Dar amor não cansa, decepcionar-se sim

A decepção é um sentimento que, se for prolongado no tempo, não apenas cansa, mas também termina por nos apagar por dentro e destruir nossos sonhos.

Ninguém pode se esgotar de oferecer um carinho sincero para quem, por sua vez, reconhece cada esforço e detalhe. Dar amor não cansa. O que obscurece nosso humor são as decepções e cada vazio sentido nas relações.

A clássica frase “dar amor sem olhar a quem” deveria estar presente em diversos detalhes, estes que nós experimentamos por nós mesmos ao oferecermos o máximo a quem nos rodeia, sem saber que existem limites.

Há quem dê como certo que receber atenção, adulação, favores e carinho é algo que não requer esforço, que somente por ter um parceiro é o esperado, sem lembrar que uma relação é um intercâmbio contínuo onde “você me dá e eu te ofereço”.

O amor incondicional é, sem dúvida, algo muito respeitável. É o que sente, por exemplo, uma mãe por seu filho, um pilar inquebrável que entendemos e valorizamos.

No entanto, a incondicionalidade por si mesma é um terreno perigoso para muitas pessoas. Porque nem em todos os casos pode-se justificar o seguir dando afeto e respeito quando já não os recebemos.

Quando somos desprezados ou traídos. É um aspecto comum em nossas relações afetivas que desejamos abordar neste artigo.

A decepção cansa e apaga pouco a pouco o amor
A decepção cansa e nos faz abrir os olhos. No entanto, até que chegue este momento, passamos por uma série de fases complexas e emocionalmente duras que nos fazem questionar muitas coisas.

Cabe dizer que uma decepção não é obrigatoriamente o primeiro passo rumo a um término. Há situações que nos permitem ver as coisas com maior realismo para fazermos mudanças mais maduras.

Vejamos em detalhe.

Quando o amor é cego e a decepção abre nossos olhos
Há algo que costuma ocorrer quando somos muito jovens: viver estas relações afetivas onde idealizamos o parceiro de tal modo que, longe de enxergarmos qualquer defeito, costumamos colocá-lo em um pedestal muito alto.

O dia a dia vai demonstrando que a perfeição não existe, e isso não deve ser bom nem ruim. Ver a realidade das coisas é uma forma adequada – e necessária – através da qual gerir melhor uma relação.

Nosso parceiro, assim como nós mesmos, não é perfeito, e muito menos infalível. Cometemos erros, e todos temos nossas manias e defeitos.

Estas primeiras decepções devem abrir os nossos olhos para nos darmos conta de que para que a relação prospere, ambos devem investir por igual.

As falhas podem ser corrigidas, os erros servem para aprender, e os defeitos se harmonizam com os nossos.

No entanto, também sabemos que “há decepções e decepções” e erros que nem sempre podemos perdoar.

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A decepção que cansa e que fere
Há fatos, detalhes, palavras e atos que nos abrem os olhos e que demonstram, com impacto, que uma pessoa não era como esperávamos.

O mais provável é que nunca tenha sido como nós pensávamos que fosse, já que como falamos anteriormente, o amor tende a idealizar a personalidade e o caráter das pessoas.
O amor nunca deveria ser oferecido com os olhos fechados. O mais complicado de tudo isso é que, na hora de falar de emoções, entramos em um âmbito onde é muito complicado controlar o que sentimos.
Podemos aceitar uma decepção, podemos perdoar um erro, e inclusive cinco. No entanto, no momento em que se reincide sem se importar em absoluto com a dor causada, nos vemos obrigados, sem dúvida, a tomar uma decisão.
A decepção contínua não apenas cansa, mas também fere e destrói nossa autoestima. É algo que devemos ter muito claro.

Cansei de tantas decepções
Não é preciso chegar a estes extremos. Quando o coração se cansa demais diante de tantas decepções sofridas, começa a se apagar ou a aceitar a situação, a se render.

Nunca devemos cair nestas situações em que toleramos as decepções até o ponto de pensarmos que são “normais”, que o melhor é aguentar e ficar calado.
Não importa se é um parceiro, amigo, ou até filhos. Se não há respeito e existe uma vontade clara de machucar, porque não conhece o que é o respeito e o carinho sincero, é o momento de reagir com firmeza.

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O recomendável é saber fazer isso já na primeira decepção. Uma vez que abrimos os olhos diante de uma realidade, é preciso enfrentá-la e deixar claro que nos machucou. Que não é assim que se constrói uma relação.

Se algo o incomoda, dê-lhe um nome e expresse-o. Se algo o decepciona, demonstre e oferece estratégias para que não ocorra novamente.

Se as decepções continuam, será o momento de dar uma resposta mais contundente. Do contrário, ficaremos feridos e fragmentados demais.

Não permita que isso aconteça.

Fonte: Melhor Com Saude







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