Há algum tempo ando com problema de postura, sentindo umas dores na coluna e evitando o salto alto. Para mim, que tenho metro e meio de altura isso corresponde a dizer adeus à elegância, ao charme, ao frescor da manhã que só um calcanhar bem levantado faz a gente sentir em pleno final de tarde… A auto-estima fica do meu tamanho quando calço uma rasteirinha. Bah! Ainda que não possa reclamar do amor que recebo do meu marido, o que joga mesmo uma mulher pra cima é um assobio dado com vontade de um homem desconhecido. Se forem vários, tanto melhor. E eu nunca mais ouvi nem um sibilinho sequer depois que aposentei os saltinhos…
Mas hoje, vejam vocês, fui abastecer o carro e me deu vontade de comprar bananada na lojinha do posto. Eu e minha sandália, ambas mega sem-graça, fomos até ali enquanto o carro recebia os cuidados do frentista.
Quando estava me aproximando da lojinha, ouvi fiu fiiiuuuuu! Ãhn? Jura? Mas não foi um fiu fiu sem graça não, meu povo. Foi aquele com vontade, sabe?, esses que dão pras mulatas boazudas!
Caraca! Será?!? Fiquei ali. Estática. Paradona de tanta esperança. Daí, respirei fundo e dei um outro passo. E fiu fiiiuuuuu de novo!!! Ah que legal… E de rasteirinha, hein?!? Tô podendo…Meu coração saltitava. Queria olhar. Pouco me importava se o meu admirador era bonito ou feio. Tô nem aí. Mas queria olhar e dar um sorrisinho tipo de gostosa-meiga-pura agradecendo, sabe? Parei de novo. Inspirei o ar. Mexi no cabelo… Virei graciosamente e lentamente para curtir o momento. Olhei em volta.
Nada.
O frentista lá longe lavando o vidro da frente do takimóvel. E na lojinha, o caixa mascando chiclete com fones no ouvido vendo televisão. Onde está o meu adorável galanteador? Mais um passo e fiu fiiiuuuuu de novo. Fui andando devagar meio feliz meio curiosa. Rindo dele estar se escondendo…deve ser um pedreiro consertando o telhado. Fiu fiiiuuuuu!!! Que delícia…
Foi quando percebi que eu estava era me aproximando de um macaco de brinquedo de 20 centímetros que ficava pendurado na entrada da lojinha… Fala sério! Pode isso, Arnaldo????
Quase enfiei a bananada no buraco da boca daquele primata sem coração.
A devastação mental que a doença de Alzheimer pode causar está representada na matéria abaixo através de 5 anos de autorretratos do artista inglês William Utermohlen.
Em 1995, aos 61 anos, ele foi diagnosticado com a doença de Alzheimer. Incentivado por sua enfermeira que amava o seu trabalho, Utermohlen nunca abandonou sua paixão pela pintura e, ao longo do tempo, continuou com suas pinturas até o momento em que sua memória falhou completamente.
Os autorretratos do artista ilustram a infeliz e inexorável progressão da doença, que esteve presente nos últimos cinco anos de sua vida artística ativa.
“Mesmo nos momentos em que começou a ficar doente, ele estava sempre desenhando, a cada minuto do dia.” recorda a esposa do artista, Patricia Utermohlen. “Eu digo que ele morreu em 2000, porque ele morreu quando ele não podia pintar qualquer outra coisa. Entretanto sua morte física realmente aconteceu em 2007.”
O amor, quando decide nascer, escolhe o solo que bem quiser. Foi assim que um jovem guerreiro se apaixonou pela esposa do grande cacique. E por mais que lutasse internamente contra o sentimento, ele floria e já em breve, temia o guerreiro, o amor se faria a todos notar.
O guerreiro decidiu pedir a Tupã uma dádiva. Ele desejou ser transformado em um pássaro.
Tupã, compreendo a alma apaixonada do jovem, fez o que lhe fora pedido. O guerreiro, assim, num repente, ganhou penas, bico, asas: vermelho, todo vermelho-telha (o Uirapuru)!
