Brasileiro publica estudo 3D inédito e solta bomba sobre o Santo Sudário de Jesus — veja as simulações

Quando ciência digital encontra um dos artefatos religiosos mais famosos do planeta, o debate reacende com força. Foi o que aconteceu após o brasileiro Cicero Moraes publicar, na revista científica Archaeometry, uma análise que tenta esclarecer como surgiu a imagem do Santo Sudário de Turim — o tecido associado ao corpo de Jesus após a crucificação.

Em menos de uma semana, o artigo entrou no top 10 dos mais comentados da história do periódico, segundo a Altmetric, e virou assunto no mundo todo.

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No trabalho, batizado de “Formação de imagens no Santo Sudário — Uma abordagem digital 3D”, Moraes usa simulações tridimensionais para testar hipóteses de formação da imagem. Ele compara dois cenários: a projeção direta de um corpo humano tridimensional sobre o tecido e a impressão por contato com um modelo em baixo-relevo.

Os resultados favorecem o baixo-relevo. O padrão de contato gerado por essa técnica reproduz a figura do Sudário com menos distorções anatômicas, enquanto a projeção de um corpo 3D produz deformações que não batem com o que se observa no pano. A conclusão aponta que a imagem pode ter sido criada por meios artísticos, hipótese que dialoga com a possibilidade de uma produção medieval.

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Um ponto central do estudo é a reprodutibilidade: todas as etapas foram executadas com softwares livres e procedimentos detalhados, permitindo que outros pesquisadores repitam — ou contestem — o método. Moraes ressalta que a proposta é testar mecanismos de formação, não decretar veredictos de fé; o trabalho, diz ele, vê a peça como uma obra de arte cristã que cumpriu seu papel devocional com enorme eficácia.

O autor também responde a uma objeção recorrente, citada em discussões como as do historiador da arte Thomas de Wesselow: a suposta inexistência, na Idade Média, de domínio técnico para gerar uma imagem “negativa”.

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Para Moraes, artistas de diferentes períodos tinham alto nível de habilidade, e o efeito negativo pode ser obtido por procedimentos simples fora do ambiente digital — por exemplo, explorando contrastes de luz e percepção visual que qualquer observador reconhece ao olhar fixamente uma imagem e, em seguida, fechar os olhos.

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