Sextou! É hora de fingir ser feliz.

Sextou! É hora de fingir ser feliz.

“Sextou”! É hora de ir pra balada e esquecer os problemas. É hora de fugir das dores e da vidinha medíocre. É hora de esquecer o quão chata e cansativa foi a interminável semana. É hora de embriagar as angústias e colocar os sonhos para dormir, pelo menos até segunda-feira.

O indivíduo contemporâneo, autossuficiente e cheio de si, o qual acredita ser mais feliz e ter mais sucesso do que seus pais ou avós, curiosamente tem uma vida muito mais mecanizada do que seus antepassados. Isto é, a vida tem sido delegada para qualquer meio que o entorpeça e o faça fugir da realidade, muito embora se achem autossuficientes. Deve ser mais um dos paradoxos da vida moderna, como dizia Milton Santos.

A vida, na maior parte do tempo, não faz sentido para as pessoas. Estas se relacionam com o tempo de forma conturbada, de modo que não existe valor algum em uma terça-feira. Ou seja, as suas rotinas são insuportáveis e tão cansativas, que as fazem odiar a sua própria vida. Ora, como assim a própria vida? Sim, a própria vida, pois a vida não se circunscreve ao fim de semana.

Desse modo, o desprazer que as pessoas sentem em relação à vida relaciona-se a si mesmas e ao modo como encaram esse problema. A grande questão é que nem todos (ou quase ninguém) querem encarar o cerne do problema, uma vez que perceberiam o tamanho da complexidade e o quanto são responsáveis por isso. Assim, preferem delegar sua felicidade às baladas e bebidas, pois são incapazes de encarar a que pé anda sua vida.

No entanto, ainda que o fim de semana seja o recanto da “felicidade”, este, por si só, não faz suportar o inferno semanal. Sendo assim, tratamos de medicalizar o problema, de modo que tomamos remédio para acordar, para ter disposição, para ter mais atenção, para não ter mau humor, para comer, para emagrecer, para nos deixar mais agitados, para nos deixar calmos, para tranquilizar, para dormir etc.

Como o problema é crônico, tornamo-nos dependentes das pílulas da felicidade, que nos garante sobrevida até o oceano de prazeres do fim de semana, em que seremos infinitamente felizes vestindo, comendo, bebendo, ouvindo, falando e fazendo exatamente as mesmas coisas que qualquer outro indivíduo (esperto, lógico) faz.

Entretanto, não consigo encontrar a felicidade em um sistema que mecaniza e medicaliza totalmente a vida, retirando toda subjetividade do ser e transforma a maior parte da vida em algo insuportável. Não há problema algum em ir para a balada, em sair com os amigos ou tomar um chope, desde que seja feito por vontade própria e não se torne algo mecânico como o seu trabalho, o qual julga intragável.

Como é mais fácil fazer da vida uma grande linha de produção, em que você é um operário sem o menor poder questionador, a vida passa sem que você tenha controle algum, sendo apenas um autômato controlado por algo externo. Submetidos aos interesses daqueles que querem que você seja apenas mais uma peça que faz a engrenagem funcionar, temos nos esquecido de que somos mais do que marionetes produzidas em série.

Podemos ter doses diárias de felicidade, se fizermos algo que nos proporcione prazer e não seja apenas uma obrigação. Podemos sentir que a nossa presença no mundo faz diferença e que somos capazes de mudar a realidade. Não precisamos estar presos a um amálgama de servidão e de mentira, embora, para tanto, seja imprescindível coragem e esforço.

Como essas características andam cada vez mais raras, ainda veremos muitas #sextou por aí, em que muitos indivíduos, incapazes de gerir a sua vida, buscam ingerir incontáveis doses de soma, como diria Huxley, a fim de que possam suportar pacientemente os dissabores da vida e serem extasiamente felizes.

“E, se alguma vez, por algum acaso infeliz, ocorrer de um modo ou de outro qualquer coisa desagradável, bem, então há o soma, que permite a fuga da realidade. E sempre há o soma para acalmar a cólera, para nos reconciliar com os inimigos, para nos tornar pacientes e nos ajudar a suportar os dissabores.”

Amar não é para todos- Ivan Martins

Amar não é para todos- Ivan Martins

O filósofo e escritor francês Albert Camus disse uma vez que o único tema filosófico que valia a pena era o suicídio. Às vezes, por outras razões, me ocorre que o único tema relevante sobre os relacionamentos cabe numa única pergunta: você é capaz de amar alguém que retribua os seus sentimentos?

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A resposta automática a essa pergunta, em quase 100% dos casos, é afirmativa. “Claro que sim”. Mas, espere um pouco. Aproveite o momento solitário em frente desta tela e considere, sem risco de ser descoberto: você já gostou de alguém a ponto de deixar algo de lado por ele ou por ela? Já se percebeu duradouramente conectado a outro ser humano, de forma que ele deixasse de ser um estranho? Já sentiu que vida de alguém o preocupava – e o atingia – quase como se fosse a sua própria vida?

Quem consegue dizer sim a isso tudo e não está numa relação imaginária – ou platônica – com a pessoa do andar de cima, parabéns. Ao contrário do que diz a lenda, esse negócio de amor não é para todo mundo.

Se houvesse um teste emocional capaz de medir nossas emoções, acredito que ele mostraria que boa parte da humanidade não consegue estabelecer relações românticas profundas e duradouras.

Penso no sentimento geral de que é bom estar na companhia da sua pessoa, em vez de estar com qualquer outra. Penso em passar um dia, uma semana, um mês, sem cogitar em cair fora. Imagino um período, qualquer que ele seja, sem que os sentimentos e as sensações se voltem para fora da relação, em busca de horizontes que não estão lá. Quando eu falo em amor, penso em satisfação, ainda que temporária.

Quem passa no teste? Não muitos, imagino. O que nos leva de volta ao primeiro parágrafo e à capacidade de amar, que raramente é confrontada.

Por alguma razão inexplicável, estamos acostumados a atribuir o sucesso ou fracasso dos nossos relacionamentos apenas aos outros. Ela não me quer, não corresponde meus sentimentos, não é constante. Ou talvez seja algo na atitude dele, na maneira como fala, toma sopa ou ganha a vida que fez com que eu me afastasse. Em poucas palavras, nossos sentimentos parecem depender apenas do que o outro faz ou é, não de nós.

Isso acontece desde o início.

