Que tal cuidar da sua vida?

Que tal cuidar da sua vida?

Vivemos numa sociedade em que muitas pessoas adoram se meter na vida privada dos outros. Decidem o que é certo e errado de acordo com suas próprias conveniências. E, por outro lado, muita gente deixa de fazer, ou finge que não faz, isso ou aquilo com medo do julgamento alheio. É um círculo vicioso.

Em verdade estamos mesmo é dando muita autoridade a quem não tem, a quem não paga nossas contas, a quem não conhece nossa história e não sabe o que nos faz feliz.

Não raro somos surpreendidos também com os nossos próprios parentes ou amigos que nos apontam o dedo para questões das quais não cabiam julgar, nem se meter, mas apenas apoiar ou pelo menos torcer.

Claro que não estou aqui falando que os conselhos da família e dos amigos não são bons. Muitas vezes são necessários. Falo da intervenção impertinente, não pedida, relativa à liberdade das nossas escolhas pessoais, daquilo que desejamos intimamente, mas que está fora do roteiro padrão que nos é ensinado desde cedo.

O velho roteiro padrão que todo mundo conhece: casar, ter filhos, ser bem sucedido na carreira, ganhar muito dinheiro, ter casa própria, carro etc. Para muitos alcançar tais metas é o ideal de vida perfeita, não há o que criticar, mas acontece que não somos iguais, não possuímos os mesmos sonhos.

Muitas pessoas preferem viajar a comprar um carro, algumas não querem casar, nem ter filhos, outras optam por uma vida mais sossegada sem a ânsia do sucesso profissional etc.

Warren Buffett, considerado um dos homens mais ricos do mundo, surpreendeu a todos ao afirmar o seguinte: “eu daria toda a minha fortuna para ser reconhecido como um grande filósofo e não como o homem mais rico do mundo”.

Nem sempre o roteiro padrão é o desejado e sonhado. Quantos artistas geniais se imortalizaram por coragem de romper com os padrões da sua época? E quantos artistas geniais, menos corajosos e mais conformados, a humanidade não deve ter perdido?

Tem a ótima frase de Magiezi que diz: “desde que minha vida saiu dos trilhos, sinto que posso ir a qualquer lugar”. É isso aí! As vezes precisamos sair dos trilhos para tomar o caminho correto, sem medo do julgamento alheio, sem medo de ser feliz.

Geralmente aqueles que têm a coragem de sair do lugar comum são os que buscam a felicidade com maior fervor. Submetem-se ao julgamento da sociedade? Sim. Sofrem com isso? Talvez. Já os que não têm essa coragem permanecem dando autoridade aos outros, numa busca por aceitação, cujo único preço é a própria liberdade.

Essa semana estava vendo um filme em que uma garota francesa, filha de pais brancos católicos, resolve se casar com um negro imigrante africano. A mãe da moça, apesar de simpatizar com o rapaz, confessa que se preocupa com os futuros netos mestiços e com a reação das pessoas quanto ela tiver que passear com as crianças na rua. A preocupação maior não é com a felicidade da filha, mas com os outros.

O filme retrata a mais pura realidade: o medo dos comentários alheios. Recentemente o escritor Fabrício Carpinejar foi muito feliz ao escrever: “Acabamos nos controlando demais com medo dos outros. Viver com medo é nunca ter nascido. Abençoada seja a loucura do bem. A vida precisa de mais entrega, de mais emoção, de mais autenticidade”.

A melhor forma de combater o preconceito, a hipocrisia e a inveja é buscar a nossa felicidade sem medo de errar. Somos livres e devemos exercer esse direito por mais difícil que seja.

Sim, se for nosso desejo, podemos nos relacionar com pessoas de outras raças ou credos, do sexo oposto ou do mesmo sexo, ter filhos mestiços, adotados, optar em não ter nenhum, casar, não casar, descasar e casar novamente, ser mãe ou pai solteiro, mudar de nome, de sexo, ser empresário, médico, artista, hippie, ser católico, espírita, evangélico, ateu, enfim ser o que quisermos. Nós podemos!

O que não podemos aceitar é a corrupção, a maldade, o preconceito, a violência, a falta de ética e outros males que assolam a humanidade.

O mundo seria muito melhor se as pessoas parassem de julgar os outros e se preocupassem com suas próprias vidas. Contudo, nada mais utópico do que pensar assim. Por isso, cabe a cada um brigar por seus sonhos e por uma vida mais autêntica.

Se somos tão diferentes em comportamento e em relação ao que queremos, como então se mede um homem? “Um homem se mede pela sua coragem. Coragem de ousar, arriscar e sonhar. E viver o que sonhou e continuar, eterno!” (Vitor Hilário)

Só uma mente muito tacanha pode achar que existe roteiro preestabelecido ou receita para a felicidade. Quem já tentou o roteiro padrão e está infeliz é melhor deixar o script de lado e começar a escrever a própria história, seja ela qual for.

Está na hora de sair dos trilhos, abstrair-se da inquisição alheia, e ousar ser feliz!

É fácil? Claro que não. Viver é tarefa.

Pontuando a vida.

Pontuando a vida.

Se seu texto ainda não chegou ao ponto final, valorize as exclamações!

O travessão avisa que vou falar, que é o meu espaço de comunicação, que tenho uma mensagem, um acréscimo, uma contribuição.

