30 filmes vencedores do Oscar para serem vistos ou revistos

30 filmes vencedores do Oscar para serem vistos ou revistos

O Oscar é um prêmio concedido anualmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, fundada em 11 de maio de 1927, em Los Angeles, Califórnia. São prêmios entregues pela Academia em reconhecimento aos profissionais da indústria cinematográfica que se destacam pela excelência do seu trabalho. A cerimônia é a mais antiga premiação na mídia e inspirou muitas outras, como o Grammy, o Emmy e o Globo de Ouro.

Em 1929 aconteceu a primeira entrega dos Prêmios da Academia e a partir daí a premiação se tornou referência na indústria cinematográfica, sendo bastante disputada.

A escolha dos filmes listados é subjetiva. Com isso não se pretende afirmar que os 30 filmes abaixo são os melhores do Oscar de todos os tempos, mas que esses, como outros, marcaram definitivamente seu lugar na história do cinema.

1- E O VENTO LEVOU

Oscar: 1940

Dirigido por Victor Fleming, o famoso clássico do cinema conta a saga de Scarlet O’Hara (Vivien Leigh), seus romances, desilusões e dificuldades, no período da Guerra Civil Americana. Clark Gable faz o papel de Rett Butler que luta pelo amor de Scartlet em uma relação marcada por conflitos, mas também por cenas inesquecíveis de amor.

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2. CASABLANCA

Oscar: 1944

Dirigido por Michael Curtiz, o filme retrata o período da Segunda Guerra Mundial, quando muitos fugitivos tentavam fugir dos nazistas utilizando uma rota que passava pela cidade de Casablanca. O americano Rick Blaine (Humphrey Bogart), cínico e amargo, dirige uma das casas noturnas da região. Contudo, a razão da amargura de Rick reaparece em sua vida. É o reencontro dele com sua grande paixão do passado, Ilsa (Ingrid Bergman). A partir daí, nem o casamento de Ilsa os impede de reviver esse grande amor.

contioutra.com - 30 filmes vencedores do Oscar para serem vistos ou revistos3- A MALVADA

 

Oscar: 1951

Dirigido por Joseph L. Mankiewicz, o filme conta por flashback a vida de Eve Harrington (Anne Baxter), desde quando conheceu Margo Channing (Bette Davis), uma grande estrela da Broadway, até ela própria alcançar o estrelato. Durante o longa é mostrado os artifícios utilizados pela astuta Eve para tomar o lugar de Margo na Broadway.  Este clássico do cinema recebeu várias indicações ao Oscar, uma das maiores da história do cinema.

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4- A UM PASSO DA ETERNIDADE

Oscar: 1954

Dirigido por Fred Zinnemann, o filme tem como pano de fundo a segunda guerra mundial, quando Robert Prewitt (Montgomery Cliff), ex-boxeador, pede transferência do exército e segue para a base militar no Havaí. Seu novo capitão pretende que ele faça parte da equipe de boxe, mas ele recusa a proposta e por isso sua vida é transformada num inferno. Em paralelo, o Sargento Warden (Burt Lancaster) começa a se envolver com a esposa do seu superior.  Ainda,  Maggio (Frank Sinatra) sofre na mão do sargento Fatso (Ernest Borgnine) e Prewitt acaba por se apaixonar por uma prostituta. Mas a vida de cada um dos personagens mudará com o ataque japonês a Pearl Harbor.

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5- SINDICATO DOS LADRÕES

Oscar: 1955

Dirigido por Elia Kazan, o filme conta os percalços do ex-boxeador Terry Malloy (Marlon Brando) que trabalha num porto e acaba por se envolver com cruel Johnny Friendly (Lee J. Cobb). Terry é usado por Jonnny e acaba por se sentir culpado pela morte do trabalhador Joey Doyle (John F. Hamilton). Depois de vários acontecimentos que incluem sua paixão por Edie Doyle (Eva Marie Saint), irmã de Joey, Terry passa a lutar contra o sindicato.

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6- BEN-HUR

Oscar: 1960

O épico dirigido por William Wyler conta a trajetória de Ben-Hur (Charlton Heston), um rico mercador judeu que é condenado a viver como escravo por Messala (Stephen Boyd), chefe das legiões romanas na cidade, mesmo sendo inocente. Ben-Hur terá uma oportunidade de vingança e redenção.

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7- AMOR, SUBLIME AMOR

Oscar: 1962

Dirigido por Robert Wise/Jerome Robbins, o filme conta a história de duas gangues inimigas, os Sharks, de porto-riquenhos, e os Jets, de brancos de origem anglo-saxônica, que disputam uma área. Tony (Richard Beymer), antigo líder dos Jets, e Maria (Natalie Wood), irmã do líder dos Sharks, apaixonam-se. Esse amor vai acirrar ainda mais a disputa entre as duas gangues.

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8- LAWRENCE DA ARÁBIA

Oscar: 1963

Dirigido por David Lean, o filme conta a história de T.E.Lawrence (Peter O’Toole) que ao morrer em um acidente de moto é lembrado em seu funeral. Em flashback é contada a história do tenente do Exército Inglês no Norte da África, que durante a 1ª Guerra Mundial aceita uma missão como observador na atual Arábia Saudita e acaba por colaborar com a união das tribos árabes contra os turcos.

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9- MY FAIR LADY

Oscar: 1965

Dirigido por George Cukor. O professor de fonética Henry Higgins (Rex Harrison) aposta que conseguirá transformar Eliza Doolittle (Audrey Hepburn), uma pobre florista de rua que não fala direito, em uma dama no prazo de seis meses. Mas a tarefa não será tão simples assim.

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10- A NOVIÇA REBELDE

Oscar: 1966

Dirigido por Robert Wise, conta a história de uma noviça (Julie Andrews) que vai trabalhar como governanta na casa do capitão viúvo Von Trapp (Christopher Plummer), que tem sete filhos. Quando chega na casa ela transforma a vida de todos com sua alegria contagiante, conquistando o afeto das crianças e, também,  do capitão que está comprometido.

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11- O PODEROSO CHEFÃO

Oscar: 1973

Uma obra-prima do cinema, dirigida por Francis Ford Coppola, conta a saga da família Corleone e o seu envolvimento com o crime organizado. Nesse primeiro filme Marlon Brando brilha como o patriarca do clã siciliano na América. O longa foi baseado no livro do escritor estadunidense Mario Puzo.

contioutra.com - 30 filmes vencedores do Oscar para serem vistos ou revistos12- O PODEROSO CHEFÃO – PARTE 2

Oscar: 1975

A saga do Poderoso Chefão continua e conta duas histórias paralelas. Uma delas volta ao tempo para contar a origem e a ascensão do jovem Don Vito, interpretado por Robert De Niro e a outra é a ascensão de Michael (Al Pacino) como o novo patriarca da família.  Atuações inesquecíveis de De Niro e Al Pacino neste filme.

contioutra.com - 30 filmes vencedores do Oscar para serem vistos ou revistos13- UM ESTRANHO NO NINHO

Oscar: 1976

Dirigido por Milos Forman, conta a história de McMurphy (Jack Nicholson), um prisioneiro que simula estar louco e vai parar numa instituição para doentes mentais. Lá ele começa a incitar os internos a se revoltarem contra as rígidas normas impostas pela enfermeira-chefe Ratched (Louise Fletcher), mas não sabe o que o espera.

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14- AMADEUS

Oscar: 1985

Dirigido por Milos Forman,  o longa conta a história de Salieri (F. Murray Abraham) que após uma tentativa de suicídio confessa a um padre que foi o responsável pela morte de Mozart (Tom Hulce) e a partir daí começa a relembrar com detalhes como conheceu e conviveu com o genial compositor. O filme volta ao tempo junto às lembranças de Salieri.

