meu,
será ateu e plebeu,
sem ter o que seja seu.

Mia Couto
No livro “Vagas e Lumes”

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CAFÉ DA MANHÃ

Deus não habita este lar
Este ar
Esta xícara de café frio
Ao redor da mesa, a família,
com dentes cariados e mãos duras
toma o café da manhã
Mastigam e engolem, famintos,
e falam dos trabalhos do dia
Embaixo da mesa, o gato
pedincha
pão e algum carinho.

Paulo Becker

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© Marc Meijlaers

DEUS TRISTE

Deus é triste.

Domingo descobri que Deus é triste
pela semana afora e além do tempo.

A solidão de Deus é incomparável.
Deus não está diante de Deus.
Está sempre em si mesmo e cobre tudo
tristinfinitamente.

A tristeza de Deus é como Deus: eterna.

Deus criou triste.
Outra fonte não tem a tristeza do homem.

Carlos Drummond de Andrade

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Deus disse: Vou ajeitar a você um dom:
Vou pertencer você para uma árvore.
E pertenceu-me.

Manoel de Barros

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Jardim de Portland, localizado no parque de Washington, em Oregon, EUA

DEUS CRIANÇA

Eu quero um deus criança
Que solte pipa,
Suba em árvores e brinque com cata-ventos.
Um deus com a beleza das nascentes límpidas,
Imaculadas de honraria e glória.
Um deus que só amenidades minta,
Que não se esvaísse nos céus
E não nos culpasse tanto.
Quero um deus que chore com dor de dente,
Um deus de carne e osso e que tudo sinta,
E que compreenda
Que só queremos ser felizes,
Por mais que as cicatrizes nos façam descrer.
Quero mesmo é um deus criança que goste de dança
Cante cantigas de roda, aprecie as de ninar
E que ainda não saiba ler ou escrever.
Um deus que desobedecesse a gravidade de si mesmo
E se deixasse escorregar a esmo
Pelas águas que fez nascer.
Quero um deus criança
Que queira por demais o meu colo
Assim como almejo
O cintilar dos seus olhos.

Nara Rúbia Ribeiro

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Árvore modificada brilhantemente pelos ventos da Nova Zelândia

ARTE DE AMAR

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

Manoel Bandeira

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The Dark Hedges, Irlanda do Norte

O que é Deus ninguém o entende,
que a tanto o engenho humano
não se estende

Camões

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Flamboyant, no Brasil

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.

Fernando Pessoa

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Carvalho da ilha de John, na Carolina do Sul

FALAI DE DEUS COM A CLAREZA

Falai de Deus com a clareza
da verdade e da certeza:
com um poder

de corpo e alma que não possa
ninguém, à passagem vossa,
não O entender.

Falai de Deus brandamente,
que o mundo se pôs dolente,
tão sem leis.

Falai de Deus com doçura,
que é difícil ser criatura:
bem o sabeis.

Falai de Deus de tal modo
que por Ele o mundo todo
tenha amor

à vida e à morte, e, de vê-Lo,
O escolha como modelo superior.

Com voz, pensamentos e atos
representai tão exatos
os reinos seus

que todos vão livremente
para esse encontro excelente.
Falai de Deus.

Cecília Meireles

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Glicínia no Japão

Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito…
Onde estás, Senhor Deus?…

Castro Alves

17 perguntas para nunca mais ter um encontro chato

17 perguntas para nunca mais ter um encontro chato

Ansiedade, desconhecimento sobre os gostos do outro e medo de  não ser aceito (a) são apenas algumas das dificuldades que uma pessoa passa em um primeiro encontro. A boca pode secar, as ideias fogem e aí, um momento especial pode ser tornar um ritual de tortura.

