Escolha o tipo errado de cara certo

Escolha o tipo errado de cara certo

Não, ele não se veste bem. Ele mal sabe combinar uma camiseta básica com uma calça. Ele não é bom em reparar em alguns detalhes, principalmente em um corte de cabelo novo ou na maquiagem do momento.  Não, ele nunca se lembra de algumas datas, pois ele é péssimo em marcar o tempo. Ele não é de falar muito, pelo contrário, ele prefere ficar na dele. Não, ele não é rico, na verdade ele vive com o dinheiro contado. Ele não conhece os restaurantes da moda. Ele não é ligado em música tanto quanto você gostaria e tão pouco é o deus de beleza com o qual você um dia sonhou, mas ele é o cara que fará seus pés saírem do chão.

Ele veste qualquer coisa, sai de pijama, coloca as roupas do avesso, mas ele também é o cara que certamente não vai ligar se você sujar a camiseta surrada dele com o seu batom mais vermelho. Ele nunca vai estar nem ai para roupas, com ou sem elas o mundo continuará o mesmo, desde que vocês estejam um ao lado do outro. Ele também não se importará em ficar completamente nu em sua frente e não reparará em rasgos, rendas e etiquetas. Contudo prestará atenção em você, buscando te entender nos seus melhores e piores dias.

Ele é cego para cortes de cabelo, ele mesmo corta o dele, tão pouco sabe distinguir a cor de qualquer maquiagem, mas isso não importa, pois você não tardará em descobrir nele um especialista em tirar o batom de sua boca com os beijos mais quentes e ousados do mundo. Ele se perderá em você com frequência, te amando desnuda de roupas e de qualquer outro artifício que oculte tudo o que você é.

Ele é um pouco desligado com o tempo. Ele não saberá dizer quando se conheceram, quando deram o primeiro beijo ou foram para a cama. Mas ele também não vai ligar para as horas que você gastar se arrumando para um simples passeio no parque. Ele também não vai se estressar com seus atrasos, pois o amor entende que mais valioso que um minuto perdido, é aquele que ganhamos na companhia de quem nos faz bem.

Ele não vai te contar toda a vida dele, todas as viagens e proezas pelas quais passou, a menos que você queira saber. Ele não vai se alongar ao seu lado em monólogos egoístas e egocêntricos. Ele não vai se lembrar de falar das ex-namoradas, tão pouco te dará sermões ou te dirá como tem que se portar ou se vestir. Ele vai deixar que você seja o que é, da forma como se sentir melhor. Ele não vai te interromper com comentários banais, ele saberá te ouvir com clareza e saberá colocar as palavras certas entre um silêncio e outro. Ele te ensinará que o silêncio guarda em si uma intimidade gritante.

Ele não tem muito dinheiro. Não tem o carro do ano. Vocês não passarão as férias em Cancún, mas incrivelmente, ao lado dele, você não vai sentir necessidade de ir para um lugar diferente e longínquo para se sentir excitada. Basta que vocês se tenham para a magia acontecer. Ao lado dele aquele hotelzinho simples na beira da estrada vai se tornar inesquecível e aquela cidade turística e próxima que você achava enfadonha vai se revelar um ótimo refúgio para dois.

Ele não sabe quais são os restaurantes mais cotados do guia Michelin, mas sabe fazer um bife com batatas e arroz como ninguém. Ele não sabe o nome do chef mais premiado da cidade, mas vai adorar te ajudar quando resolverem preparar um jantar corriqueiro depois de um dia cansativo de trabalho.

Ele não consegue distinguir a Adele da Amy Winehouse, mas saberá cantar as mais belas palavras aos seus ouvidos antes de se entregarem ao sono.

Não, ele não é o Zac Efron, mas tem o sorriso mais extraordinário do mundo. Não, ele não é o Ashton Kutcher, mas tem um olhar tão sedutor que você não conseguirá se mover quando suas íris se encontrarem.

Ele não é o cara que o mundo venera, ele não é o homem que aparece nas propagandas da tv ou nas revistas, mas ele é aquele que te completará na medida certa. Aquele que não andará na frente, nem atrás, mas ao seu lado, te amando na cumplicidade única que só o amor verdadeiro ou o tipo errado de cara certo pode oferecer.

E sabe de uma coisa? Esse cara provavelmente está bem perto. Está naqueles lugares os quais você costuma frequentar, esperando apenas que você se dê uma chance para ser imensamente feliz.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Gerenciar bem a vida pessoal é uma medida necessária

Gerenciar bem a vida pessoal é uma medida necessária

Dificilmente se atinge o sucesso profissional sem pagar um alto preço por isso, mas quando o preço é o fracasso total na vida pessoal, está na hora de repensar as prioridades.

Como bem disse o poeta Fabrício Carpinejar: “O preço do sucesso não pode ser o fracasso na vida pessoal”. Quando pagamos tal preço, assumimos também as suas consequências: amores perdidos, filhos infelizes, amizades superficiais, saúde comprometida, pequenos prazeres ignorados, solidão e outras mazelas.

Claro que o sucesso profissional deve ser buscado com esforço e dedicação, porém as pessoas não devem se tornar escravas do dinheiro, do poder, da vaidade, do status e da fama. O equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal é fundamental!

Em recente artigo intitulado “A meia maratona de Amsterdã”, no Jornal do Comércio de Porto Alegre, o empresário Nizan Guanaes cita o livro “On Managing Yourself”, publicado pela Harvard Business School, em que Clayton Christensen, conhecido como o guru da inovação, defende que a melhor medida empresarial é a gestão da própria vida pessoal.

Nizan afirma que: “A vida empresarial é um moedor de carne. Se você não a domina, ela engole você. Ela engole seu corpo, sua família, suas relações. Ela come tudo.” E, continua: “Muitas vezes o sucesso não consegue ser sustentado porque o corpo, e a alma, a cabeça, são destruídos antes por toda essa pressão profissional”.

São muitos os exemplos de pessoas famosas que destruíram suas carreiras ou as interromperam precocemente porque não conseguiram administrar suas vidas pessoais.

Inclusive, são inúmeros os estudos e artigos de especialistas que defendem que a satisfação na vida pessoal é um propulsor para o sucesso na vida profissional, pois melhora a criatividade, ajuda nas relações interpessoais, faz líderes melhores e aumenta a produtividade.

A reflexão não vale apenas para os que já atingiram o sucesso, mas também para aqueles que ainda o buscam a qualquer preço. Trabalham exaustivamente e não se desligam nem nos raros momentos de prazer, comprometendo a família, a vida social e a própria saúde.

Sim, a saúde, física e emocional, comprometida pelo excesso de estresse, ansiedade, distúrbios do sono e alimentação, pressão arterial alta, irritabilidade etc. É o sinal vermelho dado pelo corpo avisando que chegou a hora de diminuir a velocidade ou colocar o pé no freio.

