No mercado financeiro, a capacidade de antecipar dados tende a ser um diferencial para obter bons retornos, principalmente no curto prazo. Essa é a função da análise gráfica ou técnica, um dos principais recursos utilizados por investidores para melhorar a tomada de decisão quando o assunto é renda variável. Essa prática ajuda a criar perspectiva sobre tendências de volumes e preços das ações, direcionando a forma como o investidor movimenta seus recursos.
Para quem especula no mercado de ações no day trade e precisa tomar decisões rápidas, o uso da análise gráfica pode ser crucial para minimizar riscos e potencializar os retornos. A dinâmica é esta: gráficos são formados instantaneamente com dados de mercado, e a análise deles busca padrões para ajudar o investidor a antecipar movimentos futuros. Desse modo, o investidor interessado em operações de curto prazo com ações ou derivativos, como mini-índice ou dólar futuro, pode antecipar o comportamento desse mercado para ter entradas e saídas mais precisas ao longo do dia.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
Quando usar a análise gráfica?
A análise gráfica é utilizada para identificar padrões e tendências em ativos de renda variável, especialmente em cenários de maior volatilidade, buscando dar suporte à tomada de decisão.
No geral, essa ferramenta é utilizada em contextos de curtos e curtíssimos prazos, ou seja, minutos, horas ou durante um dia. No entanto, ela também pode ser aplicada em prazos mais longos, como semanas ou meses, dependendo da estratégia do investidor.
Como funciona a análise gráfica?
Essa metodologia se baseia, principalmente, em dados quantitativos do passado para prever dados futuros. Ao final, os dados geralmente indicam uma das três principais tendências que um ativo pode apresentar, sendo elas: de alta, de baixa ou de lateralização. Os principais elementos da análise gráfica são:
Identificação de padrões
O objetivo final das análises é encontrar repetições nas variações de dados financeiros. Alguns dos principais padrões observados são:
- Preços de ativos e derivativos;
- Volumes de negociações.
Uso de indicadores
Para identificar uma variação de um padrão apenas olhando para o gráfico e para obter insights rápidos e valiosos, os analistas utilizam diversos indicadores, centrais para esse tipo de análise. A utilização conjunta desses indicadores proporciona aos traders uma visão mais nítida do ativo, permitindo decisões fundamentadas. Dentre os principais indicadores estão:
- Suporte e resistência: indicam os limites máximos e mínimos dos preços de negociação;
- Médias Móveis (MMs): fazem um balanço entre dois diferentes períodos dos dados;
- Índice de Força Relativa (IFR): sinaliza as condições de sobrecompra ou de sobrevenda de um ativo.
- Bandas de Bollinger: são complementares às médias móveis, mostrando desvios e volatilidades nos padrões;
- Padrões gráficos: são diferentes padrões gráficos que mostram mudanças repetitivas nas tendências. Alguns dos principais são: engolfo de alta ou baixa, estrela cadente e martelo.
Geração de gráficos
Os gráficos representam visualmente os dados de mercado e permitem uma análise mais clara dos cenários financeiros pelo investidor. De maneira geral, há três tipos de gráficos que podem ser utilizados pelos investidores na análise gráfica:
- Gráfico de linhas: é utilizado para mostrar a evolução de um dado através do tempo e visualizar tendências gerais.
- Gráfico de barras: mostra preço de abertura, fechamento, máxima e mínima de um ativo e é usado para visualização mais precisa das variações.
- Candlesticks ou Candles (de “velas”, no Português): semelhante ao gráfico de barras, o gráfico de candles tem formas que se assemelham a pequenas velas, o que facilita a compreensão dos padrões. Os pavios e sombras representam, por exemplo, máximas e mínimas, em alguns casos.
A análise gráfica e os múltiplos fatores
Além desses elementos principais, há outros que contribuem para o objetivo final da análise gráfica, ou seja, a minimização de perdas e o aumento dos retornos. O stop loss, por exemplo, é um recurso ou ordem que define o limite máximo de prejuízo, predefinido pelo analista.
Já o take profit é um alvo de lucro, medida também estabelecida previamente para auxiliar na eficiência das operações. Quando se opta pela análise técnica, é importante que o investidor não só compreenda quais são os múltiplos fatores implicados nos gráficos, mas também que pratique ao longo do tempo o uso dessa metodologia para melhores resultados.