Aos 13 ou 14 anos, quando nos apaixonamos pela primeira vez, a “causa” da paixão é o outro. Sua beleza, seu comportamento, seu sorriso. Achamos que vem tudo de fora. Nem reparamos na elaboração interna do nosso sentimento. Não perguntamos o quê, na nossa personalidade, faz o outro tão atraente. Damos de barato que aquela pessoa é responsável pelo que sentimos, embora os sentimentos emanem de nós.

Essa exteriorização prossegue pelo resto da vida.

Quando as coisas não dão certo – no casamento, no namoro, no caso – rapidamente culpamos o outro e partimos para a reposição, sem investigar nossos sentimentos. Trata-se apenas de procurar com afinco até encontrar a pessoa certa. Mas existe pessoa certa para quem não consegue transpor a barreira de si mesmo e criar uma conexão duradoura com o outro?

Temo que não.

Minha impressão é que aprender a amar é trabalho para a vida inteira. Exige abrir mão do egoísmo, que é imenso. Supõe a capacidade de se encantar com aquilo que não é apenas um reflexo de nós. É essencial, sobretudo nos homens, superar o fascínio boçal pela aparência, que em muitos casos funciona como um sinal de trânsito indicando o caminho para a pessoa errada.

Ao final, como tantas outras coisas na vida, também essa precisa de tempo e de atenção. Tempo para se conhecer e perceber suas próprias dificuldades. Atenção para não se perder em falsas questões. No frigir dos bolinhos, o problema não deve ser apenas a imperfeição do outro, que existe e é imensa. O problema talvez seja a sua, a minha, a nossa incapacidade de superá-la. De amar, apesar dela.

Qual é o nosso próximo passo?

Qual é o nosso próximo passo?

Quando perdemos o emprego, perdemos muito mais do que isso, mas na hora não nos damos conta. Porque no mundo em que vivemos, o emprego está associado diretamente ao status social, está ligado ao nosso valor como indivíduos, reflete o que nós somos como pessoas. Então, se ver de uma hora pra outra, desempregado, não é simplesmente ter que procurar outro trabalho.

Afeta a nossa autoestima, a nossa confiança, pois nos faz repensar os caminhos que escolhemos para chegar até aqui. Será que escolhi a carreira certa? Essa profissão me representa? Qual é o emprego que pode significar algo pra mim? É muito solitário olhar pra dentro de si com uma lente de aumento e tentar achar um motivo, uma razão pra sua demissão, ou o que você possa ter feito para estar nessa posição. A culpa nessa fase de aceitação suga as nossas energias, se deixarmos nos dominar.

Às vezes, coisas acontecem e a culpa não é nossa. Em outros casos, podemos sim ter feito algo que precipitasse essa decisão. Mas não devemos nos martirizar, temos que confiarem nós mesmos e na nossa intuição sobre as coisas. É importante fazer um balanço, uma autoanálise com os prós e os contras.

Parece bobagem, mas com essa atitude proativa a gente retoma as rédeas, o controle da nossa vida e abre mão daquele sentimento de culpa que nos diminui, nos consome e não nos leva a nada. O que foi positivo, a gente busca repetir e o que agimos de forma negativa, tentamos entender o que motivou a atitude destrutiva para não nos sabotarmos de novo e assim devagarinho, vamos buscando avançar.

É importante sim revermos nossos planos, revisitarmos nossas pegadas até aqui para definirmos aonde queremos chegar depois disso. Ficar sem emprego é algo sim que impossibilita várias coisas, afinal é com o dinheiro que ganhamos que movimentamos vários aspectos da nossa vida: seja uma faculdade, uma pós, aquele curso de idiomas e sem dúvida, o nosso lazer, a nossa diversão. E também para podermos ter um padrão de vida, coisas que almejamos e experiências que queremos ter. De certa forma, por isso sofremos tanto por estarmos desempregados e nos sentimos desanimados, pois perdemos a autonomia de ganharmos o nosso próprio dinheiro, de nos sustentarmos, de sermos independentes.

Aí nos aprisionamos dentro de um ciclo vicioso que parece não ter fim: não compramos porque não temos dinheiro e não temos dinheiro por isso não compramos. Mas na nossa sociedade capitalista onde viver é consumir e consumir é viver, nos sentimos excluídos, a margem e privados de participar desse altar particular ao consumo. Sim, sentimos tudo isso em um primeiro momento, em um turbilhão de emoções e sentimentos contraditórios. Mas esse passo é necessário, abraçar essa sensação tão palpável de fracasso para podermos chegar do outro lado, para podermos sair do lugar de vítimas e agir.
Para começarmos a olhar as coisas de outra forma, por outro prisma e quem sabe tentar algo novo.

Afinal, estar sem emprego também é uma chance de se reinventar e escolher uma nova rota, dar vazão àquele plano B que estava na gaveta empoeirado e talvez agora seja o momento ideal para colocá-lo em prática. Quem sabe, poder fazer a viagem que estava querendo há muito tempo ou aquele intercâmbio tão desejado? De repente, começar um curso novo, fazer a faculdade que sempre quis e poder mudar de carreira? Ou se dedicar para o mestrado que nunca teve tempo ou o cargo público que você quer ocupar?

Eu sei a vida, às vezes, sacode a gente e vira tudo do avesso, nos força a sair da nossa zona de conforto que só serve pra nos limitar a aquele velho lugar que sempre ocupamos e que agora pode não nos servir mais. Mas essa é a graça da coisa, quando estamos à frente de uma encruzilhada e sabemos exatamente o que não queremos mais e começamos a buscar o que realmente desejamos e com isso, podemos tomar o caminho que é certo pra nós.

10 filmes de Akira Kurosawa que você precisa assistir

10 filmes de Akira Kurosawa que você precisa assistir

Por Philippe Torres, do Cineplot

Em primeiro lugar, gostaria de deixar bem claro que ao se criar listas, inevitavelmente, alguns filmes ficarão de fora. O cineplot preocupa-se em cria-las sem uma ordem estabelecida e muito menos dizer que estes são os melhores filmes de determinado tema. Essa introdução se faz necessária para dialogar sobre a obra do diretor em questão, esse sim, um dos melhores, mais importantes e influentes da história do cinema.

Em segundo lugar, crio esta lista com 10 filmes de Kurosawa que você precisa assistir. Contudo, recomendo que assista a TODA filmografia deste que, até agora, não me decepcionou em um único filme. Um grande mestre.