Quando peço a palavra para a vida, tomo a responsabilidade de ser ouvida e em alguns casos, seguida como exemplo. O travessão pode ser uma ponte, um caminho,  ou uma arma. Uma espada afiada.

Reticências dão o tom da divagação, da respiração que tenta concluir, refletir, deixar o outro complementar se preciso for. Em si são boas, mas o abuso delas pode comprometer a mensagem…

A vida entre parênteses é um perigo. Nunca se sabe se é melhor sair e fazer parte da dinâmica, ou, permanecer velada, visível mas impenetrável, infelizmente dispensável se retirada do contexto. É o caso das indecisões, da falta de posicionamento, do medo paralisante de errar e fracassar. Entre parênteses, coloque-se somente o que realmente não pode ser misturado ao todo.

Dois pontos são as constatações importantes, as realidades, as ocorrências, felizes ou não, mas presentes em toda a composição da vida. As vírgulas ditam o ritmo, as pausas, o que se acrescenta e segue em frente. O que é narrado entre  vírgulas,  geralmente é especial.

Na dúvida, na vontade de saber mais, de se aventurar, que questionar, todas as interrogações do mundo são válidas. E a cada parágrafo um novo passo, um assunto diferente, uma nuance da vida descoberta com o tempo, carregada de vivências. Carregamos alguns parágrafos longos e enfadonhos, seguidos de outros mais leves e sintéticos. Depende sempre do desenrolar da história.

Tudo necessário, útil e com significado e valores definidos, Contudo, nada mais inquietante, desbravador e estimulante do que as exclamações! Através delas consegue-se demonstrar grandes surpresas, loucas descobertas, estupendas emoções! Exclamar é quase obrigatoriamente terminar uma frase com um sorriso! Exclamar é soltar de forma espontânea uma reação! Exclamar é fazer um anúncio, uma homenagem, uma aclamação!

A pontuação da vida é uma composição pessoal, muitas vezes colaborativa, outras, solitária ou mal entendida, mas cada um sabe onde cada ponto lhe convém.

Importante lembrar, enquanto não chega o momento do ponto final, que exclamações são infinitamente mais empolgantes e vibrantes do que reticências, e, que as aspas alheias sejam exemplo de valores a considerar.

Talvez seja hoje o dia

Talvez seja hoje o dia

Talvez seja hoje o dia de retornarmos à velha natureza, mas não àquela do mundo. Talvez seja hoje o tempo de retornarmos humildes à natureza que nos habita.

Talvez seja hoje o dia de sairmos à caça de respostas cujas perguntas estão esquecidas em nós.

Talvez seja hoje o dia de abandonarmos a sensatez e de nos entregarmos à sandice de adentrarmos os vastos bosques que nos habitam, descalços.

Talvez seja hoje o dia para exercitarmos a fé e crermos que, mesmo quando a noite cair – e nos virmos sozinhos no escuro de uma floresta – um novo sol virá, um novo recomeço será, um novo sonho dançará em frente aos nossos olhos e quem sabe, um novo amor poderá cair sobre nós feito chuva de verão.

Talvez seja hoje o dia para perguntarmos aos loucos como eles conseguiram sair dos caminhos meticulosamente traçados pela razão.

Talvez seja hoje o dia de enterrarmos nossos mortos para darmos novas chances aos vivos. Talvez seja hoje o dia de negarmos ao corpo o medo e de acreditarmos que somos maiores que todo o desconhecido que nos permeia.

Talvez seja hoje o dia em que nascerá em nós a percepção que nos dirá de quem realmente somos.

Talvez seja hoje o dia de acreditarmos em algo maior e melhor. O dia de crermos e aceitarmos que o outro não nos matará, mas sim nos amará longa e profundamente.

Talvez seja hoje o dia de esquecermos o que nos contaram e de entregarmos em novas mãos, novas possibilidades.

Talvez seja hoje o dia de nos encontrarmos em diferentes etapas da vida e de tirarmos nossas próprias conclusões acerca de tudo que disseram de nós. Talvez seja hoje o tempo que nos cabe para vencermos as armadilhas do mundo e aquelas que nós mesmos armamos dentro do nosso eu.

Talvez seja hoje o dia de cavalgarmos os potros selvagens que infestam nossos instintos e de deixá-los nos guiar ao encontro das nossas mais profundas aspirações.

Talvez seja hoje o dia de admirarmos o melhor em nós. De encontrarmos a coragem que mora na cabana de nossa alma e de abandonarmos os destroços dos nossos erros do passado.

Talvez seja hoje o dia de perdoarmos nossos tropeços, de olharmos para o horizonte de um jeito novo, de amarmos sem pudores e de nos deixarmos amar, onde e quando tivermos vontade.

Talvez seja hoje o dia de enfrentarmos o desconhecido que nos habita e de nos afeiçoarmos à nossa natureza, ouvindo nos sons vindos do nosso eu mais profundo, as mais belas melodias.

Talvez seja hoje o dia de finalmente sermos, de finalmente realizarmos, de finalmente nos aprumarmos para, em nossa humanidade, sermos tudo aquilo que precisamos ser para, com êxito, sermos os donos dos nossos próprios caminhos.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna

Quando casar sara?

Quando casar sara?

