12 fatos psicológicos que todo mundo deveria saber

12 fatos psicológicos que todo mundo deveria saber

Só nas fontes que deram origem a lista daria para passarmos umas boas horas.

1. A sua música favorita é provavelmente associada a um evento emocional

A sua e a de todo mundo. (Fonte)

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2. Quanto mais você gasta com outras pessoas, mais feliz você é

O fato é de acordo com vários estudos. A ideia não é dar presentes caros, mas sim presentear mais vezes com sentido. (Fonte)

3. Gastar seu dinheiro com experiências invés de coisas deixa você mais feliz

Guarde memórias e não coisas, ok? (Fonte)

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4. As crianças de hoje são mais tensas do que pacientes com problemas psiquiátricos em 1950

Um fato assustador, mas nada surpreendente, não acha? Hoje em dia cerca de metade da população mundial sofre de ansiedade, depressão ou abuso de substâncias. (Fonte)

5. Certas práticas religiosas diminuem o estresse

Estudos americanos mostram que pessoas que meditam ou rezam diariamente são menos estressadas. (Fonte)

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6. Estar com pessoas felizes faz você feliz

Não há nada surpreendente nisso, né? 😉 (Fonte)

7. Pessoas com idade entre 18 e 33 são as mais estressadas do planeta

Faculdade e começo de carreira podem ser bem estressantes. (Fonte)

8. Convencer-se de que você dormiu bem é um truque para que seu cérebro acredite que isso realmente aconteceu

Isso te dá mais energia e é chamado de “sono placebo”. (Fonte)

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9. Pessoas inteligentes se subestimam e pessoas ignorantes se acham brilhantes

Isso é chamado de Efeito Dunning-Kruger. Basta que você passe algumas horas no Facebook e terá certeza que isso é real. (Fonte)

10. Quando você lembra um evento passado, na verdade você está se lembrando da última vez que você lembrou disso

É por isso que as memórias se apagam e distorcem ao longo do tempo. (Fonte)

11. Se você contar seus objetivos para outras pessoas, as suas chances de atingi-los serão menores

Pesquisas desde a década de 1930 tem provado que isso é verdade. (Fonte)

12. As suas decisões são mais racionais quando você pensa em outro língua

Um estudo da Universidade de Chicago mostrou que coreanos que pensavam em outras línguas estrangeiras tinham reações menos emocionais. (Fonte)

Via: higherperspectives.com

Fonte indicada: Awebic

Para ser feminista não é preciso ser mulher. É preciso ser gente.

Para ser feminista não é preciso ser mulher. É preciso ser gente.

Sim, eu sou um homem feminista. Fui criado por cinco mulheres: minha mãe, minha avó, minha bisavó e duas tias. Quando eu era criança, morávamos todos na mesma casa. Vivíamos a mesma vida. Sonhávamos os mesmos sonhos. Foi de perto delas que eu saí para andar neste mundo. É nelas que eu penso nas horas de tomar decisão. De saudade delas eu choro vez em quando. É para o lado delas que eu retorno sempre.

Elas me ensinaram a comer de garfo, enxugar atrás da orelha, rezar baixinho o Pai Nosso e a Ave Maria, amarrar o cadarço dos tênis sem ajuda, não mexer no que é dos outros, cuidar de cachorro, pedir “por favor”, ver as horas em relógio de ponteiro, tomar ônibus sozinho, ir embora na hora certa, dar a mão quando puder e bater o pé quando precisar. Foram elas. Cinco mulheres que me educaram de seu jeito. Logo, eu sou um homem feminista.

Juntas, elas me superprotegeram e superamaram. Eu fui um menino bem acostumado por cinco mulheres. E veja você que coisa: nem por isso me tornei um adulto mimado, inseguro, despreparado, imaturo, dependente, perdido na vida. Não na minha opinião.

Estou longe de ser alguém satisfeito, tenho todos os defeitos do mundo. Mas pago sozinho as minhas contas e aprendi com elas que isso não é mais que a minha obrigação. Honro o aluguel em dia, não atraso a mensalidade da escola do meu filho e suas outras despesas, trabalho duro em dois empregos, tenho amigos que têm o meu respeito, não me faltam macarrão instantâneo e vergonha na cara. Graças a Deus e graças a elas.

Por tudo isso, acredito radical e fanaticamente na igualdade entre homens e mulheres. Eu sou um homem feminista. E acho que todo mundo devia ser. Porque gente de bom coração não pode ser contra um mundo de absoluta igualdade entre homens e mulheres. Não pode fazer vista grossa em relação à violência contra a mulher, à discriminação em casa, nas empresas, nas ruas. É preciso tomar partido. E o meu já está tomado faz tempo. Desde a infância. Estou com elas e não abro. Eu sou um homem feminista.

Enquanto não nos tornarmos capazes de viver em franco estado de humanismo, sem mulheres ou homens agredidos, discriminados e massacrados em seus direitos essenciais, é o feminismo que há de nos representar. Esse jeito de estar na vida que nada tem a ver com radicalismos estéticos, greve de sexo, sutiãs abolidos e outros exageros. Tem a ver com humanidade, decência, liberdade, justiça, inteligência e igualdade.

Para ser feminista não é preciso ser fêmea. Não é preciso ser mulher. É preciso ser gente. Eu, que sou homem, pai de outro homem, não tenho a menor dúvida de quem foram e são as pessoas mais importantes da minha vida. Quase todas são mulheres. E o que for problema delas é o MEU problema. O que as faz sorrir me faz feliz também. O que as movimenta me põe para frente. Se elas se aborrecem, eu também fico triste. Porque elas vivem, eu aprendi a me agarrar na vida. Sim, eu sou um homem feminista. E acho que todo mundo deve ser.

Gratidão – um dos maiores segredos das pessoas felizes

Gratidão – um dos maiores segredos das pessoas felizes

A gratidão pode te fazer feliz. Ser grato é uma capacidade que, uma vez adquirida, transforma seu olhar sobre o mundo, sobre a vida, sobre as pessoas e sobre cada acontecimento.

Há quem diga que o brasileiro é um povo feliz, otimista, que tende sempre a enxergar o lado cheio do copo, porém, o que a observação tem me mostrado é que os otimistas são, na verdade, indivíduos que conseguem sentir gratidão – sejam brasileiros ou não sejam.