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15- PLATOON

Oscar: 1987

Platoon foi escrito e dirigido por Oliver Stone. Até hoje é considerado por vários críticos como um dos melhores filmes de guerra do cinema. Chris (Charlie Sheen) é um recruta enviado a um batalhão americano em meio à Guerra do Vietnã. O idealista recruta vai aos poucos perdendo sua inocência e passa a experimentar toda a violência e insanidade de uma guerra brutal e sangrenta.

contioutra.com - 30 filmes vencedores do Oscar para serem vistos ou revistos16- O ÚLTIMO IMPERADOR

Oscar: 1988

O filme dirigido por Bernardo Bertolucci conta a  saga de Pu Yi (John Lone), o último imperador da China, que se tornou imperador com três anos e viveu na Cidade Proibida. Após ser deposto pelo governo revolucionário conhece o mundo pela primeira vez aos 24 anos. Muitas coisas acontecem neste período até ele ser aprisionado pelos soviéticos e devolvido à China como prisioneiro político no início da década de 50. É neste período que o filme começa, mas retorna ao ano em que Pu Yi se tornou imperador.

contioutra.com - 30 filmes vencedores do Oscar para serem vistos ou revistos17- RAIN MAN

Oscar: 1989

Filme dirigido por Barry Levinson. Charlie (Tom Cruise), após a morte do seu pai, descobre que herdou um carro e algumas roseiras premiadas, enquanto seu irmão, Raymond (Dustin Hoffman), que ele não conhecia havia herdado três milhões de dólares. Autista, Raymond é levado pelo irmão para Los Angeles, onde Charlie pretende exigir metade do dinheiro, mas durante a viagem os dois irmãos vão se aproximando.

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18- CONDUZINDO MISS DAISY

Oscar: 1990

Dirigido por Bruce Beresford, o filme retrata a bela amizade de uma rica senhora judia (Jessica Tandy) com o seu motorista negro (Morgan Freeman). No início Miss Daisy rejeita a ideia de ter por perto o novo empregado, mas aos poucos eles superam as suas diferenças, dando início a uma belíssima amizade.

contioutra.com - 30 filmes vencedores do Oscar para serem vistos ou revistos19- O SILÊNCIO DOS INOCENTES

Oscar: 1992

Dirigido por Jonathan Demme, o longa conta a experiência da agente do FBI, Clarice Starling (Jodie Foster), que precisa encontrar um cruel assassino em série. Para entender como ele pensa, Clarice passa a conversar com o psicopata Hannibal Lecter (Anthony Hopkins) que está preso por canibalismo. Os dois dão início a um jogo psicológico intrigante.

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20- A LISTA DE SCHINDLER

Oscar: 1994

Dirigido por Steven Spilberg, o filme conta a história de Oskar Schindler (Liam Neeson), um comerciante oportunista que se relacionava bem com o regime nazista para tirar proveito da guerra. Contudo, algo dentro dele não permite que fique indiferente a cruel situação dos judeus, o que o faz perder sua fortuna para salvar mais de mil judeus dos campos de concentração.

contioutra.com - 30 filmes vencedores do Oscar para serem vistos ou revistos21- O PACIENTE INGLÊS

Oscar: 1997

No final da Segunda Guerra Mundial, um desconhecido desfigurado por queimaduras (Ralph Fiennes) é tratado apenas como o paciente inglês. Ele é cuidado por uma enfermeira (Juliette Binoche) e aos poucos começa a relembrar fatos de sua vida, como o forte envolvimento que teve com a mulher (Kristin Scott Thomas) do seu melhor amigo (Colin Firth).

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22- TITANIC

Oscar: 1998

Dirigido por James Cameron, o longa conta a história de amor de Jack (Leonardo DiCaprio), um jovem aventureiro, e  Rose (Kate Winslet), a jovem noiva do aristocrata Caledon Hockley (Billy Zane), a bordo do navio Titanic.  O romance vivido pelo casal fica dramático quando o luxuoso navio se choca com um iceberg e começa a afundar.

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23- BELEZA AMERICANA

Oscar: 2000

Dirigido por Sam Mendes. Lester (Kevin Spacey) não está feliz com seu trabalho, nem com sua vida. Casado com Carolyn (Annette Bening) e pai da adolescente Jane (Tora Birch), ele se sente entediado. Tudo muda quando Lester conhece Angela Hayes (Mena Suvari), amiga de Jane. Deslumbrado com a beleza de Angela ele resolve dar a volta por cima, mas nada será tão fácil assim.

 

24- GLADIADOR

Oscar: 2001

Dirigido por Ridley Scott. Nos seus dias finais o imperador Marcus Aurelius (Richard Harris) provoca o ódio do seu filho Commodus (Joaquin Phoenix) ao tornar pública sua predileção por Maximus (Russell Crowe), o comandante do exército romano. Commodus mata o pai, assume o poder e ordena a morte de Maximus, que escapa da morte e se torna escravo e gladiador do Império Romano. Maximus e Commodus irão se reencontrar novamente.

contioutra.com - 30 filmes vencedores do Oscar para serem vistos ou revistos25- UMA MENTE BRILHANTE

Oscar: 2002

Dirigido por Ron Howard. O filme conta a história do gênio da matemática John Nash (Russell Crowe). Ainda jovem Nash formulou um teorema que provou sua genialidade e o tornou aclamado em seu meio. Contudo, Nash é atormentado por delírios e alucinações, o que o leva ao diagnóstico de esquizofrenia.  Após anos de luta contra a doença, ele consegue retornar à sociedade e acaba sendo premiado com o Nobel. A esposa de Nash, Alicia (Jennifer Connelly) tem uma forte participação na vida do matemático.

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26- O SENHOR DOS ANÉIS: O RETORNO DO REI

Oscar: 2004

O filme dirigido por Peter Jackson é a terceira e última sequência da trilogia O Senhor dos Anéis. Neste filme as forças do Bem e do Mal vão se enfrentar de forma definitiva, dando fim à Guerra do Anel. Enquanto todos os outros personagens lutam contra os avanços dos seus adversários, Frodo (Elijah Wood) e Sam (Sean Astin), os portadores do Anel, precisam concluir sua missão.

contioutra.com - 30 filmes vencedores do Oscar para serem vistos ou revistos27- CRASH – NO LIMITE

Oscar: 2006

Dirigido por Paul Haggis. Crash é um filme que retrata uma sociedade marcada de preconceito. Os personagens do filme são de diversas origens étnicas e classes sociais distintas: uma dona de casa casada com um promotor público, um lojista persa, dois policiais, um diretor de televisão afro-americano e sua esposa, um mexicano especialista em chaves, dois ladrões de carros da periferia. Todos vivem em Los Angeles e terão, nas próximas 36 horas, suas vidas cruzadas.

contioutra.com - 30 filmes vencedores do Oscar para serem vistos ou revistos28- OS INFILTRADOS

Oscar: 2007

Dirigido por Martin Scorsese. O policial Billy Costigan (Leonardo DiCaprio) recebe a missão de se infiltrar na quadrilha comandado por Frank Costello (Jack Nicholson). Ao mesmo tempo, o criminoso Colin Sullivan (Matt Damon) é infiltrado na polícia como informante de Costello. Contudo, quando a quadrilha e a polícia descobrem que entre eles há um espião, os dois passam a correr perigo.

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29- O DISCURSO DO REI

Oscar: 2011

Dirigido por Tom Hooper. O filme conta a história de George VI (Colin Firth) que precisa assumir o trono do rei da Inglaterra, após a abdicação se seu irmão (Guy Pearce) em 1936. O detalhe é que George precisa discursar para a nação, mas ele sofre de gagueira. O novo rei pede a ajuda de um especialista em discursos, Lionel Logue (Geoffrey Rush), para superar o seu problema.

