A Páscoa no divã

A Páscoa no divã

Na tradição judaico-cristã comemora-se nesta época a epopéia em que o povo Hebreu se envolveu no Egito. Um líder, que segundo os relatos, tinha problemas de dicção e se expressava para multidões. Homem que sobe ao monte e volta com a missão de resgatar o povo sob o jugo de Faraó.

Em um cenário de feitiçarias e milagres o povo é liberto; nem mesmo os ossos de José ficam para trás. Faraó se arrepende, e o povo Hebreu entre os cavalos ferozes dos Egípcios e o mar, se encontra sem alternativas. O herói clama e Iahveh responde, o mar se abre, o povo eleito passa sem se molhar. Os soldados furiosos se atrevem ao mar que ao sinal de Moisés, engole os perseguidores. É feita a passagem para o outro lado, dá-se a Páscoa (Pesah), a saída da escravidão, o encontro com a liberdade.

Em tempos em que este evento de tamanha relevância ganha espaço em telenovelas e cinemas, interessa-nos o simbolismo dos possíveis acontecimentos e menos a confirmação teológica e histórica da saga do povo Hebreu. Neste contexto podemos observá-la como uma Mitologia Judaico-Cristã que permite um olhar profundo do que representaria esta PASSAGEM em nossas vidas. A saída de um aprisionamento mental para um espaço ampliado, com possibilidades de resoluções ou identificações.

Ultrapassar o mar sem se molhar, é reconhecer a necessidade de retorno, de aprofundar em nosso ser e termos capacidade de identificar o que é Faraó em nossas vidas e resgatar a capacidade de iniciativa. O que nos aprisiona? Quais são os senhores escravocratas que cultivamos em nossas mentes? (Resistências e repressões).

A Páscoa mitológica permite aferir as implicações de estarmos alimentando o Faraó interno (vingança, opressão) e diminuindo a força mosaica (liberdade, auto-análise). Cabe criar condições para que possamos sair de uma relação destrutiva, seja sentimental, comercial ou principalmente com o passado, o qual nos digladiamos constantemente com a necessidade de recriá-lo; ambiente de reminiscências e languidez.

É preciso encontrar saída deste espaço, deixar alguns pertences para trás, inclusive os ossos de José. Cultuar os ossos seria um reflexo de nossos apegos e desejos desenfreados. Poderemos encontrar um mar revolto em frente, mas é preciso dar o primeiro passo em sua direção, querer mudar, ter o desejo de chegar ao outro lado e olhar para trás e reconhecer o esforço.

Quanto ao futuro, nem sempre conquistaremos a Terra Prometida, assim como Moisés a avistou, mas não entrou. Temos a opção de ser o Herói mitológico em nossas vidas e religar o que está perdido ou fragmentado, fugir da escravidão, atravessar o mar e ter o cuidado de não ficar perdido no deserto, como os Hebreus ficaram por 40 anos.

A mente é livre, mas carregar o chicote é uma opção. Boa Passagem!

Rafael Souza Carvalho é jornalista e não tem religião, mas acredita que o amor é suficiente para atravessar o mar.

Concorrência desleal: Os riscos da chegada de um irmãozinho ao lar

Concorrência desleal: Os riscos da chegada de um irmãozinho ao lar

Há certo tempo quero escrever este texto, porém, por ser uma temática complexa e passível de incompreensões, adiei até o momento que me pareceu adequado – este, por sinal.

Antes de tudo, deixe-me explicar uma coisa. Quando digo “concorrência”, estou me referindo às movimentações de ambas as crianças cuja finalidade é a obtenção de atenção, carinho e aceitação de seus pais. Ok? Vamos adiante!

Como se sabe, os destinos das pessoas são definidos por diversas variáveis, aqui tratarei basicamente dos resultados provenientes da relação entre a criança e seus pais. Suponhamos que um casal tem um filho de quatro anos. Durante todo esse período ele recebeu aplausos, abraços, beijos – e todas as mais diversas formas que os pais costumam utilizar para expressar afeto – a cada novo comportamento emitido.

Não precisava de muito. Um sorriso; uma gracinha; um pequeno acerto, tudo trazia como consequência um mar de carinho de seus pais. Agora, de repente, surgiu uma outra criança no lar, e, como em um passe de mágica, lhe deram uma nova intitulação: “o homenzinho da casa” (se esquecendo de dizer o que isso de fato significava).

Sem ter uma noção clara do que mudou, o garotinho continua se comportando da mesma forma, e adivinhe: As consequências não são mais as mesmas!

Ele fez a dancinha de sempre, e nada ocorreu. Contou as piadas de sempre, e continuou invisível. O irmão recém-chegado consegue tudo com tamanha facilidade, enquanto ele, por mais que se esforce, nada consegue. Enfim, pouco a pouco a nova circunstância vai deixando-o angustiado. Tal angústia faz com que ele continue tentando criar formas de trazer de volta a atenção que até então lhe pertencia, até que, em dado momento, se comporta da forma dita “inadequada”.

O garoto grita; joga um objeto no chão; agride alguém. Qual o resultado que ele obtém? Os pais lhe dão uma bronca, com o inocente intuito de fazer com que tais comportamentos não se repitam. Como o garoto percebe – de forma obviamente não muito clara? “Eis a única forma de obter ao menos uma gota da atenção de meus pais”.

Os comportamentos inadequados se acentuam, e sem perceber, somente nesses momentos os pais lhe dirigem o olhar; o toque; a palavra – mesmo que seja de forma hostil, é tudo que lhe restou. Resultado? Um indivíduo que aprendeu que o único modo de conseguir algo é seguindo um padrão agressivo de interação (afinal, o padrão utilizado em casa tende a ser generalizado para novos ambientes).

