“Não me peçam razões…”, poema de José Saramago

“Não me peçam razões…”, poema de José Saramago

Não me peçam razões…

Não me peçam razões, que não as tenho,
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.

Não me peçam razões por que se entenda
A força de maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.

Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir.

José Saramago, in “Os Poemas Possíveis”

Comercial indiano cativa público ao falar sobre gagueira

Comercial indiano cativa público ao falar sobre gagueira

Produzido pela sucursal da Nescafé na Índia, a propaganda a seguir mostra a história de persistência de um jovem obstinado por um sonho: tornar-se um profissional de comédia stand-up. No entanto, para transformar o sonho em realidade, ele antes precisa não se deixar demover por um fator complicador: a gagueira que o acompanha desde a infância.
Sem usar os chavões e estereótipos aos quais a publicidade comumente recorre quando fala de pessoas com gagueira, o comercial retrata, com muita honestidade e sensibilidade, os desafios enfrentados pelo jovem para chegar a uma conciliação entre sua vocação e seu distúrbio de fala.
Enfocando a resiliência diária que uma pessoa com gagueira precisa ter para conviver com sua dificuldade e perseverar em seus objetivos, o comercial cativou o público em todo o mundo, conseguindo mais de 2 milhões de visualizações no youtube em pouco mais de uma semana.

Veja a íntegra do comercial (2min09s), com legendas em português clicando em (CC):

Fonte indicada: Gagueira

O dom de ser mulher depois dos 40

O dom de ser mulher depois dos 40

Quantos anos tenho?

Tenho a idade em que as coisas são vistas com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo.

Tenho os anos em que os sonhos começam a acariciar com os dedos e as ilusões se convertem em esperança.

Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma chama intensa, ansiosa por consumir-se no fogo de uma paixão desejada. E outras vezes é uma ressaca de paz, como o entardecer em uma praia.

Quantos anos tenho? Não preciso de um número para marcar, pois meus anseios alcançados, as lágrimas que derramei pelo caminho ao ver minhas ilusões despedaçadas…

Valem muito mais que isso

O que importa se faço vinte, quarenta ou sessenta?!

O que importa é a idade que sinto.

Tenho os anos que necessito para viver livre e sem medos.

Para seguir sem temor pela trilha, pois levo comigo a experiência adquirida e a força de meus anseios.

Quantos anos tenho? Isso a quem importa?

Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e o que sinto.

Autoria Desconhecida

As mulheres com mais de 40 anos são caracterizadas pela confiança que têm em si mesmas. Moldaram seu corpo no fragor da batalha e seu espírito é cúmplice disso.

Elas sabem lidar com o sétimo sentido que escapa ao resto dos mortais, compreendem que a vida é amar os demais mas, principalmente, amar a si mesmas.

Acumulam habilmente experiência e juventude, o que lhes permite lidar com a sua essência e somar vida aos anos que ainda têm para desfrutar. De fato, dizemos que quando uma mulher faz quarenta anos ela começa a pisar forte, a ser dona de seus passos e a balancear seu equilíbrio emocional e pessoal.

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A magia de ser mulher depois dos 40

“As mulheres da minha geração são as melhores. E ponto. Hoje têm quarenta e tantos, e são belas, muito belas, mas também são serenas, compreensivas, sensatas e, sobretudo, endiabradamente sedutoras. Isso apesar de seus pés de galinha, ou da afetuosa celulite que mora em suas coxas, mas que as fazem tão humanas, tão reais…”

Lindamente reais. Sharon Stone, com 48 anos.

Não há nenhuma dúvida de que os 40 e os 50 são um momento peculiar, pois nos encontramos entre duas gerações que nos fazem dar conta de como a vida é efêmera. Este é o momento no qual nos damos conta de que a nossa consciência é quem cria ou destrói tudo o que existe.

De fato, em algum momento deste processo, surge um antes e um depois em nossa vida, algo que é totalmente magnífico e que temos que aproveitar. É o momento em que podemos nos permitir crescer, o que implica limpar as feridas emocionais ou qualquer outra questão que tenha ficado mal resolvida na primeira metade de nossas vidas.

Este é um dos maiores objetivos que enfrentaremos, pois dele depende nosso sentimento de valia e o de quem nos rodeia. O processo em questão requer detectar quais são as partes da nossa psique que precisam ser resolvidas e curadas.

Por isso, a partir dos 40, começamos a entender que cada pessoa tem um papel em nossas vidas, que algumas nos põem à prova, outras nos utilizam e não faltará nunca quem nos ame e nos ensine.

Serão pessoas de aço inesquecíveis que tiram o melhor de nós e nos emprestam um espelho para que possamos nos ver.

Haverá muitas de cada tipo. Iremos nos lembrar de todas nesta etapa e, sobretudo,cada um dos aprendizados extraídos confirmarão a sua excepcionalidade.

Servir aos demais por obrigação produz esgotamento e ressentimento

São muitas as mulheres que fazem doces, preparam café e limpam a casa porque isso é o que se espera delas. De fato, se sentiriam culpadas se não o fizessem, e chegariam a pensar que fracassaram como mulheres ou até como pessoas.

A sociedade envenenou o direito à individualidade do gênero feminino. No entanto, se quisermos curar este processo, devem ser as mulheres com mais de 40 as que se rebelem contra o cárcere emocional das expectativas sociais e pessoais que nos impõem.