Aprendi uma vez assistindo a uma entrevista que: mais importante do que dizer obrigada é dizer um “muito obrigada” com entusiasmo a tudo de bom que nos acontece. A motivação é imprescindível para quem quer iniciar o treino de agradecer ao invés de reclamar. Isso tem sido proposto por muitos profissionais que já perceberam que o comportamento de ser grato pode mesmo fazer milagres.

A capacidade de manter o pensamento positivo, de ter sempre o olhar voltado para o lado bom das coisas (e acreditem: tudo, tudo mesmo tem um lado bom) e o hábito de agradecer todos os dias vai nos levando lentamente a uma mudança de paradigmas, de valores – e essa mudança pode ser uma das responsáveis pela nossa felicidade.

Indivíduos que reclamam muito são aqueles que desenvolveram padrões de pensamentos e comportamentos pessimistas. Se fizermos um treino, poderemos perceber que, para cada evento, para cada acontecimento em nossa vida, existe o nosso olhar, o nosso sentir, o nosso pensar, o nosso interpretar. São eles que podem transformar aquela experiência em algo positivo ou negativo. A grande força está nas “lentes” com as quais os nossos olhos enxergam a vida. Podemos olhar para o trânsito congestionado, para o apagão da energia elétrica, para a implicância da colega de trabalho e para o peso que aumentou na balança no último fim de semana como grandes catástrofes. Podemos reclamar da bagunça que as crianças fazem em casa, podemos detestar a chatice daquela pessoa que insiste em saber como estamos, podemos reclamar por ter que ir ao supermercado lotado e desejar a morte ao cachorro do vizinho que late a noite inteira.

O que faria uma pessoa grata em cada uma dessas situações?

Sim, porque a vida delas não é perfeita. Elas são felizes, apesar de.

Felizes por irem de carro ao trabalho e por não precisarem enfrentar a humilhação que é andar de transporte público no nosso país. Gratas pela luz elétrica existir ao perceberem que só damos valor a ela quando não a temos, e também por terem se lembrado de comprar velas para quando vierem os apagões. Elas também agradecem por terem um trabalho, afinal de contas, talvez existam colegas chatas em todos eles e talvez também sejamos chatos aos olhos dos outros, todavia, trabalhar é preciso e ter um emprego é motivo de gratidão sempre. Uma pessoa grata e feliz curte o final de semana e jamais se escraviza por algo que valha mais do que sair da dieta para comer e beber com os amigos ou com a família.

Gente grata adora a bagunça das crianças porque isso é sinal de que estão bem e estão saudáveis. Elas valorizam os amigos, principalmente, os que se preocupam com elas enviando mensagens e querendo saber como elas estão. Eu particularmente aprendi que pouquíssima gente se importa de verdade comigo e como consequência disso, priorizo os poucos que me dedicam alguma atenção em tempos tão solitários. Sobre o supermercado, todos nós devemos ser gratos por poder estar na fila imensa – há muitos que gostariam de estar lá, comprando pelo menos o necessário. E quanto ao cachorro da vizinha: ah… pessoas gratas e felizes costumam ter cachorros e amam incondicionalmente todos eles, sejam do vizinho, sejam das ruas – além do mais, elas dormem bem. Dizem que insônia é coisa de gente infeliz e de consciência pesada.

A gratidão pode ser uma das portas para a felicidade, exatamente por que as pessoas gratas são sempre felizes. Agradeça, agradeça muito e sempre. Caso esteja lendo essas palavras em um dia ruim, agradeça por poder ler, pela cama para dormir, por poder se alimentar. Pare de olhar para o que não existe, para o que não pode, para o que não está, para o que não é. Enquanto você lamenta, reclama, agride e recita aqueles famosos versos da hiena Hardy “ó dia, ó céus, ó azar”; alguém ao seu lado solta uma gargalhada, afinal, já que é para imitar as hienas, que seja pelo que elas fazem de melhor: rir!

Dentro de cada um de nós há uma guerra constante entre duas energias, que eu prefiro deixar aqui ilustradas apenas como o lado cheio e o lado vazio do copo. Quem sofre pela água que não tem, deixa de beber a que está ali disponível debaixo do nariz de cada um de nós. E em cada amanhecer é dada a todos a oportunidade de viver um lindo dia, uma nova vida, uma diferente forma de experienciar o que virá. Dê-se uma nova oportunidade. Comece exercitando a gratidão.

A mais emocionante campanha sobre prevenção do câncer de mama que circulou no mês de outubro

A mais emocionante campanha sobre prevenção do câncer de mama que circulou no mês de outubro

A campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda” ficou conhecida em muitos países e, particularmente no Brasil, onde o mundo fashion e as celebridades abraçaram a causa, emprestando a imagem e ajudando o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) a arrecadar fundos para a ampliação de sua estrutura física e capacidade de atendimento.

O dia escolhido para o encontro com famosos como Sheron Menezes, Rafael Cardoso, Tande e Miá Melo, era para ser mais um ensaio envolvendo um projeto social. Ainda na pós-produção do ensaio fotográfico, eles foram chamados para um bate-papo com a diretora de cena Meran Vargens. O que eles não sabiam é que ela era justamente a protagonista da campanha.

O resultado você vê abaixo…

Foto feita depois de Sheron Menezzes ouvir a história de alguém que venceu o câncer de mama.

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Matéria sugerida pela nossa página parceira Psique em Equilíbrio

Fonte indicada: Adnews

Lembranças devastadas pela cruel varredura do Alzheimer

Lembranças devastadas pela cruel varredura do Alzheimer

Onde fica o banheiro? A pergunta é comum. Todos nós já a fizemos incontáveis vezes por estarmos num ambiente desconhecido. Diante da necessidade fisiológica iminente, é possível que fiquemos aflitos diante da possibilidade de não haver um banheiro disponível, de não dar tempo. Onde fica o banheiro? O questionamento inocentemente comum pode ser corriqueiro. A menos que esteja sendo repetido pela sexta vez em dez minutos. A menos que esteja sendo repetido apenas dentro da cabeça, acreditando-se que foi pronunciado. Onde fica o banheiro? Sem obter a resposta para a pergunta que se esqueceu de proferir, ocorre o inevitável. Há uma poça de urina sob os pés, a roupa está molhada, o coração disparado, a cabeça confusa. Vergonha, medo, desalento. Onde fica o banheiro? Além da incontinência urinária, o portador da Doença de Alzheimer sofre da enorme dor de não controlar suas lembranças. As memórias são mantidas ou descartadas num caos aleatório que dança sobre um terreno pantanoso e escuro. As lembranças são tragadas pela areia movediça do esquecimento.