E o pássaro dedicou-se, todas as noites, a cantar para a sua amada. Mas mesmo quando entregamos o nosso melhor afeto, mesmo enfeitado de pássaro, mesmo enleado nas mais belas melodias, muitas vezes o outro coração é só despreparo.
O canto do guerreiro-pássaro não foi percebido pelos ouvidos da amada. E, por uma ironia maior, quem enamorou-se do seu canto foi o cacique, que decidiu aprisionar a ave para que cantasse só para si.
Ameaçado, o guerreiro-pássaro voa para lugares longínquos da floresta e, perseguido pelo cacique, faz com que este se perca e nunca mais volte à tribo.
E é assim que o Uirapuru, todas as noites, retorna à tribo e canta as mais belas melodias para alegrar a alma solitária da mulher que lhe é a mais cara. E, ao fim de cada noite, retorna, solitário e vencido, para o seio das matas, pois os ouvidos da amada continuam despreparados para o seu canto de amor.
“Sabendo-se onde mora o perigo e onde fica, o mundo se torna mais possível e tranquilo. O pior medo é despertado quando não conhecemos o contorno do que nos apavora, por isso, o terror habita na escuridão (Corso & Corso, 2006).
Com toques de suspense e terror, o curta-metragem “Alma” de Rodrigo Blaas (2009) é no mínimo instigante! Alma, a pequena personagem, trilha sua saga através de uma busca incessante pelo contato com uma boneca idêntica a ela e que ao final, acaba roubando a de si mesma.
A história desperta inúmeras reações em quem assiste: curiosidade, ansiedade, medo, espanto, aflição. Parece que sentimos em nossa própria pele o aprisionamento da personagem. Sua respiração ofegante de dentro da boneca nos aflige. Assim, nos identificamos com ela de maneira bastante instintiva e inconsciente. “Alma” nos impacta de modo profundo e assustador!
A história desperta inúmeras reações em quem assiste: curiosidade, ansiedade, medo, espanto, aflição. Parece que sentimos em nossa própria pele o aprisionamento da personagem. Sua respiração ofegante de dentro da boneca nos aflige. Assim, nos identificamos com ela de maneira bastante instintiva e inconsciente. “Alma” nos impacta de modo profundo e assustador!
O drama começa com “Alma” passeando distraída pelas ruas desertas e geladas até se deparar com uma parede repleta de assinaturas de outras pessoas e crianças. Nosso nome e nossa assinatura são símbolos da nossa identidade. Isso faz com que ela também sinta vontade de deixar sua marca naquele lugar. Neste momento, do outro lado da calçada surge na vitrine de uma loja, uma boneca idêntica a ela, que a seduz de modo surpreendente.
Lembramos aqui da personagem de contos de fadas Chapeuzinho Vermelho. A menina que deveria seguir o caminho orientado pela mãe até a casa da avó se distraí pelo caminho e por não ter consciência dos perigos, se envolve com o lobo, seu possível devorador. Assim, semelhante a esta personagem, a ingenuidade e a impulsividade também são marcas características de “Alma”.
Quantas vezes, mesmo já adultos, somos intensamente atraídos para situações perigosas que não conseguimos evitar ou nos desvencilhar. Seguimos nossos mais profundos impulsos e beiramos à inconsequência. Inicialmente, assim como foi para “Alma”, o cenário pode parecer somente instigante, curioso e não ameaçador. Mas, à medida em que a história evolui nos vemos numa verdadeira enrascada. Pode ser uma compra, uma aventura amorosa ou financeira, enfim, qualquer coisa que desejamos fortemente.
As doenças já foram comparadas ao roubo da alma, e portanto, o curta-metragem nos fala metaforicamente de uma enfermidade, associada ao desejo e a imagem.
No caso de “Alma”, quando a garota se depara com uma boneca idêntica a ela numa vitrine, sente uma curiosidade inicial. Passa a querer “possuir” o objeto a qualquer custo. Mesmo percebendo que a boneca mudava de lugar durante a sua procura, ela ainda insistia em ao menos ter o prazer de tocá-la.
Será que ao vermos uma “boneca idêntica a nós”, ficamos com a sensação de que aquele objeto desfruta de sentimentos parecidos com os nossos? De que, finalmente encontramos alguém ou alguma coisa com quem podemos nos identificar?
