Família de Walewska impediu viúvo de ir ao velório da atleta

O corpo da ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira foi velado e enterrado no último sábado, 23 de setembro, em Belo Horizonte. A atleta, que tinha 43 anos de idade, faleceu após cair do 17º andar do prédio onde residia com seu marido, localizado em Cerqueira César, um bairro nobre no centro da cidade de São Paulo.

O corpo da campeã olímpica Walewska chegou a Belo Horizonte na noite anterior, em 22 de setembro. Ricardo Alexandre Mendes não compareceu ao velório da esposa. Segundo ele, a família de Waaleska o impediu de comparecer: “Me tiraram o direito de me despedir do amor da minha vida. Estava com o bilhete aéreo emitido, um amigo da família disse que os pais dela orientaram eu não ir, até para preservar a todos pelo clima da tragédia”.

Os familiares também acusam Ricardo de não ajudar com os custos do funeral. Ricardo deixou as roupas da ex-jogadora na portaria do prédio para a funerária. O corretor de móveis justifica não pôde enfrentar as burocracias envolvidas. “Ninguém ligou para falar de valores. Pretendo restituir tudo. Não tive condições psicológicas de reconhecer o amor da minha vida, que está morta”.

Um detalhe trágico desse acontecimento foi que Walewska enviou uma mensagem ao marido pouco antes de sua morte. No texto, ela abordou o relacionamento do casal e a decisão dele de se separar. De acordo com o boletim de ocorrência, Ricardo Alexandre Mendes, que estava casado com Walewska há 20 anos, revelou que o relacionamento deles estava passando por uma crise. Ele mencionou que a relação havia se desgastado devido a diversos problemas, incluindo o fato de Walewska ser compulsiva por compras e ter gastado grande parte do dinheiro que haviam acumulado durante os anos de casamento.

O boletim de ocorrência também registrou que cerca de três anos antes, enquanto a atleta estava jogando vôlei em Uberlândia, ela insinuou a possibilidade de cometer um ato contra a própria vida durante uma conversa com seu marido. Isso levou Ricardo a viajar até a cidade e conversar com os pais dela, expondo a situação problemática.

No local onde ocorreu a tragédia, os policiais foram recebidos pela gestora do condomínio, que informou que Walewska havia caído do 17º andar, especificamente na área de lazer, e aterrissado na sacada do apartamento no primeiro andar. Além disso, os policiais encontraram uma garrafa de vinho com uma taça, ambas contendo vinho pela metade, sobre uma mesa na área de lazer. Também encontraram um celular e uma pasta com uma folha sulfite, que aparentemente continha uma carta de despedida escrita pela vítima.

Segundo informações adicionais registradas no boletim de ocorrência, uma auxiliar de limpeza do condomínio afirmou ter visto Walewska Oliveira sentada na área de lazer, bebendo uma taça de vinho. As duas teriam tido uma breve conversa, durante a qual a atleta não demonstrava sinais de choro e falava normalmente.

O caso, catalogado como “morte suspeita”, está sob a responsabilidade do 78º Distrito Policial de São Paulo, localizado nos Jardins.

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Redação Conti Outra, com informações do Metrópoles.







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