Com informações de Veja, Veja Saúde, O Globo, R7, ND+
Um surto de uma doença ainda não identificada tem causado preocupação na República Democrática do Congo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a enfermidade já resultou na morte de 53 pessoas e infectou outras 419, muitas das quais apresentam sintomas graves.
Médicos locais relatam que o tempo médio entre o início dos sintomas e o óbito é de apenas 48 horas, tornando o surto ainda mais alarmante. O primeiro foco da doença foi registrado na cidade de Boloko, onde três crianças adoeceram e morreram dois dias após comerem um morcego. Desde então, o número de casos vem aumentando rapidamente.
Investigação e medidas de contenção
As autoridades sanitárias enviaram amostras de 13 casos ao Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica em Kinshasa para análise. Testes preliminares para Ebola e outras doenças hemorrágicas deram negativo, e cientistas seguem investigando o agente patogênico responsável pelo surto.
A OMS monitora a situação de perto e auxilia os profissionais de saúde locais na contenção da doença, enquanto novas medidas são estudadas para evitar uma maior disseminação.
Risco de transmissão de animais para humanos
O surto reforça as preocupações sobre zoonoses, doenças transmitidas de animais para humanos. O consumo de animais selvagens, prática comum em algumas regiões da África, pode estar relacionado à origem da enfermidade. A OMS alertou que o número de surtos de doenças zoonóticas na África aumentou mais de 60% na última década, evidenciando a necessidade de vigilância sanitária e controle sobre o contato humano com a fauna silvestre.
As autoridades continuam investigando o surto para identificar a doença e tomar as medidas necessárias para conter sua propagação.