1 imagem, 39 canções dos Beatles. Será que você consegue encontrá-las?

1 imagem, 39 canções dos Beatles. Será que você consegue encontrá-las?

ByNina/ Carolina Carvalho

Essa é uma postagens para os verdadeiros fãs dos Beatles.

Em uma imagem lúdica, 39 músicas da banda estão representadas.

Será que você é capaz de acertar pelo menos algumas?

Divirta-se!

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NOTA da CONTI outra: A reprodução deste texto é uma cortesia ByNina

ByNina |Carolina Carvalhocontioutra.com - 1 imagem, 39 canções dos Beatles. Será que você consegue encontrá-las?

@instabynina (http://instagram.com/instabynina)
Fanpage: ByNina (https://www.facebook.com/ninabynina)
Nina tem 40 anos, é Professora de Yoga e SUP Yoga, surfista e escritora.
Trabalha com Social Media e ama tudo o que faz.

83 conselhos de Gurdjieff a sua filha

83 conselhos de Gurdjieff a sua filha

Gurdjieff foi um místico e mestre espiritual armênio. Ensinou a filosofia do autoconhecimento profundo, através da lembrança de si, transmitindo a seus alunos, primeiro em São Petersburgo, depois em Paris, o que aprendera em suas viagens pela Rússia, Afeganistão e outros países. (wikipédia)

1. Fixa tua atenção em ti mesma, sê consciente em cada instante do que pensas, sentes, desejas e fazes.
2. Termina sempre o que começaste.
3. Faz o que estiveres fazendo o melhor possível.
4. Não te prendas a nada que com o tempo venha a te destruir.
5. Desenvolve tua generosidade sem testemunhas.
6. Trata cada pessoa como um parente próximo.
7. Arruma o que desarrumaste.
8. Aprende a receber, agradece cada dom.
9. Para de te autodefinir.
10. Não mintas, nem roubes, pois estarás mentindo e roubando a ti mesmo.
11. Ajuda teu próximo sem torná-lo dependente.
12. Não desejes que te imitem.
13. Faz planos de trabalho e cumpre-os.
14. Não ocupes demasiado espaço.
15. Não faças ruídos nem gestos desnecessários.
16. Se não tens fé, finge tê-la.
17. Não te deixes impressionar por personalidades fortes.
18. Não te apropries de nada nem de ninguém.
19. Reparte equitativamente.
20. Não seduzas.
21. Come e dorme o estritamente necessário.
22. Não fales de teus problemas pessoais.
23. Não emitas juízos nem críticas quando desconheceres a maior parte dos fatos.
24. Não estabeleças amizades inúteis.
25. Não sigas modas.
26. Não te vendas.
27. Respeita os contratos que firmaste.
28. Sê pontual.
29. Não invejes os bens ou sucesso do próximo.
30. Fala só o necessário.
31. Não penses nos benefícios que advirão da tua obra.
32. Nunca faças ameaças.
33. Realiza tuas promessas.
34. Coloca-te no lugar do outro em uma discussão.
35. Admite que alguém te supere.
36. Não elimines, mas transforma.
37. Vence teus medos, cada um deles é um desejo camuflado.
38. Ajuda o outro a se ajudar a si mesmo.
39. Vence tuas antipatias e te acerca de quem queres rejeitar.
40. Não reajas ao que digam de bom ou de mau sobre ti.

41. Transforma teu orgulho em dignidade.
42. Transforma tua cólera em criatividade.
43. Transforma tua avareza em respeito pela beleza.
44. Transforma tua inveja em admiração pelos valores alheios.
45. Transforma teu ódio em caridade.
46. Não te vanglories nem te insultes.
47. Trata o que não te pertence como se te pertencesse.
48. Não te queixes.
49. Desenvolve tua imaginação.
50. Não dês ordens só pelo prazer de ser obedecido.
51. Paga pelos serviços que te prestam.
52. Não faças propaganda de tuas obras ou ideias.
53. Não trates de despertar, nos outros em relação a ti, emoções como piedade,
admiração, simpatia e cumplicidade.
54. Não chames atenção por tua aparência.
55. Nunca contradigas, cala-te.
56. Não contraias dívidas, compra e paga em seguida.
57. Se ofenderes alguém, pede desculpas.
58. Se ofendeste publicamente, desculpa-te igualmente em público.
59. Se te dás conta de que te equivocaste, não insistas por orgulho no erro e desiste imediatamente de teus propósitos.
60. Não defendas tuas antigas ideias só porque tu as enunciaste.
61. Não conserves objetos inúteis.
62. Não te enfeites com as ideias alheias.
63. Não tires fotos com personagens famosos.
64. Não prestes contas a ninguém, sê teu próprio juiz.
65. Nunca te definas pelo que possuis.
66. Nunca fales de ti sem te conceder a possibilidade de mudança.
67. Aceita que nada é teu.
68. Quando pedirem a tua opinião sobre alguém, fala somente de suas qualidades.
69. Quando adoeceres, em vez de odiar esse mal, considera-o teu mestre.
70. Não olhes com dissimulação, olha fixamente.
71. Não te esqueças de teus mortos, mas limita-os em um espaço que não lhes permita invadir toda a tua vida.
72. Em tua moradia, reserva sempre um lugar ao sagrado.
73. Quando realizares um serviço, não ressaltes teus esforços.
74. Se decidires trabalhar para alguém, trata de fazê-lo com prazer.
75. Se estás em dúvida entre fazer ou não fazer algo, arrisca-te e faz.
76. Não queiras ser tudo para teu cônjuge; admite que busque em outras pessoas o que não lhe podes dar.
77. Quando alguém tenha seu público, não tentes contradizê-lo e roubar-lhe a audiência.
78. Vive dos teus próprios ganhos.
79. Não te vanglories de aventuras amorosas.
80. Não exaltes as tuas debilidades.
81. Não visites alguém só para preencheres o teu tempo.
82. Obtém para repartir.
83. Se estás meditando e um diabo se aproxima, bota-o a meditar também…

Fonte indicada: Alquimia e Mitologia

A vida cobra consequências

A vida cobra consequências

Por Lourival Antonio Cristofoletti

Quando alguém falhar por perto – ou fizer algo que lhe desagrade – e você entender que se mostra inevitável uma intervenção sua, procure dar seu recado de maneira embasada, construtiva, sem precisar, em cada intervenção, fazer um chato e repetitivo sermão, com raiva, uma cronologia rigorosa dos eventos desagradáveis, usando hipérboles que distorcem e ampliam a dimensão do problema. Por isso, quando entender que um feedback se mostra indispensável, que ele seja breve, focado, sem utilizar palavras trágicas e desqualificantes.

Fique longe das ameaças, também, principalmente daquelas que você e todos os outros sabem que nunca serão cumpridas. É desagradável passar a sensação de que o outro que está sendo advertido mostrou-se criança, irresponsável, que não tem jeito nem merece esperanças, de que é um inútil, uma grande decepção. Muitas vezes é o seu foco que pode estar distorcido, em função do seu alto nível de exigência e sua desmedida expectativa em relação a si, ao outro,ao mundo.

