O culpado pela sua felicidade deve ser você.

O culpado pela sua felicidade deve ser você.

Mesmo que sejamos solteiros e moremos sozinhos, vivemos em sociedade, portanto, estamos inseridos no fluxo de vida de outras pessoas, de várias formas. O que fazemos reflete no processo todo, influenciando os caminhos de quem vive ao nosso redor. Da mesma forma, nossa jornada condiciona-se às ações dos cidadãos à nossa volta.

Embora não possamos nos distanciar do que ocorre ao nosso lado, precisamos tomar as rédeas de nossa própria vida, assumindo o compromisso de sermos felizes, haja o que houver, ou nos perderemos na desesperança de infelicidades alheias. Caso não nos asseguremos de que somos responsáveis, em grande parte, por tudo o que nos acontece, ficaremos à mercê dos sabores de vidas que não são nossas.

Logicamente, é muito difícil mantermos nossos ânimos em alta, quando pessoas que amamos – como algum familiar, por exemplo – estão passando por momentos infelizes, ou quando assistimos aos noticiários veiculando crises e misérias sociais. Entretanto, temos que nos concentrar na manutenção de nosso equilíbrio emocional, para que nossa positividade possa trazer alguma forma de alento a quem necessita, em vez de mergulharmos nas escuridões de outrem.

Quando projetamos nossa felicidade em algo externo, fora de nós, estamos fadados a esperar dos outros e do que acontece à nossa volta os motivos para que sintamos alegria e contentamento. Assim, neutralizamos nossa capacidade de agir em favor de conquistar o que merecemos, tornando-nos sujeitos passivos, dependentes, inseguros e medrosos. Sim, ser feliz requer coragem e força de vontade, pois a felicidade não cai como chuva, ao nosso bel prazer.

Estaremos sempre passando por algum tipo de problema, seja pessoal ou que esteja atingindo nossos queridos; no entanto, deveremos manter firme o nosso propósito de alcançarmos a realização dos sonhos que movem a nossa caminhada, sustentando nosso olhar além do presente, visualizando um futuro melhor e mais feliz. A resolução das inevitáveis complicações que todos enfrentaremos requer um respirar tranquilo e um pensar lúcido, o que depende de ninguém mais a não ser de nós mesmos. Culpar o outro por nossa infelicidade significa não termos poder sobre nós mesmos – e isso ninguém merece.

Vale lembrar que nossa jornada sempre será menos penosa, quando nos cercarmos de amor verdadeiro, porque então teremos ao nosso lado o apoio incondicional de quem acredita em tudo o que somos, tanto em tempos de paz, quanto em tempos de guerra. É vida que segue, sempre adiante.

Não quero coisas caras, quero alguém que me dê valor

Não quero coisas caras, quero alguém que me dê valor

Não preciso ter a meu lado alguém que possa gastar milhões a “fazer-me feliz”, preciso de alguém que entenda que para fazer-me feliz, basta amor.

Não procuro alguém que pague as minhas contas, não procuro alguém que me leve a passear até ao outro lado do mundo, quero alguém que saia da rotina, que chegue com uma rosa a minha casa só para dizer “amo-te”.

Quero que alguém me surpreenda, que se interesse por mim, que me pergunte como foi o meu dia, que se interesse pelas minhas coisas, que planeie comigo e que não se limite a dizer “sim, claro” ou um “depois vemos”.

Quero que exista alguém com quem eu possa ser totalmente transparente, a quem possa dizer-lhe o que me atormenta e o que me enche de alegria, alguém que me conte da sua vida, dos seus problemas, que me veja como o seu apoio, como o seu confidente. Não quero alguém que faça parecer que tudo na vida é perfeição.

Quero que alguém elogie as minhas qualidades, que ao me ver sorria, que busque a minha mão, que busque abraçar-me, não alguém a quem eu tenha que roubar um beijo. Quero alguém que se sinta orgulhoso de mim, que sinta ciúmes se alguém me estiver a rondar, que valorize o que sou e que se eu lhe disser “amo-te” me presenteie com um sorriso.

Procuro alguém que saiba que prefiro um guardanapo onde diga “tu encantas-me” a um presente mais caro. Eu não preciso de ter a meu lado alguém que possa gastar milhões a “fazer-me feliz”, preciso de alguém que entenda que para fazer-me feliz, basta que esteja apaixonado por mim.

Texto de Antonieta Pérez (tradução)

Fonte indicada: Relaxar e Meditar

10 vezes em que o filme foi tão bom quanto o livro

10 vezes em que o filme foi tão bom quanto o livro

Tomei a liberdade de compor essa lista tendo como base 10 livros que foram belamente adaptados para o cinema. Fiéis aos escritos originais, os filmes a seguir demonstram que muitas vezes filmes podem ser tão bons quanto os livros que os inspiraram. Belas histórias para serem lidas e assistidas sem medo.

1. Filme Carol, adaptação do livro de Patricia Highsmith

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Na década de 50 a escritora Patricia Highsmith lançou o livro Carol – primeiro romance que aborda uma relação amorosa entre mulheres com um final feliz. O livro foi publicado na época como The price of salt. Na história, Therese Belivet trabalha como vendedora na seção de bonecas de uma loja de departamentos. O emprego funciona como um bico para juntar dinheiro – o que ela de fato quer é construir uma carreira como cenógrafa de teatro. É época de Natal em Nova York, e a loja está lotada. Em meio a tantos rostos desconhecidos, Therese fica hipnotizada ao ver uma distinta cliente se aproximar. É Carol. Assim começa o romance entre a jovem Therese e Carol – recém-separada e mãe de uma filha -, um amor repentino e fatal, que se transforma em uma constante troca de experiências. Uma história no mínimo tocante, para ser lida e assistida.