Na verdade, chegou mesmo foi a hora de arrumar tempo para brincar com os filhos, viajar, sair para dançar, pisar na areia da praia, admirar a natureza, assistir a um bom filme, ler os livros que estão na prateleira há meses, cozinhar, rir das piadas dos amigos, levar seus pais para jantar, enfim dar atenção a si mesmo e às pessoas amadas.

É fácil desacelerar? Claro que não, mas as vezes é necessário!

Felizes são os que não negligenciam suas vidas pessoais, porque quando a crise econômica chega, o câmbio aumenta e os negócios não vão bem, ainda restam motivos para sorrir.

As mulheres são mais fortes, por José Saramago.

As mulheres são mais fortes, por José Saramago.

Para começar, gosto das mulheres. Acho que elas são mais fortes, mais sensíveis e que têm mais bom senso que os homens. Nem todas as mulheres do mundo são assim, mas digamos que é mais fácil encontrar qualidades humanas nelas do que no gênero masculino. Todos os poderes políticos, econômicos, militares são assunto de homens. Durante séculos, a mulher teve de pedir autorização ao seu marido ou ao seu pai para fazer fosse o que fosse. Como é que pudemos viver assim tanto tempo condenando metade da humanidade à subordinação e à humilhação?

José Saramago, in ‘L’Orient le Jour (2007)’
Texto retirado de O mundo como ele é

Um novo feminismo

Um novo feminismo

 

Tudo indica que as mulheres estão fartas da desigualdade e da violência física ou verbal que ainda rondam seus passos. O novo feminismo está no sangue, não mais na cabeça. Por solicitação do movimento #AgoraÉQueSãoElas, contra o projeto de lei que dificulta o aborto em caso de estupro, cedo hoje, com prazer, o espaço à professora Heloisa Buarque de Hollanda, personagem ícone da revolução comportamental dos Anos Rebeldes. Quase 50 anos depois de lutar contra tabus e preconceitos, Helô, a “musa de 68”, fala do novo feminismo e participa da atual campanha contra o retrocesso arrogante em plena democracia:

Vai que Eduardo Cunha esteja fazendo bem ao feminismo. O fato é que a truculência conservadora e o cinismo inabalável do presidente da Câmara, ao declarar que qualquer projeto sobre o aborto teria que passar sobre seu cadáver, ao lado de declarações não menos truculentas sobre a homoafetividade, levaram centenas de mulheres, homens e crianças à rua nestes últimos dias no Rio, São Paulo, Brasília, Salvador e Recife — sem falar na performance da atriz Luciana Pedroso que, nua em pelo, desfilou em frente à Câmara rejeitando o PL 5.069/13 e os estereótipos da beleza feminina.
A palavra de ordem “tire seus rosários dos meus óvarios”, repetida e pichada pelas “Mulheres do Cunha”, quase vira meme semana passada. Ainda na esteira do clima intempestivo que vem sendo criado pelo deputado, o último Enem abriu espaço para a discussão sobre a discriminação contra a mulher.
Na sequência, depoimentos assolaram as redes com a hashtag #primeiroassedio. Tudo indica que as mulheres estão fartas da desigualdade e da violência física ou verbal que ainda rondam seus passos. O novo feminismo está no sangue, não mais na cabeça. É alegre, agressivo e visceral. Recebi um e-mail de minha amiga Marcia Tiburi dizendo: “Sabe o que eu inventei?
O Partido Feminista Democrático”, baseado na evidência de que o modelo político tradicional esgotou sua potência. Dizia o convite para a primeira reunião na sede da OAB: “Está na hora de uma política dialógica, criativa e participativa..”. Novidade à vista.
Na universidade, um dos temas top para pesquisas e teses é a princesamania entre crianças de 0 a 10 (essa é uma luta feminista que, com a vivência que tenho do caso, acho das mais difíceis de serem vencidas). Já a “Capitolina”, (a nova Capitu customizada) chega como uma publicação jovem on-line, meio diário, meio facebook, mas cheia de opiniões, desenhos e tags conscientes dos direitos femininos. Na edição com o título “Respeita as mina!”,  as adolescentes botaram pra quebrar:
“Sério, imagino que todas estamos exaustas de sofrer a opressão dia a dia, do jeito que só nós sabemos como é, e chegar o 8 de março para sermos ‘cultuadas’ da pior maneira possível”.
Descobrindo que 98,5% dos termos são desconhecidos de suas amigas, a editoria de “Capitolina” publicou um glossário sensacional para que todas possam se engajar, com mais conhecimento de causa. Sucesso teen na internet.
E, para terminar, as meninas estão mais lindas do que nunca. Exemplo disso são minhas quatro netas Dora, Catarina, Julinha e Violeta, com a permissão de Zu e Alice.
Zuenir Ventura
Do Blog do Noblat
Texto retirado do blog O mundo como ele é

Você precisa conhecer mais sobre Hannah Arendt

Você precisa conhecer mais sobre Hannah Arendt

Hannah Arendt, filósofa que dá nome ao filme de Margarethe von Trotta, é autora de uma das obras filósoficas mais importantes do século 20. A diretora opta por retrarar a filósofa como uma pessoa comum, a professora envolvida com seu trabalho acadêmico, suas aulas e pesquisas. Fixa o enredo do filme no período em que Hannah Arendt escreveu seu polêmico Eichmann em Jerusalém. Tenta mostrar o que se passava com a filósofa, o cenário que a motivou a escrever o livro cujo conteúdo foi tomado por muitos como um escândalo. O motivo era a análise desmistificatória de Adolf Eichmann, o carrasco nazista capturado na Argentina e julgado em Jerusalém em 1962. Esperava–se desse homem que fosse um monstro, um ser maligno, um louco, cruel e perverso. A percepção de Arendt acerca do caráter desse personagem histórico, de sua postura comum que o fazia igual à tanta gente, causou mal estar.

contioutra.com - Você precisa conhecer mais sobre Hannah ArendtFoi justamente a postura de Eichmann que permitiu a Arendt cunhar a ideia tão curiosa quanto crítica relativa à “banalidade do mal”. Por banalidade do mal, ela se referia ao mal praticado no cotidiano como um ato qualquer. Muitas pessoas interpretaram a visão de Arendt como uma afronta à desgraça judaica, enquanto ela – filósofa descomprometida com qualquer tipo de facção, religião, partido ou ideologia – tentava entender o que
realmente se passava com a subjetividade de um homem como Eichmann.

