Insulina inalável começa a ser vendida: uma ótima notícia para os diabéticos

Insulina inalável começa a ser vendida: uma ótima notícia para os diabéticos

Embora a Sanofi do Brasil, laboratório responsável pela fabricação, tenha informado que ainda não há data prevista de lançamento da Afrezza no país, as notícias são muito animadoras:

No último dia 03/02/2015 chegou aos mercados norte-americanos a insulina inalável. Aprovada para comercialização em julho do ano passado. A insulina Afrezza finalmente poderá ser comprada nas farmácias e será a única versão inalável do hormônio à venda.

Desenvolvida pelas farmacêuticas Sanofi e MannKind Corp., a Afrezza é uma insulina de ação rápida indicada para controle da glicemia tanto no diabetes tipo 1 quanto no diabetes tipo 2.

Ela deverá ser usada pouco antes das refeições. A insulina é produzida em forma de pó, administrado através de um pequeno dispositivo, do tamanho de um apito (veja nas imagens).

Nos EUA, uma “dose” diária de 12 unidades da nova insulina está sendo comercializada por cerca de 7,5 dólares – ou aproximadamente 20 reais.

QUEM PODE – E QUEM NÃO PODE – USAR A INSULINA INALÁVEL

contioutra.com - Insulina inalável começa a ser vendida: uma ótima notícia para os diabéticosEm adultos acima de 18 anos, o uso da Afrezza é praticamente irrestrito.

Porém, de acordo com a farmacêutica, a nova insulina é contra-indicada a pessoas com doenças pulmonares crônicas, como a asma. Além disso, fumantes e ex-fumantes devem evitar o medicamento, uma vez que a capacidade pulmonar debilitada pode diminuir a eficiência do hormônio.

A Sanofi alerta, ainda, que de maneira alguma deve-se utilizar a Afrezza como substituto de insulinas de longa duração. A maneira correta de utilizá-la é como coadjuvante em uma plano abrangente de controle do diabetes, e que inclui mudanças na dieta e a prática de atividades físicas.

“Há uma necessidade palpável de insulinas que não necessitam injeções, e nossa empresa está determinada a criar esta nova opção de tratamento aos pacientes”, informou o vice-presidente da divisão de diabetes da Sanofi, Pierre Chancel.

A ECONOMIA DO DIABETES: AFREZZA É APOSTA PARA O LUCRO

A Afrezza é a maior esperança da Sanofi para lucrar no mercado do diabetes.

A farmacêutica fatura cerca de 18 bilhões de reais por ano com medicamentos para diabéticos, mas em 2014 a performance foi ruim a ponto de demitirem o principal executivo da divisão. Além disso, em 2015 vence a patente da insulina Lantus – a campeã de vendas da Sanofi e principal motivo dos lucros extraordinários da empresa.

Estima-se internamente que a insulina inalável chegue à marca de 182 milhões de dólares anuais em vendas em 2019. É um número modesto, em parte devido ao medo de rejeição do público por causa da má fama da insulina Exubera (ver a história no quadro abaixo).

Além da Afrezza, uma nova versão da Lantus, chamada Toujeo, também deve ser lançada em breve.

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Fonte indicada: Diabete Cool

Ator e diretor argentino Ricardo Darín fala sobre utopia e merece a sua atenção

Ator e diretor argentino Ricardo Darín fala sobre utopia e merece a sua atenção

Eric Nepomuceno conversa com o ator e diretor argentino Ricardo Darín em entrevista para o programa Sangue Latino.

Ricardo Darín é um ator e diretor argentino. Tendo atuado por diversos anos em séries de televisão e migrado posteriormente para o teatro e o cinema, é considerado atualmente como um dos melhores e mais populares atores de seu país.

Nesse vídeo, ele discorre sobre suas perdas e as utopias no mundo contemporâneo.

Uma coisa é uma coisa e não o que você diz dela

Uma coisa é uma coisa e não o que você diz dela

Por Tatiana Nicz

Esses dias assisti o filme Birdman (ou a Inesperada Virtude da Ignorância), entre algumas boas pinceladas (e outras nem tanto) essa frase do título ganha destaque. Ela aparece algumas vezes no filme, no espelho do camarim do protagonista. A outra coisa que da para guardar do filme é a intensa guerra de egos dos personagens. O filme é uma crítica à maneira como damos importância à coisas que (ao meu ver) não são essenciais, a fama de muitas pessoas que fazem sucesso por fatores alheios como personalidade, caráter, talento, criatividade. Isso tudo não é novidade, mas não porque um assunto tornou-se “batido” é que não precisamos mais refletor sobre ele.

Uma amiga me jogou como tema de reflexão e perguntou se eu não queria escrever sobre a arrogância, depois que ela falou um pouco sobre o que pensava entendi que a arrogância que ela se referia mistura-se ao ego, mistura-se também ao orgulho. Nós crescemos acreditando em tudo que nos contam, porque a criança acredita em tudo mesmo. Ela não conhece muito bem a mentira, nem arrogância, nem o que é ego. Enquanto crescemos somos preenchidos de verdades que nossos pais, professores e a sociedade nos ensina, construímos crenças em cima de crenças até que à elas nos apegamos como verdades absolutas. Porque se é algo em que todos acreditam então só pode ser verdade. Ninguém é incentivado a pensar diferente ou a mudar de ideia e nada é feito para mudar, não é digno mudar de opinião.

O problema é que nesse castelo de crenças e verdades absolutas existe muita manipulação, orgulho e jogo de ego. Em um curso que fiz uma das mediadoras disse que todo ser humano precisa e quer reconhecimento, quando ela disse me pareceu tão superficial, eu argumentei dizendo que não devemos buscar reconhecimento de ninguém, devemos acreditar em nós mesmos, ela disse: “é certo que não, mas na prática todo mundo precisa e quer reconhecimento e não tem nada de errado com isso”.

Como hoje em dia tenho tentado refletir sobre tudo que vem de encontro ao que eu acredito, me permiti refletir também sobre aquilo. Realmente queremos reconhecimento, realmente não tem nada de errado que as pessoas reconheçam a importância que temos em suas vidas e de nossos feitos. O problema é que como quase tudo na história da humanidade, exageramos. Aprendemos a dar muita importância ao que vem de fora e nos esquecemos de fortalecer o que vem de dentro, acreditar no que faz sentido para nós, independente do que o outro diz. E como somos muitos, todos buscando reconhecimento; e talvez por achar que somos o centro de nosso universo e devemos ser tão importantes ao olhar do outro, quando isso não acontece, geramos desconexões, ficamos ressentidos, cobramos, brigamos e nos decepcionamos.

O problema de nos apegarmos à verdades absolutas é que nada no mundo é definitivo. Toda crença é relativa, um reflexo daquilo que existe em cada ser, que é único. Então toda verdade é relativa, como no título desse texto, o que eu digo e penso de algo não significa exatamente o que esse algo realmente é. Vivenciando o ciclo da doença grave de duas pessoas tão importantes na minha vida (meus pais), vivi um processo onde todas as minhas verdades foram desconstruídas, nada mais do que eu acreditava me servia ou fazia sentido. Foram mudanças tão rápidas e intensas que, como um furacão quando passa e não deixa nada em pé, sobrou muito pouco de tudo aquilo que levei anos para construir. Esse processo desconstrutivo levou dez anos de profissão, amigos de data, parentes, estilo de vida, livros, roupas e muitas, mas muitas crenças. E as coisas foram mudando tão rapidamente que eu acreditava em algo em um dia, no dia seguinte absorvia outra reflexão que me fazia mudar de opinião.