Abaixo transcrevo uma lista da blogueira  Kendra Wright. Se uma dica for útil, já valeu a matéria! E, preste atenção, a lista traz apenas dicas de assuntos para impulsionar e descontrair o encontro, cuidado para não submeter seu par a um interrogatório! 😉

A LISTA

  • Peça para pessoa falar duas “verdades” e uma mentira. Em seguida, tente adivinhar qual é a mentira.
  • Se você tivesse que escolher apenas uma coisa que realmente alegra o seu dia, o que seria?
  • Fale sobre uma visão equivocada que os outros costumam  ter a seu respeito.
  • Qual é a lição de vida mais valiosa que você aprendeu depois de um erro?
  • Fale sobre uma realização de que você realmente sente orgulhoso (a)?
  • Fale sobre um dia que você gostaria de reviver? 
  • O que devo saber sobre você que eu nunca pensaria em te perguntar?
  • Qual a coisa que mais tem te animado em sua vida atualmente?
  • Descreva uma extravagância que você cultiva.
  • Quando foi a última vez que você fez algo corajoso por si mesmo (a)?
  • Qual é a coisa mais estúpida que você já fez por amor?
  • O que é algo que, para você, instantaneamente faz alguém menos atraente?
  • Você se descreve como  mais otimista, pessimista, ou realista?
  • Qual foi o melhor conselho que você já recebeu?
  • Qual foi a última coisa que você aprendeu que teve um grande impacto sobre você?
  • Qual foi o último erro que você fez que você tem certeza que você provavelmente fará de novo?
  • Quando foi a última vez a vida te deixou sem fôlego?

Traduzido e adaptado por Josie Conti

Do original: 45 Questions To Guarantee You’ll Never Have A Boring Date Again 

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Dez verdades eternas que aprendi com “O Pequeno Príncipe”

Dez verdades eternas que aprendi com “O Pequeno Príncipe”

Por Nara Rúbia Ribeiro

Quando menina, eu não tinha muitos livros. Na verdade, até os seis anos de idade não tinha nenhum. Foi aí que alguém presenteou a nossa família um exemplar de: O Pequeno Príncipe.

Assim se deu a minha estreia no mundo sem precedentes da literatura, e do principezinho… Passava horas olhando as letras e namorando as aquarelas do Saint-Exupéry. Minha mãe leu a história para mim e para o meu irmão por diversas vezes. Até que um dia ela emprestou o livro e nunca mais o vimos.

Então, não foi por acaso que, logo que comecei a trabalhar tratei de comprar outro exemplar. Ainda era adolescente quando sublinhei as frases que mais me marcaram e foram inúmeras as anotações no rodapé e nas laterais.

Eu cresci. Envelheci. Mas como tenho alma de poeta, ouso asseverar que a única sabedoria verdadeira é aquela com as cores da infância. O elevado só pode ser visto no simples, no puro, na singeleza daquele que olha o mundo com olhos desprovidos de blindagens e arestas.

Nesse exercício de regressar infâncias, eis as verdades que aprendi:

1 – “Os baobás, antes de crescer, são pequenos.”
Nunca deixar para amanhã a minha faxina interior.

2 – “É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.”
Preciso ter paciência com as minhas próprias limitações até as minhas asas ficarem prontas.

3 – “É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar – replicou o rei. A autoridade baseia-se na razão.”
É desumano exigir do outro a entrega de algo que não lhe pertence. Não posso administrar a posse do outro, muito menos poderia administrar as suas lacunas. Assim, que eu cuide, então, das minha carências!

4 – “Tu julgarás a ti mesmo – respondeu-lhe o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.”
Pensar na vida alheia, nas qualidades alheias é uma distração medíocre. Mais vale o autoconhecimento do que ter decorado a biografia de centenas de outros.

5 – “As estrelas são todas iluminadas… Será que elas brilham para que cada um possa um dia encontrar a sua?”
O universo colabora, dando-nos a luz de indizíveis estrelas. Resta-nos treinar a própria visão para que as saibamos enxergar.

6 – “Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás, para mim, único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.”
As pessoas se permitem cativar por vontade. Talvez inconscientemente, mas por vontade própria. Quando existe um laço assim, de encantamento construído, nenhum silêncio e nenhuma distância lhe pode vencer.

7 – “A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa. – Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.”
O homem, na pressa cotidiana, habituou-se à superfície das coisas, dos relacionamentos. Habituou-se à superfície de si. Por isso estamos tão distantes da verdadeira saúde mental. É essa pressa que faz adoecer os homens.

8 – “O essencial é invisível aos olhos.”

Tudo o que vemos é provisório, parcial. Distorcida é a realidade que nos cerca. Aquilo que de fato é ressoa no abstrato, tem vigas invisíveis na alma e não cabe na palma de nenhuma mão.