No dia 25 de novembro de 1901, August D., uma mulher de 51 anos, deu entrada no Hospital Municipal de Lunáticos e Epiléticos de Frankfurt. Seu marido a descreveu como uma mulher tranquila, educada e até um pouco tímida. No entanto, estava muito assustado com seu comportamento subitamente alterado. Seis meses antes dessa data, August D. teve uma crise de ciúmes, agrediu fisicamente seu marido e quebrou muitos objetos dentro de casa. Depois disso, caiu num sono agitado e profundo. Acordou bastante confusa sobre onde estava, queria saber por que estava tudo bagunçado e trocou várias vezes de roupa, até colocar um vestido de festa para ir à casa de seus pais. O marido de August D. teve muito trabalho para convencê-la de que seus pais já haviam falecido há mais de dez anos. A partir desse incidente, August D. foi apresentando lapsos de memória cada vez mais frequentes e intensos. Dada a gravidade do estado da paciente, o diretor do hospital, Dr. Alois Alzheimer, foi chamado para atender pessoalmente o casal.

Extremamente estudioso; criterioso e detalhista, o Dr. Alzheimer tinha a habilidade de descrever com riqueza de detalhes suas descobertas microscópicas. Durante as manhãs, ele atendia seus pacientes, dedicando-se com esmerada atenção a colher o maior número possível de informações acerca de suas rotinas e queixas. As tardes eram ocupadas por exaustivos estudos no laboratório, onde Alzheimer analisava lâminas de tecido cerebral obtido em necropsias. Os estudos eram feitos em parceria com o Dr. Nissl, mais criativo e inquieto, que completava a atitude disciplinada e o alto poder dedutivo de Alzheimer. Juntos, eles protagonizaram um importante projeto de mapeamento das doenças do sistema nervoso conhecidas na época.

O caso de August D. foi acompanhado com admirável interesse por Alzheimer até 1903, quando se mudou para Heidelberg para trabalhar com o Dr. Emil Kraepelin (fundador da psiquiatria moderna), na Clínica Psiquiátrica Real, em Munique, hoje Instituto Max-Planck de Psiquiatria.

Em 1906, a paciente faleceu, vítima de complicações advindas da doença. Um colaborador de pesquisa, Dr. Sioli, enviou o cérebro e o prontuário de August D. para que Alzheimer pudesse estudá-lo. O caso foi apresentado no 37º Encontro de Psiquiatras do Sudoeste da Alemanha em novembro do mesmo ano, em Tübingen. A plateia recebeu os achados com frieza e cautela.

Em 1912, Alzheimer aceitou o convite do rei da Prússia Guilherme II para dirigir a Clínica de Psiquiatria e Neurologia da Universidade Silesiana Friedrich-Wilhelm, em Wroclaw (hoje Breslau, Polônia). Na viagem de trem contraiu uma grave amidalite, que evoluiu para artrite reumatóide e problemas cardíacos e renais. Nunca mais recuperou a saúde e passou os anos seguintes na cama, até morrer em 1915, aos 51 anos.

As duas guerras mundiais, das quais a Alemanha saiu derrotada, contribuíram para que a descoberta de Alzheimer passasse despercebida até a década de 60, quando a maior expectativa de vida da população fez aumentar o número de casos da doença. Houve controvérsia entre médicos e pesquisadores. Para muitos deles, Alzheimer cometera equívocos, e as lesões descritas no início do século XX correspondiam a outras doenças já conhecidas, como a demência vascular.

A polêmica foi realmente resolvida só na década de 90, graças ao notável trabalho investigativo do Neuropatologista Manuel Graeber, do Instituto Max-Planck de Neurobiologia. Entre 1992 e 1997 ele encontrou as preparações histológicas do cérebro de August D. até então esquecidas nos porões da Universidade de Munique. Ao todo são mais de 400 lâminas em ótimo estado de conservação, além de outros documentos que descrevem a história clínica desses pacientes. O material é base de pesquisa para muitas publicações médicas e artigos discutidos em Congressos de Psiquiatria por todo o mundo. A Doença de Alzheimer é hoje a forma mais comum de demência e um dos distúrbios mentais que mais concentram esforços de pesquisa, além da preocupação de profissionais da saúde, das famílias e da mídia. Há, atualmente, no mercado editorial, inúmeras obras científicas ou de ficção que trazem o Alzheimer como tema central.

Por meio da leitura do romance “Quem sou eu, afinal?“, do escritor Ricardo Valverde, somos convidados a viajar numa narrativa fluida, dramática e envolvente, cujo cerne é o drama enfrentado por Daniel Lebzinsky e os demais personagens da trama, que aos poucos vai sendo tecida e entrelaçada com maestria e delicado respeito pelo autor. Daniel Lebzinski é um senhor envolto em tristeza e amargura que, após doar seu sêmen pela última vez, tenta retornar a sua casa, mas é surpreendido pelo esquecimento. O que parecia ser apenas um fato isolado transforma-se em uma série de eventos repetitivos. Com o auxílio de Judith Stelar, enfermeira e amiga de longa data, o doador de sêmen é diagnosticado com o Mal de Alzheimer e passa a lutar contra essa terrível doença. Benjamim, um jovem doce e sonhador, está prestes a descobrir o amor pela primeira vez com Laila, sua namorada, quando se depara com um antigo exame, que irá mudar a trajetória de toda a sua vida. Ao descobrir que seu pai é estéril, o jovem parte em busca de sua verdadeira origem. Elad Raviv, um marido distante e ausente, se vê frente a frente com os mais profundos abismos de seu coração e parte em uma árdua jornada à procura de uma razão para viver. O que essas três histórias podem ter em comum? Quem são eles, afinal? Por qual razão a vida os colocou no mesmo caminho? A leitura deste romance, editado e distribuído pela Editora Novo Século é uma maneira educativa de entrar em contato com a realidade tão sombria dos cuidadores, familiares e portadores de Alzheimer.

Os pacientes, após terem os primeiros sinais da doença, que em geral são “brancos” de memória envolvendo atribuições prosaicas cotidianas, percebem-se privados do direito de manter uma rotina de vida laboral, social e afetiva. Tornam-se fragilizados do ponto de vista orgânico e emocional. E, com os desdobramentos da doença, passam a depender dos cuidados de familiares ou profissionais de saúde, até para cuidados pessoais, de higiene e alimentação.