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Seu papel nesta transição é essencial e insubstituível. Devemos fazer frente a esta realidade para prevenir as gerações que virão, pois é a única maneira de evitar que cometam os mesmos erros e que caiam nas garras do que se espera delas.

“Dar-se em excesso, não permitir-se descansar e obrigar-se ao sacrifício faz com que percamos a chance de sentir o mais bonito da vida, experimentar a liberdade emocional.”

Mais de 40 sopros de ar fresco…

Ao contrário do que se costuma pensar, não são etapas para sofrer nem para sacrificar a nossa vitalidade. A soma de nossos anos constitui diversos aprendizados. Entre eles, que sem saúde emocional não há saúde física.

Assim, se quisermos seguir somando vida aos anos, devemos ser conscientes de que não podemos separar nossos sentimentos de nossas relações, pois é a única maneira de tomarmos conta do nosso bem-estar.

Dar-nos a oportunidade de confiar em nós mesmas com profundidade é algo que assusta. No entanto, uma mulher com experiência está predisposta a entender que o mistério faz parte da maravilha e que não podemos entender tudo desde um ponto de vista estritamente físico.

“No dom de uma mulher com mais de 40 reside a temperança e a sabedoria de quem sabe que pode nutrir a si mesmo e aos demais com a conexão do seu interior.”

Fonte indicada: Melhor com Saúde

Mãe, o vovô tá diferente!

Mãe, o vovô tá diferente!

Por Dr. Márcio Borges – Médico Geriatra
Editor de conteúdo – Facebook Cuidar de Idosos

Quando você tem um pai, mãe ou outro membro da família que tem a doença de Alzheimer e que afeta não só a você, mas também incomoda e mexe seus filhos pequenos, temos que ter a sensibilidade de entender e ver com os olhinhos de nossos filhos. O comportamento estranho da vovô, que sempre foi tão carinhoso com os netinhos… Sua mãe que não sabe o nome dos filhos e netos mais…

As crianças percebem muito mais que o nosso entendimento e intuição acham. Eles podem não entender exatamente o que está errado, ou eles podem ouvir dizer “Alzheimer” como a doença dos idosos e não entenderem nada. Ficam em dúvidas e não têm uma boa noção do problema da pessoa idosa da casa. Entretanto, eles merecem uma boa explicação, para que não sofram e sejam tão afetados pelo Alzheimer.

Dicas:

– Explique para as crianças que não é a vovó ou o vovô que estão esquecidos ou que brigam com eles, quando estão brincando pela casa. Fale claramente que é a doença de Alzheimer que atrapalha a cabeça deles e que os fazem mais ranzinzas, mais impacientes.

– Mantenha a rotina, tanto para cuidar das crianças, quanto do pai ou mãe com Alzheimer. É muito cansativo ser mãe e pai, e mais ainda quando tem um idoso com Alzheimer. Uma rotina diária na casa, para todas as principais atividades (acordar, banho, almoço e jantar, etc) é fundamental para manter um pouco mais de ordem e controle.

– Se o pai ou a mãe com Alzheimer puderem ajudar (fase mais inicial) no cuidado com os netos, deixe-os ajudar. Fará um bem enorme para o idoso e a criança sentirá amada e acolhida pelo vovô ou vovó!

– Também peça ajuda, de acordo com as possibilidades, das crianças, para fazer companhia aos avós. Só do fato de estudar ou brincar perto, de ver TV ou ficar conversando acalma e tranquiliza as pessoas idosas que têm demência.

– Nunca force compreensão ou ajuda das crianças, no trato com os avós com Alzheimer. Se elas estão chateadas ou não querem (naquele dia) visitar os avós ou brincar com eles, não faça disto um cavalo de batalha ou ralhem pedindo compreensão. As crianças são espontâneas e normalmente fazem o que seus coraçõezinhos mandam. São mais autênticas que os adultos!

20 táticas para não gritar com seus filhos

20 táticas para não gritar com seus filhos

Por Heather Hale

Eu tinha chegado ao meu limite. Meu filho de 5 anos tinha finalmente acabado com minha paciência. Foi um dia terrível, a partir do momento em que ele acordou exigindo café da manhã até a segunda vez que ele empurrou seu irmão. Todos nós temos dias em que queremos vender nossos filhos ao zoológico (meus filhos certamente se encaixariam muito bem lá). No entanto, eu odeio gritar. Gostaria de dizer que é porque eu sei que gritaria é ruim para as pequenas e doces almas dos meus filhos, mas eu odeio gritar porque me faz sentir como uma mãe ruim.

Há uma maneira melhor. Na verdade, eu vou sugerir 20 maneiras melhores.

Aqui estão 20 coisas que você pode fazer na próxima vez em que você perder a calma com seus filhos – sem gritaria.

1. Ter um tempo juntos

Esta alternativa ao tempo separado (castigo) envolve você abraçar o seu filho até que os dois estejam calmos o suficiente para lidar com o problema.

2. Rir

As palhaçadas das crianças vão fazer você rir ou deixá-lo maluco. Escolha rir. Você vai viver mais tempo.

3. Cantar

Cantar é uma formal vocal e sem gritaria de extravasar a raiva e agressão. Aumente o som e cante bem alto.

4. Se afastar

Às vezes, o melhor plano de ação é sair, se afastar até você poder lidar com o mau comportamento de uma forma proativa.

5. Contar até 10

Parece bobo, mas este truque diminui seu ritmo cardiaco e você consegue pensar mais claramente.