Toda família que gerar o segundo filho estará condenada a reviver o que acabo de escrever? Obviamente que não, porém, sendo uma situação que encontro com frequência, julguei relevante expô-la de forma mais clara.

A grande intenção desta coluna? Chamar a atenção dos pais para algo que, de repente, estejam fazendo sem perceber, além de, é claro, parabenizar aqueles que foram exitosos ao incorporar um novo membro à família!

Diego Caroli atende em São Bernardo do Campo e São Paulo. Para mais informações e agendamentos entre em contato pelo email: [email protected]

Imagem de capa: Blue Tree Photografy

Das coisas que persigo para mim

Das coisas que persigo para mim

Das coisas que eu persigo para mim, algumas me fazem sentir enorme satisfação e  certeza de que o caminho é realmente o meu.

Aceitar negativas com naturalidade, respeitar integralmente a vontade alheia, além de me libertar, também não prenderá o outro, dispensará as correntes e algemas. Eu persigo isso.

Aprender a aceitar diferenças, outros olhares, humores, necessidades,  me levará a conhecer meu próprio espaço individual e diferente de todos os outros, e ainda, ser capaz de exigir respeito e aceitação em troca. Eu persigo isso.

Desculpar palavras mal colocadas, olhares mal passados, desculpas mal boladas, ausências mal justificadas… Entender que a reação esperada não será sempre a realizada… Não esperar nem desesperar. Estar com quem quer estar, dispensar a insistência. Eu persigo isso.

Tentar acordar todos os dias com disposição para viver integralmente, não matar o tempo nem a paciência alheia, não parar na contramão, aspirar, respirar, transpirar. Eu persigo isso.

Das coisas que persigo para mim, muitas delas eu perseguiria também para quem quero bem, mas essa é uma jornada pessoal, lotada de desafios e ameaças. Ameaças à coragem, ao bom ânimo, ao êxito da empreitada.

Desistir é sempre uma opção, embora acompanhada de enorme frustração.

Perseguir é uma caçada, é colocar armadilhas para reações ardilosas, ratoeiras para costumes roedores, veneno para emoções rastejantes.

Perseguir é saber da existência, mas ainda não ter a posse, ou, ao menos, o uso.

Eu persigo muitas coisas, mas das coisas que persigo para mim,  a maior delas é ter consciência do que ainda não sou, do que não faço uso, do que não sou capaz de abrir mão, e, uma vez na posse dessa consciência, poder escolher por conta própria, o que realmente vale à pena perseguir.

Esta estudante tirou fotos arrepiantes para mostrar como é sofrer de ansiedade

Esta estudante tirou fotos arrepiantes para mostrar como é sofrer de ansiedade

Por Alison Caporimo

Para seu trabalho de graduação, Crawford decidiu fazer uma série de fotografias que captariam suas experiências com a depressão e a ansiedade. A série — que se chama Meu coração ansioso — é composta por 12 autorretratos evocativos e legendas pessoais, que transmitem os efeitos incapacitantes da doença mental. Crawford levou cerca de três horas em cada foto, usando uma câmera remoto para tirá-las.

“Isso se tornou uma experiência catártica para mim, que levou à cura e autoconhecimento enormes”, Crawford disse ao Buzzfeed. “Quero que aqueles que sofrem, sintam que têm uma voz e uma mão para segurar. Não quero que ninguém se sinta sozinho nunca, já que ansiedade e a depressão podem fazer com que a pessoa se isole”.

Conheça Katie Joy Crawford, uma estudante de fotografia de 23 anos que vive em Baton Rouge, Louisiana.

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katiejoycrawford.com

Aqui estão algumas fotos e legendas de sua série excepcional…

Sobre se sentir como se estivesse sufocando:

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“Eles continuam repetindo que eu devo respirar. Posso sentir meu peito se movendo para cima e para baixo. Para cima e para baixo. Para cima e para baixo. Mas por que sinto como se estivesse sufocando? Coloco a mão debaixo do meu nariz, certificando-me de que há ar. Ainda assim, não consigo respirar”.

Sobre estar preso dentro de sua própria cabeça:

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“Uma prisioneira de minha própria mente. A instigadora dos meus próprios pensamentos. Quanto mais penso, pior fica. Quanto menos penso, pior fica. Respire. Simplesmente respire. Fique vagando. Melhorará em breve”.

Sobre sentir-se preso em sua vida:

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“Tenho medo de viver e tenho medo de morrer. Que maneira complicada de existir”.
Sobre sentir-se impossibilitado de tomar uma atitude:

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“É estranho — na boca do estômago. É como quando você está nadando e quer colocar os pés no chão, mas a água é mais profunda do que você imaginou. Você não consegue tocar no fundo e seu coração pára por um segundo”.

Sobre a oscilação desgastante entre a depressão e a ansiedade:

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“A depressão é quando você não consegue sentir nada. A ansiedade é quando você sente demais. Ter ambas é uma guerra constante dentro de sua própria mente. Ter ambas, significa não ganhar nunca”.

Sobre se sentir preso:

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“Você foi criado para mim e por mim. Você foi criado para o meu isolamento. Você foi criado pela defesa venenosa. Você é feito de medo e mentiras. Medo de promessas não correspondidas e de perder a confiança tão raramente dada. Você foi se formando ao longo da minha vida. Cada vez mais forte”.