9 – “Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.”
A importância do outro não reside no outro. Reside em nossa aptidão interior de dispensar a ele o melhor de nós mesmos. É o nosso coração que faz com que o outro se torne tão especial.

10 – “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
Talvez a frase mais famosa do livro. É uma assertiva que dispensa explicação. Toda e qualquer fala seria inútil. Se quiseres compreender, exercita-te. Cativa! E cativa-te primeiro a ti. Só assim dimensionarás a responsabilidade de tudo aquilo que é eterno.

20 conselhos que deveriam ser vendidos (se é dado ninguém valoriza mesmo)

20 conselhos que deveriam ser vendidos (se é dado ninguém valoriza mesmo)

Quem é que nunca ouviu aquela frase “Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia!” Pois essa essa é sugestão que faço para quem estiver disposto a ver esses conselhos animados: que sejam vendidos, pois dados ninguém dá valor mesmo!

Divirtam-se e lembrem-se que, brincadeiras também trazem grandes verdades. Basta saber ouvir! 😉

1- Algumas pessoas acham normal te julgar… tente não ser como elas. E as ignore.
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2- Ninguém se importa com as duas semanas que você “viveu” na America/Europa/Asia… Pare de ficar se gabando.
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3- Ser bem sucedido tem significado diferente para cada pessoa. Respeite isso.
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4- Está tudo bem em relação a mudar sua opinião sobre pessoas ou coisas da sua vida… Apenas tente manter a coerência.
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5- Você não é tão estranho quanto acha que é… Todo mundo se sente diferente dos outros.
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6- Você não pode se livrar dos seus medos… Mas pode aprender a viver com eles.
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7- Não confie em pessoas que não confiam em ninguém.
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8- A realidade é superestimada.
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9- Algumas vezes, desistir é a decisão mais corajosa.
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10- A ingenuidade pode ser perigosa.
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11- Ninguém fica realmente mantendo o controle de quantas vezes você errou… então relaxa porra.
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12- “Oi”é a palavra mais poderosa contra solidão
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13- Pessoas que tentam bravamente parecer duronas, muitas vezes são as que mais precisa de afeto.
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14- Cerque-se de coisas e pessoas que te inspiram.
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15- Coisas são somente coisas. Não se apegue a elas.
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16- Se você sempre tenta parecer inteligente, vai acabar parecendo estúpido.
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17- Encontre alguém que consiga rir com você sobre tudo e o resto vai ficar bem.
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18- Coisas que são difíceis de falar, são normalmente as mais importantes.
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19-Diversão é um conceito relativo.
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20- Não se leve tão a sério
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Seleção de frases e imagens via: Daniel M Carlos

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Intuição , emoção e conexão espiritual são as marcas da artista Starla Halfmann

Intuição , emoção e conexão espiritual são as marcas da artista Starla Halfmann
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Copyright Starla Halfman

Por Josie Conti

 Starla Halfmann é uma artista americana que tem como principais instrumentos de trabalho a intuição , a emoção e uma conexão espiritual

“Eu amo o que faço e tento manter os desejos infantis em meu trabalho. Eu cresci em uma fazenda no oeste do Texas onde o único acesso que eu tinha a arte era uma Enciclopédia “P” . Aos quatro anos de idade , eu folheava pinturas e pensava: “Qualquer pessoa que pode fazer isso tem que ser feliz o tempo todo!” Eu perseguia borboletas, recolhia conchas , vidros e pedras, – . me lembro que achei interessante e bonitos os broches antigos da minha avó e os lenços de renda onde eram  intrincado tesouros. Eu senti a magia em torno de mim. Meus pais e seus amigos pensavam que eu seria uma veterinária , porque eu amava os animais loucamente- . . uma das razões pelas quais eu os pinto tantas vezes e que eu acho engraçado é que, mesmo quando eu não estou criando um pintura com os animais, eles ainda aparecem escondidos em minhas pinturas abstratas . Na maioria dos dias , eu ainda sinto a magia e a desejo enquanto pinto buscando ser capaz de criar livremente e expressar verdadeiramente uma alegria que eu nunca quero tomar como esgotada.”  Starla Halfmann

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 Página oficial de Starla Michelle

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As pessoas ignoram a própria ignorância…e isso tem um preço!

