7 coisas que especialistas em Síndrome do Pânico gostariam que você soubesse

7 coisas que especialistas em Síndrome do Pânico gostariam que você soubesse

1. Quando você tem uma crise é como se você fosse morrer.

A síndrome do pânico é um “transtorno de ansiedade que se dá por meio de crises severas sem motivo aparente e duram, em média, entre 20 e 40 minutos”, explica ao BuzzFeed Brasil a psicoterapeuta Marina Boccalandro, professora da PUC-SP e autora do livro “Transtorno de Ansiedade e Síndrome do Pânico – Uma Visão Multidisciplinar”.

A comunidade médica brasileira entende o transtorno, como deve ser chamado apesar de ser popularmente conhecido como síndrome. Mariana explica que ele “afeta os três corpos: o físico, o mental e o emocional”, e conta com uma quantidade significativa de sintomas.

Fisicamente, pode ocorrer taquicardia, respiração acelerada ou falta de ar, sudorese, problemas de visão embaralhada, dores de barriga, tremores, mãos e pés frios e boca seca. “Esses são os sintomas mais comuns, mas podem existir muitos outros”, diz Marina.

O professor de psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Aurélio Melo, afirma que é comum “muitos pacientes relatarem que sentem que vão morrer” durante a crise, o que acaba afetando o emocional. “Muitos inclusive acabam procurando um hospital por achar que estão sofrendo um ataque cardíaco”, diz.

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2. O pânico surge de forma completamente inesperada e toma conta de você.

O psiquiatra Felipe Corchs, do Programa de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, afirmou em entrevista ao BuzzFeed Brasil que o que caracteriza o transtorno do pânico, além dos sintomas, é rapidez com que se dão as crises.

“Elas ocorrem de forma inesperada, é um medo muito intenso que ocorre sem motivo específico e de forma muito abrupta. Não é como se você estivesse em um dia ruim e como o acumulo do estresse diário tivesse uma crise. Ela vem do nada”, diz Felipe.

Assim como Marina, o psiquiatra afirma que a crise dura em média 40 minutos, mas ressalta que “como na maioria dos casos de doenças mentais, existem muitas variações”.

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3. O transtorno é mais comum entre as mulheres e atinge cerca de 4% da população brasileira.

Segundo Marina, a Academia Paulista de Psicologia, associação do qual é membro, trabalha com a “estimativa de que 4% da população brasileira sofra de transtorno de pânico”.

Ela aponta ainda que as crises são mais comum entre “mulheres na adolescência e entre 35 e 40 anos. “Mas atualmente vemos que têm começado mais cedo, chegando até a crianças e também em idosos”, diz.

Aurélio observa porém que no geral, os homens não buscam ajuda médica. “A gente observa que a procura maior é de mulheres, porém as as mulheres de forma geral procuram ajuda para tudo mais cedo. O homem vai ao médico na urgência e tardiamente”, explica.

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4. Não existe um motivo definitivo para alguém desenvolver transtorno de pânico.

Felipe explica que existem um infinidade de possibilidades. “Isso ainda é muito estudado, alguns acreditam que pode ser genético, outros de que aconteçam a partir de traumas de infância, alguns da combinação disso”, diz, completando que os especialistas ainda não tem certeza de nada. “O que sabemos é que existe um envolvimento pesado dos sistemas cerebrais de defesa, aquele que controla o medo. Mas não sabemos o que o dispara”, diz o psiquiatra.

Segundo Marina, o transtorno pode ocorrer devido a diversos fatores. “Há mais chances de que pessoas que tenham casos na família possam desenvolver o transtorno, mas também o uso de drogas, problemas de abuso na infância, trauma no nascimento, e situações de estresse acentuado como afogamento, por exemplo”.

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5. Não necessariamente existe um gatilho para as crises e em alguns casos os pacientes desenvolvem agorafobia.

“Logo nas primeiras crises a pessoas começa a associá-la ao que estava fazendo, então ela condiciona a crise à algo”, diz Felipe. Ou seja, não são as situações que levam às crises. Marina completa. “É uma consequência da crise caso não se trate logo no começo. A pessoa tende a se isolar, deixa de trabalhar, estudar, se afasta das pessoas porque associam situações às crises”, diz.

Essa situação de isolamento pode se tornar a chamada agorafobia. “Muitos dos que sofrem do transtorno de pânico e não buscam o tratamento podem desenvolver agorafobia que é basicamente o medo de não poder fugir prontamente para o espaço em que se sente protegido, que é geralmente a sua casa”, diz o psiquiatra. Ele explica que estas pessoas até saem, mas sempre buscam uma rota de fuga. “Se vão ao cinema elas sentam próxima a porta, por exemplo”, aponta o psiquiatra.

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6. O tratamento pode envolver terapia e/ou medicamentos.

Os especialistas ouvidos pelo BuzzFeed Brasil disseram que o tratamento pode envolver medicamentos e terapia. “Em geral o tratamento é composto por antidepressivos que são bastante seguros e, às vezes no começo, ansiolíticos, que são os remédios de tarja preta, mas por tempo limitado e com cuidado por conta do risco de dependência”, diz Felipe.

Aurélio ressalta a importância da terapia pelo fato do transtorno do pânico ser apenas uma das questões que a pessoa precisa trabalhar. “Dependendo do quadro, pode ser necessário mais terapia, ou mais medicamento. Vai da necessidade do paciente”.

Com relação à terapia, ele ainda lembra que algumas vezes o tratamento é mais curto, apenas para melhorar a questão das crises. “Mas muitas vezes o pânico é apenas a ponta do iceberg”, diz Aurélio.

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7. O tratamento é mais efetivo com práticas complementares, como meditação, atividade física e alimentação saudável.

Marina diz que trabalha também com outras práticas como “ensino de respiração, meditação, visualização, imaginação semi dirigida” e ressalta que em momentos de crise o mais básico é “trabalhar a respiração: inspirar profundamente e expirar com mais força ainda”, diz.

Felipe completa que “tudo que é saudável ajuda no tratamento psiquiátrico”. “Quase todos transtornos têm ligação com o estresse e maus hábitos cotidianos podem contribuir muito para a evolução das doenças mentais em geral, como falta de atividade física, luz solar, má alimentação e falta de sono. Cuidar disso tudo faz muita diferença no tratamento”, diz.

O psiquiatra faz uma ressalva no caso das atividades físicas. “É preciso cuidado e acompanhamento. Alguns sintomas ligados à prática de esporte se assemelham aos do pânico (sudorese, taquicardia e falta de ar)”.

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A matéria foi escrita por  e publicada originalmente por  BuzzFeed.

As fotografias que ilustram o post são do fotógrafo José Maria Palmieri e os bordados da artista plástica Daniela Ktenas e fazem parte do livro Paúra que traz 12 relatos de pessoas sobre suas experiências com o transtorno e pode ser comprado aqui.

Consulte sempre um médico para avaliar questões acerca da sua saúde e bem-estar.

As incríveis pessoas que parecem ter o tempo nas mãos

As incríveis pessoas que parecem ter o tempo nas mãos

 

Vez por outra a gente se pega reparando em pessoas agindo de uma forma tão diferente da gente, que é simplesmente impossível ignorar.