 

Arendt não tomava sua condição de judia como superior à sua posição como pensadora comprometida com a compreensão de seu tempo. A condição judaica era, para ela, condição humana. Não menos, não mais. O problema da subjetividade, das escolhas éticas que implicam liberdade e responsabilidade, era a questão central no momento em que se tratava de pensar e realizar a política.
A performatividade da tese
No filme, fica claro que aqueles que se manifestaram furiosos ou ofendidos contra a tese de Arendt de fato não a compreenderam. Isso porque a tese da banalidade do mal é uma tese difícil, não por sua lógica, mas por seu caráter performativo. Aquele que é confrontado com ela precisa fazer um exame de sua consciência particular em relação ao geral e, portanto, de seus atos enquanto participante da condição humana. A banalidade do mal significa que o mal não é praticado como atitude deliberadamente maligna.  O praticante do mal banal é o ser humano comum, aquele que ao receber ordens não se responsabiliza pelo que faz, não reflete, não pensa. Eichmann foi caracterizado por Arendt como uma pessoa tomada pelo “vazio do pensamento”, como um imbecil que não pensava, que repetia clichês e era incapaz de um exame de consciência. Heidegger, o filósofo nazista que diz ter se arrependido de aderir ao regime, era, no entanto, um gênio da filosofia e, contudo, não era diferente de Eichmann.
Aterrador, no entanto, é que entre Eichmann, o imbecil, e Heidegger, o gênio, esteja o ser humano comum. Eichmann não era diferente de qualquer pessoa, era um simples burocrata que recebia ordens e que punha em funcionamento a “máquina” do sistema, do mesmo modo que cada um de nós pode fazê-lo a cada momento em que, liberado da reflexão que une, em nossa capacidade de discernimento e julgamento, a teoria e a prática, seguimos as “tendências dominantes” como escravos livres, contudo, de si mesmos.  Sair da banalidade do mal é fazer a opção ética e responsável na contramão da tendência à destruição que convida constantemente cada um a aderir.
A banalidade do mal é, portanto, uma característica de uma cultura carente de pensamento crítico, em que qualquer um – seja judeu, cristão, alemão, brasileiro, mulher, homem, não importa – pode exercer a negação do outro e de si mesmo.
Em um país como o Brasil, em que a banalidade do mal realiza-se na corrupção autorizada, na homofobia, no consumismo e no assassinato de todos aqueles que não têm poder, seja Amarildo de Souza, seja Celso Rodrigues Guarani–Kaiowá, uma parada para pensar pode significar o bom começo de um crime a menos na sociedade e no Estado transformados em máquina mortífera.
Márcia Tiburi
Publicado originalmente na Revista Cult
texto retirado do blog O mundo como ele é

Os que amam de verdade odeiam viver de mentira.

Os que amam de verdade odeiam viver de mentira.

Nessas coisas de amor, você há de concordar comigo que quantidade e qualidade nunca se deram lá muito bem. Aliás, é bem certo que tudo aquilo que é demais cansa. Não sei você, mas eu não aguento essa história de que o amor “só é bom se for muito e transbordar e isso e aquilo…”

Não é possível! Será influência da tecnologia? A gente compra um celular com a tela enorme, logo exige um amor maior que seja páreo para o gigantismo da nossa sanha de posse. Ou tanto se orgulha do computador com a maior memória do mundo que obriga a criatura humana ao nosso lado a fazer upgrades impossíveis em suas qualidades amorosas. Aonde é que isso vai dar?

Sim, porque essa confusão só pode piorar e nos tornar piores. Quem disse que a fórmula “amor bom é amor demais” vale para todo mundo? E desde quando existe “amor ruim”? Amor é amor e amor é uma coisa boa. Ponto. Se não fizer bem, mal não pode fazer. Porque amor que faz mal não é amor. É outra coisa que a gente, por desespero ou pura falta de imaginação, apelida de “amor”. E isso é nada senão uma baita e vergonhosa mentira.

Já viu quanta gente aceitando mentir a si mesma? Sem sentir nada lá no fundo além de um vazio imenso e uma ânsia insuportável por preenchê-lo, o sujeito levanta os braços e grita “pronto, eu encontrei! É com esse que eu vou. Paixão louca, Meu Deus do Céu! Vou amar muito nesta vida e vai ser agora! Vou amar que nem louco, amar até virar um disco do Roberto Carlos. É isso… eu estou sentindo. Estou sentindo, sim. Estou sentindo amor!”

Ai de nós! Como se fosse possível, num estalo, escolher por quem, quando e onde se enlevar de amor verdadeiro, cometemos seguidos equívocos. Escolhemos um cristo e nele despejamos todas as nossas carências de uma só vez. Toma aí! Segura essa! Sem perceber, nos tornamos capazes de olhar a cara do outro e dizer: “você está me amando pouco! Assim eu não quero! Prefiro ficar só. Buáá!!!!”

E saímos berrando, os pés de criança birrenta pisoteando o chão em pirraça, insistindo na existência esquizofrênica do nosso mundo de mentira, cobrando de nossos pares perfeição amorosa, pró-atividade romântica, poderes premonitórios e outras proezas de super-herói. Cegos para o fato de que eles, pobrezinhos, são tão somente seres falhos, tão perdidos quanto nós mesmos e o cachorro que caiu do caminhão da mudança.

Criamos parâmetros impossíveis, sedimentamos exigências inviáveis e nos acomodamos na crença de que aceitar o que o outro nos tem a dar, ainda que o outro nos entregue tudo, é “se contentar com pouco”.

Quem somos nós para determinar o tamanho do amor alheio? Cada um dá o amor que tem e aceita quem quer! Além do mais, se não estiver bom para nós e chegarmos à conclusão de que já não é mais possível melhorar, que sigamos para outra.

Que história é essa de obrigar o amor? O amor não é obrigado a nada! Que tipo de maníaco, de maldito tarado há de achar que se pode amar na marra?

“Olha! Você deve me adorar assim, tá? É desse jeito que eu quero, sob o risco de eu achar que você está me amando pela metade, ou me amando um terço ou só um tiquinho e aí, já viu, vou enfiar minhocas enormes na minha cabeça, cobras peçonhentas, aranhas caranguejeiras e achar que sou pessoa mal acompanhada e essas coisas. Abre o olho! Você precisa me amar mais ou eu prefiro ficar só. É você quem sabe!”

E então nos tornamos isso. Chantagistas emocionais baratíssimos, atentando contra nossa própria dignidade, jogando baixo com aqueles que deveríamos compreender ou simplesmente largar o osso e deixá-los ir.

Sabe, eu tenho a impressão de que amor é coisa que a gente procura, sim, vai buscar, faz por merecer, mas que no fundo vem porque quer, quando quer, onde quase sempre a gente não espera. Uma vez chegado, a gente cuida. Amor se vive, se faz. Não se cobra como as parcelas do carro e da casa.

É amor ou não é. Pronto. Pavorosamente simples assim.

Verdade é que até agora não se pode enfiar amor à força no coração de ninguém. Eu sinto muito, mas os prodígios da ciência ainda não inventaram inseminação artificial para isso.

Repare bem. O mundo anda cheio de criaturas apregoando com a maior cara de santas, sob uma auréola luminosa: “eu não peço demais, só quero respeito e cumplicidade…” enquanto por dentro esgoelam “EU EXIJO QUE VOCÊ PARE TUDO QUE ESTÁ FAZENDO AGORA E RESPONDA JÁ A MINHA MENSAGEM OU VOU ACHAR QUE VOCÊ NÃO ME AMA MAIS!!”

