Não podemos nos tornar adultos demais

Não, nós não podemos nos tornar adultos demais
Não podemos abafar a nossa essência, que é a pureza de coração
Precisamos nos lembrar, sempre, da nossa criança
Ela ainda vive em nosso interior, basta olharmos para dentro
E reavivar a espontaneidade, a ingenuidade e a leveza que ela nos trás

Se formos puramente adultos, não seremos felizes
Se nos tornarmos tão somente pessoas responsáveis, corretas e sérias
Sufocaremos a alegria de viver
E a coisa toda não terá mais graça alguma

Não podemos, definitivamente, ficar restritos aos “valores do mundo”
Precisamos dar espaço, também, aos “valores da alma”
Que estão intimamente ligados à nossa criança
Pura, saudável, brincalhona
E, sobretudo, confiante no processo da vida

Ela não se preocupa com o que aconteceu
Nem com o que está por vir
Ela não fica pensando no que falta, nos perigos e nas mazelas do mundo
Nem com o que os outros vão pensar
Ela só quer aproveitar o momento ao máximo
E realmente se divertir

Já os adultos que esqueceram da sua criança são muito chatos
Sem graça, metódicos, temerosos, materialistas e, muitas vezes, maliciosos
Vivem correndo atrás de convenções sociais e culturais
Que nem sequer entendem, ou questionam
Eles não tem tempo para curtir e para saborear a vida

Para sobrevivermos dignamente nesse mundão de Deus
Precisamos manter, minimanente que seja, a expressão natural dos sentimentos
A comunicação expontânea, a livre manifestação
Precisamos, periodicamente, faxina o nosso coração
Esvaziá-lo de todos os lixos emocionais acumulados
Mandar embora as mágoas, as frustrações, as tristezas, as “adultices”
Para sobrar lugar para a simplicidade,
Para podemos voltar a brincar
E para termos uma emoção saudável, autêntica e leve
Deixando a nossa alma se manifestar
Em toda a sua grandeza
Em toda a sua pureza
E em toda a sua luz!

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Redação CONTI outra. Com informações de Pexels







“Servidora Pública da área jurídica, porém estudante das questões da alma. Inquieta e sonhadora por natureza, acha a zona de conforto nada confortável. Ao perder-se nas palavras, busca encontrar um sentido para sua existência...”