Fico sempre cismada com as incríveis pessoas que parecem ter o tempo nas mãos. Esse tempo que a maioria de nós disputa com sofreguidão, faz estranhas e bizarras trocas por um tempo de folga, tratos e tratados para que ele não passe tão velozmente. A vida é corrida até no sono. O ano passa voando, as férias então, nem se fala…

E assim vamos, no ritmo do tempo, lamentando e sempre sonhando com mais tempo para tudo o que queremos, precisamos e desejamos viver. A maioria de nós.

Mas, contrariando a marcha do tempo, há pessoas que simplesmente vivem no seu próprio ritmo, nas suas passadas,  fazendo do tempo um bom companheiros. Pessoas que não casam suas ansiedades com os ponteiros de um relógio, não tratam o tempo como um adversário feroz. Tão somente vivem, e não há alarme que as tire do sério.

Ainda penso se isso é vantagem, mas tudo depende do ponto de vista. O que parece ser inquestionável é a incrível capacidade de não se contaminar com o ritmo imposto. Isso é sensacional! Pessoas que, nos dias de hoje descascam meticulosamente uma laranja, conversando animadamente, sem pressa para terminar…E terminam, e fazem todas as suas tarefas na medida do seu tempo. É certo que o atraso deve ser um grande amigo dessas pessoas, mas atraso só existe para quem é dominado pelo tempo.

Meu encantamento com essas pessoas é infinito, já que, escrava do tempo assumida, vivo na roda do tempo, hora tentando saltar, hora pedindo para parar.

Não saber o que fazer com o tempo nos torna seres ainda mais ansiosos, nos impede de contemplar muitas maravilhas da vida, de ouvir o que dizem nossos afetos, de reparar no tempo que poderíamos dedicar ao convívio.

Que bom que existem pessoas que nos convidam a essa reflexão, a essa troca de marcha, que em si já sabem que não é necessário correr tanto.

De minha parte, começo hoje o exercício de não correr contra o tempo. Estou decidida a começar uma amizade forte – e duradoura – com ele.

6 atitudes que fazem com que o amor desapareça

6 atitudes que fazem com que o amor desapareça

Por Susana Silva

Há vezes que, sem nos darmos conta, estamos trabalhando diariamente para que o amor que conquistamos deixe de existir.

Adoro me sentir apaixonada pelo meu marido depois de mais de 10 anos juntos. Porém, nem tudo foi fácil e tivemos momentos difíceis, nos quais, sem nos darmos conta, fomos minando esse amor que sentíamos um pelo outro.

As crises de um casal só te deixam mais forte e ajudam a identificar atitudes que podem danificar permanentemente o seu relacionamento se você as tiver por um longo período. Hoje, eu quero compartilhar algumas delas. Se vocês quiserem que o amor desapareça, basta praticá-las de maneira constante.

1- A balança eterna: quando pesamos cada uma das coisas que fazemos e as comparamos com o que o nosso parceiro faz. Dependendo de quem fez mais pelo outro, desistimos ou deixamos de fazê-las.

2- Se você não fizer, eu também não faço. Se você me ajudar com alguma coisa em casa, eu vou ajudar; se você colocar dinheiro em casa, eu coloco; se você me escutar, eu faço… E a lista pode ser interminável, até que se torne um círculo vicioso em que ninguém faz nada por ninguém sem esperar algo em troca.

3- Pouca atenção para o relacionamento. Se quisermos que a nossa relação seja duradoura, devemos dedicar-lhe tempo de qualidade. Quando nossa relação ocupa o último lugar, o amor do casal se danifica.

4- Reclamações constantes. Quando algo nos incomoda, devemos discutí-lo com nosso parceiro de forma respeitosa, porque queixas diárias e contínuas de cada uma de suas ações ou atitudes acabam desgastando pouco – ou muito – o amor de qualquer casal.

5- Rotina. Qualquer relação em que não acontece nada além do habitual acaba sendo chata e, diante do tédio, alguém pode encontrar outros interesses.

6- Ciúmes que matam. Uma coisa é sentir um pouco de ciúmes de nosso parceiro e outra é não ficar tranquila achando que ele pode estar com alguém o tempo todo. Devemos ser suficientemente seguras com nós mesmas e, também, encontrar um parceiro em que podemos confiar. Caso contrário, não faz sentido estar junto.

A lista continua, mas eu acredito que a repetição de qualquer uma dessas atitudes, sozinhas ou combinadas, pode trazer muito dano a qualquer relacionamento.

Vamos primeiro observar se estamos bem com nós mesmas, já que ninguém pode dar o que não tem. Você vai ver que isso resolve grande parte de nossos problemas e nos deixa livres para entregar nosso amor de maneira inteligente.

O amor de um casal pode durar anos se nos comprometermos e refletirmos sobre ele. Na sua experiência, que outras atitudes podem fazer com que o amor de um casal desapareça?

 

Fonte: DisneyBabble, Encontrado em Cá entre nós

Médico ensina técnica para acalmar o bebê em segundos

Médico ensina técnica para acalmar o bebê em segundos

Por Luiza Monteiro

Uma das maiores angústias de uma mãe – principalmente se ela é de primeira viagem – é quando o seu filho recém-nascido começa a chorar e não há nada que o acalme. Se você está passando por isso (ou vai passar em breve), não se preocupe: o pediatra americano Robert Hamilton, da Califórnia, tem uma técnica infalível para acabar instantaneamente com o chororô dos pequeninos.

Em um vídeo que já foi visto por mais de 14 milhões de pessoas, o especialista com mais de 30 anos de experiência ensina o método criado por ele e que foi batizado de The Hold (“O suporte”, na tradução em português). O truque consiste em segurar o bebê com as duas mãos, numa posição de 45 graus. A mão direita sustenta o pequeno na área da fralda e a esquerda comporta os bracinhos, que devem estar dobrados sobre o peito. Aí, é só balançar o recém-nascido com cuidado. “Geralmente, ao fazer isso, o bebê vai se acalmar”, garante Hamilton. Segundo ele, se o seu filho não relaxar, é provável que esteja se sentindo mal ou com fome.

Cuidados

“Tudo é muito suave, você não deve fazer movimentos bruscos”, orienta o médico. Outro ponto de atenção é o ângulo: se o bebê estiver numa posição vertical, a cabeça pode pesar para trás e você corre o risco de perder o controle. E lembre-se: o método só serve para os nenéns de até 3 meses. Depois disso, o peso do pequeno dificulta aplicar a técnica de maneira segura.

A seguir, confira o passo a passo do Dr. Hamilton para obter sucesso com a técnica e assista ao vídeo.

1. Dobre os braços do bebê sobre o peito.

2. Segure os bracinhos gentilmente.

3. Agarre a região da fralda com a sua mão dominante (aquela que você tem mais coordenação e segurança).

4. Num ângulo de 45 graus, balance o bebê suavemente para cima e para baixo.

Fonte indicada: M de Mulher

Enquanto houver elas e eles (não) haverá nós

Enquanto houver elas e eles (não) haverá nós

No ano em que perdi meu pai, a figura masculina mais importante da minha vida, resolvi fazer as pazes com os homens. Olhar o mundo sob a perspectiva do outro é extremamente complicado e perigoso, mas necessário. Nada do que fiz foi consciente ou pensado, tudo fez parte de um processo interno meu de entendimento do mundo, desconstrução de crenças e abertura de mente. O que eu vi a partir do olhar deles, foi um mundo de homens extremamente solitários e com dificuldades muito parecidas com as que nós mulheres encontramos.