E se isso não acontecer, se a tal reciprocidade fantasiada não se concretizar feito a fada madrinha empunhando uma vara enorme e amarela, a pessoa vai se achar preterida e mal amada. Vai dizer isso com os olhos lacrimejando e um tom de voz de gente esclarecida, compreensiva e evoluída enquanto represa em seu lá dentro uma fúria troglodita, um tacape em punho, pronta a largar uma porretada na cabeça de seu alvo amoroso e arrastá-lo para casa, onde irá amá-lo e respeitá-lo até que a morte ou uma vontade estranha de ir ao banheiro sozinha os separe.

Deus me livre, mas eu tenho a impressão de que a escassez enorme de amor que nos acomete também vem dessa mania bitolada de categorizar e racionalizar e rotular um sentimento nobre que, acossado por uma multidão de carentes ensandecidos o pressionando, desaparece e dá lugar a seu irmão gêmeo: o ódio de quem acha que amar e ser amado é mera responsabilidade alheia.

Falta amor, sim. Mas sua falta começa é aqui dentro de cada um de nós. Não na pobre da outra pessoa que escolhemos “amar”. É muito fácil acusar o outro de amar pela metade sem se dar conta de que nós lhe damos menos ainda. Tão simples reivindicar da vida “mais amor, por favor”, enquanto nos escondemos em trincheiras de ódio e desconfiança e preconceito.

Se é possível falar em culpa, ela é nossa. Muito nossa. Não das redes sociais e dos aplicativos de relacionamento como querem os gênios de plantão, vomitando o óbvio como se fossem descobertas incríveis.

Passou da hora de descermos do trono ridículo de especialistas da alma humana e assumir nossa imperfeição dolorosa de bichos carentes, famintos, fuçando as frestas à procura de um amor que nos valha, nos justifique e nos eleve.

Não tem fórmula mágica. Decerto, o amor do outro só começa quando encontramos o nosso aqui dentro e o cultivamos mais tarde, em algum lugar entre a desordem das paixões loucas e a vida ordinária. Cada um descobre o seu. E quando inventarem um mapa que nos leve até lá, será outra mentira deslavada.

Agora, se você me permite um tantinho de esperança, eu ainda sinto alegria de imaginar que amor de verdade é coisa que a gente alcança no caminho, quando aceita viver um dia depois do outro com menos frescura e mais leveza, menos má vontade e mais sentimentos honestos, menos indiferença e mais empenho. Menos balela e muito, mas muito mais vergonha na cara, por favor.

A ousadia, a polêmica e as cores de Almodóvar em 10 filmes

A ousadia, a polêmica e as cores de Almodóvar em 10 filmes

Seus filmes são exagerados, extravagantes, ousados, polêmicos e transgressores, suas cores são vibrantes, suas personagens mulheres fortes, muitos foram aclamados pela crítica e alguns receberam os maiores prêmios do cinema.

Por trás desses filmes está ele, diretor, produtor, roteirista, amado pelo seu público, o homem que quando jovem não estudou cinema, mas está entre os mais premiados realizadores da história da sétima arte. Acumula mais de um Oscar, Globo de Ouro, BAFTA e a lista continua com outros prêmios, dentre eles os do Festival de Cannes e vários Goya.

A sexualidade é explorada em seus filmes de forma muito aberta, o que já gerou polêmica e críticas, mas é uma marca registrada da qual ele nunca abriu mão em sua trajetória no cinema.

Contam também que quando ele tinha cerca de oito anos estudou com os Salesianos e Franciscanos, o que originou sua visão anticlerical, o que pode ser conferido no seu filme La mala educación. Há inclusive os que insinuam que o longa é uma autobiografia da infância do diretor.

A questão é que muitos amam os seus filmes, outros não, mas não há como ficar indiferente diante de sua obra quase sempre provocativa.

Não se pode negar o singular talento do icônico diretor, produtor e roteirista espanhol Pedro Almodóvar.

Abaixo segue uma seleção com dez dos seus filmes:

  1. MULHERES À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS

Título original: Mujeres al borde de un ataque de nervios

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Não foi seu primeiro filme, mas foi o que fez Almodóvar ultrapassar as fronteiras da Espanha e se consagrar internacionalmente. Mulheres a beira de um ataque de nervos chegou a ser indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas não levou a estatueta. O longa é uma comédia nonsense com vários personagens. Conta a história de Pepa Marcos (Carmen Maura) que é abandonada por Ivan (Fernando Guillén), seu amante, e se desespera com a situação. Por sua vez, a mulher de Ivan descobre a traição do marido e tenta se vingar. Já o filho de Ivan, Carlos (Antonio Banderas), procura um apartamento e acaba cruzando com Pepa. E, para completar a confusão, Candela (María Barranco), uma amiga de Pepa, está com problemas por ter namorado um terrorista e agora teme ser presa.

  1. ATA-ME!

Título original: Átame!

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O filme conta a história de Ricky (Antonio Banderas) que recém saído de um hospício resolve ir atrás de uma ex-atriz pornô, Marina Osorio (Victoria Abril), conhecida dele. Com ideia fixa na atriz ele invade o seu apartamento para que ela o aceite como amante e marido. Ao recusar tamanha loucura, ela é amarrada na cama por Ricky para aprender a gostar dele, mas diversos imprevistos darão novos rumos aos acontecimentos.

  1. DE SALTO ALTO

Título original: Tacones lejanos

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O filme conta a história de Rebeca (Victoria Abril) que é casada com o antigo amante da sua mãe Becky (Marisa Paredes), que a abandonou para investir na carreira. Becky volta anos depois para uma apresentação em Madrid e reencontra a filha. Então, o marido de Rebeca aparece morto e a trama envolvendo mãe e filha começa a se desenrolar.

  1. CARNE TRÊMULA

Título original: Carne Trémula

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O filme começa com uma prostituta tendo um filho dentro de um ônibus. Quando o menino, chamado Victor (Liberto Rabal), cresce e está com aproximadamente vinte anos ele conhece Elena (Francesca Neri) num encontro casual. Victor não tira Elena da cabeça e resolve aparecer de surpresa no apartamento dela, o que gera uma grande confusão. A polícia é chamada e quando David (Javier Bardem) e Sancho (José Sancho) chegam ao apartamento para levar Victor acontece uma grande tragédia. Preso Victor só vai reencontrar Elena anos depois.

  1. TUDO SOBRE MINHA MÃE

Título original: Todo sobre mi madre

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O filme ganhou diversos prêmios, dentre os quais o Oscar de melhor filme estrangeiro e melhor Diretor em Cannes. O longa conta a história de Manuela (Cecília Roth), uma mãe solteira, cujo seu único filho morre atropelado ao tentar pegar um autógrafo. Sabendo que o desejo do filho era conhecer o pai, Manuela inicia uma jornada de redenção a procura do ex-amante, uma travesti chamada Lola que desconhece que teve um filho. No caminho ela encontra a atriz (Marisa Paredes) que seu filho admirava e também uma jovem freira (Penélope Cruz) cheia de problemas.