As pessoas ignoram a própria ignorância…e isso tem um preço!

Por Natalie Wolchover

Do original: contioutra.com - As pessoas ignoram a própria ignorância...e isso tem um preço!

Vem aumentando o número de pesquisas psicológicas que indicam que características pessoais ligadas a superestima das próprias qualificações e conhecimentos privam as pessoas da capacidade de reconhecer sua própria incompetência em diversos aspectos da realidade. Ou seja: a maioria das pessoas não tem a menor noção de que sabem menos do que acham que sabem.

E essa desconexão entre o saber imaginado e o saber real pode ser responsável por muitos dos problemas da sociedade.

Com mais de uma década de pesquisa, David Dunning, um psicólogo da Universidade de Cornell, demonstrou que os seres humanos acham “intrinsecamente difícil ter uma noção do que não sabem”.

Se um indivíduo não tem competência em raciocínio lógico, inteligência emocional, humor ou mesmo habilidades de xadrez, a pessoa ainda tende a classificar suas habilidades naquela área como sendo acima da média.

Dunning e seu colega, Justin Kruger, agora na Universidade de Nova York, fizeram uma série de estudos nos quais deram às pessoas um teste de alguma área do conhecimento, como raciocínio lógico, conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis e como evitá-las, inteligência emocional, etc.

Em seguida eles determinaram as pontuações alcançadas, e, basicamente, pediram que os próprios avaliados lhe dissessem o quão bem eles achavam que tinham se saído.

Os resultados foram uniformes em todos os domínios do conhecimento. As pessoas que realmente se saíram bem nos testes tenderam a se sentir mais confiantes sobre o seu desempenho, mas apenas ligeiramente. Quase todo mundo achou que foi melhor do que a média.

“As pessoas que realmente foram mal – os 10 ou 15% que tiveram piores resultados – acharam que seu desempenho caía em 60 ou 55%, portanto, acima da média”, disse Dunning.

O mesmo padrão aparece em testes sobre a capacidade das pessoas em classificar a graça de piadas, gramática correta, ou até mesmo seu próprio desempenho em um jogo de xadrez.

O pior é que esse resultado não é fruto de apenas otimismo. Os pesquisadores descobriram uma total falta de experiência que torna as pessoas incapazes de reconhecer a sua deficiência.

Mesmo quando eles ofereceram aos participantes do estudo uma recompensa de US$ 100 caso eles classificassem seu desempenho com precisão, eles não o fizeram, achando que tinham ido melhor do que realmente tinham ido. “Eles realmente estavam tentando ser honestos e imparciais”, disse Dunning.

Dunning acredita que a incapacidade das pessoas em avaliar o seu próprio conhecimento é a causa de muitos dos males da sociedade, incluindo a negação das alterações climáticas.

“Muitas pessoas não têm formação em ciência, e assim podem muito bem não compreender os acontecimentos climáticos. E como elas não têm o conhecimento necessário para avaliá-los, não percebem o quão ruim suas avaliações superficiais podem ser”, disse ele.

Além disso, mesmo se uma pessoa chegue a uma conclusão muito lógica sobre se a mudança climática é real ou não com base em sua avaliação da ciência, isso não significa que a pessoa realmente tenha condições de avaliar a ciência.

Na mesma linha, as pessoas que não são talentosas em uma determinada área tendem a não reconhecer os talentos e boas ideias dos outros, de colegas de trabalho a políticos. Isso pode impedir o processo democrático, que conta com cidadãos com capacidade de identificar e apoiar o melhor candidato ou a melhor política.

Conclusão: você deve se lembrar de que pode não ser tão bom quanto pensa que é. E pode não estar certo sobre as coisas que você acredita que está certo. E, além de tudo, se você tentar fazer piadas sobre isso, pode não ser tão engraçado quanto você pensa.

E agora José? Carlos Drummond de Andrade na interpretação de Silvio Matos

E agora José? Carlos Drummond de Andrade na interpretação de Silvio Matos

Carlos Drummond de Andrade (1902 — 1987) foi um poeta, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX.

Durante a época da Segunda Guerra Mundial e da ditadura de Vargas, escreveu seu poema “José”, repleto de reflexões existencialistas, questiona-se sobre o futuro e as incertezas, porém não deixa de demonstrar sua força, José continua, mesmo sem saber para onde. Assim como nós.