2. Filme Suíte Francesa, adaptação do livro de Irene Nemirovsky

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Suíte Francesa é um brilhante romance sobre a guerra e um relato histórico extraordinário. O livro retrata o êxodo de Paris após a invasão nazista de 1940 e a vida dos judeus sob a ocupação alemã no país. Escrito pela romancista francesa Irene Nemirovsky, presa em Julho de 1942 e mandada para Auschwitz no mês seguinte, o romance foi salvo por acaso e revelado décadas depois pela filha da escritora, Denise, que o encontrou em forma de diário. O manuscrito viria a ser aclamada posteriormente pelos críticos europeus como um Guerra e Paz da segunda guerra mundial. O filme e o livro são maravilhosos e falam de forma delicada da guerra e dos amores que nascem, contraditoriamente, nela.

3. Filme O Regressoadaptação do livro de Michael Punke

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O livro O Regresso foi adaptado para o cinema e estrelado em 2016 pelo então premiado Leonardo DiCaprio. A história se passa no ano de 1823, ano no qual um dos melhores e mais experientes caçadores das Montanhas Rochosas fica frente a frente com um urso cinzento e é atacado por ele. Os homens que deveriam esperar e lhe oferecer um funeral apropriado lamentavelmente o abandonam, levando consigo armas e suprimentos. Entre delírios, Glass, vê tudo e é tomado por um desejo incontrolável de vingança. O livro e o filme são ideais para quem gosta de histórias pautadas por reviravoltas. Não indico o filme para pessoas sensíveis, pois as cenas de luta com o urso são fortes.

4. Filme O Quarto de Jack, adaptação do livro de Emma Donoghue

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O filme O Quarto de Jack foi baseado no romance Quarto escrito por Emma Donoughue. Assim como o livro, o filme causou comoção e incitou à reflexão acerca dos cativeiros (físicos e emocionais) nos quais muitas pessoas vivem. A coragem e o imenso amor nessa história perturbadora é contada pela voz de Jack, uma criança de cinco anos para quem o seu quarto é o mundo. É onde ele e a mãe comem, dormem, brincam e aprendem. Embora Jack não saiba, o lugar onde ele se sente completamente seguro e protegido é também a prisão onde a mãe tem sido mantida em cativeiro desde a adolescência. Essa é a história de um amor imenso que sobrevive às circunstâncias mais aterradoras. O livro e o filme são tocantes.

5. Filme Como Eu Era Antes De Vocêadaptação do livro de Jojo Moyes

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O livro adaptado para o cinema tirou lágrimas até mesmo dos corações mais gelados. Aos 26 anos, Louisa Clark, uma moça sem muitas ambições, mora com os pais, a irmã, o sobrinho e o avô no subúrbio. Trabalha como garçonete e namora Patrick, alguém que não parece ser sua alma gêmea. Quando o café, no qual Lou trabalha, fecha as portas, ela é obrigada a procurar um outro emprego. Sem muitas qualificações, ela consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico, Will Traynor, de 35 anos. Um cara inteligente, rico e mal-humorado. A vida de ambos muda para sempre com esse convívio. Tanto o livro quanto o filme tratam de questões bastante sensíveis com muito carinho e amor. Impossível não se emocionar com essa história que fala de amor e aceitação, apesar das circunstâncias.

6. Filme O Orfanato Da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares, adaptação do livro de Ransom Riggs

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O filme é inspirado em um romance que mistura ficção e composição fotográfica, o que leva a uma experiência de leitura emocionante. A história começa com uma horrível tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde ele descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato eram muito mais do que simplesmente peculiares. Uma fantasia arrepiante, cujo livro é ilustrado com assombrosas fotografias de época e o filme dá bons calafrios em adolescentes e adultos.

7. Filme Alice Através Do Espelho, adaptação do livro de Lewis Carrol

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Numa tarde fria de inverno, enquanto a neve cai silenciosamente lá fora, Alice brinca com a gata Dinah e seus filhotes na sala de casa. Mal sabe ela que está prestes a viver uma aventura memorável. De repente, ela atravessa o espelho que fica sobre a lareira e chega a um mundo onde tudo está ao contrário, de pernas para o ar: flores falam, peças de xadrez andam e quanto mais você corre, mais você fica no mesmo lugar. Um mundo em que as coisas “trocam de lado”, da mesma forma que as linhas de um livro, quando você o observa aberto diante de um espelho. Não preciso nem dizer que o filme tem efeitos fantásticos e que o livro é um deleite para a imaginação.

8. Filme O Bom Gigante Amigo, adaptação do livro de Roald Dahl

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Sophie vive em um orfanato. Uma noite, em plena Hora das Bruxas, ela é raptada por um gigante orelhudo que a encontrou espiando pela janela. Mas Sophie logo descobre que ela não precisa ter medo do gigante, que é amigável e tem como função soprar sonhos nas janelas das crianças. Junto dele, ela faz um plano para acabar com os gigantes maus, que adoram devorar “serumanos”. Um plano que envolve pesadelos terríveis e a rainha da Inglaterra. O livro é pouco conhecido por aqui, mas emblemático quando pensamos em literatura infantil. O filme é mágico, repleto de uma aura encantada e tem Steven Spielberg na direção. Imperdíveis!