Não se leve tanto a sério: veja se você tem essa dimensão que imagina. Muitas vezes pode se mostrar oportuno apenas momentaneamente engolir a sua contrariedade, filtrá-la, dosá-la, mensurá-la, pesá-la, aguardando, pelo menos, uma breve decantação para, então, atenuados os ânimos, decidir qual será a sua melhor atitude e a sua melhor postura no caso.

Cuidado, se o seu impulso de falar pelos cotovelos é irrefreável, com broncas longas e ineficazes: só servem para desgastar e enfraquecer a sua imagem e esfriar ainda mais a relação. Se do jeito que você tem feito não surte resultado algum, já passou do tempo em pensar em outras estratégias de abordagem, condução e tomada de decisão.

Podem se mostrar mais apropriadas algumas palavras escolhidas, ditas num tom assertivo, de forma breve, fora do momento da raiva, acompanhadas do sentimento de que você também se preocupa com o que acontece à pessoa – em vez de apenas colocar seus pesados dedos nas feridas alheias, como se, de camarote, assistisse a todas as mazelas alheias do mundo.

Reza a lenda que cabe sempre ao mais maduro ponderar, manter a calma – principalmente se está com a razão. Se não agir assim poderá estar correndo o risco de passar recibo de que é uma pessoa insensível, ou exagerada, ou centralizadora, ou ansiosa, com os pés distantes da realidade e que perde o senso e a razão quando se irrita.

Esta reflexão pode se constituir – se você o permitir – um alerta e um convite à conscientização de que, muitas coisas que estão em jogo na situação, poderão ter um surpreendente e inusitado positivo impacto, quem sabe determinando um marco divisor em sua existência.

E ai: o que entende que seja possível fazer por si mesmo? Como poderia começar? Então, tá: se baixar um pouco a sua guarda, poderá alinhar os seus ingredientes, ponderar sobre a sua realidade. Irá procurar fazer os reposicionamentos possíveis após suaves reflexões, abrindo espaços, aí sim, para consistentes e reparadores aprendizados.

Está bom por hoje, ou ainda precisa de mais alguns rótulos para o Produto “Você” ficar mais bem acabado, adornado, resolvido, compreendido, aceito, amado? Já parou para pensar que o maior beneficiário da sua evolução de comportamento será você? Lembro-lhe que a vida pode escoar entre destemperadas intervenções: é o que me vem à mente e que posso lhe sugerir e lhe desejar por ora, pois a vida cobra consequências.

LOURIVAL  ANTONIO CRISTOFOLETTI

contioutra.com - A vida cobra consequênciasPaulista de Rio Claro e residente em Vitória/ES. É mestre em Administração pela UnB – Universidade de Brasília, Analista Organizacional e Consultor em Recursos Humanos. Atualmente atua como professor na Graduação e MBA na FAESA – Faculdades Integradas Espírito-Santenses; Instrutor na UFES – Universidade Federal do ES e na ESESP– Escola de Governo do ES.

Livro publicado: COMPORTAMENTO: INQUIETAÇÕES & PONDERAÇÕES
Livraria Logos (vendas pelo site)

E-mail de contato: : [email protected]
No Facebook: Lourival Antonio Cristofoletti No Instagram: lourivalcristofoletti

Quando nasce um bebê nasce também uma mãe

Quando nasce um bebê nasce também uma mãe

A experiência da maternidade é realmente transformadora!

Se formos pensar, ela começa quando ainda somos meninas brincando de bonecas. Embalamos, trocamos a roupinha e damos comidinha para os nossos “bebês/bonecas”, e assim, começamos a nos projetar na figura de cuidadoras, sentindo imenso prazer e satisfação em mergulhar nesta fantasia.

À medida que crescemos, deixamos de lado as bonecas e aos poucos os demais interesses da vida se sobressaem. Passamos a nos envolver em outras atividades como correr, jogar, estudar, paquerar, passar horas a fio na frente do espelho ou conversando com as amigas. Vivências diárias de envolver-ser, relacionar-se, acolher e ser acolhida, superar obstáculos, aprender e crescer. É a vida nos treinando para a maternidade!

Afinal, uma mãe, para cumprir bem o seu papel, precisa saber curar as feridas dos seus filhos, suprir suas necessidades de afeto e cuidado, ajudá-los e ampará-los nas suas frustrações e incentivar suas conquistas e vitórias. Quem melhor que própria vida para nos ensinar como se faz?

Eis que de repente, surge um Chamado! Consciente ou inconsciente, esperado ou inesperado, na hora certa ou imprevista, a mulher é chamada para se tornar mãe! Uma experiência que transformará sua vida para sempre.

Como todas as fases de grandes mudanças, a maternidade e a gravidez é acompanhada de uma enxurrada de emoções e processos. Mudanças físicas, sociais e psicológicas acontecem simultaneamente.

Cada gravidez é única para cada mulher, assim como a experiência da maternidade!

O corpo se transforma. Sua imagem corporal se altera a cada mês, a cada semana. Muitas se acham lindas grávidas, outras se deprimem por perder o corpo de outrora. Algumas têm a libido aumentada, outras resistem ao simples toque do marido. A gravidez altera a forma como a mulher se relaciona com o próprio corpo e isso pode ter inúmeros impactos na sua vida pessoal, na sua autoestima e nos seus relacionamentos.

Outra grande mudança é a em relação a identidade. Filhas que se transformam em mães. Mudanças que se expressam na forma como a mulher se enxerga e como os outros a veem, nos papéis que passam a desempenhar, nas novas responsabilidades e divisões de tarefas.

Todas essas mudanças podem gerar intensos sentimentos de ansiedade e insegurança. O medo de errar, de não ser uma boa mãe, a busca pela aprovação da família e da sociedade, as dificuldades em conciliar as diferentes áreas da vida, a falta de tempo para si mesma, e tantos outros aspectos que podem despertar diferentes emoções e sentimentos. Assim, a maternidade se configura como um verdadeiro rito de passagem e iniciação. Um momento de transformação profunda, no qual as mudanças corporais marcam também o início de uma nova condição interna, provando a conexão indissociável entre psique e corpo.

Um olhar mais atento para o corpo através de técnicas de relaxamento e integração fisio-psíquica, psicoterapia para elaborar as mudanças emocionais, grupos de mães no qual se pode compartilhar medos, angústias e insights a respeito das diferentes situações vividas e tantas outras técnicas terapêuticas, corroboram significativamente para que a mulher consiga acolher emocionalmente esta nova configuração tanto no corpo, quanto na alma, de modo mais seguro e confiante.

Há de preparar-se para o nascimento… do bebê e da mãe!