Sobre se sentir oprimido por seu próprio cérebro:

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“Um copo de água não é pesado. Você nem percebe o peso quando pega um. Mas e se você não pudesse esvaziá-lo ou soltá-lo? E se tivesse que suportar seu peso por dias… meses… anos? O peso não muda, mas o fardo sim. Em determinado momento, você não consegue lembrar como ele costumava parecer leve. Às vezes, custa todos os seus esforços para fingir que ele não está lá. E, às vezes, você simplesmente precisa deixá-lo cair”.

Sobre sentir ansiedade em relação à dormir:

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“Eu tinha medo de dormir. Sentia o pânico mais bruto na escuridão total. Na verdade, a escuridão total não era assustadora. Era aquele pouquinho de luz que fazia uma sombra — uma sombra assustadora”.

Para ver a série completa, clique aqui.

Fonte indicada: Buzz Feed

Britânico de 15 anos cria teste que detecta Alzheimer 10 anos antes dos primeiros sintomas

Britânico de 15 anos cria teste que detecta Alzheimer 10 anos antes dos primeiros sintomas

O britânico Krtin Nithiyanandam, estudante da cidade de Epsom, Surrey, tem apenas 15 anos, mas já conseguiu criar um teste que consegue identificar a presença do Alzheimer no cérebro até 10 anos antes dos primeiros sintomas aparecerem.

O jovem criou um anticorpo que, ao ser injetado no sangue, funciona como cavalo de Tróia, que vai penetrando no cérebro e ligando-as às proteínas neurotóxicas que compõem o primeiro estágio da doença.

O grande trunfo é que esses anticorpos trazem consigo partículas fluorescentes, tornando possível enxergar a presença das proteínas ligadas ao Alzheimer mediante uma ressonância magnética. O mesmo estudo também traz uma alternativa terapêutica, já que o anticorpo tem a capacidade de combater a doença.

“As principais vantagens do meu teste estão relacionadas à possibilidade de ele ser usado para diagnosticar a doença de Alzheimer antes de os sintomas se manifestarem, focando-se nas mudanças patofisiológicas, algumas das quais podem ocorrer uma década antes dos sintomas”, afirmou Nithiyanandam ao Telegraph.

O projeto está concorrendo ao Google Science Fair Prize, um concurso mundial voltado a adolescentes de até 18 anos que desenvolvem projetos científicos inovadores.

90 países participam. O estudante Krtin Nithiyanandam é um dos finalistas e, se ganhar, receberá uma bolsa de estudos para dar continuidade ao teste.

Post originalmente publicado no Só Notícias Boas, via Razões para Acreditar.

10 filmes espiritualistas que vão te fazer sentir…e pensar.

10 filmes espiritualistas que vão te fazer sentir…e pensar.

Por Josie Conti

Será que existe algo além do que podemos ver?

Os filmes abaixo possuem conteúdo espiritualista e nos fazem pensar sobre o que existe para além da morte.

A lista, reforço, refere-se a filmes espiritualistas, e não espíritas. Todo filme espírita é espiritualista, mas nem todo filme espiritualista é espírita.

“Espiritualista como o próprio Allan Kardec nos ensina é quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que matéria, como a alma por exemplo. Espírita é quem tem por princípio as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível.” O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.

No final do artigo deixo também algumas dicas de filmes com conteúdo espírita mais fiel.

1- Minha vida na outra vida (Marcus Cole, 2006)

Pela primeira vez na história, um filme retrata, com fidelidade, lógica e respeito, a reencarnação, tema de interesse de milhões de pessoas em todo o mundo. Baseado em fatos reais relatos no livro autobiográfico de Jenny Cockell, Minha Vida na Outra Vida conta a história de Jenny, uma mulher do interior dos Estados Unidos, que tem visões, sonhos e lembranças de sua última encarnação, como Mary, uma mulher irlandesa que faleceu na década de 30. Intrigada, Jenny sai em busca de seus filhos da vida passada. Tem início uma jornada emocionante. Jenny é magistralmente interpretada pela renomada atriz Jane Seymour, de Em Algum Lugar do Passado. Só, que desta vez, não se trata de ficção, mas de realidade.

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2- As cinco pessoas que você encontra no céu (2004)

Eddie era um jovem que cresceu em meio a guerras, trabalho árduo e uma educação rígida. No dia em que completa 83 anos, ele sofre um acidente no parque de diversões onde trabalhou a vida inteira. Quando ele se dá por si, tudo o que ele sente é que passou uma vida sem propósito, sem rumo….E o que se sucede é uma revisitação de sua vida por 5 pessoas, umas que ele conhece, outras que ele não tinha a menor ideia de quem eram, mas cujas vidas estavam de alguma forma ligadas à dele. Cada uma dessas pessoas revê com Eddie uma passagem de sua vida, resolvendo antigos mistérios, dissolvendo antigas mágoas, revivendo antigos amores. A cada experiência fica mais claro a grande importância de Eddie na vida de milhares de pessoas sem que ele se desse conta, provando que cada vida está ligada a outra de formas que muitas vezes não entendemos.

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3- Os outros (Alejandro Amenábar, 2001)

Durante a 2ª Guerra Mundial, Grace (Nicole Kidman) decide por se mudar, juntamente com seus dois filhos, para uma mansão isolada na ilha de Jersey, a fim de esperar que seu marido retorne da guerra. Como seus filhos possuem uma estranha doença que os impedem de receber diretamente a luz do sol, a casa onde vivem está sempre em total escuridão. Eles vivem sozinhos seguindo religiosamente certas regras, como nunca abrir uma porta sem fechar a anterior, mas quando eles contratam empregados para a casa eles terminam quebrando estas regras, fazendo com que imprevisíveis consequências ocorram.