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1- Sonhos

São oito segmentos. No primeiro, “A Raposa”, uma criança é avisada pela mãe que não deveria ir à floresta quando há chuva e sol, pois é a época do acasalamento das raposas, que gostam de serem observadas, mas ele desobedece os conselhos e observa as raposas, atrás de uma árvore. Ao retornar para casa sua mãe não o deixa entrar e lhe entrega um punhal, dizendo que como ele havia contrariado a raposa ele deveria se matar, mas ela sugere algo que pode remediar a situação.

Na segunda, “O Jardim dos Pessegueiros”, o irmão mais novo de uma família, ao servir chá para as irmãs, depara com uma moça que foge. Indo ao seu encalço, nota que ela é uma boneca e depara com os pessegueiros da sua casa totalmente cortados, restando só tocos. Os espíritos dos pessegueiros surgem para ele e, em uma dança melancólica, dizem que as bonecas são colocadas para enfeitar e festejar a florada dos pessegueiros, mas como eles não mais existem naquela casa não fazia sentido a presença das bonecas.

Na terceira, “A Nevasca”, o líder de uma expedição, junto com seu grupo, se vê em meio a uma nevasca. Eles sucumbem a nevasca, mas repentinamente surge uma linda mulher que envolve o líder com uma echarpe prata. Ele percebe que ela é a morte, que se transforma em uma horrenda figura, então ele vê que está próximo do acampamento e tenta acordar os companheiros, mas não consegue. Ouve então, uma corneta, indicando que o acampamento está mais próximo do que imagina.

No quarto, “O Túnel”, ao entrar em um túnel o capitão de um exército é surpreendido por um cão, que ladra para ele. Atravessa então o túnel em curtos passos. Na saída ouve alguém a caminhar e depara com um dos seus soldados morto em combate, que pensa não estar morto.

No quinto conto, “Corvos”, um jovem pintor, ao observar as pinturas de Van Gogh, entra dentro dos quadros e se encontra com o pintor, que indaga por qual razão ele não está pintando se a paisagem é incrível, pois isto o motiva a pintar de forma frenética.

No sexto conto, “Monte Fuji em Vermelho”, o Fuji entra em erupção ao mesmo tempo ocorre um incêndio em uma usina nuclear, provocado por falha humana. É desprendida no ar uma nuvem de radiação. Um homem relata ser um dos responsáveis pela tragédia e diz preferir a morte rápida de um afogamento à lenta provocada pela radiação.

No sétimo, “O Demônio Chorão”, ao caminhar um viajante encontra um demônio, que lamenta ter sido um homem ganancioso e, como muitos, transformou a terra em um lastimável depósito de resíduos venenosos.

No último, “Povoado dos Moinhos”, um viajante chega à um lugarejo conhecido por muitos como Povoado dos Moinhos. Lá não há energia elétrica e tampouco urbanização. Um idoso, ao ser indagado, relata que os inventos tornam as pessoas infelizes e que o importante para se ter uma boa vida é ser puro e ter água limpa.

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2- Trono Manchado de Sangue 

No Japão do século XVI, os samurais Washizu e Miki encontram uma feiticeira na volta para casa depois de vencerem uma batalha. Ela prevê que Washizu será o Senhor do Castelo do Norte. Esse é o início de uma sangrenta luta pelo poder. Adaptação da peça “Macbeth”, de Shakespeare.

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3- Yojimbo 

História de uma cidade dividida por duas gangues rivais no Japão do século 19. Com a chegada de um samurai, que toma posição entre as gangues, os conflitos culminam com o aparecimento de um dos oponentes portando uma arma de fogo.

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4- Os Sete Samurais 

Durante o Japão feudal do século XVI, um velho samurai chamado Kambei (Takashi Shimura) é contratado para defender uma aldeia indefesa que é constantemente saqueada por bandidos. Contando com a ajuda de outros seis samurais, Kambei treina os moradores para resistirem à um novo ataque, que deve acontecer muito em breve.

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5- Viver 

Burocrata de longa data, que não liga para nada que não o interessa, descobre que está com câncer. Decide, então, construir um playground em seu bairro, tentando descobrir um sentido para sua vida.

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6- Rashomon 

O filme descreve um estupro e assassinato através dos relatos amplamente divergentes de quatro testemunhas, incluindo o próprio criminoso e, através de um médium (Fumiko Honma), a própria vítima. A história se desvela em flashbacks conforme os quatro personagens — o próprio bandido (Toshiro Mifune), o samurai assassinado Kanazawa-no-Takehiro (Masayuki Mori), sua esposa Masago (Machiko Kyō) e o lenhador sem nome (Takashi Shimura) — recontam os eventos de uma tarde em um bosque. Mas é também um flashback dentro de um flashback, porque os relatos das testemunhas são recontados por um lenhador e um sacerdote (Minoru Chiaki) para um grosseiro plebeu (Kichijiro Ueda) enquanto eles esperam por uma tempestade em uma portaria arruinada.

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7- O Idiota 

Com O Idiota, Kurosawa utiliza um texto de peso do mestre Dostoiévski. Conheça a história de Kameda, que viaja para Hokkaiko e acaba se envolvendo com duas mulheres. A tragédia acontece após uma perceber que não é amada e decidir tomar providências drásticas quanto a sua situação.

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8- RAN 

Japão, século XVI. Hidetora (Tatsuya Nakadai), o poderoso chefe do clã dos Ichimonjis, decide dividir em vida seus bens entre seus três filhos: Taro Takatora (Akira Terao), Jiro Masatora (Jinpachi Nezu) e Saburu Naotora (Daisuke Ryu). Com o primeiro fica a chefia do feudo, as terras e a cavalaria. Os outros dois ficam com alguns castelos, terras e o dever de ajudar e obedecer Taro. No entanto, Hidetora exige viver no castelo de alguns deles, manter seus trinta homens, seu título e a condição de grão-senhor, mas Saburu, o predileto, prevendo as desgraças que viriam com tal decisão, se mostra contrário à decisão paterna. Assim é expulso do feudo e acaba sendo acolhido por Nobuhiro Fujimaki (Hitoshi Ueki), que se mostra impressionado com sua decisão de contrariar o pai e casa-o com sua filha. Hidetora vai ao seu castelo, que agora é de Taro, e não é bem recebido, pois seu primogênito é encorajado por Kaede (Mieko Harada), sua mulher, para ter liberdade para tomar decisões e chefiar o feudo. Kaede quer vingar a morte dos pais, que foram mortos por Hidetora em um incêndio, e guarda muito rancor e igual rejeição. Hidetora sente isso quando vai ao castelo de Jiro e assim se vê isolado em seu ex-império e bem próximo da insanidade.