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30- DOZE ANOS DE ESCRAVIDÃO

Oscar: 2014

Dirigido por Steve McQueen. O filme conta a história de  Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um escravo liberto que leva uma vida tranquila ao lado da sua esposa e filhos. Quando sai da sua cidade a trabalho, ele é sequestrado e vendido como se fosse escravo. Ao longo de intermináveis doze anos Solomon passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e o cruel Edwin Epps (Michael Fassbender), até ser libertado.

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Nós: as “máquinas” que choram

Nós: as “máquinas” que choram

Nós acordamos cedo e dormimos tarde. Lacramos dores com pílulas. Embalamos sonhos com papel filme, ilusões em séries, autoafirmações, livros de autoajuda. Já não ajudamos ninguém, porque não acreditamos que podemos ajudar. Estamos sempre diminuídos, tentando almejar aquele topo que nos contaram um dia – era o lugar onde deveríamos chegar. No entanto passamos a vida andando em círculos asfaltados com paradas programadas – do trabalho para casa, da casa para o trabalho, rotinas infinitas, diversões vazias, cansaços invencíveis. Por vezes, até o lazer se torna uma estranha obrigação. Corremos maratonas para sermos valorizados, recebemos não, recebemos pouco, recebemos nada: acreditamos que é nossa culpa nos encontrarmos cada vez mais longe daquele lugar. Recebemos foras, recebemos rasgos, recebemos restos.

Há quem pense que existam privilegiados, nosso mito de imagens em HD, resoluções cada vez mais definidas, e a vida cada vez mais pixels – quadrada. Estamos vivendo para quê? Temos radicais de todos os lados e de lado a razão. Temos soluções para combater radicais livres: preservar o rosto comido pelo desgosto, nenhuma solução para gostar mais. Do tempo que nos resta encontramos pouco – a agenda cheia, o coração vazio. Escolhas feitas de PVC. Recusamos nossas veias, nossos afetos, nossa humanidade em troca de status, a troco de quê? Quando te pedem para “vestir a camisa” (de força), esquecem-se de te avisar que o mundo continua sem você.

Não seremos eternamente jovens, não seremos eternamente saudáveis, não seremos eternamente produtivos, não seremos eternos (mas os que correm o risco podem ser infinitos). Vivemos boa parte da nossa vida, dessa forma que desde cedo nos acostumam, vivendo para o futuro. Estudando para ter um bom trabalho, trabalhando para ter uma boa aposentadoria – provavelmente gastaremos com remédios a mixaria. Escolhemos relacionamentos por conveniência, nos recusamos ao desafio de conviver com o desafio, e pelo desafeto ou pelo tédio o divórcio, as amizades desfeitas, os afetos nunca colhidos. Escolhemos sem saber que temos escolha de tão acostumados que estamos a receber pronta a experiência da vida que deixamos de experimentar. Nos recusamos a viver – é perigoso de mais.

Estamos tão sozinhos que não pensamos que tantos outros também estão sozinhos, e neste sentimento solitário-coletivo nos perdemos de qualquer noção de que se nos uníssemos poderíamos fazer algo realmente maior. Pela descrença ou pelo egoísmo acabamos todos no mesmo barco furado da impotência. Não aceitamos limitações: errar é tão grotesco! Esquecemos que não somos feitos de códigos binários. Esquecemos que não somos feitos: estamos sempre por fazer. Esquecemos que não somos – estamos por aí, e a vida é só uma, mesmo que existam outras.

Construindo ideais para nos salvar dos momentos, perdemo-nos numa odisseia sem fim na busca pela vida ideal – alguns jogam na loteria, outros fazem cursos, outros concursos, outros enfim… Estamos sempre competindo pelas maiores notas, pelas maiores honrarias, pelo maior reconhecimento, tão diminuídos e desorientados precisamos sempre de um maior que sustente nossa autoestima por algum tempo. Deixamos que nos façam de galo de briga, uns contra os outros, e mesmo estes outros, que nos fazem galo de briga, galos de briga também são de outros galos. Um sem fim de cristas agitadas incitando outras cristas agitadas. Mas, ninguém mais canta quando o sol nasce. E, no fim do dia, curamos nossas dores, atamos as feridas, rejuntamos os ossos, nos recuperamos para a próxima briga. Postamos curativos de covardia, recusamos diálogos: estamos tão cansados que não desejamos correr o risco de sermos persuadidos a mudar. Não nos damos conta de tantos que também estão assim, e por fim vão nos ignorando enquanto são ignorados – e vamos afundando em silêncios ruidosos de alegria importada. Cada um com as suas dores. Até que o corpo fale.

Pois, por mais que tentem nos automatizar, sempre haverá o momento do travesseiro, aquele lugar que conversa com você antes do sono, e por vezes te tira o sono. O travesseiro questionando sobre a sua vida. O travesseiro te fazendo pensar. Esse travesseiro perturbador! É que sempre quando paramos não temos como evitar – há um “si mesmo” ali faminto, buscando alimento onde não há, te fazendo revirar para tirar força de onde não tem, para decidir sem conhecer as opções, para colher interrogações numa plantação de imperativos. Há o travesseiro que amarrota, que molha, que é abraçado, que é “socado”, agredido, o travesseiro que sufoca o grito, que recolhe o suor frio, que apara a baba quente. O travesseiro ali para nos lembrar que não somos máquinas – que temos sono, que temos sonhos, que temos lágrimas para sorrir.

Eu desejo que sua felicidade vá além de posts felizes.

Eu desejo que sua felicidade vá além de posts felizes.
FILE - This Oct. 15, 2011 file photo, shows Facebook CEO Mark Zuckerberg smiling during a meeting in San Francisco. Will Facebook list its stock on the New York Stock Exchange or the Nasdaq? It comes down to "where Mark Zuckerberg wants to get his picture taken," the founder of one market research company says. (AP Photo/Paul Sakuma, File)

Sou do tempo do filme Kodak. Custava caro e só sabíamos o resultado das fotos depois da revelação. Lembro-me de que quando vieram as máquinas digitais; ver o resultado imediato das fotos e poder apagar e fotografar novamente até conseguir um resultado satisfatório parecia o mais moderno que se poderia esperar do mundo fotográfico.

Tenho algumas fotos de quando eu era bebê e da minha infância. Tenho fotos das viagens da família, de alguns momentos na escola e das formaturas. Todas elas, o total de fotos impressas e digitalizadas da minha vida somam menos fotos do que meu filho tem do seu primeiro ano de vida. Tive essa consciência há pouco tempo e isso me fez pensar que talvez estejamos exagerando. Talvez estejamos fotografando demais e vivendo de menos. Mais do que fotografar, publica-las nas redes sociais parece ter se tornado necessidade básica. As minhas fotos me dão uma noção bem rica da minha história, porém acredito que se elas não tivessem sido tiradas e então não existissem, isso não faria grande diferença. A nossa história e o que realmente importa está na nossa memória, dentro do nosso cérebro e, por mais incrível que isso pareça, nos momentos importantes como o nascimento de um filho, uma viagem ou um natal em família, fotografar não deve ser prioridade. Fotografar não pode ser mais importante do que estar lá, vivendo intensamente aquele momento.

