Um fim de semana de feriado com praia e parque pode virar noite de susto no centro-sul do país. Modelos apontam a formação de um ciclone entre a madrugada e a manhã de domingo (12), no Dia das Crianças e de Nossa Senhora Aparecida, com potencial para organizar uma sequência de tempestades, rajadas de vento que podem alcançar 80–90 km/h, queda de granizo e muitos raios.
O cenário exige atenção redobrada porque boa parte dos eventos deve ocorrer à noite, quando as pessoas estão dormindo e a reação fica mais lenta.
O sistema nasce na faixa que envolve Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul, acoplado a uma frente fria.

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A peça que turbina a instabilidade é o chamado jato de baixos níveis — uma corrente de ar mais quente e úmido que sopra ao leste dos Andes —, que injeta um “rio” de vapor d’água para dentro da área do ciclone. Com mais calor e umidade disponíveis, as nuvens convectivas ganham força e organizam linhas de instabilidade capazes de produzir granizo e vento forte.
No próprio domingo, áreas da Fronteira Oeste, da Campanha e do Centro do Rio Grande do Sul ficam sob alerta para tempestades violentas. A orientação dos serviços de praia e da Defesa Civil é simples e prática: acompanhar avisos oficiais, buscar abrigo em estrutura sólida ao primeiro sinal de trovoada, não permanecer em áreas abertas durante atividade elétrica e evitar abrigar-se sob árvores.
A linha de temporais avança de oeste para leste ao longo do dia e deve atingir cinco estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

A projeção indica maior intensidade no Oeste do Paraná e em toda a faixa oeste do Mato Grosso do Sul entre a tarde e a noite. Já no Norte, Nordeste e parte do Centro, a chuva ocorre de forma mais localizada, estimulada pela umidade que entra do Atlântico sobre uma atmosfera aquecida.
Na segunda-feira (13), a frente fria continua seu deslocamento e leva chuva forte para Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, norte do Paraná e São Paulo. Durante a tarde, o corredor de umidade se estende e conecta o Norte ao Sudeste, mantendo o risco de tempestades em áreas amplas, embora com intensidade menor do que a de domingo.
Os pontos com maior chance de transtornos incluem o interior de São Paulo, sul de Goiás, Triângulo Mineiro, Zona da Mata mineira e Rondônia (especialmente próximo à fronteira com a Bolívia).

Apesar dos riscos imediatos, há um efeito positivo esperado: a volta da chuva deve aliviar os índices de umidade muito baixos das últimas semanas e pode marcar o início efetivo da estação chuvosa no Brasil Central.
Para reduzir impactos, vale revisar calhas e telhados, recolher objetos soltos em varandas, planejar deslocamentos fora dos horários com previsão de tempo severo e manter celulares carregados para receber alertas da Defesa Civil e do Inmet.
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