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9- Dersu Uzala 

Drama contemplativo realizado por Kurosawa quando exilado do Japão. A Rússia financiou a história, passada no fim do século 19, que narra a aventura de um explorador e cartógrafo russo na Sibéria, onde pretende mapear toda a região. Para isso conta com ajuda de caçador mongol. Oscar de melhor filme estrangeiro.

 

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10- Os Homens que Pisaram na Cauda do Tigre

O filme está ambientado no Japão medieval, e é uma adaptação de uma obra Kabuki, do teatro japonês tradicional, de 1840. Narra como um samurai fugitivo, o senhor Yoshitsune, seu irmão e seus guardas-costas tentam cruzar a fronteira.
Este filme, do início da carreira de Kurosawa, guarda uma certa relação com “A Fortaleza Escondida”. Tem um argumento similar, personagens parecidos, e se busca o mesmo objetivo.

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Com pequenas mentiras perdemos grandes pessoas

Com pequenas mentiras perdemos grandes pessoas

Ninguém gosta de mentiras, por mais piedosas ou pequenas que sejam. Não é bom que decidam por nós o que devemos ou não devemos saber, como devemos fazer e por quem devemos enterrar algo.

Não há nada mais avassalador que a mentira e a hipocrisia, pois ambas nos fazem sentir como se fôssemos pequenos e vulneráveis, nos fazem desconfiar do mundo e criar uma proteção de gelo que acaba nos rompendo por dentro. Por isso, com pequenas mentiras perdemos grandes pessoas porque mil verdades são colocadas em dúvida e centenas de sentimentos que acreditávamos serem sinceros também.

A enganação alimenta o mau costume de manipular e fragmentar as experiências e os sentimentos alheios, algo que nos converte em vítimas e que acaba sendo intolerável na hora de procurar o bem-estar e o conforto dentro de uma relação.

Eu gosto que me digam a verdade, e eu verei se dói ou não

Quando um sentimento tão importante como a confiança se quebra, algo se despedaça em nosso interior. É verdadeiramente triste que boas relações e amizades sejam destruídas por culpa de algo que poderia ter sido evitado.

De fato, quando nos damos conta ou descobrimos que fomos enganados, geralmente pensamos que por mais dura que pudesse ser a realidade, poderíamos tê-la suportado muito melhor que a traição de nossa confiança.

Quando descoberta, a mentira sempre provoca mais dor que a verdade. Além disso, não devemos esquecer que o fato de que a verdade um dia seja revelada é algo muito provável pois, como bem sabemos, a mentira tem perna curta.

De qualquer modo, cabe dizer aqui que não podemos exigir sinceridade e sempre nos ofendermos quando alguém fala a verdade, sendo essa dita com respeito. Isso é importante porque muitas vezes consideramos uma pessoa sincera chata ou “mala”, menosprezando os atos de boa fé.

Seja como for, sempre devemos tentar olhar tanto o engano e a mentira, assim como a sinceridade, sob diferentes prismas. Porque por vezes é tão duro dizer algo que simplesmente fica impossível dizê-lo.

A sinceridade é a base de toda a confiança

Todos temos a crença explícita e implícita de que a qualidade de uma pessoa depende de sua capacidade para ser sincero e para se mostrar com clareza perante o mundo e perante as pessoas que a rodeiam.
Do mesmo modo, pressupomos que a base de todo carinho sincero é precisamente a aceitação total e absoluta, sem poréns, condições ou desculpas. Ou seja, em princípio entendemos que não temos que mentir nem ocultar nada a quem queremos bem e a quem nos quer bem.
Mas talvez ,quanto mais carinho exista numa relação, mais expectativas sejam criadas. O simples fato de crer que vamos um dia decepcionar as esperanças e expectativas que os outros depositam em nós nos faz, em algumas ocasiões, cometer o erro de crer que pequenas mentiras podem ser justificadas se nesse contexto.
Como vínhamos dizendo, no entanto, isso não ocorre dessa forma. Por muito que nos custe entender, devemos parar para pensar o que nos decepciona mais, a falta de sinceridade ou a verdade, apesar de esta comprometer momentaneamente o ideal que os demais têm de nós.
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Todos cometemos erros, mas podemos pensar que ocultar o que não se pretende dizer é um erro a mais. É nossa responsabilidade contemplar todas as possibilidades e ser tolerante com os outros do mesmo jeito que gostaríamos que fossem tolerantes conosco.
Partindo desse ponto, cabe a nós analisar se somos capazes de perdoar ou não e como podemos lidar com a situação. E mesmo assim, não podemos nos esquecer de que o fato de que exista o perdão não deve ser uma justificativa para que machuquemos os outros ou os outros nos machuquem.
No final, são as relações de carinho sincero as que são capazes de suportar qualquer verdade e toda a realidade que a acompanha. Mesmo assim, as mentiras podem destruir e devastar a confiança, algo que custa centenas de experiências para construir e apenas um segundo para quebrar.
Devemos, portanto, ter bastante cuidado nesse ponto, que é o mais importante ou ao menos um dos mais importantes de nossas relações afetivas de trocas positivas. Não esqueçamos que a mentira, por mais dura que seja, é uma ótima oportunidade para crescer e selecionar melhor as pessoas que nos rodeiam.

Os 15 quadros de Edward Hopper que melhor retratam a solidão no mundo moderno

Os 15 quadros de Edward Hopper que melhor retratam a solidão no mundo moderno

Hoje, mais do que nunca, estamos conectados 24 horas por dia, 7 dias por semana. Facebook, whatsapp, instagram… tudo que fazemos chega ao mundo em milésimos de segundos, tão rapidamente quanto recebemos informações sobre qualquer pessoa em qualquer lugar do planeta num simples toque em nossos smartphones. Mas será que isso nos livra da solidão?

Edward Hopper, artista norte-americano retratou em incríveis quadros a solidão do mundo moderno. Nascido em 1882, o pintor viveu até 1967 e fez retratos realistas e únicos de pessoas em estado de solidão. As obras causam um impacto enorme, pois não só nos vemos inseridos naqueles cenários, como também entramos em contato com a crua solidão do outro.

Abaixo, 15 das mais impactantes obras de Hopper selecionadas pelo NotaTerapia . Confira:

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A Arte de Fracassar – Por Pema Chödrön

A Arte de Fracassar – Por Pema Chödrön

Quando a [Universidade] Naropa me pediu o tema do meu discurso, decidi não enviar porque pensei que, se eu o fizesse, eles não iriam me permitir falar.