  1. FALE COM ELA

Título original: Hable con ella

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O filme conta a história do enfermeiro solitário Benigno, interpretado por Javier Camara, que devota um amor platônico a uma bailarina chamada Alicia (Leonor Watling). Um dia ela sofre um acidente e acaba internada em coma no hospital em que Benigno trabalha. A partir daí, ele passa a cuidar dela com um prazer e uma dedicação muito acima do normal. Dentre os cuidados, “falar” com Alicia em coma faz parte da rotina de Benigno, assim como dar banho, massagear, cortar seus cabelos, dentre outras coisas mais.

Em paralelo o filme conta a história de Marco (Darío Grandinetti) e Lydia (Rosario Flores), uma toureira também em coma, cujo quarto no hospital fica ao lado do de Alicia. O filme vai se desenrolando entre as duas mulheres em coma e os dois homens que se tornam amigos até que uma reviravolta muda todo o rumo da história.

  1. MÁ-EDUCAÇÃO

Título original: La mala educación

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O filme conta a história de Ignácio (Gael Garcia Bernal) um jovem com problemas após ter sofrido abuso sexual numa escola católica. O autor dos abusos é o padre Manolo (Daniel Giménez Cacho) que era seu professor. Ignácio era apaixonado no internato por Enrique (Fele Martínez) um amigo de classe que depois é expulso do colégio. Muitos anos depois, Ignácio, agora um travesti, reencontra sua antiga paixão que trabalha com cinema e está em busca de uma boa história. Então, Ignácio prepara um roteiro sobre o tempo em que eles viveram no internato. Enrique aceita a proposta de Ignácio para fazer o filme, mas o padre Manolo reaparece causando uma reviravolta na vida dos seus antigos alunos.

  1. VOLVER

Título original: Volver

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O filme conta a história de Raimunda, interpretada por Penélope Cruz, mulher forte e trabalhadora, que protege a filha adolescente após esta ter matado o pai bêbado. A menina se defendeu de uma tentativa de abuso sexual. Em paralelo, a irmã de Raimunda, chamada Sole (Lola Dueñas), avisa que a tia delas faleceu. Sole vai sozinha ao funeral da tia no vilarejo onde a família viveu. O povo do local afirma que a tia delas tinha contato com o fantasma de Irene (Carmem Maura), mãe de Sole e Raimunda. Sole não acredita, mas acaba realmente por encontrar com o fantasma da mãe. Já Irene e Raimunda (mãe e filha) possuem assuntos pendentes que precisam ser resolvidos.

  1. ABRAÇOS PARTIDOS

Título original: Los abrazos rotos

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O filme conta a história do cineasta Mateo (Lluis Homar) que sofreu um acidente de carro e ficou cego há muitos anos. O acidente foi apenas o desfecho de uma aventura vivida por Mateo e Lena (Penélope Cruz). Na época, Lena era uma aspirante a atriz que namorava um milionário e conseguiu a chance de participar de um filme dirigido por Mateo, mas quando eles se envolvem as coisas se complicam para os dois.

  1. A PELE QUE HABITO

Título original: La Piel que Habito

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O filme conta a história do conceituado médico Roberto Ledgard (Antonio Banderas) que, após a perda da esposa, vive com a filha Norma (Bianca Suárez). A garota tem problemas psicológicos e faz o pai supor que ela foi estuprada por um rapaz que tinha acabado de conhecer. Robert como pai não medirá esforços para se vingar do rapaz e como cirurgião não terá qualquer escrúpulo para colocar em prática seus loucos experimentos médicos.

Crônica de um amor anunciado, por Martha Medeiros.

Crônica de um amor anunciado, por Martha Medeiros.
Toda pessoa apaixonada é um publicitário em potencial. Não anuncia cigarros, hidratantes ou máquinas de lavar, mas anuncia seu amor, como se vivê-lo em segredo diminuísse sua intensidade.
O hábito começa na escola. O caderno abarrotado de regras gramaticais, fórmulas matemáticas e lições de geografia, e lá, na última página, centenas de corações desenhados com caneta vermelha. Parece aula de ciências, mas é introdução à publicidade. Em breve se estará desenhando corações em árvores, escrevendo atrás da porta do banheiro e grafitando a parede do corredor: Suzana ama João.
A partir de uma certa idade, a veia publicitária vai tornando-se mais discreta. Já não anunciamos nossa paixão em muros e bancos de jardim. Dispensa-se a mídia de massa e parte-se para o telemarketing. Contamos por telefone mesmo, para um público selecionado, as últimas notícias da nossa vida afetiva. Mas alguns não resistem em seguir propagando com alarde o seu amor. Colocam anúncios de verdade no jornal, geralmente nos classificados: Kika, te amo. Beto, volta pra mim. Everaldo, não me deixe por essa loira de farmácia. Joana, foi bom pra você também?
O grau máximo de profissionalismo é atingido quando o apaixonado manda colocar sua mensagem num outdoor em frente a casa da pessoa amada. O recado é para ela, mas a cidade inteira fica sabendo que alguém está tentando recuperar seu amor. Em grau menor de assiduidade, há casos em que apaixonados mandam despejar de um helicóptero pétalas de rosas no endereço do namorado, ou gastam uma fortuna para que a fumaça de um avião desenhe as iniciais do casal no céu. A criatividade dos amantes é infinita.
O amor é uma coisa íntima, mas todos nós temos a necessidade de torná-lo público. É a nossa vitória contra a solidão. Assim como as torcidas de futebol comemoram seus títulos com buzinaços, foguetório e cantorias, queremos também alardear nossa conquista pessoal, dividir a alegria de ter alguém que faz nosso coração bater mais forte. É por isso que, mesmo não sendo adepta do estardalhaço, me consterno por aqueles que amam escondido, amam em silêncio, amam clandestinamente. Mesmo que funcione como fetiche, priva o prazer de ter um amor compartilhado.

Martha Medeiros

Texto retirado de O mundo com ele.

O culpado pela sua felicidade deve ser você.

O culpado pela sua felicidade deve ser você.

Mesmo que sejamos solteiros e moremos sozinhos, vivemos em sociedade, portanto, estamos inseridos no fluxo de vida de outras pessoas, de várias formas. O que fazemos reflete no processo todo, influenciando os caminhos de quem vive ao nosso redor. Da mesma forma, nossa jornada condiciona-se às ações dos cidadãos à nossa volta.

Embora não possamos nos distanciar do que ocorre ao nosso lado, precisamos tomar as rédeas de nossa própria vida, assumindo o compromisso de sermos felizes, haja o que houver, ou nos perderemos na desesperança de infelicidades alheias. Caso não nos asseguremos de que somos responsáveis, em grande parte, por tudo o que nos acontece, ficaremos à mercê dos sabores de vidas que não são nossas.

Logicamente, é muito difícil mantermos nossos ânimos em alta, quando pessoas que amamos – como algum familiar, por exemplo – estão passando por momentos infelizes, ou quando assistimos aos noticiários veiculando crises e misérias sociais. Entretanto, temos que nos concentrar na manutenção de nosso equilíbrio emocional, para que nossa positividade possa trazer alguma forma de alento a quem necessita, em vez de mergulharmos nas escuridões de outrem.