9. Filme A Cabana, adaptação do livro de William P. Young

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Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mack Allen Phillips é raptada e evidências de que ela foi brutalmente assassinada são encontradas numa cabana abandonada. Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o para voltar à cabana onde aconteceu a tragédia. Não é preciso nem dizer que assim como o livro, um grande sucesso mundial, o filme é bastante tocante e fala sobre acontecimentos que marcam nossa vida e do que existe, simbolicamente, por trás de cada um deles.

10. Filme A Garota No Trem, adaptação do livro de Paula Hawkins

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No filme e no livro, a trama gira em torno do desaparecimento de uma jovem mulher, e é apresentada por meio de uma narrativa duvidosa. O que é real e o que não é real vai instigar leitores e espectadores. O livro escrito por Paula, conquistou fãs como o mestre do mistério Stephen King e assim como o filme apresenta personagens femininos complexos que fogem do estereótipo de vítimas ou vilãs. A trama dessa história cria um delicado suspense a partir de evoluções psicológicas sutis e dinâmicas. Para quem gosta de mistério, o livro e o filme são um espetáculo.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Brilho eterno de uma mente sem lembranças: Vale a pena esquecer um amor?

Brilho eterno de uma mente sem lembranças: Vale a pena esquecer um amor?

Um dia você acorda e se depara com uma carta, onde está escrito que alguém muito importante na sua vida decidiu esquecer você. Como você reagiria? Como aceitar que o outro, tão essencial a nossa vida, quer nos deixar? Como aceitar que o amor acabou e que o ser amado quer ir embora, viver outro romance, seguir em frente? Pois bem, essa é a realidade apresentada no filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”.

A temática do filme vem ao encontro da forma como lidamos com os sentimentos, ou não lidamos. As relações humanas são cheias de complexidades, idas e vindas, perdas, reencontros, e, muitas vezes, preferimos evitar nos relacionarmos, a fim de não sofrer com todos esses problemas que inevitavelmente surgem em qualquer relação.

No entanto, ao evitarmos as dores que os relacionamentos podem trazer, automaticamente também deixamos de viver maravilhas que só sentimos por meio do amor. E aqui o filme é brilhante, pois, ao submeter-se ao procedimento que descarta todas as memórias que o ligam a sua amada, o protagonista do filme – Joel – percebe que, ao descartar as memórias ruins, por consequência descartará as boas. Logo, os melhores momentos que tivera também serão apagados da sua memória.

Desse modo, surge a problemática. Vale a pena manter as memórias de um amor, ainda que nelas existam dores e tristezas? É sabido que o excesso de memórias pode paralisar a vida de um indivíduo, assim como o riso está diretamente ligado ao esquecimento. Para perdoar, sobretudo nós mesmos, e seguir em frente, é necessário esquecer algumas coisas, pois o excesso de bagagem pode tornar a viagem por demais exaustiva.

Todavia, nem todas as memórias podem ser esquecidas, pois um homem sem memórias é um homem sem vida, sem personalidade, sem identidade. Além do que, como exposto no filme, algumas pessoas podem nos trazer memórias ruins, bem como memórias maravilhosas, as quais podem ser um refúgio em dias tristes.

Não somos perfeitos, então, não existem relacionamentos perfeitos. Sempre haverá rusgas, brigas e decepções, mas o crescimento e o amadurecimento emocional dependem da forma como lidamos com esses amargores que sentimos ao longo da vida. Aliás, as experiências dolorosas servem como parâmetro para situações futuras. Ou seja, a forma como devemos nos portar, perceber quando algo for uma furada, ter mais paciência em determinados casos, saber medir as palavras e, às vezes, não medi-las.

Ao contrário da cultura contemporânea, a qual prega a “felicidade” o tempo inteiro e cobra resultados imediatistas, inclusive nos relacionamentos, todo relacionamento é um processo e, como todo processo, existem dificuldades. Amar alguém pressupõe esforço e o risco de se dar mal. Não se envolver por medo de se machucar apenas impede que existam memórias que marcam tão lindamente a vida, como se fossem notas de uma melodia de Mozart.

Apagar alguém completamente da memória pode fazer esquecer esse alguém, mas não impede que você se envolva em outro relacionamento e se machuque novamente. Cair faz parte da vida; o importante é qual aprendizado tiramos dessas situações dolorosas.

Quanto mais vivemos, mais descobrimos sobre a vida, sobre o ser humano, sobre a alegria e sobre a tristeza. Crescer é saber que, indubitavelmente, vamos deixando de ser inocentes e vamos enxergando a vida como ela é. Contudo, isso não impede que continuemos a sonhar e a acreditar no amor.

Os esquecidos podem tirar melhor proveito dos seus equívocos, como diz Nietzsche, e é lembrado no filme, mas nada substitui a felicidade de memórias compartilhadas, guardadas em um lugar inacessível ao esquecimento e ao passar do tempo. Pois, lembrando Galeano, a memória não perde o que merece ser salvo.

Nos pensamentos de Joel, a sua amada – Clementine – conseguiu, de alguma forma, fazê-lo reencontrá-la. Não porque ela era perfeita, mas porque ele a amava de todo o seu coração e acreditava que, apesar de todos os problemas por que passariam, de todas as suas tristezas e fobias, estava disposto a trabalhar para que o amor deles desse certo, pois todas as dores compensam a dádiva de estar com a pessoa certa, exatamente onde se poderia estar e fazer do tempo apenas um contemplador de um amor inesquecível.

Assertividade: Não ser obrigada e não obrigar ninguém.

Assertividade: Não ser obrigada e não obrigar  ninguém.