Autoras:

contioutra.com - Quando nasce um bebê nasce também uma mãeJuliana Pereira dos Santos – Psicóloga, especialista em Psicologia Clínica Junguiana. Aprimoranda em Psicopatologia e Psicologia Simbólica pelo Instituto Sedes Sapientiae e Coach formada pela Sociedade Brasileira de Coaching. CRP: 06/ 108582

 

contioutra.com - Quando nasce um bebê nasce também uma mãeMarcela Alice Bianco – Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta Junguiana formada pela UFSCar. Especialista em Psicoterapia de Abordagem Junguiana associada à Técnicas de Trabalho Corporal pelo Sedes Sapientiae. CRP: 06/77338

Psique em Equilíbrio Psicologia Clínica no Facebook

Carta de um doente de Alzheimer para sua mulher

Carta de um doente de Alzheimer para sua mulher

“Leninha, meu amor.

Escrevo-te esta carta, mas a única viagem que ela fará, será da minha mão para a tua. Escrevo-ta porque vais precisar de a ler muitas vezes, e eu também vou precisar que a leias. Não é à toa que me esqueço constantemente das coisas, não é à toa que de um momento para o outro a minha personalidade muda, não é à toa que por vezes o meu discurso não faz sentido. Mas que Deus me ajude a terminar esta carta, pelo menos esta carta, sem que a memória se vá embora e me deixe perdido a olhar para esta folha. Hoje sei que em breve não saberei quem sou, disseram-me os médicos. Tenho alzheimer.
Deixarei de viver antes do dia da minha morte, a vida escolheu-me para ter este fim, mas antes disso, escolheu-me para ser o marido mais feliz do mundo, o pai mais feliz do mundo, e por isso não consigo ficar desiludido com ela. Aceito, só posso aceitar.

Não fiques triste por mim, meu amor, pois eu não irei sofrer, não me irei lembrar sequer da dor. Os nossos filhos estão bem e tu és forte o suficiente para superares isto, não sintas pena de mim, por favor, sente amor, só, e toma conta de mim se puderes. Mas eu não quero atrapalhar a tua vida, não te quero prender em casa para não me deixares fazer asneiras, não te quero prender ao lado da cama para saberes se está tudo bem comigo, nem te quero prender a mim quando já não for mais a pessoa que amaste tantos anos. Não quero nada disto mas também sei que, por menos que queira ou por mais que te peça, tu nunca me irias abandonar, nunca irias desistir de mim. Tantas vezes me perguntaste porque é que eu te tinha escolhido para viver ao meu lado, porque é que eu te amava se tu não eras bonita nem tinhas nada de especial. Nunca desistirias de mim, nunca me abandonarias, queres maior beleza que isto? Queres maior motivo para te amar e querer viver contigo para sempre? Sei que nunca os pequenos-almoços que te levei à cama poderão compensar os dias a fio em que me darás o comer à boca, sei que nunca os momentos em que te confortei poderão compensar as preocupações que terás comigo, mas lembra-te, já que eu não irei conseguir, que eu serei o homem mais sortudo do mundo por te ter a tomar conta de mim.

Só eu posso sentir tristeza por não me lembrar de tantas coisas bonitas que vivemos, só eu posso sentir tristeza por não reconhecer mais o teu lindo sorriso, só eu posso sentir tristeza por não poder sentir mais nada. Lembra-te de tudo isto por mim, sorri por mim, sê feliz por mim, por favor! E lá no fundo, mesmo sem saber, eu também serei, prometo.

Estou-me a ir embora mas ainda aqui estou, perco-me lentamente numa memória que o tempo desvanece, caio no vazio do esquecimento e não posso fazer nada, dói amor, claro que dói, mas enquanto me dói, sei que vivo, e sei que deixarei de o saber.

Esta doença levar-me-á daqui e deixará apenas o meu corpo a estorvar e a dar trabalho. É triste, muito triste. Por isso peço-te que me perdoes Leninha. Perdoa-me quando não te reconhecer a ti e aos nossos filhos, perdoa-me quando estiveres mal e eu ficar indiferente, perdoa-me quando disseres que me amas e eu não retribuir, perdoa-me quando não sentir mais a tua falta, perdoa-me quando me olhares nos olhos e não vires nada, perdoa-me quando eu me for embora e não disser adeus.

Mas prometo-te, meu amor, que vou amar-te para sempre, vou amar-te sem fim, vou amar-te para sempre num cantinho de mim. Vou amar-te para sempre, prometo… só não me vou lembrar.”

 Texto de Raul Minh’alma

Nota da CONTI outra: Texto reproduzido nesse espaço com a autorização do autor e de nossa página parceira Ela e Ele.

Síndrome do pensamento acelerado: conheça o problema e saiba como contorná-lo

Síndrome do pensamento acelerado: conheça o problema e saiba como contorná-lo

Uma das principais causas desse distúrbio é o excesso de informação a que somos expostos hoje em dia

Tem dificuldade em relaxar a mente e acalmar os pensamentos? Está sempre em busca de estímulos, precisando de cada vez mais informações para satisfazer essa vontade? Esse pode ser não apenas um caso de uma pessoa agitada, mas a representação de sintomas dasíndrome do pensamento acelerado.

“O excesso de informações satura o córtex cerebral, produzindo uma mente hiper pensante, agitada, com baixo nível de tolerância, impaciente e sem criatividade”.

Essa é uma condição moderna que tem origem com o ritmo alucinante das grandes cidades, com overdoses diárias de informações e obrigações que afetam a saúde emocional de uma boa quantidade de gente. Depressão, estresse, síndrome do pânico e nomofobia (medo de ficar sem celular) são outros exemplos de situações que ocorrem com muito mais frequência nas últimas décadas.

Especialistas dizem que a síndrome do pensamento acelerado não é uma doença, mas sim um sintoma vinculado a um quadro de transtorno de ansiedade. As pessoas mais vulneráveis geralmente são aquelas que são avaliadas constantemente por conta das suas obrigações profissionais, não podendo desligar um minuto sequer, caso contrário o trabalho é comprometido. Bons exemplos são executivos, jornalistas, escritores, publicitários, professores e profissionais da saúde.

As possíveis causas são, além dessa ansiedade devido à pressão profissional, o excesso de informações às quais somos submetidos durante o dia, condição considerada normal nos dias de hoje.

Quem lê livros não só é mais inteligente como também é o melhor tipo de pessoa para se apaixonar

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Sintomas da síndrome do pensamento acelerado

É comum entre quem tem a síndrome do pensamento acelerado ter a sensação de estar sendo esmagado pela rotina, com aquela impressão de que 24 horas são insuficientes para cumprir tudo o que você tem planejado para o dia. Há o sentimento persistente de apreensão, falta de memória, déficit de atenção, irritabilidade e sono alterado. O humor flutuante é outra característica bem comum.

O esgotamento mental da pessoa que não consegue desacelerar o seu pensamento normalmente se converte em cansaço físico também. Isso porque o córtex cerebral, a camada mais evoluída do cérebro, “rouba” energia que deveria ser utilizada em músculos e outros órgãos.

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Fotografia Teresa Queirós. O uso da imagem é meramente ilustrativo.

