Os principais tipos de relacionamentos ioiô

Um tema de imensa importância e que se costuma não ser dado a devida atenção são os chamados RELACIONAMENTOS IOIÔ. O que são esses relacionamentos? São aqueles em que o casal vive se separando e voltando poucos dias ou semanas depois. Esse tipo de relacionamento é dominado pela INSEGURANÇA, MEDOS, CARÊNCIAS e, principalmente, pela IMATURIDADE.

Os casais que costumam fazer isso podem estar passando por diversos problemas ou dificuldades. São tantas as possibilidades que se fosse tratar de todas minuciosamente escreveria páginas e páginas. Abaixo falarei um pouco sobre os principais tipos de relacionamentos ioiô e de antemão digo que os maiores motivos para se embarcar neles são a falta de SINCERIDADE e TRANSPARÊNCIA.

Um caso clássico são aquelas pessoas que tem uma autoestima infinitesimal ou tendendo a zero. Muitas dessas pessoas namoram alguém só para não ficarem sozinhas. Já ouviu aquela frase? “Ruim contigo, pior semtigo”? Pois é! É dessas pessoas que estou falando! Os relacionamentos ioiô nesses casos acontecem assim, um dos dois termina e tenta “encontrar alguém melhor”. Como encontrar alguém melhor se você mesmo não consegue ser melhor? Não se esforça para ser melhor? Não dá meu amigo! Aí a pessoa fica CARENTE e depois de tentativas em vão volta para a pessoa que não ama de verdade, volta só para não ficar sozinha e vive assim um pseudo-relacionamento. Eu falei em um tom um pouco irônico, mas para esses casos o que acredito ser a melhor saída é a busca de uma ajuda psicológica, para melhorar a autoestima, juntamente com a busca incessante pelo autoconhecimento.

Um dos casos mais comuns são os namorados PILANTRAS. Isso mesmo! Pilantras! Quem são os namorados pilantras? Aprendi isso com um padre brasileiro super engraçado, o Christian Shankar. Os namorados pilantras são aqueles que terminam 2 ou 3 dias antes do carnaval e querem voltar 2 ou 3 dias depois do carnaval. Por que será que eles fazem isso, hein? Acho que nem preciso responder não é mesmo? Pois é! Esses são os namorados pilantras.

Mas sabe de uma coisa! Muitos casais ACEITAM isso. Nessa hora eu tomo as palavras do padre Christian. Quem aceita isso merece “levar chifre mesmo”. Só mesmo uma terrível autoestima e sentimento de desprezo por si mesmo para aceitar isso. Eu digo a você que o mais importante é SE AMAR primeiro. Se você se ama e consegue ser feliz e equilibrado sozinho, pode ter certeza que isso que acabei de citar jamais acontecerá, porque você jamais permitirá que aconteça, entende? Espero ter sido bem claro na minha colocação. Quero aproveitar para compartilhar o vídeo em que ele fala sobre isso, um vídeo falando sobre 10 conselhos para quem quer namorar alguém. Esse foi um dos melhores vídeos falando sobre relacionamentos que assisti em toda a minha vida, bem engraçado e direto…

Outra possibilidade é a das pessoas com problemas mal resolvidos do passado. Esse pode ser um grande “abacaxi”, porque muitas delas sofrem de algo que denomino “MEDO DE REVELAR OS MEDOS”. São pessoas que sentem que quando alguém está prestes a adentrar e seus territórios feridos das emoções, ou se fecha no seu mundo de sombras ou muda totalmente o assunto. Vários relacionamentos ioiô passam por essas situações. O indivíduo que sofre desse medo se sente sufocado pelo outro, como se ele ou ela quisesse fazer um interrogatório sobre o seu passado. Para esse tipo de casal e situação o meu conselho é simples e precioso. Evite conversar sobre o passado da outra pessoa! Lembre-se sempre da frase do grande Roberto Carlos“o que passou não quero mais lembrar, só quero ter você aqui…”. Dessa forma a pessoa se sentirá muito mais confortável e segura.

Outro caso um pouco mais sutil e complexo acontece com as pessoas nostálgicas, esse tipo de relacionamento ioiô mexe com o inconsciente do indivíduo, por isso que é mais complexo. Como acontecem esses casos? Um dos dois termina e aquele mais nostálgico fica sofrendo em demasia ao lembrar os melhores momentos que o casal passou junto, e como a nostalgia sempre é a lembrança de algo bom e carregado de emoções positivas, a pessoa desvia seus pensamentos daquilo que foi conflituoso e levou ao rompimento amoroso e volta a pensar no relacionamento em suas fases mais iniciais, que certamente estavam carregadas de emoções positivas e, acima de tudo, de paixão. Dessa forma, a pessoa também fica carente e “louca” para voltar o relacionamento, o que acaba acontecendo. Porém, a realidade mostra que já não existe mais paixão e dentro de pouco tempo um dos dois decide terminar mais uma vez, e fica um ciclo quase interminável de terminar-voltar-terminar-voltar! Você se identificou com essa possibilidade? Ela é mais comum do que se imagina…

Existem outras possibilidades, mas acho que falei as principais. Evite os relacionamentos ioiô, eles só revelam MEDOS, INSEGURANÇAS, CARÊNCIAS, e principalmente INFANTILIDADES.

Para concluir esse texto com um gostinho especial, nada melhor do que um forrozinho pé de serra que eu adoro, do grande cantor e compositor Dorgival Dantas, a música “amor covarde”







Bacharel em Física. Mestre em Engenharia Mecânica e Psicanalista clínico. Trabalha como professor particular de Física e Matemática e nas consultas com Psicanálise em Fortaleza. Também escreve no seu blog "Para além do agora" compartilhando conteúdos voltados para o autoconhecimento e evolução pessoal. Contato: [email protected]