Hoje quero refletir com vocês sobre assertividade. Inspiro-me sempre nos temas atuais, que são acessíveis ao maior número de pessoas da nossa sociedade – por isso o título do texto de hoje foi inspirado numa frase que foi muito usada e virou moda – coisas de personagem de novela. Acho bacana quando o público reproduz os clichês das novelas, porque isso acaba sendo material para facilitar o nosso trabalho de promover a reflexão. Muitos talvez estejam me lendo agora porque o título lhes é familiar, isso me faz chegar mais perto de cada um de vocês. Realmente não somos obrigados a algumas coisas e a capacidade de expressar isso sem magoar e sem agredir chama-se assertividade. Ser assertivo é conseguir expressar sua posição a respeito de algo, sabendo não estar certo nem errado, apenas convicto de sua escolha.

Nós temos o direito de “não querer”. Não querer conversar, não querer ir, não querer ver ou fazer. O fato de alguém querer algo de nós não nos obriga a aceitar. É prepotente quem acha que pode insistir para que façamos algo ou mudemos nossa opinião por pressão ou obrigação.

Lembro-me de um dia no qual recebi uma visita inesperada em minha antiga casa no interior. Acredito que seja mais comum nas cidades pequenas, as pessoas aparecerem em nossas casas sem avisar e soube que isso é hábito de alguns brasileiros. Tenho uma amiga que mora na Holanda há anos e ela me contou que aparecer sem avisar na casa de alguém por lá é algo que não existe. Bom, voltando a minha história, no momento em que o interfone tocou eu estava de saída para outro compromisso. Como moro em apartamento, pedi que o porteiro avisasse que não poderia recebê-la e saí em seguida. No dia seguinte, conversando e trocando ideias com a minha manicure eu contei a ela o ocorrido e disse que eu não atendi, citando as minhas razões. Então ela me pergunta:

-Mas você não ficou com medo do que ela ia pensar ou dizer sobre você? Não receber uma visita é falta de educação, Vivi!

Eu procuro não dar muito poder ao que o outro diz e pensa a meu respeito – apesar de saber que todos nós somos influenciados pelo meio social.  Fiquei pensando sobre o termo “falta de educação” então vejamos: a visita não havia me avisado que viria, o que particularmente eu acho pouco educado. Eu poderia ter deixado meu compromisso de lado e tê-la atendido, mas por que razão eu faria isso? Medo do que ela diria? Até onde devemos nos obrigar a fazer coisas que não queremos? Ela deixaria de gostar de mim por isso? Que afeto é esse?

Aprendi desde cedo, observando e trabalhando com comportamento humano que a opinião que o outro tem sobre nós pode se modificar porque é influenciada pela forma como agimos: aos olhos do outro vamos do céu ao inferno, baseado no quanto o frustramos.

Quando alguém não age ou não diz o que nós queremos ouvir, muitos de nós passa então a agredir. Agressão é sempre a contramão da assertividade. Nós não somos obrigados e o outro também não é. Acho cruel obrigar e ser obrigado a qualquer coisa nessa vida – mesmo sabendo que passaremos por isso algumas vezes – e acho mais cruel ainda as relações nas quais não podemos dizer e nem agir de modo sincero e transparente. É egoísta quem quer ver sua vontade satisfeita, porque no fundo não está ligando a mínima para o outro, nem o respeitando como semelhante.

Os tempos atuais pedem tolerância e espaço para que cada um tenha e expresse a sua opinião. É preciso respeito ao outro e ao seu modo de ver o mundo. Entretanto é preciso respeitar quando não pedem e nem se interessam pela nossa visão dos fatos. O exercício da assertividade pode nos ajudar na ação e aceitação, resultando no convívio social mais sadio.

Quando se viaja de carro, percebemos que mais importante que o destino é a jornada.

Quando se viaja de carro, percebemos que mais importante que o destino é a jornada.

Quem nunca se imaginou dentro de um carro conversível em busca de descobertas e aventuras ao estilo do filme americano “Thelma and Louise” ou mesmo em um tour romântico pela costa italiana permitindo-se experenciar cada nova curva com todos os sentidos. A brisa litorânea, a música escolhida com carinho, as paisagens que ficarão para sempre na memória.

Viajar de carro permite aos seus passageiros a autonomia de saber ou não saber o seu destino. Seja numa perua antiga como a Pequena Miss Sunshine, em uma motocicleta ou no puro luxo de um  BMW 7, a felicidade dos envolvidos estará relacionada a distância que seus sonhos podem alcançar.

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Das grandes vantagens

Entre as principais vantagens de uma viagem de carro, além da liberdade já mencionada acima, está a oportunidade de uma maior aproximação familiar. Todo o tempo que será vivido dentro do automóvel pode ser a chance que estava faltando para aproximar ou reaproximar corações. Quando se viaja de carro, seus integrantes acabam entendendo que mais importante que o destino é a jornada. E, para quem optar por viajar sozinho não é diferente, pois o tempo consigo mesmo é um dos maiores presentes que alguém pode se dar.

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Lembre-se de ter alguns cuidados

GPS e mapa em mãos para os caminhos mais complexos. Também é fundamental que o carro esteja em boas condições mecânicas e tenha sido revisado (http://www.pecasauto24.pt/) . A autonomia da viagem também demanda a responsabilidade pelos cálculos para o dinheiro do combustível, pedágios, controle de locais para alimentação- principalmente se você estiver com crianças-, telefones de emergência, respeito aos limites do automóvel.