Aqueles que se dispõem a cuidar dos portadores de Alzheimer também têm suas rotinas completamente alteradas, dadas as necessidades de cuidados cada vez maiores e da forte carga emocional. Toda a família é afetada pelas consequências da progressão da demência. A doença é caracterizada por um crescente e irreversível declínio em certas funções intelectuais: memória, orientação no tempo e no espaço, pensamento abstrato, aprendizado, incapacidade de realizar cálculos simples, distúrbios da linguagem, da comunicação e da capacidade de realizar as tarefas cotidianas. Outros sintomas incluem mudança da personalidade e da capacidade de julgamento.

O diagnóstico de Alzheimer continua sendo clínico, mas a diferença verificada desde o início da atual década (Dr. Alzheimer verificou o acúmulo da proteína beta-amiloide ao estudar o cérebro de August D.), foi a constatação de que marcadores biológicos podem auxiliar a tornar o diagnóstico mais preciso. Os marcadores biológicos que passam a fazer parte da investigação clínica são o beta-amiloide e a proteína fosfo-tau. A proteína beta-amiloide é acumulada nas placas senis, um dos marcos patológicos da doença. Essa proteína é produzida normalmente no cérebro e há evidências de que quantidades muito pequenas dela são necessárias para manter os neurônios viáveis. O problema na Doença de Alzheimer é que sua produção aumenta muito, levando à alteração nas sinapses, o primeiro passo para a série de eventos que leva à perda de neurônios e aos sintomas da doença.

Os avanços da medicina conferem aos seres humanos uma expectativa de vida cada vez maior. Todos querem viver mais, viver bem, viver com integridade. Todos querem chegar a idades avançadas com suas capacidades de pensar, sentir e agir preservadas e íntegras. Não há ninguém de nós que esteja preparado para apagar suas memórias, suas conquistas afetivas e cognitivas como se fossem um texto provisório traçado a lápis. Queremos nossa história alicerçada e protegida em solo firme e seguro. Queremos nosso passado bem guardado, a salvo de ser tragado pela areia movediça do esquecimento.

Documentário “Levantado do Chão” – José Saramago

Documentário “Levantado do Chão” – José Saramago

Documentário inédito sobre a vida e obra do Prémio Nobel da Literatura, José Saramago. No dia em que se assinalam os dez anos da atribuição do primeiro Prêmio Nobel da Literatura da Língua Portuguesa, a RTP exibe um documentário que retrata o percurso singular do escritor José Saramago, que se afirma “pessimista pela razão, otimista pela vontade”. Durante quase um ano, uma equipe da RTP reconstitui os pontos cardeais em que a vida e obra de Saramago se fundem, num trabalho que aborda a história do escritor português mais lido e conhecido do mundo. Mais do que uma biografia, este documentário pretende dar a conhecer ao grande público os momentos decisivos da vida de um homem que aos cinquenta e três anos não era ainda escritor. Filho e neto de camponeses sem terra, José Saramago imigrou para Lisboa com dois anos.

Grande parte da sua vida decorreu na capital, que serve de cenário a alguns dos seus romances. Mas durante a adolescência, foram muitas e prolongadas as suas estadias na aldeia natal, Azinhaga, Golegã, que o marcou para toda a vida. Ficou célebre, o discurso que Saramago proferiu há dez anos na entrega do prémio Nobel, evocando com emoção os avós Jerómino e Josefa, que dormiam com porcos na cama, única forma de sobreviverem todos. José Saramago frequentou o liceu e a escola industrial mas, por dificuldades econômicas, não pôde prosseguir os estudos. É um homem “Levantado do Chão”, título de uma das suas obras, e título escolhido também, para este documentário. O seu primeiro emprego foi de serralheiro mecânico e neste trabalho reeencontramos a oficina dessa época assim como ex-colegas de ofício.

Fonte Youtube

Cinco maneiras de detectar uma mentira

Cinco maneiras de detectar uma mentira

Detectar quando alguém não está sendo sincero não é uma habilidade que os detetives da série que você assiste adquirem com a experiência – é saber observar dezenas, centenas de pequenos sinais que o corpo dá durante uma mentira. E isso pode sim vir da experiência, mas também pode ser aprendido. É que o rosto e as expressões faciais, os movimentos da perna, dos braços, a voz e até o cérebro dão uma porção de dicar sobre a honestidade ou a desonestidade de um relato. E se você souber que dicas são essas, pode ser capaz de identificar quando alguém estiver mentindo.

Antes de saber quais são os 10 sinais que podem indicar que alguém está mentindo, saiba muitos deles são sinais associados ao estresse que a pessoa sofre quando precisa mentir. Logo, tome cuidado para não confundir uma pessoa sincera e nervosa por outros motivos com um mentiroso. Além disso, seja sempre cauteloso. Não vale terminar o namoro ou brigar com o melhor amigo por que ele coçou o nariz no meio de uma história.

Uma maneira segura de investigar uma mentira através de sinais subjetivos é estabelecendo um parâmetro para a pessoa que você acha que pode estar mentindo. É simples: faça uma afirmação que você saiba ser verdade sobre ela (“Ah, semana passada você foi viajar para a praia, né?”) e observe como a linguagem corporal dela reage ao concordar. Anote mentalmente. Em seguida, faça outra afirmação sobre ela que você sabe ser mentira (“E lá você terminou com seu namorado, não foi?”) e também observe a maneira como ela reage. Registre tudo: pra onde ela olha, como move a cabeça ao negar, as micro-expressões, onde coloca as mãos.

A partir daí, deve ficar mais fácil de identificar as atitudes específicas daquela pessoa em relação a relatos sinceros e mentirosos. Mas existem sinais universais.

Conheça-os:

1. Contato visual excessivo

Contato visual excessivo. Você já deve ter lido por aí que quem desvia o olhar pode estar mentindo. Só que um estudo sugeriu que, na verdade, mentirosos podem inclusive fazer contato visual exagerado, justamente numa tentativa inconsciente de camuflar isso. E quem não está mentindo, geralmente, tende a não se preocupar com isso e acaba quebrando contato visual casualmente para olhar para objetos estáticos, o que ajuda a focar e reavivar a memória. Portanto, vale mais a pena ficar atento se o sujeito está olhando demais no seu olho.

2. Mãos escondidas

Fique atento para toques no nariz, cobrir a mão com a boca e palmas da mão escondidas – seja no bolso, nas costas ou cruzando os braços. Quando estamos sendo sinceros, tendemos a expôr as palmas das mãos para o outro. Quando mentimos, somos inclinados a nos fechar e esconder as mãos.