Meu discurso é inspirado numa citação de Samuel Beckett, que diz mais ou menos o seguinte: “Fracasse! Fracasse de novo! Fracasse melhor!” Eu pensei que, se há uma habilidade que não é enfatizada, mas é realmente necessária é a de lidar bem com o fracasso. A fina arte de fracassar.

Há muita ênfase no sucesso. E, comprando ou não toda essa propaganda, nós todos queremos ser bem sucedidos, especialmente se considerarmos como sucesso “aquilo que tem o resultado que a gente quer”. Você se sente bem, coração leve, quando tudo dá certo. Por essa definição, podemos dizer que fracasso é tudo aquilo que não acontece exatamente como a gente quer.

E fracasso é uma coisa para a qual, geralmente, ninguém está preparado. Eu acho que se tem uma coisa que pode nos dar uma ideia de como agir quando as coisas não acontecem como a gente quer, é a educação contemplativa.

Você deve buscar bastante instrução e coragem e apoio para sentir como as coisas impactam você – não é se deixar arrastar pelo ocorrido, mas assumir a responsabilidade por tudo o que acontece com você e desenvolver ferramentas para lidar com sentimentos dolorosos.

E então, fracasse, fracasse de novo, fracasse melhor. É a forma de ficar bem e segurar a barra da vulnerabilidade em seu coração.

Pema fundou o mosteiro de Gampo Abbey, onde vive em Nova Escócia, Canadá.

Fonte indicada: nowmaste

Anúncio com conteúdo relevante e que pede desculpas às mulheres

Anúncio com conteúdo relevante e que pede desculpas às mulheres

Não é raro que reclamemos de comportamentos que, mesmo sem perceber, nós mesmos reproduzimos.

Alguns padrões têm forte peso cultural e são relacionados aos papeis de homem e mulher.

Para romper com esses esteriótipos, esse anúncio utiliza-se de um pai em profunda reflexão que finalmente percebe como sua filha está vivendo e qual o seu papel nisso tudo.

Mais que um anúncio, o vídeo é um pedido de desculpas que cala dentro da gente.

33 sites que farão de você, certamente, uma pessoa mais sábia

33 sites que farão de você, certamente, uma pessoa mais sábia

Não é nenhuma novidade que a web é, virtualmente, um poço infinito de informação e conhecimento. Pode-se dizer, sem correr o risco de dar um chute muito longe, que praticamente todo o conteúdo produzido pela humanidade está, de uma forma ou de outra, convertido em dados digitais, acessíveis a quem quiser.

O problema é saber quais caminhos percorrer para chegar até esse conhecimento. Afinal, também não é novidade alguma que o efeito de ter tanta informação acessível de forma tão rápida e gritante é, justamente, a dificuldade de se separar o joio do trigo.

A web cada vez mais se torna um recurso poderoso que pode facilmente nos ajudar a aprender algo novo todos os dias. E os sites fantásticos listados abaixo são tudo que você precisa.

“Não tenho nenhum talento especial, só tenho paixão em minha curiosidade.” – Albert Einstein

Há uma boa chance que você seja capaz de aplicar pelo menos uma dessas ferramentas de aprendizado e acabar se tornando uma pessoa melhor do que era ano passado. Estes são alguns dos melhores sites que o deixarão mais sábio dia após dia.

1. BBC — Future— O deixa mais inteligente, todos os dias.

2. 99U (YouTube) —  Insights aplicáveis sobre produtividade, organização e liderança para ajudar as pessoas criativas a levarem suas ideias adiante.

3. Youtube EDU — Vídeos educacionais que não têm gatinhos bonitinhos entrando em caixas  —  mas que despertam conhecimento.

4. WikiWand — Uma interface nova e modernosa para a Wikipédia.

5. The long read (The Guardian) — Ensaios, perfis e reportagens que vão fundo.

6. TED — Ótimos vídeos para abrir sua mente para quase qualquer tópico.

7. iTunes U — Aprendizado “para viagem” das melhores universidades do mundo.

8. InsightfulQuestions (subreddit) — Discussões intelectuais que não são necessariamente ligadas a um ou outro gênero.

9. Cerego — Ajuda a confeccionar planos de estudo personalizados baseados em seus pontos fortes e fracos para ajudar a reter o conhecimento.

10. University of the People— Universidade online gratuita que oferece educação superior em vários canais.

11. OpenSesame — Mercado para treinamento online, com agora mais de 22 mil cursos.

12. CreativeLive — Faça aulas gratuitas sobre criatividade com os maiores especialistas do mundo.

13. Coursera— Em parceria com algumas das melhores universidades estadunidenses, o Coursera oferece uma imensidão de cursos gratuitos.

14. University of reddit — o produto do intelectualismo livre é um santuário para o compartilhamento do conhecimento.

15. Quora — Você pergunta, a internet discute – com grandes especialistas e fascinantes trocas sobre qualquer coisa.

16. Digital Photography School— Uma mina de ouro de artigos sobre como melhorar suas habilidades fotográficas.

17. Umano –Explore a maior coleção de artigos de áudio feitos por pessoas reais. O Dropox comprou a Umano. Brain Pickings é um ótimo substituto para o número 17.

17.1. Brain Pickings — Posts longos e profundos sobre vida, arte, ciência, design, história, filosofia e muito mais.

18. Peer 2 Peer University ou P2PU, é um projeto educacional aberto que o ajuda a aprender no seu próprio ritmo.

19. MIT Open CourseWare é um catálogo de cursos online e recursos de aprendizado oferecidos pelo MIT.

20. Gibbon— A playlist definitiva para o aprendizado.

21. Investopedia — Aprenda tudo que precisa saber sobre o mundo do investimento, mercados e finanças pessoais.

22. Udacity oferece aulas interativas online e cursos de educação superior.

23. Mozilla Developer Network oferece documentação detalhada e recursos de aprendizado para programadores web.

24. Future learn — aproveite cursos online gratuitos das melhores universidades e de organizações de especialistas.

25. Google Scholar  — fornece uma busca na literatura acadêmica, em todas suas disciplinas e fontes, incluindo teses, livros, resumos e artigos.

26. Brain Pump — Um lugar para aprender algo novo todos os dias.

27. Mental Floss — Teste seu conhecimento com fatos, trívias, testes e jogos que desafiam seu cérebro.

28. Learnist — Aprenda com uma curadoria da web, e de vídeos e livros, feita por especialistas.

29. DataCamp — Tutoriais online sobre ciência dos dados e R (pacote de softwares estatísticos).

30. edX — Faça cursos online nas melhores universidades do mundo.