Lembre-se ainda que, para viajar de carro, é preciso gostar de viajar de carro. Logo, se alguém da família detesta, talvez não seja a pessoa indicada para um passeio como esse e isso deve ser respeitado.

Tomando todos os cuidados é só arrumar as malas e boa viagem!

Ter amor é não ter dono nem ser dono de ninguém

Ter amor é não ter dono nem ser dono de ninguém

De uma vez por todas, é urgente esclarecer três coisas: o amor não sobrevive às grades, gente não é animal de estimação e segurar quem quer que seja ao seu lado, a qualquer custo, não é um relacionamento amoroso. É prisão domiciliar.

Tem gente por aí achando que o amor é a mesma coisa que “posse”, aquilo que a gente tem, sim, sobre objetos e propriedades particulares. Nunca, jamais, em momento nenhum, sobre pessoas.

Para esclarecer as coisas, “posse responsável” é o que você tem, ou deveria ter, em relação a um cachorro, um gato, uma cacatua, um papagaio, uma tartaruga. Já “responsabilidade” é o que você tem, ou deveria ter, em relação a tudo na vida, incluindo gestos e atitudes, compromissos pessoais e profissionais, direitos e deveres, pessoas e até, olha eles aí de novo, animais de estimação.

Pais e mães não têm a posse de seus filhos. Têm a responsabilidade de criá-los com decência, amor, respeito, valores e essas coisas tão caras e cada vez mais raras. Maridos, esposas, namorados e namoradas não têm posse nenhuma sobre seus parceiros. Têm com eles algum tipo de responsabilidade que a cada caso se estabelece e se respeita. Tentar, ou permitir, que essa responsabilidade se transforme em posse é nada além de uma perversão, uma ação medonha, uma tara bizarra e uma doença grave.

Levando-se em conta que a escravidão há tanto tempo foi, ou deveria ter sido, oficialmente abolida, é justo afirmar: pessoa nenhuma é dona de outra. Quem desobedece essa regra básica são os criminosos que ainda praticam tráfico de gente e trabalho escravo. Se você não se encaixa nessa descrição, não pode mandar na vida de ninguém que não seja você mesmo ou, no máximo, o seu animal de estimação. E olhe lá!

Posse, infelizmente, é algo que se exerce com ou sem responsabilidade. Há proprietários responsáveis e irresponsáveis de todo jeito por aí. Donos que não cuidam direito de seus cachorros, motoristas que transformam seus veículos em armas letais, donas de casa que desperdiçam água “varrendo” a calçada com o esguicho. Tem de tudo.

O sujeito esquentadinho diante da televisão não consegue mudar o canal e faz o quê? Soca o controle remoto que, afinal, é dele. Em sua percepção estrábica, não lhe ocorre verificar as pilhas. Ele simplesmente dá cacetadas no objeto para ver se volta a funcionar. Em outro canto, alguém esquece de passar no posto de gasolina e seu carro para no meio do caminho. Ele fica possesso e descarrega sua raiva esmurrando o painel do veículo, quando deveria, pela lógica da culpabilidade, descer do carro e bater a própria cabeça contra a sarjeta.

Nessas duas situações o sentimento de posse, real ou imaginária, dá aos indivíduos em questão o direito, real ou imaginário, de agredir os objetos sob sua posse. No caso, posse irresponsável, uma vez que a posse responsável é aquela que preserva e cuida, seja de um carro que não pode andar sem gasolina, seja de um cão que precisa de afeto, cuidados, banho, tosa, visita ao veterinário e bons tratos de forma geral.

Seguindo esse raciocínio, é muito comum imaginar que um namorado equivocado, pensando ter posse sobre a “sua” namorada, se sinta no direito de socá-la quando ela não fizer o que ele quer. Afinal, ela é “dele”. E que um marido “traído” ache normal espancar a mulher tão somente porque ela não o ama mais e pretende seguir em frente sozinha. Incapaz de aceitar a separação de sua “propriedade”, ele é capaz de matá-la. Perversão suprema da sensação de posse. E acontece muito por aí.

Não, eu não estou defendendo as chamadas “relações abertas”. Estou defendendo o amor honesto, trabalhador. Amor que, vão me desculpar os inquilinos da certeza suprema, também pode acabar. E quando o amor é “de verdade” mesmo, aquele que existe para além dos contos de fadas, os amantes se amam tanto que são capazes de se deixar ir cada um para o seu lado, quando já não puderem mais trabalhar por ele.

Posse e amor são sentimentos definitivamente diversos. Pessoas que se amam podem até possuir juntas uma série de coisas: carro, casa, dinheiro, lembranças. Nunca uma a outra. Porque pessoas não são coisas. São pessoas. E pessoas com amor e vergonha na cara não têm dono. Nem se acham donas de ninguém.

8 felicidades que só quem é leitor conhece

8 felicidades que só quem é leitor conhece

Por Márcia Lira, do blog -1 na estante

Engraçado que ser leitor em 2016 seja algo tão diferente do que era ser leitor há uns 100 anos. A leitura era uma das poucas formas de entretenimento: não tinha internet, videogame, não tinha TV, muito menos Netflix, viajar era mais complicado. É claro que sempre foi uma opção e muita gente não gostava de ler, mesmo quando sobrava tempo e faltavam atividades. Mas quem escolhe ser leitor hoje em dia é realmente porque ama os livros.

Na verdade, a gente até luta pra ser leitor, a gente tá na contramão das pessoas. Iria até mais longe. Diria que ler hoje é um ato de militância. A gente que sabe o poder transformador da leitura e nos sentimos na responsabilidade de não deixar esse hábito se perder, de militar por ele. Pelo menos eu me sinto assim. Você também?