3. O movimento dos olhos

Se você é destro e precisa se lembrar de algo, você olha para cima à esquerda. Se você é canhoto e está inventando algo, seus olhos se movem para cima à direita. Inverta a lógica para canhotos e você tem um mecanismo interessante para saber se alguém está inventando uma história ou contando a partir da memória.

4. Reação demorada

Se a pessoa demora pra concordar ou negar o que você acabou de afirmar e há um atraso no movimento da cabeça, por exemplo, pode ser um sinal de que ela está mentindo. Claro que esse intervalo extra dura décimos de segundos, então precisa ser bem observador pra notar.

5. A maneira como a pessoa fala

Nessa parte, há uma série de sinais que pode indicar uma mentira. Nós listamos algumas reações que são apontadas por psicólogos como sinais de insinceridade:

– Repetir exatamente a mesma frase quando nega ou afirma alguma coisa

-Não responde diretamente à pergunta: contesta usando uma outra pergunta ou muda de assunto (meio óbvio, ok, mas sempre importante lembrar)

– Usar muitas expressões do tipo “pra ser honesto”, “honestamente”, “francamente”, “sinceramente”

– Falar difícil demais, usando palavras rebuscadas que normalmente não aparecem no discurso daquela pessoa no cotidiano

– Usar pronomes vagos ou evitar o uso deles. Se o sujeito evitar o pronome “eu” e começar falar usando voz passiva (“isso nunca aconteceu”, “não foi feito por mim”) ou outros sujeitos gramaticais (“as pessoas geralmente não fazem essas coisas”), ele pode estar tentando se distanciar do que está dizendo

– Usar detalhes demais

– Se a voz ficar repentinamente aguda demais ou a pessoa estiver falando mais rápido que o normal, isso pode indicar nervosismo. Gaguejar e parar no meio das frases, também

– Fazer menos afirmações diretas

– Repetir exatamente suas palavras (“Você comeu o pudim que estava na geladeira embrulhado em um plástico?” “Não, eu não comi o pudim que estava na geladeira embrulhado em um plástico”, por exemplo).

(via WikiHow, Blifaloo, LifeHack)

Fonte indicada Galileu

Familiares tóxicos: como podemos nos defender?

Familiares tóxicos: como podemos nos defender?

Não podemos simplesmente cortar uma relação com um familiar. Ele é “sangue do seu sangue”, e a situação é complicada. Se você não quer ser manipulado, defenda-se e imponha limites. Informar sobre quem você é, como você é e o que você quer não é ser egoísta, é ser sincero.

Todos nós temos alguém na nossa família com estas características. Pessoas que só pensam em si mesmas e que nos manipulam, que brincam com nossas emoções. Situação complicada, pois normalmente mantemos laços estreitos com elas. Mas, o que podemos fazer, nesta situação?

Familiares tóxicos, quando a família nos sufoca

Ter familiares tóxicos em nosso círculo pessoal pode afetar severamente a nossa qualidade de vida. Por exemplo, se tivermos um amigo manipulador e com tendências egoístas e interesseiras, sempre poderemos terminar com essa amizade para estar melhor, ter o nosso equilibro e a integridade necessária. Mas, o que acontece quando a pessoa manipuladora é, por exemplo, a nossa mãe, nosso irmão ou inclusive nosso marido? Não é a mesma coisa, e todos nós entendemos isso.

Não é tão simples cortar a relação com um irmão, uma mãe ou uma sogra. É uma situação complexa e difícil onde estão envolvidas muitas emoções e sentimentos. Eles são parte da nossa rede de relações e é complicado separar um vinculo assim, mas há muitas pessoas que decidem terminar o relacionamento pela sua própria saúde. Há momentos em que as relações intensificam-se, e é quando esses familiares tóxicos chegam a atentar severamente contra o nosso próprio equilibro emocional.

Um exemplo disso são os pais que não permitem que escolhamos livremente nosso parceiro. Que recriminam as nossas amizades e as nossas relações. Todos nós temos o direito de errar, porém eles nunca podem nos proibir ou nos punir. Imagine, por exemplo, alguns irmãos, irmãs ou primas que sempre estão nos exigindo coisas ou esfregando em nossa cara aspectos que nos prejudicam e ferem. O que podemos fazer? Como devemos agir?

1. Estabeleça limites, você sabe o que quer e o que não pode permitir.

Vamos ver primeiro um exemplo: você vai visitar os pais do seu companheiro e lhe servem um prato apimentado demais. Você não gosta de comida apimentada e passa mal, entretanto, para não chamar a atenção e não ofender ninguém, prefere não dizer nada e comer. A partir daí, toda vez que você for visitar seus sogros, eles continuaram a servir o mesmo prato até que, de repente, você não tenha mais escolha e revele a todos “que a comida apimentada faz mal para você”. O mais provável é que lhe respondam: E por que não disse isso antes?

Bom, é apenas um simples exemplo. Uma forma de entender que sempre temos que dizer o que podemos e o que não podemos aceitar. Se você não puder fazer compras com a sua mãe ou a sua irmã todas as tardes, avise isso a ela. Se você não gostar que lhe digam como educar aos seus filhos, fale. Se você não quer ser manipulado, defenda-se e coloque limites. Levante a voz para informar sem punir. Para se defender sem atacar. Fale sempre com respeito e o máximo carinho para não destruir nenhum vínculo, simplesmente deixe claro quem você é e como é que você quer as coisas não é ser egoísta, é ser sincero.

2. Aprender a ser assertivo e evitar ser complacente

Às vezes não queremos ferir os sentimentos dos nossos familiares e guardamos muitas coisas que gostaríamos de dizer. Pais ou avós que reclamam por estarem sozinhos, quando na realidade os atendemos sempre que podemos. Irmãos que dizem que não os apoiamos como deveríamos. Temos que tentar ser assertivos e, com respeito e carinho, sempre dizer a verdade: “Venho sempre que possível e você sabe que, caso precisar de alguma coisa, pode me ligar”. “Você sabe que eu sempre apoiarei você em tudo, mas não posso ir além das minhas possibilidades”. “Neste momento também estou passando por uma situação difícil e você tem que entender”. Mostre sempre sinceridade e proximidade, mas diga em voz alta a verdade sobre o que você sente e precisa, fale do que você pode fazer e o que não pode. Destaque que você também tem necessidades que devem ser respeitadas.