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4- O Mistério da Libélula (Tom Shadyac, 2002)

Joe Darrow (Kevin Costner) é um médico que ficou viúvo recentemente e acredita que sua falecida esposa, Emily (Susana Thompson) esteja tentando falar com ele do mundo dos mortos, usando para isso pacientes que estejam à beira da morte. Além disto, Joe passa a ser perseguido por estranhas e misteriosas libélulas, que o fazem se lembrar cada vez mais da falecida esposa.

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5- A casa do lago (Alejandro Agresti, 2006)

Kate Forster (Sandra Bullock) é uma médica solitária, que morava em uma casa à beira de um lago. Hoje esta casa é ocupada por Alex Wyler (Keanu Reeves), um arquiteto frustrado. Kate passa a trocar cartas com Alex, com quem mantém um relacionamento à distância por 2 anos. É quando, ao se descobrirem apaixonados um pelo outro, eles buscam um meio de se encontrar.

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6- Amor além da vida

Em “Amor Além da Vida”, o céu não é simplesmente um espaço branco e cercado por nuvens. É, então, em um cenário que lembra os traços de uma pintura fresca para onde Chris Nielsen (Robin Williams) vai após sua morte. Tudo perfeito, até ficar sabendo que sua mulher, Annie (Annabella Sciorra), não aguentou a dor de ficar sozinha e se matou. Como suicida, ela é enviada a um local obscuro, distante dele, e não será mais capaz de reconhecê-lo caso o encontre. Mas isso não o impede de ir atrás de seu grande amor.

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7- Ghost – Do Outro Lado da Vida

“Ghost – Do Outro Lado da Vida”, que ganhou o Oscar de melhor roteiro original e melhor atriz coadjuvante, encanta até mesmo quem não é adepto do espiritismo. O longa conta a história de amor do casal Sam (Patrick Swayze) e Molly (Demi Moore) que vivem juntos na cidade de Nova Iorque. Após um assalto, Sam acaba morto, mas permanece como fantasma na terra e mantém contato com Molly através de uma falsa médium.

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8- Passageiros (Rodrigo Garcia, 2009)

Claire Summers (Anne Hathaway) é uma jovem terapeuta designada por Perry (Andre Braugher), seu mentor, a dar orientação psicológica aos cinco sobreviventes de um terrível acidente aéreo. Ela enfrenta problemas ao ser confrontada por Eric (Patrick Wilson), que recusa sua ajuda e usa o acidente para tentar cortejá-la. Isto faz com que, paralelamente, Claire lute contra as iniciativas de Eric e os demais pacientes enfrentem dificuldades com as lembranças do acidente, distintas das explicações oficiais fornecidas pela companhia aérea.

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9-Um olhar do Paraíso (2009)

Após ser brutalmente assassinada aos 14 anos, Susie Salmon (Saoirse Ronan) continua preocupada em cuidar da sua família. Presa em um espaço entre o céu e o inferno, ela precisa lidar com um paradoxo de sentimentos: o desejo de vingança contra seu assassino e a vontade de ver sua família seguir com a vida em frente e superar sua morte traumática.

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10- Além da Eternidade (1989)

Neste filme de Steven Spielberg, Pete Sandich (Richard Dreysfuss) é um piloto que costuma abusar da sorte com manobras arriscadas. Em uma de suas missões, após salvar seu melhor amigo, seu avião pega fogo e explode. Morto, ele encontra um anjo, que explica que a sua função agora é justamente ajudar outros pilotos quando eles mais precisarem, como uma espécie de anjo da guarda.

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DICAS EXTRAS:

1- Na Netflix você encontrará “Os outros”, “O Mistério da libélula”, “Amor além da vida”, “Passageiros” e “Um olhar do Paraíso”.

2- Mais alguns filmes que poderiam ter entrado na lista acima são: Sexto Sentido, Cidade dos Anjos, A espera de um Milagre, A Casa dos Espíritos e “Encontro Marcado”.

3- Há também uma série com 5 temporadas chamada Ghost Whisperer com a atriz Jennifer Love Hewitt.

4-Abaixo, uma sequência de filmes com conteúdo Espírita mais fiel. Tenho certeza que os leitores poderão dar mais exemplos nos comentários.

São eles: Nosso Lar, Chico Xavier, Bezerra de Menezes: O Diário de um Espírito, E a vida continua, Causa e Efeito, O filme dos espíritos, JOELMA, 23º ANDAR.

Trocando de janela

Trocando de janela

por Fernanda Pompeu

A maioria de nós acredita que mudar é bom. Pois faz parte da dinâmica da própria vida. Somos uma sucessão de outros: a senhora é a outra da jovem que é a outra da menina. No entanto, tenho observado que a velocidade das mudanças varia. Sinto que mudamos antes que as pessoas a nossa volta percebam. Tanto que, algumas vezes, tenho que gritar: Mas eu mudei, não sou a mesma Fernanda que você conheceu!

Tenho um amigo que foi designer gráfico por mais de 20 anos. Uma manhã, ele despertou com a decisão de se tornar um iluminador. Queria trocar as formas no papel pelas formas de luz e sombra. Estudou, estagiou, foi ao mercado. Já iluminou algumas peças teatrais. Mas o celular dele continua tocando com gente atrás do diagramador de livros. Outro dia, ele ouviu a seguinte explicação: “É mesmo! Você disse que mudou de ramo. Mas estou tão acostumado com você designer, que é difícil vê-lo como iluminador”.

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imagem Régine Ferrandis

O que nos cega para o quanto o outro mudou é a mania de carimbarmos as pessoas. Fulano é assim. Sicrana é assado. Fulano é jardineiro. Sicrana é cozinheira. Se eles resolverem trocar de ofício terão que trabalhar dobrado. Primeiro: para conhecer e se adaptar à nova escolha. Segundo: para convencer amigos, familiares, clientes de que mudaram. E que podem ser eficientes, até excelentes, nas recentes atividades.