Quando projetamos nossa felicidade em algo externo, fora de nós, estamos fadados a esperar dos outros e do que acontece à nossa volta os motivos para que sintamos alegria e contentamento. Assim, neutralizamos nossa capacidade de agir em favor de conquistar o que merecemos, tornando-nos sujeitos passivos, dependentes, inseguros e medrosos. Sim, ser feliz requer coragem e força de vontade, pois a felicidade não cai como chuva, ao nosso bel prazer.

Estaremos sempre passando por algum tipo de problema, seja pessoal ou que esteja atingindo nossos queridos; no entanto, deveremos manter firme o nosso propósito de alcançarmos a realização dos sonhos que movem a nossa caminhada, sustentando nosso olhar além do presente, visualizando um futuro melhor e mais feliz. A resolução das inevitáveis complicações que todos enfrentaremos requer um respirar tranquilo e um pensar lúcido, o que depende de ninguém mais a não ser de nós mesmos. Culpar o outro por nossa infelicidade significa não termos poder sobre nós mesmos – e isso ninguém merece.

Vale lembrar que nossa jornada sempre será menos penosa, quando nos cercarmos de amor verdadeiro, porque então teremos ao nosso lado o apoio incondicional de quem acredita em tudo o que somos, tanto em tempos de paz, quanto em tempos de guerra. É vida que segue, sempre adiante.

Não quero coisas caras, quero alguém que me dê valor

Não quero coisas caras, quero alguém que me dê valor

Não preciso ter a meu lado alguém que possa gastar milhões a “fazer-me feliz”, preciso de alguém que entenda que para fazer-me feliz, basta amor.

Não procuro alguém que pague as minhas contas, não procuro alguém que me leve a passear até ao outro lado do mundo, quero alguém que saia da rotina, que chegue com uma rosa a minha casa só para dizer “amo-te”.

Quero que alguém me surpreenda, que se interesse por mim, que me pergunte como foi o meu dia, que se interesse pelas minhas coisas, que planeie comigo e que não se limite a dizer “sim, claro” ou um “depois vemos”.

Quero que exista alguém com quem eu possa ser totalmente transparente, a quem possa dizer-lhe o que me atormenta e o que me enche de alegria, alguém que me conte da sua vida, dos seus problemas, que me veja como o seu apoio, como o seu confidente. Não quero alguém que faça parecer que tudo na vida é perfeição.

Quero que alguém elogie as minhas qualidades, que ao me ver sorria, que busque a minha mão, que busque abraçar-me, não alguém a quem eu tenha que roubar um beijo. Quero alguém que se sinta orgulhoso de mim, que sinta ciúmes se alguém me estiver a rondar, que valorize o que sou e que se eu lhe disser “amo-te” me presenteie com um sorriso.

Procuro alguém que saiba que prefiro um guardanapo onde diga “tu encantas-me” a um presente mais caro. Eu não preciso de ter a meu lado alguém que possa gastar milhões a “fazer-me feliz”, preciso de alguém que entenda que para fazer-me feliz, basta que esteja apaixonado por mim.

Texto de Antonieta Pérez (tradução)

Fonte indicada: Relaxar e Meditar

10 vezes em que o filme foi tão bom quanto o livro

10 vezes em que o filme foi tão bom quanto o livro

Tomei a liberdade de compor essa lista tendo como base 10 livros que foram belamente adaptados para o cinema. Fiéis aos escritos originais, os filmes a seguir demonstram que muitas vezes filmes podem ser tão bons quanto os livros que os inspiraram. Belas histórias para serem lidas e assistidas sem medo.

1. Filme Carol, adaptação do livro de Patricia Highsmith

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Na década de 50 a escritora Patricia Highsmith lançou o livro Carol – primeiro romance que aborda uma relação amorosa entre mulheres com um final feliz. O livro foi publicado na época como The price of salt. Na história, Therese Belivet trabalha como vendedora na seção de bonecas de uma loja de departamentos. O emprego funciona como um bico para juntar dinheiro – o que ela de fato quer é construir uma carreira como cenógrafa de teatro. É época de Natal em Nova York, e a loja está lotada. Em meio a tantos rostos desconhecidos, Therese fica hipnotizada ao ver uma distinta cliente se aproximar. É Carol. Assim começa o romance entre a jovem Therese e Carol – recém-separada e mãe de uma filha -, um amor repentino e fatal, que se transforma em uma constante troca de experiências. Uma história no mínimo tocante, para ser lida e assistida.

2. Filme Suíte Francesa, adaptação do livro de Irene Nemirovsky

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Suíte Francesa é um brilhante romance sobre a guerra e um relato histórico extraordinário. O livro retrata o êxodo de Paris após a invasão nazista de 1940 e a vida dos judeus sob a ocupação alemã no país. Escrito pela romancista francesa Irene Nemirovsky, presa em Julho de 1942 e mandada para Auschwitz no mês seguinte, o romance foi salvo por acaso e revelado décadas depois pela filha da escritora, Denise, que o encontrou em forma de diário. O manuscrito viria a ser aclamada posteriormente pelos críticos europeus como um Guerra e Paz da segunda guerra mundial. O filme e o livro são maravilhosos e falam de forma delicada da guerra e dos amores que nascem, contraditoriamente, nela.

3. Filme O Regressoadaptação do livro de Michael Punke

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O livro O Regresso foi adaptado para o cinema e estrelado em 2016 pelo então premiado Leonardo DiCaprio. A história se passa no ano de 1823, ano no qual um dos melhores e mais experientes caçadores das Montanhas Rochosas fica frente a frente com um urso cinzento e é atacado por ele. Os homens que deveriam esperar e lhe oferecer um funeral apropriado lamentavelmente o abandonam, levando consigo armas e suprimentos. Entre delírios, Glass, vê tudo e é tomado por um desejo incontrolável de vingança. O livro e o filme são ideais para quem gosta de histórias pautadas por reviravoltas. Não indico o filme para pessoas sensíveis, pois as cenas de luta com o urso são fortes.

4. Filme O Quarto de Jack, adaptação do livro de Emma Donoghue

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O filme O Quarto de Jack foi baseado no romance Quarto escrito por Emma Donoughue. Assim como o livro, o filme causou comoção e incitou à reflexão acerca dos cativeiros (físicos e emocionais) nos quais muitas pessoas vivem. A coragem e o imenso amor nessa história perturbadora é contada pela voz de Jack, uma criança de cinco anos para quem o seu quarto é o mundo. É onde ele e a mãe comem, dormem, brincam e aprendem. Embora Jack não saiba, o lugar onde ele se sente completamente seguro e protegido é também a prisão onde a mãe tem sido mantida em cativeiro desde a adolescência. Essa é a história de um amor imenso que sobrevive às circunstâncias mais aterradoras. O livro e o filme são tocantes.