E eu que sempre fui diferente senti que quanto mais eu me desfazia de tudo que construí e de tantas crenças engessadas mais eu me distanciava da maioria. Mas se é certo que nossas convicções nos tornam ignorantes, hoje fico feliz por não ter mais certeza de nada, mesmo que isso me custe algo ou amigos. Mas como nem tudo é bônus, um dia disse para minha terapeuta que estava me sentindo solitária. Ela respondeu dizendo que solitária eu sempre estive, apenas não havia me dado conta e talvez hoje mesmo com poucos ao meu redor eu nunca tenha estado tão plena.

E no fundo nós precisamos acreditar que temos as respostas para nossos maiores questionamentos dentro da gente, basta parar para escutá-las e ter coragem de confiar. A minha profissão se foi porque não fazia sentido que eu quisesse ajudar comunidades locais da tela do meu computador. Primeiro porque ninguém pediu minha ajuda e eu nem sabia se é isso que eles queriam. Segundo porque eu chegava em tais comunidades “carentes” e via crianças correndo soltas e felizes pela natureza e muita cooperação entre os moradores e família que viviam há séculos no mesmo lugar.

Certa vez fiz uma viagem de 14 dias levando doações para algumas dessas comunidades pelo litoral norte do Paraná, elas careciam sim de roupas, higiene básica e alimentos, mas elas tinham riquezas que eu não podia mensurar. Todas as noites nós cozinhávamos na fogueira ou no fogão a lenha e a noite sentávamos em volta da fogueira para contar histórias. Dependíamos da maré e da lua para seguir jornada, dependíamos da luz do sol para nos guiar e não usávamos dinheiro, nossa moeda era a troca. Com tanta vivência ficou difícil entender como eu havia ido parar ali no papel de “heroína”.

A alegria que vi por lá eu via em poucos na minha própria comunidade. Mas eu cresci acreditando que precisava ajudar aos mais “necessitados” e eu me sentia bem com isso. A caridade é algo a se pensar, ela deve ser feita sim, mas temos que ter muito cuidado em seguir seus princípios básicos. Esses dias li uma frase dizendo algo parecido com: “quando fizer caridade não conte para ninguém para não humilhar quem recebeu”. A verdade é que quem mais se beneficiava desse posto de “empresária do bem” era meu ego, me sentia importante, fazendo algo para quem “precisava” e ganhando dinheiro com isso, porque o jargão “ecoturismo” é moda da contra-cultura e vende.

Eu tinha status e muito prestígio, enchia a boca para dizer coisas como “sou diretora” ou “minha empresa”, fui convidada para participar de palestras, sai no jornal, frequentei congressos, reuniões e rodas de discussões com pessoas comunicando-se através de seus notebooks e que provavelmente nunca passaram um dia sequer sem alimento na mesa discutindo como trazer desenvolvimento econômico para as comunidades locais. Hoje tenho até vergonha de pensar no quanto realmente acreditei em tudo isso. Toda essa crença foi perdendo força quando fiz meu mestrado na Holanda. Eu não consigo nem elaborar sobre o que penso da academia, porque é profundo e coloca muita coisa em xeque. Mas posso falar um pouco da área que estudei por ser algo que eu vivi. O turismo é novo setor para a academia, nele prevalecem homens caucasianos, com mais de 50 anos provenientes de países “desenvolvidos”. Eles dissertam sobre protocolos e “blueprints” para trazer desenvolvimento para comunidades locais de países de terceiro mundo onde quem mais sofre são as minorias, só que dentre muitos outros “poréms”, eles não fazem parte dessa minoria.

E muitos compram suas ideias e são publicados artigos e livros, replicados em teses e teses (que quase nunca são lidas por ninguém), é tanto apego a tantas verdades absolutas que recebem aval de tanta gente, e se todo mundo está acreditando junto, então é certo. Nesse contexto os doutores da razão são aclamados. Também vivemos em um mundo onde juiz é Deus porque estudou muito e do alto de sua toga julga “certos” e “errados ” baseado em legislações repletas de brechas que beneficiam poucos. E se engana quem pensa que estou me referindo apenas ao nosso país.

Pensei nisso agora pouco, quando cheguei ao hospital para ficar com meu pai que está em recuperação de uma cirurgia difícil, ele foi mudado de quarto e ninguém me avisou, quando cheguei no seu quarto vazio, me bateu um desespero tão grande que fui correndo perguntar na enfermagem e escutei da jovem bem apessoada do outro lado do balcão: “não sei porque sou médica!”.  Então pensei no doutor do doutorado e no juíz das leis, porque acho que médico deve ser uma espécie de ambos, é chamado de doutor e luta para vencer as barreiras e leis que permeiam a vida e a morte a todo e qualquer custo. Pensei também no que me amiga disse sobre o reconhecimento, sim nesse momento queria reconhecimento e respeito pela minha dor, mas a palavra “médica” saiu como se fora soberana: “não me incomode porque sou soberana” foi assim que eu ouvi. Sim, a medicina é um caso a parte e confesso que não sou muito fervorosa em sua defesa (pelo menos não como é manipulada hoje), pois minha experiência com médicos nesses últimos anos não tem sido das mais agradáveis.

Sim existem médicos bons e juízes bons. Meu primo médico diz que talvez eu esteja mesmo cansada do ser humano em geral. Pode ser que ele esteja certo, mas como acredito que somos todos iguais, para médicos e juízes como para todos os seres, desejo um mundo onde todos se permitam desapegar de verdades e mudar de ideia, como disse certa vez um sábio Raul, um mundo em que sejamos metamorfoses ambulantes, pois assim como a borboleta, só aprende a voar aquele que se permite passar por grandes metamorfoses. E para isso precisamos ter coragem de mudar de ideia, admitir erros, trocar a direção. Desejo então desconstruções profundas e esvaziamentos, pois nada de novo pode entrar ou mudar corações já preenchidos com tanta arrogância, orgulho e verdades absolutas. E espero que esse texto chegue logo no coração de quem mereça, porque amanhã já pode ser que eu tenha mudado de opinião.

4 características tristes de gente que faz rir

4 características tristes de gente que faz rir

Por Lara Vascouto

Primeiro o incrível Fausto Fanti decide deixar o mundo em 2014. Depois, o lendário Robin Williams. Infelizmente, deixar o mundo cedo demais parece ser mais comum do que qualquer um imaginaria entre os que ganham a vida fazendo os outros rir. Mas não chega a ser exatamente chocante, principalmente se você sabe que…

Ser engraçado e saber rir não são a mesma coisa

Em situações como o suicídio de comediantes excepcionais, é comum ouvir o eco das pessoas se perguntando: poxa! Mas ele era tão alegre e engraçado!? Infelizmente, este questionamento é o resultado de uma confusão que as pessoas fazem entre duas habilidades muito distintas uma da outra: saber rir e saber fazer os outros rir. É claro que uma não exclui a outra, mas é mais comum encontrar pessoas que possuem somente uma delas do que as duas. Por esse motivo, da mesma forma que a pessoa de riso frouxo pode ser incapaz de contar uma piada direito, um comediante excepcional pode ser incapaz de rir honestamente de alguma piada ou, principalmente, das turbulências da vida.