31. Highbrow— Receba cursos condensados por e-mail.

32. Coursmos — Faça um microcurso quando quiser, em qualquer dispositivo.

33. Platzi— Aulas ao vivo sobre design, marketing e programação.

Quais das suas ferramentas de aprendizado favoritas não estão nessa lista?

“O que seria mais importante para alguém que quer aprender do que se tornar proficiente em pensar bem?” Peter Worle

VIA: Medium e Pensador Anônimo

Um bom amigo é o jeito mais bonito de Deus chegar até nós.

Um bom amigo é o jeito mais bonito de Deus chegar até nós.

Era quase Páscoa. Um homem qualquer, em qualquer canto do mundo, franzindo a testa preocupada, os joelhos no chão e a cabeça na lua, pedia a Deus um auxílio prático: por conta de uma esparrela financeira, dessas que acometem toda gente uma vez e outra na vida, sua despensa andava tão vazia de tudo quanto o coração de um algoz carece de amor.

Na geladeira havia nada além de gelo e ar e luz. No armário, o último meio pacote de macarrão dizia “tchau” a uma prateleira triste. Em sua carteira havia nada. O carro que o levava de um trabalho a outro, que buscava seu filho na escola e que deixaria de ser seu se não pagasse a parcela seguinte, jazia em pane seca. O homem deu de ficar triste.

Então surgiu um bom amigo. Ele trouxe pão, cerveja e notícias da cidade grande. Depois vieram mais dois, um casal querido, e trouxeram pão de forma, leite, requeijão. Trouxeram maçã e banana, bolacha doce, bolo Santa Luzia. De meia dúzia de sacolinhas de plástico branco brotavam uma dúzia de ovos, macarrão e molho, açúcar e café, suco de caixinha e até chocolate, porque afinal estamos na Páscoa. Eles ficaram ali, falando da vida, do preço das coisas, rindo do que passava na TV, sonhando de tudo um pouco. E quando se foram, bêbados de sono e afeto, o homem foi dormir de coração feliz e barriga cheia.

Na manhã seguinte chegou outra amiga, doce como o carinho dos avós, e trouxe mais pão, macarrão, molho branco, barrinha de cereal e mais chocolate, porque afinal estamos na Páscoa. Trouxe um vinho para o almoço e um coração cheio de amor. Eles ficaram ali, cuidando da vida, tratando de arrumar o mundo a partir de sua casa. Ao sair, a boa amiga comprou um dos livros do homem a preço generoso e pronto: trouxe de novo à vida o carro que jazia sem combustível.

Assim chegou o domingo, ensolarado, sorrindo. A esperança tomou nos braços a cabeça cheia do homem e invadiu seu coração com força, num susto de amor e vontade, ardendo num desejo indefensável de gratidão e recomeço. Porque, afinal, estamos na Páscoa.

O homem se pôs de pé num salto. E se deu conta de que os amigos, ah, minha gente, os amigos são o jeito mais bonito de Deus chegar até seus filhos.

Feliz Páscoa!

5 maneiras simples de arruinar a sua vida

5 maneiras simples de arruinar a sua vida

Você tem o direito de retroceder, de não saber o que o inspira. Você pode passar um ‘tempo fora’ para repensar a vida. Muitas vezes esquecemos destas verdades tão simples. Desde a escola, nos ‘programamos’: entrar na universidade, conseguir emprego. Vamos ao trabalho todas as manhãs, até mesmo sem gostar do que fazemos, porque sentimos a obrigação de cumprir com nossos próprios conceitos de como a vida deve ser. Damos um passo, depois outro, pensando que só estamos cumprindo a ‘lista de controle’, e, de repente, um dia acordamos deprimidos pela manhã. É assim que arruinamos nossas vidas.

Arruinamos a vida ao escolher a pessoa errada. Por que temos tanta pressa nos relacionamentos? Por que queremos encontrar alguém o mais rápido possível, em vez de querer ser alguém? Acredite, o amor escolhido por comodidade, nascido da necessidade de ter alguém com quem dormir, determinado pela nossa necessidade de atenção, e não com a paixão, não o irá motivar a se levantar às 6 horas da manhã para mudar o mundo. Você deve guiar o seu rumo em direção ao amor fundamental: o tipo de relacionamento que faz de nós pessoas melhores todos os dias.

«Mas eu não quero ficar sozinho», diz você a si mesmo muitas vezes. Passe algum tempo sozinho. Almoce sozinho, marque compromissos consigo mesmo, durma só. Assim, você poderá se conhecer melhor. Irá crescer como pessoa, saber o que o motiva, pensar nos seus sonhos e convicções. E, quando conhecer a pessoa que lhe der frio na barriga, terá a certeza de que é a pessoa certa, por estar seguro de si mesmo. Espere. Peço que você faça o favor de esperar o amor, de lutar por ele, de se esforçar por ele, pois ele é o sentimento mais bonito que seu coração poderá experimentar.

Arruinamos nossa vida ao permitir que o passado a domine. Algumas coisas acontecem, inevitavelmente. A vida de todos tem momentos difíceis: dor, confusão, dias nos quais nos sentimos inúteis e desnecessários. Há momentos que permanecem conosco para sempre, e há palavras que nos machucam. Não podemos permitir que esses momentos determinem o nosso destino: são apenas situações ou palavras desagradáveis. Se você deixar que cada acontecimento negativo em sua vida mude sua percepção de si mesmo, começará a ver o mundo de forma negativa.

Você deixará passar boas oportunidades e irá se convencer de que é bobo demais estar a cinco anos sem uma promoção. Perderá o amor de sua vida por não se achar suficientemente bom para seu parceiro anterior, e não irá acreditar quando alguém lhe disser o quanto você é bonito. É um processo cíclico de autodestruição. Se você não deixar o passado para trás, verá o presente de forma distorcida, lamentando-se pelos fracassos.

Arruinamos nossa vida ao nos compararmos com os outros. A quantidade de seguidores no seu Instagram não diminui nem aumenta sua importância. A quantidade de dinheiro em sua conta bancária não tem a ver com suas qualidades humanas, com sua inteligência ou sua felicidade. A pessoa que tem o dobro do que você tem não é mais valiosa nem aproveita mais a vida do que você. Dependemos tanto do que nossos amigos pensam que isso acaba nos destruindo, criando em nós uma necessidade prejudicial de nos sentirmos importantes. Estamos dispostos a tudo para criar o sucesso ilusório que devemos exibir nas redes sociais.