E isso inclui falar de livros, postar sobre livros, comentar as leituras, indicar autores aos amigos que nunca mais leram nada até eles se encantarem com algum.

É, meus queridos, estamos juntos nesta empreitada maravilhosa. Então, Parabéns pra você e pra mim.

Abaixo fica a minha homenagem: 8 felicidades que só quem é leitor conhece.

1. Saborear o fato de ter várias opções de livros incríveis pra ler.

2. E não conseguir lidar com a necessidade de escolher um.

3. A experiência estonteante de ler numa viagem. Ou seja, viajar viajando.

4. A ansiedade de abrir o pacote do livro que chegou (mesmo quando você mesmo comprou e já sabe qual é).

5. Encontrar uma frase que diz tanto sobre a sua vida.

6. Aprender algo novo lendo.

7. Seus sentimentos à flor da pele com uma simples leitura.

8. Ser amado por um livro.

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Fonte indicada: -1 na estante

A imagem de capa dou uma homenagem ao filme “O leitor”.

Em Portugal, existe um banco onde a moeda não é o dinheiro e sim o tempo

Em Portugal, existe um banco onde a moeda não é o dinheiro e sim o tempo

Banco do Tempo funciona como um sistema de troca de ações solidárias. A instituição troca o dinheiro pelo tempo para que as pessoas possam fazer serviços umas para as outras.

Cada membro oferece e recebe um serviço. Por exemplo, tratando-se de um médico, ele pode oferecer uma consulta a quem não tem condições de pagar pelo serviço e, depois, receber um serviço em troca de outro membro.

“Através das trocas e dos encontros, o Banco de Tempo enriquece o mundo relacional das pessoas que nele participam, joga um papel importante na recuperação, em novos moldes, da solidariedade entre vizinhos e no combate à solidão; favorece a colaboração entre pessoas de diferentes gerações, proveniências e condições sociais. Contribui também para o desenvolvimento e partilha de talentos e facilita o acesso a serviços que dificilmente poderiam ser obtidos, dado o seu valor de mercado. O Banco de Tempo suscita questionamentos e incentiva mudanças no modo como vivemos em sociedade”, diz o site do banco.

O serviço é pago com um “cheque do tempo”. Quem prestou o serviço deposita o cheque, que é creditado em sua conta, e pode a partir daí obter serviços oferecidos pelos outros membros do banco.

Cada hora de trabalho prestada por um membro equivale a uma hora de serviço qualquer que ele precise no futuro. O bacana é que todas as horas têm o mesmo valor, independente do serviço oferecido. Uma economia solidária e justa.

Atualmente, o Banco do Tempo possui 28 agências espalhadas por várias cidades portuguesas. Entenda mais:

por , via Razões Para Acreditar

Via: QGA

Quem nunca precisou, pelo menos uma vez na vida, lavar a alma?

Quem nunca precisou, pelo menos uma vez na vida, lavar a alma?

Quem nunca precisou, pelo menos uma vez na vida, lavar a alma?

Quem nunca sentiu uma necessidade iminente de dar uma guinada, chutar o pau da barraca, fazer as malas, colocar a casa de cabeça pra baixo?

Quem nunca precisou dar um grande passo, às vezes até maior do que a perna, para iniciar uma fase de mudança que já não podia mais ser evitada?

Quem nunca levantou a poeira, desestabilizou sentimentos velhos que estavam incrustrados nas paredes do coração, fez uma faxina geral, olhou nos olhos de uma dor, de uma história mal vivida, mal resolvida, separou o que vai para a rua, o que vai para o lixo reciclado e o que realmente fica?

Quem nunca resolveu doar para a campanha do agasalho sentimentos que estavam jogados no armário?

Para mim, lavar a alma significa ter a consciência e a coragem de se desapegar de sentimentos que às vezes até são fortes e intensos, mas estão há tempos estagnados, causando mais angustias do que alegrias, trazendo mais problemas do que soluções, criando desconforto, frustração e atolando nosso coração de tal forma que impedem a entrada de novas luzes e energias mais leves e mais prósperas.

Pode ser que para lavar a alma você precise de um ombro amigo, de um pacote de lenços de papel, de uma chuva ou uma cerveja gelada, de uma conversa franca consigo mesma, de uma viagem longa de ônibus, de viver uma outra paixão (não necessariamente com uma pessoa).

Pode ser que você precise de uma caneta e um papel, uma barraca de camping, de uma cachoeira, um feriado prolongado e muitas horas de sono, uma rotina de caminhada, uma nova empreitada, uma repaginada no visual.

Pode ser que você precise aprender novos conceitos, aceitar que a solidão também é boa e bonita, que nunca é tarde para recomeços, pode ser que você se lembre daquele velho sonho de vida e finalmente comece a brincar com ele.

Pode ser que lavar a alma demande paciência, não é de um dia para o outro que nosso corpo se desimpregna daquilo que nosso pensamento considerava tão forte e vital. Pode ser que você tenha crises de abstinências e recaídas e que precise se perdoar muitas vezes, mas também ter vontade de seguir em frente.

Pode ser que para lavar a alma você precise ouvir mais a sua intuição do que as verdades do mundo.

Mas, tenho certeza, que uma bela lavada na alma descortina realidades mais bonitas.

E quando, finalmente, você estiver com a alma limpinha em folha, espero que não tenha medo de se sujar, espero que tenha vontade de se abrir para o que a vida oferece, e entre na dança de novo. Espero que entenda que tudo o que aparece no nosso caminho é bom, serve para o nosso crescimento ou para a nossa satisfação.