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Apesar da máscara de riso que a maioria deles usa.

Obviamente, isso não significa que só porque um cara é engraçado, ele é infeliz, mas apresenta outra implicação mais profunda: nem sempre os comediantes se beneficiam das piadas que contam da mesma forma que a sua platéia. Ele não morre de rir das próprias piadas e sim se satisfaz ao ver que você está rindo e essa diferença pode acabar significando uma vida menos saudável. Um estudo sobre humor desenvolvido ao longo de sete anos com 50.000 pessoas descobriu que ter um bom senso de humor e saber rir das adversidades que a vida apresenta faz bem para a saúde de modo geral. Outro estudo, realizado com pacientes em estágio final de doença renal, descobriu que os pacientes que apresentavam um bom senso de humor tinham mais chances de sobreviver por mais tempo.

Mas como é possível um cara tão engraçado não saber rir? Bom, isso talvez tenha a ver com fato de que…

Distúrbios psicológicos e comédia andam lado a lado

Um estudo realizado pelo British Journal of Psychology descobriu que o estereótipo do palhaço triste tem um grande fundo de verdade. O estudo descobriu que comediantes e pessoas muito engraçadas, em geral, tem níveis altos de características que, em casos extremos, podem ser associadas com doenças mentais como esquizofrenia e distúrbio bipolar. As características principais incluem introversão, tendências de comportamentos antissociais, impulsivos e desinteresse em se relacionar com outras pessoas mais intimamente. De acordo com o estudo, essas características podem ser as responsáveis pelas tiradas rápidas e associações incomuns que os comediantes geralmente apresentam – enquanto nós, reles mortais, só conseguimos pensar em uma boa resposta para aquele comentário passivo-agressivo que o ex fez no bar durante a volta pra casa.

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Droga, eu devia ter dito isso! Tudo bem, ele vai ver só! É pra isso que serve SMS.

De qualquer forma, não são exatamente características divertidas de se ter em níveis mais altos do que o resto da sociedade e certamente isso tem um efeito no bem-estar do indivíduo. Afinal, não são poucos os comediantes que sofrem com abuso de drogas e depressão. Só para citar alguns: Jerry Seinfeld admitiu ter algumas tendências depressivas e afirmou ao The New York Times que “se não fossem meus filhos, eu já estaria cansado de viver. Poderia me matar. Agora tenho algo pelo que viver”; Jim Carrey luta contra depressão severa há anos; e o próprio Robin Williams entrava e saía de clínicas de reabilitação por abuso de drogas e depressão profunda.

Mais triste do que saber que as pessoas que te fazem rir sofrem de depressão é imaginar que talvez isso aconteça porque…

Muitos comediantes sofreram algum tipo de abuso na infância

Seja abuso verbal, físico ou até social – como uma inadequação generalizada na escola – fato é que muitos comediantes não tiveram uma infância feliz e, de acordo com a teoria mais aceita, descobriram na comédia um mecanismo para aguentar os demônios interiores. Estudos apontam que entre 80% e 85% dos comediantes vêm de lares empobrecidos e se sentiam incompreendidos socialmente quando crianças, vivendo muitas vezes em um ambiente de isolamento e privação de afeto por parte dos pais. O humor, descoberto ainda na infância, seria usado nessas situações como um mecanismo de defesa – uma forma de ser socialmente aceito e de se tornar querido pelos outros.

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Normalmente, o palhaço da sala de aula está sempre rodeado de amigos, o que significa que a tática do humor funciona.

É claro que isso não é verdade para todos e muitos comediantes vieram de lares felizes, mas não é nada incomum descobrir que grande parte deles é atormentada pelo passado. E esse estereótipo do comediante atormentado é tão comum porque nós já vimos muitos deles tirarem a própria vida. É simplesmente fato que…

 

Suicídio chega a ser um desfecho comum para muitos comediantes

Robin William e Fausto Fanti são os exemplos mais recentes, mas muitos outros comediantes excepcionais já passaram dessa para melhor pelas próprias mãos. Greg Giraldo morreu de overdose de medicamentos. Lenny Bruce, de morfina. John Belushi, heroína e cocaína. Chris Farley, de morfina e cocaína. Mitch Hedberg, de cocaína e heroína. Freddie Prinze se deu um tiro. Richard Jeni também. O desfecho é tão comum que Jamie Masada, dono do famoso clube de comédia Laugh Factory, estabeleceu um programa de psicoterapia dentro do clube para atender as necessidades dos comediantes. De acordo com Masada: “De Richard Jeni colocando uma arma dentro da boca e se explodindo a Greg Giraldo usando drogas até a overdose, eu não aguento assistir a minha família toda, um a um, se autodestruindo”.

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Ei, comediante! Não nos deixe antes da hora! Nós te amamos!

Nota da CONTIoutra:  Nó de Oito é uma página parceira e o texto acima foi publicado com a autorização da autora.

Lara Vascouto

contioutra.com - 4 características tristes de gente que faz rirInternacionalista, ex-Googler e fanática por ler e escrever textos bem-humorados. Optou por ser pobre e feliz na praia ao invés de rica e triste em São Paulo.

Para mais artigos da autora acesse seu blog Nó de Oito

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Dicionário ditado por crianças traz verbetes ‘violência’ e ‘paz’

Dicionário ditado por crianças traz verbetes ‘violência’ e ‘paz’

São definições cheia de poesia e sabedoria, apesar da pouca idade de seus autores. Ou talvez por isso mesmo. Desde A de adulto (“Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro de si”, segundo Andrés Felipe Bedoya, de 8 anos), até V de violência (“A parte ruim da paz”, na definição de Sara Martínez, de 7 anos).

Eles têm uma lógica diferente, outra maneira de entender o mundo, outra maneira de habitar a realidade e de nos revelar muitas coisas que esquecemos

Javier Naranjo

O dicionário está no livro Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças, uma obra que surpreendeu ao se tornar o maior sucesso da Feira Internacional do Livro de Bogotá, no final do mês de abril. A surpresa aconteceu especialmente porque o livro foi publicado pela primeira vez na Colômbia em 1999 e reeditado no início desse ano.

“Isso me faz pensar que o livro continua revelando, continua falando sobre as pequenas coisas”, disse à BBC Mundo Javier Naranjo, que compilou as definições feitas por crianças colombianas. “Eles têm uma lógica diferente, outra maneira de entender o mundo, outra maneira de habitar a realidade e de nos revelar muitas coisas que esquecemos”, diz.

É assim que, no peculiar dicionário, a água é uma “transparência que se pode tomar”, um camponês “não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos” e a Colômbia é “uma partida de futebol”.

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Javier Naranjo com algumas das crianças que deram voz ao livro.

‘Outra visão do mundo’
As definições – quase 500, para um total de 133 palavras diferentes – foram compiladas durante um período “entre oito e dez anos”, enquanto Naranjo trabalhava como professor em diversas escolas rurais do Estado de Antioquía, no leste do país.

“Na criação literária fazíamos jogos de palavras, inventávamos histórias. E a gênese do livro é um dos exercícios que fazíamos”, conta ele, que agora é diretor da biblioteca e centro comunitário rural Laboratório do Espírito.

