“Os pais de hoje acabaram com a meritocracia. O filho não precisa lutar para nada.” – Içami Tiba

Trouxemos aqui um trecho no qual o educador e médico Içami Tiba discorre, em uma entrevista ao Correio Brasiliense, sobre “pais e filhos” a atualidade. Ele aponta verdades e receios que devem ao menos acender em nós um alerta quanto à forma com que agimos ao educar nossos filhos. Confira:

Perguntado sobre como os pais de hoje criam os seus filhos, Içami responde:

Existem duas diferenças primordiais: a tecnológica e a comportamental. Em relação à primeira, os filhos hoje aprendem o alfabeto digital como aprendem uma nova língua. É natural. Agora, é importante salientar é que foram os pais que desenvolveram toda essa tecnologia, que hoje eles presenteiam os filhos. Dão o computador, dão o videogame, o notebook… Em relação à mudança de comportamento , antigamente o comportamento padrão era que o pai de hoje tinha que obedecer ao seu pai e ponto final. Havia uma hierarquia. Hoje, isso não existe. O filho faz o que quer, tem vontade própria, não o que o pai quer. E aí os pais ainda deram a internet. Na frente do computador, ele pode tudo, é dono do mundo. Não existem regras ali. 

O reporter afirma que, antigamente, os pais eram mais rígidos. E pergunta:d e maneira geral, hoje os pais são mais relaxados na educação?
Antigamente, tinha o pai bravo, que mal conversava com o filho e chegava só na hora de resolver um problema, já na ignorância. Hoje, os pais que venceram na vida não querem que os filhos sofram o que eles sofreram na infância. Então, tendem a ser mais relaxados, a deixar os filhos mais soltos. Por outro lado, quem diz que não foi o sofrimento que fez com que eles vencessem? Antigamente, os casais tinham muitos filhos, uns oito.

Dormiam todos no mesmo quarto. Se o cara não se esforçasse para sair dali, para conquistar seu espaço, ele ia ficar naquilo para sempre. Os pais de hoje acabaram com a meritocracia. O filho não precisa lutar para nada. E aí, quando alguma coisa encrenca com essa educação, eles querem voltar à educação que tiveram dos pais, a do tapa, do grito. Só que aí não adianta mais.

Leia a entrevista COMPLETA clicando AQUI.

Publicado em nossa página parceira Revista Pazes.







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