Neste caso, não há como não associar a personagem ao mito de Narciso. Em sua história, o belo jovem apaixona-se por sua própria imagem e ao tentar beijá-la cai na água e se afoga. Quando o personagem mitológico encontra sua imagem refletida na água se vê revelado por meio do seu reflexo. Porém, por não conseguir diferenciar e compreender o que vê, confunde sua imagem projetada fora de si como um OUTRO que deseja possuir e seu encantamento faz com que isso lhe custe sua própria vida.
O mesmo ocorre com Alma, que encantada com a boneca idêntica a ela não resiste a querer possuí-la. Ao tocá-la, a personagem é transportada para dentro do objeto e quando percebe o ocorrido, de dentro da sua nova casa, entende que outras almas também foram roubadas. Uma nova boneca é elevada na vitrine, à espera da próxima vítima.
Como ficamos quando atingimos algo que queremos tanto? O que acontece naquele momento do encontro entre o desejo e o alvo desejado. O que no curta-metragem é explicitado quando a mão da “Alma” toca a boneca idêntica a ela?
O toque físico, o encontro entre a matéria e a alma, faz com que a personagem seja tragada para um corpo sem vida. Será que não é isto que acontece, no momento que nossas almas tocam algo material que queremos muito, sem ao menos pensar o porquê queremos?
Hoje em dia, com a facilidade de acesso a tudo, acabamos nos confundindo entre o queremos e o que realmente necessitamos para a nossa sobrevivência. Aquele carro de luxo, a casa dos sonhos, os brinquedos mais variados e tecnológicos que nossos filhos tanto querem ou uma sensação de euforia e de adrenalina extremas que podem ser buscadas no consumo de substâncias psicoativas ou aventuras radicais. Objetos e situações em que depositarmos toda nossa felicidade. Quanto mais desejamos algo de fora de nós, menos estamos conectados com nossa essência.
Para C. J. Jung, “quem olha para fora sonha, quem olha para dentro, desperta.”
No curta, a garota olha para fora, a procura da boneca em quem ela depositou toda sua esperança, ao invés de sentir e procurar o que dentro dela poderia satisfazê-la. Ela poderia somente apreciar o fato de que existia uma boneca igual a ela. Mas, isto não era suficiente. Ela queria tomar posse daquele material parecido com ela. E ao possuir é possuída, perde o controle e a sua liberdade.
Na psicologia Junguiana, a palavra alma é compreendida como a totalidade humana, fonte de todo e qualquer princípio de vida e ação (Chevalier). A personagem perde sua capacidade de ação ao ser levada para dentro da boneca.
Nossa alma fica aprisionada quando ficamos enredados em gaiolas invisíveis de insegurança, medo e falta de amor próprio e projetamos fora de nós a solução para nossos conflitos e necessidades de amor e pertencimento.
Bibliografia:
BRANDÃO, J. S. Mitologia Grega. Petrópolis: Vozes, 1986, V. 2.
CHEVALIER, J. GHEERBRANT, A. Dicionário de Símbolos – Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. 24ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.
Corso, D. L. & Corso, M. Fadas no divã: Psicanálise nas histórias infantis. Porto Alegre: Artmed, 2006.
JUNG, C. G. Obras Completas. 7ª Edição. Petrópolis: Vozes, [1971], 2011
TASHEN. Livro dos símbolos: Reflexões sobre Imagens Arquetípicas. Tashen, 2012.
Autoras:
Marcela Alice Bianco – Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta Junguiana formada pela UFSCar. Especialista em Psicoterapia de Abordagem Junguiana associada à Técnicas de Trabalho Corporal pelo Sedes Sapientiae. CRP: 06/77338
Marina Pilar Reichenberger – Psicóloga e Psicoterapeuta graduada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pós-graduada em Aconselhamento em Saúde Mental com especialidade em Terapia Expressiva pela Lesley University nos EUA. CRP: 06/ 119769
Somos todos iguais na fragilidade com que percebemos que temos um corpo e ilusões. As ambições que demorámos anos a acreditar que alcançávamos, a pouco e pouco, a pouco e pouco, não são nada quando vistas de uma perspectiva apenas ligeiramente diferente. Daqui, de onde estou, tudo me parece muito diferente da maneira como esse tudo é visto daí, de onde estás. Depois, há os olhos que estão ainda mais longe dos teus e dos meus. Para esses olhos, esse tudo é nada. Ou esse tudo é ainda mais tudo. Ou esse tudo é mil coisas vezes mil coisas que nos são impossíveis de compreender, apreender, porque só temos uma única vida.
