“Cultivemos flores, não parasitas”  por Adriana Vitória

Por Adriana Vitória

Encontrar um bom profissional hoje em dia, em qualquer área, anda muito difícil.
O mundo esta cada vez mais cheio de péssimos profissionais em todas as áreas. Apesar da educação escolar estar caindo de nível vertiginosamente, observo que a principal questão do problema vem da infância.
contioutra.com - "Cultivemos flores, não parasitas"  por Adriana VitóriaPor falta de tempo, ou paciência, as crianças vão para escolas onde o antigo, e ainda atual tradicional sistema de educação, forma “metros” de crianças infelizes, porém, “bem sucedidas”, “socialmente aceitas” e “bem preparadas” para o ENEM e as “seguras” carreiras públicas e privadas. Assim a questão educacional esta “resolvida” para a maioria dos pais. No final deste período escolar, milhares de jovens adultos moldados, que nunca puderam pensar por si mesmos e nunca foram incentivados a reflexão, deixam as escolas com suas almas corrompidas, mais perdidos e angustiados do que nunca.
Como se isso não bastasse, muitas vezes são pressionados a seguirem a carreira de um dos pais ou, incentivadas pelos mesmos, a se embrenharem em carreiras com as quais eles sonhavam e que por falta de talento ou coragem, nunca realizaram.
Assim esse sistema desumano é perpetuado e mal nos damos conta de tanta falta de amor. Estamos todos muito ocupados ganhando dinheiro e tentando preencher nosso vazio com frivolidades.
Triste para todos que se condenam a uma vida cheia de frustrações ao invés de se tornarem indivíduos inteiros e plenos, triste para as vítimas desses profissionais e muito triste para o futuro da humanidade, pois a falta de autoconhecimento e amor leva a raiva, inveja, cobiça e as guerras. Quem é feliz não tem espaço pra mediocridade.
Seja na vida profissional, nas escolhas sexuais ou religiosas, educar sem interferir ainda é o maior desafio da humanidade.
Filhos não são nossas extensões. Somos apenas um veículo para uma existência que vem percorrer seu próprio caminho de desenvolvimento.
Filhos não podem ser símbolo de vaidade, curativos de solidão, nem armas de manipulação. Se decidirmos tê-los, que sejam frutos somente do amor e da generosidade. Cultivemos flores, não parasitas.

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Texto publicado com a autorização da autora.







Mineira de alma e carioca de coração, a artista plástica, escritora e designer autodidata Adriana Vitória deixou Belo Horizonte com a família aos seis meses para morar no Rio de Janeiro. Se profissionalizou em canto, línguas e organização de eventos até que saiu pelo mundo sedenta por ampliar seus horizontes. Viveu na Inglaterra, França, Portugal, Itália e Estados Unidos. Cresceu em meio à natureza, nas montanhas de Minas, Teresópolis, Visconde de Mauá, e do próprio Rio. Protetora apaixonada da Mata Atlântica e das tribos ao redor do mundo, desde a infância, buscou formas de cuidar e falar deste frágil ambiente e dos seres únicos que nele vivem.