Arruinamos nossa vida quando não nos permitimos sentir. Temos medo de falar demais e dizer às pessoas o que elas representam para nós. Ao demonstrar a importância que alguém tem, você acaba se tornando vulnerável. Porém, não há nada de vergonhoso nisso. Há algo de mágico nos momentos em que você revela sua alma e diz a verdade sobre seus sentimentos. Diga para aquela garota que ela lhe inspira. Diga a sua mãe o quanto você a ama em frente aos seus amigos. Expresse seus sentimentos. Abra o seu coração, não deixe que ele endureça. Seja corajoso no amor.

Arruinamos nossa vida ao permanecer em nossa zona de conforto. No fim do dia, você sente alegria de viver? Quando nos conformamos com algo menor do que queríamos no começo, destruímos nosso próprio potencial e nos enganamos. Talvez, o próximo Michelangelo esteja agora trabalhando diante de um computador, fazendo orçamento para a compra de alfinetes por precisar cortar gastos de alguma forma, ou por se sentir cômodo desta maneira, ou porque acha que aquilo é o aceitável. Não deixe que isso aconteça com você. Não arruíne sua vida assim. A vida e o trabalho, a vida e o amor, estão inseparavelmente ligados entre si. Precisamos fazer um trabalho extraordinário, precisamos encontrar um amor extraordinário. Só assim, podemos viver uma vida extraordinária.

Fonte: thoughtcatalog.com
Foto de capa: Elizabeth Gadd
Tradução e adaptação: Incrível.club

Pessoas inteligentes tendem a ter menos amigos

Pessoas inteligentes tendem a ter menos amigos

(Da redação)

Um novo estudo descobriu por que gênios tendem a ser solitários. De acordo com uma pesquisa publicada recentemente na revista científica British Journal of Psychology, quanto mais as pessoas muito inteligentes precisarem socializar, menos satisfeitas elas estarão com a vida.

Para chegar aos resultados, os psicólogos evolucionistas Satoshi Kanazawa, da London School of Economics, na Grã-Bretanha, e Norman Li, da Universidade de Administração de Singapura, em Singapura, questionaram 15.000 pessoas, com idade entre 18 e 28 anos, sobre a felicidade. Foram analisados também dados como a densidade populacional do local onde os voluntários viviam e a frequência de interação com os amigos.

O estudo se baseou na teoria da savana, proposta em 2004 por Kanazawa. Segundo a tese, ancestrais que viviam na savana Africana precisavam ser sociáveis para sobreviver a um ambiente hostil. Naquele tempo, a população era escassa, com cerca de 150 integrantes por grupo. Os pesquisadores acreditam então que, por causa da herança ancestral, a maioria das pessoas atualmente relata sentir-se mais feliz quando vive em lugares com menor densidade demográfica e quanto mais convive com amigos e familiares.

O que o novo levantamento mostrou, contudo, é que isso não se aplica para aqueles que são muito inteligentes. No caso de pessoas com QI muito alto, a densidade demográfica baixa não aumenta a sensação de felicidade. Além disso, quanto mais elas precisam socializar com outras pessoas, a satisfação delas com a vida tende a ser menor. “O efeito da densidade populacional na satisfação com a vida era mais de duas vezes maior para os indivíduos de baixo QI do que para os indivíduos com QI mais alto. E indivíduos mais inteligentes eram, na verdade, menos satisfeitos com a vida se socializavam com seus amigos com mais frequência”, escreveram os autores.

Os autores acreditam que os indivíduos considerados gênios possuem cérebros mais evoluídos, o que os tornaria mais adaptados aos desafios da vida moderna. O problema é que essas pessoas estão sujeitas a viver em constante conflito entre aspirar objetivos maiores e estar vinculado às raízes do passado evolutivo.

Fonte indicada: Veja

Parábola sobre como as circunstâncias mudam as pessoas

Parábola sobre como as circunstâncias mudam as pessoas

Um dia, uma jovem se aproximou do seu pai e, de maneira triste, lhe disse:

— Pai, estou tão cansada de tudo! Tenho tantos problemas no trabalho e na vida pessoal que já não aguento mais… O que eu posso fazer?

Seu pai respondeu:

— Deixa eu te mostrar.

Colocou no fogão três panelas com água e pegou uma cenoura, um ovo e café. Em seguida colocou um ingrediente em cada uma das panelas. Após alguns minutos, apagou o fogo e perguntou para a filha:

— O que aconteceu com o que eu coloquei na água?

— Ah, pai, a cenoura cozinhou, o ovo também. E o café se dissolveu.

— Isso mesmo — respondeu o pai -, mas, se olharmos com mais atenção, perceberemos que a cenoura, que era tão dura, amoleceu e ficou mole. O ovo, que parecia tão frágil e delicado, ficou duro. O aspecto é o mesmo, mas o seu interior mudou completamente, cada um do seu jeito e por causa de uma mesma situação: a água fervendo. A mesma coisa acontece com as pessoas: aquelas que parecem mais fortes podem acabar sendo mais frágeis, e aquelas que parecem indefesas e delicadas se transformam em duras e rígidas…

— Tá certo, mas e o café? — perguntou a filha curiosa.

— Ah, o café é o mais interessante. Ele se dissolveu completamente no ambiente estranho e modificou esse ambiente. Fez da água fervendo uma bebida gostosa e cheirosa. Existem pessoas que, ao perceberem que não podem sair de uma determinada situação, decidem mudá-la e a transformam em algo positivo, colocando sua disposição e seu conhecimento e se entregando para fazer daquilo uma coisa melhor. É escolha de cada um saber como agir ao passar por uma situação complicada.

A parábola foi encontrada no site Incrível.

10 filmes cheios de significado

10 filmes cheios de significado

Por Carlos N. Mendes

Seria impossível falar em filmes que trazem profundo significado sem mencionar Ingmar Bergman. Bergman é essencialmente um autor de histórias adultas, extremamente cinematográficas e plenas de questionamentos.
Também há Eric Rohmer, um “Bergman” francês, mas com um estilo mais ‘latino’. Esse diretor apresenta diálogos densos, mas tão interessantes que fazem com que quem assiste se sinta dentro do próprio drama. Destaco, entre seus filmes,  ‘Amor à Tarde’ e ‘Minha Noite com Ela’.

Atom Egoyan, egípcio que vive no Canadá , Andrei Tarkovski, russo e Akira Kurosawa, japonês, são cineastas que você pode pegar qualquer filme e aprender algo mais sobre a vida.