— Porquê, pai?
— Não sei. Mas creio que é assim. Só temos uma única vida. E foi-nos dado um corpo sem respostas. E, para nos defendermos dessa indefinição, transformámos as certezas que construímos na nossa própria biologia. Fomos e somos capazes de acreditar que a nossa existência dependia delas e que não seríamos capazes de continuar sem elas. Aquilo em que queremos acreditar corre no nosso sangue, é o nosso sangue. Mas, em consciência absoluta, não podemos ter a certeza de nada. Nem de nada de nada, nem de nada de nada de nada. Assim, repetido até nos sentirmos ridículos. E sentimo-nos ridículos muitas vezes e, em cada uma delas, a única razão desse ridículo é não conseguirmos expulsar da nossa biologia, do nosso sangue, dos nossos órgãos, essas certezas injustificadas, ou justificadas por palavras sempre incompletas. Mas é bom que seja assim. Porque podemos continuar e, enquanto continuamos, continuamos. Estamos vivos. Ou acreditamos que estamos vivos, o que é, talvez, a mesma coisa.
Narra a lenda que uma virgem índia, apaixonada e não correspondida, olhou as estrelas mergulhadas no céu e desejou, em seu íntimo, também ser estrela. Não sabendo outro modo de ver realizado o seu desejo, ao observar o céu refletido nas água do rio, nelas decidiu mergulhar até avistar as fronteiras do infinito.
E avistou. Iaci, a lua, tudo presenciara em silêncio, e não quis interferir. Mas, de súbito, apiedou-se da jovem que findara por conhecer o amor, e que nunca fora amada. Também mulher, a lua sentiu as dores da índia e julgou por bem imortaliza-la, não na terra, não nos céus, mas sobre o leito das águas.
Assim surgiu a estrela dos rios, cujas folhas espalmadas refletem as luzes dos céus e cujas pétalas exalam o perfume dos amores mais impossíveis e das dores imponderáveis. Sua beleza estelar reflete a alma de toda a mulher que se afoga nas águas do seu próprio ser e cuja força é capaz de fazer florir, nessas mesma águas, uma Vitória que seja Régia.
“A importância da Educação na minha vida? Qual é a importância da educação na vida de quem quer que seja?
Eu tive uma infância muito interessante, tive um pai performático que lia para mim, dizia poesia, falava cinco línguas! Minha mãe cantava em várias línguas também e lia livros de todos os assuntos, desde novelas até a revolução. Havia livros pela casa toda, nunca vi avôs e avós sem livro na mão. Aprendi a ler com quatro anos e a escrever com cinco, e isso para mim foi educação.
Quando vim para o Brasil, meus pais me levaram para ouvir música, ir ao balé, ao solista, à opereta, à orquestra. Tive uma vida muito interessante e agitada para criança. Comecei a ler e escrever muito cedo, em casa, de tanto ouvir meus pais, decorava. Meu pai lia uma vez e eu já sabia de cor. Aprendi brincando.
Sou canhota, comecei a escrever com a esquerda e meu pai disse para experimentar a outra. Experimentei e deu certo e hoje sou ambidestra: eu tenho a esquerda e a direita que escrevem, cortam o bife, ajudam.
Continuo agora com livros e crianças. Educação é isso. A própria existência dos meus pais me educou. Eles não me ensinavam nada. Eu via tudo. Lia e ouvia. Todo mundo lia e todo mundo conversava. Meus pais nunca me apontaram: faça isso, faça aquilo, era a vida de todo dia que era assim, educacional, naturalmente. Você me pergunta o que é Educação e não dá nem para responder. É só tudo!”
Tatiana Belinky (1919-2013) é um dos principais nomes de nossa literatura infanto-juvenil. Com mais de 270 livros publicados entre traduções, adaptações e obras inéditas. Tatiana nasceu na Rússia em 1919, mas mudou-se para o Brasil com apenas dez anos de idade, acompanhando os pais.