Tecnologia

Um componente que colabora muito para o aumento nos casos de síndrome do pensamento acelerado e para a piora no quadro é a tecnologia. Primeiro, com a popularização da televisão, há décadas, as crianças começaram a ter menos atenção na escola e os educadores mais dificuldade para influenciar o universo psíquico dos jovens.

Depois, vieram os computadores e videogames. Hoje, as redes sociais são um mundo que oferece um excesso de estímulos e informações. Passar uma noite inteira no Facebook significa uma quantidade absurda de textos (lidos e escritos) e imagens passando pelo nosso cérebro em um tempo curto. Além disso, ser usuário de uma rede social colabora para a ansiedade – cria-se o costume de consultá-las o tempo todo para checar se há novas mensagens.

A Síndrome do Pensamento Acelerado foi denominada e vem sendo estudada pelo psiquiatra, pesquisador e escritor, Dr.Augusto Cury. Um de seus livros mais lidos é Ansiedade, o mal do século. Ele também é autor da Teoria da Inteligência Multifocal e descobriu a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA), ao estudar o pensamento como ciência.

Tratamento

Se você fecha com tudo o que foi dito acima é provável que tenha a síndrome do pensamento acelerado. Nesse caso, é recomendável buscar a ajuda profissional de um especialista.

7 dicas para viver melhor

1. Treine sua mente para admirar algo que o dinheiro não compra, como observar seu filho a desenhar ou pintar, abraçar mais, beijar mais, trocar experiências com os filhos, dar carinho a quem se ama.

2. Tenha mais contato com a natureza. Caminhe ao ar livre, admire as árvores e os animais, aprecie o silêncio e o vento no rosto…

3. Faça alguma atividade lúdica. Vale praticar um esporte, ler um livro e contar histórias.

4. Proteja a sua emoção. Não cobre demais os outros (seja marido, sejam filhos ou amigos) nem a si mesma, isso torna a vida angustiante. Não exija demais das pessoas. Ao contrário, elogie mais, aponte as características boas, os pontos fortes de quem está ao seu lado.

5. Aprenda a relaxar. Pare um momento do dia, esqueça tudo ao redor, respire fundo, solte o corpo e esvazie a mente.

6. Perdoe o outro e se auto perdoe.

7. Dê mais risada, não leve a vida tão a ferro e fogo. Sorria!

 Excertos de matérias publicadas nos sites Vivo mais Saudável, Medplan

Um poema de Herberto Helder

Um poema de Herberto Helder

Imagem de capa: Retrato do Poeta Herberto Helder, 2009 © MARIA HENRIQUES

Faleceu hoje, 25 de março de 2015, em Portugal, aos 84 anos de idade, o poeta Herberto Helder, por muitos comparado ao próprio Fernando Pessoa. 

Fora também, ao longo da carreira,  jornalista, editor e redator publicitário.

Eis um de seus poemas:

A Bicicleta pela Lua Dentro – Mãe, Mãe

A bicicleta pela lua dentro – mãe, mãe –
ouvi dizer toda a neve.
As árvores crescem nos satélites.
Que hei-de fazer senão sonhar
ao contrário quando novembro empunha –
mãe, mãe – as tellhas dos seus frutos?
As nuvens, aviões, mercúrio.
Novembro – mãe – com as suas praças
descascadas.A neve sobre os frutos – filho, filho.
Janeiro com outono sonha então.
Canta nesse espanto – meu filho – os satélites
sonham pela lua dentro na sua bicicleta.
Ouvi dizer novembro.
As praças estão resplendentes.
As grandes letras descascadas: é novo o alfabeto.
Aviões passam no teu nome –
minha mãe, minha máquina –
mercúrio (ouvi dizer) está cheio de neve.Avança, memória, com a tua bicicleta.
Sonhando, as árvores crescem ao contrário.
Apresento-te novembro: avião
limpo como um alfabeto. E as praças
dão a sua neve descascada.
Mãe, mãe — como janeiro resplende
nos satélites. Filho — é a tua memória.E as letras estão em ti, abertas
pela neve dentro. Como árvores, aviões
sonham ao contrário.
As estátuas, de polvos na cabeça,
florescem com mercúrio.
Mãe — é o teu enxofre do mês de novembro,
é a neve avançando na sua bicicleta.O alfabeto, a lua.Começo a lembrar-me: eu peguei na paisagem.
Era pesada, ao colo, cheia de neve.
la dizendo o teu nome de janeiro.
Enxofre — mãe — era o teu nome.
As letras cresciam em torno da terra,
as telhas vergavam ao peso
do que me lembro. Começo a lembrar-me:
era o atum negro do teu nome,
nos meus braços como neve de janeiro.Novembro — meu filho — quando se atira a flecha,
e as praças se descascam,
e os satélites avançam,
e na lua floresce o enxofre. Pegaste na paisagem
(eu vi): era pesada.O meu nome, o alfabeto, enchia-a de laranjas.
Laranjas de pedra – mãe. Resplendentes,
estátuas negras no teu nome,
no meu colo.Era a neve que nunca mais acabava.

Começo a lembrar-me: a bicicleta
vergava ao peso desse grande atum negro.
A praça descascava-se.
E eis o teu nome resplendente com as letras
ao contrário, sonhando
dentro de mim sem nunca mais acabar.
Eu vi. Os aviões abriam-se quando a lua
batia pelo ar fora.
Falávamos baixo. Os teus braços estavam cheios
do meu nome negro, e nunca mais
acabava de nevar.

Era novembro.

Janeiro: começo a lembrar-me. O mercúrio
crescendo com toda a força em volta
da terra. Mãe – se morreste, porque fazes
tanta força com os pés contra o teu nome,
no meu colo?
Eu ia lembrar-me: os satélites todos
resplendentes na praça. Era a neve.
Era o tempo descascado
sonhando com tanto peso no meu colo.

Ó mãe, atum negro —
ao contrário, ao contrário, com tanta força.

Era tudo uma máquina com as letras
lá dentro. E eu vinha cantando
com a minha paisagem negra pela neve.
E isso não acabava nunca mais pelo tempo
fora. Começo a lembrar-me.
Esqueci-te as barbatanas, teus olhos
de peixe, tua coluna
vertebral de peixe, tuas escamas. E vinha
cantando na neve que nunca mais
acabava.

O teu nome negro com tanta força —
minha mãe.
Os satélites e as praças. E novembro
avançando em janeiro com seus frutos
destelhados ao colo. As
estátuas, e eu sonhando, sonhando.
Ao contrário tão morta — minha mãe —
com tanta força, e nunca

— mãe — nunca mais acabava pelo tempo fora.

Herberto Helder, in ‘Poemas Completos’

Rir é o melhor remédio!

Rir é o melhor remédio!

ByNina |Carolina Carvalho

“Cada pensamento gera uma emoção e cada emoção mobiliza um circuito hormonal que terá impacto nas trilhões de células que formam nosso organismo.

As condutas “S”: serenidade, silêncio, sabedoria, sabor, sexo, sono, sorriso, promovem secreção de serotonina, enquanto que as condutas “R”: ressentimento, raiva, rancor, repressão, resistência, facilitam a secreção de Cortisol, um hormônio corrosivo para as células, que acelera o envelhecimento.