Em viagem recente com a minha família, eu estava sentada em um banco com meu filho de quatro anos aguardando meu marido que fora se divertir em uma atração não indicada para crianças pequenas. Aproveitei o tempo para fazer o que mais gosto: observar gente. Vejo então passar uma família e a mulher pede ao marido que eles parem em frente a um jardim para tirar uma foto. Ele, talvez já cansado de tantas fotos incessantemente tiradas no mais famoso complexo de diversão do mundo desabafa: “Chega. Não aguento mais tirar fotos!” E naquele momento, eu, que talvez também estivesse tirando fotos demais do meu pequeno em sua primeira visita ao parque compreendi o recado da natureza. E se não houvesse fotos? E se elas não existissem, como já fora um dia há séculos com nossos antepassados? Será que precisamos mesmo fotografar tanto, talvez na ânsia de sequestrar e guardar para sempre aquele momento, como se a câmera tivesse mesmo o poder de sequestrar o tempo e a alma?

Eu sempre gostei muito de fotografar, todavia, hoje percebo que talvez eu pudesse ter deixado a câmera de lado e mergulhado por completo no aqui agora. Aprendi que a minha memória é melhor do que a do chip, porque guarda aromas e demais sensações que nem o mais moderno equipamento consegue captar. As fotos nem sempre trazem de volta o que nos falta, muitas vezes elas aumentam ainda mais a saudade.

Cada vez mais, percebo que fotografamos menos para nós mesmos e mais para os outros. Antes expostas na parede e nos porta retrados, as fotos agora são muito mais expostas no mundo virtual, envoltas na falsa sensação de que são apenas para os nossos amigos. Nós nos tornamos, talvez, mais dependentes ainda dos olhares, polegares para cima e comentários padronizados.

E assim a vida passa e nós talvez estejamos deixando de lado o bom papo e a utilização dos demais sentidos para captar o inesquecível da vida. Mais do que as fotos é preciso estar de fato sorrindo e se divertindo quando a câmera está onde deveria estar: guardada no bolso ou na bolsa para ser utilizada por uns poucos minutos e não o tempo todo. É preciso enxergar o mundo sem as lentes e principalmente sem os filtros.

Passamos bem menos tempo do que se imagina revendo as tais fotos, então, sejamos sinceros: elas não são tão importantes assim. Em um futuro não tão distante, as fotos serão talvez serão esquecidas, apagadas ou mantidas em uma parede ou sobre uma mesa de canto em um porta retrato. Seremos apenas uma ilustração e isso vai ter muito pouca relevância porque a verdade é que não somos tão importantes assim, tanto quanto achamos que somos ao tirar um selfie narcisista por exemplo. Tanto faz o nosso selfie ou um quadro do Rei Sol pintado por um renomado artista que hoje está em Versailles – como cantou Rita Lee: tudo vira bosta.

Eu já passei pelo comum incidente de ter fotos deletadas ao formatar o PC. Na época, parecia uma catástrofe imensa, mas com o tempo fui vendo que nada mudou. Enquanto as fotos forem parte da alegria do momento, invista nelas, porém, priorize a experiência. Nossos filhos vão crescer sendo ou não fotografados e quando se tornarem adultos, se tiverem, como eu, uma caixa de panelas na qual cabem todas as fotos dos quarenta e um anos de vida que hoje tenho, acreditem, é suficiente.

 

 

Charles Bukowski; “Sinta mais, pense menos”.

Charles Bukowski; “Sinta mais, pense menos”.

“Às vezes, não há nenhum aviso. As coisas acontecem em segundos. Tudo muda. Você está vivo. Você está morto. E as coisas continuam. Somos finos como papel. Existimos por acaso entre as percentagens, temporariamente. E esta é a melhor e a pior parte, o fator temporal. E não há nada que se possa fazer sobre isso. Você pode sentar no topo de uma montanha e meditar por décadas e nada vai mudar. Você pode mudar a si mesmo para ser aceitável, mas talvez isso também esteja errado. Talvez pensemos demais. Sinta mais, pense menos.”

(Charles Bukowski)

Ouvi um barulho na madrugada do último sábado, porém não fez muita diferença para mim. Ouço tantos estrondos desde que me mudei para a capital, que passei a ignorá-los. Acostumei-me tanto com o barulho que nem ouço mais os aviões que passam a todo minuto. Talvez tenha sido um rojão, talvez uma pequena demolição. Há tantas obras em andamento aqui por perto…

Saí de casa no domingo e me deparei com a rua onde eu moro – usualmente tranquila – completamente congestionada. Um acidente, talvez.

Quando fui me dando conta do que havia ocorrido enquanto observava a Avenida Santo Amaro interditada ao mesmo tempo em que ouvia a radio CBN informando sobre o acidente e sobre a repercussão no trânsito – já tão congestionado da capital paulista – foi que eu entendi o quanto aquilo tudo iria mudar minha rotina. Meu percurso diário havia sido interditado por tempo indeterminado.

A primeira reação é sempre de raiva. É hilária a tendência que o ser humano tem ao egocentrismo. Eu passei alguns minutos inconformada com aquele acidente, buscando uma forma de aceitar que o caminho que eu me acostumei a percorrer todos os dias para levar meu filho à escola havia sido bloqueado em decorrência de um acidente entre dois caminhões imprudentes que transportavam cargas inflamáveis e que desrespeitaram a sinalização do semáforo e o limite de velocidade.

Assim como eu, muita, mas muita gente mesmo foi prejudicada pelo acidente e eu espero que isto tenha nos mostrado o tamanho da nossa responsabilidade no trânsito. Muitas famílias moravam sob o viaduto da Avenida Santo Amaro, que passava por cima da Avenida dos Bandeirantes onde os dois caminhões colidiram, gerando uma explosão. Ao voltar da praia depois do carnaval eu vi que as famílias haviam sido retiradas dali, evitando assim que morressem carbonizadas. Foi o meu alívio por saber que as famílias não estavam mais ali que me fez começar este artigo com uma das mais inteligentes frases de Bukolwski. A vida hoje é, e amanhã não é mais.

Hoje eu acordei e tive que descobrir um novo caminho para chegar ao outro lado da tumultuada Avenida dos Bandeirantes e descobri que não só é bacana, mas chega a ser imprescindível que a vida interrompa nossos caminhos de vez em quando e nos obrigue a sair da confortável zona na qual não precisamos arriscar. Hoje, ao percorrer com a ajuda do aplicativo Waze, eu vi novas paisagens, vi novos congestionamentos, percorri ruelas até então desconhecidas e principalmente, aprendi que vários são os caminhos que podem me levar ao meu destino.

O desconforto inicial por ser obrigada a parar e mudar de direção mostrou-se mais uma vez importante para a criação de um novo repertório comportamental.

A imprudência de dois cidadãos mostra o quanto nossas atitudes podem prejudicar drasticamente aos outros.

Então, diante de mais este aprendizado eu resolvi bancar a Pollyanna e fazer o jogo do contente. Sou grata por um acidente tão grave não ter feito nenhuma vítima. Sou grata por ser mais uma vez obrigada a desbravar o trânsito de São Paulo. Sou grata por existir e por aprender.

Há algum tempo escrevi sobre os benefícios de mudar o caminho, alterar as rotas seguidas “no automático”. A vida me obrigou a passar por esta lição. Espero sentada pela reconstrução do viaduto que foi condenado à demolição. Espero apressada pela responsabilização legal dos motoristas e das empresas que permitem que seus funcionários circulem por aí carregando combustível, desrespeitando o sinal vermelho e ultrapassando o limite de velocidade. Espero finalmente que possamos todos seguir ilesos pela vida pelo maior tempo possível, pois somos mesmo finos como papel.

Enxergue com os olhos do outro

Enxergue com os olhos do outro

Muito se diz, ultimamente, sobre a necessidade de nos colocarmos no lugar do outro, exercitando a empatia, para que possamos nos conscientizar de que cada um de nós sente o mundo à sua própria maneira, pois as pessoas vieram de lugares diferentes e passaram por onde nunca estivemos. Da mesma forma, há necessidade de que tentemos entender a forma como os outros nos veem, visualizando o que e qual parte de nós eles enxergam e estão obtendo no dia-a-dia.