Por Marcela Alice Bianco

“Quando Casar Sara! Quantos de nós, quando crianças, ouvímos essa frase de nossas mães, tias e avós após nos machucarmos? No meu caso, além dessa afirmação, povoavam meu imaginário e ambiente familiar, tantas outras mensagens que remetiam ao casamento e ao papel que ele representaria na minha existência futura. Lembro-me, por exemplo, de uma brincadeira que fazia com as amigas em que definíamos através de uma conta com as letras de uma palavra com quantos anos iríamos casar e quantos filhos teríamos. Também me recordo de um baú de bordados da minha avó no qual ela guardava os futuros enxovais de suas netas. Muitas vezes, ela abria o baú para me mostrar o material com entusiamo e dizia: – “Se Deus quiser você casará com um homem bom!”

Além disso, todos os contos de fadas que eu lia falavam de princesas que adormecidas, abandonadas ou enclausaradas em torres eram libertadas por lindos príncipes corajosos que as levavam para castelos onde viveriam felizes para sempre. E tudo isso gerava fantasias de que um dia eu precisaria ser libertada de alguma coisa para ser feliz.

Os anos se passaram e eu não casei com a idade prevista na brincadeira, mas bem depois! Também não herdei da minha avó os bordados já então amarelados pelo tempo para enfeitar a minha casa nova, assim como não levei a diante seu modelo de relacionamento conjugal. Faço parte de uma geração, que, ao crescer e perceber a possibilidade de independência financeira e emocional, pôde fazer outras escolhas que não a de esperar pelo resgate do príncipe encantado.

Tal liberdade também trouxe novos desafios, pois já que não seria mais necessário ter um príncipe e nem assumir o papel de uma princesa, passou a ser preciso aprender um novo jeito de relacionar.

Mas, parece que, de alguma forma e por vezes, inconscientemente, ainda carregamos conosco uma imagem do relacionamento baseado no amor romântico, e por consequência, do casamento como algo que irá nos salvar ou nos fazer sarar de algo que está ferido. E, portanto, passamos a investir na imagem de um parceiro amoroso a projeção da completude para um vazio existencial.

Muitos têm fracassado na tarefa, seja porque não conseguem encontrar a pessoa “ideal” ou porque não conseguem trilhar um caminho saudável no casamento que leve a realização. Entre os que se casam, os relatos de desentendimentos, conflitos, frustrações, cobranças e desajustes são inúmeros. Em muito casos, a separação é a saída encontrada por um ou por ambos os lados da dupla. A questão é que as pessoas já não estão mais dispostas a manter um casamento infeliz e que não as satisfaçam. E, uma boa parte das que permanecem em relações desgastadas e sem mudanças estão presas em questões materialistas, em seus próprios ideiais ou em algum ciclo vicioso doentio.

Independente da opção escolhida: casar-se ou não casar; separar-se ou tentar reconstruir uma relação desgastada, a questão que fica é que precisamos repensar o que esperamos de um casamento e qual sua função em nossas vidas.

Para além da consolidação dos modelos de sociedade e de família vigentes na nossa cultura atual, é fundamental que encontremos razões individuais para desejarmos ou não o enlaçe com outrem, já que compartilharemos com ele nossa existência e caminho de desenvolvimento.

Voltando a ideia do casamento como algo que nos curará das nossas feridas, imaginamos que ele nos levará a um estado de bem-estar contínuo e satisfatório para o nosso modo de vida. Bem-estar significa ausência de desprazer, de tensão, de desgates. Liga-se a ideia de plenitude, prazer e conforto. E também à necessidade de pertencimento e de se sentir protegido e seguro. Seria o tal do “felizes para sempre”.

Porém, a vida não se faz num contínuo de bem-estar e satisfação. Para amadurecermos, seja individualmente ou como casal, precisamos enfrentar os opostos, ou seja, as diferenças de criação, de jeitos de ser, de expectativas e por aí vai. Processos que geram conflitos, inseguranças, dúvidas e ansiedade. Mas, que também trazem a possibilidade do surgimento de uma nova personalidade mais madura, integrada e consciente.

Neste sentido, o casamento pode ser sim uma forma de salvamento, mas não àquela salvação que nos levará a uma espécie de paraíso onde tudo é perfeito e maravilhoso. O que ele pode oferecer é uma via para o processo de individuação. Ou seja, um caminho para que cada um dos pares possa seguir em seu desenvolvimento, tornando-se o mais próximo possível do próprio potencial de realização.

A intimidade e a entrega impõem desafios. O ajuste das expectativas projetadas no outro e a capacidade de compreendermos o que ele é realmente capaz de nos oferecer exige que o enxerguemos como alguém diferente de nós e não como uma extensão dos nossos desejos. O controle das reações agressivas diante das frustrações e do ciúme demandam força, habilidade e amadurecimento pessoal. Desde a negociação de qual será o sabonete para o banho até como se dará a educação dos filhos, todas as tarefas que envolverão o casal durante sua jornada os ajudarão a amadurecer sua forma de ser relacionar com o parceiro e consigo mesmo.

Então se formos responder à pergunta: Quando casar sara? A única resposta que podemos encontrar é: Depende!

Depende das feridas que você carregou ao logo do caminho até chegar no altar e do que será preciso para curá-las. Depende do parceiro escolhido para a jornada de individuação que a vida te propõe.  Depende se o casal não deixará a relação estagnar e cair na rotina e no automatismo. Ou se ficarão apenas no desejo sensual ou presos aos deveres.