5. Filme Como Eu Era Antes De Vocêadaptação do livro de Jojo Moyes

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O livro adaptado para o cinema tirou lágrimas até mesmo dos corações mais gelados. Aos 26 anos, Louisa Clark, uma moça sem muitas ambições, mora com os pais, a irmã, o sobrinho e o avô no subúrbio. Trabalha como garçonete e namora Patrick, alguém que não parece ser sua alma gêmea. Quando o café, no qual Lou trabalha, fecha as portas, ela é obrigada a procurar um outro emprego. Sem muitas qualificações, ela consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico, Will Traynor, de 35 anos. Um cara inteligente, rico e mal-humorado. A vida de ambos muda para sempre com esse convívio. Tanto o livro quanto o filme tratam de questões bastante sensíveis com muito carinho e amor. Impossível não se emocionar com essa história que fala de amor e aceitação, apesar das circunstâncias.

6. Filme O Orfanato Da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares, adaptação do livro de Ransom Riggs

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O filme é inspirado em um romance que mistura ficção e composição fotográfica, o que leva a uma experiência de leitura emocionante. A história começa com uma horrível tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde ele descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato eram muito mais do que simplesmente peculiares. Uma fantasia arrepiante, cujo livro é ilustrado com assombrosas fotografias de época e o filme dá bons calafrios em adolescentes e adultos.

7. Filme Alice Através Do Espelho, adaptação do livro de Lewis Carrol

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Numa tarde fria de inverno, enquanto a neve cai silenciosamente lá fora, Alice brinca com a gata Dinah e seus filhotes na sala de casa. Mal sabe ela que está prestes a viver uma aventura memorável. De repente, ela atravessa o espelho que fica sobre a lareira e chega a um mundo onde tudo está ao contrário, de pernas para o ar: flores falam, peças de xadrez andam e quanto mais você corre, mais você fica no mesmo lugar. Um mundo em que as coisas “trocam de lado”, da mesma forma que as linhas de um livro, quando você o observa aberto diante de um espelho. Não preciso nem dizer que o filme tem efeitos fantásticos e que o livro é um deleite para a imaginação.

8. Filme O Bom Gigante Amigo, adaptação do livro de Roald Dahl

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Sophie vive em um orfanato. Uma noite, em plena Hora das Bruxas, ela é raptada por um gigante orelhudo que a encontrou espiando pela janela. Mas Sophie logo descobre que ela não precisa ter medo do gigante, que é amigável e tem como função soprar sonhos nas janelas das crianças. Junto dele, ela faz um plano para acabar com os gigantes maus, que adoram devorar “serumanos”. Um plano que envolve pesadelos terríveis e a rainha da Inglaterra. O livro é pouco conhecido por aqui, mas emblemático quando pensamos em literatura infantil. O filme é mágico, repleto de uma aura encantada e tem Steven Spielberg na direção. Imperdíveis!

9. Filme A Cabana, adaptação do livro de William P. Young

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Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mack Allen Phillips é raptada e evidências de que ela foi brutalmente assassinada são encontradas numa cabana abandonada. Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o para voltar à cabana onde aconteceu a tragédia. Não é preciso nem dizer que assim como o livro, um grande sucesso mundial, o filme é bastante tocante e fala sobre acontecimentos que marcam nossa vida e do que existe, simbolicamente, por trás de cada um deles.

10. Filme A Garota No Trem, adaptação do livro de Paula Hawkins

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No filme e no livro, a trama gira em torno do desaparecimento de uma jovem mulher, e é apresentada por meio de uma narrativa duvidosa. O que é real e o que não é real vai instigar leitores e espectadores. O livro escrito por Paula, conquistou fãs como o mestre do mistério Stephen King e assim como o filme apresenta personagens femininos complexos que fogem do estereótipo de vítimas ou vilãs. A trama dessa história cria um delicado suspense a partir de evoluções psicológicas sutis e dinâmicas. Para quem gosta de mistério, o livro e o filme são um espetáculo.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

Brilho eterno de uma mente sem lembranças: Vale a pena esquecer um amor?

Brilho eterno de uma mente sem lembranças: Vale a pena esquecer um amor?

Um dia você acorda e se depara com uma carta, onde está escrito que alguém muito importante na sua vida decidiu esquecer você. Como você reagiria? Como aceitar que o outro, tão essencial a nossa vida, quer nos deixar? Como aceitar que o amor acabou e que o ser amado quer ir embora, viver outro romance, seguir em frente? Pois bem, essa é a realidade apresentada no filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”.

A temática do filme vem ao encontro da forma como lidamos com os sentimentos, ou não lidamos. As relações humanas são cheias de complexidades, idas e vindas, perdas, reencontros, e, muitas vezes, preferimos evitar nos relacionarmos, a fim de não sofrer com todos esses problemas que inevitavelmente surgem em qualquer relação.

No entanto, ao evitarmos as dores que os relacionamentos podem trazer, automaticamente também deixamos de viver maravilhas que só sentimos por meio do amor. E aqui o filme é brilhante, pois, ao submeter-se ao procedimento que descarta todas as memórias que o ligam a sua amada, o protagonista do filme – Joel – percebe que, ao descartar as memórias ruins, por consequência descartará as boas. Logo, os melhores momentos que tivera também serão apagados da sua memória.

Desse modo, surge a problemática. Vale a pena manter as memórias de um amor, ainda que nelas existam dores e tristezas? É sabido que o excesso de memórias pode paralisar a vida de um indivíduo, assim como o riso está diretamente ligado ao esquecimento. Para perdoar, sobretudo nós mesmos, e seguir em frente, é necessário esquecer algumas coisas, pois o excesso de bagagem pode tornar a viagem por demais exaustiva.

Todavia, nem todas as memórias podem ser esquecidas, pois um homem sem memórias é um homem sem vida, sem personalidade, sem identidade. Além do que, como exposto no filme, algumas pessoas podem nos trazer memórias ruins, bem como memórias maravilhosas, as quais podem ser um refúgio em dias tristes.

Não somos perfeitos, então, não existem relacionamentos perfeitos. Sempre haverá rusgas, brigas e decepções, mas o crescimento e o amadurecimento emocional dependem da forma como lidamos com esses amargores que sentimos ao longo da vida. Aliás, as experiências dolorosas servem como parâmetro para situações futuras. Ou seja, a forma como devemos nos portar, perceber quando algo for uma furada, ter mais paciência em determinados casos, saber medir as palavras e, às vezes, não medi-las.

Ao contrário da cultura contemporânea, a qual prega a “felicidade” o tempo inteiro e cobra resultados imediatistas, inclusive nos relacionamentos, todo relacionamento é um processo e, como todo processo, existem dificuldades. Amar alguém pressupõe esforço e o risco de se dar mal. Não se envolver por medo de se machucar apenas impede que existam memórias que marcam tão lindamente a vida, como se fossem notas de uma melodia de Mozart.

Apagar alguém completamente da memória pode fazer esquecer esse alguém, mas não impede que você se envolva em outro relacionamento e se machuque novamente. Cair faz parte da vida; o importante é qual aprendizado tiramos dessas situações dolorosas.