3. Apoiar incondicionalmente a família, mas cuidando sempre de nossa integridade

A família em primeiro lugar, isso nós sabemos, mas da mesma forma que é o mais importante na nossa vida, se nos machucarem ou prejudicarem também a família também pode ser o mais destrutivo em nossa existência. Existem pessoas que sofreram abuso ou maltrato na infância. Manter uma relação familiar cordial com esses membros nunca será possível e isso está claro. O essencial é cuidar sempre da sua autoestima, ser uma pessoa madura, equilibrada e com a necessidade de ser feliz todos os dias. Se alguém da sua família o ferir, será melhor se distanciar e afastar para recuperar a integridade, o autoconceito e a tranquilidade.

Todos nós sabemos que as relações familiares nunca são fáceis, mas temos que tentar conviver em harmonia. Se existirem excessivas manipulações e muito egoísmo por parte desses membros, ao final, o tratamento deverá ser o justo. Sabemos que a família é uma parte essencial do nosso ser, da nossa identidade e raízes, mas se essas raízes tiverem muitos espinhos e somente causarem sofrimento, deveremos nos afastar um pouco. Defenda-se, cuide-se, diga o que você é capaz de aceitar e o que não admitirá. Ame a sua família, mas acima de tudo, ame a si mesmo.

Fonte indicada: Melhor com Saúde

Pra que complicar? Vamos logo ao “amai-vos uns aos outros”.

Pra que complicar? Vamos logo ao “amai-vos uns aos outros”.

Há pessoas que provocam amor nas outras. Já viu? Elas estão por aí, resistindo. Conspirando. Em meio a tanto espírito de porco arrumando briga, plantando cizânia, caçando enguiço, tem gente que desperta bons sentimentos nos outros. Gente que, em vez de criar encrenca, inventa um jeito de construir afeto, gerar ternura, produzir beleza, desarrumar a cara feia do mundo.

Essa gente tem o cuidado de se importar com os outros. No bom sentido. Acha que “se importar” não é seguir o manual de instruções alheio, amarrar-se às expectativas de quem está por perto. Tampouco é querer agradar a todos ou caminhar como piolhos pela cabeça dos outros. Esse é o mau sentido da expressão. Quem se importa no bom sentido é o sujeito que tenta, com toda ousadia que lhe cabe, dar um jeito nas coisas.

São aqueles que ainda dizem “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, “com licença”, “por favor”, “obrigado”. Aqueles que pedem desculpas quando necessário, oferecem e agradecem mais do que solicitam. Pessoas que doam seu tempo para fazer o do outro melhor e, sem querer, transformam o seu próprio prazo de validade na vida em uma aventura bela, honesta e emocionante. Gente que não precisa ser alegre a todo instante, que conhece a tristeza e acredita que felicidade se constrói com trabalho e empenho em nosso dia depois do outro.

Provocam amor nas pessoas aqueles que sabem fazer silêncio em meio a tanto barulho. Que telefonam aos seus não só quando é aniversário, mas que também quase nunca esquecem as datas importantes. Gente que compartilha textos nas redes sociais depois de fazer um pequeno esforço para verificar e incluir o nome dos autores nas postagens, caso alguém queira saber mais sobre eles. Gente que, nas academias de ginástica, limpa os aparelhos depois de usá-los. Cidadãos que, nas praças de alimentação dos shoppings, recolhem suas próprias bandejas depois da refeição e as levam até o lixo, em vez de esperar as moças da limpeza fazerem esse trabalho por elas.

Essas almas provocam amor nas outras. Porque são tomadas de atitudes amorosas. Um ser humano nesse estado é voluntarioso, disposto ao trabalho, afeito a atitudes generosas. Que venham os problemas. Soltem as feras, tragam as cobras cuspindo veneno. Libertem os enxames de mamangavas! Quem tem amor encara tudo sem medo de nada.

A educação, a vontade de ajudar, os bons modos, a honestidade, a gentileza, o respeito e todos os outros nomes do amor resistem dentro delas, convivem em festa e vivem escorregando para fora. Espirram em nossa cara pálida de transeuntes que passam com pressa, andando para lá e para cá, correndo para cima e para baixo, alheios e tocados de pânico, ora buscando, ora fugindo.

Atônitos, passamos rápido como trens que não saem dos trilhos e não olham dos lados. Atropelamos o que vier ià frente. Então vêm as pessoas que provocam amor, nos jogam nos braços um sentimento poderoso, sob a forma de um gesto simples, e detêm nosso trote desesperado. Com força, firmeza e doçura, descem da superfície e nos chegam ao fundo dos olhos.

Vira e mexe, um raminho verde e frágil dá a cara tímida rumo ao céu e ao sol por entre as rachaduras do asfalto duro de nossos dias, aproveita o vacilo dos maldosos e escapa pelos flancos, como os sorrisos que fogem de uma cara carrancuda. Saem feito passarinhos de gaiolas enferrujadas, deixando para trás a dor, o claustro e o sofrimento. Graças àqueles que provocam amor na gente. De repente alguém sorri. E o faz porque outro alguém arrancou-lhe de seu lá dentro um riso leve, trancafiado e esquecido sabe Deus desde quando.

Procure. Em algum lugar ao seu redor, um ser tomado de ousadia está tramando um carinho. Desaforado que só, está fugindo à regra dos mal amados, fazendo uma gentileza a um desconhecido. Olhe ao redor. Tem alguém querendo provocar amor em você. Revide. Devolva. Responda com afeto. Dá trabalho. Mas é o que nos cabe. Odiar é fácil. Difícil é provocar amor na gente.

Sobre quando a vida afetiva é um fracasso

Sobre quando a vida afetiva é um fracasso

Todos conhecemos alguém que tem sérios problemas na esfera dos relacionamentos amorosos – na pior das hipóteses, você é essa pessoa.

Vira e mexe está “apaixonado”, extremamente obcecado por alguém (que muitas vezes nem sabe de sua existência). Dia a dia busca informar-se mais sobre os gostos e planos da pessoa, alimentando fantasias nas quais junto a ela desfruta todos estes prazeres – chegando a pensar em quantos filhos terão, onde morarão e coisas mais.

É estranho, mas planeja a “hora certa” para iniciar as tentativas reais de estabelecimento de vínculo. O momento mágico, que aumentará incrivelmente as possibilidades de êxito.

Quando é o momento perfeito para arriscar-se? Normalmente amanhã, semana que vem, mês que vem, ou de repente, daqui a alguns anos. Por qual razão tanto adiamento? Simples, enquanto o dia não chega as coisas permanecem no nível da possibilidade, da incerteza… da segurança.