E aí, eu só digo o que cantou o mestre Vinícius de Moraes:

‘É meu amigo, só resta uma certeza é preciso acabar com essa tristeza, é preciso inventar de novo o amor.’

 

 

 

 

Asilo oferece moradia de graça para estudantes que passam tempo com os idosos do local

Asilo oferece moradia de graça para estudantes que passam tempo com os idosos do local

Por WILLIAN BINDER

Para que eles consigam moradia de graça, os estudantes precisam passar 30 horas por mês com os residentes do local. As atividades variam de ajudar no preparo de refeições, fazer compras para (ou com) os idosos e ajuda-los a mexer em computadores.

A ideia genial que atende duas necessidades ao mesmo tempo foi liderada pelo CEO Gea Sijpkes. Agora organizações do mundo inteiro, principalmente da Europa, tem adotado um modelo parecido.

A regra é uma só: passar algumas horas com os idosos do asilo

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Fonte: mymodernmet.com

Eles precisam dedicar 30 horas do mês com alguma atividade da organização. Apenas uma horinha por dia…

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“É importante não isolar os idosos do mundo exterior”, diz Gea Sijpkes, CEO da Humanitas

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“Quando você tem 96 anos de idade e um problema no joelho, bem, o joelho não vai ficar melhor…”

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Fonte: mymodernmet.com

“…então o que podemos fazer é criar um ambiente que faça você esquecer as dores no joelho”.

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Fonte: mymodernmet.com

Você pode conhecer mais sobre o projeto da Humanitas através do Facebook eTwitter. Eles também têm um site: humanitas.nl.

Eu achei a iniciativa fantástica. Aliás, isso me lembrou da proposta de aprender outra língua conversando com idosos de outros países.

Fonte indicada: Awebic

Ter um filho é assumir a responsabilidade por uma vida por toda a vida

Ter um filho é assumir a responsabilidade por uma vida por toda a vida

Não há dúvidas de que somos expostos, ao longo da vida, a inúmeras situações sobre as quais temos pouco ou nenhum controle; ter filhos não é uma delas, de jeito nenhum. A despeito do que preconizam filosofias espiritualistas sobre termos o poder de escolher quem serão nossos pais e familiares, na prática, inauguramos nossa história no mundo por meio da união entre duas pessoas que resolveram ampliar o número da espécie humana sobre a superfície do planeta. Ainda que a nova vida venha por meio de uma inseminação artificial, ou de uma “produção independente” houve a intenção e o envolvimento de dois seres para dar origem a essa vida. E é isso!

Seguindo essa linha de raciocínio – que não pretende anular nenhuma outra – saímos do útero materno para um ambiente absolutamente desconhecido, barulhento e cheio de estímulos tão espetaculares quanto assustadores. Salvos pelo instinto de sobrevivência, sorvemos com avidez o seio materno, por meio do qual temos a belíssima oportunidade de saciar, não apenas a fome e sede orgânicas, mas também – e talvez principalmente – a necessidade de abrigo e conforto afetivos. É no contato direto com a mãe que conseguimos somar à nossa inata curiosidade humana, uma maravilhosa rede de proteção emocional que nos prove para tomar parte dessa arriscada experiência que é viver.

Tudo estaria perfeitamente resolvido, caso aqueles que vieram antes de nós, não vivessem tentando subverter a ordem natural das coisas. Há quem não entenda o quanto é vital para um ser humano recém-nascido ser alimentado ao seio de sua mãe; ter respeitadas suas dificuldades de adaptação ao mundo externo; ter acolhidas suas necessidades físicas, de desenvolvimento intelectual e emocional. Há quem opte por ter filhos a fim de cumprir um estranho ritual criado pela sociedade, de acordo com o qual, gerar uma vida é parte de uma espécie de lista de tarefas da qual temos de dar conta, sob a ameaça de parecermos pouco adequados ou malsucedidos.

A realidade é que em pleno século XXI, com inúmeras maneiras de evitar uma gravidez indesejada, ainda há crianças nascendo “sem querer”. Há vidas humanas sendo trazidas ao mundo sem que tenham sido planejadas, queridas e desejadas. Há inúmeras pessoas dando à luz bebês de carne, osso e tudo o mais, sonhando em levar para casa bonecos ou bonecas bonitinhos e perfeitinhos. Essas pessoas parecem ficar surpresas ao constatar que suas crias dependerão delas por um longo período de tempo. Parecem totalmente despreparados para noites insones, montanhas de fraldas sujas e uma maratona de cuidados que precisam ser incluídos em suas rotinas.

Ora, se é verdade que há experiências inevitáveis e intransferíveis nesta vida, ter filhos não é uma delas. Ter filhos é um compromisso que se firma com alguém que ainda não existe; é assumir a responsabilidade por uma vida para sempre; é entender o real significado da palavra renúncia; é estar disposto a conhecer na carne e na alma o real significado de amor incondicional.

Esse bebezinho encantador embrulhado em roupinhas cheirosas e coloridas, não será um bebezinho para sempre. Ele vai passar por inúmeros desafios, por experiências maravilhosas e descobertas de tirar o fôlego; vai sentir medo; vai ter um milhão de perguntas para fazer; vai achar que já tem todas as respostas; vai se machucar; vai errar muitas e muitas vezes; vai precisar de uma mistura equilibrada de afeto, atenção, interesse genuíno e autoridade; vai precisar de amor afetivo e amor material também; vai adoecer; vai necessitar de uma estrutura familiar que pode vir de uma única pessoa – essa não é a questão – desde que essa única pessoa tenha realmente escolhido a responsabilidade de trazer a esse mundo maluco uma nova vida.