Quanto mais vivemos, mais descobrimos sobre a vida, sobre o ser humano, sobre a alegria e sobre a tristeza. Crescer é saber que, indubitavelmente, vamos deixando de ser inocentes e vamos enxergando a vida como ela é. Contudo, isso não impede que continuemos a sonhar e a acreditar no amor.

Os esquecidos podem tirar melhor proveito dos seus equívocos, como diz Nietzsche, e é lembrado no filme, mas nada substitui a felicidade de memórias compartilhadas, guardadas em um lugar inacessível ao esquecimento e ao passar do tempo. Pois, lembrando Galeano, a memória não perde o que merece ser salvo.

Nos pensamentos de Joel, a sua amada – Clementine – conseguiu, de alguma forma, fazê-lo reencontrá-la. Não porque ela era perfeita, mas porque ele a amava de todo o seu coração e acreditava que, apesar de todos os problemas por que passariam, de todas as suas tristezas e fobias, estava disposto a trabalhar para que o amor deles desse certo, pois todas as dores compensam a dádiva de estar com a pessoa certa, exatamente onde se poderia estar e fazer do tempo apenas um contemplador de um amor inesquecível.

Assertividade: Não ser obrigada e não obrigar ninguém.

Assertividade: Não ser obrigada e não obrigar  ninguém.

Hoje quero refletir com vocês sobre assertividade. Inspiro-me sempre nos temas atuais, que são acessíveis ao maior número de pessoas da nossa sociedade – por isso o título do texto de hoje foi inspirado numa frase que foi muito usada e virou moda – coisas de personagem de novela. Acho bacana quando o público reproduz os clichês das novelas, porque isso acaba sendo material para facilitar o nosso trabalho de promover a reflexão. Muitos talvez estejam me lendo agora porque o título lhes é familiar, isso me faz chegar mais perto de cada um de vocês. Realmente não somos obrigados a algumas coisas e a capacidade de expressar isso sem magoar e sem agredir chama-se assertividade. Ser assertivo é conseguir expressar sua posição a respeito de algo, sabendo não estar certo nem errado, apenas convicto de sua escolha.

Nós temos o direito de “não querer”. Não querer conversar, não querer ir, não querer ver ou fazer. O fato de alguém querer algo de nós não nos obriga a aceitar. É prepotente quem acha que pode insistir para que façamos algo ou mudemos nossa opinião por pressão ou obrigação.

Lembro-me de um dia no qual recebi uma visita inesperada em minha antiga casa no interior. Acredito que seja mais comum nas cidades pequenas, as pessoas aparecerem em nossas casas sem avisar e soube que isso é hábito de alguns brasileiros. Tenho uma amiga que mora na Holanda há anos e ela me contou que aparecer sem avisar na casa de alguém por lá é algo que não existe. Bom, voltando a minha história, no momento em que o interfone tocou eu estava de saída para outro compromisso. Como moro em apartamento, pedi que o porteiro avisasse que não poderia recebê-la e saí em seguida. No dia seguinte, conversando e trocando ideias com a minha manicure eu contei a ela o ocorrido e disse que eu não atendi, citando as minhas razões. Então ela me pergunta:

-Mas você não ficou com medo do que ela ia pensar ou dizer sobre você? Não receber uma visita é falta de educação, Vivi!

Eu procuro não dar muito poder ao que o outro diz e pensa a meu respeito – apesar de saber que todos nós somos influenciados pelo meio social.  Fiquei pensando sobre o termo “falta de educação” então vejamos: a visita não havia me avisado que viria, o que particularmente eu acho pouco educado. Eu poderia ter deixado meu compromisso de lado e tê-la atendido, mas por que razão eu faria isso? Medo do que ela diria? Até onde devemos nos obrigar a fazer coisas que não queremos? Ela deixaria de gostar de mim por isso? Que afeto é esse?

Aprendi desde cedo, observando e trabalhando com comportamento humano que a opinião que o outro tem sobre nós pode se modificar porque é influenciada pela forma como agimos: aos olhos do outro vamos do céu ao inferno, baseado no quanto o frustramos.

Quando alguém não age ou não diz o que nós queremos ouvir, muitos de nós passa então a agredir. Agressão é sempre a contramão da assertividade. Nós não somos obrigados e o outro também não é. Acho cruel obrigar e ser obrigado a qualquer coisa nessa vida – mesmo sabendo que passaremos por isso algumas vezes – e acho mais cruel ainda as relações nas quais não podemos dizer e nem agir de modo sincero e transparente. É egoísta quem quer ver sua vontade satisfeita, porque no fundo não está ligando a mínima para o outro, nem o respeitando como semelhante.

Os tempos atuais pedem tolerância e espaço para que cada um tenha e expresse a sua opinião. É preciso respeito ao outro e ao seu modo de ver o mundo. Entretanto é preciso respeitar quando não pedem e nem se interessam pela nossa visão dos fatos. O exercício da assertividade pode nos ajudar na ação e aceitação, resultando no convívio social mais sadio.

Quando se viaja de carro, percebemos que mais importante que o destino é a jornada.

Quando se viaja de carro, percebemos que mais importante que o destino é a jornada.

Quem nunca se imaginou dentro de um carro conversível em busca de descobertas e aventuras ao estilo do filme americano “Thelma and Louise” ou mesmo em um tour romântico pela costa italiana permitindo-se experenciar cada nova curva com todos os sentidos. A brisa litorânea, a música escolhida com carinho, as paisagens que ficarão para sempre na memória.

Viajar de carro permite aos seus passageiros a autonomia de saber ou não saber o seu destino. Seja numa perua antiga como a Pequena Miss Sunshine, em uma motocicleta ou no puro luxo de um  BMW 7, a felicidade dos envolvidos estará relacionada a distância que seus sonhos podem alcançar.

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Das grandes vantagens

Entre as principais vantagens de uma viagem de carro, além da liberdade já mencionada acima, está a oportunidade de uma maior aproximação familiar. Todo o tempo que será vivido dentro do automóvel pode ser a chance que estava faltando para aproximar ou reaproximar corações. Quando se viaja de carro, seus integrantes acabam entendendo que mais importante que o destino é a jornada. E, para quem optar por viajar sozinho não é diferente, pois o tempo consigo mesmo é um dos maiores presentes que alguém pode se dar.

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Lembre-se de ter alguns cuidados

GPS e mapa em mãos para os caminhos mais complexos. Também é fundamental que o carro esteja em boas condições mecânicas e tenha sido revisado (http://www.pecasauto24.pt/) . A autonomia da viagem também demanda a responsabilidade pelos cálculos para o dinheiro do combustível, pedágios, controle de locais para alimentação- principalmente se você estiver com crianças-, telefones de emergência, respeito aos limites do automóvel.

Lembre-se ainda que, para viajar de carro, é preciso gostar de viajar de carro. Logo, se alguém da família detesta, talvez não seja a pessoa indicada para um passeio como esse e isso deve ser respeitado.

Tomando todos os cuidados é só arrumar as malas e boa viagem!

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