As condutas “S” geram ATITUDES “A”: ânimo, amor, apreço, amizade, aproximação, entretanto, as condutas “R” geram ATITUDES “D”: depressão, desânimo, desespero, desolação.

Aprendendo este alfabeto emocional, lograremos viver mais tempo e melhor, porque o sangue “ruim” (muito cortisol e pouca serotonina) deteriora a saúde fisica e mental e acelera o envelhecimento.

O bom humor e a realização de atitudes que nos faz bem, é a chave para a longevidade saudável.

Então tenhamos uma excelente vida, repleta de Serotonina!”
(Dr. Juan Hitzig)

“A risada faz aumentar a secreção de endorfina que relaxa as artérias, melhora a circulação e beneficia a reação imunológica. Além disso estimula a produção de adrenalina o que ocasiona mais irrigação nos tecidos que recebem mais oxigênio. O bom humor aumenta a capacidade de resistir à dor.”

Rir é o melhor remédio

Com certeza você já ouviu dizer que rir é o melhor remédio. E isto não é apenas teoria. A Terapia do Riso vem sendo utilizada como método terapêutico para o tratamento de depressão, melancolia, mau-humor (distimia), estresse e diversas outras doenças. Está comprovado que o riso auxilia na recuperação e na cura dos pacientes, reduzindo o tempo de tratamento e de internação em até 20%.

Freud, o criador da Psicanálise, mostrou em um de seus trabalhos que, as cenas cômicas e o riso, ajudam a melhorar a saúde. Desde a década de 60, o médico norte-americano Hunter “Patch” Adams, considerado o “pai da Terapia do Riso”, vem utilizando o riso como agente de cura. Sua história foi retratada no filme “Patch Adams – O Amor é Contagioso”.

Segundo o Dr. Eduardo Lambert, clínico geral, homeopata e terapeuta, autor do livro “Terapia do Riso – A Cura pela Alegria”, o riso e sua onda vibratória transmitem energia e uma química que se espalha por todo o corpo, provocando o relaxamento muscular de todos os órgãos. “Mesmo o simples esboçar de um sorriso ou uma gargalhada, estimulam o cérebro a produzir endorfinas, substâncias químicas com poder analgésico, que proporcionam uma enorme sensação de bem-estar.” Além disso, as endorfinas estimulam o sistema imunológico contra reações alérgicas, bactérias e vírus; protegem o aparelho circulatório contra enfartes e derrames; ajudam a melhorar a pressão arterial, ampliam a capacidade respiratória e promovem uma ação antienvelhecimento.
“Quando sorrimos ou damos uma gargalhada emitimos uma ordem ao cérebro para que ele aumente a produção de endorfinas, substâncias químicas com poder analgésico e que dão a sensação de bem estar físico”
É provado em muitos hospitais norte americanos e brasileiros que a terapia do riso diminui em cerca de 20 por cento o tempo médio de internação. Quando se dá uma gargalhada, o ritmo do sangue acelera e aumenta a circulação de sangue no organismo, melhorando a oxigenação dos tecidos. O maior bombardeamento faz com que os vasos se dilatem e a pressão arterial baixe. Durante uma risada, acontece um aumnto de absorção de oxigénio pelos pulmões e o movimento de inspiração e expiração fica mais profundo. Com isso, eliniminamos com mais facilidade o excesso de dióxido de carbono presente no orgão. O riso também massageia o sistema gastrointestinal, já que o músculo mais exercitado durante a risada é o diafragma que fica perto do estômago e do intestino. Por fim, quem ri também fortalece o sistema inunólógico pois a risada promove uma baixa no nível de cortisol e adrenalina, dois hormônios associados ao estresse.
E você sabia que a alegria e o riso também podem ajudar a emagrecer? Isto mesmo! Para rir, acionamos 28 músculos da face, queimando de 10 a 11 calorias.

Seja feliz todos os dias

“O riso é uma conseqüência, um efeito da felicidade”, afirma Leila Navarro, conferencista, autora e especialista comportamental. Para viver com felicidade, o importante antes de tudo, é se gostar, se respeitar, ter auto-estima, aceitar a vida com ela é e tentar tirar o melhor de cada situação.

De acordo com Leila, 80% do que acontece durante todo o dia está ligado aos primeiros 10 minutos da manhã. Sendo assim, ter bons pensamentos ao acordar pode tornar o seu dia mais feliz. Logo pela manhã, você pode adotar um ritual de felicidade, seja respirando profundamente, se espreguiçando, rezando e até meditando. Ela ensina a escrever no teto ou num local que você visualize assim que acordar a seguinte frase: “Hoje tomei uma decisão: vou ser feliz assim mesmo”. Repita a frase todos os dias em voz alta. Se você pode ser condicionado a coisas boas, porque pensar no que é ruim?

No dia-a-dia, você pode estimular o riso de várias formas. “Treine o sorriso diante do espelho, leia bons livros, ouça e conte boas piadas e enxergue o lado bom das coisas, pois por mais negativa que seja uma experiência de vida, sempre tem a lição positiva que podemos aprender e ensinar”, ensina Lambert.

Sorriso é antídoto para mau-humor e problemas

O mau-humor e a infelicidade nos tornam tristes e até deprimidos. Pensamentos prejudiciais, sentimentos inferiores e emoções negativas geram um campo energético nocivo, que pode ser absorvido pelo organismo, provocando doenças que afetam até o estado físico. “A alegria e o otimismo geram simpatia e esta energia positiva contagiante nos ajuda a viver muito mais”, ensina o Dr. Lambert. Para estimular a alegria ele aconselha, ainda, a fazer com freqüência uma faxina interior. “Limpe os porões e jogue o passado fora, pois não existe mais. O passado é aprendizado, do qual nos interessa apenas as boas lembranças e lições”, completa.

Tente resolver os problemas pela ordem de prioridade e siga a filosofia tibetana: “Se o problema tem solução não se preocupe. Se o problema não tem solução, não há motivo para se preocupar.”

No trabalho, o riso estimula a produtividade. As pessoas que gostam do que fazem, do ambiente em que trabalham e dos colegas de equipe, produzem mais e melhor. “Quem ri é mais produtivo, mais criativo, mais comunicativo, toma as decisões mais rápido, fica menos doente e até comete menos acidentes, já que ama a vida e não quer perdê-la”, explica Leila.

Confira algumas dicas extraídas do livro “Terapia do Riso – A Cura pela Alegria”, do Dr. Eduardo Lambert:

– Viva em paz com a sua consciência,
– Com entusiasmo viva o presente,
– Cultive e pratique o bem e a caridade,
– Dê um sentido positivo e de qualidade à vida,
– Tenha sempre atitudes positivas,
– Fale de assuntos alegres, conte piadas sadias,
– Não guarde rancor, nem ressentimento,
– Faça para outrem o que querem que te façam,
– Tenha mais fé em si mesmo e em Deus,
– Sorria sempre, pois rir é o melhor remédio.

