Uma carta escrita por Silvio Santos antes de sua morte foi descoberta recentemente pelas filhas do apresentador. O documento, intitulado “Os Segredos do Êxito”, reúne reflexões pessoais sobre temas como trabalho, fé, liderança e vaidade, e foi entregue aos funcionários do SBT nesta terça-feira (27) por Daniela Beyruti, atual presidente da emissora.
A carta estava entre os pertences deixados por Silvio, que faleceu em agosto do ano passado, e apresenta um retrato íntimo do pensamento do empresário e comunicador que marcou gerações.
Logo no início do texto, Silvio reflete sobre a construção do destino: “Eu acredito na sorte, mas também acredito que cada homem trabalha o seu próprio destino, bom ou mau.” Ele também compartilha sua filosofia sobre liderança: “Nunca colo, em postos chaves, homens que não sabem obedecer. Ninguém pode aprender a mandar sem antes aprender a obedecer.”
A fé, sempre presente na trajetória de Silvio, também ocupa espaço importante no texto: “Sempre tenho tido uma fé inquebrantável em Deus, mas nunca espero que Ele faça o meu trabalho. Eu sei que só Deus é perfeito, mas mesmo assim procuro fazer tudo com perfeição. É uma obsessão que eu não consigo curar.”
Sobre sucesso e vaidade, o apresentador revelou sua fórmula pessoal: “Desde muito jovem pratico dois preceitos: trabalhar muito e gastar pouco. Se uma pessoa se envaidece com o primeiro êxito, grande ou pequeno, está perdido. A vida é uma luta que só deve terminar com a morte.”
Silvio também fez questão de destacar o valor das críticas ao longo de sua carreira: “Fecho os meus olhos às adulações e os abro muito bem às críticas. A verdade é que eu tenho aprendido muito mais com o que dizem os meus inimigos do que o que dizem os meus amigos.” E acrescentou: “Não sei se isto é um defeito, ou uma qualidade, mas confio pouco nos outros e muito em mim mesmo.”
A busca por excelência no trabalho aparece em outra passagem emblemática: “Se uma coisa vale a pena ser feita, significa que ela merece ser bem feita.”
Mesmo ao abordar temas profundos, Silvio encerra o texto com o bom humor que sempre foi sua marca registrada: “O homem que não é capaz de rir de si mesmo não será capaz de fazer alguma coisa boa na vida.”
A revelação da carta emocionou colegas e admiradores do apresentador, que continuam a preservar o legado de um dos maiores ícones da televisão brasileira.