Antes de continuar, entendam, não quero entrar em contextos históricos e culturais, não quero falar em “ísmos”, não quero falar de Cunhas e Bolsonaros, apesar de achar que são temas extremamente importantes. Quero falar sobre os homens que conhecemos, sobre nossos irmãos, maridos, namorados, ex-namorados, amigos e tantos casos de amores mal resolvidos. Sim, aquele cara que te fez sofrer, o que não te ligou no dia seguinte, que não respondeu sua mensagem, que terminou tudo com uma mensagem, que te traiu, que te magoou, e todos aqueles que sentem dificuldade de criar vínculos profundos, intimidade e conexão.

Esse ano decidi abandonar minhas armas, destruir barricadas e construir um espaço de diálogo com os homens que cruzaram meu caminho. Amigos, ex-casos e ensaios, todos de alguma maneira ou de outra, encontraram em mim disponibilidade emocional para escutar e validar suas queixas. Foi conversando que resolvi um caso mal resolvido e escutei o velho discurso “o problema sou eu”, com a diferença que dessa vez tenho plena certeza que sim, o “problema” era ele. Ele não estava usando esse discurso como desculpa, porque eu não estava cobrando uma justificativa, o tom dele era de lamento. Nosso abraço final foi um abraço de trégua, que me trouxe a constatação do que eu há muito já sabia: na nossa história não houve vilão, nem mocinha. Assim, como em muitas outras que existem por aí, não há.

E aos poucos, um a um, sem nem cobrar ou investigar, espontaneamente escutei os motivos deles. “Tenho o dedo podre, faço más escolhas”. Esse discurso que já foi meu por tantos anos e de minhas amigas e das amigas das minhas amigas, dessa vez veio de um homem. Sim, eles também se sabotam, eles também têm medo, eles também se sentem sós e nós também podemos ser as más escolhas deles. E por muitas vezes consecutivas escutei de amigos independente se gays ou héteros, em lamentos muito parecidos e no mesmo tom que eu mesma havia escutado e que se resumiram em:”o problema sou eu”.

O que vi durante esse processo de aproximação, observação e diálogo com os homens é o que já desconfiava há tempo: enquanto tentamos apontar culpados, enquanto falamos em “elas” e “eles” como duas grandes polaridades e não como um todo; como combatentes de lados opostos de uma guerra fria travada por nossos antepassados, enquanto isso acontecer, a única parte que existirá de “nós” serão de fato os nós criados durante séculos de desconexão profunda entre as forças do masculino e do feminino. Sim, é fato, somos uma humanidade inteira pautada em processos onde prevalece o poder do masculino, onde predomina a agressividade, a luta, a guerra. Mas, os homens que conheço não me parecem mais felizes por conta disso.

Então, se queremos um pouco de paz, é tempo de pensar em trégua, em união, é hora de começar a criar laços no lugar de nós, construir pontes em vez de muros, e quem sabe assim, um dia, seremos a parte de um todo complementado por tantas elas e tantos eles diferentes; onde haverá espaço para construir pontes que se estendam para muito além dos nós.

O sentido da paixão

O sentido da paixão

Naquela manhã quente, ela foi à praia como quem não quer nada. Diferente das demais jovens que conhecia, ousava isolar-se nas pedras escorregadias a buscar ostras. Seu sentimento de viver era meticuloso. Não combinava com o azul do cosmos, não se agregava a nada nem a ninguém.

Demorou uma vida, até conseguir virar-se e olhar aquele homem tão estranho quanto a cor da pele e o corpo magro, forte, jovem.

Este homem, deu-lhe a mão para que se levantasse sem esforço. Olharam-se por algum tempo incomum. Estranharam-se. Eram 11 horas. Satisfeito, ele agradeceu. Mas, ficou lá, parado, olhando cada parte de seu corpo. Foram caminhando pela areia fina em silêncio. Não se contiveram na conversa.

Ele era um habitante da ilha. Ela era um habitante do planeta terra. Somente entre pausas e pés, sentiu desejo de beijar-lhe. Sem nomes, nem identidades traçadas. Era o momento. Aquele sol que se escondia e brilhava, faziam do homem bonito, uma paixão indefinida. Não importava. Ele lhe segurou a mão, deixou-a no espaço. Perdendo o chão, foi direto para o paraíso de sua boca.Caminho curto para o paraíso.

De vez em quando, um barco. De vez, ela se levaria do barco ao outro lado do horizonte. Não havia o outro lado. Havia a ilusão do outro lado. Ela morria de rir, com vontade de escorregar do limbo para ser a mulher. Aconteceu.

O barco sumiu em uma manhã cinzenta. Tudo se tornou mais pesado sem a imagem do barco. Sem seu delírio, prendeu-se a um galho perdido e nervosamente o quebrou. Cada pedaço de árvore, solto ao vento da agonia. A lamentável dor daquela dia, lhe trouxe uma voz masculina que perguntava docemente. Que horas são? Desequilibrada na pedra, só viu os pés.

O mundo girou, mexendo os corpos enlouquecidos. Os quadris, as pernas, os pés se cruzaram numa dança esquisita. Bunda, braços, boca.

Sentidos que morrem e nascem da paixão. Sem explicação. Sem palavras. Sem medo. A paixão do momento, não parou aí. Viveram tudo. A entrega de corpo e alma. A carícia dos que se permitem amar de novo. a paixão não pede licença. Ela avança o sinal e traz flores violetas. A paixão não quer saber, nem entender, nem controlar. a paixão não é tormento. É paixão,  gloriosa em sua louca invasão de mãos que se estendem suavemente e se falam em silêncio. Paixão escondida, paixão espremida no gozo. Até a água salgada do mar, aprofundar-se nas entranhas e permitir a total ausência de juízo. Paixão demorada. Paixão bem humorada. O horizonte foi testemunha dos risos soltos e disse a areia que ela era feliz.

O momento perfeito para dar uma boa olhada para trás

O momento perfeito para dar uma boa olhada para trás

Quase como uma regra, valorizamos o quanto podemos as perdas e fracassos, atribuindo uma importância gigante e, por consequência, responsabilidade e culpa, as pesadas e enferrujadas correntes.

E vamos acumulando, enchendo a sacolinha, colocando mais um franzido na testa, aborrecidos e contrariados, correndo inutilmente atrás da tão sonhada perfeição, invencibilidade e garantia de todas as vitórias possíveis.

Uma doce ilusão que nos empurra para frente, apesar da sacolinha cada vez mais cheia e pesada.

Chega então o momento da pesagem, a balança já ficando desequilibrada, o pessimismo e as desilusões fazendo um contrapeso parrudo, e bate na porta a depressão. Ela quer muito entrar e fazer ninho quentinho no emaranhado das coisas e causas mal resolvidas, promete um doce e suave torpor, um soninho que não passa, aquela vontade de ficar somente olhando para o teto.

É hora então de buscar rapidamente a caixa com aquelas fotografias antigas, as de papel amarelado, de saudades, de lembranças guardadas e amores correspondidos. E são tantos, tão intensos, tão importantes para o que somos hoje, mas que malvadamente não contabilizamos como o fazemos com as perdas.