NOTA da CONTI outra: A reprodução deste texto é uma cortesia ByNina 

ByNina |Carolina Carvalhocontioutra.com - Rir é o melhor remédio!

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Trabalha com Social Media e ama tudo o que faz.

A violência em filmes e jogos influencia a violência na vida real?

A violência em filmes e jogos influencia a violência na vida real?

Por Octavio Caruso

“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.” (Martin Luther King)

A sociedade caminha para um futuro de incertezas e violência. Basta ligarmos a TV para que percamos a esperança, se não são nossos jovens admirando produtos de pouca ou nenhuma qualidade, são os crimes e assassinatos horrendos. Há aqueles que colocam a culpa na violência exibida em filmes e jogos. A violência é inerente ao ser humano, canalizada serve a propósitos maiores, porém se aliada a uma total ausência de cultura, torna-se uma arma letal.

Em “Taxi Driver” de Martin Scorsese, podemos testemunhar a degradação mental do personagem de Robert De Niro, cada vez mais inconsequente em sua jornada. Insatisfeito com os rumos da sociedade, a qual ele vê como totalmente corrupta e vendida, decide fazer justiça com as próprias mãos e salvar ao menos uma alma, a da jovem prostituta, vivida por Jodie Foster. Em “Laranja Mecânica“, Stanley Kubrick nos apresenta um futuro composto de jovens descontrolados em sua fúria. Seu líder é apaixonado pela Nona Sinfonia de Beethoven (ideia genial do escritor Anthony Burgess), o que é extremamente contraditório com sua conduta. Após o seu tratamento torna-se incapaz de realizar qualquer ato violento, nem mesmo em defesa própria, assim como escutar sua composição favorita. No ótimo “A Outra História Americana“, temos o exemplo de um jovem (Edward Norton) que integra um grupo de neonazistas, preso após matar dois negros. Os preconceitos alimentados por sua família extremamente racista o transformaram ao longo dos anos em um sociopata. O racismo nada mais é que a ignorância cultural elevada à “enésima” potência. Um exímio matemático pode se tornar um psicopata. A violência atinge qualquer classe social. Mas nunca conheci um filósofo que tenha assassinado alguém. Acredito que quanto mais cultura geral uma pessoa tenha, mais difíceis são as chances dela cometer algum ato de violência extrema.

Hitler queimava livros. Os que faziam parte de sua biblioteca pessoal (Nietzsche e Schopenhauer) ele deve ter lido superficialmente, interessando-se apenas pela instrumentalização da filosofia. A cineasta alemã Leni Riefenstahl chegou a citar ter escutado do próprio ditador, que ele não conseguia entender as propostas de Nietzsche. Traduzindo em miúdos: ele era um estúpido que tentava passar uma imagem intelectualmente superior. Ousando utilizar a psico-história criada por Isaac Asimov em sua “Trilogia da Fundação”, baseando-me pela sociedade que vejo hoje, com os jovens que mundialmente consomem porcaria audiovisual e afastam-se cada vez mais dos livros (isso sem falar no avanço impressionante das manipuladoras religiões com contas bancárias no exterior), podemos esperar um futuro pleno em avanços tecnológicos e sem alma. Analogamente, tal qual um jogador de futebol de origem humilde, que de uma hora para a outra aumenta consideravelmente sua conta bancária, apenas para ostentar com brinquedos caros e relógios de ouro. Necessitamos de um futuro em que esses jogadores, ao receber estes salários altíssimos, percebam a oportunidade de crescer como seres humanos, adquirir cultura.

Do jeito que a coisa anda, o futuro é mais uma crônica de uma tragédia anunciada. E ainda me aparecem psicólogos oportunistas na televisão colocando a culpa da violência atual nos filmes e jogos. A culpa real pesa nos ombros dos pais que ensinam aos filhos pequenos, que se o coleguinha é de um time contrário ao dele, deve ser motivo de deboche. Naqueles que não instigam pelo exemplo o prazer pela leitura e pela busca de conhecimento. No pai que agride a mãe, física ou verbalmente, na frente do filho. Assistem “CQC” e se consideram politizados; leem psicografias e se consideram espiritualizados; fazem o sinal da cruz e se consideram religiosos; citam frases populares de filósofos cujos livros nunca leram e se consideram cultos. Divulgam nas redes sociais vídeos de danças bizarras, músicas de mau gosto e pessoas escorregando em cascas de banana, enquanto largam na obscuridade trabalhos belos (que por vezes são resultado do suor de equipes criativas e dedicadas). Salientam o grotesco e reclamam da ausência do que é belo. Esses são os seres humanos, sempre dispostos a se engajarem em causas nobres (quando em lugares públicos, onde isso possa lhes trazer notoriedade), porém incapazes de perdoar aquele motorista que sem querer lhes corta na estrada ou ajudar uma idosa a atravessar a rua.

O mundo seria melhor se o pai ao invés de presentear o filho com uma camiseta de time de futebol, desse a ele um livro. Ao invés de jogar a responsabilidade total nos ombros das escolas, sentasse com seu filho pré-adolescente e fizesse um festival de cinema em casa (como relatado no ótimo livro biográfico: “O Clube do Filme” de David Gilmour). Por intermédio da Sétima Arte e com a ajuda do pai, o jovem aprenderia sobre a história do mundo. Com “Patton – Rebelde ou Herói”, “O Mais Longo dos Dias” e “O Resgate do Soldado Ryan“, aprenderia sobre a Segunda Guerra Mundial. Logo após, veria as consequências da bestialidade humana em “O Pianista” e “A Lista de Schindler“. A riqueza cultural advinda de simples tardes valeria por anos de estudos universitários. A Sétima Arte é uma ferramenta cultural importantíssima. Caso quiserem respostas para o nível de violência que se alastra sem limites aparentes, olhem-se no espelho.

Nunca me esqueço do que ocorreu no evento paulista “virada cultural”, onde os organizadores convidaram José Mojica Marins para se apresentar como “Zé do Caixão” e abrir o show da banda de punk rock: Misfits. O cineasta de 75 anos foi colocado em um caixão preso a um guindaste, para das alturas poder se apresentar ao público e conduzir seu trabalho. Além dos vários xingamentos proferidos, os vândalos presentes acabaram jogando garrafas no cineasta, que lá de cima pedia desesperado aos organizadores que contivessem o público, inclusive informando que estava machucado e que um dos objetos quase o havia cegado. Revoltante assistir esta demonstração de violência gratuita com um senhor de idade avançada e que representa tanto para o cinema nacional. Mas o que mais me revoltou foi perceber que não existia o menor sinal de arrependimento nesses jovens, que ainda se vangloriaram depois no Twitter (recebendo a aprovação de outros marginais). Um recado para os pais irresponsáveis: tomem cuidado com os monstros que estão criando.