Certo, agora podemos transitar para a segunda parte do texto. Por qual razão é que ele sofre tantos insucessos? Seria uma pessoa muito azarada?

Sem querer ser desagradável e cético, terei de dizer que não creio muito nessa possibilidade – até mesmo porque nela o indivíduo torna-se completamente isento de responsabilidades, certo?

Einstein dizia que “insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferente”. O que será essa pessoa anda repetindo tanto? Afinal, o resultado é sempre o fracasso.

Existem déficits nas habilidades sociais? Sim, claro! São o principal problema em questão? Não, o buraco é mais em baixo.

Todos temos algumas coisas que nos chamam a atenção, correto? Tais aspectos estéticos e comportamentais definirão as pessoas pelas quais nos interessaremos durante toda a vida.

E como isso pode ser o problema? De repente o maior requisito para apaixonar-se por alguém esteja sendo a plena convicção de que tal relacionamento seja impossível.

Isso tudo ocorreria em um nível não muito consciente, porém a finalidade é muito clara e específica. O indivíduo só apaixona-se por pessoas cujo relacionamento seria muito “improvável” para que após cada fracasso tenha confirmada sua crença do quão incapaz e não merecedor de carinho é.

Por qual razão agredir-se tanto? Qual culpa apresenta-se como raiz e mantenedora dessa cena que pode vir a durar a vida toda caso não seja levada às mãos de um bom psicólogo?

Daqui em diante o trajeto é individualizado, cabe a cada um mover-se em busca de suas melhoras.

“Por que cometer erros antigos se há tantos erros novos para escolher?” Bertrand Russel.

Diego Caroli Orcajo. Águas de Lindóia

Você tem um amigo que te faz pisar em ovos?

Você tem um amigo que te faz pisar em ovos?

Todo mundo tem um amigo louco, um amigo tímido, um amigo herói, problemático, romântico, cafona, hippie, safado, malandro… tem amigos que podem levar quase todas as denominações em um só! E por cada um deles, na maioria das vezes, são pessoas adoráveis, daquelas que sorrimos só de saber que iremos encontrá-los e ficamos realmente felizes com suas presenças.

Amigo é riqueza sem tamanho, a gente sabe disso. Ai de mim sem minhas amigas incríveis, sem meus amigos maravilhosos!

Eu afirmaria com muita certeza que, salvo os que decepcionei e também os que já ou ainda irão me decepcionar, amigo é casamento feliz, pra vida toda!

A coisa só fica esquisita no momento que seu amigo começa a te fazer pisar em ovos. – Opa, cadê aquela alegria que eu tinha quando estava indo te encontrar? Por que agora arrumo desculpas para não te telefonar, não responder suas mensagens? Por quais cargas d’água eu ando preferindo estudar a ir beber umas com você e dar risada até a barriga doer?

Um dia, sem maiores alardes, seu amigo começou a te cobrar presença, deu para soltar piadinha quando te vê com outro amigo, não se contendo então, partiu para as frases de efeito: – É, comigo você não vai para tal lugar; – Você nem gosta desse tipo de filme!; – Fica lá com seus amigos novos…

Esse amigo está enciumado, está chateado, está tentando te fazer sentir culpa.

Chato isso, mas pode ter explicação. A pessoa pode estar passando por uma fase insegura, pode estar se sentindo preterida, pode querer mais da sua atenção e não sabe como pedir.

Mas pode também ser uma pessoa controladora, esfomeada, manipuladora. E aí, ou você entrega o jogo e deixa ela te controlar, ou vira totalmente essa relação do avesso e começa tudo de novo.

Cartas na mesa, sinceridade na medida certa, e você explica, do fundo do coração, que essa amizade é importante, mas que em hipótese alguma você pode permitir se deixar controlar, nem pelo amigo, nem pelo amor, nem pelo cachorro, pelo terapeuta, pelo patrão, pelo pai, mãe, filhos, ninguém.

Explica que amor bonito é amor livre, que desconhece os medos de infidelidade, deslealdade, não lembra o tempo que passou, que acha bom o encontro e, naquele momento, a vida é mais feliz porque esse amigo está por perto!

E devolva os ovos para ele.

 

Conselhos de amor da Madre Teresa de Calcutá

Conselhos de amor da Madre Teresa de Calcutá

O amor chega a quem espera, ainda que o tenham decepcionado; a quem ainda acredita, mesmo que antes tenha sido traído; a quem ainda precisa amar, mesmo que tenha sido ferido; e a quem tem coragem e fé para construir a confiança novamente.

Não se deixe levar pelo exterior, porque ele pode enganar. Não se deixe levar pelas riquezas, porque ela pode ser perdida. Procure alguém que faça você sorrir, porque um sorriso é capaz de fazer um dia escuro brilhar.

Espero que você encontre aquela pessoa que lhe faça sorrir! Há momentos nos quais você sente tanta saudade da pessoa em seus sonhos, que tem vontade de tirá-la dos seus sonhos e abraçá-la com todas as suas forças.

Espero que você sonhe com esse alguém especial e que essa pessoa sonhe o que você quer sonhar. Veja por onde você quer caminhar e seja o que você quer ser, porque você só tem uma vida e uma oportunidade de fazer tudo o que você quer fazer.

Espero que você tenha felicidade suficiente para tornar-se doce; provas suficientes para tornar-se forte; dores suficientes para ser um humano autêntico; esperança suficiente para ser feliz, recordando que as pessoas mais felizes nem sempre são as que têm o melhor de tudo.

(Madre Teresa de Calcutá)

Fonte indicada: Aleteia

Homem macho e a sensibilidade masculina

Homem macho e a sensibilidade masculina

“Sabe, homem é tudo igual.” Acho que todos nós já ouvimos isso. Não é segredo algum que as mulheres sempre reclamaram da sensibilidade masculina, quero dizer, da falta de sensibilidade de nós, homens. Outrora, isso não era nem imaginável como discussão, pois “homem que é homem não tem essas frescuras”. Contudo, o mundo mudou, as mulheres ganharam espaço e não admitem esse tipo de pensamento. Sendo assim, vem a pergunta: como os homens têm lidado com a tal da sensibilidade?

Apesar de toda evolução que a sociedade apresenta em relação à emancipação da mulher, sabemos que o machismo ainda existe e muito. Para a visão machista, um homem não pode ser sensível, pelo contrário, deve manter aquela postura inabalável, independentemente do que acontecer. E, como disse, há resquícios dessa visão na sociedade contemporânea.