Se não houver fotos para ilustrar , a memória, mesmo que pelas metades ou terços ou flashes.
É momento de contabilizar os amores correspondidos, todos eles. A moça da padaria que escolhia o pão doce mais bonito, os cachorros da casa, a primeira melhor amiga, a professora que desenhava coraçãozinho no caderno, o irmão implicante, os primeiros amores…

Olhar para trás para encontrar novamente o lugar de onde veio, as risadas, os colos e abraços. E tentar conectar o hoje com todos esses momentos, não perder-se nas desilusões e decepções. Lá atrás também elas existiram.

Importa portanto, dar essa boa olhada para trás e sentir-se tão confortado quando possível, agradecer aos amores correspondidos e até aos platônicos e impossíveis, pois o exercício sempre nos leva a outro degrau. E se hoje a sacolinha de desilusões está pesando, talvez seja hora de jogar um bocado delas fora e trocar por umas leves e perfumadas lembranças. Afinal, é disso que também somos feitos!

Amor de verdade se conserta, não se joga fora

Amor de verdade se conserta, não se joga fora

Por  Ana Paula Mattar

Considerado o “Poderoso Chefão” dos sentimentos, todo mundo quer encontrar o grande amor. Mas, ao mesmo tempo, ninguém quer dividir tristezas e desilusões, sentir as incansáveis dores físicas, passar por torturas psicológias ou ficar noites sem dormir. Ninguém quer ter que aguentar o outro de mau humor, suportar as diferenças, compartilhar e ceder. As pessoas querem mesmo é viver apaixonadas, curtir aquele desejo e vontade de fazer sexo todas as noites, tomar sol em uma casa de veraneio na praia ao som dos pássaros cantando e viver o sonho da família Doriana. Por isso, os amores de hoje são tão descartáveis. A cada esquina se acha alguém para se apaixonar, mas ninguém para amar. Cadê as pessoas que estão dispostas a suportar, no dia a dia, as imperfeições e que estão afim a criar problemas e, depois, resolvê-los juntas?

Está tão clichê dizer eu te amo e fazer amor (que nem pode mais se chamar de amor), que andar de mãos dadas não reflete companheirismo e um elo, mas sim, só mais duas mãos e alguns passos, que podem seguir separados. O que mais me impressiona não é nem o fato do “felizes para sempre” estar quase que em extinção, mas a coragem que as pessoas têm de, quando não conseguirem fazer as coisas darem certo e enfrentarem dificuldades juntas, se consolarem com o simples “Não era pra ser…”. Porque afinal, a culpa toda é do destino.

Esses dias estava tentando resolver um cubo mágico e me irritei tão fácil que obviamente não cheguei nem na primeira lateral de cores. Fiquei pensando na quantidade de coisas na vida que deixamos passar por falta de força de vontade. Com o amor é assim. Não queremos unir o azul, o amarelo, o verde, o branco e o vermelho, queremos só o vermelho e pronto. Mas para tudo e todo tipo de amor, sejam entre homens e mulheres, amigos e familiares é preciso de uma união de cores, sentimentos e mais do que isso, paciência. Tudo precisa se encaixar no lugar certo. Só que nós precisamos fazer nossa parte para que isso aconteça. Tentar, quem sabe?

Muitas vezes nos contentamos em amar pela metade só porque achamos que felicidade é se manter apaixonado, sempre. Paixões são instantâneas. Isso vai e vem. São lindas, concordo, e fragmentos do amor, mas, meu caro, apesar de estourar fogos de artífico no seu estômago infelizmente não durarão por uma vida inteira. Não é só somando alegrias e momentos bonitos que se ama, é no meio da turbulência que se descobre o verdadeiro amor. Tem uma frase de Clarisse que eu adoro que diz o seguinte: “Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.” E acho que isso resume tudo. Paixão e carinho caminham juntos, mas para amar precisa-se de muito mais.

Ana Paula Mattar é Relações Públicas e psicóloga de bar nas horas vagas, não dispensa um bom vinho e uma liquidação. Romântica, é apaixonada pela vida e raramente acorda de mau humor. Tem rodinhas no pé, vê graça na desgraça e não confia em gente que não sabe sorrir.

Fonte indicada: Ana Paula Mattar

Carta para um filho no futuro

Carta para um filho no futuro

Querido Natan, 

Se o tempo não tiver ficado ainda mais maluco, você tem agora 18 anos. Acho ótimo que você esteja lendo isto agora para que não pense que meus conselhos são implicância. Eles foram escritos há dez anos, quando você ainda cabia debaixo do meu blazer, quando tudo que eu dizia ainda era importante pra você. Escrevi uma lição que aprendi para cada ano.

Um. Gostaria que você soubesse que muita gente vai mentir e trair a sua confiança, mas se arriscar ainda é a única forma de não se tornar uma pessoa amarga. É preciso insistir no amor, apesar de tanta desordem por aí.

Dois. Eu disse a vida inteira que você é muito especial. E você é. Para nós. Para o mundo, infelizmente você ainda vai ter que provar isso. O reconhecimento leva outros dez anos de trabalho duro. Quando estiver cansado, volte para se deitar um pouco no colo do pai, onde você sempre será o melhor cara que já existiu.

Três. Relacionamentos são estradas de mão dupla. Há movimento nos dois lados. Se o afeto só vai ou só vem, tem acidente na pista. Por tanto, desvie, tome outro caminho. Não insista nos egoístas. Ninguém pode mudar ouvindo somente a própria voz.

QuatroInvente desculpas para ver mais seus amigos. Converse fiado, converse sobre o tempo, comemorem o Dia da Árvore, façam de tudo para estar o máximo de tempo juntos. Boa parte dessas pessoas incríveis vai desaparecer misteriosamente, como tudo que é mágico.

Cinco. Seu bisavô me ensinou que a gente nunca deve dar como presente algo que não tem para si. A vida inteira eu achei que ele estivesse falando de livros ou camisas caras. Era de amor que ele estava falando.

Seis. Faça uma lista com 20 pessoas com quem deixou de falar, de quem se afastou por motivos bobos ou por motivos terríveis. Escreva cartas perdoando, pedindo perdão ou as duas coisas. Este foi o exercício mais difícil da minha vida. Mas você vai se surpreender com as respostas e o rumo que a sua vida vai tomar depois disso.

Sete. Pare de dizer que vai fazer aquela viagem incrível. Marque uma data e se comprometa consigo a pegar a estrada. Você pode juntar dinheiro, vender sua guitarra ou parcelar em várias vezes. Tenho amigos que estão há cinquenta anos dizendo que vão para Paris ou Machu Picchu sem saber que a TV da sala deles é quase o preço disso.

OitoSeja cínico com o seu horóscopo. Quando ele disser algo bom, acredite. Quando for algo ruim, lembre-se que é um estagiário que ganha pouco, dorme pouco e transa pouco quem o escreve. Não acredite quando ele diz que você vai ser sempre desorganizado ou infiel. Você sempre poderá se melhorar se realmente quiser.

Nove. Não perca tanto tempo tentando ter razão nas discussões. As pessoas não querem realmente evoluir a compreensão. Só estão debatendo por questões de ego. Ao invés disso, vá comprar flores para alguém especial ou estudar um idioma que só é falado por uma pequena porcentagem da população do mundo.