Enganam-se aqueles “politizados” que acreditam estar em uma decisão eleitoral o futuro da nação. Pouco importa quem ganhe, se o povo continuar preguiçoso e promovendo os maus exemplos. Hoje em dia não tem mais o falso glamour de grupos de “esquerda”, “direita”, pois todos roubam da mesma forma. Nenhum candidato irá cumprir nem 2% das coisas que prometem, já que o mais importante ato político não é utilizado. Política não é decidir votar em “X” ou “Y”, política é discutir assuntos que tem que ser discutidos, questionar crenças (sem medo de perder votos), tentar realmente modificar o ambiente em que habita e torcer para que seu exemplo insira em outros o desejo de fazer o mesmo. Isto sim, em longo prazo, pode trazer reais resultados. Existem pessoas de caráter e boas intenções, mas que ao serem inseridas no sistema político, visualizam duas opções: a “prostituição” ética ou continuarem lutando até serem “apagadas”, como queima de arquivo. Como o xerife Will Kane do faroeste “Matar ou Morrer“, sozinho em uma cidade de medrosos que lhe viraram as costas. São as pequenas decisões que nos tornam exemplos. Beber socialmente ou beber até cair, sorrir para os outros ou franzir a testa, dar valor à cultura ou celebrar a mediocridade. Se todos tentarmos agir assim, os políticos (e o sistema político como um todo) terão que se adequar a nós.

Correu o mundo na época, em todas as manchetes de jornais. Um jovem entrou fortemente armado em uma sessão do filme “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge“, promovendo uma chacina que tirou a vida de doze pessoas e deixou várias outras gravemente feridas. A mídia sensacionalista aproveitou a oportunidade e debateu sobre a possível relação entre este atentado terrorista e a violência no próprio filme (assim como fizeram à época, em um caso similar com “Clube da Luta“), questionando se deveria haver um limite no que pode ser mostrado em filmes e jogos eletrônicos.

A violência é inerente ao ser humano, um impulso primitivo que reside no inconsciente de cada um (até mesmo um notório pacifista como Gandhi), precisando ser disciplinada, nunca reprimida. A repressão utópica leva apenas ao descontrole emocional, que aliado a alguns fatores (como educação e cultura) pode agir como uma bomba-relógio pronta para explodir a qualquer momento. Freud acreditava que todos nós possuímos uma dupla personalidade, uma constante batalha entre o nosso inconsciente (id) e a consciência (superego) moral (que pode ou não, ser moldada pela crença em algo), onde o resultado mais satisfatório é sempre a coexistência harmônica, nunca a supressão de um pelo outro. Trocando em miúdos, trata-se do clássico caso do homem que nunca caminhou descalço e mostra-se incapaz de cruzar um deserto. Uma sociedade ascética, onde somente livros, jogos eletrônicos e filmes que inspirem paz e conforto são aceitáveis, não produziria menos assassinos que uma sociedade que aja de forma radicalmente contrária. Precisamos adentrar no cerne da questão, da forma mais objetiva possível: Quais os malefícios da violência mal disciplinada? Como um jovem de vinte e quatro anos pode entrar em uma loja e legalmente sair com um arsenal (incluindo colete à prova de balas, um fuzil AR-15, uma escopeta calibre 12, duas pistolas calibre 40 e 6.000 balas de munição), sem porte de arma? Questões que não são tão instigantes politicamente quanto reverberar a afirmação feita pelo jovem, de que ele era o “Coringa“. Ele poderia ter ido mais a fundo e afirmado ser também “Travis Bickle” (personagem de Robert De Niro em “Taxi Driver”), “Alex DeLarge” (Malcom McDowell em “Laranja Mecânica”), “Harry Calahan” (Clint Eastwood em “Dirty Harry”), “Tony Montana” (Al Pacino em “Scarface”) e qualquer outro personagem violento cuja história já foi contada pela Sétima Arte. Como se esquecer dos personagens que nasceram do universo literário, do gato “Tom” (da animação infantil “Tom e Jerry”) e de cada soldado que já participou de alguma guerra no mundo? O obrigatório dever militar reservado ao imaturo adolescente que acaba de completar dezoito anos, não seria um incentivo à violência? Seria utópico imaginar uma sociedade em que jovens de dezoito anos adentrassem obrigatoriamente em um liceu que abrangesse filosofia e psicologia? Ensinamentos que formariam homens de forma mais recompensadora que um simplório treinamento que os leva a rastejar na lama e aceitar berros de superiores (designação concedida por medalhas de latão), ao invés do estímulo diário à técnica da argumentação.

A realidade é que o cinema, a literatura e os jogos eletrônicos são necessárias fontes de escapismo. Os pais que criam seus filhos afastando-os de filmes e jogos violentos estão realizando um desserviço em longo prazo. Eles se tornarão no futuro pessoas medrosas, dependentes e incapazes de suportar as frustrações inerentes ao ato diário de viver. Adultos emocionalmente frágeis, com possível conduta antissocial (como o recluso jovem abordado neste texto) e propensão a vícios, sempre buscando fugir das responsabilidades naturais de uma mente madura. A mitologia grega era intrinsecamente violenta (leia “Ilíada” de Homero, por exemplo), assim como a mitologia nórdica, egípcia, aborígene, védica, o antigo testamento cristão e obviamente a mitologia moderna formada pela Nona Arte (os heróis das revistas em quadrinhos). Impossível desassociar o instinto violento do ser humano, assim como ignorar sua importância (quando disciplinado) no progresso do mesmo. Precisamos parar de culpar o “carteiro” pelo conteúdo da “carta”.

Finalizo respondendo a pergunta feita no título com um sonoro: “NÃO”! Muito pelo contrário, eu torço para que a violência (leve ou excessiva) tenha sempre espaço nas narrativas literárias, cinematográficas e nos enredos dos jogos eletrônicos, pois esta cômoda forma de negar a responsabilidade (educação familiar, estabelecendo condutas íntegras e éticas) na vida real, colocando a culpa no escapismo, não somente dificulta o entendimento da simples diferença entre eles, como também forma uma sociedade covarde e incapaz de se defender.

OCTAVIO CARUSO: colunista Conti outra

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Carioca, apaixonado pela Sétima Arte. Ator, autor do livro “Devo Tudo ao Cinema”, roteirista, já dirigiu uma peça, curtas e está na pré-produção de seu primeiro longa. Crítico de cinema, tendo escrito para alguns veículos, como o extinto “cinema.com”, “Omelete” e, atualmente, “criticos.com.br” e no portal do jornalista Sidney Rezende. Membro da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro, sendo, consequentemente, parte da Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica.

Blog: Devo tudo ao cinema / Octavio Caruso no Facebook

“O segredo de nossa casa”, uma fábula africana.

“O segredo de nossa casa”, uma fábula africana.

Há muito valemo-nos das fábulas para dizer, de modo eufêmico, verdades cotidianas.

Assim, quando objetos e animais ganham vozes e se submetem a acontecimentos diversos, melhor podemos analisar, na alegoria da história contada, ações e reações nossas. Momento em que repensamos os nossa hábitos e nossos crenças.
Abaixo, uma fábula africana que nos dá oportunidade de ponderamos sobre a real
necessidade de noticiar aquilo que ocorre no íntimo dos nossos lares.
“Certo dia, uma mulher estava na cozinha e, ao atiçar a fogueira, deixou cair cinza em cima do seu cão.
O cão queixou-se:
– A senhora, por favor, não me queime!