Dessa forma, ser um homem com sensibilidade torna-se algo extremamente difícil, pois o homem sensível vive sob o jugo de preconceitos, como o de ser “afeminado”, fraco (inclusive no ponto sexual), chorão etc. “Homem tem que ser macho” – dizem, como se qualquer demonstração de fraqueza ou sentimentos deixasse o homem menos “macho”.

Aliás, essa visão machista acaba fazendo mal aos próprios homens, que se veem sobrecarregados com essa pressão de ser um homem bem sucedido, que anda bem vestido, em um bom carro, rodeado de pessoas que o “admiram”, homem culto, com piadas na hora certa, bom de cama e que, em hipótese alguma, é sensível.

No entanto, essas características podem fazer sucesso no barzinho, mas não garantem uma boa relação, pois a falta de sensibilidade implica falta de percepção do que acontece. E, para uma mulher, é horrível falar e não ser entendida. Apesar de todo mistério que as circunda, com um pouco de sensibilidade é, sim, possível entendê-las, ou pelo menos tentar.

Para tanto, é preciso sair da zona de conforto criada pelo machismo que impede os homens de poderem ouvir, de se colocarem no lugar do outro, de terem curiosidade em saber o que agrada a mulher amada, coisas que, no final, tornam o homem mais sensível e, por conseguinte, um amante melhor e muito mais macho.

Não há nada de errado em ser um homem que não tem medo de demonstrar o que sente, de mandar flores, escrever poemas – ainda que sejam do Caio Fernando e você diga que são seus –, pois homem que é macho tem sentimentos e, porque é macho, coloca-os para fora sem medo de ficar prisioneiro deles.

Entretanto, como já dito, não é fácil ser esse homem com sensibilidade, uma vez que os machistas de plantão sempre estão à solta fazendo a sua caça às bruxas.

Além disso, há de se considerar que, apesar da evolução das mulheres, estas ainda sentem dificuldade em lidar com a sensibilidade masculina, posto que o machismo ainda seja muito forte e, indiretamente, influencia toda uma cultura, um estado psicoafetivo, em que a mulher não está acostumada a lidar com a sensibilidade do homem.

Todavia, é insustentável possuir uma relação com as mesmas formas de agir das gerações anteriores, as quais estavam acostumadas a subjugar a mulher. A mulher moderna não aceita isso. Quer um homem que esteja lado a lado, de mãos dadas, e não querendo afundá-la para que possa sobressair.

Sendo assim, faz-se necessário que as mulheres consigam romper as amarras da cultura machista, para que lidem melhor com a sensibilidade masculina. E os homens devem estar dispostos a abrir mão do trono, para que possam ouvir mais as mulheres e, assim, mergulhar no prazeroso mundo dos mistérios da alma feminina.

No fim das contas, ser macho mesmo é ser sensível, pois são apenas estes que têm a coragem para dizer eu te amos sinceros, chorar nos momentos difíceis e não negar o colo da mulher amada quando a estrada parecer sem fim. Pois, como disse um poeta por aí:

Um homem também chora, menina morena. Também deseja colo, palavras amenas. Precisa de carinho. Precisa de ternura. Precisa de um abraço da própria candura.

Nós que vivemos no fantástico mundo da lua

Nós que vivemos no fantástico mundo da lua
O mundo passa rápido por nós. Andamos distraídos, tropeçando em nós mesmos. Vários universos se entrelaçam dentro da gente. Não somos esnobes, nem prepotentes, só estamos distantes prestando atenção às vozes que habitam nossos corações.

Dentro de nós existe um milhão de possibilidades. Perguntas pedem respostas e elas podem vir em horas não tão apropriadas. Ideias surgem e nos saltam da boca, rasgando o tempo e denunciando que não estávamos onde achavam que deveríamos estar.

Muitas vezes simples palavras ditas ao acaso, por outros, se misturam em nós e viram enredo para um filme que se passa só em nossa cabeça. E quando o filme começa muitas vezes a gente esquece de ouvir o que os outros tem a dizer. Mas não é por muito tempo, sempre voltamos à realidade, mais cedo ou mais tarde.

Vivemos no mundo da lua. Diziam antigamente que quem vivia lá era lunático, ou melhor, louco. Então somos um pouco assim e quem nos ouve com a razão sempre se atrapalha.

Não nos enquadramos em todos os lugares, não falamos todas as línguas e muitas vezes preferimos nos deixar quietos a nos declarar.

Guardamos em nosso silêncio um mar de palavras que tornam a vida intensa e interessante dentro da nossa cabeça.

Comumente esquecemos de nos apresentar. Ignoramos lamentavelmente um “oi” para dizer das coisas bonitas que descobrimos em nossas andanças. Inúmeras vezes passamos divagando pelo mundo, deixando de olhar para os lados.

Não temos nada contra ninguém. Não fingimos ignorar. Não negamos acenos ou apertos de mão. Apenas estávamos em outro tempo, em outro espaço, vivendo outras histórias.

Colocamos uma música nos ouvidos e viajamos nela, desligamos o botão da atenção e dançamos descompassados pela vida. Esquecemos o arroz no fogo, a torneira ligada, a luz acesa.

Perdemos as chaves, nunca lembramos todos os nomes e muitas vezes apertamos duas vezes a mesma mão.

Sentimos um calafrio quando nos perguntam “Você se lembra de mim?”, pois quase sempre não nos lembramos.

Guardamos coisas e depois nos esquecemos delas para encontrá-las lá no futuro como se fossem presentes mágicos do tempo para nós.

Detestamos a imposição dos horários. A imposição diplomática das coisas que tem que ser ditas ou feitas.

Resumimos discursos enfadonhos em um desenho que tem significado apenas em nós. Nos esquecemos às vezes de comer, de ligar, de ir, mas corremos afoitos atrás do tempo quando a percepção nos assalta.

Temos bom coração. Gostamos das pessoas e as transformamos em personagens de contos de fadas. Elas são mocinhos, bruxas e fadas que infestam a realidade mágica que nos habita.

Aceitamos viver em um mundo cheio de razão, mas somos nele emoção pura, como se de sonhos tivéssemos sido feitos. Caminhamos pelo cinza enchendo de cor tudo a nossa volta e deixamos furiosos apenas os que teimam em apagar as cores dos nossos sonhos prendendo com força nossos pés ao chão.

(Imagem de capa meramente ilustrativa)

“Palavras são mágicas, são como encantamentos sublimes que nos levam para onde quisermos, seja esse onde um lugar ou uma pessoa”. Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

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