Criadores de La Casa de Papel lançam série na Netflix: bilionários presos em bunker de luxo durante o fim do mundo

Se “La Casa de Papel” te fisgou pelo ritmo acelerado, guarda este nome: O Refúgio Atômico (El refugio atómico).

A nova produção espanhola — com 8 episódios — chega à Netflix em 2025 apostando em tensão psicológica, humor ácido na medida certa e uma cutucada direta no modo como a elite encara crises globais.

Logo de partida, a série apresenta o Kimera Underground Park, um complexo subterrâneo high-tech criado para funcionar de forma autossuficiente. Multibilionários compram vaga ali para atravessar o que parece ser o estopim de uma Terceira Guerra.

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Do lado de dentro, há spa, academia, quadra, restaurantes e suíte de hotel cinco estrelas. O conforto, porém, dura pouco.

Com o mundo ruindo nas telas e zero contato real com a superfície, o grupo começa a falhar onde mais se vendeu: controle. A convivência forçada transforma o “paraíso” em prisão dourada. A série acerta ao mostrar como paranoia, vaidade e segredos antigos são mais corrosivos que qualquer ameaça lá fora.

A força do projeto está no recorte social: dinheiro compra ar filtrado, mas não compra confiança, afeto ou sanidade. As disputas internas viram o verdadeiro motor do suspense — quem decide regras? Quem tem acesso ao estoque? Quem mente melhor? Cada episódio puxa esse fio, deixando claro que o perigo principal está dentro da porta blindada.

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A criação é da dupla Álex Pina e Esther Martínez Lobato (também de Sky Rojo), conhecidas por construir narrativas viciantes cheias de viradas. Aqui, elas diminuem o barulho das explosões e aumentam o volume dos conflitos íntimos: conversas cortantes, alianças temporárias e um jogo de poder que troca máscaras com frequência.

No elenco, a mistura funciona: Miren Ibarguren (“La que se avecina”) dá graça e nervo a uma executiva que odeia perder; Joaquín Furriel (“O Reino”) traz frieza calculada; Carlos Santos (“O Homem das Mil Caras”) oferece o tipo de charme que sempre esconde alguma coisa. O trio sustenta boa parte das reviravoltas sem apelar para truques fáceis.

Visualmente, o bunker claustrofóbico é personagem. Corredores de LED, câmeras por todo lado, portas que sussurram poder, e um design que vai apertando o enquadramento conforme a confiança entre os moradores se desfaz. A fotografia evita excessos e deixa a inquietação trabalhar.

Para quem curte thriller de ideias — o tipo que testa moral, limites e autocontrole — “O Refúgio Atômico” oferece uma maratona enxuta, com episódios que terminam no ponto exato da provocação: e se quem você teme estiver sentado ao seu lado?

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