Dez. “Só me arrependo do que não faço” é conversa fiada de gente bêbada. Você vai se arrepender de muita coisa que fez. Nem tudo que é quebrado pode ser consertado. Mas precisamos admitir que os bêbados se divertem mais. 

Com amor, seu pai.

São Paulo, dez anos atrás.

(Trecho de Cápsula do Tempo de Diego Engenho Novo)

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contioutra.com - Carta para um filho no futuro

Desejo a todos uma segunda chance.

Desejo a todos uma segunda chance.

E lá vem o Natal. Com ele vem tanta coisa.

Vem o verde, o vermelho e o dourado enfeitando árvores e mesas. Vem a magia indescritível que só se sente quando se é criança. Vêm as confraternizações e as revelações dos amigos ocultos. Vem a loucura desenfreada no trânsito e nos shoppings. Vem o fim das dietas, vencidas pelos panetones de chocolate. Vem o latejar das feridas da saudade. Vem o engolir seco das lembranças que doem. Vem a hipocrisia dos que têm muito perto dos que não têm nada. Vêm as imortais músicas natalinas com aquele poder de nos fazer chorar. Vem o cansaço de quem trabalha no comércio. Vem a correria nos supermercados. Vem aquela sensação de que o tempo voou e já chegou mais um Natal.

Junto do Natal vem tanta coisa que talvez seja por isso que muita gente não goste dele. O Natal é um turbilhão de emoções.

Tradicionalmente conhecido como festa cristã apesar dos relatos de que pessoas já se reuniam em volta das árvores bem antes de Cristo, o Natal sempre traz a nós o convite a refletir sobre o que realmente vale a pena. Este ano, um comercial de natal de uma rede de supermercados alemã fez isso com maestria. Nele, um pai já de idade avançada prepara a ceia enquanto ouve pela secretária eletrônica um dos filhos dizer que não ira passar o natal com ele novamente. Em seguida vemos os três filhos em diferentes lugares do mundo, receberem a notícia do falecimento daquele pai e então se prepararem para ir ao enterro. Quando entram na casa do pai, todos de preto, encontram a mesa posta para a ceia de Natal e então o pai entra na sala e pergunta:

-De que outra forma eu conseguiria reunir vocês?

Ao assistir o vídeo novamente para lhes escrever, eu chorei. Chorei como em todas as outras três nas quais assisti. Lembrei-me do enterro do meu avô, cujo caixão foi carregado pelos seus sete filhos que já não se reuniam há bastante tempo. Lembrei-me também dos Natais na casa dele. Pensei em todas as famílias que não se reúnem mais. Pensei nos idosos que passarão o Natal no asilo. Pensei em todos que devem ter algum nó na garganta para engolir no Natal, assim como eu também já tive. Pensei nos meus natais de criança e acabei me lembrando de que, aos doze anos eu pedi uma máquina de escrever para o meu pai de presente de Natal. Talvez eu já gostasse de escrever.

Aquele comercial tocou aos que o assistiram, e acredito que tenha feito em cada um de vocês o mesmo efeito que fez em mim.

O que quero desejar a vocês que durante todo o ano acompanham os meus pedaços sobre a vida, as minhas reflexões sobre a existência e as relações humanas e os meus artigos escritos para levar um pouco da minha ciência até vocês é UMA SEGUNDA CHANCE.

Que o Natal de todos nós seja de amor e que ninguém se sinta só.

Que possamos mudar o curso do nosso caminho em busca de perdão, de paz, de aconchego.

Que a alegria das crianças envoltas na magia do Natal respingue sobre nós.

Que o nosso lado bom vença as nossas batalhas internas.

Que possamos esquecer de todo o mal, de toda a injustiça, de todas as tristezas que vive o nosso país, de toda a agressividade que possa ter chego até nós por quem ainda só tem ódio a oferecer.

Que a corrupção perca a batalha.

Que a água lave a lama.

Que nasça em cada um de nós uma versão melhor de nós mesmos.

Desejo a todos uma segunda chance e espero que aquele comercial de TV tenha mudado os planos de muitos para o Natal.

Desejo que a caridade tome conta do coração de todos nos. Que todas as cartinhas ao Papai Noel entregues no correio sejam respondidas. Que o amor se prolifere em progressão geométrica na noite de vinte e quatro de dezembro e que transborde pelo mundo na manhã seguinte.

Desejo que a gratidão tome o lugar da insatisfação.

E finalmente, desejo que todos os sonhos se realizem.

Obrigada Gazeta de Limeira pelo espaço.

Obrigada leitores.

A todos um Feliz Natal.

A gentileza é o sorriso do coração.

A gentileza é o sorriso do coração.

Nosso mundo anda carente. Estamos perdendo, aos poucos, a humanidade que compõe a nossa essência, por conta do contexto acelerado, frio e materialista que imprime agressividade, concorrência e violência à dinâmica do cotidiano. As aparências tomam o lugar dos escrúpulos, os abraços perdem espaço aos acenos, os diálogos somem sob mensagens virtuais desconexas. O mundo carece de amor. Precisamos ser mais gentis uns com os outros.

Ser gentil é colocar-se no lugar do outro, entendendo que cada um de nós possui uma história de vida pessoal e sente os acontecimentos à sua própria maneira. As pessoas são diferentes umas das outras e lidam com as experiências de vida de acordo com o que possuem dentro de si. Não podemos querer que sintam e reajam como nós, mas sim tentar compreender que o outro vem de lugares onde não estivemos e se tornou quem é após ter experenciado fatos que desconhecemos.

Ser gentil é demonstrar gratidão por tudo o que a vida e as pessoas nos trazem de bom, pelos aprendizados diários que temos a oportunidade de obter. Tudo o que nos acontece e nos fazem, seja positivo ou negativo, servirá para que possamos refletir sobre nossas atitudes e comportamentos, no sentido de que nos tornemos pessoas melhores e fortalecidas. Valorizar as vitórias e aprender com os fracassos determinará o rumo que tomaremos e a qualidade de vida que estaremos construindo em nossa jornada.

Ser gentil é torcer pelo sucesso alheio, deixar que todos brilhem, pois cada um de nós tem algo a oferecer ao mundo, algo que possa fazer a diferença na vida de todos. Ninguém irá tomar o que é nosso, ninguém rouba do outro aquilo que já lhe estiver reservado. Nossas capacidades e talentos se destacarão por si só, a despeito de quaisquer tentativas alheias de nos ofuscarem. Aprender a sentir contentamento com as conquistas dos outros nos libertará dos descaminhos do egoísmo e da distância afetiva.
Ser gentil é saber se colocar e expor pontos de vista sem grosseria, com firmeza e educação. A consistência e coerência daquilo que pensamos não será mais ou menos aceita de acordo com a veemência de nossas palavras, mas se firmará como verdade por conta da forma como se sustenta frente às opiniões contrárias. Persuadir por meio de atitudes coercitivas equivale a impor forçosamente algo em que o outro então apenas fingirá acreditar. A maneira como expomos nossos pensamentos determinará a veracidade e a aceitação por parte de quem os ouve.

Ser gentil é fazer com que as pessoas sempre tenham a certeza de as amamos, de que nos são importantes, de que precisamos delas em nossa jornada, para que possamos respirar com mais tranquilidade e enfrentar os dissabores de mãos dadas com quem está sempre ao nosso lado, haja o que houver. A certeza de sermos amados fortalece nossas verdades, dissipa dúvidas, ergue os ânimos, afaga a alma. O amor alimenta-se também de gentilezas sinceras. Não nos esqueçamos das palavras mágicas aprendidas no jardim de infância: “obrigado”, “por favor” e “com licença”.