6. Se exercitar

Saia para uma caminhada, assista uma aula de ioga ou coloque um vídeo de exercícios. Se exercitar libera endorfinas.

7. Ouvir

Antes de designar um castigo, pergunte ao seu filho o seu lado da história e ouça de verdade a sua resposta. Isso pode lhe suavizar.

8. Respirar

Encha os pulmões profundamente e faça algumas respirações purificadoras. Levar oxigênio para o cérebro permite pensar mais claramente.

9. Afastar as crianças

Tire as crianças de cima de você mandando-as para o outro quarto ou para o quintal. Não há nenhuma vergonha em precisar de um pouquinho de tempo de sanidade sozinho.

10. Passar a vez

Passe a vez de cuidar das crianças para o seu cônjuge, companheiro ou uma babá até que você seja capaz de manter a calma.

11. Perguntar

Faça perguntas aos seus filhos sobre seu comportamento. Veja se eles conseguem identificar uma forma melhor de se comportar no futuro.

12. Limpar

Esfregar o chão, passar o aspirador ou acabar com uma montanha de roupa suja, lhe dá um sentimento de realização em um dia ruim.

13. Sair de casa

Ar fresco faz bem a você e seus filhos. Uma caminhada pode ser a diferença entre um dia desastroso e um agradável.

14. Colocar-se o lugar de seu filho

Tenha um pouco de empatia e veja o mundo do ponto de vista de seu filho. Ele provavelmente está tendo um dia ruim também.

15. Conectar-se com seus filhos

Faça algo que todos gostem para voltarem à mesma página como uma família.

16. Lembrar-se de quem está no comando

Você é o pai/mãe, e você define o tom emocional de seu lar. Você está deixando o humor de seu filho influenciar o seu? Reverta isso.

17. Cumprir o prometido

Quando você diz Se você fizer isso mais uma vez… mais vezes do que você pode contar, é hora de cumprir o prometido e impor as consequências, mesmo que isso crie mais trabalho para você.

18. Ligar para um amigo

Às vezes você precisa desabafar. Pegue o telefone e ligue para um amigo ou membro da família para simpatizar com sua situação.

19. Pensar em soluções

Não continue lutando as mesmas batalhas. Coloque a caneta no papel e procure soluções permanentes.

20. Sonhar acordado

Às vezes você só precisa viajar um pouco mentalmente. Não há problema nisso, desde que todos estejam seguros e você tenha um tempo limite.

A parentalidade positiva resulta muitas vezes de apenas um segundo extra de pensamento. Use esse segundo extra antes de gritar para pensar em uma maneira melhor de lidar com a situação. Mesmo se você atrasar a punição a fim de manter a calma, lembre-se que um pai ou mãe em controle sempre consegue um comportamento melhor de seus filhos do que um que grita impulsivamente. Dê um bom exemplo, e trate seus filhos com o mesmo respeito que você quer em troca.

Traduzido e adaptado por Sarah Pierina do original 20 easy tactics to keep you from yelling at your kids.

Fonte indicada: Família

Quanto menos você dorme, mais rápido o seu cérebro envelhece

Quanto menos você dorme, mais rápido o seu cérebro envelhece

A importância do sono nunca foi tão evidente para a ciência!

Pesquisadores da Duke-NUS (Escola de Graduação Médica de Singapura) concluíram que quanto menos adultos mais velhos dormem, mais rápido seus cérebros envelhecem.

Eles queriam estudar o alargamento do ventrículo cerebral. O alargamento rápido do ventrículo é um marcador de declínio cognitivo e do desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer, mas os efeitos do sono sobre este marcador nunca tinham sido medidos.

O estudo analisou os dados de 66 adultos mais velhos chineses. Os participantes passaram por exames cerebrais de ressonância magnética estrutural para medir o volume do seu cérebro e por avaliações neuropsicológicas para testar sua função cognitiva a cada dois anos. Além disso, a duração do sono de cada um foi registrada através de um questionário.

Aqueles que dormiam menos horas mostraram evidências de rápido aumento do ventrículo, e consequentemente declínio no desempenho cognitivo.

“Nossos resultados relacionam sono curto como um marcador do envelhecimento do cérebro”, disse a Dra. June Lo, principal autora da pesquisa.

Dormir mal definitivamente não é um bom negócio. Outros estudos já mostraram que falta de sono na infância pode atrasar a puberdade, e que o sono é essencial para fixar nossa memória (e com isso consolidar aprendizados). Além disso, más noites de sono nos levam a comer mais e pioram nosso humor. Agora, sabemos também que dormir bem pode ajudar a manter o cérebro saudável.

“O trabalho realizado sugere que cerca de sete horas [de sono] por dia para os adultos parece ser o ideal para um ótimo desempenho em testes cognitivos. Nos próximos anos, esperamos determinar o que é bom para saúde cardiometabólica a longo prazo também”, acrescentou o professor Michael Chee, que também participou do estudo.

Fonte indicada: Hypescience

Filhos que não me obedecem: uma dádiva por mim conquistada.

Filhos que não me obedecem: uma dádiva por mim conquistada.

A imagem do filho obedecendo os pais sempre foi, para mim, um exemplo a não ser seguido. Não sei se faço certo ou errado, mas muitas pessoas têm me perguntado como consegui essa relação de cumplicidade e amizade com meus três filhos que têm idades completamente diferente (hoje, Yuki está com 9 anos, Nara com 17 e Hideo com 22). Pelo fato da pergunta estar se repetindo, resolvi pensar na educação que dei a eles e concluí que eu jamais me importei ou precisei exigir que eles me respeitasse ou obedecessem.