A questão é que todo mundo leva para dentro do novo lar toda sua bagagem de vida e nela podem ser encontrados todos os tipos de feridas psíquicas imagináveis. E, nesse caminho podemos passar a vida repetindo os mesmos comportamentos que nos levam a nos machucar irremediavelmente ou podemos, através do aprendizado e da mudança alcançar um novo nível de consciência que nos ajude a se relacionar com o outro de maneira criativa e amorosa. Neste último caso, o casamento pode ser sim uma via saudável para o crescimento e para a busca da felicidade onde, duas pessoas inteiras, compartilham uma jornada de desafios e conquistas que as levará a um profundo conhecimento de si próprias e do outro.

Enquanto uns têm preços, outros têm valores

Enquanto uns têm preços, outros têm valores

Preço e valor são coisas completamente diferentes, muito embora alguns as tenham erroneamente por sinônimo. Isso vale tanto para o mundo dos negócios, quanto para as demais relações sociais. O problema maior dessa confusão é quando o que está em questão são pessoas.

Nos negócios, o preço está relacionado a dinheiro, enquanto que valor está relacionado aos benefícios agregados ao produto, tais como sentimento de pertencimento, utilidade e sentimento a ele relacionado (possui valor agregado). Quando estamos falando de pessoas, notamos que o sentido é semelhante, porém sua confusão é mais danosa.

Preço é quanto vale, em dinheiro, o produto, objeto ou até mesmo uma pessoa. Este está relacionado as suas características próprias, sem nenhum outro agregado. Já o valor não é definido pelas características próprias do produto, objeto ou pessoa, mas pelo que ele agrega.

As pessoas têm seus valores definidos a partir do que agregam ao longo de suas vidas. Seus valores dependem da educação, dos tipos de relações sociais vivenciadas. O homem nem nasce mau, como atestava Hobbes, nem mesmo bom, como aferia Rousseau; apenas nasce homem… sem valores, apenas como preço de homem.

Enquanto uns apenas têm preços, outros têm valores. O caráter destes últimos não está à venda ou pode ser mensurado por meio de “preço”, seja ele pago em dinheiro, com fama ou com poder. O seu valor não está em si, mas no que agregou ao longo da vida. Por outro lado, enquanto uns tem valores, outros têm apenas preços. Alguns destes etiquetados, aguardando um comprador; expostos em vitrines, muitas vezes em promoção. Vendem-se, trocam-se sem nenhum valor agregado. Na verdade, vende-se por preços que nem mesmo valem. Quem compra, logo percebe que uns valem muito menos que 30 moedas de prata.

Por Cristiano das Neves Bodart- Fonte indicada: Café com Sociologia

Telhado de vidro

Telhado de vidro

Por que exigimos dos outros o que não fazemos?

A minha inspiração veio de uma frase muito espirituosa, vinda de uma amiga bastante espirituosa também. Em meio ao barulho feito pelas manifestações contra o governo federal, ela postou uma frase mais ou menos assim: “Vai falar o que da presidente se você não paga ninguém né?”

A postagem fez muito sucesso e então eu convido vocês a observarem e refletirem comigo sobre um comportamento muito visto na nossa sociedade. Quem já trabalhou no comercio percebe que existem pessoas que não se preocupam muito em cumprir seus compromissos financeiros, não se organizam e nem fazem muita questão de pagar suas contas. Além disso, algumas dessas pessoas – sabe-se lá porque – se acham no direito de se ofender quando são  cobradas. Vejam que inversão de valores: além de descumprirem o que foi acordado no momento da compra, ainda se sentem lesadas, chegando a agredir quem solicita o direito de receber.

Lidar com dinheiro é o reflexo de como lidamos com todos os outros aspectos da nossa vida. Organizar os gastos em tempos tão difíceis deve ser prioridade; é preciso ter atenção ao cumprimento de todas as nossas obrigações. Sempre percebi todos nós brasileiros, como um povo muito propenso a se fazer de vítima. Temos o péssimo hábito de não fazer a nossa parte e, se não fazemos, não podemos exigir do outro o mesmo, certo?

Lutar contra a corrupção, contra o roubo do dinheiro público, contra o atraso e não pagamento dos salários de servidores públicos é obrigação da sociedade; porém, quando essa mesma sociedade (nós) deixamos de pagar nossas contas e achamos errado que nos cobrem, perdemos o direito de reivindicar isso dos governantes. Já escrevi sobre isso outras vezes, porém é sempre bom lembrar que somos modelos para os nossos filhos e para as futuras gerações. Em pequenos e descuidados hábitos, acabamos por ensinar os pequenos que não existe obrigação nenhuma em pagar, porém, fazemos muita questão de cobrar quem nos deve. Isso vai obrigatoriamente passar a eles uma mensagem de hipocrisia e irresponsabilidade.

Percebam que as relações são sempre uma via de duas mãos, e devemos ter o mesmo padrão de comportamento quando diz respeito a nós mesmos e aos outros. É vergonhoso dever, não poder pagar – e exatamente por isso é necessário ter cautela sobre quando, sobre o que comprar e sobre assumir dívidas futuras. Economistas e psicólogos costumam alertar sobre o descontrole com os gastos, principalmente pelo aumento de casos de compradores compulsivos. No Brasil é possível comprar sem que se tenha que pagar mais de dez por cento do valor total do produto, isso facilita o descompromisso. Antes de comprar, pergunte-se se o valor poderá ser pago, leve em conta as suas despesas fixas. Noventa por cento das dívidas não pagas vem da compra de gêneros de pouca necessidade – ou seja – não se tratam de comida, remédios e similares. E são exatamente nesses casos que observamos a agressão ao credor quando este precisa receber pelo produto ou serviço.