Ele diz que teve a ideia de pedir aos alunos uma definição do que era uma criança, em uma comemoração do dia das crianças. “Me lembro de uma definição que era: ‘uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e vai dormir mais cedo’. Eu adorei, me pareceu perfeita.”

“As crianças escolheram algumas palavras e eu também: palavras que me interessavam, sobre as quais eu me perguntava. Mas não fugi de nenhum”, afirma Naranjo.

No dicionário aparecem temas do cotidiano da Colômbia, como guerra e “desplazado”, pessoa que se desloca pelo país, geralmente fugindo de conflitos. Um dos alunos definiu a palavra criança como “um prejudicado pela violência”.

Aprender a escutar
Para a publicação, Naranjo corrigiu a pontuação e a ortografia das definições escolhidas, mas afirma não ter tirado nenhuma das palavras por “questões ideológicas”.

Nós adultos somos condescendentes quando falamos com as crianças e deve ser o contrário. Mais que nos abaixarmos temos que ficar na altura deles. Estar à altura deles é nos inclinarmos para olhar as crianças nos olhos e falar com elas cara a cara. Escutar suas dúvidas, seus medos e seus desejos

Javier Naranjo

Por isso, o livro mantém a voz das crianças, com suas formas de explicar as coisas e construções gramaticais particulares. Bianca Yuli Henao, 10 anos, define tranquilidade como “por exemplo quando seu pai diz que vai te bater e depois diz que não vai”.

O ex-professor diz que o respeito à voz das crianças também é parte do sucesso do livro, que foi reeditado em 2005 e 2009 e inspirou obras semelhantes no México e na Venezuela.

As vendas do livro ajudaram a financiar as atividades da biblioteca atualmente dirigida por Naranjo, que continua convidando as crianças a deixar a imaginação voar com outras dinâmicas.

“Nós adultos somos condescendentes quando falamos com as crianças e deve ser o contrário. Mais que nos abaixarmos temos que ficar na altura deles. Estar à altura deles é nos inclinarmos para olhar as crianças nos olhos e falar com elas cara a cara. Escutar suas dúvidas, seus medos e seus desejos”, diz.

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Algumas definições do dicionário
•    Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)
•    Ancião: É um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos);
•    Água: Transparência que se pode tomar (Tatiana Ramírez, 7 anos);
•    Branco: O branco é uma cor que não pinta (Jonathan Ramírez, 11 anos);
•    Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos (Luis Alberto Ortiz, 8 anos);
•    Céu: De onde sai o dia (Duván Arnulfo Arango, 8 anos);
•    Colômbia: É uma partida de futebol (Diego Giraldo, 8 anos);
•    Dinheiro: Coisa interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos     (Ana María Noreña, 12 anos);
•    Deus: É o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos);
•    Escuridão: É como o frescor da noite (Ana Cristina Henao, 8 anos);
•    Guerra: Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos);
•    Inveja: Atirar pedras nos amigos (Alejandro Tobón, 7 anos);
•    Igreja: Onde a pessoa vai perdoar Deus (Natalia Bueno, 7 anos);
•    Lua: É o que nos dá a noite (Leidy Johanna García, 8 anos);
•    Mãe: Mãe entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos);
•    Paz: Quando a pessoa se perdoa (Juan Camilo Hurtado, 8 anos);
•    Sexo: É uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos);
•    Solidão: Tristeza que dá na pessoa às vezes (Iván Darío López, 10 anos);
•    Tempo: Coisa que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos);
•    Universo: Casa das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos);
•    Violência: Parte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos);

Fonte: livro Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças, de Javier Naranjo

As informações são da BBC

Fonte da matéria: Repórter Alagoas

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10 tipos de pessoa para evitar sempre que possível (humor)

10 tipos de pessoa para evitar sempre que possível (humor)

Por RENATO ESSENFELDER

» O tempo demasiadamente quente acirra minhas tendências antissociais. É impossível amar no verão. Fujo de abraços, evito contato fora do ar-condicionado. Acho OK levar um gelo – acho até desejável. Beijos gelados, olhares gelados.

Neste verão, talvez no ano inteiro, pretendo evitar pelo menos dez tipos de pessoa.

1: Pessoa que fala sobre si o tempo inteiro. Eu por exemplo jamais falaria de mim assim gratuitamente porque eu sou um cara discreto, culto e acima de tudo educado.

2: Pessoa intolerante. Estamos todos de saco cheio dessas pessoas insuportáveis que não concordam conosco e, sinceramente, deveriam todas ser despachadas para uma ilha no meio do Atlântico.

3: Pessoa-chavão. Apesar de a vida ser uma caixinha de surpresas, como o futebol, não há nada como um dia após o outro para nos afastarmos dessas más companhias.

4: Pessoa dogmática / cheia de certezas. Todas as mulheres são vítimas dos homens, que são todos uns canalhas.

5: Pessoa neopseudopolitizada. Sabe que os petralhas destruíram o país com esmolas e quadrilhas. Ou que os tucanalhas vão privatizar tudo e massacrar os mais pobres.

6: Pessoa orgulhosamente ignorante. Afinal, pra que ler um livro se você pode ler o resumo do resumo dele no grupo do What’s? Poesia é coisa de boiola. Trouxas.

7: Pessoa que fala alto demais (e, ainda por cima, idiotices). O FODA DAS FÉRIAS É INTERROMPER O TREINO MAS EM FEVEREIRO PARTIU MONSTRO.

8: Pessoa sem humor. O que você quer dizer com sem humor?

9: Pessoa à prova de erros. Pessoa eu bem que avisei.

10: Pessoa que leva listas muito a sério.  «

Do original: 10 tipos de pessoa para evitar em 2015

Beleza e grandeza na lentidão em silêncio

Beleza e grandeza na lentidão em silêncio

Por Lourival Antonio Cristofoletti

Duas atitudes internas que comandam ações com naturais predicados mostram-se representativas na captação de sinais que nos encorajam a refletir sobre a própria existência: abre-se espaço para se pensar na lentidão tendo como companhia o silêncio.

Quando se fala da lentidão está se abordando a permissão e o convite a um olhar mais calmo para si, buscando captar emblemáticos sinais e mensagens esclarecedoras que o Imponderável e a Natureza lhe sussurram – sim, eles não gostam de gritar – a todo instante.

Mostra-se necessário desprendimento e estar atento a harmonizações para entrar em sintonia com a desaceleração: romper a inércia da agitação para transitar na calma da apreensão: são maneiras delicadas de esvaziar-se um pouco , estabelecer sintonias, buscar compreender-se e aceitar-se, compreender melhor as coisas.

Curiosa lógica da sociedade, que exige ação contínua e comunicação efetiva em tempo real e integral, em um alinhamento com a nova realidade tecnológica que ampara, vigia, cobra e angustia, para um pretenso ajuste às exigências do mercado. Há quem tenha dificuldade para ficar em silêncio, nem que seja por alguns instantes, pois o silêncio propicia que se ouça a voz interna, e isto é algo que se teme: “Não me deixem sozinho comigo: não vai ser bom”.

Mesmo no estresse do dia-a-dia caber reservar disponibilidade interior e prudente tempo para perceber as novidades e observar despreocupadamente ao redor. Entrar em sintonia com a lentidão interna é perceber a sua própria existência, as chegadas e partidas, os ritos de passagem, as mudanças das estações interiores.