O verbo obedecer significa “ato pelo qual alguém se conforma com ordens recebidas. Autoridade, mando, domínio. Sinônimo de submissão.” Deus me livre… Se o que se busca é respeito, penso eu que isso só é conseguido se o outro lado for respeitado também. Assim como faço com qualquer pessoa, respeito meus filhos e as opiniões deles em tudo. Como mãe, fico atenta às habilidades a serem exploradas, às vontades a serem aprofundadas, ao talento – seja lá para o que for – que pode aparecer a qualquer momento e precisar de um empurrãozinho para emergir.

Não quero que filho nenhum me obedeça. Não me sinto apta a comandar a minha vida quanto mais a dos meus filhos. Se eles tiverem que me obedecer é porque, de alguma forma, assim penso, eles foram podados ou castrados por mim e devem agir de acordo com os meus interesses. Eu passo ser autoridade se tiver que impor a minha vontade e fujo disso já que abomino qualquer tipo de autoritarismo. Filho meu não “tem que” me respeitar e muito menos me obedecer.

Quero que meus filhos tenham luz própria e não sejam sombras de outras pessoas muito menos de mim. Quero que eles sejam eles mesmos, reconheçam as suas vontades e tenham em mim um apoio para conseguir segui-las. As decisões são deles. “Mãe, posso…?” sempre busquei trocar por “Mãe, quero…”. Eu apenas pondero alguma coisa que acho relevante observar, mas as rédeas estão com eles. Quer matar aula, mata. Quer fumar, fuma. Quer fazer teatro, faça. Quer vender arte na praia, venda.

contioutra.com - Filhos que não me obedecem: uma dádiva por mim conquistada.Como disse, não sei se faço certo ou errado, eu simplesmente não consigo agir diferente por aqui. Sei que operando assim tenho, de fato, construído uma relação que muitos têm elogiado. Vale observar que aqui vira e mexe a casa cai. Discussões homéricas são comuns nesse teto, mas nada que em algumas horas tudo volte ao normal. Não é novidade que existe uma quantidade exorbitante de jovens que se drogam. Pelo que afirmam os especialistas da área, muitos desses têm algum problema de relacionamento com os pais que exigem, de uma forma ou outra, obediência. Daí que esses meninos são praticamente forçados a seguir uma determinada profissão certamente pela questão financeira, proibidos de atender aos seus instintos e compelidos a adiar seus sonhos. Seus planos vão ficar a espera de um momento ideal para colocá-los em prática quando saírem da casa dos pais. A solução para esse inferno: as drogas. Isso posto e observado, penso que mesmo que transformemos nossa casa em um ringue de luta quando brigamos – coloquemos assim –  de igual para igual,  filho meu se um dia se drogar não vai ser por minha causa. Disso eu tenho total certeza. Não estou podando a asa de ninguém, pelo contrário, aqui eu só encorajo o voo. Não quero que eles andem no trilho, quero que eles percebam sempre que podem ir para qualquer lugar – como um trem descarrilado –  com o meu apoio.

Então, eu acho que pelo fato de permitir que eles sigam as suas próprias vontades e de criar um ambiente de condições favoráveis e saudáveis para que isso ocorra, acabo conquistando o tal do respeito sem, contudo, ser autoritária e, muito menos, fazer deles seres obedientes. Penso que o dia que  meus filhos se comportarem bem por medo e não por vontade própria eu terei falhado como mãe.

Pela última vez, não sei se estou certa ou errada. Mas uma coisa é fato: não há parque de diversão que se equipare com o que construí com Yuki, Nara e Hideo.

O vídeo anti-bullying infantil que está conquistando o mundo

O vídeo anti-bullying infantil que está conquistando o mundo

“Daisy Chain” nasceu como uma história de embalar e em três anos tornou-se um dos livros interativos de maior sucesso na Austrália. E também um curta metragem com a narração da atriz Kate Winslet.

O australiano Galvin Scott Davis começou a notar algo diferente no seu filho, Benjamin. Sempre que chegava da escola, o menino ficava mais calado e não tinha a mesma motivação que antes. “Ele estava mais reservado e descobri que tinha sofrido bullying na escola. Não foi um caso muito grave, mas foi suficiente para que perdesse a confiança”,contou ao jornal The Guardian.

Para reconfortar o filho, Davis decidiu contar-lhe uma história de embalar de alguns dos livros infantis da vasta coleção que tem em casa, mas não encontrou nenhuma história apropriada para aquele momento. Então, decidiu inventar uma. Assim nasceu a ideia para “Daisy Chain”, um conto sobre uma menina chamada Bree Buttercup, que é perseguida por outras crianças quando tiram uma fotografia dela e a colocam em todas as árvores do parque. É o próprio Benjamin quem ajuda Bree a combatê-los usando uma corrente de margaridas, a sua flor favorita.

Num período de 3 anos, a história deixou o quarto de Benjamin para tornar-se um dos livros interativos com o maior número de downloadsna Austrália. Depois, foi feita um curta metragem com a narração da atriz Kate Winslet, que está a ser utilizado por grupos anti-bullying na Austrália, Estados Unidos e Reino Unido para a consciencialização das crianças nas escolas.

O vídeo ainda não possúi legendas em português.