Mesmo os famosos – cujas vidas são monitoradas e publicitadas – são carimbados. É o caso do Chico Buarque escritor. Quantos, inclusive eu mesma, perguntam: Por que um músico e letrista maravilhoso se meteu a escrever romances? Por que o cara que fez clássicos do cancioneiro se aventura no fechado e maldoso mundo da literatura? Uma vez questionado, ele respondeu: “Porque eu quis mudar”.

Neste feriado prolongado, em que tive tempo para dar tratos à bola, resolvi refletir acerca da mania geral de pôr etiquetas nas pessoas, como se elas fossem fotografias legendadas. E o quanto tal prática é prejudicial a quem está mudando. E o quanto, também, faz a gente perder oportunidades.

Outro domingo fui furar a parede do meu banheiro para pregar um espelho. Desastre. Acertei um cano e a água esguichou como se o Cantareira estivesse com 100% da capacidade. Fechei o registro. Para quem ligar num domingo? Chequei minha agenda e só tinha o número do chaveiro. Telefonei na esperança que ele me desse uma indicação. Daí ouvi: “Eu posso ir. Deixei de ser chaveiro, hoje sou encanador. Aliás já havia avisado, mas a senhora na certa esqueceu”.

Blade Runner: o que é ser humano?

Blade Runner: o que é ser humano?

A poluição e o consumismo exacerbado criam uma sociedade com problemas climáticos, em que a chuva e o cinza se fazem presentes quase o tempo inteiro, superlotada, suja e com enormes discrepâncias sociais. Essa é a realidade projetada para o ano de 2019, pelo filme “Blade Runner”, de Ridley Scott, inspirado no livro “Do androids dream of electric sheep?”, do escritor americano Philip K. Dick.

Nesse futuro distópico, são criados robôs mais fortes e ágeis que os seres humanos e equiparados a estes em inteligência. Esses robôs são chamados de replicantes e eram utilizados em outros planetas para exploração ou povoamento. No entanto, quando um grupo de replicantes mais evoluídos provoca um motim, em uma colônia fora da Terra, eles se tornam ilegais no nosso planeta, sob pena de morte. A morte deles fica a cargo de uma força especial da polícia – os Blade Runners – na qual se encontra Rick Deckard (Harrison Ford).

A trama gira em torno da perseguição de Deckard a um grupo de replicantes, liderados por Roy Batty (Rutger Hauer). Todavia, o filme é muito mais do que uma perseguição entre Deckard e os replicantes ou uma luta entre homens e máquinas. A obra discute o que é ser humano, isto é, o que define o homem enquanto homem?

Os replicantes são vistos como seres inferiores, incapazes de desenvolver suas próprias emoções e memórias. Essa visão pode ser alargada para a forma como o homem, ao longo da história, lida com a natureza, sempre a vendo como algo a ser explorado e dominado, como algo inferior. Assim, diante da sua suposta proeminência, o homem desrespeita a natureza, utilizando-a de forma gananciosa e estúpida, o que, por sua vez, gera suas consequências, como as demonstradas no filme, em que raramente vemos o sol ou algo limpo.

Sendo assim, já se torna questionável a superioridade do homem e aquilo que o define como sendo melhor que os replicantes. Essa incapacidade de desenvolverem emoções e memórias próprias e, por conseguinte, laços afetivos, é totalmente contraditória ao que percebemos no comportamento dos replicantes, a forma como se tratam e a relação de verdadeiro afeto que possuem. De forma oposta, não é perceptível essa humanidade nos próprios homens, que se comportam de forma fria e objetiva. Esse paralelo também faz parte da sociedade contemporânea, pois, na medida em que a tecnologia tem se humanizado, nós temos nos desumanizado.

Esse paradoxo entre seres humanos desumanizados e máquinas humanizadas, apresentado no filme, faz-nos refletir sobre a questão já mencionada, em relação ao que define o “ser” humano. A própria incógnita sobre a natureza de Deckard, ou seja, se ele é ou não um replicante, apresenta-se como uma metáfora para demonstrar a complexidade sobre a definição desse “ser” humano. Os replicantes demonstram sentimentos que não percebemos nos homens da trama, bem como dificilmente temos percebido na nossa sociedade.

Obviamente, hoje, ainda não possuímos máquinas como os replicantes, mas isso pouco importa em face da problemática desenvolvida, em que, ao compararmos o comportamento dos replicantes com os humanos, percebemos o quão distante estamos da essência que define algo como sendo humano. A falta de amor, de compaixão, de respeito, que se tornaram estandartes da sociedade contemporânea, faz-nos perceber que estamos muito mais próximos de autômatos, vivendo vidas robotizadas e controladas, sem a menor capacidade de olhar para o outro e com ele fincar raízes, do que humanos.

No filme, ao contrário disso, percebemos sentimentos vivos nos replicantes, sobretudo, quando Roy, tendo oportunidade de matar Deckard, que até ali o perseguia, em um ato de compaixão, deixa-o viver. Assim como, na mesma cena, Roy desabafa sobre a sua angústia em saber se o que vivera, tudo o que vira e sentira, seria apagado quando se fosse, como se fossem lágrimas na chuva, ou seja, urge a sua angústia diante da finitude da vida, que é um dos traços mais importantes do ser humano.

A obra cinematográfica traz várias discussões importantes, como a desorganização social, a poluição e o caos urbano, provocados pelo próprio homem, como já citei. Mas, acima de tudo, critica-se o modo como o homem tem lidado com ele mesmo, isto é, como nós, enquanto seres humanos, temos nos olhado e nos relacionado.