Estabelecer uma convivência consigo é se permitir enveredar pelo silêncio, virtude que nos conecta com as emoções, que nos alimenta, nos supre em momentos inquietos. Descobrir maneiras de fazer do silêncio uma necessidade, um alimento. Quando a China invadiu o Tibet, há mais de 50 anos, e o som alto dos carros dos invasores apregoava as virtudes do regime do novo governo, o Dalai Lama disse: ”Roubaram-nos o que tínhamos de mais precioso: o silêncio”.

Surgem expectativas para quem ouse reconceituar o tempo e limitar os ruídos: são provas do desejo de reaprender lições sobre leveza na existência. “Como é importante o reaprendizado da lentidão! O sonho é que, um dia, a humanidade descubra, esse luxo inaudito: a lentidão no meio do silêncio!”, disse Denis de Rougemont (1906-1985), escritor e ambientalista suíço, crítico, já à época, da submissão humana à tecnologia.

Os convites para desfrutar de oportunidades de revisitação estão formulados e respondem a quem lhes acenar: basta querer neles prestar atenção. Quem resolver aderir poderá entender que a busca de alguma paz interior será descompromissado requisito; o recolhimento, exercício de virtude; o silêncio, preciosa moeda de troca com a verdade interior; a lentidão, oportunidade de sintonia com o seu tempo, o seu espaço, a sua maneira de saber viver.

(a partir de texto de Luiz G. A. de Sant´anna)

Lourival Antonio Cristofoletti, colunista Conti outra

contioutra.com - Beleza e grandeza na lentidão em silêncio
Fotografia: Anne Beringmeier

LOURIVAL  ANTONIO CRISTOFOLETTI

contioutra.com - Beleza e grandeza na lentidão em silêncioPaulista de Rio Claro e residente em Vitória/ES. É mestre em Administração pela UnB – Universidade de Brasília, Analista Organizacional e Consultor em Recursos Humanos. Atualmente atua como professor na Graduação e MBA na FAESA – Faculdades Integradas Espírito-Santenses; Instrutor na UFES – Universidade Federal do ES e na ESESP– Escola de Governo do ES.

Livro publicado: COMPORTAMENTO: INQUIETAÇÕES & PONDERAÇÕES
Livraria Logos (vendas pelo site)

E-mail de contato: : [email protected]
No Facebook: Lourival Antonio Cristofoletti No Instagram: lourivalcristofoletti

7 diferenças entre religião e espiritualidade

7 diferenças entre religião e espiritualidade

Por Dejan Davchevski

Muitas pessoas confundem Espiritualidade com Religião ou mesmo com algo misterioso ou alguma ocorrência sobrenatural. Alguns chegam a pensar em Espiritualidade como uma seita e não raro muitos temem ser manipulados.
Se deixamos essas concepções equivocadas no passado e tentarmos estudar e entender o que realmente é a espiritualidade, chegaremos à compreensão de que não há nada de misterioso ou sobrenatural, e nem mesmo se refere a uma seita qualquer.
Faremos, então, 7 distinções básicas entre religião e espiritualidade que poderão ajudá-lo a entender o que realmente é Espiritualidade.

1 – Religião faz com que você se curve – Espiritualidade aponta para as suas asas

A Religião diz que se deve seguir uma ideologia e obedecer a certas regras, do contrário haverá punição. A Espiritualidade permite que você siga o seu coração. O que você sente está certo. Ela diz que você é livre para ser quem realmente é, sem se curvar a qualquer coisa que não entenda intimamente que seja o certo e bom para si mesmo e para todos os demais, já que todos somos um.

2 – Religião faz com que você tema – Espiritualidade lhe mostra a coragem

A Religião lhe diz o que temer e indica as consequências dos seus erros. Espiritualidade torna você consciente das consequências, mas não quer que você se concentre no medo. Ela mostra como enfrentar o medo, como mover-se para fazer o que você sente que é correto, apesar das consequências que poderão advir. Ela mostra como agir no amor e não no medo, mostra como controlar o medo e usá-lo a serviço do Bem.

3 – Religião diz o que é a Verdade – Espiritualidade permite que você descubra a sua própria Verdade

A Religião lhe diz no que se deve acreditar. O que é certo e o que é errado. A Espiritualidade permite que você descubra isso por si mesmo e compreenda a suas próprias verdades de modo criativo e original. Ela permite que você se conecte ao seu Eu Superior e observe e medite, em cada circunstância, no que é correto e verdadeiro, sabedor que a Verdade, como um todo, é a mesma a para todos os indivíduos. Ela permite que você visualize a sua verdade com os olhos do seu coração.

4 – Religião separa de outras religiões – Espiritualidade une

Temos hoje, no mundo, muitas religiões. Todas apregoam as suas verdades e, para cada uma, a sua visão é que é a correta. Espiritualidade vê a Verdade em todas as religiões e as enxerga de modo unitário, posto que, como já dissemos, a Verdade é a mesma para todos nós, apesar é observada de modo diferente por cada grupo, em sua singularidade. Concentra-se na qualidade da mensagem divina que eles compartilham e não nas diferenças de detalhes doutrinários.

5 – Religião o torna dependente – Espiritualidade faz com que você seja independente

Somente se você participar ativamente de dado grupo religioso é que você, aos olhos da religião, será havida por religiosa e digna da felicidade. A Espiritualidade mostra que você não precisa ou não depende de nada para ser feliz. A Felicidade existe no íntimo de cada um e nós é responsável por encontrar essa benesse, não os outros. Esteja onde ou com quem estivermos, a divindade está em nós e é por isso que merecemos ser felizes.

6 – Religião apregoa punição – Espiritualidade explica o karma

A religião diz que se não obedecer a certas regras seremos castigados. A Espiritualidade nos permite compreender que toda ação tem sua reação e perceber que o castigo de nossas ações será a reação vinda das ações que executamos. E isso independe de nossa crença.

7- Religião faz com que você siga um determinado caminho – Espiritualidade permite que você crie seu próprio caminho

As religiões se baseiam em histórias sobre um Deus ou deuses, mostrando dado caminho para a sua iluminação e dizendo que você deve seguir determinados passos. A Espiritualidade permite que você siga na sua própria jornada de iluminação e descobrimento da verdade.

Toda religião veio pela espiritualidade, pela jornada através da qual uma pessoa se tornou Deus. Os detalhes da história de cada divindade não são tão importantes, apenas narram o caminho que o personagem percorreu. A mensagem que compartilhada, sim, é que é importante. Há um Código Divino que ressoa harmoniosamente através de cada um de nós. É por isso que cada religião tem uma centelha da Verdade.

Traduzido e adaptado pela CONTI outra. Do original 7 DIFFERENCES BETWEEN RELIGION AND SPIRITUALITY

contioutra.com - 7 diferenças entre religião e espiritualidade

7 dicas para formar filhos leitores

7 dicas para formar filhos leitores

Por Denise Guilherme

Via contioutra.com - 7 dicas para formar filhos leitores

1. Comece a ler desde a gestação.

Pode parecer estranho fazer a leitura de textos em voz alta para a barriga, mas está provado que – desde os primeiros meses de vida – os bebês são capazes de ouvir. E mais importante do que a escuta, é a criação do vínculo que pode se estabelecer entre pais, filhos e livros.

2. Defina um tempo para leitura no dia a dia.

Torne essa experiência algo que faça parte da rotina da família. Não é preciso criar grandes rituais, mas a frequência ajuda na construção do hábito.