Fonte indicada: Observador

O olhar do outro

O olhar do outro

 

“O seu olhar me olha… O seu olhar melhora o meu…” – Arnaldo Antunes

Muito antes de sermos capazes de coordenar nossos movimentos no espaço ou organizar o pensamento em linguagem, podemos ver um outro que nos olha e que, como um espelho, nos confirma que somos um, um inteiro no mundo. Nessa identificação com a imagem alheia nos constituímos e, ao longo da vida, passamos a buscar nesse outro a validação do que somos e o que queremos ser. É o olhar do outro que nos faz sujeito afirmando nossa existência simbólica, mas que se hora nos liberta, também pode nos aprisionar em uma ideia deturpada de nós mesmos.

Da filosofia de Sartre à psicanálise de Freud e Lacan, a questão do olhar ocupa lugar primordial na discussão da constituição do sujeito, e ainda que tais teorias caminhem em direções distintas, convergem na ideia de que a dialética do olhar, essa relação do nosso olhar com o do outro é fundamental, e é o que nos constitui enquanto ser. É nesse jogo de espelhos, nas identificações que colecionamos, que construímos aquilo que chamamos de “eu”.

Em uma realidade ultra-conectada, onde a dinâmica das relações adquiriram outra dimensão através da tecnologia, na realidade das redes sociais, das selfies e curtidas, onde vivemos uma cultura do ver e ser visto, talvez, mais do que nunca, a função do olhar se faça presente, determinando a maneira como nos enxergamos e como nos afirmamos no mundo.

O problema é que nesse contexto tal função encontra-se cada vez mais subvertida, deixando de agir como potência criadora em nossas vidas e nos aprisionando em um desejo emulado que insiste em apontar aquilo que nos falta. Com frequência, nos oferecemos ao olhar do outro indiscriminadamente só para termos como resposta o quanto não somos bons o suficiente, bonitos o suficiente, bem sucedidos o suficiente, etc. Na busca por aprovação, nos expomos a encontros infelizes que esvaziam toda possibilidade de vivermos algo que reafirme nosso valor e, assim, nos alienamos no olhar desse outro que nada tem a nos oferecer além da negativa de amor.

O senso comum concorda que para ser amado é necessário amar a si mesmo antes de tudo. Porém, esse discurso ignora o fato de que na origem do amor a si existe um olhar primeiro de valia que em um determinado momento (mítico que seja) nos fez sentir um ser especial. A construção da auto-estima não se dá de outra maneira que não pela repetição desse olhar no decorrer de nossas vidas, e assim como nossa identidade só pode ser construída nessa relação com o outro.

Sendo assim, cabe a nós buscarmos dentre esses tantos olhares aos quais nos oferecemos todos os dias aqueles que possam nos trazer algo genuinamente positivo. Cabe a nós buscarmos aí os bons encontros, que a partir de forças agregadoras fomentem na gente tudo aquilo que diz respeito à vida, a união e a ligação. Olhares que, como diz a música de Arnaldo Antunes, melhoram o nosso olhar… Nosso olhar sobre nós mesmos. São esses que entrarão em nossas vidas promovendo as identificações que como novas peças do mosaico que nos constitui ajudarão a nos tornarmos melhores versões de nós mesmos, das quais poderemos, enfim, nos orgulhar.

A imagem de capa é da fotógrafa Laura Williams.

Filha, eu não a quero princesa. Você pode ser uma mulher de verdade!

Filha, eu não a quero princesa. Você pode ser uma mulher de verdade!

Acho que o mundo das fadas tem o molde das princesas. Belas, muito belas, esguias, delicadas, indefesas e trêmulas, elas parecem sempre à mercê de um mundo que as inveja. Sempre em perigo, necessitam urgentemente de um príncipe que as salve.

Há poucos meses, um conhecido abordou-me e vaticinou: “Desejo que você conheça um homem bom e protetor e que ele cuide de você!” Respondi, de ímpeto: “Cuidar de mim? Eu sou adulta, capaz, formada, tenho um nível razoável de conhecimento e cultura e sempre me cuidei sozinha.” Ele olhou-me como quem visse um fantasma: “Não. A vida não faz sentido a uma mulher se ela não for cuidada”.

Isso prova que muitos ainda querem que vivamos no país do faz de conta, tentando a custo caber no “molde-princesa” importado da terra das fadas. Desse pensamento, dessa redoma alienante e estéril, talvez somente as mães (e não um encantado príncipe) possam salvar a futura geração.

Seguem, então, algumas considerações à minha filha:

Filha, você não tem a obrigação de ser bonita ou de parecer a cada dia mais bonita. Você tem o direito de andar com o cabelo despenteado ou de fazer pouco da maquiagem, quando assim lhe convier. Você tem o direito de olhar-se no espelho e não buscar referenciais para comparar a sua beleza (Espelho espelho meu…) e pouco importa se existe ou não existe alguém mais linda que você. Afinal, você é uma obra de arte ímpar e inacabada cuja essência se tornará ainda mais nítida e exuberante com o tempo.

Você não tem a obrigação de ser comportada o tempo todo, sentar-se de pernas cruzadas e de respirar devagar para não projetar o abdome, mostrando avantajada a silhueta. Não precisa ser a quietinha a quem as outras mães apontam como modelo de comportamento. Você tem o direito de gritar de vez em quando. De falar vez ou outra uma palavra mais pesada e de fazer-se impor, da forma que lhe for possível, em qualquer situação em que você se sentir abusada ou moralmente afrontada.