Abaixo o vídeo com a riquíssima interpretação do ator Silvio Matos. Certamente uma das melhores representações do poema.

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Veja porque esses meninos se negaram a usar a violência. Belíssimo!

Veja porque esses meninos se negaram a usar a violência. Belíssimo!

Nesse pequeno experimento, alguns meninos ainda jovens foram convidados para responder a algumas perguntas.

Após os questionamentos iniciais eles são apresentados a uma menina e seguem sendo orientados a interagir com ela de forma inicialmente carinhosa.

Entretanto, chega um momento em que o entrevistador os orienta para bater nela.

As expressões de seus rostos, suas reações e depois as explicações do motivo pelo qual não agrediram a menina nos devolvem a esperança na humanidade.

Gostei especialmente do último:

“- Por quê?

– Porque sou um homem!”

O vídeo é em italiano e possui legendas em inglês.

Fonte indicada: Ela e ele

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Hoje estou de saco cheio, por Josie Conti

Hoje estou de saco cheio, por Josie Conti

Por Josie Conti

Tem dias em que fica fácil entender porque a indústria farmacêutica lucra bilhões com promessas de medicações que curam os mais diversos estados de humor.

Hoje, por exemplo, eu precisaria de uma medicação potente para tratar problemas de “saco cheio”.

Estou de saco cheio de ler comentários de pessoas que, depois de um parágrafo, julgam que entenderam todo um contexto e partem para ataques ferinos contra todo conteúdo (aquele mesmo, aquele que não leram).

Estou de saco cheio para lidar com pseudointelectuais que, depois de decorar alguns conceitos de grandes pensadores, acham que podem explicar qualquer evento que acontece no mundo.  São aqueles “socialistas” que pregam a igualidade enquanto andam com o carro do ano do papai e tem o dinheiro da balada garantida. São aqueles que fazem doutorado só para colocar doutor na frente do nome ou que usam a profissão para reforçar a frágil identidade.contioutra.com - Hoje estou de saco cheio, por Josie Conti

O povo não entende texto porque não aprende. E, para aprender, antes de qualquer coisa, é preciso ser humilde. Os intelectuais criticam escritores como Paulo Coelho, mas não percebem que qualquer fonte de leitura é porta para o hábito da aprendizagem autodidata. Desdenham de autoajuda mas não percebem que, quando alguém esta aberto para evoluir, uma palavra no lugar certo pode ter mais efeito que 10 anos de análise. Fazem pouco de quem tem fé, mas não são capazes de enxergar o lado bom das religiões.

Hoje estou de saco cheio para quem não tem o mínimo de bom senso e acha que as coisas têm que cair do céu, para quem não se esforça para conseguir o que quer, para quem não se empenha nem para interpretar um texto e agride estranhos para aliviar suas frustrações pessoais.

Estou de saco cheio para quem não consegue ver as coisas com humor, perceber nuances e detalhes que, mesmo frente a algo sério, poderiam abrir perspectivas e sorrisos.

Estou com o saco cheio para pobre que quer parecer rico, para rico que quer parecer milionário e para político que finge que é honesto.

Declaro, entretanto, saco aberto para quem sabe e QUER conversar, para quem quer crescer e não acha que tem que provar algo mesmo que esteja errado.

Sinceramente, acredito na importância da tolerância e da aceitação, mas hoje estou realmente de saco cheio. Preciso urgente que um caminhão de lixo leve tudo isso que está acumulado.

Registro aqui meu descontentamento e meu desejo por uma vida com mais conteúdo e menos saco cheio.

Entre barbas e pensamentos: as tiradas inteligentes de Zack Magiezi

Entre barbas e pensamentos: as tiradas inteligentes de Zack Magiezi

Por Josie Conti

Simples ao falar, mas dono de sacadas que imediatamente popularizam na internet.

Sua biografia é discreta, mas as dezenas de selfies que apresenta em sua página pessoal aceleram os corações das mulheres, que se tornaram suas maiores e mais assíduas fãs.

Um homem tímido? Um galã? Um palhaço? Um narcisista? Não importa!

Só temos a agradecer por suas descoladas a agradáveis contribuições.

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