Perdemos a nossa subjetividade, comportamo-nos de forma padronizada, somos destituídos de amor e de qualquer capacidade de ter um relacionamento que vá além da página três, de modo que esquecemos o significado do que é ser humano. Ao esquecermos isso, também esquecemos, como bem lembra Roy, que, um dia, as nossas lembranças se esvairão como lágrimas na chuva e, quando isso acontecer, é bom que tenhamos lembranças bonitas como as de Roy, para que, como verdadeiramente humanos, possamos ter lágrimas para chorar, ao invés de ter apenas água caindo sobre corpos que, embora orgânicos, são totalmente ocos.

O olhar poético nos filmes de 2016

O olhar poético nos filmes de 2016

Este ano, ao acompanhar os filmes em cartaz nos cinemas, venho notando certos temas em alta nos roteiros. Num primeiro momento notei em comum temas como: discussão de gênero, abordagens sobre o posicionamento da mulher na família, sociedade, sobre a coragem feminina em romper culpas e deveres impostos por uma sociedade atrasada e masculina, e a força da mesma ao desconstruir valores (às vezes até dentro de si mesma) e procurar novas formas de expressão e atuação social. São filmes como ‘Carol’, ‘Joy’, ‘As Sulfragistas’, ‘Freeheld’

Mas, além do tema feminino/feminista, uma coisa que me chamou a atenção em muitos desses filmes que assisti foi a questão do olhar narrativo. E com isso quero dizer, a escolha dos diretores em abordarem as histórias por focos nada óbvios e convencionais e um tanto poéticos. Não quero generalizar, mas dois filmes que me emocionaram e que eu notei bem isso foram: ‘Carol’ e ‘O Quarto de Jack’.

Em ‘Carol’, o filme muito mais do que contar a história da mulher madura, rica, sofisticada, mãe de família que se apaixona por uma simples e jovem vendedora de uma loja de brinquedos e mostrar os acontecimentos e percalços de uma viagem que as duas empreendem juntas, talvez não como tentativa de fuga, mas de descoberta (cada uma de si mesma), e muito mais do que focar na questão da homossexualidade, e do feminismo; o filme, no meu entender, consegue fazer uma coisa muito mais humana, ele não explica, não politiza, ele nos faz experimentar, nos coloca na pele dessas mulheres, nos faz perceber os dramas e as dores e também o amor (que aliás surge de forma tão bonita e natural no filme) ao nos possibilitar cenas de silêncio, ao mostrar os olhares, ao escolher um ritmo narrativo e uma delicadeza de câmera, de foco, de toques e falas, ao deixar duas grandes atrizes expressarem esses sentimentos nas cenas.

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Cena do filme “Carol”.

Eu senti que o filme não quer colocar um tema importante e se fazer entender pela razão, ele quer nos fazer sentir. Me tirou lágrimas ao fazer o meu lado humano empatizar com o humano daquelas personagens.
E que riqueza é o cinema conseguir fazer isso!

O outro filme que mencionei, ‘O Quarto de Jack’, fui assistir com um pé atrás, pensando que seria um daqueles dramas policiais e familiares, já que a história em si me pareceu bem forte: uma mulher que foi sequestrada e viveu trancada em cativeiro por 7 anos com um filho de 5 anos que teve com o sequestrador.

A surpresa veio quando eu vi que a intenção do filme não era nada disso, e justamente era a questão do olhar. Desta vez o olhar de uma criança de 5 anos, um menino que nasceu num quartinho sem nunca sair dele (até os 5 anos), que apenas interagiu com sua mãe, com os objetos desse quarto sem janelas, com os programas de TV e com seus medos (principalmente de seu pai) e com sua imaginação.

O filme não se propõe a contar apenas os dramas da mãe e do filho tentando escapara do cativeiro, nem da felicidade ao conseguirem e terem uma nova chance de viver em sociedade. Pelo contrário, o filme mostra as dores e descobertas desse garoto, o seu processo de adaptação em uma realidade muito mais ampla, rápida, cheia de estímulos sensitivos, histórias e acontecimentos.

O filme mostra o apego deste menino ao quarto, pois lá era o seu mundo, lá ele se reconhecia, lá ele tinha uma rotina e construiu sua realidade. Foi tão interessante ver o que se passa no psicológico e nas sensações desse menino, que não se sente super feliz por estar livre, mas se sente estranho, estrangeiro, deslocado, diferente, sente falta de viver em seu universo palpável.

E também foi lindo acompanhar as falas de Jack, as percepções desse mundo novo, que parece tão grande, tão rico, tão cheio de espaços e liberdades, mas que na verdade também nos aprisiona de tantas maneiras: nas relações pessoais, nos deveres sociais (como por exemplo de dar entrevista – no caso deles), nas obrigações a serem cumpridas num curto intervalo de tempo, que fazem a vida, que poderia ser realmente tão ampla, se tornar restrita.

contioutra.com - O olhar poético nos filmes de 2016

Foi surpreendente viajar na poesia do olhar de Jack, aliás, o ator dá um show de interpretação e faz tudo ficar mais genuíno. E o filme me fez pensar filosoficamente sobre como vivemos: será que nós também não estamos, muitas vezes, vivendo num quarto de Jack?

Não vou entrar nessa interpretação agora, mas termino dizendo que andei me encantando bastante nas visitas ao cinema este ano, ao descobrir que a sétima arte anda vasculhando almas e olhares e desenhando o modo de narrar de forma a nos extrair a nossa sensibilidades.

Felicidade é ver o cinema sendo arte.