Você não tem a obrigação de esperar que alguém a defenda, de olhar para baixo diante das adversidades enquanto diz: “Oh, céus! Onde andará o príncipe guerreiro que virá socorrer-me?”. Você precisa arregaçar as mangas e ir à luta, lembrando-se que é mulher e que isso lhe falcultará uma dose redobrada de determinação e fortaleza mental. Cabe a você encontrar essa fortaleza.. Possivelmente será o seu único verdadeiro refúgio na vida.

Você não tem a obrigação de fingir-se santa e boa e dadivosa quando você não o for. Não tem a obrigação de fingir que ama para justificar o sexo. Não… Você pode fazer sexo sem amor e amar assexuadamente. Na vida, para o amor não existem regras (para o sexo, só uma: o respeito mútuo). Não aceite nenhuma outra regra. Você não tem essa obrigação.

E saiba, filha, que os homens um dia agradecerão a sua geração. Tão difícil quanto ser a princesa frágil é ser o príncipe protetor e heroico num mundo tão caótico em que mal conseguem “salvar” a si próprios. E, para encerrar, nunca subestime a importância de um abraço, da palavra amiga, do ombro acolhedor do homem que um dia verdadeiramente a amar. Ele não será um príncipe, mas isso não significa que ele não possa fazê-la sentir, por instantes, um quê da magia de outro mundo. Talvez – e por que não? – o mundo mesmo das fadas.

Ele está apaixonado por você? Aqui estão 7 maneiras de você saber

Ele está apaixonado por você? Aqui estão 7 maneiras de você saber

Por Mayra Bitsko

Um dos maiores sentimentos que uma mulher pode ter é o verdadeiro amor de um homem. Apesar de o seu namorado poder levar algum tempo para dizer que ele está apaixonado por você, as chances são de que ele já esteja demonstrando através de suas ações. Isso é o que aconteceu comigo. Eu sabia que meu marido estava apaixonado por mim pelo jeito que ele dava especial atenção a todas as minhas necessidades. Ele realmente se importava de ouvir sobre meus dias bons e meus dias ruins. Além disso, eu não precisava lhe pedir para fazer alguma coisa por mim. Ele já sabia. Ele adorava passar o tempo com a minha família e comigo. E ele disse: “Eu te amo” primeiro.

Na maioria das vezes, as mulheres são mais rápidas em expressar suas emoções aos seus parceiros; enquanto isso, os homens demoram mais tempo. Você pode pensar que o seu namorado não está apaixonado por você, porque ele não expressou verbalmente seus sentimentos ou dito as três palavras que todas as mulheres gostam de ouvir. Mas dê uma olhada em seus gestos, seus maneirismos e como ele olha para você. O amor que ele tem por você aparece nos mínimos detalhes.

Aqui estão sete maneiras em que você pode saber se o homem que você ama, ama você, também.

1. Mostra interesse

Quando o seu namorado começa a perguntar-lhe em profundidade questões sobre seus gostos, desgostos e objetivos futuros, ele está caído por você. Ele quer saber tudo sobre você. Ele sinceramente se importa.

2. Toques delicados

Ele pega sua mão suavemente durante uma caminhada no parque ou numa reunião de família. Ele acaricia seu cabelo suavemente. Ele a abraça por nenhuma razão. Ele carinhosamente toca seu rosto enquanto olha para você. Às vezes, apenas sentado em casa assistindo a um filme abraçados no sofá já diz muito.

3. Passa tempo juntos

Quando você percebe que seu namorado passa menos tempo com seus amigos e mais tempo com você, ele está apaixonado. Ele não está desistindo de seus amigos; ele simplesmente opta por passar tanto tempo com você quanto possível. Suas prioridades começam a mudar.

4. Faz qualquer coisa por você

Ele não se importa o quanto custe, mas ele vai fazer tudo o que for possível para você. Ele pode não estar necessariamente interessado nas mesmas coisas que você está, mas ele se esforça em participar. Ele não zomba do que lhe traz alegria. Talvez você ame um músico em particular, e ele não. Mas ele a surpreende com duas entradas para um show – uma para você e uma para ele.

5. Apresenta você a sua família e amigos

Tão antiquado quanto possa parecer, quando um namorado apresenta a mulher em sua vida para a sua família e amigos, ele é sério. Ele tem esperança de levar o relacionamento a outro nível. Seus sentimentos são mais profundos do que você pensa.

6. Fala sobre casamento e filhos

Se o seu namorado quer saber seus sentimentos sobre casamento e filhos e expressa seus pensamentos sobre o assunto, as chances são de que ele está pensando em um futuro com você. E se você quer compartilhar os mesmos sentimentos sobre o casamento e criar uma família linda juntos, o amor é real.

7. Ele diz as três palavras especiais primeiro

Ele diz “eu te amo” antes de você. Não importa quando ou onde ele diz isso. Tudo o que importa é que ele quer dizer em primeiro lugar.

Mais uma vez, é mais fácil para uma mulher compartilhar seus pensamentos mais íntimos se comparado à maioria dos homens. Muitos homens têm dificuldade em verbalizar seus sentimentos, mesmo um “eu te amo”. No entanto, através de suas ações positivas e maneiras atenciosas, você vai saber que ele está apaixonado. Dê-lhe tempo e você vai ouvir “eu te amo.”

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original Is he in love with you? Here are 7 ways you can tell

Fonte indicada: Família

Amizade a gente dá. Não pede, não compra e muito menos cobra.