3. Deixe a vergonha de lado.

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Alba Marina Rivera

Não tenha medo de resgatar o ator/atriz que há em você. Faça vozes, crie brincadeiras, divirta-se.

4. Fique atento à escolha de livros.

O mercado está repleto de livros para crianças que não possuem qualidade literária e que subestimam a inteligência do leitor. Deixe de lado critérios como idade e gênero. Procure indicações que contemplem a experiência leitora, os interesses do seu filho e os temas que gostaria de apresentar a ele.

5. Frequente bibliotecas e livrarias.

Acompanhe blogs e sites especializados, como A Taba. Garimpe, procure além dos livros que estão expostos nas prateleiras. Aprenda a escolher, escolhendo.

6. Mantenha os livros ao alcance

Mesmo no caso das crianças muito pequenas. Não tenha medo que eles se danifiquem. Livro bom é livro lido.

7. Ajude seu filho a formar uma biblioteca pessoal.

Ela poderá ajudá-lo a contar a sua história de leitor. Invista uma parte do seu orçamento para compra de livros.

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Wandy Lampson

 

Denise Guilherme

contioutra.com - 7 dicas para formar filhos leitoresMestre em Educação, formadora de professores e consultora na área de projetos de leitura. Desde cedo, apaixonada por palavras ditas e escritas. Descobriu nos livros um caminho para entender a si mesma e aos outros. E ficou tão encantada com o que viu que decidiu compartilhar com o mundo.

Saiba mais em: www.ataba.com.br

Carta para KANDINSKY

Carta para KANDINSKY

Caro, Wassily Kandinsky,

Você não sabe quem eu sou e provavelmente nunca vamos nos conhecer. Mas, como a arte faz a gente pensar coisas inimagináveis, resolvi escrever esta carta. Hoje eu fui à uma exposição sua que está rolando no CCBB do Rio de Janeiro. A abertura foi ontem, dia 28, e vai durar até 30 de março. Essa exposição já passou por Brasília, depois vai para Belo Horizonte e São Paulo. É a primeira vez que suas obras saem da Europa e vêm para o Brasil. As peças que estão na exposição são do acervo de vários museus e coleções particulares. Eu vi quadros seus, objetos, fotos e algumas coisas que você escreveu. Você, além de pintar, tinha o dom da palavra. Escreveu livros e descrevia a arte da forma que eu vejo, como algo mágico. Além das suas obras, vi quadros de outros artistas, como da sua ex-mulher, Gabriele Münter. Achei ela incrível! Confesso que não conhecia o trabalho dela, mas me surpreendi quando descobri que ela era sua aluna e de repente vocês se viram tomados pelo amor. Também vi obras de Alexej Von Jawlensky , Mikhail Larionov, Pavel Filonov, Nikolai Kulbin e Aristarkh Lentulov. Alguns deles eram seus colegas de arte, não é? Resolveram juntar todo mundo na exposição para mostrar um pouco sobre a arte moderna e contemporânea.

Eu sempre soube quem você era, porque, claro, você é o pai do abstracionismo e eu sempre gostei muito de arte abstrata. Quando eu era pequena, achava que não sabia desenhar direito. Meus desenhos eram sempre mais feios do que dos meus amigos. Então, eu resolvi pintar rabiscos, misturar cores que não faziam sentido para ninguém, mas para mim, faziam todo o sentido do mundo. Depois eu nunca mais pintei. Comecei a achar que deveria criar algo que as pessoas entendessem melhor, por isso comecei a escrever.

Hoje, quando eu te encontrei através de cores e rabiscos, resgatei aquela menininha que colocava todo seu sentimento na tela. As cores, depois de um tempo, criam vida, que nem as palavras fazem em um texto. “Eu vi todas as minhas cores em espírito, diante dos meus olhos. Selvagens, linhas quase loucas foram esboçados na minha frente”, você disse. E eu acredito que seja verdade. As cores têm sons e texturas que nós não conseguimos perceber. Talvez você seja uma espécie de mago. Você tinha essa relação com arte e espiritualidade, né? São Jorge era um santo que te provocava uma reação diferente, tanto que você fez um quadro abstrato dele. Depois que eu descobri que aquele era São Jorge, o quadro saiu do abstracionismo para mim. Isso que é o mais interessante na arte abstrata. De tanto olhar, uma hora você para de observar o quadro para fazer parte dele.

Você nasceu na Rússia, em Moscou, estudou direito, porque era o sonho do seu pai, mas depois que viu um quadro do Claude Monet e assistiu à ópera Lohengrin, no Teatro Bolshoi, decidiu que deveria investir na carreira de artista. Em 1869, você se mudou para Alemanha para começar um curso de pintura. Logo no começo, seu professor disse que as cores que você usava eram muito chamativas e diferentes, por isso você deveria pintar apenas em preto e branco. Isso lhe rendeu algumas xilogravuras que eu também encontrei na exposição. Mas para você isso foi uma afronta, já que as cores eram aquilo que mais lhe chamavam atenção.

Você trabalhou por muito tempo como artista independente e em suas obras fica claro sua ligação com a arte popular, o folclore russo, a cultura popular da Sibéria e rituais xamânicos. A parte fantástica e surreal dos contos de fadas que você ouvia desde pequeno te ajudou a se desprender um pouco do naturalismo, que era fortemente reconhecido na época. Além da música, as histórias surreais influenciaram muito o seu estilo. Você tinha um forte apego com aquilo que não se explica.

Depois de entrar em contato com os Zyrianos, um povo ugro-fínico da nação Kómi que tinha conexão com o xamanismo, você chegou à conclusão de que através da arte o homem e o divino podem criar uma relação direta. Essa ideia é muito antiga e vem desde os nossos primórdios, quando a arte era usada como forma de poder para atrair ou espantar maus espíritos. Descobri que você, a partir de então, procurou em cada objeto uma manifestação espontânea ou expressão de seus sons e cores interiores.

O artista tem o papel de juntar os dois mundos. Por isso você escreveu que “pintar é detonar um choque de mundos diferentes”. Eu acredito que você esteja falando do nosso mundo tátil e do mundo “divino”, o qual não temos acesso e não sabemos nada. Eu chamo esse mundo de mundo das ideias. E você é o grande responsável por trazer tantas ideias em forma de cor. Você é a ponte entre o nosso mundo e o das ideias.

Sua arte chama atenção porque existe um pouco da sua história em cada traço. É completamente autêntico. Cada caminho que você percorreu pela vida, cada história que ouviu, cada cultura que conheceu, cada arte que você se encantou, fazem parte das suas obras. Eu tinha uma vaga impressão sobre você, mas agora sinto que te conheço muito bem. A arte é uma porta de entrada para a alma de alguém. Depois de olhar de perto algumas das suas pinturas, senti como se eu te olhasse de perto e percebi que temos mais coisas em comum do que eu imaginava. Por isso, me senti tão à vontade de te escrever essa carta. Você mudou minha percepção sobre arte abstrata, porque descobri que o abstrato é um espelho do artista e um espelho do espectador. A identificação é instantânea.

Obrigada.

Com carinho,

Marcela.