Será que as pessoas recebem de nós o melhor que podemos oferecer? Ouvimos o nosso parceiro quando ele fala conosco? Percebemos as súplicas nos olhares de nossos filhos? Somos gentis em nosso trabalho, em casa, com familiares e amigos? Quais as respostas que obtêm quando procuram por nós? Passam por nós ou ficam conosco?

Costumamos achar que somos incompreendidos, que as pessoas não nos entendem, que vivemos sendo mal interpretados. Não conseguimos compreender o porquê de certas cobranças do marido, da esposa, dos amigos, dos companheiros de trabalho, uma vez que sempre estamos seguros de que fazemos o nosso melhor e agimos como deveríamos.

No entanto, caso estejamos dispostos a encarar o nosso comportamento e nossas atitudes de frente, como espectadores de nossas próprias vidas, enxergando-nos do lado de fora, muito provavelmente ficaremos surpresos. Conseguiremos, assim, ver o quanto deixamos de dar as mãos ao amor de nossas vidas, o quanto não nos dispomos a compreender o vazio nos olhos do amigo que nos procura em vão, o quanto ignoramos o amargor das palavras lançadas ao filho, ao colega de trabalho, a quem quer que seja, nos momentos de raiva, percebendo o tanto de vazio que muitas vezes retornamos a quem caminha ao nosso lado.

Não adianta querer fugir ao espelho da vida, pois ele estará sempre ali à nossa frente, lembrando-nos de que a colheita é inevitável e pode doer – e como dói, na maioria das vezes. Teimar em não mudar, em não abrir mão de nada, em não refletir frente aos passos intranquilos de nosso caminhar poderá até ser mais cômodo, mas acabará nos afastando mais e mais das pessoas que nos ajudam a encontrar o caminho da felicidade e da realização pessoal.

Ninguém está a salvo de se enganar em relação a si próprio, ou seja, é preciso que adotemos uma postura mais analítica a respeito do que estamos fazendo de nossas vidas e do que retornamos a quem nos procura com amor, afeto sincero e admiração. Trata-se de um exercício constante e que requer persistência e vontade de mudar. Porque mais fácil do que assumir os próprios erros sempre será delegar ao outro a responsabilidade pelo que nos acontece; porém, essa então será uma das maiores covardias que carregaremos pela vida afora.

 

Relacionamentos passageiros, por quê?

Relacionamentos passageiros, por quê?

Têm pessoas com grande facilidade em encontrar um parceiro, mas, em contrapartida, uma imensa dificuldade em manter a relação durável.

Conheço uma moça, assim: bonita, alegre, espontânea, facilmente pula de um relacionamento para outro.

Mas, é justamente este “pular de um relacionamento para outro”, que define as pessoas que não conseguem manter um relacionamento.

Sabendo um pouco sobre a personalidade da moça que citei acima, descobri o quanto ela é “pegajosa” quando está com alguém.

Telefona para ele várias vezes ao dia, procura achar coisas em seu facebook…se tem uma foto dele com amigos, mas ao lado dele, eventualmente, uma mulher, pronto!

Já logo deduz que eles estão “ficando” . Liga para ele e cria a maior confusão.

O “cara” vai se distanciando aos poucos, e ela fica mais louca ainda… vai atrás dele…a vida dele, ou deles, vira um tumulto…

Quando ele finalmente “some”, liga para as amigas dizendo que vai se matar, que ninguém gosta dela, criando assim, um tumulto também para as suas amigas.

Ao voltar do trabalho, fica depressiva em casa, chorando, sem ânimo para nada! É como se o mundo tivesse acabado – para ela, acabou mesmo!

É muito fácil, para nós, que vemos a situação “de fora”, enxergar  claramente onde está o problema dessa moça e de muitos outros que reagem dessa forma:
– Ninguém, definitivamente ninguém,  gosta de se sentir como numa “gaiola”, ou perseguido, vigiado 24 horas por dia.

O companheirismo saudável deve ser “leve, livre e solto” – no bom sentido dessa frase.

No dia em que essa moça, assim como todos nós, nos darmos conta de que ser companheiro, oferecer carinho, amizade, ser amante, não significa “aprisionar” o outro, mas deixar livre, esperando sua volta de forma serena, teremos finalmente encontrado a paz que deve existir num relacionameto feliz.

E de repente, poderá acontecer de aparecer alguém que finalmente chegue para PERMANECER!

Lu Prado

Esta campanha mostra o ridículo da objetificação das mulheres na publicidade (VÍDEO)

Esta campanha mostra o ridículo da objetificação das mulheres na publicidade (VÍDEO)

A publicidade muitas vezes se utiliza do sexismo e da objetificação de mulheres para vender produtos.

Com isso em mente, a agência americana Badger and Winters resolveu dar um pulo fora da curva e explorar a crescente movimentação feminista dos últimos anos, principalmente nas redes.

Para isso, ela criou uma campanha em que mulheres protestam contra a objetificação na publicidade com a hashtag “We are #WomenNotObjects” (Nós somos #MulheresNãoObjetos).

No vídeo elas mostram anúncios de diversas peças publicitárias que foram retirados de uma pesquisa no Google por “objectification of women” (objetificação da mulher) e falam frases fortes ironizando a mensagem machista que a propaganda passa, tais como “eu amo sacrificar minha dignidade por um drinque”.

A campanha se limita a evidenciar esse problema nos Estados Unidos, mas se encaixaria perfeitamente na realidade brasileira, em que a questão é urgente…

10 coisas que mulheres bonitas entendem bem

10 coisas que mulheres bonitas entendem bem

Pensei muito antes de escrever esse artigo falando sobre como mulheres bonitas passam por algumas situações. Tenho plena noção de que a beleza é algo bastante subjetivo, mas existem mulheres que realmente chamam a atenção por onde quer que passem. Nesse artigo estão listadas dez situações vividas e bem entendidas por mulheres ditas bonitas. Confira a lista abaixo:

1- Mulheres bonitas não conseguem ficar no anonimato. Muitas vezes o desejo de uma mulher bonita é simplesmente acordar, colocar um moletom e ir até a padaria sem ser notada. Contudo, isso não é possível.

2- Quando mulheres bonitas conversam com um homem comprometido quase sempre correm um sério risco de serem o pivô de algum desentendimento. É comum que outras mulheres puxem maridos e namorados de perto de mulheres bonitas com bastante rapidez. Infelizmente, apesar dessa ser uma situação desagradável, ela acontece com uma certa frequência.

3- Mulheres bonitas têm uma grande chance de passarem a noite sozinhas em uma balada. Parece contraditório, mas por chamarem muita a atenção, muitos homens não se sentem confiantes o bastante para chegarem perto dessas mulheres. Muitos ainda pensam, de forma equivocada, que mulheres bonitas vão ser indelicadas ou pretensiosas ao serem abordadas. Dessa forma a chance de uma mulher bonita ficar segurando vela é imensa.

4- Existe no mundo a falsa lenda de que mulher bonita é mulher esnobe. Essa lenda não tem fundamento algum, ser bonita não é sinônimo de nada e antever qualquer comportamento antes de conhecer uma pessoa é no mínimo preconceituoso.

5- Mulheres bonitas sofrem com a ideia alheia de que não são inteligentes. Não é raro notar, ainda hoje, que a beleza de uma mulher pode ser tomada como sinônimo de falta de inteligência. Esse é um grande equívoco. Beleza e inteligência são coisas distintas que caminham muito bem juntas.

6- Mulheres bonitas correm um sério risco de se tornarem foco de algum lunático obsessivo. Com mulheres bonitas, pode acontecer de uma simples entrevista de trabalho, na qual preencheram seus dados de contato, ser o ponto de partida para ligações, e-mails e mensagens indesejadas.