O credor precisa receber, não é direito nosso nos ofendermos pela cobrança de uma dívida nem tampouco agredirmos por isso. Temos que enfrentar, dialogar e buscar uma saída que seja justa para ambos. Se incomodar e se preocupar com uma dívida é um comportamento cultural passado de geração para geração. Muitas pessoas são criadas aprendendo a nunca dever a ninguém e sem nunca terem visto seus pais deixando de pagar uma dívida, por isso, se envergonham e jamais suportariam não cumprir com um compromisso desse tipo. Vamos construir uma sociedade melhor, começando por nós mesmos. Se não pagamos ninguém, não temos direito de cobrar ninguém, nem quem nos deve, nem quem rouba dinheiro público. Isso caracteriza um desajuste social nocivo a nós mesmos e a consequência disso é a contravenção sem limites, sem respeito e sem punição.

Vale lembrar, como já orientei em outros textos que a compra compulsiva é um transtorno e precisa ser tratado através de acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Em contrapartida, a obrigação em pagar o que devemos é uma questão de caráter e de respeito.

 

O que fazer se você ama uma pessoa que possui uma grave doença psiquiátrica

O que fazer se você ama uma pessoa que possui uma grave doença psiquiátrica

Por Josie Conti

Ontem, enquanto tomava um sorvete com a minha sobrinha, acontecia numa mesa próxima uma conversa familiar que envolvia a readaptação de um dos membros a rotina social após o que provavelmente seria um isolamento prolongado desencadeado por uma doença psiquiátrica e isso me fez pensar e pesquisar alguns tópicos que podem ser úteis para quem convive com essa realidade.

Segundo o Manual Merck de Informação Médica, os transtornos mentais acometem, em algum momento da vida, ao menos 20% da população mundial de menor a maior gravidade.

Quem possui um familiar ou convive com alguém que precisa ou já precisou de um tratamento assim sabe que o adoecimento pode interferir significativamente nas reações pessoais chegando até mesmo a transformá-las totalmente ao longo do tempo.

Todos os envolvidos sofrem impactos em sua rotina e em seu próprio emocional, pois a doença exige atitudes que talvez as pessoas nunca tenham tido a necessidade de tomar em suas rotinas anteriores.

Frente a esse desafio e sabendo que os familiares e pessoas realmente próximas serão as que mais terão contato com a doença- a pessoa acometida precisará deles diversas vezes- torna-se necessário um constante cuidado também com os que estão próximos.

O acompanhamento e a orientação psicológica familiar são fundamentais em todas as etapas, pois ajudarão os envolvidos a aumentar sua percepção quanto a atitudes que vão desde superproteção e infantilização ao excesso de críticas e revolta. A culpa dos familiares também pode ser uma constante, pois muitos responsabilizam-se pela doença de um filho que pode ter ligação à genética da família assim como por não conseguir estabilizar a situação como gostaria.

Seguem abaixo algumas orientações que podem auxiliar nesse processo:

1- APRENDA SOBRE A DOENÇA

Quando nos informamos ficamos mais preparados para reconhecer e lidar com os sintomas quando eles aparecem. A informação diminui o medo e a ansiedade, pois mostra como as coisas realmente são, nos dá a possibilidade de procurar ajuda mais adequada e no momento certo e, talvez o mais importante, diminui o preconceito. Saber como as coisas acontecem também nos permite ter expectativas mais realistas e respeitar melhor o tempo necessário para cada melhora.

2- ACEITE A DOENÇA

Quanto antes as pessoas próximas aceitarem a realidade do adoecimento melhor será para o tratamento e também para a pessoa que adoeceu. Uma vez que aceitamos a doença fica mais fácil procurar e receber a ajuda necessária assim como aderir aos tratamentos psicológicos e medicamentosos que podem estar atrelados ao processo.

3- AJUDE, MAS NÃO SE ESQUEÇA DE VOCÊ

Alguns tratamento podem ser longos e demandar muito de todos os envolvidos. A pessoa próxima deve ajudar, mas nunca se esquecer de si e também de suas próprias necessidades. É fundamental resguardar um tempo para si mesma e suas próprias particularidades. A própria pessoa que está em tratamento, sempre que possível, também deve ter sua autonomia preservada e estimulada para evitar estresse, ressentimentos e culpabilizações desnecessárias.

4- NÃO SUBESTIME

Transtornos mentais graves estão associados a um aumento real nas taxas de suicídio. Tanto a confusão mental quando a o sofrimento e a sensação de falta de perspectivas podem estimular tentativas de suicídio. Esteja atento às falas e sinais. Na dúvida, não subestime e converse com a pessoa e os profissionais envolvidos sobre o assunto. A observação mais próxima e até controle dos medicamentos pode ser necessário.

5- SEJA FLEXÍVEL PARA ATINGIR OS FINS NECESSÁRIOS

A pessoa que está doente sempre terá alguém em quem mais confia. Ofereça opções e busque essas pessoas para ajudar nos passos necessários. A doença já causa sofrimento demais e todas as decisões que antes poderiam ser mais simples tornam-se mais complexas e assustadoras.