Amizade a gente dá. Não pede, não compra e muito menos cobra.

Não. Eu não ando sumido, não. Continuo por aqui. Morando no mesmo lugar, trabalhando nos mesmos empregos, saindo e voltando para casa nos horários de sempre, pelos mesmos caminhos de antes. Sigo comprando as mesmas coisinhas no mesmo supermercado. Meu número de telefone continua o mesmo. Meus perfis nas redes sociais estão ativos. Até os bares em que busco um instante de elevação e remanso quando toca o gongo permanecem os mesmos. Logo, diferente do que você me disse há pouco, eu não sumi, não.

A moça da operadora que me telefona toda semana, cheia de propostas para mudar o plano do meu aparelho celular, nunca me cobrou coisa parecida. Ela sempre me encontra quando quer. Muito educada, me chama de “senhor”, se apresenta com um sotaque engraçado que me faz bem e tem uma simpatia tranquila. Eu peço a ela que ligue outra hora, porque no trabalho não dá para falar. Ela cumpre o combinado. Eu, por qualquer motivo, não consigo atender. E quando ela me encontra de novo, na semana seguinte, jamais menciona o meu “sumiço”.

Então, se a moça da operadora me encontra, você também consegue. Ah, sim! O sumido sou eu. Você falou primeiro. Eu é que “desapareço”, não ligo e nem dou notícias. Não me interesso por saber da sua vida e essas coisas. Pois é. Você sabe. Cuidar da minha própria vida já toma um tempo danado. Imagine cuidar da dos outros também! Compreendo, então, que a sua própria vida também esteja corrida, por isso você também não me liga e nem dá notícias. Então, o correto seria perdoarmos as ausências de cada um. Mas é mais fácil cobrar dos outros as atitudes que tampouco temos, não é mesmo?

É muito mais fácil pedir dos amigos a atenção que nós mesmos não oferecemos. Moleza culpar quem estiver perto pelos crimes que também são nossos.

Verdade é que amizade a gente dá e pronto. Dá sem esperar em troca. Ou simplesmente não dá! Amizade a gente não pede, não compra e não cobra. Quem visita, telefona, manda mensagem e se interessa por alguém deveria fazê-lo só porque isso lhe faz bem. Não porque espera receber o mesmo tratamento em troca. E se a recíproca não é verdadeira, talvez seja porque tem de ser assim mesmo. A amizade não se desenvolveu como deveria: sem cobranças e burocracias. Então, com o tempo ela há de esfriar e acabar naturalmente.

Esse tipo de amizade comovente, que não passa de um acordo bobo do gênero “eu curti a sua foto no facebook, então você curte a minha ou eu não gosto mais de você”, não me interessa. Não tenho fígado para elogios falsos, alegrias simuladas, declarações de amor forçadas. Mentiras. Bobagens.

Ah! E isso não é algo nascido com as redes sociais, não. A superficialidade das nossas relações, o afeto interesseiro e o toma-lá-dá-cá emocional não surgiram com o facebook. São bem anteriores a isso. Remontam ao tempo de quem convidava alguém para suas festas não por sua amizade sincera, mas porque ter fulano ou beltrano em seu aniversário dava algum tipo de status, de cartaz. Depois, essa mesma pessoa se ofendia de morte por saber que seu conviva iria se casar e não a convidara para a festa. Lembra?

Essa lógica é simples. Se você não foi convidado para a festa de alguém que classifica como “amigo”, das duas, uma: a recíproca não é verdadeira e essa pessoa não tem você na lista de gente indispensável por perto ou, o que acontece com mais frequência, a amizade de vocês não anda lá essas coisas. É, sim, muito simples.

Amizade não se força. Ela acontece ou não acontece. Como as plantinhas que não vingam, há relações que não desenrolam. Amizade a gente oferece. Jamais compra, não pede e tampouco cobra.

Se você oferece algo ao fulano, ele devolve nada e você se machuca com isso, é porque você esperava algo em troca e aí complica. Você deu algo esperando contrapartida. E não porque simplesmente isso lhe faz bem.

É assim que é. Se eu sumi, você também o fez.

Agora, se você me dá licença, eu preciso atender o telefone. É a moça da operadora que me encontrou de novo.

A sinceridade e o sincericídio

A sinceridade e o sincericídio

A sinceridade é uma virtude quase incontestável. Contudo ser sincero pode resguardar muito mais que o simples fato de dizer a verdade. Nesse caso podemos estar falando de sincericídio.

O sincericídio, diferente da sinceridade que busca ser antes de tudo construtiva, tem por intuito dizer algo que, intencionalmente ou não, pode e quase sempre vai causar danos.

Dizer de um comentário maldoso sobre o peso de alguém ou sobre sua aparência, é chover no molhado, pois é óbvio que nesse caso a maldade se mascarou de sinceridade. Contudo o sincericídio que me chama a atenção não é esse consciente de sua baixeza, mas aquele que a pessoa comete, quase sempre de forma inconsciente, contra ela mesma.

A hoje escritora Kate Holden, autora de livros como “Na Minha Pele” e “Noites Italianas”, teve no passado uma relação conturbada com drogas e prostituição. No entanto, houve um momento em sua trajetória no qual ela resolveu que era hora de mudar de país e de vida. Dessa forma ela deixou a Austrália e partiu para a Itália vislumbrando uma nova chance de fazer tudo diferente.