“Alzheimers” é um comercial português premiado com o Leão de Ouro na categoria Educação Pública do Festival de Cannes 2006.
Agência: Leo Burnett Lisboa Anunciante: Institute for Support of Abused Children Produtora: Republika Brasil Diretor do filme: Carlos Manga Junior Música: Indigo
Conta uma lenda esquimó que na aurora do mundo não havia qualquer diferença entre homens e animais: todas as criaturas viviam em harmonia sobre a face da Terra, e cada uma podia transformar-se na outra, a fim de entendê-la melhor. Os homens viravam peixes, os peixes viravam homens, e todos falavam a mesma língua.
“Nesta época”, continua a lenda, “as palavras eram mágicas, e o mundo espiritual distribuía fartamente suas bênçãos. Uma frase dita ao acaso podia ter estranhas consequências; bastava pronunciar um desejo que este se realizava”.
Foi então que todas as criaturas começaram a abusar deste poder. A confusão se instalou, e a sabedoria se perdeu.
“Mas a palavra continua mágica, e a sabedoria ainda concede o dom de fazer milagres a todos que a respeitam”, conclui a lenda.
Essa lenda foi recontada pelo escritor Paulo Coelho em sua coluna no Globo.
“Como uma menina de 13 anos pode lidar com a necessidade de ser a cuidadora da mãe com doença de Alzheimer? Nem sempre o cuidador familiar de um adulto dependente é alguém que está preparado para assumir esta função , mas quando se trata de uma criança a situação pode ser ainda mais especial.
Filmado em Pasadena na Califórnia, este curta-metragem de 6 minutos retrata com grande sensibilidade , um cotidiano que pode ser mais frequente do que se pensa: a necessidade de crianças lidarem com as emoções e a responsabilidade de cuidar de um familiar que apresenta transtornos cognitivos ou comportamentais. Produzida pelos irmãos Ben e Josh Shelton, a obra foi premiada como o melhor curta do youtube em 2007 e já teve mais de 3,5 milhões de acessos on line. Também recebeu indicações para premiação em Cannes e no Chicago Intl. Children’s Film Festival dentre outros.” (Gerentologia em Pauta)
Ficam claros o desgaste frente à repetição, a luta para esclarecer os equivocos, a revolta em cuidar de quem deveria estar cuidando mas, acima de tudo, o zelo e a preocupação de alguém que saber que a pessoa amada precisa de ajuda.
Não te desejo todos os presentes do mundo.
Apenas te desejo aquilo que mais falta faz:
Desejo-te tempo para rires e seres feliz,
e, se ajudar, para dares também algo em troca.
Desejo-te tempo para ações e pensamentos,
não só para ti, mas também para os outros.
Desejo-te tempo, não para pressas e correrias,
mas tempo para que brote a verdadeira felicidade.
Desejo-te tempo, não apenas para esbanjares.
Desejo que os teus dias transbordem
de momentos maravilhosos e de confiança absoluta,
em vez de te fixares na lentidão dos ponteiros do relógio.
Desejo-te tempo para alcançares as estrelas,
e tempo para cresceres, para atingires a plenitude.
Desejo-te tempo para novas esperanças, para viver.
Pois não adianta deixar esse tempo para depois.
Desejo-te tempo para descobrires
felicidade em cada hora, em cada dia.
Desejo-te tempo e até pessoas para perdoar.
Desejo simplesmente que tenhas tempo para viver.
A artista plástica portuguesa Maria Rita esbanja delicadeza em suas obras. Em seu atelier, em Minde, utiliza-se de diversos matérias e técnicas para dar dimensões aos seus mais variados sonhos.
Abaixo alguns exemplos de seu trabalho da coleção Lolitas. Para ver mais trabalhos e saber mais, visite seu site.
Poesia através de parafusos: Um ferreiro evoca formas surpreendentemente humanas utilizando-se de parafusos. O Ferreiro e fotógrafo norueguês Tobbe Malm consegue criar esculturas extraordinariamente emocionantes usando parafusos antigos.