Quem fez a escolha de ter filhos, precisa aprender a enxergar a dimensão da missão espiritual que abraçou! Educar é muito mais do que ensinar boas maneiras! É muito mais do que garantir uma boa formação acadêmica; festas de aniversário; presentes; roupinhas descoladas e quartos que mais parecem uma loja de brinquedos. Educar é estar preparado para o fato de que há crianças que já manifestam comportamentos distorcidos desde muito pequenos; e, se esse for o caso, elas precisarão ainda mais da presença inteira dos pais. E de nada adiantará transferir a responsabilidade, alegando que a culpa é da televisão; que foi influência das “más companhias”; que ele só pode ter aprendido isso na escola, pois em casa ele é um amor… Enfim, filhos dão trabalho, muito trabalho, isso é inquestionável! Mas, foram uma escolha! E uma vez feita essa escolha, é indispensável observar; prover; orientar; ser firme e amoroso! O resultado? É poder orgulhar-se de ter cumprido uma das mais difíceis missões que um ser humano pode abraçar nessa vida: ser responsável por fazer a espécie humana valer a pena!

O Tempo do Amor

O Tempo do Amor

Hoje vou deixar a porta aberta.

Não quero trancas entre nós. Hoje eu vou esperar por você. Vou ignorar a previsão da mulher do tempo, na qual ela afirmou que ele não estaria para o amor e vou simplesmente acreditar em nós.

Vou vestir meu sorriso mais bonito e vou te dar de presente meu abraço mais carinhoso.

Vou dizer pra mim mesma que o relógio não sabe o que diz quando cisma em emperrar os ponteiros atrasando a sua chegada.

E quando você chegar, não faça cerimônia. Peço apenas que tire os sapatos ao adentrar meu coração. Peço apenas que deixe lá fora todas as tristezas e asperezas da vida, que deixe lá fora as memórias do que não deu certo e traga na mala o seu semblante mais bonito, suas vontades mais sinceras e o seu amor mais desejoso.

Quando entrar acende todas as luzes e me faz lembrar que a escuridão da noite guarda a luz de um amanhã possível.  Quando entrar entende que no silêncio dessas horas escuras eu estou enrolando o tempo a esperar por você.

Então vem e deita ao meu lado, me conta todas as suas mais lindas histórias. Vem e me diz de você, de tudo que guardou em segredo do mundo. Vem e se revela em mim, me sorri carinhoso, me acolhe em seus braços e me aquece com a ternura dos beijos seus.

Divide comigo os seus sonhos e me faz sonhar a vida ao lado seu.

Mas não demora amor, não demora que hoje eu quero você aqui. Quero você inteiro, quero nossos corpos juntos e nossas cabeças no mesmo travesseiro.

Quero dizer ao mundo que a mulher do tempo é uma falácia, que ela nada entende do tempo que pulsa nos corações, que ela não sabe do arco-íris que nasce quando a gente se toca e acredita, contrariando tudo que nos dizem, que o tempo está sim para o amor.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Sua maior prova de amor é deixar ir

Sua maior prova de amor é deixar ir

“Eu nunca te amei, idiota”. Foi o que eu disse para te deixar partir. Se você soubesse, em algum momento, o quanto o amor que eu lhe tinha ainda era latente, teria ficado. E sido infeliz ao meu lado com um largo sorriso no rosto. Seu lugar era o mundo. O pouso, qualquer que fosse, seria o seu fim.

Se o teu sorriso me dá todas as respostas que sempre procurei, mas a tua vida ideal não está ao meu lado, convém que você vá; se os teus olhos pequenos ainda são os que vejo quando fecho os meus, e se o teu sorriso tímido ainda faz com que minha alma saia do corpo e viaje por outras dimensões, mas eu não me julgo capaz de te fazer feliz, então abrir a porta é a coisa mais decente que eu posso fazer.

Desculpe se precisei te magoar. Dizer que o meu amor nunca foi teu, quando sempre foi e ainda é. Desculpe se precisei fechar na sua cara as portas da minha vida para que você visse que ainda há tanta vida lá fora – uma vida que ainda te fará sorrir quando eu estiver em crise.

Eu sempre te disse que não sou boa. E não seria boa pra você. Eu te contei da minha indecisão, da minha instabilidade irritante e do meu desequilíbrio eventual. Eu sempre te disse que eu não sou boa, e você quis ficar – talvez por amor ou (mais provavelmente) pela teimosia irracional de quem precisa pagar pra ver. Eu não quero que você pague pra ver porque, meu bem, o preço é alto.

Se fosse um outro qualquer, eu juro que deixaria. Sem aviso, inclusive. “Cada um se ocupa com suas próprias feridas”, e, no fundo, eu nunca me importei tanto. Mas você – essa pessoa tão linda que é você – não merece os meus desamores coloridos de carinho.

Você sofrerá, como todo mundo na vida, mas não por mim. Talvez pelo meu adeus, mas passa logo. E quando passar, o sol brilhará de novo e você estará livre. E tem prova de amor mais genuína do que a liberdade embalada para presente?

Não cabe na minha vida um amor tão puro quanto o teu. Não agora, no meio de toda essa confusão. Mas há milhares de outras vidas que cabem na tua. Boa sorte, amor. O mundo é teu.

Por Nathalí Macedo

Fonte indicada: Entenda os Homens

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