Ela ficou muito espantada: um cão a falar! Até parecia mentira…Assustada, resolveu bater-lhe com o pau com que mexia a comida. Mas o pau também falou:- O cão não me fez mal. Não quero bater-lhe!

A senhora já não sabia o que fazer e resolveu contar às vizinhas o que se tinha passado com o cão e o pau.

Mas, quando ia sair de casa a porta, com um ar zangado, avisou-a:

– Não saias daqui e pensas no que aconteceu. Os segredos da nossa casa não devem ser espalhados pelos vizinhos.

A senhora percebeu o conselho da porta. Pensou que tudo começara porque tratara mal o seu cão. Então, pediu-lhe desculpa e repartiu o almoço com ele.”

Lenda via O Ponto

Editorial CONTI outra

“A graça natural de uma sociedade sem grades”, uma crônica da moçambicana Hirondina Joshua

“A graça natural de uma sociedade sem grades”, uma crônica da moçambicana Hirondina Joshua

Título original: “Chapa- sem falas”

Hirondina Joshua

O chão foge debaixo dos pés. A pressa torna-se a melhor companheira.

São sete da manhã; mas é como se ainda fosse madrugada nas cabeças da gente que tortura os dias para esquecer a fome.

Apanhar o chapa é mais difícil que ir à pé, pensei. Mesmo que esta verdade não constitua a realidade.

– ” Xipamanine-Praça dos Combatentes”

-Uma voz gutural anunciava.

Depois de muitas horas de luta, finalmente entro no chapa, a primeira coisa que procuro é sossego.

“Saia daqui. Se não queres ser tocada, por que não sobes o teu carro?”  Alguém reclamou muito nervoso.

Calei-me os nervos para não arranhar a razão.

Há muita coisa nesta vida de que se pode e deve reclamar: menos dos cheiros que há num chapa. Ali vale tudo; uma dança de cheiros sem fim.

Encosta não encosta, pisa e não pisa, ali a regra é outra: ser-se servo da incompreensão.

Na paragem seguinte, sobe uma senhora e em voz alta fala com o motorista:

“João uhu bom?! Há quanto tempo. Pensei que não era mais você esta via.”

O silêncio reinou naquele espaço, fez Vida e luz na curiosidade roubada dos viajantes. Todos admirados com a fala da senhora.

Era atraente e todos queriam saber como ela conseguia se expressar daquele jeito tão particular, próprio das coisas diferentes.

E o motorista responde segurando a boca para não soltar uma gargalhada mal-educada:

“Isso é impossível. Esta via me dá sorte dona Luísa.”

Estendi os ouvidos para o ferro que separava as cadeiras de trás, queria enganar a distância com a conversa alheia.

Nesse dia, não era sobre política nem desporto… diálogos típicos de um chapa.

Era sobre sexo.

Alguém que mal dormiu resolveu fazer aula no chapa.

Um rapaz a descrever de forma pouco educada as “maçãs” que já experimentara. É verdade, para este assunto há indisciplina mesmo com arranjos gramaticais, figuras estilísticas e singulares entoações vocais.

Será que devemos dizer tudo e a todos e em todo lugar? Modos, moldes e opiniões habitam em cada um de nós. Mas certamente não seja esse o mal. Certamente o mal haja na própria acção de termos que nos encontrar sem dar por isso em nós.

Mostrando-nos em primeiro lugar, a nós próprios, rostos anónimos e, dando aos outros as suas reais aparências.

Um refúgio para os que querem desabafar com desconhecidos sem riscos correr de ver as suas vivências publicadas a terceiros.

Um esconderijo bastante rijo. Gozamos da autonomia da fala completa: diz-se tudo sem se olhar a quem.

A graça natural de uma sociedade sem grades, o Tempo a acontecer, as pessoas a fruírem o que a sua suposta liberdade lhes traz e trai.

No chapa há Vida sem tabus nas vidas dos passageiros. O verdadeiro domicílio de uma parte da sociedade flutuante.

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Hirondina Joshua

contioutra.com - "A graça natural de uma sociedade sem grades", uma crônica da moçambicana Hirondina JoshuaNasceu em Maputo, Moçambique, a 31 de Maio de 1987.
Está integrada em várias antologias, revistas, jornais, sites, blogues nacionais e internacionais. Teve Menção Extraordinária no Premio Mundiale di Poesia Nósside 2014.

Hirondina Joshua no Facebook

Lição da abelha, sobre o DESAPEGO

Lição da abelha, sobre o DESAPEGO

“As abelhas nos dão um grande exemplo de DESAPEGO.
Após construírem a colmeia, elas abandonam-na.
E não a deixam morta, em ruínas, mas viva e repleta de alimento.
Todo mel que fabricaram além do que necessitavam é deixado. Batem asas para a próxima morada sem olhar para trás.
Num ato incomum, abandonam tudo o que levaram a vida para construir.
Simplesmente, o soltam sem preocupação se vai para outro.
Deixam o melhor que têm, seja pra quem for – o que é muito diferente de doar o que não tem valor ou dirigir a doação para alguém de nossa preferência.
Se queremos ser livres, parar de sofrer pelo que temos e pelo que não temos, devemos abrigar um único desejo: o de nos transformar. Assim, quando alguém ou algo tem de sair de nossa vida, não alimentamos a ilusão da perda.
O sofrimento vem da fixação a algo ou a alguém.
O apego embaça o que deveria estar claro: por trás de uma pretensa perda está o ensinamento de que algo melhor para nosso crescimento precisa entrar.
Se não abrirmos mão do velho, como pode haver espaço para o novo?”

Autor desconhecido

contioutra.com - Lição da abelha, sobre o DESAPEGO

Nota da CONTI outra: Esse texto foi uma cortesia ByNina.

O que e quanto suportar? Flávio Gikovate

O que e quanto suportar? Flávio Gikovate

A tolerância com sofrimentos é virtude quando somos obrigados a suportar contextos que independem da nossa vontade.

É o caso das dores inexoráveis da vida e das dores psíquicas.

Para mais informações sobre Flávio Gikovate
Site: www.flaviogikovate.com.br
Facebook: www.facebook.com/FGikovate
Twitter: www.twitter.com/flavio_gikovate
Livros: www.gikovatelojavirtual.com.br

Esse blog possui a autorização de Flávio Gikovate para reprodução deste material.

O Jogo é Amar, Robert Happé

O Jogo é Amar, Robert Happé

Reedição com áudio em Português da video-entrevista de Robert Happé legendada.

Nesse vídeo foi mantida a legenda e adicionado o voice-over em Português.

Happé fala com propriedade sobre religiões, a alma humana e o momento mundial da humanidade de um modo geral. Excelente vídeo para reflexão – muitas verdades – para muitos, verdades inconvenientes. Narração Ricky Elblink

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