6- ENCORAGE A PESSOA A TOMAR SUAS MEDICAÇÃO, MAS NÃO SUBESTIME SEUS EFEITOS COLATERAIS

Algumas medicações psiquiátricas, como os antipsicóticos, podem ter efeitos colaterais importantes. Esteja atento às queixas da pessoa e as passe ao médico. Dependendo da situação também pode ser necessária a ajuda para o manuseio e o uso da medicação em horário correto. A recusa em tomar a medicação também deve ser conversada e discutida com os profissionais envolvidos.

7- O ACOMPANHAMENTO DE UM PSICÓLOGO E OUTROS PROFISSIONAIS DA SAÚDE NUNCA DEVE SER CONSIDERADO COMO MENOS IMPORTANTE QUE O TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

A pessoa com uma doença psiquiátrica pode ter todas as áreas de sua vida afetadas. Acontecem alterações nas relações familiares, no emprego, na vida social geral. O acompanhamento no processo de reabilitação emocional e funcional é indispensável e deve ser estimulado, apoiado e ter a participação de todos os envolvidos.

 

8- EM UMA EMERGÊNCIA

  • Tenha sempre em mãos os telefones das pessoas que podem ajudar assim como do médico, psicólogo e até mesmo do resgate.
  • Se a pessoa ficar agressiva ou desorientada lembre-se que não adianta discutir com ela. Tenha calma para administrar a situação até que a pessoa melhore ou vocês consigam ajuda. Tente distrair a pessoa e não permita que ela saia de casa ou fique desacompanhada. A intervenção física só deve acontecer se a pessoa estiver colocando em risco a sua própria vida ou a vida do outro. Qualquer situação desse tipo deve ser informada aos profissionais que acompanham o caso.
  • Casos como o das pessoas que possuem diagnóstico de esquizofrenia podem envolver delírios e alucinações onde a pessoa possui pensamentos que não são reais ou até mesmo veem e sentem realidades de forma totalmente diferente.  Em situações como essas evite contato físico e olhar fixamente nos olhos. A pessoa certamente estará assustada e poderá reagir de forma violenta.
  • Evite a presença de pessoas estranhas e muito barulho ou estimulação no ambiente. Tente fazer com que a pessoa se sente e converse calmamente e sem elevar o tom de voz.
  • Sempre procure ajuda. Você não tem que resolver nada sozinho/a.

9- NUNCA SE ESQUEÇA QUE A PESSOA NÃO É SUA DOENÇA

Estimule a autonomia, tenha esperança no passo-a passo da recuperação e ajude a pessoa a se lembrar de quem ela realmente é. Cada passo no processo de reabilitação é uma grande vitória e deve ser comemorado. Lembre-se de focar na melhora e nos ganhos progressivos ao invés de focar nas perdas.

9- AME

Muitas vezes precisamos nos lembrar da verdadeira essência do amor para lidar com as fases que podem ser as mais difíceis da vida de todos os envolvidos. Amor é presença, amor é tolerância e aceitação. Amor também é o reconhecimento dos próprios limites.

Quando falamos em transtornos psiquiátricos, o amor pelo outro não deve superar o amor por si mesmo. O desgaste emocional e físico de quem cuida também nunca pode ser esquecido. E, nessa medida e com a ajuda das pessoas próximas, os momentos de crise podem ser ultrapassados.

“A prova de que estou recuperando a saúde mental, é que estou cada minuto mais permissiva: eu me permito mais liberdade e mais experiências. E aceito o acaso. Anseio pelo que ainda não experimentei. Maior espaço psíquico. Estou felizmente mais doida.” Clarice Lispector

Nota: As orientações acima devem ser vistas como informativas e destinadas ao público geral. Elas não substituem e nem sobrepõem-se ao prescrito pelos profissionais que acompanham o tratamento da pessoa. Converse sempre com a equipe responsável sobre suas dúvidas. Nunca tenha receio de falar ou de se informar melhor.

Imagem de capa: Sergii Kovalov/shutterstock

A falta de cultura ética da nossa civilização, segundo Einstein

A falta de cultura ética da nossa civilização, segundo Einstein
Albert Einstein - 1879 - 1955 German - born theoretical physicist . He is best known for his theory of relativity and in 1921 he won the Nobel Prize for Physics

Creio que o exagero da atitude puramente intelectual, orientando, muitas vezes, a nossa educação, em ordem exclusiva ao real e à prática, contribuiu para pôr em perigo os valores éticos. Não penso propriamente nos perigos que o progresso técnico trouxe diretamente aos homens, mas antes no excesso e confusão de considerações humanas recíprocas, assentes num pensamento essencialmente orientado pelos interesses práticos que vem embotando as relações humanas.

O aperfeiçoamento moral e estético é um objectivo a que a arte, mais do que a ciência, deve dedicar os seus esforços. É certo que a compreensão do próximo é de grande importância. Essa compreensão, porém, só pode ser fecunda quando acompanhada do sentimento de que é preciso saber compartilhar a alegria e a dor. Cultivar estes importantes motores de ação é o que compete à religião, depois de libertada da superstição. Nesse sentido, a religião toma um papel importante na educação, papel este que só em casos raros e pouco sistematicamente se tem tomado em consideração.

O terrível problema magno da situação política mundial é devido em grande parte àquela falta da nossa civilização. Sem «cultura ética» , não há salvação para os homens.