Ser gentil é saber viver e conviver em sociedade, aceitando as diferenças e compartilhando conhecimentos e atitudes solidárias, concorrendo à harmonia dos ambientes onde transitamos. E isso depende de que aceitemos a nós mesmos, primeiramente, em tudo o que nos define, vivenciando o que move nossos desejos e sonhos, de forma plena e sincera. Somente vivendo o que somos, o que temos dentro de nós, estaremos prontos a aceitar os viveres alheios com compreensão e empatia.

O mundo já sofre com tragédias demais para que ignoremos o bem que podemos fazer, contribuindo a que a vida se torne menos fria e descolorida. A gentileza é, por isso, imprescindível, pois contagia, espalha-se, multiplica-se, cura, tornando-nos mais felizes, mais humanos, mais gente. Sorrisos sinceros, diretos de nossos corações, sempre serão um doce remédio em meio às atribulações cotidianas, pois nascem de nossa mais pura e íntegra verdade – e é disso que o mundo precisa.

 

8 antigos conselhos chineses para a longevidade

8 antigos conselhos chineses para a longevidade

Por Epoch Times em Medicina Tradicional Chinesa

Desde tempos imemoriais, os seres humanos buscam continuamente o difícil sonho de alcançar a imortalidade, e esse desejo se traduz em muitas técnicas tradicionais para a longevidade, que se transmitem de geração em geração.

Apresentaremos antigos conselhos da medicina tradicional chinesa que são acessíveis, fáceis de realizar e benéficos para a saúde.

1. A cabeça é o centro da inteligência: para prevenir enfermidades, massageie o couro cabeludo com pente três vezes por dia

Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, os doze meridianos do corpo humano, mais de 40 pontos de acupuntura e mais de uma dezena de pontos extras (que não se relacionam diretamente com os canais de energia principais), se unem todos na cabeça.

Usando um pente para aplicar uma massagem e estimular esses pontos e meridianos, pode-se melhorar a circulação dos doze meridianos, estimular a circulação sanguínea, melhorar o metabolismo das células cerebrais, retardar o envelhecimento das células do cérebro, melhorar a memória, fortalecer a audição e a visão, e clarear a mente. Também pode eliminar a fadiga, insônia, neuralgia do trigêmeo (dor facial extrema) e enxaquecas. Inclusive pode ter efeitos inesperados sobre a beleza.

A rotina sugerida normalmente é pentear-se três vezes por dia: uma pela manhã, uma após o almoço e outra vez antes de dormir, durante dois minutos; para melhores resultados, fazer de 60 a 100 movimentos. Sempre e quando perseverar em pentear o couro cabeludo regularmente, se sentirá mais lúcido e cheio de energia, dormirá melhor e terá mais apetite.

2. Os pés são considerados como o segundo coração: massageie seus pés para preservar a saúde

Segundo a medicina chinesa, o pé tem mais de 60 pontos de acupuntura que estão estreitamente associados aos 12 meridianos principais dos órgãos internos. Porém, devido à grande distância entre os pés e o coração, a resistência do pé é baixa; é a área mais débil do corpo, visto que é vulnerável ao frio e à umidade. Portanto, acredita-se que a saúde dos pés está estreitamente relacionada com a saúde do corpo humano como um todo.

A antiga medicina diz que a melhor maneira de preservar a saúde do pé é estimular o ponto de acupuntura Yongquan (na linha do entre o segundo e o terceiro dedos do pé, na porção final do arco). Massagear com constância a superfície plantar após imersão em água quente pode ter uma variedade de efeitos benéficos nos tendões, na circulação de sangue, na boa funcionalidade dos músculos dos pés, e inclusive em outras zonas do corpo. Pode aliviar dores de cabeça, hérnias, nefrite, convulsões, insônia, hipertensão, enfermidades cardíacas, dor de garganta, rachaduras nos pés, inchaços e rigidez pelo envelhecimento, e uma variedade de outras enfermidades.

Devido aos efeitos gerais no bem-estar relacionados com a saúde dos pés, a medicina chinesa faz menção ao ponto Yongquan como o “ponto fitness”.

3. Para viver mais tempo, trague saliva trezentas vezes ao dia

O dicionário chinês, Ci Hai, define a saliva como um líquido secretado pelas glândulas salivares e a mucosidade secretada por muitas pequenas glândulas na superfície oral. O adulto produz em média de 1 a 1,5 litros de saliva por dia.

A medicina chinesa considera que a saliva, conjuntamente com o baço e o estômago, umedece os orifícios, as extremidades e os órgãos internos, repõe a energia, lubrifica as articulações e nutre a mente.

A medicina moderna declara que a saliva detém o sangramento, facilita a contração dos vasos sanguíneos, dissolve as bactérias, elimina micróbios, conserva a saúde dental, combate os vírus, ajuda a digestão e possui uma ampla gama de funções.

Nos últimos anos, cientistas americanos descobriram também que a saliva pode promover o crescimento das células nervosas e epidérmicas. O Instituto Japonês de Investigação Alimentícia descobriu que a “saliva pode eliminar substâncias nocivas existentes no ar e nos alimentos”, e que possui um forte efeito na prevenção do câncer.

Os estudos realizados por especialistas da Escola de Medicina da Universidade da Georgia, demonstraram que a aflatoxina, uma das substâncias mais cancerígenas, tal como o benzeno e o nitrito, é desintegrada 30 segundos após o contato direto com a saliva. Os estudos sugerem que “é melhor mastigar pelo menos 30 vezes antes de engolir os alimentos”.

Esses estudos parecem apoiar os antigos conselhos de tragar saliva 300 vezes por dia.

4. Faça um click suave nos dentes diariamente para ajudar a prevenir sua queda

Devemos tocar ritmicamente os dentes superiores e inferiores em várias ocasiões.

Su Wen: Cânone de Medicina Interna do Imperador Amarelo (Su Wen: Shang Gu Tian Zhen Lun), um antigo texto médico chinês, sugere que a saúde óssea depende da nutrição da medula, e que a medula óssea é a origem da essência do corpo humano. Se essa essência diminui, pode ser possível que não seja suficiente para apoiar a medula óssea e os dentes irão afrouxar, deteriorar-se ou mesmo irão cair completamente.

A medicina tradicional chinesa também considera que tocar os dentes pode equilibrar o Yin e Yang, estimular a circulação sanguínea e o fluxo de energia dos meridianos, preservar e melhorar o funcionamento geral dos músculos da mandíbula e das partes profundas dos dentes, e retardar a atrofia.

Além desses benefícios, tocar e pressionar os dentes pode, a princípio, melhorar a tonicidade do tecido da mucosa, melhorar a mastigação, melhorar a circulação de sangue na cavidade oral, aumentar a secreção de saliva, melhorar a resistência antimicrobiana dos dentes, permitindo que mantenham-se mais brancos, resistentes e brilhantes.

5. Casais deveriam massagear as costas do outro para aliviar a fadiga física e prevenir o câncer

A massagem da região paravertebral é um antigo método que proporciona resultados imediatos.