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Kandinsky

Inteligência brilhante, por Rubem Alves

Inteligência brilhante, por Rubem Alves

Tive um primo de inteligência fulgurante. Éramos da mesma idade. Aos oito anos brincávamos de soldadinhos de chumbo. Mas seu prazer era um dicionário comparativo de português, francês, inglês e alemão que estava fazendo.

Eu olhava para aquele livro enorme de capa preta, daqueles que os contadores usavam para registrar a contabilidade de firmas, cada página dividida em quatro colunas, uma para cada língua.

Na escola, quando tirava 98 numa prova ele batia com a palma da mão na testa em desespero e dizia: “Fracassei”. Dele jamais se poderia dizer que foi mau aluno. Seu brilho prometia uma vida de vitórias. Adulto, pela manhã, ao levantar, o seu primeiro gesto era ligar a fita da língua que estava aprendendo.

Veio a conhecer doze línguas. Não sei direito para quê. Que utilidade poderia lhe ter a língua húngara? Os benefícios de falar húngaro eram desproporcionais ao esforço de aprendizagem. Como psicanalista, eu pergunto: Será que ele estava em busca da língua desconhecida que lhe permitiria entender a Babel da sua alma?

Muitos brilhos são chamas de um coração infeliz. Lançou-se do sétimo andar de um prédio. Não suportou o sentimento de fracasso que lhe deu um discurso – pelos seus critérios, o tal discurso não era merecedor da nota 10.

Matou-se por não suportar a vergonha de um pequeno fracasso. Esse é o perigo de querer ser perfeito. Não conheço nenhum estudo que explore as relações entre genialidade e loucura. Mas deve haver.

Conheci um homem que se vangloriava por ter um QI acima de 200. E trazia sempre consigo a carteira de Membro dos Gênios de QI acima de 200. Acho que para certificar-se de que era inteligente. Quando os outros não concordavam com ele julgava-os burros e ele, um incompreendido. Autoritário.

Quem se julga possuidor de QI 200 e se gaba disso tem de ser autoritário. Não saltou do 7o. andar apesar de ser um chato presunçoso. Não sei onde andará. Suspeito que tenha se mudado para o país dos homens com QI acima de 200.

Rubem Alves,
No livro ” Ostra feliz não faz pérola”

Dica da Conti outra: Conheça o Instituto Rubem Alves e acompanhe seus projetos.

Dica de livro: Sete Vezes Rubem (Fruto do trabalho de uma década, esta obra reúne sete livros de Rubem Alves publicados pela Papirus entre 1996 e 2005.)

3 efeitos nocivos da desigualdade que passam praticamente despercebidos por nós

3 efeitos nocivos da desigualdade que passam praticamente despercebidos por nós

Por Lara Vascouto

Ao invés de almejar uma posição no topo da pirâmide social, melhor seria se a pirâmide nem existisse. Aqui estão alguns motivos.

Recentemente, eu e meu marido largamos nossos empregos em São Paulo e viemos morar em uma cidade pequena, no litoral. A motivação por trás dessa mudança foi a percepção de que vivíamos uma vida que drenava toda a nossa vitalidade e energia por coisas que não eram importantes para nós: status, prestígio, dinheiro. Reconheço que dinheiro é importante, mas muito dinheiro só é importante se você quer manter um determinado estilo de vida. Felizmente, esse não era o nosso caso e, com esse pensamento, trocamos salários exuberantes por salários que pagam o suficiente apenas para quitar as contas no fim do mês, mas que em contrapartida hoje nos permite olhar o mar todos os dias, chegar em casa cedo e ter energia e disposição para o que consideramos realmente importante.

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Depois que a gente terminar Winterfell, já podemos começar a construir Harrenhal, querido!

Há alguns dias, meu marido me mostrou um artigo que continha a clássica pirâmide de distribuição de renda no Brasil. Rindo, ele apontou que ao deixar os nossos empregos em São Paulo nós rolamos triunfalmente pirâmide abaixo, deixando para trás o grupo dos 4% mais ricos para aterrissar com graça e estilo entre os 66% mais pobres do nosso país.

Nós levamos na esportiva, porque nossa convicção no estilo de vida que escolhemos permanece intacta e inalterada. Mas o gráfico me fez pensar na enorme desigualdade que enfrentamos no Brasil e em como grande parte das pessoas define o próprio valor com base nessa pirâmide. E isso, por sua vez, me levou ao questionamento: será que as pessoas trabalhariam tanto e se sacrificariam tanto se o nosso mundo não fosse tão desigual? Será que as pessoas não seriam mais felizes, saudáveis, solidárias, generosas em um mundo sem desigualdade onde elas não fossem encaixadas o tempo todo dentro de uma pirâmide que descaradamente determina quem venceu e quem ganhou? Uma infinidade de estudos dizem que sim e nos mostram que os efeitos da desigualdade são tão corrosivos que alteram a índole das pessoas chegando a moldar sociedades inteiras. Entenda:

Nós ficamos doentes por status. Literalmente.

Todo mundo riu do “rei do camarote”, mas no fundo, a busca por status é mais importante para nós que vivemos em um país extremamente desigual do que gostaríamos de admitir. Um dos principais efeitos da desigualdade é a intensificação de questões relacionadas a sentimentos de superioridade e inferioridade. Esses sentimentos acabam gerando um fenômeno conhecido como ansiedade por status, isto é, ansiedade relacionada à imagem que esperamos que os outros tenham de nós. Ao contrário do que você possa pensar,

Estudos revelam que os índices de doenças psiquiátricas em países com altos níveis de desigualdade são três vezes maiores do que aqueles em países com pouca desigualdade.

Esse tipo de ansiedade não se restringe aos grupos da base da pirâmide, mas permeia toda ela, independente da sua posição. Isso significa que mesmo o mais rico indivíduo no nosso país pode sofrer de estresse se achar que não está levando um estilo de vida apropriado à sua posição social.

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É só entrar no Facebook para achar um monte de gente que sofre de ansiedade por status.

O resultado disso é uma sociedade doente, literalmente. A ansiedade por status leva a problemas sérios de saúde, como depressão, ataques de pânico, hipertensão, e muitos outros. Estudos revelam que os índices de doenças psiquiátricas em países com altos níveis de desigualdade são três vezes maiores do que aqueles em países com pouca desigualdade. Além disso, a desigualdade aumenta a competição entre as pessoas e faz com que elas trabalhem muito mais para chegar à posição social que desejam. Muitas vezes, isso significa maiores níveis de stress, menor imunidade, pior qualidade de sono, alimentação e até riscos relacionados à segurança no trabalho.

O pior é que, apesar de a sua posição social depender amplamente de fatores fora do seu controle (como a família em que você nasceu e a escola em que estudou), nós acreditamos realmente que quem está no topo fez por merecer, assim como quem está na base. Isso faz com que a ansiedade se torne muito maior, porque teoricamente você tem tudo o que precisa para vencer na vida. Só depende de você, certo? Então, se você está aí chafurdando na lama, a culpa é toda sua. Esse pensamento traduz muito bem outro efeito extremamente nocivo da desigualdade. Basicamente, em sociedade com altos índices de desigualdade.

É cada um por si

Devido ao fato de a desigualdade criar um alto nível de competição por status, as pessoas sentem que têm que cuidar de si mesmas e passam a desconfiar de tudo e de todos. Basicamente, em sociedades desiguais, as distâncias entre as classes sociais são tão grandes que você passa a acreditar que as pessoas que não estão na mesma posição que você são diferentes. Isso faz com que os níveis de confiança entre os cidadãos sejam muito menores e o senso de comunidade quase inexistente. Traduzindo: em sociedades desiguais, as pessoas se ajudam menos, participam menos politicamente e cooperam menos para o bem estar coletivo.