Sonhos

Sonhos

Em certos momentos tudo que desejamos é um pouco de sossego e calmaria, mas, nesse turbilhão que é a vida, nem sempre é possível tê-los.

É nessa hora que entram alguns dos meus sonhos. Eles não diferem de tantos outros, alguns são piegas, utópicos e comuns, mas não abro mão deles.

Sonho com uma casinha na beira da praia em que vejo o sol nascer ao som das ondas.

Sonho com um balanço sobre o mar, pés na água, me trazendo a paz necessária para que eu possa compreender todas as inquietações da minha alma.

Sonho com um campo verdejante, sol brando na pele, ouvindo a suave melodia do vento. As vezes só quero paz, bem longe do burburinho da cidade.

Sonho com o frio da montanha e com o barulho do fogo da lareira que aquece os corpos dos enamorados.

Sonho que as minhas preocupações e ansiedades me abandonarão e, de tão leve, criarei asas e com elas não terei medo de voar.

contioutra.com - Sonhos

Sonho que na minha cidade não há o som perturbador das buzinas, nem o som das histerias cotidianas, mas o doce som do sussurrar dos amantes, das risadas dos amigos e das vozes das crianças brincando nas ruas.

Sonho com o silêncio que traz a paz interior dos monastérios e não com aquele silêncio que mantido por fora grita por dentro, que perturba, angustia e faz sofrer.

Sonho com cavalos a galope, sem rumo, cuja imagem me permite apreciar o significado da palavra liberdade.

contioutra.com - Sonhos

Sonho com uma vida com menos ambições desenfreadas, comparações vazias, competições desnecessárias e vaidades tolas.

Sonho com um lugar mais selvagem em que as luzes artificiais não me impeçam de ver as estrelas e que, assim, eu possa me conectar mais à natureza.

Sonho que estou numa das paisagens dos quadros de Monet ou do filme “Dreams” de Akira Kurosawa, com mais cores, poesia e beleza.

contioutra.com - Sonhos

Então, eu desperto.

Alguns sonhos posso realizar, alguns são utópicos, outros não, mas e daí? A beleza da vida está justamente em não nos permitir jamais deixar de sonhar.

Meu parente está com depressão, como posso ajudá-lo?

Meu parente está com depressão, como posso ajudá-lo?

Previsões realizadas pela Organização Mundial da Saúde no século passado apontavam que em 2030 a depressão seria responsável por 9,8% do total de anos de vida saudáveis perdidos para doenças, porém, em 2010 o índice já havia sido atingido.

Atualmente sabemos que as doenças mentais, em especial a depressão, contribuem mais para uma piora significativa na qualidade de vida do que outros quadros médicos, além de provocar maiores prejuízos em tarefas diárias do que doenças cardíacas, artrite, diabetes e hipertensão. Portanto, ter consciência que a depressão não tem relação alguma com “vagabundagem” é parte importantíssima do processo.

Três coisas são cruciais quando se pretende auxiliar alguém com esse diagnóstico, sendo elas: Amor, paciência e conhecimentos. O foco primordial deste texto é fornecer conhecimentos, já que muitos dos comportamentos de um indivíduo depressivo podem tornar difícil a convivência, reduzindo tanto a paciência quanto o amor a este destinado.

O indivíduo não quer mais fazer nada!

A falta de motivação é um sintoma típico de pessoas com depressão. Qualquer atividade torna-se extremamente difícil, já que além de não haver energias para iniciá-la, agora ela lhe custa muito mais esforço. Se anteriormente levantar da cama e ir até a padaria era algo completamente normal, agora tornou-se uma tarefa tão árdua quanto correr a maratona sem haver se preparado nem ao menos por um dia.

Ele não escuta mais nada do que falo, desistirei de dialogar!

Muita calma nessa hora, afinal, trata-se de outra expressão da doença. A capacidade de concentrar-se e manter a atenção em algo agora está prejudicada. Existem muitos pensamentos catastróficos rodeando a mente dessa pessoa: “Só dou trabalho à minha família”; “Nunca conseguirei ser feliz de novo”, e daí por diante. Imagine só como deve ser difícil se manter focado em algo!

O convido para fazer várias coisas que sempre gostou, e mesmo assim nada parece bom!

Sim, como é de se imaginar pela linhagem descrita até o momento, também há uma correlação entre prazer e depressão. Por sinal um dos aspectos mais importantes da depressão é o de que o indivíduo deixa de sentir prazer em atividades que até então lhe eram prazerosas. Ou seja, não significa que sua companhia ficou desagradável, mas sim que há um prejuízo na própria capacidade de sentir (alta sensibilidade para circunstâncias desagradáveis; baixa sensibilidade para as agradáveis).

Ele deixa toda a comida no prato, mal está comendo!

Na depressão há uma alteração significativa no apetite. O mais comum é que o indivíduo não sinta fome, comendo muito menos do que o habitual, porém, existem muitos casos nos quais – em uma possível tentativa de preencher o vazio interior que anda sentindo – acaba por comer demais (Os manuais apontam uma alteração de cerca 5% no peso do indivíduo em apenas um mês!).
Portanto, não! Sua comida não se tornou péssima do dia para a noite!

Vive dizendo que é feio e não serve para nada!

A autoestima sofre um dos maiores abalos trazidos pela depressão. Não se diz essas coisas simplesmente por dizer, de fato o indivíduo sente-se esse lixo que relata. Não consegue mais perceber o que há de belo em suas feições, além de também não encontrar utilidade alguma em sua existência. “Deixo de tentar não só pela falta de energias, mas também pela certeza do fracasso!”

Em resumo, o que espero que se apreenda com esta leitura?

