Bastou um vídeo de poucos segundos para o nome de Elize Matsunaga voltar a rodar forte nas redes sociais. Na gravação, um influenciador diz ter sido buscado por ela em uma corrida de aplicativo — o suficiente para subir o assunto para a lista de mais comentados e reacender a curiosidade em torno da ex-detenta.
O vídeo foi postado no TikTok por Ryan Barsanulfo, de 17 anos. Nas imagens, ele aparece no banco de trás do carro, gravando a própria reação ao supostamente reconhecer Elize ao volante. Na legenda, a frase que incendiou os comentários:
“Você pede um Uber e quem vem te buscar é a Elize Matsunaga.”

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O conteúdo passou de 2,5 milhões de visualizações em menos de 24 horas e já soma centenas de milhares de curtidas.
Quando o caso começou a ser verificado, a história ganhou outras camadas. Ao Estadão Verifica, Ryan admitiu que a corrida não foi feita pela Uber e que não tem certeza de que a motorista fosse realmente Elize.
Segundo ele, o vídeo foi gravado no fim de outubro, em Franca (SP), e só foi publicado em 5 de novembro, depois que ele assistiu à série “Tremembé”, do Prime Video, que voltou a colocar a criminosa em evidência.
A defesa de Elize também se manifestou. O advogado Luciano Santoro confirmou que, após conseguir liberdade condicional, ela chegou a trabalhar como motorista de aplicativo em 2023, mas não na Uber.
O cadastro foi feito na plataforma Taxi Maxim e durou menos de uma semana. A repercussão na imprensa foi tão grande que ela desistiu da atividade. A própria empresa informou que o perfil foi encerrado no mesmo ano, sem novos registros de corrida desde então.
A Uber, por sua vez, foi taxativa: Elize Matsunaga nunca integrou a base de motoristas da empresa. A plataforma ainda reforçou que o cadastro passa por checagem de antecedentes criminais, o que barraria alguém com condenação como a dela.

Santoro também negou que a mulher que aparece no vídeo seja sua cliente. Segundo o advogado, Elize hoje leva uma rotina discreta, trabalha com costura e tenta se manter longe de exposição pública — justamente o contrário do turbilhão que o vídeo provocou ao ser associado ao nome dela nas redes.
Condenada em 2012 pelo assassinato e esquartejamento do marido, Marcos Kitano Matsunaga, o crime cometido em 2012 voltou a ganhar força no debate público com a estreia de “Tremembé”, série que mostra o dia a dia de alguns dos presos mais conhecidos do país.
O vídeo do TikTok surfou nessa onda e misturou curiosidade, desinformação e velho interesse em tudo que envolve o caso.
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Fonte: Wikimedia (Commons)
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