Albert Einstein, in ‘Como Vejo o Mundo’, via Citador

As paixões humanas

As paixões humanas

Eu considero inteligente o homem que em vez de desprezar este ou aquele semelhante é capaz de o examinar com olhar penetrante, de lhe sondar por assim dizer a alma e descobrir o que se encontra em todos os seus desvãos. Tudo no homem se transforma com grande rapidez; num abrir e fechar de olhos, um terrível verme pode corroer-lhe as entranhas e devorar-lhe toda a sua substância vital. Muitas vezes uma paixão, grande ou mesquinha pouco importa, nasce e cresce num indivíduo para melhor sorte, obrigando-o a esquecer os mais sagrados deveres, a procurar em ínfimas bagatelas a grandeza e a santidade. As paixões humanas não têm conta, são tantas, tantas, como as areias do mar, e todas, as mais vis como as mais nobres, começam por ser escravas do homem para depois o tiranizarem.

Bem-aventurado aquele que, entre todas as paixões, escolhe a mais nobre: a sua felicidade aumenta de hora a hora, de minuto a minuto, e cada vez penetra mais no ilimitado paraíso da sua alma. Mas existem paixões cuja escolha não depende do homem: nascem com ele e não há força bastante para as repelir. Uma vontade superior as dirige, têm em si um poder de sedução que dura toda a vida. Desempenham neste mundo um importante papel: quer tragam consigo as trevas, quer as envolva uma auréola luminosa, são destinadas, umas e outras, a contribuir misteriosamente para o bem do homem.

Nicolau Gogol, in ‘Almas Mortas’, Via Citador

Amor de longo alcance- Marina Colasanti

Amor de longo alcance- Marina Colasanti

Durante sete anos , separados pelo destino, amaram-se a distância. Sem que um soubesse o paradeiro do outro, procuravam-se através dos continentes, cruzavam pontes e oceanos, vasculhavam vielas, indagavam. Bússola de longa busca, levavam a lembrança de um rosto sempre mutante, em que o desejo, incessantemente, redesenhava os traços apagados pelo tempo.

Já quase nada havia em comum entre aqueles rostos e a realidade, quando enfim, num praça se encontraram. Juntos, podiam agora viver a vida com que sempre haviam sonhado. Porém cedo descobriram que a força do seu passado amor era
insuperável.

Depois de tantos anos de afastamento, não podiam viver senão separados, apaixonadamente desejando-se. E, entre risos e lágrimas, despediram-se, indo morar em cidades distantes.

Marina Colasanti 

Se alimentarmos as crianças com amor, os medos morrerão de fome

Se alimentarmos as crianças com amor, os medos morrerão de fome

O mais interessante de assumir a educação emocional das nossas crianças é que através dela alteramos a química dos seus cérebros, ou seja, estamos oferecendo a elas a possibilidade de controlar a sua biologia.

A influência negativa e penetrante dos meios de comunicação, as práticas educativas pouco acertadas e a falta de respeito nas escolas ou na sociedade estão diminuindo as capacidades emocionais das nossas crianças.

Podemos aceitar que é inevitável que certos tipos de mudanças sociais aconteçam, maso que temos em nossas mãos são ferramentas para potencializar sua saúde emocional.O que podemos fazer? É muito simples, vejamos…

Que um sorriso lhe sirva de guarda-chuva

Sabendo que a serotonina é o hormônio principal na regulação do nosso humor, podemos ajudar o nosso cérebro a produzi-la de uma maneira natural. Para regular seus níveis no organismo basta manter uma dieta saudável, dormir uma quantidade adequada de horas todas as noites e fazer exercícios regularmente.

Ou seja, para termos uma correta saúde emocional devemos implementar estes hábitos em nossas vidas diárias. Dessa maneira, vamos conseguir que nosso cérebro se encontre nas condições ideais para evitar as sobrecargas de energia que surgem do estresse e dos medos.

Cabe apontar, como curiosidade, que pesquisadores renomados afirmam que pedir que as nossas crianças sorriam e dizer a elas que as coisas irão melhorar é verdadeiramente útil. De fato, os seres humanos podem equilibrar os níveis de serotonina com um simples sorriso.

Quando sorrimos, nossos músculos faciais se contraem, o que faz com que diminua o fluxo sanguíneo dos vasos próximos a eles. Isso, por sua vez, faz com que o sangue esfrie, e por isso se reduz a temperatura do córtex cerebral, o que gera, como consequência, a produção de serotonina.

Brincar é o trabalho das crianças

O que comentamos até agora deve confirmar a ideia de que as pequenas coisas são muito importantes. Se há uma forma através da qual podemos articular a aprendizagem emocional infantil é através da brincadeira.

A melhor forma de ensinar a elas habilidades que as permitam administrar suas emoções é através das brincadeiras, pois conseguiremos brindar a elas a oportunidade de aprender e de praticar novas maneiras de sentir, de pensar e de agir.

Além disso, podemos nos converter em parte integral do processo de aprendizagem emocional de uma maneira tremendamente eficiente. De fato, depois de introduzirmos uma dinâmica atrativa, a curiosidade e a repetição que as crianças possuem e solicitam farão o resto do trabalho.

Por exemplo, quando um menino ou menina enfrenta um medo, é bom ajudá-los para que se sintam identificados com um personagem de ficção que admirem. Dessa maneira, podemos brincar com eles imaginando o que fariam se estivessem no lugar do seu ídolo.