Contudo, todas as vezes nas quais um homem se aproximava dela, deixando de lado qualquer coisa que pudesse dizer sobre si no presente, ela se voltava para o passado e anunciava em alto e bom tom que tinha sido prostituta em um tempo recente. Kate sempre escolhia dizer o seu pior diante de uma nebulosa condição presente, muito antes de ter com o homem em questão um filete de intimidade.

Logo, não tendo qualquer parâmetro para o que ela era no momento de sua afirmação, todos passavam instantaneamente a tomá-la como a Kate do passado. Desse modo, seus anseios para o amor desmoronaram todos, um por um.

Não precisei terminar de ler o seu segundo livro para entender que ela cometia contra si um sincericídio velado. Kate arranhava a realidade amorosa para torna-la aceitável, contudo o fazia com tamanha intensidade que acabava por danificá-la irremediavelmente.

Citei o exemplo de Kate por ele ser bastante evidente, mas muitas pessoas mundo afora cometem o sincericídio com frequência e não encontram razão para suas dores. Muitas vezes são pessoas que caminham se achando incompreendidas, mas não compreendem em si razões para se deixar amar.

Nós podemos inconscientemente ser nossos piores algozes, pois temos quase sempre uma expectativa pessoal muito alta a nosso respeito e somos bastante intolerantes às nossas fraquezas, o que nos faz crer, erroneamente, que os outros não podem nos amar imperfeitos como somos.

Além do mais, como humanos, carregamos em nós um medo exacerbado de tudo que parece muito bom, sendo assim quase sempre tratamos de minimizar ou até mesmo acabar com o que pode ser maravilhoso.

Dessa forma, antes de fazermos qualquer referência acerca de nós mesmos ou até mesmo com relação aos outros, o ideal é que busquemos saber se estamos sendo sinceros, se o intuito de nossa afirmação é construtivo.

Sejamos amáveis e respeitosos com tudo que somos. Todo sincericídio é danoso, seja ele inconsciente ou não. Buscar e aceitar o melhor nos outros e em nós, agindo de forma carinhosa, positiva, instrutiva e empática é uma ótima opção para minar o tão nefasto hábito de colocar tudo a perder.

(Imagem de capa meramente ilustrativa)

 Acompanhe a autora no Facebook pela sua página Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Como é estar ansioso? 10 pessoas tentaram responder…

Como é estar ansioso? 10 pessoas tentaram responder…

Segundo o dicionário Michaelis, ansiedade significa aflição, angústia, ânsia. E ainda uma “atitude emotiva relativa ao futuro”.

Mas o que isto realmente representa?

Cada um percebe a ansiedade de um jeito e foi isso que um levantamento procurou captar. De forma anônima, várias pessoas responderam como sentem a ansiedade.

E antes que alguém fale que está complicado para entender, a ilustradora Jenny Chang / BuzzFeeddo BuzzFeed Life já respondeu que sim àquela pergunta: “Quer que eu desenhe?”.

1 – “É uma sensação de estar correndo com sapatos de concreto!”

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2 – “Sinto como se estivesse tentando ficar calmo enquanto um ‘mar de mãos’ pede a minha atenção!”

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3 – “Minha ansiedade é como uma vizinha chata que todas as manhãs bate à minha porta. Eu consigo me esconder por um tempo até que ela ‘coloca o pé na porta’. Ela me faz perder o foco, não me sinto como eu mesmo com ela por perto.”

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“Algumas vezes eu fico completamente debilitado na presença dela. Mas atualmente tenho conseguido dizer a ela que vá embora quando ela bate!”

4 – “Para mim, ansiedade é como estar em quarto escuro e frio: eu vejo um pouco de luz atravéz da porta, mas não a alcanço. Ouço as pessoas se divertindo e rindo do outro lado, mas estou preso, não tenho como sair.”

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5 – “Ansiedade é como estar caindo por um número infindável de anéis de fogo!”

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6 – “Imagine que você está em pé, em uma sala escura, respirando um ar denso. Você sente que será atacado a qualquer momento, mas este momento nunca chega!”

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“Dá para sentir o coração acelerado, sua mente fica confusa e sua respiração ofegante!”

7 – “Parece que há eletricidade correndo pelo corpo, como se fossem vários pequenos arrepios”

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8 – “Imagine a cena: há um homem em uma cadeira de rodas. Disseram a ele que, apesar de não conseguir andar hoje, existe uma terapia que pode dar forças para ele voltar a caminhar.”

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Ele recebe um papel com o endereço e horário. Quando chega ao prédio, fica sabendo que a sala 212 é no segundo andar. Não há elevador, apenas uma grande escada. Ele não consegue subir, fica tenso. Levanta a mão na tentativa de chamar a atenção de alguém. Outro homem se aproxima e oferece ajuda. Ele, já com lágrimas nos olhos, agradece. Explica que precisa chegar à sala 212, em que poderá encontrar sua cura, mas que não consegue chegar lá. O estranho dá um sorriso de compaixão, “Claro que posso ajudar!” e acrescenta “A sala é no segundo andar à esquerda”. E, dizendo isso, vai embora.

9 – “Ansiedade é quase como sentir um elefante sentado em cima de seu peito.”

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10 – “É um sistema de alarme que temos no cérebro. Se algo dispara este alarme, o corpo responde na hora: sobe a adrenalina, aumentam os batimentos cardíacos…”

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Não fique em pânico caso alguma destas figuras e descrições combinem exatamente com você! Procure ajuda.

Fontes: buzzfeed.com, psychologytoday.com, awebic

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