Na noite de Natal, ela preferiu ceiar com moradores e cachorros de rua: ‘A gente fica com o coração repleto de amor’

Ana Rita Pontes, moradora de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, foi agente de uma bonita ação solidária na Noite desta terça-feira (24). Ela resolveu fazer uma ceia natalina de rua, oferecendo comida para moradores e cachorros de rua da cidade.

Acompanhada por alguns amigos, ela distribuiu sanduíches de escabeche e arroz doce na Praça Barão de Guaraúna, no centro de Ponta Grossa. Foram servidos 100 pães, oito quilos de escabeche e 80 potes de arroz doce, além de ração para os cachorros. Ana relata que notou a solidariedade entre os moradores de rua.

“Eles pediam se poderiam repetir perguntando se não iria faltar para outra pessoa. A gente não está ali para julgar. Se todo mundo ajudar um pouquinho a gente não resolve o problema do mundo, mas ajuda”, diz.

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Oito quilos de escabeche, 100 pães e 80 potes de arroz doce foram distribuídos — Foto: Murilo Pontes/Arquivo Pessoal

Ana trabalha na Câmara Municipal de Ponta Grossa como funcionária pública durante o dia. Pela noite, faz caldos congelados para vender. Ela conta que há nove anos faz o trabalho voluntário.

“Volta e meia eu faço esse caldo para os moradores de rua também, mas desta vez o coração pediu para que fosse feito na noite de Natal”, conta.

Ela deu início ao trabalho voluntário após passar datas comemorativas, como a noite de Natal, com o marido no hospital. Ele teve leucemia e perdeu a luta contra o câncer.

“Ele ficou cinco anos em tratamento. Às vezes ficava no hospital na noite de Natal e Páscoa. Eu via muito acompanhante sem ter o que comer. Quando eu perdi o meu marido eu resolvi começar a fazer comida para servir no hospital”, lembra.

Para a funcionária pública, o trabalho voluntário foi feito é como se fosse um presente de Natal que recebeu neste ano.

“É muito gratificante, porque a maioria das pessoas tem muita fome. Depois disso a gente se sente gratificada, com o coração repleto de amor. Não tem dinheiro que pague”, pontua.

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Redação CONTI outra. Com informações de G1

Todas as imagens: Murilo Pontes/Arquivo Pessoal







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