7- Mulheres bonitas quase sempre são vítimas de mentiras e fofocas. Sim, muitos homens dizem ter algum tipo de relacionamento com mulheres bonitas, sem o ter. Outros ainda tietam mulheres bonitas para que, uma vez junto delas em alguma foto, digam que tem algum envolvimento inexistente. Só quem já sofreu com isso entende quão horrível é essa situação.

8- Mulheres bonitas têm sua simpatia quase sempre mal compreendida. Muitos homens interpretam errado a simpatia de mulheres bonitas e quando têm a atenção delas, para uma simples conversa que seja, acreditam que elas estão disponíveis para algum envolvimento casual. Tudo isso não tem o menor fundamento e nasce de ideologias ultrapassadas.

9- Mulheres bonitas, muitas vezes, são vistas como mulheres frágeis, incapazes de lutar e vencer com as próprias mãos. Muita gente acha que mulheres bonitas não conseguem crescer na vida sem serem ajudadas e quando uma mulher bonita ganha uma promoção, acreditam que ela teve o apadrinhamento de alguém. Esse tipo de pensamento equivocado não tem cabimento algum e precisa ser pontuado para que não se perpetue.

10- Mulheres bonitas comumente sofrem com a antipatia de outras mulheres. Algumas mulheres não se sentem bem ao lado de outras mulheres mais bonitas que elas. Infelizmente mulheres bonitas acabam sofrendo, nesse caso, devido à insegurança de outras mulheres. Desse modo, existem aquelas que desdenham a própria beleza para viverem de forma a não chamarem a atenção.

Todas as questões acima são comumente vivenciadas por mulheres ditas bonitas, contudo, ser mulher hoje, implica em passar, lamentavelmente, por uma ou mais dessas situações na vida.

Para maiores informações consultem o artigo que serviu de base para a composição desse texto aqui.

Acompanhe a autora no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.

A geração de frustrados emocionalmente

A geração de frustrados emocionalmente

Por  MARI RIVAS

Uma boa escola, depois uma excelente nota para passar no vestibular, depois a universidade, o estágio na empresa dos sonhos, o diploma, a pós graduação, a promoção tão esperada, um MBA e finalmente o topo, uma diretoria, presidência, o “ser chefe” demorou, mas chegou. E é esse o caminho do sucesso e da felicidade ensinado para nós desde que nos foi feita a pergunta: “O que você quer ser quando crescer?”. Acontece que muitas vezes o fim desse caminho resulta em jovens infelizes profissionalmente, mas conformados graças ao afunilamento mental feito pelas instituições de ensino da sociedade brasileira. A maioria dos brasileiros encara essa situação do descontentamento profissional como algo que “faz parte da vida”. Só que não deveria fazer. Mesmo.

Se eu pudesse voltar no tempo hoje, jamais teria feito faculdade. Sim, economizaria tempo, estresse e dinheiro. Sou publicitária e trabalho com comunicação online. A faculdade não me ensinou a escrever bem. Não me ensinou a ser eloquente com os clientes. Não aprendi a usar o Photoshop e nem a desenhar bem na faculdade. Não aprendi sobre Google AdWords e sobre as redes sociais na sala de aula tão pouco. Na faculdade, não obtive nenhum tipo de inspiração criativa e não aprendi a falar outras línguas. Mas aprendi um bocado nos cursos livres que já fiz. Nas aulas de teatro perdi a vergonha de falar em público e a me expressar. Nas palestras sobre tecnologia eu me vi curiosa para pesquisar mais sobre o assunto por conta própria. Viajar me ensinou mais duas línguas. Assistir um filme, ver uma exposição, uma peça e passar o fim de semana num festival me deram um montão de ideias. Se eu pudesse voltar no tempo hoje faria muitos cursos livres sobre tudo o que realmente gosto, desde história e filosofia, até programação de sistemas e por que não, culinária? Poderia até parecer uma bagunça aos olhos de uma empresa pouco visionária, mas com certeza hoje eu seria muito mais completa e realizada.

Claro que algumas pessoas nascem com uma vocação e utilizam a faculdade como ferramenta essencial nesse processo. Estudar o que gosta torna qualquer pessoa o melhor profissional de todos os tempos. Ok, já sabemos. Mas nem todo mundo nasceu pra isso. Provas. Testes. Pra quê? Quando você finalmente pode escolher o que quer fazer da sua vida lhe é apresentado um leque de cursos de graduação em que você obrigatoriamente deve escolher um. Nem todo mundo se encaixa nesse mundo tão limitado. Pessoas talentosas são jogadas de um lado pro outro como marionetes porque um dia lhe disseram que esse é o caminho certo a seguir.

Quem disse que a moça que comprou uma máquina de costura porque gosta de fazer alguns reparos é menos importante do que a que está na faculdade estudando Fashion Design? Ou que o rapaz que tem talento como artesão e que faz móveis lindos de madeira é menos importante do que o outro que estuda administração de empresas? “Ah é que com o curso de graduação você vai ter um trabalho melhor, vai ganhar mais dinheiro.” – Será? E até que ponto esse raciocínio vale a pena já que é a sua felicidade que está em jogo?

As pessoas não param e pensam no que estão fazendo. Tenho certeza que tem muita gente que abre a boca pra falar cheia de orgulho da sua formação, da carreira, mas que senta todo dia na mesa do trabalho e pensa “que saco”. E pronto. Foi-se uma vida.

Quem foi você? Que diferença você fez? Trabalhou bastante? Fez bastante dinheiro na sua carreira promissora? Que bom, parabéns.

Mas e ai?

A conclusão é que você nunca deve se acomodar e nunca deve parar de procurar uma resposta. Porque se você acha que já tem uma resposta para o que quer fazer da vida, é porque você está no caminho errado. O sentido da vida é exatamente o contrário. É buscar as perguntas. É se questionar. É parar e pensar que nem tudo precisa seguir uma exatidão, um caminho certo. É perceber que quando se está tendo a mesma opinião da maioria, você talvez deva pensar de um outro jeito. É se perguntar sobre tudo o tempo inteiro. E enquanto isso, escolha um trabalho que gire em torno da sua vida e não o contrário.

Fonte indicada: Obvious

MARI RIVAS
contioutra.com - A geração de frustrados emocionalmente

Publicitária, aspirante a fashionista, prefiro ser chamada de “admiradora investigativa” do que “stalker profissional”. Email:[email protected].

 

Que toda  criatividade possa ser festejada

Que toda  criatividade possa ser festejada

Criar, conceber, idealizar, copiar de uma outra forma, dar uma pincelada pessoal na tela que começa a amarelar…

Usar os recursos disponíveis e o momento de inspiração para produzir arte, soluções, respostas, provocações, inquietações, devaneios…

A criatividade é um mundo maravilhoso e acessível a todos, muito embora creiamos que seja dom de poucos e só seja justo validar as realizações mais notáveis.  Uma lástima, já que ela se apresenta em situações tão mínimas quanto delicadas e sutis.

A criatividade exige que deixemos a timidez de lado um pouco. Ela ordena que experimentemos algo sempre diferente, que escolhamos caminhos nada óbvios e, portanto, insondáveis à primeira vista.

Em troca, ela nos devolve uma resposta original, uma certeza individual, a sensação de que o impossível é uma enorme mentira inventada pela preguiça.

Quando sondamos soluções pelo olhar criativo, nos alegramos, sentimos esperança, nos acreditamos inovadores, desbravadores, empreendedores.

A criatividade é uma aliada, uma parceira multitarefas, e quando mais a convocamos, tanto mais rápido ela se apresenta com desenvoltura e beleza.