Abaixo, alguns dos filmes que considero cheio de significados. Eu não poderia dizer que são “os 10 melhores”, uma vez que nossos gostos mudam com o tempo assim como nossas memórias também não são tão confiáveis.

É uma lista que considero simples e não tecnica, mas que compartilho para quem quiser ver bons filmes.

1-  Cemitério dos Vagalumes (Isao Takahata, 1988)

Título original: Hotaru no Haka

Sinopse:

O filme relata a história de dois irmãos, Seita e Setsuko, no período da Segunda Guerra Mundial no Japão. O pai deles é convocado a defender o país na guerra, pois faz parte da marinha japonesa, e a mãe falece em um bombardeio de aviões norte-americanos.

A partir daí, o filme mostra a luta pela sobrevivência das duas crianças, em meio à pobreza e miséria que assola o país. Fome, doenças e a falta de generosidade e de sensibilidade dos adultos faz deste percurso um dos filmes mais bonitos e comoventes sobre o trágico quadro gerado pela guerra.

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2- A Partida (Yojiro Takita, 2008)

Título original: Okuribito

Filme japonês sobre um preparador de funerais, de uma carga emocional surpreendente.

Sinopse:

Daigo Kobayashi (Masahiro Motoki) é um jovem recém-casado que encontra-se sem emprego após o dissolvimeto subito da orquestra na qual tocava.

O casal resolve voltar à cidade natal de Daigo, para que possam reiniciar a vida. No entanto, o trabalho que Daigo encontra na cidade é como “nokanshi”, uma pessoa que prepara os mortos para o velório e cremação. Neste encontro com a morte, Daigo descobrirá sentido em sua vida.

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3-  Dois Dias, Uma Noite (Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne, 2015)

Título original: Deux Jour, Un Nuit

O filme é sobre uma operária tentando salvar seu emprego em meio a uma crise depressiva. A ‘secura’ que percebo no atual cinema francês não tira valor emocional algum no resultado final, acredite.

Sinopse:

Na Bélgica, Sandra (Marion Cotillard) ficou afastada do trabalho por depressão e, quando retorna, descobre que seus colegas aceitaram receber um bônus salarial no lugar de sua vaga. Agora com a ajuda do marido (Fabrizio Rongione), ela tem apenas um final de semana para fazer os colegas mudarem de ideia, para que ela possa manter seu emprego.

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4- Thelma & Louise (Ridley Scott,1991)

Título original: Thelma & Louise
O cinema comercial americano às vezes consegue transformar lições de vida em produtos muito interessantes. O valor deste está em mostrar que o que você quer está ali, depois do medo.

Sinopse:

Louise Sawyer (Susan Sarandon) é uma garçonete quarentona e Thelma (Geena Davis) é uma jovem dona-de-casa. Cansadas da vida monótona que levam, as amigas resolvem deixar tudo para trás e pegar a estrada. Durante a viagem, elas se envolvem em um crime e decidem fugir para o México, mas acabam sendo perseguidas pela polícia americana.

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5-  Namorados para Sempre (Derek Cianfrance, 2011)

Título original: Blue Valentine

Cinema alternativo americano. Ao contrário do título, a historia se foca no exato momento que uma relação morre.

Sinopse:

Casados há vários anos e com uma filha, Cindy (Michelle Williams) e Dean (Ryan Gosling) são jovens da classe trabalhadora que passam por um momento de crise, vendo o relacionamento ser contaminado por uma série de incertezas. Ele trabalha como pintor, enquanto que ela é enfermeira de uma clínica médica. Seguem em frente e tentam superar os problemas, se baseando no passado que fez com que se apaixonassem um pelo outro.

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6-  12 Anos de Escravidão (Steve McQueen, 2014)

Título original: 12 Years a Slave

Terrível, amargo, lindo.

Sinopse

1841. Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos ele passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços.

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7- A série “Antes”: Amanhecer/ Pôr-do-Sol/ Meia-Noite:

Antes do Amanhecer, 1995

Antes do Pôr-do-Sol, 2004

Antes da meia noite, 2013

Dirigidos  por Richard Linklater e filmados com 10 anos de diferença entre si, com os mesmos atores.

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8-  Caché (Michael Heneke, 2006)

Sobre o passado que condena e que insiste em acertar as contas.

Sinopse: 

Um dia Georges (Daniel Auteuil) e sua esposa Anne (Juliette Binoche) recebem uma fita de vídeo com imagens de sua casa, que fora filmada por uma câmara instalada na rua. Depois disso começam a receber desenhos sinistros. Assustado, o casal tenta descobrir o autor daquelas misteriosas ameaças que perturbam a paz de sua família. Logo percebem que quem os persegue conhece mais sobre o seu passado do que eles poderiam esperar.

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9- Desejo e Reparação (Joe Wright, 2008)

Título original: Atonement

Um filme sobre a culpa e tudo o que ela carrega consigo.

Sinopse:

Em 1935, no dia mais quente do ano na Inglaterra, Briony Talles (Romola Garai) e sua família se reúnem num fim de semana na mansão familiar. O momento político é de tensão, por conta da 2ª Guerra Mundial. Em meio ao calor opressivo emergem antigos ressentimentos familiares. Cinco anos antes, Briony, então aos 13 anos, usa sua imaginação de escritora principiante para acusar Robbie Turner (James McAvoy), o filho do caseiro e amante da sua irmã mais velha Cecília (Keira Knightley), de um crime que ele não cometeu. A acusação na época destruiu o amor da irmã e alterou de forma dramática várias vidas.

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10 – O Pianista (Roman Polanski, 2002)

Saga de um sobrevivente da Segunda Guerra.

Título original: The Pianist

Sinopse:

O pianista polonês Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody) interpretava peças clássicas em uma rádio de Varsóvia quando as primeiras bombas caíram sobre a cidade, em 1939. Com a invasão alemã e o início da 2ª Guerra Mundial, começaram também restrições aos judeus poloneses pelos nazistas. Inspirado nas memórias do pianista, o filme mostra o surgimento do Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros para encerrar os judeus em algumas áreas, e acompanha a perseguição que levou à captura e envio da família de Szpilman para os campos de concentração. Wladyslaw é o único que consegue fugir e é obrigado a se refugiar em prédios abandonados espalhados pela cidade, até que o pesadelo da guerra acabe.

As sinopses oficiais possuem dados da Wikipedia e do site Adoro Cinema.

 

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