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E, se você tem alguma dúvida, experimenta pegar metrô em São Paulo às seis da tarde.

Recentemente, um estudo da Universidade da California, em Berkeley, causou polêmica ao concluir que pessoas ricas têm maior propensão a quebrar as regras, trapacear para conseguir o que querem e desrespeitar os outros em geral. Isso se dá em grande parte porque pessoas ricas se sentem superiores e merecedoras do seu sucesso – como se tivessem chegado no topo da pirâmide sem a ajuda de ninguém. Claro que muito raramente esse é o caso. Mas em sociedades desiguais esse sentimento é aceito por todos. E é por isso que nós admiramos a imagem do brasileiro batalhador, que abre mão de tudo – saúde, tempo com a família, lazer – para conseguir subir um pouquinho a pirâmide. Deveríamos sentir vergonha do fato de a maioria das pessoas ter de abrir mão de tanta coisa para ter o mínimo. Como podemos não sentir um incômodo ao observar o indivíduo que, entre os dois empregos e o estudo, tem só 4 horas por dia para dormir? Nós aplaudimos esses casos sem parar para pensar no absurdo que isso representa. Ainda mais porque, apesar de todos esses esforços, é muito provável que esse cara não consiga chegar muito longe na pirâmide. Isso porque, em sociedades desiguais…

A mobilidade social é quase nula

Estudos mostram que quanto maior a desigualdade em um país, menor o índice de mobilidade social. E não é muito difícil entender o porquê. Obviamente, se você nasceu no sertão nordestino em uma família que depende de algumas cabeças de gado para sobreviver, provavelmente não vai conseguir estudar o mesmo tanto, nem vai encontrar as mesmas oportunidades que o cara que nasceu em uma família abastada no Rio de Janeiro. Aliás, é muito provável que você siga os passos dos seus pais e se torne um adulto que depende de algumas cabeças de gado para sobreviver. Estudos indicam que, em países desiguais, a família em que você nasceu determina até 50% do seu salário quando adulto. Já em países com menores índices de desigualdade, esse número cai para 20%.

Além da família, muitos outros fatores impedem que uma pessoa da base da pirâmide consiga subir. Educação primária insuficiente; o ambiente onde você cresceu; a sua aparência; o bebê que você vai ter ainda adolescente; os contatos que você não tem; as dívidas que você vai fazer para manter a imagem necessária para conseguir um bom emprego; as doenças que você vai desenvolver por tentar manter 2 empregos e uma faculdade à noite – tudo isso influencia o seu sucesso e contribui para que a escalada da pirâmide se torne quase que paralisante. É como dar um passo para frente e dois para trás. Consequentemente, a falta de mobilidade social mantém e reforça a desigualdade.

Com tudo isso em mente, fica claro que a desigualdade é provavelmente um dos problemas mais urgentes da nossa sociedade. O caminho para uma sociedade menos desigual pode variar. O Japão, por exemplo, alcançou um baixíssimo índice de desigualdade fazendo com que o nível de renda entre as diversas funções dentro das empresas não fosse tão discrepante. Já os países nórdicos preferem igualar o nível de renda da população através de pesados impostos. Claro que nada disso adianta se as necessidades básicas da população não forem atendidas – e por necessidades básicas quero dizer comida, saúde, habitação, saneamento básico, energia elétrica, educação, coisas assim. Infelizmente, não parece que chegaremos lá tão cedo. Será que a desigualdade já conseguiu nos transformar permanentemente em monstrinhos egoístas e individualistas que só pensam no próprio umbigo?

Nota da CONTIoutra:  Nó de Oito é uma página parceira e o texto acima foi publicado com a autorização da autora.

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Lara Vascouto

contioutra.com - 3 efeitos nocivos da desigualdade que passam praticamente despercebidos por nósInternacionalista, ex-Googler e fanática por ler e escrever textos bem-humorados. Optou por ser pobre e feliz na praia ao invés de rica e triste em São Paulo.

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8 dicas para conquistar sua liberdade através da música

8 dicas para conquistar sua liberdade através da música

Por Juliana Bertoncel

“A música oferece à alma uma verdadeira cultura íntima e deve fazer parte da educação do povo.”
François Guizot

A música é uma ferramenta poderosa para sua liberdade emocional, física e psíquica. E o melhor, está à sua disposição, quando, onde e na hora que você quiser.

Para acompanhar as dicas, imagens das obras de  Boris Indrikov.

1. A música serve de consolo, nos acolhe como um abraço quando estamos tristes e sozinhos.

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Boris Indrikov

2. Ela comunica e expressa nossos sentimentos, dando voz às nossas dores e nos ajudando a reorganizar nosso estado emocional.

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Boris Indrikov

3. Em momentos desafiadores experimente usar a música como âncora, como um impulso motivador e encorajador, escutando músicas que lhe transmitam boas sensações.

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Boris Indrikov

4. Música com ritmo forte e regular é construtiva e disciplinadora. Contribui para a concentração, foco e melhor desempenho em atividades físicas.

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Boris Indrikov

5. Música também é imagem, criação, criatividade, imaginação. Ela nos conduz à um mundo de sonhos e desejos, à nossa verdade mais íntima. Permita-se viajar através dos sons.

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Boris Indrikov

6. Parece até mágica, mas a música também tem a missão de lhe lembrar o pra que você veio ao mundo. Quantas vezes a música certa tocou na hora certa, como uma mensagem do universo para você?

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Boris Indrikov

7. A música une, congrega e fortalece vínculos. Todos os bons momentos sociais normalmente são acompanhados de uma excelente trilha sonora. Tem coisa melhor que uma roda de violão, sair para dançar e ir ao seu show favorito, e compartilhar tudo isso com as pessoas que você mais ama?

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Boris Indrikov

8. A música age sobre nosso corpo inteiro. Estimula a produção e liberação da endorfina (conhecida como hormônio do prazer), relaxa a mente, equilibra nossa respiração e batimentos cardíacos além de diminuir ansiedade, depressão e estresse.

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Boris Indrikov

“Sem a música, a vida seria um erro.”

Friedrich Nietzsche

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Juliana Bertoncel é musicoterapeuta e tem como missão de vida ser um instrumento de escuta e fala amorosa, com o propósito de dar voz aos sonhos, potencialidades, e realizações internas de cada pessoa com a qual ela se conectar. Saiba mais em www.terapiaemusica.com.br

Nota da Conti outra: o texto acima foi publicado com a autorização da autora.

Editorial Conti outra.

“Loucos e santos”, declamado por Antônio Abujamra

“Loucos e santos”, declamado por Antônio Abujamra

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.

Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.

Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.

Deles não quero resposta, quero meu avesso.

Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco.

Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.

Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.

Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.

Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos.

Quero-os metade infância e outra metade velhice!

Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.

Tenho amigos para saber quem eu sou

Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril.

Nota da CONTI outra sobre a autoria: Existe uma falsa atribuição de autoria desse texto à Oscar Wilde, entretanto, a verdadeira autoria seria de Marcos Lara Resende.

“Loucos e santos” , declamalo por Antônio Abujamra

INDICADOS