Essa massagem estimula dezenas de pontos de acupuntura importantes que podem ajudar a estimular o sistema nervoso, mantendo eficazmente o equilíbrio do sistema nervoso central. O benefício principal é o relaxamento muscular, prevenindo e tratando a dor nas costas e a tensão muscular.

A massagem da região paravertebral melhora a circulação e regula a função nervosa. A massagem durante o dia esvazia a mente e eleva o espírito, e durante a noite acalma a mente, prevenindo a insônia.

Outro benefício é o aumento da imunidade e da prevenção do câncer. Cientistas japoneses têm acreditado durante muito tempo que uma massagem nas costas promove a secreção de peptídeos no cérebro. Esses peptídeos tem uma ação antiviral e podem inibir a mutação celular, que é a base da criação de células cancerígenas.

Geralmente há dois métodos de massagem do dorso: palmadas e golpes. O uso de palmadas é realizado apenas com a percussão da palma, e os golpes são feitos com o punho vazio, de forma suave. Para obter melhores resultados, realize a massagem diariamente, com o estímulo de cinquenta a setenta palmadas ou golpes.

6. Deslizamento no abdômen diariamente para promover a circulação sanguínea e beneficiar o espírito

Deslizar as mãos pressionando o abdômen é um método para promover a saúde, que utiliza movimentos de vai-e-vem entre o tórax e a pelve. A medicina tradicional chinesa considera que o abdômen é o “centro dos órgãos internos e a fonte do yin e yang no corpo”.

A moderna medicina também diz que o deslizamento compressivo fortalece o estômago e os músculos gastrointestinais e abdominais, promove a circulação e acelera a digestão. Também ajuda a tratar à constipação, as úlceras, a insônia, prostatite, nefrite, hérnias, hipertensão arterial, enfermidades coronárias e cardíacas, e também a diabetes. Em particular, promove não somente a contração do abdômen e a redução das gorduras, mas também pode ajudar a perder peso.

Para massagear o abdômen, primeiramente friccione na direção das agulhas do relógio com a palma da mão direita 130 vezes por cima do umbigo, e logo passe por baixo da zona do umbigo 120 vezes. Depois deslize toda a zona abdominal com a palma completa da mão esquerda 120 vezes. Inverta e repita.

7. Estiramento: a forma mais eficaz de perder peso e melhorar a circulação sanguínea

O estiramento lento: trata-se de um estiramento involuntário, que a princípio acompanha o ato de bocejar. Consiste em alinhar o pescoço, elevar os braços, inspirar profundamente para expandir o peito, estirar a cintura, exercitar as articulações, e afrouxar logo em seguida.

Sun Simiao, um famoso médico da dinastia Tang, disse: “Se o sangue não circula, o corpo será afetado pelas enfermidades”.

De acordo com a medicina moderna, a circulação sanguínea se baseia completamente nas contrações do músculo cardíaco, o que é especialmente certo para as veias que estão mais distantes do coração.

Quando produzimos esse movimento, o corpo levará naturalmente os braços e costelas para cima e expandirá o peito, que fortalecerá o diafragma e auxiliará na respiração profunda. Isso faz com que os músculos se contraiam e facilitem o retorno venoso, que resulta em uma otimização da circulação sanguínea.

O estiramento lento também pode ajudar os vasos do pescoço a transportar eficientemente o sangue ao cérebro, fornecendo uma nutrição adequada, reduzindo a fadiga e melhorando o ânimo. Isso também exercita o sistema neuromuscular, melhorando o equilíbrio no corpo, aumentando o consumo de oxigênio e a liberação de dióxido de carbono, promovendo o metabolismo e eliminando o excesso de tensão, evitando a fadiga muscular e a correção da postura, mantendo o corpo saudável.

8. Para um corpo saudável, pressione uma vez ao dia os pontos de acupuntura Hegu, Neiguan e Zusanli

O ponto Hegu localiza-se na zona entre o polegar e o indicador. A acupuntura no ponto Hegu ajuda a tratar dores de cabeça, paralisias faciais e enfermidades que afetam aos cinco sentidos.

O ponto Neiguan encontra-se cerca de 5 cm da prega de flexão do punho, em sua face interna, entre os tendões, mais precisamente na distância correspondente à largura de dois dedos polegares. A acupuntura no ponto Neiguan ajuda principalmente a tratar a palpitações do coração, hipertensão, epilepsia, asma, dor de estômago, náuseas e vômitos.

O ponto de acupuntura Zusanli fica aproximadamente 3 dedos abaixo do olho do joelho, em sua face lateral direita. Possui a função de regular o estômago, tonificar a energia, promover a circulação através dos meridianos, e dissipar o vento e a umidade.

A moderna investigação científica confirma que a acupuntura que se realiza no ponto Zusanli estimula o estômago e os intestinos, assim como uma variedade de atividades digestivas e enzimáticas. Pode aumentar o apetite, facilitar a digestão, melhorar as funções cerebrais, cardíacas, aumentar a produção de glóbulos brancos e vermelhos, elevar as taxas de hemoglobina e os níveis de hormônios endócrinos, e elevar a resistência do organismo às enfermidades.

A acupuntura no ponto Zusanli também ajuda a prevenir dores de estômago e na região abdominal, vômitos, constipação, diarreia, hepatite, inflamação da vesícula biliar e hipertensão arterial.

Zusanli, Hegu e Neiguan são três dos principais pontos de acupuntura utilizados nos tratamentos realizados pelos médicos da antiguidade.

Nos últimos anos, os cientistas chineses descobriram que a massagem nesses três pontos de acupuntura beneficiam os nervos do corpo, os músculos, tecidos e órgãos; os efeitos positivos ultrapassam aos de qualquer atividade esportiva.

Pressione com o polegar, ou com o dedo médio, os pontos Zusanli, Hegu e Neiguan durante cinco segundos cada um, repetindo entre 15 e 20 vezes.

Este artigo é proporcionado unicamente a título informativo, e não pretende prescrever assistência médica. Recomendamos o aconselhamento com um profissional para qualquer problema de saúde.

Fonte indicada: Epoch Times

Trabalhe mais, atrapalhe menos. Quem gosta de gente pesando é balança.

Trabalhe mais, atrapalhe menos. Quem gosta de gente pesando é balança.

Não, o mundo não vai estacionar ali na esquina para você descer, não. Ele segue de qualquer jeito. Atropela quem estiver na frente. Evolui aqui, regride ali. Vira e mexe desanda. Mas parar, assim, de vez, não para, não.

Juro, eu juro que faço uma força danada para ouvir acordado o seu discurso da lamentação, “porque a humanidade caminha para o nada e nós vamos todos morrer e a mega sena não sai para ninguém e blá blá blá…”. Eu juro que tento, eu tento, sim. Mas não dá. Eu não consigo passar dois segundos atento ao seu sermãozinho de sempre. Logo me ponho a compor mentalmente listas de compras no supermercado, repassar a cena do filme que vi ontem, cantarolar baixinho aquela canção do Roberto.

Olha, os especialistas em doenças do sono deviam descobrir e pesquisar você. A sua conversa mole é capaz de fazer cair no sono o mais vigilante dos guardas noturnos. Adormecem o caminhoneiro mais viciado em rebite e outras drogas estimulantes. Suas teorias furadas e conspirações sem pé nem cabeça bem podiam ser usadas para fins médicos. Drogas por drogas, as suas decerto venderiam mais que clonazepam e ritalina.