Se articularmos uma série de brincadeiras desse tipo ou de outros, como as marionetes, o relaxamento ou a exploração corporal, conseguiremos que as crianças adquiram as habilidades necessárias para administrar suas emoções.

Isso também contribuirá para que elas desenvolvam o autoconhecimento, que estimulará seu interesse por trabalhar aspectos cuja complexidade ainda não é compreendida. Graças a isso fomentaremos o desenvolvimento de uma autoestima saudável apoiada no respeito por si mesmo.

Chaves para aumentar as habilidades emocionais das crianças

Como já dissemos anteriormente, às vezes é muito simples conseguir que nossas crianças cresçam de maneira equilibrada. Basta alimentá-los com amor para que seus medos e seus problemas emocionais morram de fome. Vejamos a seguir como podemos fazer isso em 3 simples passos…

1. Oferecer um lar, um lugar no qual se sintam protegidas e abrigadas

Um lar é criado a partir das emoções das pessoas que o compõem. As centenas de brinquedos em seus quartos não servem para nada se não compartilharmos com eles nosso amor através de gestos de carinho e de cuidado.

2. Falar com elas de maneira carinhosa

Quando as crianças fazem alguma coisa errada ou se comportam de maneira agressiva estamos acostumados a empregar estratégias de rejeição. Alguns exemplos são dizer “Não te amo mais” ou “Você é muito malvado”. Entretanto, desta maneira elas não irão entender que o que está errado é o que fizeram, e não o seu valor próprio.

Por essa razão, as mensagens que devemos transmitir a elas são do tipo “Não está certo o que você fez”. Assim, não iremos diminuir a sua autoestima nem colocar em dúvida nossos sentimentos por elas.

3. Dar a elas o nosso tempo, nosso interesse e o desejo de aproveitar os desafios que nos propõem

O que nossas crianças enxergam em nós, para elas, não está presente em mais ninguém. Por isso, é indispensável dedicar nosso tempo e nosso interesse genuíno a elas, e oferecer uma visão do seu mundo de maneira amorosa e incondicional.

Texto original em espanhol de Raquel Aldana.

Fonte sempre indicada: A Mente é Maravilhosa

TESTE: Escolha uma dessas fotos e veja o que ela revela sobre você

TESTE: Escolha uma dessas fotos e veja o que ela revela sobre você

Carl G. Jung já discorreu sobre a influência dos arquétipos em nossa vida. Nos identificamos e somos atraídos por símbolos o tempo todo assim como nossas escolhas mostram padrões que nem mesmo imaginamos.

Na psicologia existe um sem número de testes baseados em imagens e que, através da projeção, identificam traços de personalidade das pessoas com excelentes resultados.

O teste abaixo não possui comprovação cientítica, mas de forma lúdica, se propõe a dar respostas sobre o que algumas imagens poderiam dizer sobre quem as escolhe.

Preste atenção nas imagens e escolha a que lhe for mais atraente.

Depois disso, leia o significado apresentado.

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O teste foi disponibilizado por nossa página parceira Fãs da Psicanálise.

Vídeo de 3 minutos mostra como é viver com depressão

Vídeo de 3 minutos mostra como é viver com depressão

“Espero que isso ajude você a entender o processo. Eu fiz isso porque muitas pessoas parecem pensar que estar deprimido é algo que você escolhe e que, no final, tudo se resume a olhar pela janela e ouvir música triste”. Assim começa o texto que a atriz e diretora Katarzyna Napiórkowska escreveu para apresentar o vídeo que ela produziu sobre viver com depressão.

Falta de significado na vida, dor simplesmente por existir e ausência de objetivos são apenas algumas nuances de uma doença devastadora que gradativamente pode dominar todos os aspetos de uma vida que um dia esteve repleta de sonhos.

No vídeo “Living with depression” (Vivendo com depressão, em tradução livre) uma jovem descreve seus sentimentos e jornada lidando com os sintomas da doença.

Ele narra os momentos da vida de uma pessoa com o distúrbio e alguns de seus sintomas, que tornam a rotina dos dias um desafio a ser superado, na intenção de mostrar que o problema precisa ser tratado, que as pessoas não estão sozinhas e que, o melhor, existe cura.

Esse é o tipo de material essencial para quem não entende como alguém com depressão pode se sentir ou mesmo para aqueles que estão convivendo com a doença e imaginam que estão sozinhos nessa luta.

Lembre-se que “depressão tem tratamento”. Não relute em buscar ajuda.

Josie Conti

Nota da página: a versão com legendas foi retirada do Youtube. Logo, temos apenas a versão em inglês diisponível no momento.

Com informações de hypeness

“Pai, me ajude: nasci menina” – veja o vídeo que está comovendo a internet

“Pai, me ajude: nasci menina” – veja o vídeo que está comovendo a internet

Uma organização sem fins lucrativos produziu um vídeo belíssimo a fim de conscientizar sobre a violência contra a mulher. Impactante, ele traz a voz de uma garotinha fazendo pedidos ao seu pai antes mesmo de nascer. Entre eles estão atitudes que podem sim diminuir a desigualdade de gêneros.

Intitulado como “Dear Daddy” (Querido Papai) o vídeo é uma realização da ONG Care Norway. Assista abaixo (e, em caso de necessidade, ative as legendas):

Fonte indicada: Hypeness

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