Aquela velha máxima que quase todo mundo já ouviu na vida: “você não consegue fazer isso ou aquilo”, é certamente uma porta batida na cara da criatividade. Ela até quer sair, mas não encontra uma brecha, é sufocada e não consegue se expressar. E as consequências são tristes, rotineiras, repetitivas, enfadonhas, desesperadoras.

Vida sem criatividade é vida sem cor, sem perfume, sem emoção. Se a vida passar por uma crise, é possível que desça toda a escadaria do sofrimento antes de cogitar uma saída criativa. Se a vida estiver sem graça e previsível, é certo que passará voando, como uma folha ao vento, sem sequer ser notada.

Gosto de pensar na criatividade como um bando bem grande de vagalumes que vivem dentro das mentes. Quanto melhor o ambiente para viverem, mais se multiplicam e iluminam as dúvidas da existência. E clareiam soluções.

E se não há solução pelo caminho da direita, deixemos a criatividade mostrar as outras possibilidades. Há surpresas inesperadas aguardando para serem festejadas!

A garota dinamarquesa (The danish girl)

A garota dinamarquesa (The danish girl)

A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl) é um filme dirigido por Tom Hooper, baseado no romance homônimo de David Ebershoff, com atuações impecáveis de Eddie Redmayne e Alicia Vikander nos papéis dos artistas Einar Mogens Wegener/Lili Elbe e Gerda Wegener.

O filme conta a história do pintor dinamarquês Einar Wegener que, em 1931, foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero.  A história gira em torno do relacionamento do pintor dinamarquês com sua esposa Gerda e o processo de transformação dele em Lili Elba.

Em Copenhague, Einar é um pintor em ascensão e sua esposa Gerda busca reconhecimento como pintora. Um dia, ela pede ao marido que pose vestido de mulher para concluir um dos seus quadros despertando em Einar sentimentos, até então, adormecidos. A partir daí, começa a luta do pintor para readequar o seu corpo ao seu gênero.

A beleza do filme está na história de amor, companheirismo e cumplicidade do casal protagonista e no desejo e coragem de Einar em se tornar o que ele acreditava já ser por dentro há muito tempo: mulher. Numa das passagens do filme ele afirma: “Eu penso como a Lili, tenho os sonhos dela. Ela esteve sempre lá.”

Einar vive os conflitos e dificuldades de ser transgênero e os médicos só pioravam o seu estado emocional, tratando-o como uma pessoa louca ou desviada, mas é em Gerda que ele encontra forças para seguir sempre em frente.

Ao mesmo tempo em que Gerda apoia Einar, ela precisa superar seus próprios conflitos diante da perda do marido, da própria solidão e, também, da dificuldade em se adaptar a situação que vive. Porém, o seu amor transcende o gênero, o preconceito e as dificuldades. A personagem nos mostra que muitas vezes amar é deixar o outro partir e é o que Gerda faz, ela deixa Einar partir para que Lili finalmente viva.

contioutra.com - A garota dinamarquesa (The danish girl)

Lili, por sua vez, conquista pela sua delicadeza e inocência, numa belíssima atuação de Eddie Redmayne. Uma mulher frágil e ao mesmo tempo muito corajosa por buscar a sua verdadeira essência, numa época em que atitudes como a sua eram associadas à loucura.

O filme é tocante, seja pelo amor transformador dos protagonistas, seja pela coragem de Lili, seja por trazer um tema que precisa ser tratado na sociedade com menos preconceito e julgamento.

contioutra.com - A garota dinamarquesa (The danish girl)
contioutra.com - A garota dinamarquesa (The danish girl)

 

Muitos estudos médicos sobre o transexualismo defendem que a cirurgia de redesignação sexual é de natureza terapêutica, pois trata-se de uma situação irresistível ao indivíduo que reclama a readequação do seu sexo biológico ao psicológico. Como se vê, a medicina avança em uma velocidade maior do que a mentalidade de parte da sociedade que ainda se mostra altamente preconceituosa quanto ao assunto.

Isto porque, quase 90 anos depois da história de Lili, ainda há, por muitos, uma grande resistência em aceitar as diferenças e isso se expressa de modo intenso no campo da sexualidade, o que é lamentável.

O filme foi bem avaliado pela crítica, inclusive pelas atuações soberbas de Eddie Redmayne e Alicia Vikander. Ambos vão concorrer ao Oscar 2016.  Por outro lado, alguns censuraram o longa por não expor que Einar/Lili era intersexual e, por isso, já tinha características tanto masculinas como femininas, o que também explicaria grande parte dos seus conflitos e sofrimento.

Abaixo, imagens do verdadeiro Einar Wegener / Lili Elbe:

contioutra.com - A garota dinamarquesa (The danish girl)

A questão é que independente das críticas positivas ou negativas, o filme é belo e nos faz pensar com um olhar mais humano sobre o assunto, pois numa sociedade com tanta complexidade como a nossa, que envolve a multiplicidade, a variedade, a pluralidade social, onde convivem vários grupos heterogêneos não deveria haver espaço para preconceitos de qualquer natureza.

O país onde (ainda) há tempo para brincar

O país onde (ainda) há tempo para brincar

Na Finlândia, brincar faz parte do método de ensino. Os finlandeses são conhecidos pelo seu sistema de educação, um dos melhores do mundo. Curiosamente, este é o país da Europa onde os alunos passam menos tempo nas aulas, aprendem a ler mais tarde e só têm exames no final do 12.º ano. Esta foi a conclusão de uma investigação publicada no jornal Atlantic e realizada por Tim Walker, um professor norte- americano que dá aulas em Helsínquia.

A Finlândia tem, ainda, uma das maiores taxas de alfabetização do mundo, sendo que 94 por cento da sua população sabe ler, escrever e frequenta ou frequentou a escola. E esta aposta na educação não é recente, tendo sido iniciada nos anos da década de 1970. Porquê? «Porque os finlandeses viram sempre a educação como a sua maior riqueza», explica Tim Walker.

Até o PISA, sigla de Program International Student Assessment, o maior teste de avaliação aos sistemas educativos realizado em 64 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e que mede a qualidade do ensino, atesta essa aposta, colocando-o no topo dos países com melhor sistema educativo. A par da China, de Singapura, e de Xangai.

Um dos fatos mais apreciados pelo PISA é a igualdade entre alunos e escolas, ou seja, as condições económicas das famílias e a localização das escolas não têm muita influência nos resultados. Todos têm bons resultados! O último PISA foi divulgado em 2012. No entanto, os positivos dados finlandeses são já reconhecidos desde o início do novo milénio e a média de chumbos é só de 3,8 por cento, enquanto a média da OCDE é de 12 por cento.

A brincar (também) se aprende

Mas vamos por partes. Na Finlândia, contrariamente ao que acontece na maioria dos outros países europeus, incluindo Portugal, as crianças só aprendem a ler quando entram na escola aos sete anos. Até lá, os pequenos são estimulados, sobretudo, a brincar e, mesmo no ensino primário, a brincadeira continua. As crianças são estimuladas para a instrução através de atividades lúdicas, de forma a ganharem interesse pela escola, que, segundo Tim Walker, «também pode ser divertida».

E, muito importante, sem terem medo de falhar. Os alunos finlandeses passam 703 horas por ano na escola, enquanto os portugueses ficam 827 horas. No início do lectivo 2015/2016, o sistema educativo finlandês teve mais uma novidade. Ass disciplinas foram todas integradas, pelo que, os professores de matemática, finlandês, história, ciências e todas as outras cadeiras, se juntaram para lecionar as matérias.