Você não me leve a mal, não. Mas isso para mim é falta do que fazer, sabe? Choramingação de quem odeia trabalhar, não suporta assumir e encarar suas imperfeições, detesta olhar para dentro, resolver suas próprias questões. Então empaca na janela e se põe a cuspir suas frustrações em quem passa lá fora.

Desculpe dizer assim, na lata. Mas quem de fato tem feito alguma diferença para este mundo, este que você anuncia estar no fim, é aquela gente que prefere investir no trabalho o tempo que lhe foi conferido aqui embaixo. Gente que não perde um só instante com queixumes e lamúrias. Põe as mãos na massa, o pé na estrada, a cabeça pra pensar e faz alguma coisa.

É a menina que criou uma horta para alimentar quem não tem o que comer, o padre católico que emprestou sua capela para o culto de evangélicos cuja igreja fora destruída em Mariana. São os cidadãos que adotam crianças, animais abandonados, novos gestos. Os estudantes que foram ocupar as escolas em protesto contra um governo cínico, decidido a esculhambar mais um pouquinho um ensino público já tão apodrecido. Os voluntários que dedicam seu tempo livre para entreter crianças em hospitais e velhinhos em asilos.

Porque você sabe, né? Tem gente que dá do que tem, gente que dá do que fez e gente que dá do que é. Não importa o que de bom a gente dá. Importa que a gente o faça.

O mundo vai girando firme e forte. E a vida que acontece aqui só não é insuportável por conta do empenho dessa gente. É no amor de pessoas assim que o que há de bom se sustenta e se multiplica. Não no trololó boboca e na choradeira das quais você tanto se orgulha de ser adepto.

Faz o seguinte. Nem que seja por um só dia, arrume o que fazer. Trabalhe mais, reclame menos. Dedique-se com amor e fúria a uma coisa boa. Qualquer coisa boa. Apesar do trabalho pesado que isso vai dar, eu tenho a impressão de que você vai viver melhor e dormir mais leve. Logo, vai pesar menos na vida de quem é obrigado a viver perto de você. Se é que ainda existe alguém por perto.

Aprendendo com as linhas da face

Aprendendo com as linhas da face

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Marcas de expressão e linhas da face podem ser uma porta para o autoconhecimento e a autoaceitação

Você sabia que cada linha, cicatriz, marca, pinta e característica no rosto tem um significado em nossa vida? Pensar nisso pode ser uma surpresa, principalmente em nossa sociedade atual, condicionada a eliminar todas e cada uma das ‘imperfeições’ percebidas, tanto no rosto como no corpo.

Mas, e se estas imperfeições nos dizem algo importante sobre nosso estado de saúde e bem-estar emocional? Isto é o que Jean Haner destaca na sua página da web e em seu livro “The wisdom of your face” (A sabedoria de seu rosto).

Seu livro explica a arte chinesa de ler o rosto, um ramo antigo da medicina tradicional chinesa. A leitura chinesa do rosto mostra que cada pessoa nasce com uma característica pessoal única e que esta informação interna específica pode ser lida no desenho exterior da pessoa, ou seja, nos traços do rosto.

Existem muitas pistas incríveis sobre quem somos, que tipo de trabalho nos traz alegria e como sentimos compaixão por nós e pelas demais pessoas simplesmente observando o mapa escrito em nosso rosto.

Abaixo estão 5 dessas características reveladoras que o rosto apresenta e que poderiam fazê-lo dizer ‘não’ a todas as mudanças faciais artificiais.

A realização de nosso verdadeiro propósito é refletida no rosto

As linhas do sorriso, que vão desde o nariz até os cantos da boca, são chamadas em chinês de linhas ‘faling’, que significa ‘ordens da lei’. Haner escreve em seu livro que elas significam “a necessidade de viver uma vida autêntica e significativa”.

Isso é o fator decisivo, diz Haner, pois “as linhas faling aparecerão quando a pessoa estiver seguindo seu propósito. Elas mostram que sua verdadeira autoridade interna está emergindo.”

Na verdade, isto significa que essas são marcas muito positivas. Por que livrar-se dos indicadores que apontam se estamos vivendo à altura de nosso verdadeiro propósito?

Os “pés de galinhas” significam que sorrimos muito

As linhas nos cantos dos olhos são popularmente conhecidas como “pés de galinhas”, mas, na leitura chinesa do rosto, elas se chamam linhas da alegria. Soa mais positivo, não é mesmo? Elas surgem com o ato de sorrir e são indicativos de um coração aberto.

O tamanho do nariz representa o poder pessoal

Ele pode não ser como você deseja, mas a forma de seu nariz é significativa. O nariz representa o poder pessoal, que se destaca especialmente dos 40 anos em diante. De fato, quanto maior o nariz, maior o potencial. Haner diz em seu livro que “ter o nariz reconstruído, pode diminuir o potencial de suas experiências na vida após os 40… mas também pode afetar seu poder pessoal por toda a vida”.

O nariz também pode revelar outras coisas sobre você. Um nariz ossudo pode indicar que a pessoa não está tão interessada em coisas materiais, enquanto um carnudo indica o contrário. Quando as fossas nasais são muito visíveis, isso significa que a pessoa tem propensão a gastar dinheiro irrestritamente. Cuidado ao investir dinheiro com essas pessoas! Mas um nariz inclinado para baixo, que cobre parte do suco nasolabial – o espaço acima do lábio e logo abaixo do nariz – mostra habilidade em investimentos. O nariz também é o espelho da coluna vertebral e pode revelar condições anormais no corpo.

Linhas faciais podem mostrar desequilíbrios emocionais e físicos

O inchaço embaixo dos olhos ou sombras pode indicar um desequilíbrio dos rins. As linhas verticais que aparecem um pouco acima e entre as sobrancelhas indicariam níveis altos de tensão e preocupação, inclusive depois do Botox. Além disso, elas voltarão a aparecer se a causa real da tensão não se resolver.

As linhas ao redor dos lábios podem demonstrar que você estaria emocionalmente esgotado e dando mais de si próprio do que repondo. Você realmente alteraria artificialmente estes sinais tão importantes que avisam quando estamos desbalanceados?

Não tem rugas? Cuidado!

Numa sociedade que desvaloriza o envelhecimento, algumas vezes as rugas são mal vistas, ou melhor dizendo, sempre são mal vistas. Mas Haner diz que uma pele livre de rugas na realidade pode indicar emoções reprimidas por muito tempo. Uma segunda razão para a ausência de rugas é ter tido uma vida superprotegida. Esse tipo de pessoa, diante de algum acontecimento súbito ou estressante, pode desenvolver rugas muito rapidamente e de forma dramática.

A terceira razão pela qual uma pessoa pode não ter rugas é ter maior facilidade de deixar de lado o estresse. Esta pessoa aprendeu a não se apegar aos problemas e pode ter linhas que desaparecem devido à sua capacidade de aceitar e liberar sentimentos na medida em que emergem. Haner disse: “A única emoção ruim é a emoção reprimida.”

Parece que a melhor injeção de Botox é aquela que nós mesmos nos damos, perdoando a nós mesmos e aos outros e vivendo nobremente sem arrependimentos.

Sarita Coren, Epoch Times

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