O amor em tempos de colheita

Amor, colheita e prosperidade

Por Marcela Alice Bianco

Certa vez escutei uma história que, verídica ou não, fez todo sentido dentro da minha experiência pessoal.

“Numa floricultura em Nova York existia uma florista que todas as manhãs fazia pequenos arranjos de flores e os deixavam expostos gratuitamente para que aqueles que passassem pudessem levá-los consigo. Entre os arranjos, estavam os feitos por um certo monge e estes eram justamente os primeiros que as pessoas levavam. Intrigada com a predisposição que todos tinham pelas flores do monge, a florista resolveu deixá-los bem atrás dos outros. Mas, mesmo assim, eles continuavam a ser os escolhidos! Então, ela resolveu ir até o monge e perguntar qual era o seu segredo. E a resposta que obteve é que nada de diferente era feito, mas que a cada arranjo montado ele colocava e emanava todo o seu amor e energia para que aquele pequeno presente fosse fonte de beleza e alegria para as pessoas que o levassem”.

Você pode estar se perguntando: Como apenas a intenção dele era capaz de produzir tal efeito?

Sinceramente, me faltam as explicações lógicas e científicas para lhe trazer essa resposta. Mas, o que eu vejo na minha própria vivência e nas histórias de muitas outras pessoas que conheço é que realmente “o olho do dono engorda o gado!”

Todas as coisas que nos propomos a fazer com empenho, dedicação, carinho e amor acabam atraindo resultados mais favoráveis do que se apenas investirmos energia material ou nos dedicamos somente o mínimo necessário. A colheita pode até vir num momento ou de um jeito diferente do que você espera, mas ela acaba chegando.

Então que dizer que a nossa colheita e a prosperidade têm a ver com o amor que colocamos em tudo que fazemos?

Acho que não só! Os frutos dependem também do nosso trabalho na realidade, do nosso foco, dos objetivos que traçamos para nós e que vamos em busca de concretizar.

Portanto, de nada adiantaria o monge apenas olhar para as flores e enviá-las vibrações de amor. Ele precisava “pôr a mão na massa”, escolher as flores, montar os arranjos e dispô-los para a florista. De outra forma sua intenção não se realizaria jamais!

Assim, para a colheita da prosperidade é preciso arregaçar as mangas, preparar a terra, escolher as sementes e semeá-las, regar e proteger. Enfim, tomar todos os cuidados para a plantação vingar e trazer os frutos desejados.

Portanto, se você está num momento que almeja pela prosperidade e ela ainda não chegou na sua vida é a hora de se perguntar: Eu realmente estou depositando no meu sonho tudo o que eu preciso para que ele se realize? Eu sei preparar o solo, escolher as sementes e plantar? Isso que eu quero é realmente o que eu amaria ter ou fazer?

São várias as respostas a serem buscadas, eu sei! Mas, se você quer descobrir qual o caminho e compreender porque algo misterioso simplesmente acontece, você precisa seguir o exemplo da florista da história e ir em busca do conhecimento.

Mas lembre-se, o primeiro amor que você precisa emanar e o primeiro investimento que precisa fazer é sobre você mesmo! E que, assim, você consiga, no momento certo colher a tão sonhada prosperidade!

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Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta Junguiana formada pela UFSCar. Especialista em Psicoterapia de Abordagem Junguiana associada à Técnicas de Trabalho Corporal pelo Sedes Sapientiae e em Gerontologia pelo HSPE. CRP: 06/77338