Tal foi feito definindo tópicos que podem ser trabalhados através de diferentes perspetivas. O objetivo não é que os professores debitem a matéria, mas sim que os estudantes discutam as temáticas abordadas pelos primeiros. Os alunos gostam dessa independência e, no ensino secundário, além de serem eles a escolher as matérias que mais lhes interessam, podem concluí-lo em três anos. A confiança é um dos pilares do sistema educativo do país.

As vantagens do ensino gratuito

Na Finlândia, todo o ensino (do pré-escolar ao universitário) é gratuito. Mesmo nas poucas escolas privadas existentes, os estudantes não pagam. E no gratuito incluem-se as refeições, os manuais escolares e os transportes, até ao final da escolaridade obrigatória, o nono ano. Apesar disto, o investimento no ensino é de apenas seis por cento do PIB do país.

Nas escolas finlandesas, há ainda uma equipa que presta assistência aos alunos, composta por um assistente social, um orientador, um enfermeiro, um psicólogo, um orientador escolar e um professor do ensino especial. Todos eles se encontram com os alunos que necessitam do apoio, pelo menos, uma vez por semana. Entre os membros da equipa há várias reuniões para discutir os possíveis problemas dos alunos em questão, numa atividade multidisciplinar.

A aprendizagem que vem dos jogos

Enquanto que, nos outros países, se está a transformar o pré-escolar quase no primeiro ano de escolaridade, como é o caso de Portugal, na Finlândia, o tempo é gasto a brincar e isso acontece até aos sete anos, altura em que as crianças entram para a escola. Mas isso não quer dizer que não estejam a aprender.

Fazem-no, segundo Tim Walker, «sem dar por isso e de uma forma muito interessada». Passam poucas horas sentados com caneta e papel nas mãos, mas, em contrapartida, têm um horário que estipula as atividades da semana. Podem ser jogos de grupo,  música, correr, visitas de estudo ou até brincar às várias profissões.

A (boa) imagem dos professores

Se, em Portugal, a imagem dos professores é pouco abonatória, na Finlândia, é precisamente o contrário. É uma profissão muito popular e prestigiada, à qual muitos jovens querem aceder, sendo que muitos não conseguem tornar-se professores. Para se ensinar, atualmente, é necessário ter um mestrado e são as escolas que os escolhem para docentes.

Não há um concurso nacional. Cada diretor do estabelecimento de ensino é que decide quem contrata. E cada professor pode definir o seu método de ensino. Ao contrário do que sucede em países como o nosso, acaba por ter muita autonomia. O salário médio de um professor na Finlândia ronda os 3.000€, sensivelmente o dobro do salário médio de um professor em Portugal.

Texto: Rita Caetano, via Sapo

Nunca se culpe por fazer a coisa certa

Nunca se culpe por fazer a coisa certa

Por 

Nunca se culpe por ter amado. Por ter confiado. Por ter ajudado. Nunca se culpe por acreditar na bondade humana, na amizade verdadeira, no amor eterno. Nunca se culpe por pagar as contas em dia, ser dedicado ao seu trabalho, honrar seus compromissos. Nunca se culpe por dizer a verdade construtiva e pregar pequenas mentiras a fim de não magoar as pessoas. Nunca se culpe por algo que não deu certo apesar de todo empenho empregado. Nunca se culpe por fazer a coisa certa.

Amou e não foi amado? Paciência. Acreditou que tinha um amigo de verdade e não tinha? Azar do falso amigo que perdeu o seu carinho e atenção. Ajudou alguém e recebeu ingratidão? O problema não está com você com certeza.

Por alguma razão que não sei explicar algumas pessoas ficam ressentidas quando são amparadas e transformam o gesto de carinho em uma arma contra quem as ajudou. Uma espécie de sentimento de inferioridade. Uma raiva forte por ter dependido da bondade alheia. A tristeza por deparar-se com as próprias limitações. Limitações comuns à raça humana. Ninguém é autossuficiente.

Se o outro mentiu, não é você que deve se sentir magoado. Se o outro foi desleal, não é você que deve se sentir traído. Se o outro foi ingrato, não é você que deve se sentir tolo. Tolo é quem não consegue ver a beleza da solidariedade. Tolo é quem acha perda de tempo ajudar as pessoas. Tolo é quem se acha superior aos outros, autossuficiente. Tolo é quem ignora o sofrimento alheio. Tolo é que nunca se permitiu acreditar em nada e deixa a vida passar sem cor, sem odor, sem gosto.

Pode soar como loucura ou poesia barata, mas tolice é deixar de viver, de amar, de acreditar, de se entregar aos sentimentos, sensações e desafios da vida. Tolice é deixar de amar por medo de ser desprezado. Tolice é deixar de fazer uma prova por medo de ser reprovado. Tolice é deixar de fazer um convite por medo de ouvir um não. Tolice é dizer que nada muda no mundo por preguiça de arregaçar as mangas.

Sim, estamos no mundo para sofrer por amor, para sermos enganados por nós mesmos e pelos outros, manipulados, ignorados, mas também amados, queridos, acolhidos. Estamos no mundo para rir de nós mesmos, da nossa ingenuidade, dos absurdos que dizemos quando estamos tristes, confusos e sozinhos.

Estamos no mundo para ganhar e perder. Ganhar aprendizado perdendo o que julgamos mais querer. Estamos no mundo ao sabor das intempéries da natureza e precisamos aprender a nadar na marra quando formos arremessados no mar das incertezas. Viver é não saber. É não entender. É perdoar …é se perdoar e seguir em frente. Nunca se culpe por fazer a coisa certa.

Fonte indicada: Obvious

SÍLVIA MARQUEScontioutra.com - Nunca se culpe por fazer a coisa certa

Paulistana, escritora, idealista em crise, bacharel em Cinema, cinéfila, professora universitária com alma de aluna, doutora em Comunicação e Semiótica, autodidata na vida, filósofa de botequim, com a alma tatuada de experiências trágicas, amante das artes , da boa mesa, dos vinhos, de papos loucos e ideias inusitadas. Serei uma atleta no dia em que levantamento de xícara de café se tornar modalidade esportiva. Sim, eu acredito realmente que um filme possa mudar a sua vida! Autora do blog Garota desbocada. Lancei recentemente em versão e-book pela Cia do ebook o romance O corpo nu.

 

Quando o domingo chegar

Quando o domingo chegar

Acorde mais cedo, faça uma prece, beije quem mora com você
e caso more sozinho, procure sentir a presença de Deus.
Depois, prepare um lanche bem gostoso e saudável.
Cuide de seu bichinho de estimação – caso tenha, regue com muito amor suas plantinhas, cumprimente o vizinho – mesmo que ele não seja dono de uma grande simpatia.
Calçe as meias, o tênis, coloque uma roupa bem verão e dê uma caminhada.
Não importa se essa sua caminhada dure 10, 20 ou 40 minutos, mas que seja
o tempo suficiente para você estar com você!
Quando estiver caminhando, não pense nos compromissos que terá na segunda-feira, não pense em suas dívidas, não fique remoendo dúvidas,
esqueça a dor, a(s) perda(s) , a doença… esqueça tudo e vá!
Respire fundo, levante a cabeça, olhe a beleza do céu – da cor do mar…
repare que algumas nuvens, se fixarmos o olhar nelas, formam lindos desenhos…
Procure admirar uma flor, mesmo a mais simples, até aquelas que chamamos de sem-vergonha (porque nascem em qualquer lugar), mas elas sempre saúdam um novo dia …
Sinta o vento batendo em seu rosto e o seu coração aberto às emoções da vida.
Contemple as árvores, os passarinhos,
e também, as outras pessoas que passarem por você. Elas também estão lutando para ser felizes – todos estamos!
E volte refeito,
na certeza de que a cadência da vida quem faz é você!

Lu Prado (Vitória – ES)

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