Como em todo processo de mudança, há a necessidade de perceber que as melhoras irão ocorrer de modo gradual. Não se pode comparar constantemente o indivíduo com aquilo que ele era anteriormente à depressão, mas sim com a forma como esteve no pior momento da doença, deste modo, haverá a oportunidade de reconhecer cada pequeno progresso, fator que tem extrema importância no trajeto rumo ao restabelecimento.

Saber que as alterações citadas acima são produzidas pela depressão tende a melhorar o prognóstico da doença, haja vista que muitas vezes os familiares “desistem” daquele indivíduo, isolando-o no lar. Cogitar que todo seu esforço não está sendo reconhecido pode produzir raiva, criando circunstâncias nas quais você acabará confirmando todos aqueles pensamentos destrutivos que o indivíduo anda tendo sobre si.

Procurar ajuda especializada é crucial. O acompanhamento psicológico tende a reduzir a duração e intensidade dos sintomas depressivos, além, é claro, de viabilizar a prevenção à recaída e o regresso do indivíduo àquelas atividades que a depressão o fez abandonar.

Diego Caroli atende em São Bernardo do Campo e São Paulo. Para mais informações e agendamentos entre em contato pelo email: [email protected]

Excesso de excessos

Excesso de excessos

Estava escrevendo um artigo para uma coluna a respeito de excessos dentro das relações. De repente me veio em mente os meus mais de 100 pares de sapatos. Depois lembrei do quarto cheio de roupas. Algumas peças ou pares têm mais de 20 anos, outras não me servem mais. Por que ainda as tenho?

Pensei no carro que eu dirijo e que ele poderia custar menos, ser menor, consumir menos gasolina; no excesso de espaço da minha casa e que poderia viver em algo menor; no tumulto causado pelo meu zilhão de livros que nunca li, porque tudo está online; no número sem fim de copos e taças no armário e o fato que uso sempre aquela meia dúzia colorida da minha cromoterapia; em como pagamos 10 reais por um café com leite depois que passaram a chamá-lo de cappuccino.

De repente o tempo em que tudo o que me pertencia cabia numa mala ganhou um enorme sentido. Um tempo em que cada esterlina que eu ganhava tinha um destino, um valor e por isso, não aceitava um café com leite por mais do que valia, mesmo que alguém o chamasse de “cafè au lait”. Era um tempo em que para voar, bastava enfiar tudo na mala e partir. Nesse momento, senti meus pés plantados no chão e um incômodo inexplicável.

Percebi que a evolução nos torna vaidosos e passamos a viver acima de nossos meios, a ponto de parcelar coisas a perder de vista simplesmente porque não nos reconhecemos sem elas.

Pensei nos vaidosos que roubam, corrompem e são corrompidos para se atolarem em excessos. Excesso de coisas materiais e escassez de si mesmos, impossível de se suprir.

Concluí que vivemos de excesso de excessos, impedindo o livre fluir da vida. Sim, evoluir é preciso e poder se dar mimos é terapêutico. Contudo, ao ponto que viver com tudo que nos desperta desejo pode ser bom, saber viver sem, é poder.

O “bom” vizinho é aquele que…

O “bom” vizinho é aquele que…

– Aquele que chega todo alegre quando precisa de alguma coisa;

– Empresta seu dinheiro e acha que não precisa devolvê-lo;

– Coloca o carro em frente a sua garagem e acha ruim quando você pede para tirá-lo;

– Ganha um pedaço de bolo e “esquece” de devolver o prato;

– Joga bomba em seu cachorro para que ele se assuste e pare de latir;

– Toca música bem alto na madrugada e acha que todos têm obrigaçaõ de ouvir;

– Coloca o lixo em frente à sua casa porque a calçada dele tem que ter boa aparência;

– Sobe em cima do telhado de sua residência para pegar a pipa do filho que enroscou na antena;

– Fala mal de você para o outro vizinho que corre para contar.

Fala a verdade! Ninguém merece um “bom” vizinho como esse!

Enide Niero Conti

Orfanato procura doadores de cafuné, carinho e amor para crianças que esperam adoção

Orfanato procura doadores de cafuné, carinho e amor para crianças que esperam adoção

Por Vicente Carvalho

Toda e qualquer iniciativa que possa melhorar o dia a dia de crianças que vivem em orfanatos é válida.

E recentemente um pedido da agência norte-americana Spence-Chapin vem chamado a atenção, e vejam a delicadeza do pedido que o site GreenMe publicou:

Procura-se doadores de afago a bebês ou pessoas que queiram dedicar um pouco de seu tempo às crianças que aguardam adoção ou que foram temporariamente distanciadas de seus pais.

A agência trabalha há muito tempo para encontrar famílias para as crianças carentes, e o pedido é uma forma muito simples de qualquer um poder desprender um pouco de amor e solidariedade aos pequenos, pois não se pede nada além de mimá-los, de acordo com a disponibilidade de tempo de cada um.

Os voluntários podem cuidar de recém-nascidos de 2 a 6 semanas de vida, depois de terem participado de um minicurso de formação oferecido pela ONG.

Segundo o Greenme, Os “doadores de afeto” devem fazer um diário e tirar algumas fotos para mostrar às crianças quando elas forem mais velhas e deverão desempenhar um papel fundamental (que faz parte crucial do projeto) que consiste em estar presente durante a inserção da criança na família adotiva ou durante a sua reintegração na família biológica, de modo a não perturbar o equilíbrio dos pequenos.

Fonte sempre indicada: Razões para Acreditar

Nota da Conti outra: Esse é um projeto internacional, entretanto, temos a certeza de que vocês acharão maneiras de doar afeto em instituições próximas de sua casa.

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